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TERMO DE REFERÊNCIAS AO PLANO DE MOBILIDADE
DE VALINHOS
RELATÓRIO N. 04 : TERMO PROPOSITIVO
ABRIL DE 2014
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TERMO DE REFERÊNCIAS AO PLANO DE MOBILIDADE DE
VALINHOS
ETAPA: TERMO PROPOSITIVO
ÍNDICE PÁG.
01. OBJETIVOS 03
02. MARCOS CONCEITUAIS 03
03. MARCOS METODOLÓGICOS 10
04. REFERÊNCIAS CONCLUSIVAS 24
05. PROPOSTAS AO SISTEMA VIÁRIO 25
06. PROPOSTAS AO SISTEMA DE TRANSPORTES 59
ANEXO: DADOS CENSITÁRIOS AGREGADOS POR COMPARTIMENTO E
CARTOGRAFIA BÁSICA E DE VIÁRIO
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01. OBJETIVOS
São objetivos do TERMO PROPOSITIVO, que compõe o Termo de Referências ao
Plano de Mobilidade de VALINHOS:
01.01. Expor e definir os marcos conceituais, metodológicos e estratégicos que
embasam e fundamentam as proposições ao PLANO DE MOBILIADADE DE
VALINHOS.
01.02. Organizar, sistematizar e justificar as proposições definidas e aptas a
cumprirem o escopo do presente trabalho.
01.03. Submeter os produtos resultantes desta etapa ao crivo técnico da Secretaria de
Transportes e Trânsito da Prefeitura Municipal de Valinhos (p.ex. em Oficina
Técnica), visando eventuais correções e/ou ajustes de diretrizes e metas
projetadas e de seus níveis de priorização.
01.04. Apresentar o presente TERMO PROPOSITIVO à população de Valinhos, após
eventuais ajustes, em audiência pública visando dois propósitos:
01.04.01. – alcançar o consenso, essencial à viabilização das propostas;
01.04.02. – obter a sua legitimação social, na medida que este projeto ensejar
efetiva participação da comunidade.
01.05. Conseguir sensibilizar a administração municipal para um exercício interativo
com a Região Metropolitana de Campinas sobre dois temas de vital importância
ao desenvolvimento da região:
01.05.01. – a retomada do projeto TREM METROPOLITANO, sob o viés da
integração modal dos transportes na região;
01.05.02. – o planejamento integrado das áreas limítrofes com os municípios
Campinas e Vinhedo.
01.06. Propor subsídios ao Sistema de Planejamento e Gestão, no qual delineiem-se
perspectivas de ampliar o escopo de revisão do Plano Diretor de Valinhos,
principalmente quanto à estruturação e ordenamento territorial, ao
adensamento demográfico e à expansão urbana.
02. MARCOS CONCEITUAIS
O estabelecimento dos objetivos acima expostos decorre dos requisitos do próprio
objeto do Plano de Trabalho, porém, demonstram-se adequados e compatíveis com
os resultados do Diagnóstico Técnico procedido após as visitas de campo e de cuja
analise crítica resultaram três vertentes adequadas ao exercício propositivo:
1ª – as vertentes conjuntural e estrutural
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Diz respeito a questões críticas mais relacionadas às disfunções dos sistemas
viário e de transportes e seus sub-sistemas e são divididas em duas
categorias:
� uma, trata de deficiências que podem ser corrigidas por medidas tópicas, de
implantação gradativa e selecionáveis segundo os níveis de prioridade que se
lhes forem conferidos. São os casos das calçadas inadequadas que dificultam a
mobilidade de portadores de limitações físicas, de idosos, de carrinhos de
bebê, etc., ou abrigos de pontos de ônibus que não atendem os requisitos
mínimos, etc., ou, ainda e, por exemplo, de sinalização semafórica inadequada
e que precisa ser corrigida para tornar o tráfego mais fluido; convenciona-se
que propostas aqui enquadráveis serão tratadas como ÁREAS DE
INTERVENÇÕES;
� outra, abrangendo conflitos e desarticulações viárias que, pelos
componentes estruturais que envolvem e pela sua complexidade, exigem
projetos mais detalhados, principalmente por impactarem áreas de circulação
vital na cidade, ou, então, indicados para propiciarem melhor integração entre
bairros, melhor articulação viária, visando a eliminação de conflitos ou o
abrandamento dos congestionamentos, principalmente nas áreas centrais. Tais
são os casos de correção de traçados de ciclovias ou de nova implantação
desse modo de transporte, ou, ainda, de correção de dispositivos de conexão
viária, de regulação dos estacionamentos centrais, etc. Pelo seu caráter mais
complexo, convenciona-se enquadrar as Propostas aqui inseridas como
PROJETOS VIÁRIOS;
2ª – a vertente estratégica
O Diagnóstico Técnico evidenciou questões mais complexas e cujas tratativas
extrapolam o domínio da capacidade municipal, requerendo envolvimentos mais
amplos, de setores do Estado ou o concurso da Região Metropolitana de
Campinas.
Valinhos está inserida em uma região metropolitana de alta interatividade,
conurbada com Campinas e Vinhedo e fica claro que, em se tratando de
mobilidade, tais implicações exigem, necessariamente, um exercício de
planejamento integrado, em nível interregional, articulando diferentes áreas de
concurso concorrente: do planejamento urbano, do transporte, do meio
ambiente, do desenvolvimento econômico, do setor social e da segurança. É o
que se tratará em item específico. São questões como a do TREM
METROPOLIANO, do prolongamento do ANEL VIÁRIO JOSÉ R.M.TEIXEIRA ou,
ainda, das implicações das rodovias de jurisdição estadual no âmbito urbano.
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3ª – das interfaces com o Sistema de Planejamento e Gestão
Há notáveis implicações da Mobilidade com a estrutura urbana do Município, com
a dinâmica econômica e com as tendências de sua expansão e que se traduzem
nas taxas expressivas de migração intrarregional e no processo do crescimento
da cidade, claramente ritmado pelos empreendimentos imobiliários, de não
menos claras relações com os conflitos e deficiências dos serviços urbanos,
principalmente da Mobilidade, e da pulverização de núcleos de padrão urbano.
A exacerbação desse processo tem ampliado os custos de serviços urbanos, na
medida que estende-se a dispersão urbana e amplia-se a centralização das
atividades; esses fatos, conjugados, aumentam as viagens internas, tal como
constatadas na Pesquisa Origem-Destino, congestionam a circulação de pessoas
e veículos, retarda fluxos, potencializam disfunções urbanas.
Essas constatações justificam nova reflexão sobre o processo de produção do
espaço, a estrutura urbana correspondente e nova avaliação das suas
consequências na Mobilidade, particularmente no Sistema do Transporte e suas
pertinências (segurança, articulação, integração entre bairros), inclusive das
pressões sobre áreas ambientalmente protegidas, etc.
Nesta linha de raciocínio sobre tais complexidades, é cabível a este trabalho
propor à discussão as causas estruturais de todos os problemas, conflitos,
inadequações, demandas e carências da infraestrutura viária e dos mecanismos
da Mobilidade e que se originam na falta de um planejamento integrado,
consequentemente de uma política urbana capaz de organizar o território, de
evitar ou atenuar os efeitos da especulação imobiliária, de empregar
instrumentos urbanísticos e legais eficientes e que se respalde na gestão social,
com uma participação comunitária mais efetiva.
A análise crítica dos sistemas de infraestrutura viária e dos transportes tenta,
desta forma, oferecer ao poder público subsídios à reformulação da política
urbana do Município, de seu instrumento específico – o Plano Diretor – e de
desenvolver estratégias regionais adequadas ao ordenamento territorial em
zonas limítrofes e de definir um padrão de gestão que lhes seja compatível,
principalmente com efetiva participação da comunidade.
SISTEMATIZAÇÃO DAS PROPOSTAS E DE MODELO ALTERNATIVO DE PLANEJAMENTO
Em síntese, as alternativas que se apresentam em capítulos próprios ou cuja
fundamentação se dilui em todo o texto deste TERMO, facultam ao poder público:
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1º- encaminhar soluções aos problemas mais evidentes, nos âmbitos da
infraestrutura viária e do transporte público, sejam de eventos mais críticos –
aqueles que envolvem riscos à segurança ou à fluidez do tráfego – ou de
inadequações aos padrões de qualidade que a cidadania requer. Ambos os casos
impactam os atributos do espaço urbano e das funções sociais da cidade.
Atendem a tais propósitos as PROPOSTAS de ÁREAS DE INTERVENÇÕES e dos
PROJETOS VIÁRIOS;
2º- dar encaminhamento adequado aos problemas de maior complexidade, que
requerem trato regional, visto que envolvem competências do Estado ou
implicam municípios limítrofes. Esta categoria de proposições remete às
questões estruturais cujas discussão e ações planejadas tardam e acabam
potencializando as disfunções da Mobilidade, ruins para governos e populações,
onerando o erário público e prejudicando economicamente a produção.
Em se tratando de uma Região Metropolitana urge a necessidade de a Mobilidade
ser analisada em todo o contexto regional, não apenas revendo o Projeto do
TREM METROPOLITANO mas inserindo-o no cenário da intermodalidade, com
participação efetiva dos municípios da Região.
DEVE-SE RECONHECER QUE A MOBILIDADE É UMA FUNÇÃO SOCIAL QUE
IMPACTA TODOS OS SETORES DA ATIVIDADE HUMANA E QUE NÃO PODE SER
“FATIADA” EM PROJETOS SETORIAIS SEM, ANTES, SER OBJETO DO
PLANEJAMENTO INTEGRADO, DE AMPLITUDE INTER E INTRARREGIONAL, NÃO
FAZENDO SENTIDO O CUMPRIMENTO DA NORMA FEDERAL NO ÂMBITO
RESTRIDO DE MUNICÍPIOS QUANTO ESTES COMPÕEM POLOS
METROPOLITANOS OU AGLOMERAÇÕES URBANAS.
Não se trata, “apenas” da intermodalidade ou do Projeto Trem Metropolitano: diz
respeito, também : i) ao planejamento dos usos e ocupação do solo em áreas
limítrofes de municípios; ii) à revisão do sistema do transporte intermunicipal,
incluindo a questão da tarifação integrada; iii) às melhorias das conexões viárias
estruturais (portanto, incluindo concessionárias) ; iv) aos acessos à cidade, pelas
rodovias estaduais; v) à jurisprudência na administração de estradas internas ao
perímetro urbano (caso, por exemplo, da Estrada da Boiada) e vi) dos
regulamentos e da administração de estradas de ligação intermunicipal (caso das
ligações com Vinhedo e Itatiba).
Desnecessário enfatizar impactos dos conflitos e inadequações decorrentes da
falta de planejamento e soluções para os fatos acima expostos. Da desídia de
seu tratamento resultam outras categorias de disfunções das quais resultam
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mais deseconomias urbanas, insegurança e gravames aos patrimônios publico e
privado. Em suma, é fundamental que se instale a cultura do planejamento
urbano integrado.
Não ser poderá evoluir para o tratamento sistêmico da Mobilidade se lhe faltam
requisitos intermediários, dois deles fundamentais: o exercício do planejamento e a
gestão social. Tratar, então, de modelos de sistemas de transportes, seria o mesmo
que iniciar uma construção pelo telhado.
3º- O circuito do exercício propositivo não estaria completo se as causas de todo
esse aparato crítico não fossem objeto de atenção e de apontamentos específicos,
ao menos em termos de subsídios à política urbana do Município.
Mobilidade implica em suportes físicos adequados, em meios de deslocamentos
eficientes e em gestão operacional eficaz. Tais atributos são resultantes que
aferem a qualidade de funções sociais essenciais ao desenvolvimento urbano;
mas de que tipo de organização decorrem ?
Seguramente, refletem a estrutura urbana na qual se inserem e respondem com o
nível de atendimento decorrente das características, limitações e distorções
daquela estrutura.
Valinhos exibe uma estrutura urbana que se caracteriza:
a) pela dispersão aleatória de bairros, núcleos e pequenos centros de feitio
urbano;
b) pela desconectividade de bairros até contíguos;
c) pela exacerbação das atratividades de sua única centralidade;
d) pelas limitações de seu Centro e falta de marcos de identidade e de referência
histórico-cultural;
e) pela falta de clareza e de importância no tratamento de seus traçados mais
expressivos: o Ribeirão Pinheiros e a Ferrovia;
f) pelas demandas reprimidas de serviços e infraestrutura nos bairros mais
afastados.
Somente a disposição de se rever essa estrutura é que possibilitará resultados mais
expressivos em qualquer plano setorial que pretenda instituir diretrizes e
regulamentos de ordenamento do espaço e de funções sociais da cidade.
Por tais razões, este TERMO PROPOSITIVO definiu sua contribuição – reiterando, a
título de subsídio – no”approach” da complexidade acima exposta, partindo da
proposta de uma configuração espacial, da área urbana de Valinhos, que se aproxima
da concepção de unidades de planejamento, constituída por compartimentos urbanos
contíguos e de limites compatíveis com os limites dos setores censitários do IBGE, sob
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o pressuposto de que a base de dados disponíveis e já sistematizada nos registros
oficiais, facilitam a percepção das características físico-territoriais, socioeconômicas e
ambientais das unidades assim delimitadas.
Nesses compartimentos identificam-se populações, áreas territoriais, taxas de
adensamento bruto, taxas geométricas de crescimento, composição etária, renda
familiar, número de domicílios ocupados e não ocupados, números de pessoas por
domicílio, vazio urbanos e polos geradores de tráfego, assim como a qualificação e
quantificação dos equipamentos sociais ou estabelecimentos de interesse público: de
educação, de saúde, de cultura, de esportes, de ação social, etc. Este aporte de
dados, seu conhecimento e diagnóstico, facilitam o reconhecimento de variáveis
críticas que caracterizam as demandas de transportes, a capacidade suporte da
infraestrutura viária, a projeção do crescimento populacional do compartimento, as
demandas sociais e a capacidade de instalação dos equipamentos sociais e de
interesse público compatíveis com as projeções previstas.
Este método de análise confere elementos de análise que permitem aferir a
capacidade de cada compartimento constituir-se como centralidade (uma ou mais), e,
sob tal condição, à possibilidade de se construir, gradativamente, uma rede de
centralidades que aponte para a descentralização de bens e serviços de interesse
público, com pleno atendimento das funções sociais essenciais. A perspectiva, de
longo prazo, é que a estrutura urbana de Valinhos evolua para um modelo
policêntrico, com atividades econômicas mais dinâmicas, menor dependência do
Centro,podendo resultar maior proximidade da moradia dos locais de trabalho, menor
número de viagens, economia de tempo e desoneração de serviços públicos.
Assim, admitido, por pressuposto, o modelo de compartimentação no
estabelecimento de unidades de planejamento (UP) cabe explicitar as variáveis
críticas implicadas na Mobilidade interna ao compartimento e entre compartimentos
(no caso do Transporte) :
1. a qualidade da estrutura do sistema viário (acessibilidade incluída) e sua
capacidade de suporte;
2. os meios de transportes compatíveis com as funções urbanas, com as
características dos compartimentos e com a dinâmica das atividades, e
3. os subsídios ao Planejamento na definição de diretrizes à qualificação do
espaço urbano, neles compreendidos os condicionantes aos polos geradores
de tráfego (inclusive os requisitos ambientais) e ao seu suporte funcional
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(estacionamentos, dispositivos que os compatibilizam com a dinâmica do
tráfego local);
DIRETRIZES E METAS
� Isto posto, as proposituras que deverão compor o TERMO PROPOSITIVO, sejam
enquadráveis como AREAS DE INTERVENÇÕES, PROJETOS VIÁRIOS OU
PROJETOS ESTRATÉGICOS, serão categorizadas, para fins de execução ou
operacionalização e, ainda, de priorização, como DIRETRIZES ou METAS.
