CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI
CURSO: NUTRIÇÃO / 8º SÉRIE
ANDRESSA RAYARA OLIVEIRA SILVA
ANA PATRÍCIA SILVA SALES
LENÁRIA LIMA DA ROCHA
TEMPO DE JEJUM PRÉ E PÓS - OPERATÓRIO EM CIRURGIA DE
COLECISTECTOMIA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
TERESINA-PI
2018
ANDRESSA RAYARA OLIVEIRA SILVA
ANA PATRÍCIA SILVA SALES
LENÁRIA LIMA DA ROCHA
TEMPO DE JEJUM PRÉ E PÓS - OPERATÓRIO EM CIRURGIA DE
COLECISTECTOMIA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
TCC apresentado ao Centro Universitário
Uninovafapi, como requisito para obtenção de título de
Bacharel em Nutrição.
Orientadora: Msc. Andrea Fernanda Lopes dos Santos
TERESINA-PI
2018
FICHA CATALOGRÁFICA
Catalogação na publicação
Antonio Luis Fonseca Silva-CRB/1035
Francisco Renato Sampaio da Silva-CRB/1028
S163t Sales, Ana Patricia Silva.
Tempo de jejum pré e pós operatório em cirurgia de
colecistectomia em um hospital de referência / Ana Patrícia Silva
Sales; Andressa Rayara Oliveira Silva; Lenária Lima da Rocha. –
Teresina: Uninovafapi, 2018.
Orientador (a): Prof. Me. Andrea Fernanda Lopes dos Santos; Centro Universitário UNINOVAFAPI, 2018.
20 p.; il. 23cm.
Monografia (Graduação em Nutrição) – Centro Universitário
UNINOVAFAPI, Teresina, 2018.
1. Jejum. 2. Desnutrição. 3. Colecistectomia. I.Título. II. Silva, Andressa Rayara Oliveira; III. Rocha, Lenária Lima da; IV. Santos, Andrea Fernanda Lopes dos.
CDD 616.71
TEMPO DE JEJUM PRÉ E PÓS- OPERATÓRIO EM CIRURGIA DE
COLECISTECTOMIA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
PRE AND POST-OPERATIVE FASTING TIME IN CHOLECYSTECTOMY SURGERY
AT A REFERENCE HOSPITAL
Andressa Rayara Oliveira Silva1
Ana Patrícia Silva Sales1
Lenária Lima da Rocha1
Andrea Fernanda Lopes dos Santos2
Instituição em que o trabalho foi desenvolvido: Hospital Getúlio Vargas, Teresina-PI
Resumo: 299 palavras
Manuscrito: 4.473 palavras
Tabelas: 1
Gráficos: 3
Apêndice: 1
1 Graduandas do curso de nutrição do Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí
– UNINOVAFAPI, Teresina-PI, Brasil. Email: [email protected], [email protected],
[email protected]. 2 Docente do curso de nutrição do Centro Universitário de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí –
UNINOVAFAPI, Teresina-PI, Brasil. Mestre em Vigilância em Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz, Brasil.
Nutricionista clínica do Hospital Getúlio Vargas, Teresina-PI, Brasil. Email: [email protected].
RESUMO
Introdução: O jejum é caracterizado pela privação da ingestão de alimentos e nutrientes por
mais de seis horas. O tempo de jejum perioperatório vem sendo muito discutido, pois as técnicas
de manejo estabelecidas no passado geraram fortes paradigmas ao ponto de ainda limitarem os
profissionais a utilizarem métodos mais atualizados que possam evitar complicações. A
desnutrição em indivíduos internados é resultado de uma série de fatores e umas das principais
causas é o consumo alimentar inadequado. Metodologia: Estudo descritivo, quantitativo e
prospectivo realizado na clínica cirúrgica de um hospital geral, da rede SUS, de ensino e de alta
complexidade no período de Junho à Agosto de 2018. Foram incluídos pacientes adultos de
ambos os sexos na faixa etária de 20 a 59 anos de idade submetidos à colecistectomia em caráter
eletivo. Foi preenchido um formulário de registro próprio, elaborado para fins da pesquisa com
as seguintes informações: idade, sexo, data de internação, horário da dieta pré- operatória/dieta,
horário da dieta pós- operatória/dieta, complicações, data de alta e tempo de jejum
perioperatório. Resultados: O menor tempo de jejum pré - operatório foi de 8h30min e o maior
foi de 21h. O menor tempo de jejum pós-operatório foi de 4h e o maior foi de 24h. A mediana
do jejum pré-operatório foi de 10h30min e a mediana do jejum pós-operatório foi de 10h.
