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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PÓS GRADUAÇÃO LATU SENSU EM PECUÁRIA LEITEIRA COM ÊNFASE
EM TECNOLOGIAS SOCIAIS
JACQUELINE APARECIDA CLAUDINO
NILSON GERALDO FIDELIS
A IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA BALDE CHEIO PARA OS
PRODUTORES RURAIS DO MUNICÍPIO DE VIRGINÓPOLIS, MINAS
GERAIS
SÃO JOAO EVANGELISTA, MG
MAIO/2017
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JACQUELINE APARECIDA CLAUDINO
NILSON GERALDO FIDELIS
A IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA BALDE CHEIO PARA ALGUNS
AGRICULTORES FAMILIAR DO MUNICÍPIO DE VIRGINÓPOLIS, MINAS
GERAIS
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao IFMG-Campus São
João Evangelista, como exigência
parcial para obtenção do Título de
Especialista em Pecuária Leiteira
com Ênfase em Tecnologias Sociais.
Orientadora: Profª. DSc. Eliane Sant’Anna de Mello
SÃO JOAO EVANGELISTA, MG
MAIO DE 2017
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RESUMO
A pecuária de leite é uma das atividades mais tradicionais do Brasil, caracterizando
como um dos mais importantes segmentos do agronegócio, desempenhando relevante
papel no processo de desenvolvimento econômico e social do País. O Brasil é o quinto
maior produtor com 31,7 bilhões de toneladas/ano. A atividade leiteira está presente em
todas as regiões do país. Sendo os principais produtores, os Estados de Minas Gerais,
Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Esses aspectos são
resultados da adoção de novas tecnologias e melhoramento genético dos animais que
levaram a melhoraria da eficiência produtiva. Dentre elas destaca-se uma destas
tecnologias que vem mudando o cenário da pecuária leiteira no País, o Programa Balde
Cheio. Este programa visa a capacitação de técnicos de extensão rural e produtores,
promovendo a troca de informações sobre as tecnologias aplicadas regionalmente e
monitorando os impactos sociais, econômicos e ambientais nos sistemas de produção.
Sob estas perspectivas, o presente trabalho tem como objetivo analisar a importância do
Programa Balde para os agricultores familiares da cidade de Virginópolis, Minas
Gerais. Para tanto, utilizou-se da aplicação de um questionário socioeconômico,
composto por quatorze questões. Esta pesquisa foi feita com 10 propriedades rurais
inseridas no Programa Balde Cheio do município de Virginópolis, MG, região Leste do
Estado de Minas Gerais. A pesquisa sobre a importância do Programa Balde Cheio,
possibilitou uma visão positiva para os elementos envolvidos no processo, pois vem
resgatar um elemento fundamental da condição humana: a esperança.
E em relação às perspectivas futuras dos agricultores, pôde-se perceber também, nestas
projeções futuras, o desejo dos participantes de crescer, se desenvolver e,
principalmente, melhorar a qualidade de vida da família e da comunidade a qual
pertence. De modo geral percebe-se que o programa trouxe melhoria na realidade das
unidades de produção familiar, sendo as mudanças reais e expressivas, representadas pelo
aumento das condições sociais (acesso a bens e serviços, autoestima e qualidade de vida) e
ampliação da riqueza gerada nas propriedades (valor agregado).
Palavras-chaves: Balde Cheio. Agricultura familiar. Virginópolis.
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ABSTRAT
Milk raising is one of the most traditional activities in Brazil, characterizing one of the
most important agribusiness segments, playing a relevant role in the country's economic
and social development process. Brazil is the fifth largest producer with 31.7 billion
tons /year. Milk activity is present in all regions of the country. The main producers are
the States of Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Paraná and Santa
Catarina. These aspects are results of the adoption of new technologies and genetic
improvement of the animals that led to the improvement of productive efficiency.
Among them is one of these technologies that has been changing the scenario of dairy
farming in Brazil, the Balde Cheio Program. This program aims to train extension
technicians and producers, promoting the exchange of information on technologies
applied regionally and monitoring social, economic and environmental impacts in
production systems.
Under these perspectives, the present work aims to analyze the importance of the Balde
Program for family farmers in the city of Virginópolis, Minas Gerais. For that, a
socioeconomic questionnaire was used, consisting of fourteen questions. This research
was carried out with 10 rural properties inserted in the Full Bucket Program of the
municipality of Virginópolis, MG, eastern region of the State of Minas Gerais. Research
on the importance of the Full Bucket Program has provided a positive vision for the
elements involved in the process, since it comes to rescue a fundamental element of the
human condition: hope.