� Constituirão diretrizes quando envolvem competências externas às do poder
público de Valinhos, requerendo, para sua execução ou viabilização, o concurso
do Estado e/ou a participação concorrente de outros municípios (exemplos:
transporte interregional, viário sob responsabilidade jurisdicional do Estado,
etc.). Também se enquadram como diretrizes as propostas cujo objetivo é o de
reservar as condições adequadas à execução do objeto tratado, caso típico, por
exemplo, de alargamento de via estrutural, ou de fixação de recuos, ou de
reserva de área para construção de dispositivo viário. Deverão atender
condições indispensáveis ao objetivo da intervenção ou do projeto viário mas
sem fixação de prazo, dependendo, ainda, de articulação com outros níveis de
poder ou com a iniciativa privada, podendo ser gravados com instrumentos
jurídicos que assegurem a pretendida reserva de domínio (Direito de Preempção,
por exemplo).
� Constituirão metas, priorizadas segundo indicadores socioeconômicos implicados
e que referenciem características dos segmentos da população que venham a ser
beneficiados (melhores relações benefício social/custo público), as proposições
que estiverem ao alcance exclusivo da Administração Municipal, devendo ser
inscritas nas diretrizes orçamentárias da LDO e no Plano Plurianual.
Concluindo, Propostas de Áreas de Intervenções, de Projetos Viários e de
Projetos Estratégicos – sejam enquadráveis como diretrizes ou metas – :
- estarão definidas quanto ao objeto, de forma clara e concreta, com os dados e
características suficientes à sua identificação, localização, amplitude, etc.;
- deverão ser devidamente fundamentadas, com priorização apontada para posterior
avaliação;
- mencionarão os resultados esperados;
- terão os encaminhamentos apontados, e
- quando for o caso : apontados os subsídios à Política Urbana, referentes à
estruturação urbana (especificamente à expansão urbana), aos mecanismos de
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controle do adensamento, da produção e ocupação do espaço e da gestão
participativa.
03. MARCOS METODOLÓGICOS
Trata-se, aqui, de resumir os meios pelos quais os conceitos expostos serão
absorvidos e expressos em Propostas que tenham condições efetivas de se
viabilizarem, no tempo e no espaço.
Será imprescindível, portanto, que se tenha claro domínio sobre as categorias
conceituadas, dos níveis de qualificação e de priorização e de enquadramento legal:
03.01. quanto às vertentes de abrangência das propostas: CONJUNTURAL/
ESTRUTURAL, ESTRATÉGICA e SUBSÍDIOS AO PLANEJAMENTO E GESTÃO;
03.02. quanto às categorias de propostas: se AREAS DE INTERVENÇÕES (atendendo,
normalmente, a vertente conjuntural), se PROJETOS VIÁRIOS
(atendendo somente a vertente estrutural) ou se PROJETOS
ESTRATÉGICOS (proposição de projetos de impactos regionais, geralmente
associados a parcerias, concessões, operações consorciadas, etc. ou, ainda,
se caracterizadas como SUBSÍDIO AO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
do Município;
03.03. quanto ao nível de enquadramento administrativo-legal: se DIRETRIZ ou se
META; neste último caso, quanto ao nível de priorização recomendado: se
ALTO (prazo até 2 anos) ou se MÉDIO (prazo até 4 anos). Note-se que não se
define nível baixo às prioridades (neste caso, deixam de ser prioridades).
Observar que ao modelo da compartimentação estarão agregadas propostas de
PROJETOS ESTRATÉGICOS, já adotando o conceito das CENTRALIDADES POLARES E
LINEARES. A estas centralidades, como já mencionado, serão conferidos,
gradualmente, atributos de qualidade ao espaço urbano e à qualificação das funções
sociais, tendo em vista:
03.04. a descentralização dos serviços públicos, de maneira a implementar uma nova
imagem estrutural à cidade, rompendo com o modelo de cidade monocêntrica,
concentradora de serviços e atividades econômicas.
Justificativa: Valinhos apresenta um Centro já com sinais de obsolescência,
saturado, de tráfego congestionado, sem identidades culturais e
sem perspectivas de modernização.
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A descentralização de equipamentos e serviços públicos poderá
atenuar pressões, diminuir os fluxos viários para o Centro,
melhorar a acessibilidade a bens e serviços, incentivar a
ocupação de vazios, evoluir para uma estrutura urbana
policêntrica, etc.
A dispersão territorial de Valinhos de certa forma favorece a
nucleação de centralidades, distinguindo-se aqueles
compartimentos que apresentem maior adensamento, melhores
condições de implantação de bens e serviços de interesse público
e expressivas demandas sociais, em termos quantitativos.
03.05. a revisão do modelo de transporte público com os objetivos de melhor
integração entre bairros, sem a dependência excessiva de afluência ao Centro
da cidade e visando ainda:
- testar o modal troncalizado, visando melhor e mais eficiente articulação de
horários e itinerários;
- melhorar a fluidez dos percursos, associando o uso de veículos maiores para
trajetos mais longos, entre centralidades ou entre estas e o Centro, e o uso
de veículos mais leves, de forma a cumprir melhor a acessibilidade
(distâncias máximas de 300m entre pontos e moradias) e em menor tempo;
- rentabilizar socialmente a mobilidade associando trajetos mais racionais,
menores tempos de percurso, menores desgastes de veículos, integração
temporal entre bilhetagem e uso das linhas;
- melhorar o padrão da segurança, na medida que seja introduzido
mecanismo de controle dos itinerários e seu timing, com comunicação entre
central de operações e os veículos empregados em percursos longos.
03.06. a critério dos setores competentes (Desenvolvimento Econômico,
Planejamento, Área Social) poderao ser agregados, a este novo modelo de
estruturação urbana (se admitido), incentivos fiscais à implantação do
pequeno empresariado (micro e pequenas empresas), de maneira a favorecer,
a médio e longo prazos, a fixação dos trabalhadores próxima dos locais de
trabalho, melhor nível de geração de renda, etc., fatos que poderão contribuir,
no futuro, à consolidação econômica da centralidade, diminuindo,ainda mais, a
dependência em relação ao Centro da Cidade.
Claro que compete ao poder público a maior fatia de responsabilidades nesse
processo:
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03.07. na medida que venha redefinir sua política urbana, estabelecendo novas
diretrizes ao zoneamento de usos e ocupação do solo; à ocupação dos vazios
urbanos; à regulamentação e aplicação dos instrumentos urbanísticos e legais;
ao contingenciamento do adensamento de cada compartimento à
disponibilização e adequação da infraestrutura viária (capacidade suporte do
sistema viário) e de atendimento aos serviços básicos de abastecimento de
água e, ainda, de planejamento de equipamentos de educação, de saúde, de
cultura, de esportes e de segurança, compatíveis com as projeções admitidas
para cada compartimento;
03.08. definindo novos termos de concessão, para isso havendo de negociar com os
empresários a melhor forma de introduzir mudanças estruturais no modelo de
transporte até aqui adotado;
03.09. tomando iniciativa de abrir diálogo com as administrações dos municípios
vizinhos, Campinas e Vinhedo principalmente, visando a definição das
responsabilidades compartilhadas nos deslocamentos interregionais do
quotidiano, a revisão dos planos de usos e ocupação em áreas limítrofes e,
ainda, a definição de política integrada para a regulação da implantação de
polos geradores de tráfego, já que nesses limites territoriais os polos também
impactam usos e ocupação no município vizinho ao que estiver instalado.
QUANTO ÀS NORMATIVAS DA POLÍTICA NACIONAL QUE ORIENTAM O TERMO
PROPOSITIVO.
A Lei n.12.587, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana,
refere-se diretamente aos desafios ao Planejamento do Transporte e que alçam-no
obrigatório ao Município de Valinhos ainda que sua população seja inferior a 500mil
habitantes. Infere-se da leitura da Lei que recursos financeiros para obras de
infraestrutura de transporte e mobilidade urbana poderão ser captados junto ao
Governo Federal, entendendo-se que Valinhos poderá alcançá-los até mesmo para a
implantação de mecanismos inovadores, como tal se afigura o conjunto PROJETOS
VIÁRIOS e, até mesmo, os PROJETOS ESTRATÉGICOS (principalmente o modelo de
planejamento, controle operacional e informatização do Sistema de Transportes).
Metodologicamente, o percurso é quase idêntico ao previsto para os planos diretores:
o Diagnóstico Técnico, através do qual são distinguidos os diferentes níveis de
atratividades (conforme natureza dos bairros, da composição etária de sua população,
da localização dos equipamentos que devem atender ás demandas, etc.), os polos
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geradores de tráfego, o suporte viário e suas limitações, carências e conflitos, os
fluxos de transporte mais críticos , etc.
Pode-se admitir que a massa crítica de dados disponíveis já se apresenta suficiente à
elaboração do TERMO PROPOSITIVO : tem-se um rigoroso aporte de dados e registros
analíticos e gráficos sistematizado dos amplos exercícios de campo realizados, a isso
se agregando amplo domínio de conhecimento da cidade por parte dos consultores e
agora se juntando: i) a pesquisa Origem-Destino da Região Metropolitana de
Campinas e ii) os registros de manifestação dos usuários do sistema de transporte de
Valinhos e, iii) no caso do modelo policêntrico proposto, a base de dados por setores
censitários, disponibilizada pelo Censo de 2010.
Esse aporte de dados, o conhecimento acumulado e o ordenamento conceitual definido
alinham o TERMO PROPOSITIVO sob todos os requisitos técnicos que se reclamam
essenciais ao PLANO DE MOBILIDADE:
- o seguro descortino dos conflitos, carências, inadequações, demandas e
limitações dos sistemas viário, de transportes e de gestão, enquanto
consequências das impropriedades e disfunções urbanas;
- domínio das relações causa-consequência dos problemas e deficiências enfrentados,
fato que remete à imprescindível correspondências dos sistemas ora tratados com a
estrutura urbana de Valinhos, com o modelo de sua expansão, com as diretrizes que
lhe define a política urbana local e com todos os eventos que impactam a qualidade
do espaço e dos sistemas analisados, nem sempre ao alcance da ação planejada da
Administração.
Estas observações vem ao caso movidas por uma indispensável nova postura do poder
municipal frente às tendências de exacerbação do crescimento espontâneo de
Valinhos, de falta de uma mais decisiva ação regional, de uma revisão do modo de
produção do espaço e do próprio desenvolvimento econômico do Município, enfim, da
necessidade de uma nova visão integrada, de planejamento e de desenvolvimento
estratégico. Mais do que um conjunto de diretrizes e normas de Mobilidade, até certo
ponto de baixa complexidade para Valinhos até o momento.
QUANTO ÀS NORMATIVAS LEGAIS DE ÂMBITO MUNICIPAL
O presente TERMO PROPOSITIVO observa todas as prescrições, normas e disposições
expressas nas leis municipais, destacando-se neste contexto, a Lei Orgânica do
Município e a Lei que institui o seu Plano Diretor.
A Lei Orgânica do Município, atualizada até a Emenda 50, de 28/05/2013,
determina:
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“Art.157- No estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento
urbano, o Município assegurará:
I - o pleno desenvolvimento das funções sociais da Cidade, objetivando o bem-estar
dos seus habitantes;
II – a participação das entidades comunitárias no estudo, encaminhamento e solução
dos problemas, planos, programas e projetos que se lhes sejam concernentes;
III- a preservação, proteção e recuperação do meio ambiente urbano e cultural;
VII-que os edifícios públicos e particulares de frequência pública, os logradouros
públicos e os transportes coletivos oferecerão condições técnicas de acesso e
permanência às pessoas portadoras de deficiências físicas”;
Art.158- ...
§4º- Ao Município compete, através da Secretaria de Transportes e Serviços Urbanos,
com a participação do Conselho Municipal de Trânsito, regulamentar, orientar e
disciplinar o trânsito.
CAPÍTULO III
DOS TRANSPORTES
Artigo 164 - O transporte é um direito fundamental do cidadão, sendo de
responsabilidade do Poder Público Municipal o planejamento, o gerenciamento e a
operação dos seus vários modos, por meios próprios ou sob o regime de permissão ou
concessão.
Artigo 165 - É assegurada a participação popular organizada no planejamento e
operação dos transportes, assim como no acesso às informações sobre o seu sistema.
Artigo 166 - A lei criará o Conselho Municipal de Transportes Coletivos, especificando
a sua composição e atribuições, assegurando a participação da população, através
de suas entidades representativas.
Artigo 167 - É dever do Poder Público Municipal propiciar um transporte com tarifa
condizente com o poder aquisitivo da população, bem como assegurar a qualidade dos
serviços.
Artigo 168 - O Poder Público Municipal definirá o percurso, a freqüência e a tarifa
do transporte coletivo local, através do Conselho Municipal de Transportes Coletivos”.
Portanto, compete ao TERMO PROPOSITIVO, em suas proposições, considerar todas as
implicações da norma legal, expressas nos trechos excertos:
� De cumprimento das funções sociais da cidade. O transporte e a acessibilidade
constituem propriedades do domínio publico e que devem cumprir suas funções.
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� De participação da comunidade na solução dos problemas que a afetam,
portanto, no encaminhamento do Plano de Mobilidade.
� De preservação,proteção e recuperação do meio ambiente natural e cultural.
� De garantia de condições técnicas de acesso e funcionamento adequados aos
logradouros públicos e meios de transportes coletivos aos cidadãos;
� De planejamento, gerenciamento e operação dos vários modos de transportes;
� De qualidade dos serviços;
� De subsidiar a definição dos percursos e a frequência do Transporte Coletivo;
Relativamente à Lei n.3.841, que institui o PLANO DIRETOR FÍSICO-
TERRITORIAL DO MUNICÍPIO, compete ao TERMO PROPOSITIVO compatibilizar
suas propostas e atender as prescrições e normas expressas nos artigos:
“ Art.44 – Para o aspecto físico-territorial do Município, serão adotadas medidas
visando:
...
II - propiciar estruturas urbanas capazes de atender plenamente as funções
sociais da cidade e ao bem-estar de seus habitantes;
Artigo 46 - A estruturação urbana básica visa a organização do território urbano para
o desenvolvimento harmônico das diferentes atividades urbanas.
Artigo 50 - Para a ordenação da distribuição das atividades no Município e
diminuição do deslocamento entre moradia-trabalho-abastecimento, serão
implantadas zonas corredores.
Artigo 51 - Será efetivada a estruturação da macrozona urbana com zonas
residenciais, comerciais, de serviços, industriais, institucionais, zonas corredores,
áreas especiais de proteção e macrozonas rurais, integrados pelo sistema viário
básico, conforme mapas que deverão integrar lei específica.
Todavia, o TERMO PROPOSITIVO pretende, também, questionar algumas das
diretrizes expressas nesta Lei do Plano Diretor Físico-Territorial:
“Artigo 61 - Caracteriza-se como estrutura viária municipal rodovias, vias de trânsito
rápido, artérias primárias, artérias secundárias, coletoras e locais dispostos de
forma rádio-concêntrica, composta basicamente de vias radiais e anelares ou
perimetrais, cujos estudos e implantação possibilitarão as ligações necessárias para a
ampliação de acessibilidade, segurança e fluidez de tráfego esperados.
O escopo delineado no Plano de Trabalho e desenvolvido no Relatório do
DIAGNÓSTICO TÉCNICO expõe e analisa a estrutura urbana de Valinhos, de
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predominante configuração monocêntrica, de deficiente articulação entre bairros, sem
diretrizes claras que normatizem a expansão urbana, ainda prevalecendo o
crescimento espontâneo, determinado pela dinâmica da atividade imobiliária e sujeito
à exacerbação dos conflitos da mobilidade potencializados pela concentração dos
serviços no Centro da cidade (o Terminal Rodoviário é o exemplo mais frisante) e
pelas deficiências de seu sistema viário estrutural, sem que lhes assistam espaços
centrais na escala das demandas e de condições funcionais adequadas.