Conclusão: Observou-se durante a pesquisa que os pacientes permaneceram em jejum por
tempo prolongado ainda maior que o tempo prescrito, sendo que o projeto ACERTO orienta
jejum de sólidos de 6-8 horas antes da indução anestésica e reintrodução da dieta no primeiro
dia de pós-operatório (6-24 horas). Nesse caso, a instituição de um protocolo de abreviação do
tempo de jejum se faz necessário, com a finalidade de proporcionar ao paciente melhor
recuperação e bem-estar, evitando a desnutrição hospitalar.
Palavras Chaves: Jejum. Desnutrição. Colecistectomia.
ABSTRACT
Introduction: Fasting is characterized by deprivation of food and nutrient intake for more than
6 hours. The period of perioperative fasting has been widely discussed, because the
management techniques established in the past have generated strong paradigms to the point of
still limiting the professionals to use more updated methods that can avoid complications.
Malnutrition in hospitalized individuals is the result of a number of factors and one of the main
causes is inadequate food intake. Methodology: Descriptive, quantitative and prospective study
conducted in the surgical clinic of a general hospital, the SUS system, teaching and high
complexity in the period from June to August 2018. Adult patients of both sexes aged 20 to 59
years old submitted a cholecystectomy were included in elective. A registration form was
completed, prepared for research purposes with the following information: Age, gender, date
of hospitalization, pre-operative diet/diet schedule, postoperative diet/diet, complications, high
date and period of Perioperative fasting. Results: The shortest preoperative fasting period was
8:30 and the highest was 21h. The shortest postoperative fasting time was 4h and the longest
was 24h. The median preoperative fasting was 10h30min and the median postoperative fasting
was 10h. Conclusion: It was observed during the research that the patients remained fasting
for prolonged time, even greater than the prescribed time, and the ACERTO project directs
fasting solids of 6-8 hours before anesthetic induction and reintroduction of the diet in the first
postoperative day (6-24 hours). In this case, the institution of an abbreviation protocol for
fasting time is necessary, with the purpose of providing the patient with better recovery and
well-being, avoiding hospital malnutrition.
Key words: Fasting. Malnutrition. Cholecystectomy
INTRODUÇÃO
A palavra jejum provém do latim jejunu, e significa estar sem comer. O jejum é 1 caracterizado pela privação da ingestão de alimentos e nutrientes por mais de seis horas. É 2 utilizado frequentemente em pacientes hospitalizados no preparo para exames diagnósticos e 3 em períodos pré e pós-operatórios1. Durante o jejum, as alterações metabólicas ocorrem no 4 sentido de poupar energia, porém este é estendido e associado a resposta ao trauma, o consumo 5
energético aumenta para promover suporte no reparo das lesões, e as proteínas tornam-se 6 substrato energético obrigatório para os tecidos principalmente glicolíticos levando ao aumento 7 da proteólise e gliconeogênese assim provocando uma rápida desnutrição pós-traumática, mais 8 grave que a desnutrição simples por inanição2. 9
A desnutrição atualmente é definida como qualquer alteração na fisiologia, 10
composição, ou na função de um organismo atribuída a uma dieta ou estado de doença que afeta 11
negativamente o estado nutricional3. A desnutrição em indivíduos internados é resultado de 12 uma série de fatores, podendo estar associada à doença e/ou ao tratamento. Uma das principais 13
causas é o consumo alimentar inadequado, e são várias as situações clínicas que podem causar 14 perda de apetite ou dificultar a ingestão de alimentos, além de procedimentos de investigação e 15 tratamento que acarretam a necessidade de jejum e alterações na composição da dieta4,5. 16
A prática do jejum pré-operatório se propagou a partir de 1946, quando Mandelson 17