And in relation to the future perspectives of the farmers, it was also possible to perceive
in these future projections the desire of the participants to grow, to develop and, mainly,
to improve the quality of life of the family and of the community to which it belongs. In
general, it is perceived that the program has brought about an improvement in the reality
of family production units, with real and expressive changes being represented by the
increase in social conditions (access to goods and services, self-esteem and quality of
life) In properties (value added).
Keyword: Full bucket. Family farming. Virginópolis.
5
Dedicamos esse trabalho a todos que estiveram
conosco nessa caminhada, nos incentivando e
apoiando em especial família, filhos e amigos.
6
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todos aqueles que contribuíram
direto ou indiretamente para a realização deste
trabalho. Em especial ao IFMG-SJE pela
oportunidade e à Professora e orientadora DSc.
Eliane Sant’Anna de Mello por acreditar no nosso
potencial pelo esforço e dedicação.
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“Que os vossos esforços desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes
coisas do homem foram conquistadas do que
parecia impossível.”
Charles Chaplin
8
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Tempo de adesão ao Programa.......................................................................19
Gráfico 2. Relacionamento entre o técnico e a família ...................................................20
Gráfico 3. Volume de produtividade...............................................................................20
Gráfico 3A. Renda após um ano de adesão ao projeto....................................................20 Gráfica 3B. Renda após três anos de adesão ao projeto..................................................21
Gráfico 4. Participação dos produtores em curso de capacitação...................................22
Gráfico 5. Grau de escolaridade dos produtores rurais...................................................23
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SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO............................................................................................................10
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..................................................................................12
2.1 PROGRAMA BALDE CHEIO.................................................................................12
2.2 AGRICULTURA FAMILIAR..................................................................................13
3 MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................14
3.1 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE VIRGINÓPOLIS...............................14
3.2 COOPERATIVA.......................................................................................................14
3.3 INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS.................................................................15
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................16
4.1 PERFIL DO PRODUTOR E DAS PROPRIEDADES.............................................17
4.2 ANÁLISE GERAL DOS DADOS............................................................................19
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................24
REFERENCIAS.............................................................................................................25
ANEXOS
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I INTRODUÇÃO
A pecuária de leite é uma das atividades mais tradicionais do Brasil,
caracterizando como um dos mais importantes segmentos do agronegócio,
desempenhando relevante papel no processo de desenvolvimento econômico e social do
País, como fonte de alimentos, geração de emprego e renda para a população, estando
leite está entre os seis produtos mais importantes da agropecuária brasileira (CAMPOS
et al., 2009).
O Brasil é o quinto maior produtor com 31,7 bilhões de toneladas/ano. É o país
que possui a melhor combinação de fatores de produção para expandir a oferta
agropecuária de forma sustentável: água, terras, clima e, principalmente, tecnologias e a
otimização da mesma. E por ser um país em desenvolvimento à medida que a população
cresce, há também um acréscimo na cadeia produtiva do leite (ASSIS, 1982).
A atividade leiteira está presente em todas as regiões do país. Sendo os principais
produtores, os Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Paraná e
Santa Catarina. Em especial Minas Gerais, se destaca em primeiro lugar no rebanho de
leite, respondendo por 35 % do total produzido no Brasil, chegando a 8,83 bilhões de
litros por ano (ASSIS, 2005).
Esses aspectos são resultados da adoção de novas tecnologias e melhoramento
genético dos animais que levaram a melhoraria da eficiência produtiva. No entanto,
observa-se que no Brasil, a atividade leiteira é representada por um grande número de
propriedades onde a exploração desta ainda está em condições precárias (BRESSAN,
2000).
Sob a ótica de Zoccal et al. (2011), mesmo existindo no País tecnologias
desenvolvidas e adaptadas às condições climáticas capazes de mudar a situação dos
produtores, vê-se que a produção leiteira está abaixo da expectativa de um sistema de
produção eficiente e sustentável. Dessa forma, mesmo diante das exigências de
mercados por produtos cada vez mais qualificados, este setor enfrenta dificuldades por
depender do setor primário que possui limitações de conhecimento para o fornecimento
de matéria-prima de qualidade.
Estes autores destacam, ainda, que tais inovações tecnológicas exigem, cada vez
mais, uma formação educacional consistente por parte do produtor. Para tanto, faz-se
necessário que o produtor busque o desenvolvimento contínuo de suas competências,
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seja pela elevação de escolaridade ou pelo aperfeiçoamento através da capacitação
técnica (COSTA, 1999).