Os Marcos Conceituais já expõem essas debilidades, questiona o modelo e a
obsolescência da configuração centralizadora, reconhece falta de identidade cultural da
cidade e que possa ser expressa em marcos de referência mais notáveis, registra o
feitio provinciano do Centro e o paradoxo de uma mobilidade típica de cidade grande,
congestionada e de conflitos com tendências de agravamento.
Retornando ao contexto das prescrições que devem ser observadas, no domínio da Lei
do Plano Diretor Físico-Territorial, destacam-se as seguintes disposições:
“Artigo 62 - Viabilizar meios para que o órgão de trânsito do Município efetue a
implantação da política de circulação viária privilegiando a boa técnica, a
segurança ao circular e a preservação da vida, desenvolvendo programas e
ações continuados de melhorias viárias, visibilidade, educativas,
fiscalizatórias, efetivando a harmonização dos diversos fatores do sistema de
trânsito, são os objetivos estabelecidos, visando:
I - buscar o aperfeiçoamento técnico com a adoção de novas
tecnologias;
II - buscar a implantação de programas e ações de total integração e
acessibilidade dos usuários que possuem mobilidade reduzida,
adaptando e construindo o espaço viário de maneira abrangente;
III - buscar a gestão democrática através de adoção de mecanismos
de participação social e efetivação da integração com a população,
através de conselhos de gestão do sistema viário;
IV - conduzir a criação de lei e reformas da legislação existente, para
o aprimoramento da gestão do sistema viário;
V - promover a municipalização das rodovias estaduais, adotando
padrões adequados de geometria, sinalização e paisagismo, tornando
seguro e agradável transitar no Município;
VI - promover a melhoria de acessibilidade entre os eixos viários
municipais, tornando mais rápidos, diretos e seguros, através de
17
novas alças, viadutos e demais intervenções, privilegiando, além da
boa técnica, a boa estética urbanística;
VII - promover estudos necessários para a criação do plano cicloviário
municipal, incluindo o controle e emplacamento de bicicletas, com
programa educativo específico;
VIII - promover junto às demais áreas a obtenção do plano de
drenagem, de forma a retardar o tempo de escoamento das micro-
bacias, evitando os pontos de alagamento;
IX - promover a padronização e implantação de passeios contínuos e
uniformes de forma a assegurar segurança, visibilidade, conforto aos
pedestres, incluindo rebaixamentos de guias em todo o Município;
X - promover nas áreas rurais a implantação de acostamento nas
estradas vicinais de forma a assegurar espaço para o livre caminhar
dos pedestres, assegurando inclusive a construção de ciclo-faixas ou
ciclovias de forma a promover segurança e qualidade de circulação;
XI - implantar, em caráter permanente, programas de educação e
segurança do trânsito nos níveis: escolares, motoristas e qualquer
faixa social e etária;
XII - estabelecer parâmetros através de legislação específica para os
polos geradores de tráfego, de forma a mitigar os efeitos de
implantação e dotar as operações urbanas necessárias para o real
dimensionamento da atratividade no efeito circulatório da cidade;
XIII - redefinir a circulação na área central, criando novas áreas para
a circulação de pedestres e áreas de convívio, juntamente com
remodelações de equipamentos urbanos, criando uma identidade
aprazível, reduzindo-se o acesso de automóveis e caminhões,
incentivando estacionamentos para veículos leves para compatibilizar
as atividades de trabalho e lazer;
XIV - estudar novos padrões de pavimentos para áreas
essencialmente residenciais, que assegurem penetração de águas
pluviais, mantendo os níveis desejados de atrito e segurança;
XV - desenvolver programa específico para a segurança nas áreas
escolares, com padronização de sinalização específica em conjunto
com o programa de educação de trânsito;
XVI - adotar as medidas necessárias para implantação de bancos de
dados interativos e que possibilitem a contínua redução dos índices de
acidentes e mortes no trânsito.
18
Artigo 63 - Poderá haver adoção de programas de ações, em nível regional, de modo
a estabelecer políticas coerentes entre os Municípios do Polo Metropolitano, visando:
I - incluir negociações com as entidades públicas estaduais e federais,
no sentido de que seus imóveis tenham uso atualizado;
II - a atualização dos imóveis previstos no inciso X do artigo anterior,
no que for possível, incluindo atividades de caráter institucional,
comercial e de serviços”.
“Capítulo XII - Das Diretrizes Gerais para o Transporte Público
Artigo 66 - Caracteriza-se como estrutura do transporte público a rede municipal de
ônibus, a interligação com a rede metropolitana de ônibus, o sistema de transporte
individual de táxi, o sistema de transporte de escolares, o sistema de pontos de
aluguel, os terminais rodoviários e a rede ferroviária com suas áreas pertinentes.
Artigo 67 - Mediante os elementos que compõem o transporte público e na tomada
de decisões nesta área, são fixados os seguintes objetivos:
I - viabilizar meios para que o órgão de transporte e trânsito efetue a
implantação da política pública de transporte com a valorização do ser
humano através do respeito, cordialidade, confiabilidade,
pontualidade, segurança, conforto, comodidade e racionalização
econômica;
II - buscar a gestão democrática através de adoção de mecanismos
de participação social e efetivação da interação com a população,
através de conselhos de gestão de transportes;
III - propor a criação de normas e reformas da legislação existente
visando o aprimoramento da gestão dos transportes;
IV - promover as gestões necessárias para o retorno do trem
metropolitano com a adoção das reformas necessárias para a
implantação de integração aos demais sistemas, com a análise do
impacto a ser gerado em função da malha viária existente;
V - promover as gestões necessárias para o desenvolvimento de
integrações não-físicas, através da temporização específica em
sistemas tarifadores, tecnologicamente adequados;
VI - promover estudos de troncalização do transporte público
municipal, através da adoção de novos terminais e da integração não-
física ao longo de novos corredores, assegurando viagens mais
rápidas, com pouco tempo de espera;
19
VII - buscar a implantação de programas e ações de total integração
e acessibilidade dos usuários que possuem mobilidade reduzida,
adaptando o sistema de transporte coletivo de maneira inclusiva;
VIII - promover novas ligações entre os bairros assegurando novos
itinerários para ônibus, integrando os bairros, aumentando a área de
cobertura, reduzindo a distância máxima entre residências urbanas e
pontos de parada para 300 m (trezentos metros);
IX - promover a padronização de abrigos dos pontos de parada, de
forma a assegurar proteção, visibilidade, segurança, conforto e
qualidade paisagístico-arquitetônica, com a eliminação das paradas
convencionadas e não identificadas e inclusive afixação de itinerários
e horários;
X - garantir que a construção de paradas nas novas linhas troncais
sejam efetuadas com piso uniforme em nível, com rampas de acesso
a veículos adaptados aos usuários que possuem mobilidade reduzida
e espaço para o estacionamento de bicicletas.
Capítulo XIII - Das Diretrizes Gerais para a Pavimentação Asfáltica
Artigo 68 - No campo das diretrizes gerais da pavimentação asfáltica, serão adotadas
medidas visando:
I - viabilizar a continuidade dos planos comunitários;
II - nas vias em terra, de antigos loteamentos de chácaras de recreio
ou rurais, poderá ser executado a pavimentação sem guias e sarjetas
e na largura determinada pelo órgão competente, com arremates em
grama e canaletas, quando necessárias;
III - prever alargamento das vias de loteamentos de chácaras de
recreio e rurais, exigindo recuo da construção, quando da aprovação
de projetos, a partir do dimensionamento pré-estipulado das citadas
vias;
IV - quando da implantação de novos empreendimentos imobiliários,
deverá estar incluso na condição de aprovação e recebimento do
empreendimento pela Municipalidade, pelo menos um acesso
pavimentado;
V - o leito carroçável poderá estar deslocado do eixo da rua, ou seja,
de um lado da rua a largura reservada para passeio poderá ter um
mínimo de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) e do outro,
20
com o que restar, ou seja, 5,00 m (cinco metros). Quando o passeio
fizer frente para área verde, de lazer ou de preservação permanente,
poderá ter apenas 2,00 m (dois metros) em nível com a guia,
podendo o restante ser em declive ou aclive”.
A estes dez artigos acima destacados, da Lei Municipal 3.841, que institui o Plano
Diretor Físico-Territorial, o TERMO PROPOSITIVO corresponde-lhes proposições
interpretadas a seguir:
� De atendimento ao disposto no inciso II do Artigo 44, na medida que propõe
reordenamento da estrutura urbana para um modelo policêntrico, capaz de
atender a complexidade crescente das funções sociais de Valinhos,
consequentemente ao bem estar de seus habitantes.
� De atenção ao disposto no Artigo 46, visando, com o modelo policêntrico
proposto, o desenvolvimento mais harmônico das atividades urbanas.
� De estrita correspondência ao disposto no Artigo 50, tendo em vista que uma
das finalidades do modelo policêntrico, com a proposta de criação e consolidação
de centralidades polares e lineares, é, exatamente, a diminuição do
deslocamento entre moradia-trabalho-abastecimento, observando que zonas
corredores, mencionadas no referido artigo, correspondem, efetivamente, às
centralidades propostas.
� De atendimento às disposições do Artigo 51, tendo em vista a prioridade
conferida à integração dos bairros.
� Quanto ao disposto no Artigo 61, este trabalho constata marcos de contradição
entre a afirmação do modelo radioconcêntrico (vide expressão “ dispostos de
forma rádio-concêntrica, composta basicamente de vias radiais e anelares ou
perimetrais, cujos estudos e implantação possibilitarão as ligações necessárias
para ampliação de acessibilidade...”) e o quanto exposto nos artigos 46 e 50,
claramente propriedades do policentrismo.
� De conformidade às disposições do Artigo 62, na medida que melhorias viárias,
mecanismos de segurança, modelo operacional mais eficiente e de controle
social estão contemplados nas proposições deste TERMO, especificamente:
a) de adoção de novas tecnologias: atendida pelo modelo de gestão e
planejamento do sistema de Transportes (CENTRO OPERACIONAL) integrado
ao modelo alternativo proposto para a troncalização do transporte coletivo;
21
b) de integração e acessibilidade dos usuários que possuem mobilidade
reduzida: propostas deste TERMO conferem prioridade ao pedestre na
acessibilidade aos equipamentos sociais de Educação, de Saúde, de
Assistência Social, de Cultura e aos serviços públicos de transportes (abrigos,
Terminal Rodoviário, etc.), aos serviços de correios, bancários e na
transposição de logradouros, de maneira geral;
c) de gestão democrática, conforme exposto no inciso III, na medida que
propõe mecanismo de gestão e planejamento incentivando a participação
popular;
d) de gestão do sistema viário, compondo o sistema de controle operacional em
vias públicas, particularmente voltado para as áreas centrais, com maior
incidência de congestionamentos, conflitos e eventos críticos;
e) de melhoria de acessibilidade entre os eixos viários municipais, objetivo
central deste TERMO PROPOSITIVO na medida que trata da integração entre
bairros e melhor articulação viária;
f) de criação de plano cicloviário, tema já abordado e ilustrado no Diagnóstico
Técnico, uma das prioridades deste TERMO;
g) de melhorias dos passeios, um dos mais crônicos problemas da mobilidade
nas cidades brasileiras, particularmente em Valinhos, também, uma das
questões de maior atenção deste trabalho;
h) de implantação de acostamentos nas estradas vicinais, outro problema
crônico e que deverá ser objeto de atenção e proposição deste TERMO;
i) de parâmetros para os polos geradores de tráfego. Esta questão ganha
especial relevo em função do modelo alternativo proposto à estrutura urbana
de Valinhos (policentrismo) e, certamente, será alvo de tema em conferência
pública. Os Compartimentos definidos neste trabalho e que poderão ser
consolidados como Centralidades Polares, através de termo legal,
apresentam capacidades e potencialidades distintas de absorverem
atratividades, de acordo com as variáveis críticas: viário estrutural,
capacidade suporte de sua malha articuladora (vias coletoras), adensamento
e dinâmica socioeconômica. Desta maneira, este TERMO pretende definir
subsídios ao estabelecimento de diretrizes, sem esquecer que está em curso
um projeto de regulamentação de polos geradores de tráfego.
A equipe de consultoria reconhece que polos geradores de tráfego não se
enquadram em uma única categoria e que dependem, prevalentemente, da
estrutura urbana na qual se inserem, especificamente de sua localização e,
também, de suas próprias características: de concentração da população
22
atraída, da periodicidade de funcionamento, dos níveis de atenção e
segurança que requerem, enfim, há consciência de que a inserção no modelo
de Centralidades Polares e Lineares, passa a recomendar a difusão desses
polos em alguns casos e a sua concentração em outros e este aspecto será
de fundamental importância à apropriação da complexidade do tema;
j) de redefinição da circulação na área central, outro tema que admite
controvérsias e de variadas interpretações. Há o consenso de que todo o
Centro de Valinhos merece um Projeto de Reurbanização; admitido seu
consenso restará definir os limites da área-objeto desse Projeto e sua
amplitude. Quanto a este último aspecto, convirá incluir como questão-
chave, além do quanto expresso neste inciso XIII do Artigo 62 (redefinição
da circulação, novas áreas para circulação de pedestres e áreas de convívio,
redução do acesso de automóveis e caminhões e incentivos a parques de
estacionamento para veículos leves), o tema da Estação do Trem
Metropolitano, cuja viabilidade volta a ser discutida e vem sendo alvo de
estudos específicos. Todavia, reconhece-se que não existem, ainda,
elementos claros de definição deste projeto, suficientes para este trabalho
cogitar da elaboração de subsídios à sua complexa análise, considerando-se,
ainda, que permaneceria uma incógnita – de grande peso – a futura
destinação do parque industrial da Gessy-Lever;
Certo, entretanto, é que esta centralidade, correspondente ao projeto do
NOVO CENTRO, poderá definir uma nova etapa para o Município, conferir-lhe
identidade forte, marcar novo rumo administrativo para a cidade, imprimir-
lhe caracteres de sustentabilidade socioambiental, enfim, caracteriza-la
como nova proposta de centro empresarial, seguramente, um tema para ser
tocado a quatro mãos: administração municipal, setor empresarial, governo
estadual e comunidade;
k) de padronização de sinalização específica em conjunto com o programa de
educação para o trânsito, na medida que estão implicados neste item dois
objetos de proposituras: um, relativo ao mecanismo de controle e gestão do
sistema de tráfego e do sistema de transporte público e, outro, de gestão, já
que educação para o trânsito é um dos componentes do sistema que prevê
participação efetiva e contínua da comunidade nos feitos da Mobilidade;
l) de medidas necessárias para implantação de bancos de dados interativos e
que possibilitem a contínua redução dos índices de acidentes e mortes no
trânsito. Este quesito poderia compor o texto anterior já que as implicações
estratégicas e operacionais são da mesma natureza. Este TERMO
23
PROPOSITIVO apresentará como projeto estratégico a criação de um
Sistema de Planejamento e Gestão, abrangendo mecanismos de controle
estratégico e operacional que contempla a diretriz deste inciso, já que o
aludido banco de dados deverá compor o sistema de gestão a ser proposto;
m) de adoção de programas de ações, em nível regional, de modo a estabelecer
políticas coerentes entre os Municípios do Polo Metropolitano. Bem encaixada
no instrumento maior de planejamento – o Plano Diretor – esta diretriz
expressa um dos fundamentos deste TERMO PROPOSITIVO, na medida que
áreas limítrofes entre municípios devem ter suas diretrizes de usos e
ocupação do solo compatibilizadas, a fim de que não restem conflitos
resultantes de discrepâncias no regulamento territorial. Além disso, temas
como o do TREM METROPOLITANO, do TRANSPORTE INTERMUNICIPAL e das
vias estruturais de interligação devem ser tratados sob a ótica do
planejamento regional, para isso havendo de se constituir foro permanente
de levantamento, análise, discussão e interação no tratamento de temas de
implicações recíprocas. Este tópico está presente no capítulo dos Projetos
Estratégicos e as proposições que lhe correspondem são qualificadas como
diretrizes;
n) de implantação da política pública de transporte; de gestão democrática
através de adoção de mecanismos de participação social; de criação de
normas e reformas da legislação existente visando o aprimoramento da
gestão dos transportes; de integrações não-físicas, através da temporização
específica em sistemas tarifadores; de estudos de troncalização do transporte
público municipal; de implantação de programas e ações de total integração
e acessibilidade dos usuários que possuem mobilidade reduzida;
� De comum com o disposto no Artigo 63, sobre a adoção de políticas coerentes
entre municípios do Polo Metropolitano, este TERMO PROPOSITIVO guarda
estrita identidade de objetivos, já devidamente expostos e que são explicitados
no capítulo das Proposições do Planejamento Estratégico;
� E quanto às diretrizes gerais expressas no Plano Diretor para o Transporte
Público, este TERMO expressa-lhes plenas correspondências:
- quanto à valorização do ser humano, na medida que privilegia o pedestre e, de
modo especial, os portadores de limitações físicas à mobilidade;
- quanto à gestão democrática, através de mecanismos de participação social,
uma prioridade expressa no Sistema de Planejamento e Gestão proposto;
- quanto à criação de normas, os subsídios apresentados neste trabalho
permitirão aperfeiçoar os instrumentos de regulamentação, principalmente se
24
tratados de forma integrada com os mecanismos e instrumentos do
planejamento urbano;
- quanto ao retorno das tratativas do TREM METROPOLITANO, o posicionamento
deste TERMO já está suficientemente claro;
- quanto aos demais aspectos tratados neste artigo: o das integrações não-
físicas; o dos estudos de troncalização do transporte público municipal; o da
implantação de programas e ações de integração e acessibilidade de usuários
de mobilidade reduzida; o de melhor integração entre bairros e de
planejamento da rede de pontos de parada e o das condições funcionais e
construtivas adequadas aos abrigos e pontos de paradas, este trabalho
abrange seus escopos nas proposições aqui apresentadas;
� No que tange às diretrizes gerais para a pavimentação asfáltica, este TERMO as
considera inseridas em seus contextos mais críticos, quando aborda a questão
da segurança na mobilidade; de resto, são as posturas municipais que devem
regular as obrigações de condomínios e loteamentos, os recuos de construções e
as características de articulação dos viários projetados pelos empreendimentos
com o viário urbano.