relacionou alimentação com aspiração pulmonar durante um parto com anestesia geral. No 18 procedimento cirúrgico, o jejum noturno pré-operatório foi instituído quando técnicas 19
anestésicas tinham o objetivo de garantir o esvaziamento do estômago e evitar broncoaspiração 20 no momento da indução, prevenindo as complicações pulmonares associadas a aspirações do 21 conteúdo gástrico6. Desde então, a técnica do jejum pré-operatório passou a ser amplamente 22
utilizada e tomada como verdade7. 23 O tempo de jejum pré e pós-operatório vem sendo muito discutido, pois as técnicas 24
de manejo estabelecidas no passado geraram fortes paradigmas ao ponto de ainda limitarem os 25 profissionais a utilizarem métodos mais atualizados que possam evitar complicações2. Na 26
prática clínica, considera-se jejum pré-operatório elevado, o tempo de 6 a 8h7. 27 Em 2005, foi implementado no Hospital Universitário Julio Muller da Universidade 28
Federal de Mato Grosso, um novo protocolo, denominado Aceleração da Recuperação Total 29 pós-operatória (ACERTO), que instituía medidas de cuidados perioperatórios e mudanças do 30
tempo de jejum tradicional de 6 à 8 horas para 2 horas. Este protocolo foi inspirado em um 31 consenso publicado pelo grupo ERAS (Enhanced Recovery After Surgery) em 2005, esse grupo 32 era constituído por médicos de vários países do norte da Europa. O consenso explanava 33 cuidados perioperatórios e abordava inúmeras modificações de cuidados tradicionais, 34 fundamentados em estudos controlados e randomizados e em metanálises. Essas mudanças 35
sugeridas pelo grupo ERAS foram adaptadas à realidade vigente pelo Projeto ACERTO8. 36
O Projeto ACERTO foi implantado com o intuito de acelerar a recuperação no pós-37
operatório de pacientes submetidos a cirurgias abdominais2. Através de comprovações 38 coerentes, esse projeto conseguiu mostrar que a nutrição adequada em paciente cirúrgico é 39 fundamental para boa evolução clínica, resultando em redução das complicações pós-40 operatórias9. Dentre as principais orientações sugeridas pelo projeto ACERTO estão: avaliação 41 e terapia nutricional perioperatória, abreviação do jejum pré-operatório com oferta de líquidos 42
contendo carboidratos, restrição de fluidos intravenosos, do uso de sondas e drenos, 43 realimentação e mobilização precoce no pós-operatório6. 44
A colecistite é uma das patologias mais comuns do aparelho digestivo, e representa um 45 importante problema de saúde em vários países desenvolvidos. A estimativa é que 10% a 15% 46 da população adulta, representando 20 a 25 milhões de americanos, têm ou terão cálculos 47
biliares10. Para o tratamento dos pacientes portadores de colecistite crônica litíasica, tem-se 48
utilizado, com grande frequência, a técnica de colecistectomia laparoscópica, pois possibilita 49 maior segurança ao paciente, menores riscos de infecção, alta hospitalar precoce, reabilitação e 50 restabelecimento rápido das atividades habituais11. Pacientes submetidos a essa cirurgia 51 permanecem longos períodos de jejum, de 6 a 18 horas9. 52
Este estudo tem como objetivo avaliar a adequação do tempo de jejum do pré e pós-53
operatório da cirurgia de colecistectomia em um hospital de ensino e de referência estadual em 54 Teresina-PI. 55
METODOLOGIA 56
Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, descritiva, transversal e 57 prospectiva realizada por meio de consulta aos prontuários médicos de pacientes submetidos a 58
cirurgia de colecistectomia em caráter eletivo no período de Julho a Agosto de 2018. O projeto 59 foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) em atendimento à Resolução 466/2012 60 do Conselho Nacional de Saúde12. Os termos de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e de 61
Compromisso de Utilização dos dados (TCUD) foram aplicados. 62 Os critérios de inclusão estabelecidos para a realização do estudo foram: idade 63