Além da capacitação do conhecimento pessoal, têm-se os desafios a serem
vencidos como: sanidade do rebanho, qualidade do leite produzido, produtividade por
área e por animal, alimentação do rebanho, principalmente nos períodos de escassez,
gestão da atividade e pluralidade dos sistemas de produção na diversidade do clima,
vegetação, enfim, os biomas do País (ZOCCAL et al., 2011).
Diante contexto supracitado, destaca-se uma destas tecnologias que vem mudando
o cenário da pecuária leiteira no País, o Programa Balde Cheio. Este Programa promove
o desenvolvimento da pecuária leiteira com base na transferência de tecnologias,
transformando pequenas propriedades leiteiras em Unidades de Demonstração, onde a
comunidade aprende técnicas sustentáveis para aumentar a produção de leite, visando a
capacitação de técnicos de extensão rural e produtores, promovendo a troca de
informações sobre as tecnologias aplicadas regionalmente e monitorando os impactos
sociais, econômicos e ambientais nos sistemas de produção (ALVES et al., 2010).
Sob estas perspectivas, o presente trabalho tem como objetivo analisar a
importância do Programa Balde para os agricultores familiares da cidade de
Virginópolis, Minas Gerais. Para tanto, utilizou-se da aplicação de um questionário
socioeconômico (ANEXO I), composto por quatorze questões, voltadas para a descrição
das características dos produtores, como o nível tecnológico, a renda e as formas de
produção e gestão, buscando obter dados para identificação dos fatores intervenientes
nas unidades produtoras de leite.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 PROGRAMA BALDE CHEIO
O Programa foi iniciado por pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste, mais
precisamente em 10 de setembro de 1998, sua ação inicial foi a primeira visita a campo,
ocorrida na cidade paulista de Jales, em parceria com técnicos da Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral (CATI). Com essa primeira iniciativa buscou promover a
transferência de tecnologia para as propriedades, tornando-as capazes de realizar uma
produção intensiva de leite a partir da capacitação de profissionais (CAMARGO, 2011).
Até chegar ao que é hoje, o Programa Balde Cheio passou por inúmeras
denominações para o dentre elas “Projeto de Agricultura Familiar – Leite”, em seguida:
“Projeto de Viabilidade Leiteira em Propriedades Familiares”, “Projeto de Viabilidade
da Produção de Leite em Pequenas Áreas” e “Projeto de Viabilidade da Produção de
Leite em Pequenas Áreas de Propriedades Familiares”, por fim a denominação
“Programa Balde Cheio ” (CAMPOS et al., 2009).
O crescimento do projeto alavancou em nível nacional em meados de 1998, no
estado do Rio de Janeiro (RJ). Em 2006, houve sua implantação em 348 municípios
brasileiros, distribuídos em 09 estados. No ano de 2009 o projeto já estava presente em
mais de 3000 propriedades, distribuídas em 15 estados brasileiros. Até o ano de 2010 já
eram mais de 22 estados com a aderência ao projeto. No ano de 2012 o projeto já estava
presente em praticamente todo território nacional (ALVES et al., 2010).
O projeto Balde Cheio tem como objetivo principal a sustentabilidade econômica,
ambiental e social e o resgate da autoestima do produtor de leite. Envolvendo a
aplicação de um conjunto de tecnologias e técnicas de gestão de propriedade, ampliando
o potencial de produção de cada sistema, aliado ao processo de treinamento e
capacitação dos técnicos de extensão e dos produtores rurais atendidos. Este Programa
tem parceria com diferentes entidades, como órgãos de assistência técnica, prefeituras
municipais, instituições de ensino e pesquisas, cooperativas e laticínios, além de
instituições de fomento e capacitação.
O Balde Cheio adota uma metodologia inovadora, onde uma propriedade leiteira
de cunho familiar é utilizada como "sala de aula prática", com as finalidades de reciclar
o conhecimento de todos os envolvidos (pesquisadores, técnicos e produtores) e, ao
mesmo tempo, servir como exemplo, ao demonstrar a viabilidade técnica, econômica,
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social e ambiental da produção de leite neste tipo de estabelecimento (CAMARGO,
2011). Mantendo um diálogo aberto entre especialistas (técnicos, agentes de empresas
privadas e colaboradores) e produtores rurais para que se possa atingir os objetivos
propostos.
