BOAS PRÁTICAS
FITOSSANITÁRIAS DO ALGODÃO
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INFORMATIVO Nº 165 SETEMBRO/2018
TERMINA A COLHEITA DO
ALGODÃO NO MS E SE INICIA O
VAZIO SANITÁRIO NA REGIÃO
NORTE E NORDESTE
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Informativo Nº 165 Setembro de 2018
Chapadão do Sul, Costa Rica e Alcinópolis.
Na primeira quinzena de setembro, as propriedades da região Norte e Nordeste do Estado encerraram as atividades
de colheita do algodão na safra 2017/18, através das visitas técnicas realizadas pela equipe de técnicos da Ampasul
confirmou-se as altas produtividades da região. Os municípios destas regiões elevaram as médias de
produtividades no Estado, os levantamentos prévios apontaram o Estado com a maior produtividade por hectare da
Federação (Fonte: Reunião da Câmara Setorial Consultiva do Algodão). Segundo levantamento da equipe técnica
da Associação, estima-se que a área plantada da safra 2018/19 deve crescer 15% em relação safra passada,
chegando a 35000 hectares, podemos ver no quadro abaixo (Quadro 1) a evolução da cultura do algodão no MS.
303,2
328,7
328,7
0
50
100
150
200
250
300
350
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10000
20000
30000
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50000
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70000
80000
197
9
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0
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1
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2
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3
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0
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201
0
201
1
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201
3
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4
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5
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6
201
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201
8
201
9
Evolução da Cultura do Algodão no MS
ÁREA DE CULTIVO PRODUTIVIDADE
Gráfico 1. Área plantada ao longo dos anos e a produtividade no período. Fonte: IBGE.
Tabela 1. Média parcial de produtividade safra e safrinha 2017/18. Fonte: AMPASUL
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Informativo Nº 165 Setembro de 2018
Figura 2. Levantamento de perda na colheita mecanizada.
Nessa safra a Associação realizou um trabalho em conjunto com as propriedades sobre a perda na colheita
mecanizada do algodão e na capacidade operacional da colheita do algodão no Estado, essa ação foi
desenvolvida para ajudar as propriedades na qualidade da fibra e na perda no momento da operação,
minimizando prejuízos financeiros. Segundo estudos de Vieira (2001) o índice médio é de 6% a 8% de perda
na colheita e o índice máximo de 10%. Foram analisadas 27 máquinas, sendo obtida uma média de 1,99%,
mínima de 0,77% e máxima de 5,6% de perda na colheita.
Gráfico 2. Porcentagem mínima, média e máxima de perda na colheita mecanizada.
0,77
5,6
1,99
0
1
2
3
4
5
6
% d
e P
erd
a
Máquinas Analisadas
Porcentagem de Perda na Colheita Mecanizada
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Informativo Nº 165 Setembro de 2018
Tabela 2. Capacidade operacional para a colheita do algodão no MS.
As chuvas do mês de setembro tiveram papel importante para realização das tarefas de destruição de soqueira na
região dos Chapadões, a alta umidade do solo na segunda quinzena de setembro foi propício para realização da
aplicações de herbicidas nos restos culturais do algodão, o bom volume pluviométrico em relação a safra passada
possibilitou a realização do plantio da soja na região, principalmente para as propriedades que visam plantar o
algodão safrinha na melhor janela de janeiro.
Gráficos 3. Índices pluviométrico do mês de setembro de 2017 e 2018.
O vazio sanitário do algodão na região Norte e Nordeste do Estado iniciou no dia 15 de setembro e com término no
dia 30 de novembro. Segundo levantamentos prévios realizados pela Ampasul todas as propriedades já tomaram
algum método de destruição de soqueira, em pelos menos 15 após a termino da colheita como manda a legislação.
Essas ações preventivas de final de safra contribuem para o baixo índice de doenças e pragas, como o bicudo.