Em se tratando de gabaritos viários, este TERMO define -lhes diretrizes, porém,
de forma distinta da colocada no inciso V do Artigo 68, correspondendo-lhes
dimensões e qualificação segundo a função da via, condições funcionais do
entorno e segurança do usuário.
04. REFERÊNCIAS CONCLUSIVAS
Já objetivos estabelecidos, marcos conceituais definidos e marcos metodológicos
estruturados, este TERMO PROPOSITIVO passa a expor, definir objetivos,
fundamenta-los e detalha-los segundo os critérios expressos, sob três viéses:
04.01. das vertentes conjuntural/estrutural, estratégica e de planejamento/gstão,
correspondendo-lhes propostas de intervenções, projetos viários e projetos
estratégicos;
04.02. das naturezas das propostas: se diretrizes ou se metas;
04.03. do sistema de planejamento e gestão, no qual serão expressos os subsídios à
eventual revisão do Plano Diretor, tratando do novo ordenamento territorial de
Valinhos (policentrismo), de suas correspondências com a estrutura de
Centralidades Polares e Lineares e, ainda, de subsídios à definição de
diretrizes para a gestão dos grandes temas de impactos regionais: TREM
METROPOLITANO, planejamento de áreas limítrofes com os município de
Campinas e Vinhedo e macroeixos, transporte intermunicipal, etc.
25
05. PROPOSTAS AO SISTEMA VIÁRIO
ÍNDICE PAG.
05.01. INTRODUÇÃO 26
05.02.01. COMPARTIMENTO CENTRAL 28
05.02.02. COMPARTIMENTO CENTRO-NORTE
05.02.03. COMPARTIMENTO CENTRO-SUL 33
05.02.04. COMPARTIMENTO CENTRO-OESTE 36
05.02.05. COMPARTIMENTO CENTRO-LESTE 37
05.02.06. COMPARTIMENTO EXTREMO NORTE 39
05.02.07. COMPARTIMENTO NORTE 41
05.02.08. COMPARTIMENTO NORDESTE 44
05.02.09. COMPARTIMENTO SUL 47
05.02.10. COMPARTIMENTO SUDOESTE 49
05.02.11. COMPARTIMENTO SUDESTE 51
05.02.12. COMPARTIMENTO EXTREMO-SUL 53
05.02.13. COMPARTIMENTO MACUCO-REFORMA AGRÁRIA 55
05.02.14. COMPARTIMENTO SERRA DOS COCAIS 56
26
05 – PROPOSTAS AO SISTEMA VIÁRIO
05.01. INTRODUÇÃO
� Em se tratando, aqui, de TERMO PROPOSITIVO e estando admitido o
DIAGNÓSTICO TÉCNICO, objeto do relatório anterior, serão expostas, a seguir, as
PROPOSTAS dos sistemas viário e de transportes; antes, todavia, julga-se
oportuno retomar e lembrar os objetivos específicos de cada um dos sistemas,
expostos no referido diagnostico.
05.01.01. OBJETIVO DO SISTEMA VIÁRIO ESTRUTURAL: integrar
compartimentos urbanos, articular-se com o viário auxiliar e apto a
conferir condições de fluidez, segurança e tráfego seletivo e priorizado ao
transporte coletivo;
05.01.02. OBJETIVO DO SISTEMA DE TRANSPORTES: priorizar a integração dos
diversos compartimentos urbanos através de sistema hierarquizado, de
forma a conjugar tarifação social, qualidade do transporte e controle
eficiente de operacionalização das linhas e da segurança;
05.01.03. OBJETIVO DO SISTEMA VIÁRIO AUXILIAR: formar uma rede de vias
coletoras aptas à drenagem dos tráfegos de ligação, com capacidade
suporte adequada às demandas dos compartimentos que servem e
compatíveis com a densidade demográfica da área servida;
05.01.04. OBJETIVO DA MOBILIDADE AOS PEDESTRES: conferir condições
eficientes de deslocamentos e acessos às pessoas em geral, e,
especialmente, aos portadores: a) de deficiências físicas e visuais; b) de
necessidades especiais, e c) aos idosos;
05.01.05. OBJETIVO DA MELHORIA DO MOBILIÁRIO URBANO E DA
COMUNICAÇÃO: proporcionar condições de segurança, plena informação
em tempo real e de abrigo contra as intempéries nos pontos de ônibus;
05.01.06. OBJETIVO DA MELHORIA DO TERMINAL RODOVIÁRIO: conferir
condições funcionais, de acessibilidade e de segurança aos usuários do
sistema de transportes públicos, através da adequação e/ou reforma das
instalações do Terminal, de seus sistemas de comunicação, segurança
e conforto térmico;
05.01.07. OBJETIVOS DAS PROPOSTAS DE INTERVENÇÕES: solucionar ou
atenuar os conflitos e respectivos impactos ocorrentes nas áreas
27
consideradas mais críticas referentes: a) aos fluxos viários da área
central; b) às áreas centrais de estacionamento; c) às conexões de
vias estruturais; d) às passagens e dispositivos que dificultem os fluxos
ou que precipitem riscos ao tráfego de veículos e passagem de
pedestres; e) à melhor comunicação e sinalização do tráfego; f) à
melhoria da acessibilidade nas conexões com a Rodovia Anhanguera e
g) a melhoria dos serviços de pavimentação, segundo critérios de
priorização a serem discutidos com a população;
05.01.08. OBJETIVOS DO ORDENAMENTO DO TRANSPORTE DE CARGAS:
definir os termos referenciais ao projeto que deverá regular e
regulamentar o transporte de cargas na cidade, principalmente em suas
áreas centrais, as rotas especiais para circulação com garantias de
segurança contra riscos e de ações emergenciais em caso de
acidentes;
05.01.10. OBJETIVOS DOS PROJETOS ESTRATÉGICOS: a) definição dos
projetos, suas diretrizes e metas; b) subsídios ao processo de revisão
do Plano Diretor do Município; c) subsídios à interlocução com órgãos de
gestão metropolitana, visando a integração dos sistemas de planejamento
territorial e de transportes, com prioridade ao Trem Metropolitano; d)
uma melhor integração entre as centralidades polares; e) subsídios ao
projeto de sistema inteligente de planejamento e gestão em transporte
urbano para o Município.
SEGUEM AS PROPOSTAS DO SISTEMA VIÁRIO, POR COMPARTIMENTO:
� COMPARTIMENTO CENTRAL
� COMPARTIMENTO CENTRO-NORTE
� COMPARTIMENTO CENTRO-SUL
� COMPARTIMENTO CENTRO-OESTE
� COMPARTIMENTO CENTRO-LESTE
� COMPARTIMENTO EXTREMO-NORTE
� COMPARTIMENTO NORTE
� COMPARTIMENTO NORDESTE
� COMPARTIMENTO SUL
� COMPARTIMENTO SUDOESTE
� COMPARTIMENTO SUDESTE
� COMPARTIMENTO EXTREMO-SUL
� COMPARTIMENTO MACUCO-REFORMA AGRÁRIA
� COMPARTIMENTO SERRA DOS COCAIS.
28
05.02. PROPOSTAS
05.02.01. COMPARTIMENTO CENTRAL - CCE
Este compartimento corresponde à porção territorial da cidade que registra a maior
dinâmica de circulação de pessoas, gerada pela concentração de estabelecimentos de
comércio e serviços. Considerando o presente cenário sem articulações viárias
compatíveis à frota de veículos (índice de maior relação per capita do país), o sistema
viário do Compartimento Central, sem dúvida é o que apresenta maiores problemas
de mobilidade de toda cidade, previsível pela função e, principalmente, pela ausência
de soluções frente ao aumento contínuo da frota circulante.
Constatam-se poucos cruzamentos semaforizados, e destes cruzamentos muitos
apresentam sincronismo desfavorável. Cabe a ressalva de que as capacidades de
circulação de veículos ficam prejudicadas, também pela política de estacionamento
adotada, que o permite em certas vias categorizadas como arteriais.
A forma de acesso às vagas de estacionamento na Rua Antonio Carlos gera
dificuldades à circulação, lentidão e pequenos acidentes.
Representa, nitidamente, a prevalência do automóvel em detrimento do espaço do
pedestre.
Pouco notadas são as medidas de valorização do pedestre e ausência de ações
voltadas ao atendimento da acessibilidade, assim como focos semafóricos e tempos de
travessia para os pedestres.
ÁREAS DE INTERVENÇÕES (AI)
Tais intervenções constituem-se ações prioritárias de execução imediata, visando as
correções pontuais neste Compartimento:
CCE-AI-01. REBAIXAMENTO DE GUIAS PARA ACESSIBILIDADE
Refere-se ao tratamento geral no Compartimento Central, mas vale para todos os
locais de grande movimentação de pessoas e para os acessos aos próprios municipais.
Esta intervenção se afigura de grande importância à qualificação da acessibilidade,
principalmente para cadeirantes e pessoas com restrições motoras. Deverá definir
padrões ajustados às características das calçadas e às posições relativas aos pontos
que os rebaixamentos forem feitos.
CCE-AI-02. IMPLANTAÇÃO DE FOCOS PARA PEDESTRES NOS SEMÁFOROS
29
De aplicação geral, porém priorizada no Compartimento Central pois a falta de foco
para pedestres diminui a segurança nas travessias.
CCE-AI-03. CALÇAMENTO DO BOLSÃO DE ESTACIONAMENTO JUNTO AO
RISONHO LANCHES
Refere-se ao bolsão de estacionamento, contiguo ao ponto do Risonho Lanches, que
requer calçamento ou cascalhamento para minimizar os transtornos em dias de
chuva.
PROJETOS VIÁRIOS (PV)
Constituem-se ações de execução de médio prazo (até 3 anos), visando adequações
do viário à boa circulação e segurança do tráfego mas, ainda, de caráter tópico e
pontual neste Compartimento:
CCE-PV-01. ALARGAMENTO DOS PASSEIOS NAS RUAS DA ÁREA CENTRAL
Refere-se aos serviços de melhorias dos passeios do compartimento Central,
especialmente para os locais de grande movimentação de pessoas. Este projeto
deverá ser seletivo, precedido de um criterioso processo de caracterização dos
passeios que comportam tal alargamento. Deverá ser combinado com outros projetos
que intervenham nos fluxos de veículos, como de eventuais binários, etc.
CCE-PV-02. ALARGAMENTO NA TRANSPOSIÇÃO ENTRE O BOLSÃO DE
ESTACIONAMENTO DA ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA E A AV.
DOS IMIGRANTES
Projeto que visa o melhoramento de acessibilidade através de adequação das
dimensões compatíveis com o grande fluxo de pessoas nesta travessia.
CCE-PV-03. REVISÃO DE ESTACIONAMENTOS EM 45º NA RUA ANTONIO
CARLOS
Projeto que altera a disposição angular de estacionamento de veículos nesta via,
visando melhorar a acessibilidade e a movimentação do grande número de pessoas
que circulam nesta rua.
CCE-PV-04. DIRETRIZ PARA CONTINUIDADE DA AV. PAULISTA EM DIREÇÃO
À AV. DOS IMIGRANTES
30
Este projeto visa o estabelecimento de uma melhor ligação destes grandes eixos
viários, a fim de reduzir o congestionamento na área e o dificultoso itinerário de sua
articulação.
CCE-PV-05. ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO DE CALÇADÃO NA RUA ANTONIO
CARLOS
Este projeto visa se constituir referência à implantação de calçadões na área central,
estabelecer melhores condições à circulação das pessoas e acessibilidade aos
estabelecimentos do entorno.
PROJETOS ESTRATÉGICOS - PE
Esse grupo de projetos trata de questões de grande alcance estrutural que interferem
na qualidade da mobilidade da cidade, com possibilidades reais de superarem conflitos
notáveis e/ou aptos a acrescentarem qualidade aos fluxos da população em seus
vários modos de deslocamento.
Sua implantação é de médio e longo prazo, conforme a complexidade: a) dos
expedientes que envolvem, em termos de planejamento estratégico, gestão, etc.; b)
dos agentes institucionais que venham participar de sua execução; c) dos seus custos
e d) da continuidade administrativa do Município.
CCE-PE-01. TREM METROPOLITANO E OS NOVOS TERMINAIS
Projeto de perspectivas reais de efetivação, pois a CPTM está elaborando estudo de
viabilidade para a retomada deste modal. Chegando a resultados positivos, caberá
associar este projeto – de específico interesse ao sistema de transportes – a um
projeto de reforma urbana abrangendo todo o território deste compartimento, visto
que serão expressivos e consideráveis os impactos da presença de uma estação desse
modal em toda a vizinhança. Não se trata, apenas, de prever medidas mitigadoras de
tais impactos mas , muito além dessa precaução, será importante e fundamental ao
futuro de Valinhos, propor-lhe um projeto de modernização, de forma:
- a conferir traçado urbanístico adequado às demandas;
- a incentivar a ocupação sustentável do território (equilíbrio civilizado entre usuários
pedestres e usuários motorizados);
- a valorizar os ícones culturais do Município;
- a incentivar a convivência e o encontro das pessoas;
- a contribuir para a formação de uma cultura urbana que melhore a identidade das
pessoas com sua cidadão (formação da cidadania).
31
CCE-PE-02. REURBANIZAÇÃO DO CENTRO
Projeto já referido anteriormente e que deve estar associado a todo projeto que altere
ou impacte o sistema de transporte que serve este compartimento, aqui incluído o seu
entorno próximo.