preestabelecida, prontuário com as informações necessárias para o estudo, ter se submetido à 64 cirurgia de colecistectomia. Casos de instabilidade hemodinâmica e pacientes que fizeram 65
cirurgia de colecistectomia em caráter emergencial foram excluídos da pesquisa. 66 O cenário de realização do estudo foi no Hospital Geral, da rede SUS, de ensino e de 67
alta complexidade, Getúlio Vargas, localizado em Teresina-PI. Foram analisados os prontuários 68 de pacientes adultos, de ambos os sexos, na faixa etária de 20 a 59 anos de idade submetidos à 69 colecistectomia em caráter eletivo. Foi preenchido um formulário de registro próprio, elaborado 70
para fins da pesquisa com as seguintes informações: idade, sexo, data de internação, horário da 71
dieta pré-operatória/dieta, horário da dieta pós-operatória/dieta, complicações, data de alta e 72 tempo de jejum pré e pós-operatório cedidas pelos prontuários. 73
Os dados coletados foram analisados estatísticamente através do pacote estatístico 74 Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21.0. As análises são referentes à 75
mediana do tempo de jejum, média de idade, prevalência de sexo e percentual de dietas do pós 76 e pré-operatório. Em seguida, os dados foram avaliados e discutidos de acordo com o referencial 77
teórico que se constitui do projeto ACERTO (Aceleração da Recuperação Total Pós-78 Operatória) que orienta medidas de cuidados perioperatórios e mudanças no tempo de jejum 79 tradicional. 80
O jejum pré-operatório corresponde ao tempo (em horas) da última refeição realizada 81 pelo paciente até o início do procedimento cirúrgico. Já jejum pós-operatório refere-se ao tempo 82 (em horas) entre o final do procedimento cirúrgico, até o reinício da dieta. Os pacientes 83
submetidos à colecistectomia iniciaram o período de jejum pré-operatório, segundo a rotina 84 hospitalar, a partir das 22 horas do dia anterior ao procedimento cirúrgico. As informações 85 foram coletadas nos prontuários dos pacientes, disponíveis no posto de enfermagem e 86
complementadas junto aos pacientes quanto ao tempo de jejum pré e pós-operatório. 87
RESULTADOS 88
No período observado, foram coletadas informações referentes ao tempo de jejum pré 89
e pós-operatório dos prontuários de 65 pacientes submetidos a cirurgia de colecistectomia em 90 caráter eletivo, prevalecendo mulheres (90,8%), com média de 40,5 anos. O total de homens 91 correspondeu a (9,2%), com média de 47,5 anos. 92
O menor tempo de jejum pré-operatório foi de 8h30min e o maior foi de 21h. O menor 93
tempo de jejum pós-operatório foi de 4h e o maior foi de 24h. A média total de horas do jejum 94 pré-operatório foi de 12h e a média de jejum pós-operatório foi de 10h53min. Os dados 95 anteriormente mencionados estão descritos na Tabela 1. 96
O Gráfico 1 representa o percentual de dietas oferecidas no pré-operatório da cirurgia 97
de colecistectomia. A dieta mais consumida no pré-operatório foi a dieta livre e a menos 98 consumida foi a dieta líquida. No pós-operatório, a dieta pastosa foi a mais ofertada e a branda 99 a menos ofertada (Gráfico 2). Não houve o uso de fórmulas/suplementos nutricionais 100 especializados. 101
Do total de 65 pacientes, 58 não apresentaram complicações pós-operatória, 102
representando 89,20% da amostra, 4 pacientes apresentaram outras complicações, como mal- 103 estar e cefaleia, representando 6,20% do total, conforme apresentado na Tabela 2. 104 105
DISCUSSÃO 106
Observou-se no estudo um elevado tempo de jejum pré-operatório, condição esta que 107
pode contribuir para o surgimento de complicações no pós-operatório. A reintrodução da dieta 108
pós-operatória se deve principalmente à espera por sinais clínicos do funcionamento intestinal, 109 atrasos dos horários do procedimento cirúrgico e as mudanças na escala de cirurgias13. Antes 110 da implantação do protocolo evidenciou-se que pacientes permaneciam 16 horas em jejum 111