Para a adesão da propriedade ao programa segue-se um perfil: propriedade de
pequeno porte (a partir de 0,5 hectares), atividade leiteira como principal fonte de renda
e cunho familiar. Após a seleção por perfil, a propriedade deve ser aprovada pela equipe
do projeto, tendo como fator relevante a resposta de um questionário por parte do dono
da propriedade. O questionário viabiliza uma análise inicial das principais condições:
sistema de produção, situação socioeconômica da família e características ambientais.
Transcorrida esta etapa, a propriedade passa a ser chamada de Unidade de
Demonstração (UD), passando a ser considerada uma “sala de aula prática”.
2.2 AGRICULTURA FAMILIAR
A Agricultura Familiar é a principal responsável pela comida que chega às mesas
das famílias brasileiras, correspondendo cerca de 70% dos alimentos consumidos em
todo o País. Teve a sua consolidação intensificada nas últimas décadas, devido os
avanços promovidos pelas políticas públicas integradas de fortalecimento do setor. Na
Agricultura familiar a gestão da propriedade é compartilhada pela família e a atividade
produtiva agropecuária é a principal fonte geradora de renda e o agricultor familiar tem
uma relação particular com a terra, seu local de trabalho e moradia (BUAINAIN, 2006).
O modelo de agricultura familiar tem como característica marcante a relação íntima
entre trabalho e a gestão, sendo um processo produtivo que depende do proprietário com
ênfase na diversificação e durabilidade dos recursos, na utilização do trabalho
assalariado em caráter complementar e a tomada de decisões imediatas, ligadas ao alto
grau de imprevisibilidade do processo (FAO/INCRA, 1994).
Segundo dados do Censo Agropecuário de 2009, 84,4% do total dos
estabelecimentos agropecuários brasileiros pertencem a grupos familiares de pequeno
porte, ocupando hoje papel decisivo na cadeia produtiva que abastece o mercado
brasileiro: mandioca (87%), feijão (70%), carne suína (59%), leite (58%), carne de aves
(50%) e milho (46%). A agricultura familiar possui, portanto, importância econômica
vinculada ao abastecimento do mercado interno e ao controle da inflação dos alimentos
consumidos pelos brasileiros.
14
Diante desta perspectiva, o desenvolvimento rural, representa uma tentativa de ir
além da modernização técnico-produtiva, apresentando-se como uma estratégia de
sobrevivência das unidades familiares, que buscam sua subsistência, sendo um modelo
não mais do agricultor-camponês, mas o do agricultor-empresário, que domina
tecnologias, toma decisões sobre o modo de produzir e trabalhar (SCHNEIDER, 2003).
2.3 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE VIRGINÓPOLIS
O Município de Virginópolis-MG, localiza-se na Região Centro nordeste de Minas,
Vale do Rio Doce, com uma Extensão territorial de 439,87 km², contando com uma
população de aproximadamente 10.572 habitantes, sendo que 4364 residem no meio
rural. A população urbana é de 6208 e o IDHM = 0,675. No que se refere à agricultura,
destaca-se a produção de milho (área de 2000 hectares), feijão (área de 700 hectares,
cana-de-açúcar em área de 600 hectares (tanto para produção de cachaça, rapadura
quanto para alimentação animal), café (área de 170 hectares) banana (área de 50
hectares), goiaba (área de 5 hectares), tomate (área de 25 hectares) juntamente com a
pecuária de leite ( produção de aproximadamente 10 milhões de litros ano) e corte.
A agricultura familiar de Virginópolis-MG é bastante consolidada, com uma
produção bastante diversificada, possibilitando o agricultor familiar continuar no meio
rural principalmente pelos Programas de incentivo ao homem do campo, buscando
sempre a sustentabilidade. A organização rural é fator primordial para o
desenvolvimento de ações que tem permitido o uso racional do solo com explorações de
alguns produtores que geram emprego e renda, como é o caso da Goiaba, Tomate,
Inhame, Jiló, e em maior quantidade o leite. A maior produção de leite tem como
destino a cooperativa dos produtores rurais de Virginópolis e região que recolhe o leite e
o armazena para que depois seja transportando a outros centros ou a outras empresas
compradoras de leite (SEMAM, 2016).
2.4COOPERATIVA
No dia vinte e sete do mês de maio de 1965, na cidade de Virginópolis - MG, um
grupo de 65 produtores rurais, reuniram-se na sede social do Clube Recreativo de
Virginópolis estado de Minas Gerais, e fundaram a Cooperativa dos Produtores Rurais e
Hortigranjeiros de Virginópolis Ltda.– COOPROVI, visando encontrar uma melhor
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forma para comercializar o queijo, eliminando assim a figura dos atravessadores e
assegurando aos cooperados a venda do seu produto a um preço mais justo.