0
5
10
15
20
25
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Chuva
(mm
)
Comparativo do Índice Pluviométrico entre Safras
Costa Rica - Região da Baús
2017 2018
2017 – 16,76 mm
2018 – 189,52 mm
Total de Chuva - Setembro
Total de Chuva - Setembro
2017 – 22,7 mm
2018 – 78,19 mm
0
10
20
30
40
50
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Chuva
(mm
)
Comparativo do Índice Pluviométrico entre Safras
Chapadão do Sul
2017 2018
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Informativo Nº 165 Setembro de 2018
No mês de setembro se iniciou o armadilhamento na safra 2018/19 na região Norte e Nordeste do Estado, a
Ampasul é responsável pelo fornecimento das armadilhas e feromônios e as propriedades ficam incumbidas da
instalação e coleta de dados semanais nas áreas onde será plantado o algodão safra. O Estado terá mais de 1560
armadilhas instaladas em monitoramento periódico, essa prática possibilita levantar as informações do índice do
bicudo capturado por armadilhas semanalmente (BAS), informações que devem ser divulgadas semanalmente nos
núcleos da região, para que as propriedades consigam criar estratégias no controle do bicudo no início da safra.
Gráfico 4. Aplicações para o controle do bicudo na pré e pós colheita da safra 2017/18.
Inseticida na desfolha.
Inseticida na destruição de soqueira
Produtos Utilizados para o Controle do Bicudo
Tubo mata bicudo
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Desfolha Destruição
Soqueira
Tubo Mata
Bicudo
60,655,9
83
8,5 8,5
39,3
% d
e co
ntr
ole
em
30
.45
0 h
a
Manejo para o controle do bicudo no final da safra 17/18 no Mato Grosso do Sul
Organofosforado Organofosforado +
Piretróide
Piretróide
APLICAÇÃO PARA O CONTROLE DO BICUDO
0
20
40
60
80
Roçado Em Pé
70,5
29,5
% d
os
mét
odos
uti
liza
dos
Método de destruição de soqueira no MS
Gráfico 5. Porcentagem dos métodos utilizados para a destruição de soqueira no Mato Grosso do Sul.
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Informativo Nº 165 Setembro de 2018
GTA: Nos dias 26 e 27 de setembro foram realizados na região Norte e Nordeste do Estado as reuniões dos
grupos de trabalho do algodão (GTA), que contou com a presença das equipes técnicas, gerentes e proprietários
das propriedades. O objetivo da reunião foi alinhar estratégias de controle do bicudo e avaliar o andamento dos
processos finais e pós colheita da safra 17/18, assim como a organização para o Armadilhamento pré safra 18/19,
que esse ano contará com a divulgação semanal das informações do BAS (Bicudo Armadilha Semanal) dos
núcleos. Além dos alinhamentos, contamos com a ilustre participação do Eng.° Agr.° e pesquisador Alfredo Dias
da Fundação Chapadão, que apresentou os resultados dos ensaios de doenças fúngicas, dando foco nos melhores
tratamentos para Mancha alvo e Ramulária, doenças que acometem durante o ciclo da cultura e demandam
intervenções.
Figura 4. GTA núcleo Chapadão do Sul.
Figura 3. Armadilhamento pré safra 2018/19.
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Informativo Nº 165 Setembro de 2018
Treinamento de Plantabilidade.
A Ampasul em parceria com Fatec de Pompeia – SP e propriedades da regiões dos Chapadões realizou nos dias
21 e 22 de setembro nas fazendas São Paulo e Catleia do grupo JCN um treinamento de plantabilidade com
Professor Eng° Agr° ME Edson M. Tanaka, que ministrou um treinamento de 8 horas em cada núcleo, com aulas
práticas e aula teóricas para gerentes técnicos e operadores, com foco na plantabilidade das culturas de algodão e
soja.
Foram abordados assuntos como os princípios básicos de plantio, revisões preventivas, capacidade operacional,
velocidade de plantio, ajustes e regulagens no momento das operações, tipos de equipamentos, entre outros. O
professor Edson ressaltou a importância da telemetria das operações agrícolas.
Figura 5. Equipe do treinamento de plantabilidade.
Região Sul do estado.
A região centro sul que compreende os municípios de Campo Grande, Sidrolândia e Maracaju estão em pleno
vazio sanitário que teve início no dia 01 de agosto e se encerrará no dia 15 de outubro, já o restante do estado
menos a região norte e nordeste o algodão já pode ser plantado, como no município de Aral Moreira que está
liberado para plantio desde o dia 30 de agosto.
Redação e ElaboraçãoGestor Técnico Marcelo Caires
Assist. Projetos Karoline Günther
Este informativo não representa o endosso da AMPASUL para nenhum produto ou marca.