variando de 6 a 24 horas. Esse aumento do tempo era ocasionado por várias razões dentre elas: 112 atraso na operação, transferência de horário ou período, aderência do paciente a um jejum mais 113
prolongado, etc14. 114 Após a cirurgia, principalmente em cirurgias do trato gastrointestinal, o paciente 115
permanece mais um longo período sem receber alimentação devido ao jejum pós-operatório, 116 prescrito até que ocorra a eliminação de flatos ou evacuações. Essa condição contribui para uma 117
possível piora do estado nutricional de pacientes previamente desnutridos, como também 118 aumenta o tempo de permanência hospitalar1. 119
A prática de um jejum pré-operatório estendido que normalmente é entre seis e oito 120
horas, é uma prática que ainda não foi banida desde a introdução da anestesia em 1840. A 121 justificativa desta rotina é assegurar o esvaziamento gástrico e impedir uma possível 122 broncoaspiração no momento da indução anestésica. No entanto, esta conduta tem sido 123
questionada, pois não há comprovações ou evidências de que uma diminuição do período de 124 jejum para líquido em comparação ao regime convencional, influencie no risco de aumento de 125
aspiração pulmonar ou de óbitos relacionado a esta condição. Em contestação a essa prática de 126 jejum prolongado, várias pesquisas recentes aconselham que o uso de uma solução de líquido 127 enriquecida com carboidrato favoreceria uma maior satisfação, menor episódios de vômitos, e 128
especialmente uma menor resposta orgânica ao estresse cirúrgico15. 129 Em relação a dieta pré-operatória, o tempo de jejum se estendeu tanto para os pacientes 130
que consumiram dieta sólida no pré-operatório, quanto para os pacientes que consumiram uma 131 dieta líquida, ultrapassando o tempo de jejum pré-operatório já considerado estendido, entre 132
seis e oito horas. 133 Nas recomendações do projeto ACERTO, orienta-se a diminuição do jejum pré-134
operatório com o uso de dieta líquida enriquecida com carboidrato até duas horas antes da 135 operação. Para a maioria dos pacientes eletivos recomenda-se jejum de sólidos de 6-8h antes 136
da indução anestésica e reintrodução da dieta no primeiro dia de pós-operatório (6-24 h). 137 Estudos demonstram que há concordância na recomendação de se evitar jejum prolongado e 138
segurança na prescrição de líquidos claros (água, chá e sucos sem resíduos) contendo ou não 139
carboidratos até 2h antes da indução anestésica8. 140 A nutrição no pré e pós-operatório tem papel significativo, diminuindo a resposta 141
orgânica ao estresse e intervindo de maneira pertinente na evolução dos pacientes. Os benefícios 142 da abreviação do jejum pré-operatório estão na melhora de parâmetros metabólicos 143 especialmente com a redução da resistência insulínica, redução no tempo de internação em 144
operações de maior porte, redução da ansiedade, sede e fome, e redução de náuseas e vômitos 145 no pós-operatório16. 146
O retorno da alimentação no primeiro dia pós-operatório além de reduzir 147 significativamente o total de complicações pós-operatórias em comparação à conduta 148 tradicional, pode trazer benefícios. A realimentação precoce é segura e confere melhores 149
resultados, como redução do tempo de internamento e aceleração do processo de 150 cicatrização17,18. 151
Com a possibilidade do uso de líquidos claros até 2 horas antes da operação, um teor 152
calórico associado é considerado benéfico no sentido de reverter a resistência à insulina 153 relacionada com o trauma cirúrgico. Geralmente, a utilização de uma dose de 400 ml de bebida 154 enriquecida com maltodextrina (50g) é considerada segura. Estudos randomizados apontaram 155 que o uso de 800ml dessa bebida na noite anterior à operação e 400ml cerca de duas horas antes 156
da operação diminui em 50% a resistência à insulina, além disso há benefícios em termos de 157 perda de massa e forças musculares no pós-operatório e na manutenção da função imunológica8. 158