Este Projeto deve compor as diretrizes do Projeto de Revisão do Plano Diretor já que
a nele estarão implicadas novas diretrizes de zoneamento de usos e ocupação.
Convém que seja precedido por um Termo de Referência que terá o objetivo central
de definir o escopo do Projeto CE-PE-02, seus limites territoriais, as interfaces com o
sistema de transportes, particularmente quanto ao complexo que envolver a estação
central do TREM METROPOLITANO, e, ainda e indispensavelmente, o grande espaço
UNILEVER e o projeto que lhe vier a ser definido.
CCE-PE-03.
Como importante componente deste amplo PROJETO DE REURBANIZAÇÃO DA ÁREA
CENTRAL DE VALINHOS, será indispensável cunhar a intervenção com os valores
culturais do Município, definir espaços e equipamentos que sustentem as expressões
cívicas da população e abriguem a arte em suas mais diversas manifestações.
05.02.02. COMPARTIMENTO CENTRO-NORTE - CCN
Este compartimento corresponde aos bairros Lenheiro, Jardim Novo Horizonte, Vila
Moleta, Jardim Maria Ylídia, Condomínio Mirante do Lenheiro e Jardim Alto da Boa
Vista. O Compartimento abriga vários equipamentos de serviços como faculdade,
concessionárias, a Upa, a TV Século XXI e a APAE.
O acesso da Av. Gessy Lever, junto à Av. Invernada, não prevê pista de aceleração,
tornando este ingresso veicular muito inseguro.
A Av. Gessy Lever teve o problema de circulação agravado pela inauguração da UPA,
pois localiza-se no ponto de acesso à alça que conduz o tráfego para a Av. Invernada,
e ainda apresenta estacionamentos aquém da demanda precipitada pela
movimentação desta unidade de saúde, ainda prejudicada pela transição de 2 faixas
para 1 faixa de rolamento por sentido desta avenida.
ÁREAS DE INTERVENÇÕES (AI)
São ações prioritárias de execução imediata previstas para este Compartimento:
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CCN-AI-04. MELHORIA DA DRENAGEM NO CRUZAMENTO DA AV. INVERNADA
COM A AV. CAMPOS SALES
Intervenção que se afigura de natureza imediata e capaz de resolver e sanar os
problemas de alagamento e acúmulo de detritos por ocasião de grandes precipitações
de chuvas.
CCN-AI-05. REVISÃO DA GEOMETRIA VIÁRIA JUNTO AO ACESSO DE
CAMINHÕES DA UNILEVER
O propósito desta intervenção é encontrar e efetivar solução em conjunto com a
empresa UNILEVER a fim de que os caminhões que transportam suas cargas possam
seguir rumo ao Anel Magalhães Teixeira sem a necessidade de retornarem pelo
Viaduto Laudo Natel.
PROJETOS VIÁRIOS (PV)
Para este Compartimento Norte estão propostos os seguintes Projetos Viários:
CCN-PV-06. NOVA GEOMETRIA DE ACESSO DA AV. GESSY LEVER PARA A AV. INVERNADA
Este Projeto tem o objetivo de melhorar a saída da alça de acesso para a Av.
Invernada, do fluxo oriundo da Av. Gessy Lever.
CCN-PV-07. AMPLIAÇÃO DO ESTACIONAMENTO DA UPA
O funcionamento da UPA tem demonstrado um número de atendimentos superior ao
programado antes de sua inauguração; nestas condições, faz-se necessário o
aumento do estacionamento e a melhoria da separação do fluxo viário do fluxo das
pessoas.
CCN-PV-08. ALARGAMENTO DA AV. GESSY LEVER
A continuidade da Av. Gessy Lever em direção ao Bairro Lenheiro permitirá, no futuro,
a viabilização de ligação viária em direção aos bairros São Marcos e Capuava.
CCN-PV-09. REVISÃO DA GEOMETRIA DO CRUZAMENTO DA AV. INVERNADA E
RUA CAMPOS SALES
A Av. Invernada, neste trecho, apresenta lentidão na aproximação para a conversão
na Rua Campos Sales; neste caso, o 3º estágio semafórico e a concepção geométrica
adotada são motivadores desta lentidão. Observa-se que o estacionamento de
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veículos, permitido fora do horário de pico, também tem contribuído para o
retardamento dos fluxos veiculares.
PROJETOS ESTRATÉGICOS (PE) Dois são os projetos estratégicos previstos para o Compartimento Norte:
CCN-PE-04. INTEGRAÇÃO DA UPA JUNTO Á NOVA CENTRALIDADE DE
SERVIÇOS
O posicionamento da UPA está taticamente próximo à Estação Ferroviária, margeando
o Ribeirão Pinheiros e, desta forma, novos serviços naquele entorno poderão ser
integrados, acessíveis por ciclovias, paraciclos e novas linhas de ônibus, devidamente
integrados e com boa qualidade de infraestrutura.
CCN-PE-05. IMPLANTAÇÃO DE EQUIPAMENTO NO PARQUE LINEAR DO
RIBEIRÃO PINHEIROS
O Parque Linear do Ribeirão Pinheiros é estratégico à adoção de parâmetros de
urbanização mais favoráveis e condizentes com a formatação de novos acessos ao
Centro, principalmente para o transporte não motorizado.
05.02.03. COMPARTIMENTO CENTRO-SUL - CCS
O Compartimento Centro–Sul compreende os bairros São Cristóvão, São Jorge, Jardim
Panorama, Santo Antônio,Vila Papelão, Vila Clayton, Jardim Paulista, Vila
Independência e Jardim Bela Vista.
Consiste em uma porção bastante consolidada quando nas proximidades da área
central do Município, mas que ainda apresenta consideráveis vazios urbanos entre o
Córrego Ponte Alta e o Bairro São Cristóvão. A questão dos vazios urbanos é uma
constante em Valinhos, porém tem se observado que o processo de sua gradativa
ocupação não é implementado por rede viária compatível, tanto em termos de
ampliação do sistema existente, a fim de comportar os volumes crescentes de tráfego,
quanto em termos de novas ligações que melhorem a conexão e integração dos
bairros.
ÁREAS DE INTERVENÇÕES (AI)
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Foram propostas as seguintes intervenções para este Compartimento:
CCS-AI-06. IMPLANTAÇÃO DE SEMÁFORO NO CRUZAMENTO DA RUA
AMERICANA COM A AV. ONZE DE AGOSTO
Intervenção de caráter imediato que visa conferir maior segurança aos fluxos do
cruzamento, tendo em vista o grande número de acidentes ali ocorrentes devido à
falta de visibilidade.
CCS-AI-07. RESTRIÇÕES AO ESTACIONAMENTO NO CANTEIRO CENTRAL DA
AV. ONZE DE AGOSTO JUNTO AO SUPERMERCADO CAETANO
Esta intervenção é proposta tendo em vista que a Av. Onze de Agosto tem sua função
arterial prejudicada devido à permissão de estacionamento junto ao Supermercado
Caetano. Outras alternativas devem ser consideradas porém, sem que nenhuma delas
comprometa a fluidez do fluxo de veículos.
PROJETOS VIÁRIOS (PV)
São quatro os projetos viários previstos para este Compartimento Sul, todos visando
corrigir disfunções do sistema e comprometimento da segurança. São eles::
CCS-PV-10. RESTRIÇÃO PARCIAL AO ESTACIONAMENTO NA AV.
INDEPENDENCIA
A Av. Independência tem sua função arterial prejudicada devido à permissão de
estacionamento em seus 2 lados. A proibição de estacionar em um dos lados irá
melhorará a fluidez.
CCS-PV-11. LIGAÇÃO ENTRE A RODOVIA DOS ANDRADAS E A AV. JOAQUIM
ALVES CORREA, JUNTO AO CÓRREGO PONTE ALTA
Justificativa: a ligação viária se faz necessária para estabelecer articulação entre a
Rod. Dos Andradas e a Av. Joaquim Alves Correa nas proximidades do Pedrão
Lanches; a medida visa garantir espaço necessário para ligação dos bairros Ponte Alta,
Jd. Panorama e Jd. do Lago.
CCS-PV-12. PROJETO DE ALTERAÇÃO GEOMÉTRICA JUNTO AO
SUPERMERCADO DIA
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Projeto que propõe alteração da geometria viário no trecho mencionado, um dos
pontos mais perigosos da Rodovia dos Andradas, visando adequa-la a parâmetros de
maior segurança, tendo em vista a ocorrência de acidentes.
CCS-PV-13. REVISÃO DE CICLOFAIXA IMPLANTADA
A ciclofaixa implantada ao longo da Rodovia dos Andradas é muito insegura, razão
pela qual este projeto propõe a correção de sua implantação. Consulta aos usuários
deve ser considerada indispensável para a escolha da alternativa mais adequada.
PROJETOS ESTRATÉGICOS (PE)
Os propósitos centrais destes três projetos estratégicos apontados para o
Compartimento Sul visam a implantação de importantes melhorias ao sistema viário,
tanto em termos de maior fluidez no tráfego (PE-06) quanto à segurança das
transposições:
CCS-PE-06. DIRETRIZ PARA IMPLANTAÇÃO FUTURA DE CONTINUAÇÃO DA
AV. PAULISTA.
Recomenda-se que esta diretriz seja de imediato fixada ainda que sua implantação
possa se efetivar a médio ou longo prazo (3 a 5 anos). Sua proposta deve apontar
para a necessidade de se garantir condições à viabilização de futura continuação da
Avenida Paulista, em direção à Avenida dos Imigrantes, dentro da área da empresa
RIGESA, considerada a hipótese de possível transferência ou reforma da unidade
fabril.
CCS-PE-07. IMPLANTAÇÃO DO VIADUTO DE TRANSPOSIÇÃO DA LINHA
FÉRREA PARA O BAIRRO BOM RETIRO
A implantação deste projeto dependerá da celeridade das tratativas junto ao DNIT,
tendo-se como certo que o dispositivo previsto é vital para a segurança da
transposição para o Bairro Bom Retiro.
CCS-PE-08. GESTÃO JUNTO AO DNIT PARA REFORMULAÇÃO DAS PI SOB A
LINHA FÉRREA
Outro Projeto que implica em tratativas com o DNIT, igualmente de suma importância
à segurança de pedestres e veículos que transitam entre os bairros Ortizes e Ponte
Alta, sob a linha férrea.
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05.02.04. COMPARTIMENTO CENTRO-OESTE - CCO
Este compartimento abrange os bairros Parque Nova Suíça, Nova Itália, Vila Boa
Esperança, Bairro Santo Antônio, Vila Bissoto e Jardim Primavera, porém é passagem
para a articulação viária de quase todo Centro da cidade. Este compartimento
apresenta grande dinâmica na mobilidade com expressiva concentração de
estabelecimentos de comércio e serviços, com 3 supermercados, bancos, etc.,
destacando-se, ainda, a Praça 500 anos, o CAUE (Pronto Socorro Municipal), o Recinto
da Festa do Figo, o Fórum, a nova Câmara de Vereadores e o Clube Atlético
Valinhense. Para este Compartimento foram apontadas as seguintes Propostas:
ÁREAS DE INTERVENÇÕES (AI)
CCO-AI-08. SINCRONIZAÇÃO SEMAFÓRICA DO CRUZAMENTO DA AV. DOS
ESPORTES COM A AV. JOAQUIM ALVES CORREA
Intervenção imediata que visa estabelecer o sincronismo semafórico a fim de
compatibilizar e harmonizar os fluxos das conversões.
PROJETOS VIÁRIOS (PV) Dois são os Projetos Viários previstos para este Compartimento:
CCO-PV-14. RECONFIGURAÇÃO DO CRUZAMENTO DA AV INVERNADA COM A
AV. JOAQUIM ALVES CORREA
Propõe-se a reconfiguração da geometria do traçado visando ajustar adequadamente
o fluxo de conversão na Av. Invernada com a Av. Joaquim Alves Correia, a fim de se
evitar que veículos de maior porte subam na calçada da Av. Invernada.
CCO-PV-15. DUPLICAÇÃO DA AV. INVERNADA
A Av. Invernada é, sem dúvida, a grande via estruturadora da distribuição dos fluxos
da cidade, observando-se que o trecho entre a Rua Carlos Stevenson e Av. Onze de
Agosto tem possibilidade de alargamento sem a necessidade de retificação do curso
do Córrego da Invernada. Para a viabilização deste Projeto, será indispensável a
ocupação de uma faixa de 10m de largura ao longo da lateral do Clube Atlético
Valinhense, sendo que, na continuidade desse trecho, parte da várzea do córrego
deverá ser incorporada para a implantação viária restante, que deverá incluir trecho
da ciclovia da Invernada.
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PROJETOS ESTRATÉGICOS (PE) Apenas um projeto estratégico foi previsto para este Compartimento:
CCO-PE-09. CRIAÇÃO DO CENTRO DE REFERENCIA EM EDUCAÇÃO PARA A
MOBILIDADE, NO RECINTO DA FESTA DO FIGO
Trata-se de um projeto que visa, a médio e longo prazos, contribuir para a formação
da cidadania no âmbito da Mobilidade. Principalmente voltado para a população
escolar, a construção desse Centro de Referência na Educação da Mobilidade irá dotar
o município de um mecanismo permanente de atenção à segurança do pedestre,
prioritariamente, e ao usuário de veículos motorizados.
05.02.05. COMPARTIMENTO CENTRO-LESTE - CCL
Este compartimento corresponde aos bairros Vila Santana, Parque Santana, Jardim
Alvorada, Celani, Pedra Verde, Colina dos Pinheiros e Jardim Pinheiros. É delimitado, a
leste, pela Ferrovia e pela Rodovia Flávio de Carvalho; ao norte e a nordeste pela
Avenida Dr. Altino Gouveia.
Destaca-se como ligação para os compartimentos Central, Centro-Norte, Extremo
Norte, Nordeste e Serra dos Cocais.
Seguem as principais propostas nas três categorias: Intervenções, Projetos Viários e
Projetos Estratégicos:
ÁREA DE INTERVENÇÃO (AI)
CCL-AI-09. IMPLANTAÇÃO DE SINALIZAÇÃO DE PARADA OBRIGATÓRIA
JUNTO ÀS TRANVERSAIS DA AV. JOÃO ANTONIO DOS SANTOS
A Av. João Antonio dos Santos constitui uma grande via de articulação do Jd.
Pinheiros, porém tem como uma de suas deficiências a falta de sinalizações vertical e
horizontal de parada obrigatória em suas transversais, uma intervenção que se afigura
plausível e imediata.
PROJETOS VIÁRIOS (PV)
São quatro as propostas de Projetos Viários para este Compartimento:
CCL-PV-14. DUPLICAÇÃO DA AV. OROZIMBO MAIA
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A articulação entre a Av. Dr. Altino Gouveia e a Rua Domingos Tordin atualmente é
prejudicada pela circulação em mão dupla; assim, a duplicação proposta irá propiciar
segurança à articulação e melhor capacidade de suporte para o setor leste da cidade.
CCL-PV-16. RECONFIGURAÇÃO DO CRUZAMENTO DA RUA DOMINGOS TORDIN
COM RUA OROZIMBO MAIA
A configuração do cruzamento da Rua Orozimbo Maia com Rua Domingos Tordin
atualmente é muito insegura, sem visibilidade para os veículos oriundos da Rua
Domingos Tordin. Trata-se de um projeto de mobilidade indispensável à segurança
dos fluxos e à fluidez do tráfego naquela conexão.
CCL-PV-17. IMPLANTAÇÃO DE SEMÁFORO NO CRUZAMENTO DA AV. DOS
ESTADOS COM RUA SÃO PAULO
Pontualmente, o tráfego neste cruzamento é muito prejudicado pela deficiente
visibilidade dos veículos oriundos da Av. dos Estados. Trata-se de um projeto de
necessidade prioritária visando conferir segurança àquele importante cruzamento.