Apesar do receio de alguns produtores a cooperativa deu início as suas
atividades no dia 13 de Julho de 1965, sendo composto por um Diretor-Presidente, um
Administrador Financeiro e um Diretor Comercial. Um dos primeiros passos da
COOPROVI foi à venda direta do seu produto numa banca no mercado central em Belo
Horizonte e a instalação de um armazém em suas dependências.
A princípio a cooperativa alugou um imóvel localizado na Rua São José, 205,
que quatro anos mais tarde foi comprado pela mesma para sediar as suas atividades.
Com a instalação de uma filial da Itambé no município de Guanhães e as exigências
relacionadas à qualidade do queijo, inúmeros cooperados passaram a deixar de lado a
produção de queijo e passaram a comercializar o leite diretamente com a Itambé, dando
inicio aos dias negros da cooperativa.
De 1994 a 1997, viveu a cooperativa seus piores momentos, uma vez que não
tinha mais queijo e nem tinha adaptado suas instalações para comercializar o leite. Este
foi seu momento crucial, mas uma coisa a cooperativa não perdeu, que foi a disposição
de seus líderes produtores de lutar pela mesma, e sempre com muito sacrifício,
dignidade e seriedade. Coincidentemente nessa mesma época, viveram os produtores
rurais, seus piores momentos e em franca decadência.
Em 1998 a Cooperativa dos Produtores Rurais de Virginópolis Ltda. fechou uma
parceria com a Cooperativa Agropecuária do Vale do Rio Doce Ltda. - IBITURUNA,
parceira esta que vigora até os dias atuais, realizando sua primeira entrega de leite no
dia 15 de maio de 1998, no total de 1.200 litros de leite e que hoje passa de 18.000L, já
tendo batido no teto de 25.000L. Assinou convênio com o PRONAF e conseguiu
financiamento junto ao FINAME para aquisição de dois tanques de 5000L para
resfriamento de leite. Logo, a partir deste ano a cooperativa passou por um processo de
reestruturação, dando início ao saneamento financeiro, tributário, previdenciário e
fiscal.
A partir do ano de 2000, a COOPROVI fechou um segundo convênio com o
PRONAF, para aquisição da caldeira e um tanque de 2.000 L para resfriamento de leite,
além disso instalou uma fábrica de ração, moinho e misturador de ração e deu inicio a
reforma e a ampliação do galpão, reforma geral das instalações da sede, construção da
sala de reuniões, reforma e ampliação das instalações do posto de recebimento de leite,
inclusive com a aquisição de um resfriador de placas.
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3 MATERIAL E MÉTODO
3.3 INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS
Esta pesquisa foi feita com 10 propriedades rurais inseridas no Programa Balde
Cheio do município de Virginópolis, MG, região Leste do Estado de Minas Gerais. As
informações coletadas por meio de aplicação de questionário (ANEXO I) constituíram
uma base de dados através da qual se pretendeu analisar a importância do Programa
estudado, com foco na realização da atividade leiteira. Vale ressaltar, que neste estudo
foi analisada apenas a atividade supracitada, pois é sabido que de acordo com a
definição de agricultor familiar, este possui outras fontes de renda. Os nomes e
propriedades fotografadas dos produtores preservados e estes foram identificados
Agricultor 1(A1), Agricultor 2 (A2) e assim por diante até o Agricultor 10 (ANEXOII).
Estes produtores foram escolhidos por uma lista obtida na Cooperativa de
Produtores de Leite e na Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de
Virginópolis. O critério utilizado para a seleção foi que o agricultor familiar possuísse
atividade leiteira como a principal ou pelo menos a segunda atividade produtiva.
Para compreender a dinâmica da produção do agricultor na atividade leiteira,
algumas questões foram levantadas, entre elas: tempo de adesão ao Programa, volume
diário de produção, aumento da renda após adesão, composição do grupo familiar,
existência ou não de outras atividades na propriedade, dentre outras. Indagações estas
usadas para verificar se esses produtores estão preparados para o mercado atual, no que
se refere à adoção da gestão da qualidade objetivada pelo Programa. Posteriormente, os
dados foram tabulados e analisados com base na interpretação das respostas do
questionário e complementada com pesquisa de referenciais teóricos.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pesquisa sobre a importância do Programa Balde Cheio, possibilitou uma visão
positiva para os elementos envolvidos no processo, pois vem resgatar um elemento
fundamental da condição humana: a esperança. Os resultados observados trazem teor
quantitativo, demonstrando o crescimento do negócio leiteiro e, mais especificamente,
da atividade agrícola voltada para a produção láctea, confirmando sua viabilidade. No
entanto, somente com dados quantitativos, gráficos, demais recursos não se podem
contemplar o fator humano, a subjetividade qualitativa, as complexidades de relações da
tão discutida de qualidade de vida. Ressaltando que o objetivo deste estudo foi
proporcionar uma visão sistêmica da produção do leite de alguns agricultores familiar
inseridos no Programa.