Uma outra vantagem do uso de soluções orais no pré-operatório seria a redução da 159 ansiedade e da fome nos pacientes, além da melhora das defesas antioxidantes, redução dos 160 níveis de cortisol, intrinsecamente relacionado com a resposta ao trauma, melhora do balanço 161
nitrogenado, influenciando na manutenção da massa muscular no período pós-operatório7. 162 Considerando as vantagens da abreviação do jejum pré-operatório para duas horas, 163
surgiu como estratégia uma associação de imunofarmacomodulador, a glutamina (gln), à 164 fórmula, contendo 12,5% de dextrinomaltose. O uso de glutamina em pacientes cirúrgicos está 165
associado à diminuição da taxa de complicações infecciosas no pós-operatório, do tempo de 166 internação e, além disso, pode melhorar o balanço nitrogenado. A abreviação do tempo de jejum 167 pré-operatório para duas horas, juntamente com a ingestão de fórmula líquida contendo 168
glutamina e dextrinomaltose é comprovadamente segura e melhora a sensibilidade à insulina 169
em pacientes submetidas à cirurgia de colecistectomia videolaparoscópica eletiva19. 170 Em se tratando do pós-operatório, a realimentação oral ou enteral após operação 171
abdominal eletiva deve ser precoce, em até 24h de pós-operatório, desde que o paciente esteja 172 hemodinamicamente estável. Na cirurgia de colecistectomia, recomenda-se o início imediato 173 de dieta e hidratação oral, sem uso de hidratação por via endovenosa16. Estudos randomizados 174
e metanálise apontaram que a realimentação precoce após algumas operações pode ser 175 conduzida sem riscos e com alguns benefícios para os pacientes, como: alta precoce, menor 176
incidência de infecções e diminuição de custos8. Deve-se considerar também que a alimentação 177 precoce melhora o bem-estar do paciente influenciando positivamente o processo de 178 recuperação pós-operatório20. 179 O prolongamento do tempo de jejum dos pacientes durante a internação hospitalar foi 180 considerado como importante fator de risco para desnutrição hospitalar21. Durante longos 181
períodos de jejum, ocorre redução da secreção de insulina e aumento da secreção de glucagon 182 e catecolaminas, levando à glicogenólise e lipólise. Neste sentido, a internação hospitalar pode 183 trazer riscos para o paciente, um deles é o risco nutricional que pode favorecer o aparecimento 184 de comorbidades, morbimortalidade, infecções oportunistas, dificuldade para cicatrização de 185 feridas, complicações no pós-operatório e o tempo de internação22. 186
As mudanças preconizadas pelo projeto ACERTO encontram ainda barreiras para 187
serem implementadas no meio médico, muitos hospitais encontram-se atrelados às ideias 188 tradicionais com relação ao jejum pré e pós-operatório, acreditando que as atuais 189 recomendações podem trazer riscos irreversíveis para os pacientes. 190
Apesar das indicações da abreviação do tempo jejum, há casos em que essa abreviação 191 do jejum com líquidos claros até duas horas antes da indução anestésica é contraindicada de 192
acordo com as sociedades de anestesia, como por exemplo, em casos de suspeita de retardo do 193 esvaziamento gástrico, obstrução intestinal, câncer gástrico com subestenose ou gastroparesia. 194 Além disso, pacientes com obesidade que apresentam doença do refluxo gastroesofágico 195 (DRGE) e mulheres grávidas constituem um grupo de risco para abreviação do jejum23. 196
O paciente submetido à colecistectomia deve ser orientado sobre as alterações 197
temporárias no organismo após a cirurgia e sobre os hábitos alimentares pós -operatórios. Deve-198 se orientá-lo quanto à ingestão de uma dieta hipolipídica e rica ingestão de carboidratos e 199
proteínas, distribuídas em cinco ou seis refeições diárias. O preparo dos alimentos deve ser 200