CCL-PV-18. IMPLANTAÇÃO DE CICLOVIAS JUNTO À AV. BRASIL, À AV. DOS
ESTADOS E À AV. DR. ALTINO GOUVEIA
Trata-se de uma proposta que destaca a importância do modo cicloviário como
transporte alternativo viável, saudável, econômico e democrático; por tais títulos, este
projeto deve ser priorizado e ser-lhe atribuída meta de curto prazo. Sua implantação
nos diversos fundos de vale da cidade irá contribuir à constituição de uma paisagem
urbana mais humanizada.
PROJETOS ESTRATÉGICOS (PE)
Dois são os projetos estratégicos previstos para este Compartimento:
CCL-PE-10. IMPLANTAÇÃO DE CENTRAL DE MONITORAMENTO DO TRÂNSITO
E TRANSPORTES NA SECRETARIA DE TRANSPORTE E TRÂNSITO
Em linhas gerais, o monitoramento do tráfego e do transporte significa investimento
tecnológico, gestão operacional qualificada, garantia de segurança e atributo positivo
à Administração Municipal. Este projeto é retomado no Sistema de Transportes deste
Termo Propositivo, sendo-lhe definidos outros objetivos e atributos.
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CCL- PE-11. DESTINAÇÃO DE ÁREA JUNTO À AV. BRASIL, DEBAIXO DO
VIADUTO LAUDO NATEL, PARA IMPLANTAÇÃO DE
INFRAESTRUTURA PARA TRANSFERENCIA DO TRANSPORTE
PÚBLICO.
Este Projeto prevê o aproveitamento da área especificada no título, junto ao lado leste
da linha férrea, para estruturação dos serviços de transferência de modos de
transporte, em função de eventual volta do Trem Metropolitano, como forma de
propiciar melhor integração dos serviços. O local admite adensamento e é privilegiado
pela proximidade de estabelecimentos de comércio e serviços.
05.02.06. COMPARTIMENTO EXTREMO-NORTE - CEN
Este compartimento é delimitado pela Divisa Campinas – Valinhos a leste e ao norte;
pela Rodovia dos Agricultores a oeste e pela ferrovia, ao sul.
As vias estruturadoras deste setor são: a Rodovia Dom Pedro I, entre a divisa com
Campinas e o trevo de acesso a Valinhos, e a Rodovia dos Agricultores.
ÁREA DE INTERVENÇÃO (AI)
CEN-AI-10. RECONFIGURAÇÃO GEOMÉTRICA DO CRUZAMENTO DA AV.
ALBERTINA C. PRADO COM A ROD. DOS AGRICULTORES
O cruzamento da Av. Albertina C. Prado com a Rodovia dos Agricultores apresenta
configuração geométrica inadequada e confusa, com fluxos que se entrecruzam,
revelando-se inseguro e agora agravado com o trânsito provocado pela ampliação do
edifício do SESI.
PROJETOS VIÁRIOS (PV)
Foram previstos quatro projetos viários para este Compartimento:
CEN-PV-19. CONSTRUÇÃO DA ALÇA DE SAÍDA DO BAIRRO NOVA ESPÍRITO
SANTO, SENTIDO RODOVIA D. PEDRO I
Projeto que pretende completar esse dispositivo, tendo em vista a falta de alça de
acesso do bairro Nova Espírito Santo à Rodovia dos Agricultores, no sentido Rodovia
D. Pedro I. A falta desta alça obriga o retorno no trevo junto a Av. Albertina C. Prado,
já com muitos problemas de circulação.
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CEN-PV-20. IMPLANTAÇÃO DE BARREIRAS DE CONCRETO PARA SEGURANÇA
NOS CRUZAMENTOS DO PARQUE PORTUGAL
O Parque Portugal apresenta relevo íngreme, com o acesso à Rodovia na sua porção
mais baixa. Apresenta traçado que contorna o morro, com muitos pontos de riscos de
acidentes. A adoção de barreiras de concreto visa impedir graves acidentes de
veículos se precipitando sobre casas abaixo, quando de uma eventual perda de
controle.
CEN-PV-21. MELHORIA DO TREVO PARA ACESSO AO BAIRRO PORTUGAL
O trevo da Rodovia dos Agricultores na entrada no Parque Portugal é muito inseguro
para pedestres, com sérios riscos de atropelamento, agravados pela presença de
pontos de ônibus.
CEN-PV-22. IMPLANTAÇÃO DE VIADUTO DE ACESSO ENTRE AV. ALBERTINA
C. PRADO E A LIGAÇÃO PARA O JD. SÃO MARCOS
Os objetivos deste Projeto são a articulação dos bairros Capuava/Fonte Mécia com o
Jd. São Marcos, sem riscos e as limitações decorrentes da Passagem Inferior
existente sob a linha férrea e, ainda, a eliminação do ponto de alagamento existente.
PROJETOS ESTRATÉGICOS (PE)
Assim como ocorre em outros pontos da cidade, a expansão deste setor da cidade
deve ser controlada, para que não surjam outros bairros desarticulados, distantes
entre si, não integrados à cidade. Os projetos aqui apontados constituem-se ações de
médio e longo prazos, visando a estruturação urbana, conferir melhorias significativas
à circulação de qualidade e segurança ao tráfego, consequentemente, a qualificação
do espaço urbano.
CEN-PE-10. DIRETRIZES VIÁRIAS E PISTAS MARGINAIS NA ROD. DOS
AGRICULTORES E NA ROD. D. PEDRO I
Ao longo da Rod dos Agricultores e da Rod. D. Pedro I são reconhecidas a
potencialidade e nas atratividades econômicas para a implantação de
empreendimentos industriais, comerciais e de logística de médio e grande portes,
porém sua estruturação somente será compatível com o tráfego gerado, em função
das características dos veículos e cargas que irão por elas transitar, se adotadas
41
medidas para a reserva de áreas adequadas à implantação de pistas marginais e/ou
de vias estruturadoras. É o caso, por exemplo, da ligação que se poderia cogitar das
áreas junto à Rod. D. Pedro I e a Ativos (Fonte Mécia), assim como a própria adoção
de melhorias na Rua Fonte Mécia e Rua João Joanin Tordin.
05.02.07. COMPARTIMENTO NORTE - CNO
Este compartimento abrange os bairros Chácara Flora, Orsini, Roncáglia, Condomínio
São Joaquim, Alto da Colina, Santa Maria, Bosque dos Eucalíptos, Jardim Aliança,
Jardim São Luiz, Jardim São Marcos, Jd. América II e Jd. Jurema. É delimitado pela
Ferrovia, ao norte; pelo Anel Viário Magalhães Teixeira, a oeste; e pela Avenida
Invernada e Rodovia Francisco Von Zuben, ao sul.
São bairros de características bem diferenciadas, vários deles típicos de periferia e
outros constituídos por condomínios de padrões econômicos médio e médio-alto.
Neste compartimento constatam-se tanto o processo de expansão e o de uma
consolidada tendência de abertura de novos loteamentos fechados. Este feitio de
organização territorial acaba por ressaltar mais o isolamento do que o convívio, mais a
segregação do que a integração, com vias cada vez mais longas para acessar espaços
fechados. Acabam configurando um território sem identidades notáveis, reunindo
loteamentos regulares e irregulares, sem a riqueza da diversificação, exibindo padrões
cada vez mais assemelhados, res aos de classe média, sem infraestrutura aos
completos, mas uma característica é comum: a falta de diretrizes viárias e espaços
para integração destes bairros.
ÁREA DE INTERVENÇÃO (AI)
CNO-AI-11. ELIMINAÇÃO DE PONTOS DE ALAGAMENTO JUNTO ÀS
LOMBOFAIXAS DA ROD. VON ZUBEN
Em se tratando de uma área sob jurisdição do D.E.R./SP esta intervenção é proposta
como DIRETRIZ e deverá ser viabilizada através de tratativa com aquele órgão
estadual. Tendo em vista a recorrência do evento crítico (alagamento) a providência
requer urgência em sua tramitação.
PROJETOS VIÁRIOS (PV)
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Apresentam-se, a seguir, nove importantes projetos viários, essenciais à qualificação
do suporte viário deste Compartimento:
CNO-PV-23. REVISÃO DA GEOMETRIA DO CRUZAMENTO DA AV. INVERNADA
COM A RUA CAMPOS SALES
A Av. Invernada, neste trecho, apresenta lentidão na aproximação do ponto de
conversão na Rua Campos Sales, contribuindo, para tal ocorrência, o 3º estágio
semafórico e a concepção geométrica adotada no dispositivo de conversão. Há de ser
registrado que o estacionamento de veículos, ainda que somente permitido fora do
horário de pico, também contribui para o retardamento dos fluxos veiculares. Esse
dispositivo deve ter sua geometria revista e readequada.
CNO-PV-24. DUPLICAÇÃO DA RUA CAMPOS SALES
A Rua Campos Sales, via complementar de ligação entre o Centro da cidade e o
município de Campinas, recentemente (2013/2014) recebeu grande empreendimento
imobiliário de apartamentos; entretanto, continua a exibir uma capacidade de suporte
de fluxos bastante limitada (leito viário com cerca de 9m de largura) além de ter
trecho com inclinação em torno de 10% (dez por cento) e trecho duplicado apenas
junto à entrada do Jd. América II. Este Projeto visa a implantação de sistema binário,
porém com alargamentos em vários trechos e obras complementares, a fim de que
este eixo venha a ser efetivamente duplicado.
CNO-PV-25. IMPLANTAÇÃO DE BINÁRIO DE CIRCULAÇÃO DAS RUAS JOÃO
PREVITALE E BRASÍLIO PREVITALE
A Rua João Previtale, que se inicia na Rua Campos Sales e segue como eixo principal
de acesso aos bairros Jardim São Marcos e Jardim São Luiz, apesar de cumprir função
estrutural para a circulação desta parte da cidade, possui pista simples, com caixa
aproximada de 9 metros, permitindo a circulação em uma faixa de rolamento para
cada sentido, além de uma faixa de estacionamento em um dos sentidos. A
concentração de atividades comerciais e de serviços acentua os conflitos de tráfego,
visto que parte dos deslocamentos tem, por destinos, os estabelecimentos lindeiros à
via. O mesmo espaço viário precisa comportar a entrada e saída de veículos dos
estabelecimentos, a travessia de pedestres e a circulação e operação do transporte
coletivo. Até que outras diretrizes e ações sejam implementadas, o sistema de
circulação em binário ora proposto se constitui alternativa justificável e necessária.
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CNO-PV-26. MONITORAMENTO DOS ESTACIONAMENTOS DA RUA JOSÉ
CARLOS FERRARI
A Rua José Carlos Ferrari é a principal via do Jardim São Marcos. Na concepção deste
Termo de Referências, esta via constitui uma importante centralidade urbana, com
concentração de estabelecimentos de comércio e que recebe os fluxos oriundos dos
Jardins São Marcos e São Luiz, do Residencial Santa Maria e dos condomínios Terras
do Caribe e Terras do Oriente. Limitada em suas dimensões (via com cerca de 9m) e
sem normatização que discipline os estacionamentos, gera-se, ali, muita confusão e
retardamento nos deslocamentos, notando-se, nesta região, a ausência de
fiscalização de trânsito, em parte justificado pelo pequeno efetivo do município.
CNO-PV-27. LIGAÇÃO ENTRE O LOTEAMENTO BEIRA RIO E O BAIRRO
BOSQUE DOS EUCALIPITOS
Para a viabilização deste Projeto, tornam-se indispensáveis gestões ambientais para o
licenciamento da construção de 300m de nova via, interligando assim a região do Jd.
Jurema com a região do Jd. São Marcos.
CNO-PV-28. PROLONGAMENTO DA AV. UM, NO JARDIM SÃO MARCOS, EM
DIREÇÃO AO PROLONGAMENTO DA AV. GESSY LEVER
Esta via será a principal ligação do Centro ao Bairro São Marcos, pois a atual diretriz é
inoportuna, terminando em uma mata e com grande declividade; assim, propõe-se
alteração do traçado, diferente da presente diretriz, com declividade mais suave e
direcionamento para as proximidades da casa de Flávio de Carvalho (fazenda
Capuava).
CNO-PV-29. LIGAÇÃO JD. AMÉRICA II/JUREMA COM JD. SÃO MARCOS
A diretriz definida neste Projeto visa assegurar as condições indispensáveis à
implantação de via articuladora entre a região do Jd. São Marcos e o Condomínio São
Joaquim, Madre Vilac, os bairros Jurema e Residencial Beira Rio, junto a Rua João
Previtale.
CNO-PV-30. LIGAÇÃO PARALELA À TV SÉCULO XXI
Esta via proposta fará a articulação entre o Centro da cidade e os bairros Santa
Gertrudes e parte do Jd. São Marcos. Seu projeto deverá estar compatibilizado com a
duplicação da Av. Gessy Lever e a transposição para o CLT (Centro de Lazer do
Trabalhador).
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CNO-PV-31. CONSTRUÇÃO DE PASSEIOS NA ROD. FRANCISCO VON ZUBEN
Este Projeto define-se como DIRETRIZ VIÁRIA a ser pleiteada junto ao D.E.R., órgão
que tem a jurisdição da via. A Rodovia Francisco Von Zubem constitui a principal
ligação urbana com Campinas, tem severas restrições e apresenta riscos aos
pedestres que por ela transitam, além de uma deficiente iluminação. Dada a
importância desses itens, essenciais à segurança da via, as tratativas junto àquele
órgão estadual requerem urgência.
PROJETOS ESTRATÉGICOS (PE)
A tendência de expansão urbana neste Compartimento deve ser melhor disciplinada a
fim que de a desarticulação observada no sistema viário seja gradativamente
corrigida. O projeto aqui apresentado trata das ações de médio e longo prazos de
implantação, visando a reestruturação do sistema, abrir condições a um melhor
ordenamento e, consequentemente, melhorias significativas à circulação e segurança
do tráfego.
CN0-PE-11. DIRETRIZES PARA A ABERTURA DE VIAS ESTRUTURAIS QUE
PERMITIRÃO LIGAÇÃO DIRETA AO CENTRO.
Projeto que prevê:
- a duplicação da Av. Hum e da Av. Dois no Jd. São Marcos;
- o aterro de parte do Lago no Condomínio Terras do Caribe;
- a construção de pista paralela à linha férrea entre esta e o futuro Parque Linear do
Ribeirão Pinheiros;
- a transposição para o CLT.
De maneira conjunta, estas obras irão possibilitar a articulação direta desta região ao
Centro.
05.02.08. COMPARTIMENTO NORDESTE - CNE
Este compartimento é limitado: a oeste, pela Ferrovia; ao sul, pelo Centro de Lazer
do Trabalhador; a noroeste, pelo limite do loteamento Nova Espírito Santo e a leste e
sudeste pelo limite do loteamento Parque das Colinas. É formado pelos bairros Jardim
Paraíso Centenário, Parque das Colinas, Ana Carolina, Fonte Nova, Novo Mundo,
Jardim das Paineiras, Jd. Itapuã e parte do Jd. Pinheiros, dentre outros.
45
A porção já consolidada deste compartimento apresenta padrão de ocupação
predominantemente residencial, razoavelmente bem estruturado, com o sistema viário
integrado entre os diferentes bairros. A porção norte do compartimento passa por um
processo de expansão, com a abertura de condomínios verticais (Residencial Alvorada)
nas proximidades do Jardim das Colinas. Nas imediações da Avenida Albertina de
Castro Prado há, ainda, a implantação de uma unidade de grande porte, do SESI, sem
os devidos dimensionamento e mitigação de seus efeitos no tráfego.
A Rodovia Flávio de Carvalho possui características urbanas, com a presença de
diversos estabelecimentos e seu trajeto acompanha os cursos do Ribeirão Pinheiros e
da Ferrovia. Em seu entorno, encontra-se o Centro de Lazer do Trabalhador (CLT),
importante parque público do município. O trafego de ciclistas é intenso e, ao mesmo
tempo, inseguro, pois além da velocidade dos veículos ser de 60 km/h, mesmo com
radares torna-se muito insegura a circulação de bicicletas e sem nenhum recurso e
equipamento para sua segregação.