Em virtude da crescente modernização das atividades agrárias, consequente
exigência de maior qualidade e padronização dos processos envolvidos na produção
láctea, as propriedades rurais familiares percebem a necessidade de realizar mudanças,
pois os demais agentes da cadeia ampliam o nível de qualificação para os que almejam
manterem-se competitivos na atividade leiteira. Neste contexto, as características do
município de Virginópolis-MG colaboram para destacá-lo nos seguintes pontos:
incidência de minifúndios (propriedades com menos de 20 ha), topografia de relevo
ondulado, sistema de produção de cunho familiar, diversidade étnica e cultural, presença
de novas plantas industriais vinculadas a produção leiteira e um forte mercado receptor
da produção.
Sam (2013), explica que para promover o crescimento da bacia leiteira da região do
município de Virginópolis-MG, a metodologia inovadora do Programa Balde Cheio
deseja viabilizar melhorias na condição socioeconômica dos produtores rurais de leite.
Dentre os pontos idealizados pelo projeto estão: maior produtividade, melhoria das
condições de produção, melhoria da qualidade de vida e elevação da autoestima do
produtor rural. Dentre os pontos afins com o Programa, a realidade do município
demonstra o combate ao êxodo rural, à busca por melhorias nas condições de trabalho
dos agricultores e a ampliação da renda com o agronegócio.
18
4.1 PERFIL DO PRODUTOR E DAS PROPRIEDADES
No universo do município, Sam (2017), destaca que os micros e pequenos
produtores, representam 95% (noventa e cinco por cento) do total de propriedades, que
em 75% (setenta e cinco por cento) dos casos possuem uma produção diária menor que
10 (dez) litros de leite. Com o Programa Balde Cheio os produtores de leite do
município podem aumentar o retorno sobre o investimento na atividade leiteira, tendo
uma perspectiva de dobrar, triplicar ou quadriplicar a produção.
Verificou-se na entrevista que a maioria dos produtores é do sexo masculino,
entre 31 a 40 anos, seguido da faixa entre 41 a 50 anos. A faixa etária dos chefes de
família é elevada, chegando a 51 anos para os produtores homens e a 39 anos para as
mulheres. Percebe-se um grande número de filhos maiores de doze anos.
Notou-se também que 100% das propriedades são administradas pelos próprios
donos, que, junto com a família, executam a maioria das atividades agrícolas, pelas
quais essas unidades produtivas são caracterizadas como unidades de produção e
consumo. A composição média das famílias é de três pessoas por propriedade, um fator
limitante no que diz respeito à disponibilidade de mão de obra na unidade produtiva, um
dos motivos pelos quais os pequenos produtores recorrem a terceiros para auxiliar nas
atividades.
Quanto à área utilizada para a produção, a maioria gira em torno de 1 a 2
hectares de área total da propriedade.
Na pesquisa, observou-se que maioria dos produtores são associados da
COOPROVI, onde é destinada a produção leiteira. Os produtores em geral têm baixa
escolaridade: quatro têm o primeiro grau incompleto; três, o segundo grau incompleto; e
um, o ensino superior incompleto, e a maior parte deles não busca este tipo de
informação.
O sistema gerencial da propriedade é bem acompanhado pelos técnicos, uma vez que
há controle rígido das despesas e receitas das atividades desenvolvidas na propriedade.
No processo de gestão, Canziani (2001) afirma que “o produtor considera,
simultaneamente, as necessidades de investimento e manutenção na propriedade e as
necessidades de consumo da família”. Vale ressaltar que à medida que o agricultor vai
tendo experiência com o Programa, vai ficando mais fácil observar onde há maior gasto
para produção, se há aumento da lucratividade, aumentando assim as chances de
crescimento e desenvolvimento da produção.