preferencialmente grelhado ou cozido, evitando assá-los ou fritá-los, o que é contraindicado. O 201 baixo teor de lipídios na dieta é atribuído à baixa disponibilidade da bile em auxiliar na digestão 202 e absorção deles, pois, na ausência da vesícula, a bile é secretada diretamente no intestino, 203 impossibilitando a realização de suas funções. A restrição de gorduras na dieta dependerá da 204
tolerância do cliente quanto à sua ingestão24. 205 Atualmente não há necessidade de restringir a dieta de um paciente submetido à 206
colecistectomia no pós-operatório, pois a vesícula não é considerada um órgão de produção de 207 bile, e sim, de armazenamento. Porém, muitos profissionais acreditam que é uma medida 208 preventiva limitar o consumo de lipídios nas primeiras semanas após o procedimento cirúrgico, 209
presumindo que esta prática reduziria a probabilidade de desenvolvimento de sintomas típicos 210 da síndrome pós-colecistectomia25. 211
Com o restabelecimento do organismo, ao ingerir lipídios, a bile será secretada para o 212 trato digestivo, emulsificando as gorduras e possibilitando sua digestão. A explicação sobre o 213
restabelecimento integral da função do organismo após a cirurgia e a maneira como a dieta é 214 reinserida na vida do cliente são imprescindíveis24. 215
São vários os benefícios comprovados, ocasionados pela redução do tempo de jejum. 216
Nesse contexto que envolve doença e tratamento é essencial que a intervenção multiprofissional 217
seja voltada para a recuperação do bem-estar geral do paciente. Portanto, os hospitais devem 218 rever suas práticas baseadas em métodos de jejum tradicionais e implementarem as atuais 219 recomendações. 220
221
CONCLUSÃO 222 A redução do tempo de jejum prolongado no pré-operatório, promove uma rápida 223
recuperação do paciente ao trauma, melhor bem-estar, melhor esvaziamento gástrico, 224
diminuição da irritabilidade, redução do tempo de internação hospitalar e redução de custos. A 225 realimentação precoce é segura e confirma melhores resultados, como redução do tempo de 226 internamento e aceleração do processo de cicatrização. E o aumento significativo no tempo de 227 jejum perioperatório contribui para complicações no pós-operatório, o período de jejum pós- 228 operatório também pode influenciar a recuperação após a cirurgia. A equipe multiprofissional 229
de terapia nutricional (EMTN) em conjunto com a equipe de anestesia e cirurgia são de grande 230 importância, pois podem contribuir para o estabelecimento de protocolo institucional de 231 abreviação do jejum, com a finalidade de proporcionar ao paciente uma melhor recuperação e 232 bem-estar. Nesse sentido, é importante verificar a adequação do tempo de jejum no pré e pós-233 operatório de cirurgia de colecistectomia com o objetivo de evitar a desnutrição hospitalar. 234
235
AGRADECIMENTOS 236
Agradecemos primeiramente à Deus pela saúde, sabedoria e por sempre estar ao nosso lado nos 237 momentos mais dificeis, nos guiando e nos abençoando em nossas decisões. Às nossas famílias 238 por todo amor, compreensão, ajuda, carinho, incentivo e paciência. Aos professores pela 239 orientação e sabedoria transmitida, em especial a nossa professora orientadora Msc. Andrea 240 Fernanda Lopes dos Santos. Às professoras da banca Luciana Melo de Farias e Vania Marisa 241
da Silva Vasconcelos, pelas sugestões e orientação. À equipe de servidores do Hospital Getúlio 242 Vargas pela ajuda e colaboração, em especial à Dra Zilda Budaruiche, à Dra. Maria Rocha, Dra. 243 Rosário Gomes e Dra Silvana Helena, Nutricionistas. 244 245 CONFLITO DE INTERRESSE: Para o alcance do objetivo proposto, não houve conflito de 246
interesse na condução desta pesquisa. 247 248
REFERÊNCIAS 249
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322
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335
336
TABELAS E FIGURAS
Tabela 1. Tempo de jejum pré e pós-operatório dos pacientes submetidos à colecistectomia em mínimo,
máximo e mediana (horas: minuto), em um hospital de ensino e de referência estadual em Teresina-PI,
2018.