A Av. Dr. Altino Gouveia é a via arterial primária deste compartimento, tendo como
característica duas faixas por sentido, segregadas com canteiro, estabelecendo ligação
dos eixos Rua Orozimbo Maia/ Guilherme Mamprim até a Rodovia Flávio de Carvalho.
A Av. João Antunes dos Santos é a via arterial secundária deste setor, estabelecendo
ligação entre o CLT e a Rua Orozimbo Maia. Apresenta comércio diversificado, canteiro
e duas pistas de rolamento, porém, com circulação em apenas uma faixa por sentido
devido à permissão de estacionamento.
ÁREAS DE INTERVENÇÕES (AI)
Não foram registradas ações emergenciais que justificassem a proposição de
intervenções neste Compartimento.
PROJETOS VIÁRIOS (PV)
São quatro os projetos viários propostos para este Compartimento, todos visando
melhorias do sistema de circulação do tráfego:
CNE-PV-32. ADOÇÃO DE SISTEMA BINÁRIO E COMPLEMENTAÇÃO DA
DUPLICAÇÃO DA RODOVIA FLÁVIO DE CARVALHO
O início da Rodovia Flavio de Carvalho, cujo binário de circulação foi revisto no início
de 2013, de certa maneira e na atual concepção, oferece menor capacidade de
suporte e a medida, naquela ocasião, foi tomada tendo em vista a dificuldade para o
46
cumprimento dos itinerários dos ônibus. No presente caso, para retomar o binário
serão necessários ajustes nas linhas de ônibus e revisão da geometria de seu traçado,
bem como a complementação de sua duplicação e construção de canteiro segregador
em toda a extensão, até o SESI.
CNE-PV-33. IMPLANTAÇÃO DE CICLOVIA AO LONGO DA RODOVIA FLÁVIO DE
CARVALHO
A Proposta refere-se à construção de ciclovia ao longo da Rodovia Flavio de Carvalho,
incluindo as Ruas Vitório Gobatto e Dr. Altino Gouveia.
CNE-PV-34. TRANSPOSIÇÃO DO CLT ENTRE AS RUAS DR. ALTINO GOUVEIA E
VEREADOR WALTER OBMER WOELZKE
Projeto viário que prevê a construção de via de ligação para servir de binário com a
ligação existente.
CNE-PV-35. RECONFIGURAÇÃO DE CIRCULAÇÃO COMO OBRA DE
MITIGAÇÃO AO IMPACTO DE TRÁFEGO DEVIDO AO
FUNCIONAMENTO DO NOVO SESI, INCLUINDO DUPLICAÇÃO
DA PONTE SOBRE RIBEIRÃO PINHEIROS
Projeto mais complexo, tendo em vista os impactos precipitados pelo tráfego que se
afigura intenso por decorrência do funcionamento previsto da nova unidade do SESI.
Prevê-se a construção de nova ponte para servir de binário com a ligação existente,
de modo a rearticular os fluxos e mitigar os seus impactos.
PROJETOS ESTRATÉGICOS (PE) O planejamento da expansão deste setor da cidade deve corrigir as disfunções
decorrentes da desarticulação do sistema viária, priorizando seus eixos estruturais, de
forma a organizar e hierarquizar o adensamento, contribuindo, desta forma, para uma
gradativa e melhor distribuição espacial da população e com óbvias vantagens à
circulação e segurança do tráfego. Para este compartimento, as ações são de médio e
longo prazos de implantação.
CNE-PE-12. TRANSPOSIÇÃO E SISTEMA VIÁRIO DE LIGAÇÃO ENTRE A
AV. DR ALTINO GOUVEIA E O PROLOGAMENTO DA AV. GESSY
LEVER
47
A transposição citada abrirá novas possibilidades de trajetos, itinerários de transportes
e interligará as regiões Norte e Leste da cidade, conectando vias estruturais e, desta
forma, promovendo a integração de bairros sem a necessidade de trajetos negativos
ou servindo-se do Centro apenas para passagem.
05.02.09. COMPARTIMENTO SUL - CSL
Este compartimento é limitado: ao norte, pela Vila Pagano; a oeste e sudoeste, pela
Estrada da Boiada; e a divisa Valinhos – Vinhedo a sudeste e a leste.
Os bairros abrangidos por este Compartimento são: Vila Pagano; Jd. Morada do sol;
Jd. Universo; Jd. Maracanã; Jd. Do lago; Jd. Lorena; Jd. Pacaembú e Ponte Alta.
Este compartimento ainda possui número significativo de áreas vazias entre os
bairros, fato que deverá ser devidamente analisado no processo de revisão do Plano
Diretor, visando o cumprimento da função social da propriedade. A ocupação destas e
outras áreas vazias servidas por infraestrutura abrirá condições reais a uma melhor
distribuição espacial da população, com acessibilidade garantida aos bens e serviços
públicos, ao mesmo tempo que contribuirá para a ampliação da rede viária, melhor
distribuição do tráfego, maior fluidez no sistema de transportes. Daí a importância
atribuída por este TERMO PROPOSITIVO à estruturação do sistema viário arterial e sua
articulação hierarquizada.
ÁREA DE INTERVENÇÃO (AI) Constitui-se a única intervenção proposta para este Compartimento:
CSL-AI-12. REVISÃO DA CICLOFAIXA EXISTENTE NA RODOVIA DOS
ANDRADAS
A Rodovia dos Andradas, principal via de ligação com o sul do Município, exibe um
problema crítico: o de implantação de uma ciclofaixa sem condições mínimas de
segurança para os ciclistas, agravado pela sua interrupção nos pontos de ônibus.
Outro fator que potencializa os riscos é o da circulação cicloviária ser contígua à dos
veículos automotores, em sentido inverso e sem qualquer segregação.
PROJETOS VIÁRIOS (PV) São quatro os projetos viários propostos para o Compartimento Sul do Município:
48
CSL-PV-36. DUPLICAÇÃO DA RODOVIA DOS ANDRADAS
A capacidade suporte desta rodovia está aquém da demanda, em termos de
assimilação do tráfego nela ocorrente, apresentando apenas uma faixa de rolamento
por sentido de tráfego. Nos picos de maior demanda, pela manhã sentido Vinhedo e
pela tarde sentido Centro de Valinhos, o tráfego é lento, daí a necessidade deste
importante eixo ser duplicado, a fim de dobrar a sua capacidade suporte.
CSL-PV-37. DUPLICAÇÃO DA RUA DR. ALFREDO ZACHARIAS
A Rua Dr. Alfredo Zacharias pode ter um seu eventual alargamento definitivamente
comprometido já que ali está em curso a implantação de um loteamentos fechado,
sem que sobre espaço suficiente para ampliação do leito desta via. Nas condições
enfrentadas, urge a fixação de diretriz de recuo obrigatório àquele empreendimento e
a outros que se apresentarem, evidentemente desde que tais diretrizes sejam
compatíveis com outros fatores que deverão ponderar na escolha da alternativa mais
adequada às circunstâncias deparadas.
CSL-PV-38. DIRETRIZ ENTRE A VILA PAGANO E JD. DO LAGO
A ligação entre estes bairros deverá ser assegurada através de imediata definição de
diretrizes viárias, de traçado pré-definido, cabendo seu detalhamento e custos de
execução sob responsabilidade de empreendimentos de parcelamento de solo que lhes
sejam limítrofes. Deixar de proceder à fixação desta diretriz poderá comprometer a
mencionada ligação entre os bairros, principalmente se já estiver em curso algum
empreendimento imobiliário em suas imediações.
CSL-PV- 39. DUPLICAÇÃO DA AV. JOAQUIM ALVES CORRÊA
A presente Proposta indica a necessidade de duplicação da Av. Joaquim Alves Corrêa
no trecho que resta, entre o Jd. Panorama e o Jd. do Lago, visando conferir a esta
via condições de fluidez e segurança compatíveis com o tráfego nela ocorrente.
PROJETOS ESTRATÉGICOS (PE) Semelhantemente a outros compartimentos de crescimento mais dinâmico, cabem
ser revistos o padrão de ocupação territorial e o regramento da expansão urbana
neste Compartimento Sul a fim de que disfunções urbanas sejam corrigidas e o seu
sistema viário seja melhor articulado. De implantação de médio e longo prazos, esta
Proposta visa consolidar o padrão de compartimentação previsto nos marcos
conceituais deste trabalho e, objetivamente, estruturar e consolidar a rede viária
49
arterial da cidade, fundamental à integração dos bairros, à articulação com os
sistemas viários dos municípios limítrofes e à mobilidade metropolitana.
CSL-PE-13. LIGAÇÃO PARA VINHEDO ATRAVÉS DA EXTENSÃO DA AV.
JOAQUIM ALVES CORRÊA
A ligação da Av. Joaquim Alves Corrêa com a Av. Independência (Vinhedo) abrirá
novas possibilidades de trajetos e itinerários de transportes, com a vantagem de
interligar as regiões Oeste e Sul ao município de Vinhedo, conectando vias estruturais
e, desta forma, promovendo a integração dos bairros do Município sem a necessidade
de trajetos negativos e/ou da passagem pelo Centro ou, ainda, de sobrecarregar a
Rodovia dos Andradas.
05.02.10. COMPARTIMENTO SUDOESTE - CSO
Este compartimento limita-se: ao norte, pela Rodovia Francisco Von Zuben; a leste,
pela Avenida Independência e Rodovia Guilherme Mamprim; ao sul, pela Rodovia
Anhanguera, e a oeste pelo Anel Viário Magalhães Teixeira.
Possui padrão de ocupação heterogêneo, marcado pela concentração de indústrias ao
longo da Rodovia Anhanguera, por condomínios fechados de alto padrão no entorno
da Rua Paiquerê e das rodovias Visconde de Porto Seguro e Comendador Guilherme
Mamprim.
Nas proximidades da Rodovia Francisco Von Zuben, destacam-se os bairros Colina dos
Álamos e Pq. Lauzane, a Mata da Tapera e a Santa Casa de Valinhos, com ligação
direta ao Centro através da Av. Onze de Agosto e Av. Dom Nery. A Fazenda do
Exército faz a separação para a porção intermediária deste compartimento bem como
divisa com a Av. Invernada.
A Rodovia Visconde de Porto Seguro é outro acesso que está recebendo aumento de
fluxo após seu calçamento, pois é alternativa de ligação à região do Parque Prado em
Campinas; há de ser salientado que, por exigência legal de contrapartida ambiental,
esta via está recebendo ciclovia e pista para caminhada, e desde já seu uso em
práticas esportivas tem sido intenso.
ÁREAS DE INTERVENÇÕES (AI) Neste Compartimento não foram registradas deficiências que justifiquem propostas de
ações imediatas ou emergenciais, requisito à definição de Intervenções neste campo.
PROJETOS VIÁRIOS (PV)
50
São dois os Projetos Viários definidos para este compartimento e fundamentais à
melhoria de qualidade do suporte ao tráfego :
CSO-PV-40. REFORMULAÇÃO DO TREVO JUNTO AO ANEL ROBERTO
MAGALHÃES TEIXEIRA
Os fluxos viários registrados em horários de pico superam a capacidade de suporte
deste dispositivo, que apresenta limitações de gabarito: nos horários de maior
movimentação de veículos, pela manhã e ao final da tarde, ocorre notável lentidão nos
fluxos de veículos. A solução está em curso, pois a obra de novas alças e tramos de
viadutos, orçada em 16 milhões de reais e executada pela Concessionária Rota das
Bandeiras, estará concluída até o final de 2015.
CSO-PV-41. CICLOVIA DA INVERNADA
A Estrada da Boiada tem pavimentação ecológica e ao longo de seu percurso, e
decorrência de decisão judicial, está sendo construída ciclovia e pista de caminhada.
Este Projeto propõe a interligação da ciclovia Boiada com a Av. Invernada, para isso
havendo necessidade de um estudo específico de seu traçado, a fim de que seja adota
um percurso com inclinações compatíveis com o modal bicicleta.
PROJETOS ESTRATÉGICOS (PE)
Este compartimento também registra desarticulações viárias e visa a correção de
algumas destas disfunções, devendo, também, ser objeto de atenção do projeto de
revisão do Plano Diretor. O projeto estratégico a seguir aponta para a necessidade
de ações de médio e longo prazos visando melhorias significativas à circulação e
segurança do tráfego em eixos viários que se constituem importantes ligações de
âmbito metropolitano.
CSO-PE-14. MUNICIPALIZAÇÃO DAS RODOVIAS URBANIZADAS
Refere-se, especificamente, às rodovias de caráter urbano Francisco Von Zuben,
Comendador Guilherme Mamprim e Visconde de Porto Seguro (Estrada da Boiada),
nelas se registrando problemas de drenagem crítica, iluminação e sinalização
deficientes. Pelo fato de a fiscalização ser de responsabilidade do DER/SP a presente
proposta requer gestões junto a este órgão estadual, a fim de se encontrar – de
imediato – solução para os problemas apontados e, principalmente, visando a
municipalização das citadas rodovias.
51
05.02.11. COMPARTIMENTO SUDESTE - CSE
Este compartimento é delimitado: a oeste, pela Ferrovia; ao norte, pelo Córrego Bom
Jardim; a leste, pelo Compartimento Serra dos Cocais e ao sul, pelo Compartimento
Sul.
Abrange os bairros Ortizes, Jardim Santa Rosa, Jardim Bom Retiro, Jardim Eliza, Jd.
Palmares, Jd. das Figueiras, Vila União Loteamento Pedra Verde e Parque Residencial
Maison Blanche.
Os bairros citados vêm passando por processo recente de expansão, com a
predominância de condomínios verticais, alguns dos quais ainda em construção
(2014), ao longo da Avenida Rosa Belmiro Ramos, da Rua João Bissoto Filho e na
porção mais ao sul, no loteamento Pedra Verde.
Outro aspecto importante a destacar é a elevada declividade de algumas vias dos
bairros Jardim Elisa e Jd. Palmares.
A Av. João Bissoto Filho é a via de ligação do Centro para a região populosa do Jd.
Palmares e Jd. Das Figueiras, tem pista simples, sub-dimensionada em relação à sua
importância e necessita de diretrizes claras para a duplicação e constituição de
sistema binário em alguns trechos.
A Rua Domingos Tordin estabelece ligação com a Rua Orozimbo Maia (Compartimento
Centro-Leste) e, assim como outras vias da cidade, recebeu ocupação em ambos os
seus lados sem que fosse destinado espaço suficiente para duplicação ou alargamento
de sua faixa de domínio, o que dificultará, e muito, a viabilização das adequações
condizentes com o tráfego que recebe diariamente.
A Rua Antonio C. de Naio recebeu, cerca de 3,5 anos atrás, um empreendimento de
edifícios que simplesmente “matou” a possibilidade de duplicação da via, sendo que
esta via é entrada para o Bairro Bom Retiro, praticamente anulando a possibilidade de
ampliação que já se demonstrava necessária.
ÁREAS DE INTERVENÇÕES (AI)
A este Compartimento não foram registrados problemas emergenciais que justifiquem
intervenções imediatas. Correções, melhorias e adequações viárias podem ser objeto
de projetos e, como tal, serem objeto de detalhamentos específicos.
PROJETOS VIÁRIOS (PV)
São 5 (cinco) os projetos viários apontados como propostas de melhoria da mobilidade
neste compartimento:
52
CSE-PV- 42. ALARGAMENTO DA AV. ROSA BELMIRO RAMOS
Apresenta limitações de gabarito à demanda dos fluxos nela registrados. Esta situação
será consideravelmente agravada à medida que os diversos edifícios em construção
sejam concluídos, daí a necessidade de que se definam diretrizes capazes de
assegurar um futuro alargamento de sua faixa de domínio.