19
Os produtores têm larga experiência com pecuária leiteira, sendo uma atividade
passada por descendência, onde avós faziam os pais continuaram e assim
sucessivamente apresentando em média de 10 a 15 anos de experiência acumulada na
produção , conservando as técnicas de produção aprendidas com seus pais, avós, etc.
Antes da adesão ao Programa praticamente nenhum produtor se preocupava em inovar o
processo de produção leiteira. Além disto, todos os entrevistados alegaram dificuldade
de se ausentar da propriedade, pois todo o processo produtivo depende deles.
Quanto a cursos e treinamentos, todos acharam importante fazê-los, pois com
este tipo de informação conseguiriam melhorar a produção, diminuindo o impacto no
meio ambiente, sendo uma das fontes de capacitação acessível e mais comum para a
família rural, o SENAR e/ou IFMG, que uma das alternativas para adquirir as
competências que lhes permitiriam eliminar as principais deficiências nos aspectos
tecnológicos, gerenciais e organizacionais das distintas etapas do processo produtivo.
Segundo Oliveira (2003), as instituições responsáveis pela capacitação dos produtores
rurais não vêm cumprindo a importante função de emancipar esse ator social pelo fato
de seus métodos e conteúdos ainda serem disfuncionais e inadequados às necessidades
produtivas e familiares do meio rural.
Quanto à tomada de decisões, ou seja, em geral os produtores levam em
consideração o comportamento da demanda. Decidindo de acordo com o mercado em
consenso com os técnicos do Programa. No quesito qualidade, todos os produtores se
preocupam com a mesma, que é afetada por cada etapa do manejo.
De acordo com a pesquisa, todas as propriedades dispõem de energia elétrica.
No que se refere aos meios de comunicação mais utilizados pelas pessoas da
comunidade, o rádio vem em primeiro lugar, seguido da televisão e, por último, do
telefone, algumas dispõe de telefonia rural e móvel.
Diante das informações apresentadas pela entrevista, percebeu-se que a
produção rural familiar dos agricultores estudados se apresentou de forma homogênea
em relação à quantidade e qualidade da produção, porém complexa no que tange à
capacidade de adaptação aos aspectos exigidos pela gestão da qualidade no mercado
atual.
E em relação às perspectivas futuras dos agricultores, pôde-se perceber também,
nestas projeções futuras, o desejo dos participantes de crescer, se desenvolver e,
principalmente, melhorar a qualidade de vida da família e da comunidade a qual
pertence.
20
4.2 ANÁLISE GERAL DOS DADOS
Na análise geral dos dados, os aspectos relatados pelos agricultores (A1 a A10)
são apresentados a seguir de acordo com os gráficos 1, 2, 3 e 4, apresentando pontos
relevantes quanto a gestão da qualidade (inovação, produtividade, capacidade e
qualidade)
Em relação ao tempo de adesão ao Programa 41% dos entrevistados possuem
mais de três anos. Nota-se que 38% estão inseridos a mais de dois anos, 13% até 2 anos
e 8% menos de 1 ano de acordo com o gráfico 1. Sendo assim, observou-se que a
experiência e a permanência no Programa, aliados ao tempo e aos conhecimentos
adquiridos ao longo dele são de suma importância no desenvolvimento do processo
produtivo.
GRÁFICO 1: Tempo de adesão ao Programa
O relacionamento do técnico com as famílias é fundamental para êxito do
Programa e quanto mais próximo for esta relação, melhor a comunicação, o
envolvimento com o trabalho e eficiência do mesmo, além de ser vital o crescimento e
desenvolvimento do mesmo. Percebeu-se que 57% dos entrevistados tem um bom
relacionamento com os técnicos. Um dado interessante na entrevista foi que nenhum
dos produtores achou o trabalho e o relacionamento com o técnico excelente. Esse fato
pode ser devido à taxa elevada de rotatividade dos técnicos que justifica também os
33% que acham assistência técnica mais ou menos.
8%
13%
38%
41%menos de 1 ano
de 1 a 2 anos
de 2 a 3 anos
mais de 3 anos
21
GRÁFICO 2: Relacionamento entre o técnico e a família.
0%
57%33%
10%
exelente
bom
mais ou menos
ruim
Em relação à produtividade após a adesão ao Programa, 70% dos entrevistados
tiveram sua produção aumentada de 50 kg a 100 kg de leite/dia, variando pra mais ou
pra menos de acordo com a margem de erro, havendo assim um retorno considerável do
investimento. E com isso houve um aumento da renda desses produtores em 43% dos
entrevistados e que cerca de 53% notaram que sua renda foi dobrada após 3 anos de
inserção no Programa .