Período Tempo mínimo (h) Tempo máximo (h) Mediano
Pré-Operatório
Pós-Operatório
8h30min
4h
21h
24h
10h30min
10h
Fonte: Pesquisa Direta.
Gráfico 1. Dieta pré-operatória de pacientes submetidos à colecistectomia em um hospital de ensino e
de referência estadual em Teresina-PI, 2018.
Fonte: Pesquisa Direta
49,23%
27,69%
18,46%
4,61%
DIETA LIVRE DIETA PASTOSA DIETA LÍQUIDA DIETA BRANDA
Gráfico 2. Dieta pós-operatória de pacientes submetidos à colecistectomia em um hospital de ensino e
de referência estadual em Teresina-PI, 2018.
Fonte: Pesquisa Direta.
Tabela 2. Complicações pós-operatórias de pacientes submetidos à colecistectomia em um hospital de
ensino e de referência estadual em Teresina-PI, 2018.
Fonte: Pesquisa Direta.
15,38%
41,53%
26,15%
1,53%
15,38%
DIETA LIVRE DIETA
PASTOSA
DIETA
LÍQUIDA
DIETA
BRANDA
LÍQUIDA DE
PROVA
3,10%1,50%
6,20%
89,20%
Vômito Náusea Outros Sem complicações
337
CURSO: NUTRIÇÃO 338
DISCIPLINA: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (8a. Série) 339
PROFA.: NORMA SUELI ALBERTO 340
341
342
DECLARAÇÃO DE TRADUÇÃO 343
344
Declaro para os devidos fins que eu, Andréia Borges de Moura Fé, CPF n. 052.782.493-345
31, Proeficiency Series, pela Wizard Idiomas, realizei a TRADUÇÃO para a língua inglesa 346
do resumo do Trabalho de Conclusão de Curso de Nutrição intitulado Tempo de Jejum Pré e 347
Pós operatório em cirurgia de colecistectomia em um hospital de referência, de autoria de Ana 348
Patrícia Silva sales, Andressa Rayara Oliveira Silva, Lenária Lima da Rocha e orientado pela 349
Professora Andrea Fernanda Lopes dos Santos, do Centro Universitário Uninovafapi, no 350
período letivo 2018.2. 351
352
353
_______________________________________________ 354
Andréia Moura Fé 355
356
Teresina, 04 de dezembro de 2018 357
INSTRUMENTO DE COLETA
Código Idade Sexo Horário da dieta preopi/ o que?
( ) Leite
( ) Chá ou agua de coco
( ) Mingau
( ) Dieta Pastosa
( ) Dieta livre
( ) Suplemento oral liquido c/
carboidratos
Horário de dieta pós-
operatório/ o que? Complicações
Data de
alta
Tempo de jejum
pré operatório
Tempo de jejum
pós-operatório
( ) Leite
( ) Chá ou agua de
coco
( ) Mingau
( ) Dieta Pastosa
( ) Dieta livre
( ) Suplemento oral
liquido c/ carboidratos
( ) Vômito
( ) Náusea
( ) Estase gást
( ) Outros