CSE-PV- 43. CICLOVIA DA CÓRREGO BOM JARDIM
A mobilidade cicloviária significa transporte saudável, econômico e democrático e, por
isto, necessita ser implantada – e incentivado seu uso – nos diversos fundos de vale
da cidade. Esta ciclovia ligará os bairros Jd. União, Figueiras Palmares, Bom Retiro,
até o Museu (Antiga Estação Ferroviária) e, a partir desta, com todo o sistema
cicloviário que venha a ser desenvolvido e prevista sua conectividade.
CSE-PV- 44. LIGAÇÃO ENTRE AS RUAS da PRATA E RUA ANTONIO FACHINELLI
FILHO
Este Projeto visa estabelecer uma ligação que proporcionará novas possibilidades de
itinerários para o transporte coletivo.
CSE-PV- 45. ALARGAMENTO/ DUPLICAÇÃO DA AV. JOÃO BISSOTO FILHO
Outro Projeto que visa qualificar a mobilidade neste setor da cidade; a duplicação
apontada irá conferir condições adequada à circulação até a Pedreira.
De modo geral, e valendo a observação para casos semelhantes, será definitivamente
indispensável que o processo de expansão urbana, em qualquer compartimento que
ocorra, de maior ou menor intensidade, seja melhor avaliado e lhe sejam definidas
diretrizes que facilitem ou viabilizem, no futuro, a expansão dos suportes viários que
registrem demandas crescentes de fluxos automotores.
CSE-PV- 46. DUPLICAÇÃO/ BINÁRIO COM A RUA SILVESTRE CHIARI
Este projeto conferirá qualidade à circulação e alívio ao tráfego na Rua João Bissoto
Filho, em função da expansão que o setor está registrando, permitindo, com a criação
do binário, otimizar os itinerários do transporte coletivo.
PROJETOS ESTRATÉGICOS (PE) Tratam-se das ações de médio e longo prazo, visando a estruturação para novas
possibilidades e melhorias significativas à boa circulação e segurança do tráfego, com
caráter estruturante, para este compartimento por tratar-se de limite com outros
compartimentos, os Projetos de caráter estratégico foram considerados:
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CSE-PE-07. IMPLANTAÇÃO DO VIADUTO DE TRANSPOSIÇÃO DA LINHA
FÉRREA PARA O BAIRRO BOM RETIRO
CSE-PE-08. GESTÃO JUNTO AO DNIT PARA REFORMULAÇÃO DAS PASSAGENS
SOB A LINHA FÉRREA
Os dois projetos estratégicos acima referidos são de importância extrema à construção
de uma relação mais contemporânea da cidade e sua Ferrovia e devem ser tratados
em conjunto.
Em contexto mais amplo, cabe à Administração Municipal e à sociedade organizada do
Município resgatarem a identidade cultural da Ferrovia, de certo modo abandonada e
hoje praticamente excluída da memória urbana.
Como ícone cultural de Valinhos deverá ser reincorporada ao cenário urbano e por
esta razão todas os esforços e lutas da comunidade serão válidos visando sua
sobrevida, independentemente de ser-lhe – ou não – atribuída a função de transporte
coletivo metropolitano.
No recomendado projeto de REFORMA URBANA, presente em várias passagens deste
TERMO PROPOSITIVO, a Ferrovia deverá merecer atenção especial e suas margens
serem ocupadas de forma a ressaltar a importância histórica deste símbolo de
Valinhos, evitando o desastre cultural de sua transformação em via rápida (!?) tal
como ocorreu em algumas cidades históricas do ciclo do café.
Pelas razões expostas, ambas as propostas – de implantação de viaduto e de
reformulação das passagens inferiores – devem merecer cuidadosa e eficiente gestão
por parte das lideranças políticas de Valinhos, tratando estas questões não apenas em
seus enquadramentos técnicos mas – principalmente – em contexto cultural de valiosa
importância para o Município.
Cultivar a Memória da Ferrovia é preservar os valores de origem, de identidade e de
caráter da cidade de Valinhos !.
05.02.12. COMPARTIMENTO EXTREMO-SUL - CES
Este compartimento é delimitado: pela divisa Valinhos – Vinhedo ao sul; pelo limite do
bairro Vale Verde, a oeste; pela Rodovia Guilherme Mamprim, ao norte; e pela Estrada
da Boiada, a leste.
Compreende os bairros Vale Verde, San Fernando, Country Clube e Chácaras São
Bento.
Estes bairros tem características similares – são bairros de Chácaras, com baixa
densidade populacional e ocupação dispersa. Porém na porção mais próxima à
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Rodovia Anhanguera, as vias lindeiras estão ocupadas por estabelecimentos industriais
e de serviços. Ao logo da Rodovia Com. Guilherme Mamprim tem sido aumentada a
ocupação de equipamentos de serviços e educacionais.
ÁREA DE INTERVENÇÃO (AI) Aponta-se, para este compartimento, uma ação prioritária e emergencial visando
proteção indispensável à segurança dos usuários do local :
CES-AI-13. IMPLANTAÇÃO DE BARREIRA DE PROTEÇÃO JUNTO AO LAGO DO
VALE VERDE
Os usuários do entorno do lago e condutores de veículos que por ali passam são
pouco protegidos quanto aos riscos de acidentes e de queda de veículos, tornando-se
indispensável e urgente a proteção das margens através da implantação de guarda-
corpos ou barreiras.
PROJETOS VIÁRIOS (PV)
São dois os projetos viários previstos para este compartimento:
CES-PV-47. ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO DE BINÁRIO NA RUA LUIZ CARLOS
BRUNELLO
A ocupação mais problemática, do ponto de vista da inadequação da via para seu uso,
é a da Rua Luiz Carlos Brunello (Av. das Indústrias), no bairro Country Clube.
Constitui-se alternativa à presente proposta uma obra de 100 m de extensão da Rua
Catharina Farsarella Callego e/ou, ainda, tratativas junto à Autoban, para a construção
de uma ligação atrás da praça de pedágio até a Marginal Direita da Rod. Anhanguera.
CES-PV-48. REFORMULAÇÃO DO ACESSO E TREVO KM 82 JUNTO AO BAIRRO
VALE VERDE
O pior problema de articulação viária do setor é o trevo da Anhanguera para acesso a
Valinhos (km 82), com configuração geométrica desfavorável, oriunda da adaptação
da praça de pedágio, que eliminou alça de acesso à cidade. Outra complicação
registrada é a saída do Bairro Vale Verde, que necessita de reformulação urgente.
PROJETOS ESTRATÉGICOS (PE)
Confere-se a este compartimento um único e complexo projeto, alternativa ao quanto
já foi exposto em relação ao acesso da Via Anhanguera, km 82.
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CSE-PE-15. TRATATIVAS PARA REPOSICIONAMENTO DA PRAÇA DE PEDÁGIO,
DESLOCANDO-A EM RELAÇÃO AO TREVO Km 82
Como mencionado, este projeto se afigura de complexa e difícil gestão junto aos
responsáveis: o governo do Estado, a ARTESP e a concessionária da rodovia
(AUTOBAN). Sem dúvida, este projeto toca em um sério problema, o dos conflitos
oriundos do posicionamento do dispositivo de acesso no km. 82 em relação aos fluxos
congestionados registrados na entrada e saída do Vale Verde e, de forma geral, de
acesso à cidade, com implicações óbvias em relação à praça de pedágio. Deverá ser
apresentada, esta proposta, como objeto de negociação visando a melhoria ou
adequação das alças ou, ainda, de regulamentação distinta para aquele acesso pela
Rodovia, sentido Interior.
05.02.13. COMPARTIMENTO MACUCO-REFORMA AGRÁRIA - CMR
Este compartimento é delimitado: a leste e ao norte, pela divisa com o Município de
Campinas; ao sul, pelo limite com o município de Vinhedo e pelo loteamento Vale
Verde; e pela Rodovia Anhanguera, a oeste.
Possui padrão heterogêneo de ocupação: ao longo da Via Anhanguera e das Ruas
Clark, Antonio Felamingo e Laerte de Paiva estão implantados estabelecimentos
industriais de grande e médio portes e de serviços que se utilizam da vantagem
locacional decorrente da proximidade com a Rodovia.
Estrutura a circulação, em toda a região, a Estrada Governador Mário Covas, com
muitas deficiências de segurança, pois não dispõe de acostamento, apresenta curvas
fechadas e sem visão dos veículos no sentido contrário, articulando, ainda, ligação
com os bairros Figueira Branca e São Domingos, ambos em Campinas.
ÁREAS DE INTERVENÇÕES (AI) Não foram registradas, neste compartimento, deficiências ou problemas que
justifiquem ações emergenciais e, por isso, não foi-lhe definida intervenção específica.
PROJETO VIÁRIO (PV) Para este compartimento foi definida uma única proposta de projeto viário:
CMR-PV-49. CONSTRUÇÃO DE ACOSTAMENTO E PASSEIO NA ESTRADA
GOVERNADOR MÁRIO COVAS
A dificuldade mais crítica à segurança da circulação viária do setor é a ausência de
espaço para acostamento e deslocamentos de pedestres, ciclistas e cavaleiros, que se
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expõem e correm sérios riscos de acidentes. Para superação desta dificuldade serão
indispensáveis gestões junto aos proprietários lindeiros da Estrada e muita obra, pois
são 8 km de estrada a serem readequados.
PROJETO ESTRATÉGICO (PE)
Uma única proposta foi definida como Projeto Estratégico para este compartimento,
tratando, especificamente, de acesso:
CMR-PE-16. TRATATIVAS PARA IMPLANTAÇÃO DE ACESSO AO BAIRRO JUNTO
À EXTENSÃO DO ANEL ROBERTO MAGALHÃES TEIXEIRA, NAS
PROXIMIDADES DA METALÚRGICA ONÇA
Tanto o quanto foi exposto na questão do acesso situado no km 82 da Via
Anhanguera, também este projeto se afigura de difícil e complexa gestão para sua
viabilização. Sem dúvida, o objeto da Proposta é da mais alta relevância ao
desenvolvimento econômico desta região de Valinhos, portanto, de justificável
inserção neste Plano de Mobilidade. Propositadamente, a ARTESP não previu nem
permitiu nenhum acesso ao longo da faixa do Anel situada no Município de Valinhos.
Este deve ser tema prioritário a ser tratado no processo de revisão do Plano Diretor do
Município e – com urgência – ser objeto de atenção das lideranças políticas locais e
de tratativas junto ao Governo do Estado.
05.02.14. COMPARTIMENTO SERRA DOS COCAIS - CSC
Este compartimento é delimitado: a oeste, pelo limite do núcleo urbano de Valinhos
(vários Compartimentos); a norte, pela Divisa Valinhos-Campinas e pelo Rio Atibaia;
a leste, pela Rodovia dos Agricultores e, ao sul, pela divisa de Valinhos com Itatiba.
Trata-se de uma área de ocupação de baixa densidade, com cenário natural
registrando remanescentes de mata preservada, e ocupação esparsa por bairros de
características rurais, com predomínio de chácaras. Neste compartimento, com
ligação direta para Itatiba, localizam-se: o condomínio Moinho de Vento, os bairros de
Chácaras Alpinas e Parque Valinhos, o Clube de Campo de Valinhos e o Jardim São
Bento, com características de periferia distante, surgido no entorno do Clube de
Campo e por ele polarizado economicamente.
Constituem-se seus principais eixos econômicos:
a) a Rodovia Dom Pedro I, que tem grande potencial para o desenvolvimento
econômico do Município; para o aproveitamento desta notável potencialidade,
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são indispensáveis gestões junto ao Governo do Estado visando a viabilização
de acessos e pistas marginais à Rodovia em território do Município,
evidentemente desde que observadas as restrições ambientais.
b) a Estrada Municipal Itatiba – Valinhos (Estrada do Jequitibá), que possui pista
simples, com uma faixa por sentido, traçado sinuoso, com curvas e aclives
acentuados, em função do relevo de serras, condições estas que tornam esta
via mais propensa a acidentes. Diferentemente da Rodovia Dom Pedro I, este
eixo deve ser preservado, visto que não apresenta o mesmo apelo nem as
atratividades econômicas exibidas pela Rodovia D.Pedro I, além de que as
restrições ambientais e a preservação dos vestígios de mata secundária não
recomendam qualquer exacerbação de sua ocupação. Ao contrário, toda a sua
área de influência é favorável à qualidade ambiental de Valinhos e
indispensável à qualidade dos seus recursos naturais: da paisagem, dos
recursos hídricos e do clima, economias vitais à atividade do Turismo ecológico.
A destacar, ainda, neste compartimento, a existência de bairros pouco densos e
distantes, aspectos que desfavorecem a expansão urbana para estes lados, sob riscos
de graves deseconomias urbanas precipitadas por vazios urbanos.
ÁREAS DE INTERVENÇÕES (AI) Apenas uma intervenção, muito importante e de urgente execução, foi prevista neste
compartimento, referente à sinalização deficiente constatada ao longo da Estrada do
Jequitibá.
CSC-AI-14. READEQUAÇÃO DA SINALIZAÇÃO E GEOMETRIA VIÁRIA JUNTO À
BIQUINHA
Projeto definido sob a constatação do elevado potencial de risco de acidentes na
Estrada do Jequitibá, especificamente na localidade da Biquinha, onde situa-se um
loteamento irregular, com construções implantadas sem o necessário recuo em
relação à Estrada, fato agravado pela presença de crianças. Medidas urgentes
deverão ser adotadas visando conferir segurança aos moradores e transeuntes na
localidade.
PROJETOS VIÁRIOS (PV)
Apenas uma proposta de Projeto Viário foi definida para este compartimento:
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CSC-PV-50. ADEQUAÇÃO DO ACOSTAMENTO NA ESTRADA DOS JEQUITIBÁS,
JUNTO AO CONDOMÍNIO CESALPINA
O problema mais sério constatado na circulação viária do setor foi o da ausência de
acostamento em determinados trechos, como no acesso ao Pesqueiro e Condomínio
Cesalpina Park, tornando muito arriscada a espera para a conversão.
PROJETOS ESTRATÉGICOS (PE)
Às melhorias previstas para este compartimento é fundamental a articulação das
políticas urbana e a de transporte e mobilidade, focando, principalmente, diretrizes de
normatização da expansão urbana do Município. A questão crucial é evitar o
crescimento descontrolado e desordenado, através da proliferação de loteamentos
fechados, bairros periféricos distantes e loteamentos de chácaras, por decorrência da
atividade imobiliária especulativa, e que acabam demandando infraestrutura e
transportes, com graves ônus para o erário público. O ponto relevante é o
aproveitamento das potencialidades econômicas da Rodovia D. Pedro I.
CSC-PE-17. MELHORIA NOS ACESSOS ÀS PISTAS MARGINAIS NA ROD. D.
PEDRO I
A Rodovia D. Pedro I exibe notáveis atratividades econômicas para implantação de
empreendimentos industriais, comerciais e de logística, de médio e grande portes. A
efetivação destas potencialidades dependerá da adoção de medidas urgentes e
indispensáveis à reserva de áreas para a implantação de pistas marginais e de
adequações, na pista sentido Jacareí, para a construção de saída para o Bairro Suiço.
CSC-PE-18. IMPLANTAÇÃO DE ESTRADA PARQUE NA SERRA DOS COCAIS
Este Projeto contempla – ao mesmo tempo – a preservação dos requisitos ambientais
à qualidade do espaço e as condições naturais propícias ao desenvolvimento das
atividades turísticas e esportes rústicos (rapel, montain bike e cavalgadas). O acesso
a tais práticas e atividades será viabilizada através de uma Estrada Parque, junto à
Estrada dos Jequitibás e à Estrada Carlos de Carvalho Vieira e Braga no Pq. Alpinas,
e, economicamente, através de parceria com o capital privado, por exemplo, pela
exploração sustentável da extinta Pedreira.