GRÁFICO 3 A: Renda após um ano de adesão ao projeto.
GRÁFICO 3 B: Renda após três anos de adesão ao projeto.
53%
20%
27%
0%
DOBROU
TRIPLICOU
MAIS QUE TRIPLICOU
Fatia 4
22
Sob o ponto de vista de cursos e a qualificação dos produtores podem se dizer que
a sua maioria possui algum curso de qualificação, representando 57%. Uma vez que
20% dos proprietários possui curso de qualidade, 20% possui curso de controle
higiênico sanitário, 35% possui curso de boas práticas e 25% possui curso de
gerenciamento além do Programa. Observou-se também que a adesão ao Programa
incentivou os produtores a buscar mais qualificação.
GRÁFICO 4: Cursos de qualificação.
A variável nível de escolaridade na demonstra que 4% dos entrevistados
possuem o nível superior completo, 2% superior incompleto, 35% o ensino médio
completo, 26% ensino médio incompleto, 2% ensino fundamental completo, 29%
ensino fundamental incompleto e 2% são analfabetos.
GRÁFICO 5: Nível de escolaridade dos entrevistados do município de Virginópolis-
MG
23
Em relação ao perfil da propriedade 66% dos entrevistados possuem área
própria, 29% arrendada e 5% alugadas; sendo em área territorial de 27% inferior a 1 ha,
42% de 1 a 2 ha e 31% dos entrevistados de 2 a 3 ha. E o estado civil dos produtores
pode ser representado por 88% casados, 10% solteiros e 2% divorciados.
24
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos resultados apresentados neste estudo percebeu-se que o Programa
Balde Cheio modificou a realidade das unidades de produção familiar das propriedades
estudadas no município de Virginópolis/MG. Estas mudanças na vida dos produtores rurais
foram reais e expressivas, representadas pela melhoria das condições sociais (acesso a bens
e serviços, autoestima e qualidade de vida) e ampliação da riqueza gerada nas propriedades
(valor agregado).
A pesquisa gerou algumas contribuições que podem ser visualizadas sob três
frentes: para a academia, para os produtores e para as políticas públicas. Em relação à
academia estimular outros pesquisadores investigar de modo mais apurado as falhas na
logística que ainda são cometidas pelos produtores. A segunda foi contribuição deste
estudo para os produtores, técnicos e governantes do referido munícipio. A terceira
relaciona-se com políticas públicas voltadas para os produtores familiares, de modo a
contribuir para transformações do agronegócio brasileiro.
25
REFERÊNCIAS
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O. Sistema intensivo de produção de leite para a região de Brasília – DF. Coronel
Pacheco: Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite, 1982. 38 p.
ASSIS, A. G. & Outros. Sistemas de produção de leite no Brasil. Juiz de Fora (MG):
Embrapa Gado de Leite. Circular Técnica 85. Dezembro, 2005.
BRESSAN, M.; MARTINS, C. E.; VILELA, D. (ed.). Sustentabilidade da pecuária
de leite no Brasil. 2000, Goiânia, 2 Simpósio, Anais... Juiz de Fora:Embrapa Gado de
Leite, Goiânia: CNPq/Serrana Nutrição Animal. 2000.
BUAINAIN, A. M.; em colaboração com SOUZA FILHO, H. M. de. Agricultura
familiar, Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável: Questões para Debate. 1. ed.
Brasília: IICA, 2006.
CAMARGO, A.C. Integração Viabiliza Atividade. Revista Balde Branco, ano 47, n.
563, Set. 2011.
CANZIANI, J.R.F. Assessoria a produtores rurais no Brasil. Tese (Doutorado)
Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada. Escola Superior de Agricultura
“Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. São Paulo, Piracicaba, 2001.
COSTA, J. L. da. Sistema intensivo de produção de leite com gado mestiço
Holandês x Zebu. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 1999.
EMBRAPA. Gado de leite. 2. ed. rev. atual. Brasília, DF: Embrapa Informação
Tecnológica, 2015. Disponível em: <http://manual.sct.embrapa.br/editorial/default.jsp>
Acesso em: 20 maio. 2017.
EMBRAPA. Manual de editoração. 2. ed. rev. atual. Brasília, DF: Embrapa
Informação Tecnológica, 2013. Disponível em:
<http://manual.sct.embrapa.br/editorial/default.jsp> Acesso em: 16 maio. 2017.
FAO/INCRA. Diretrizes de Política Agrária e Desenvolvimento Sustentável. Brasília,
Versão resumida do Relatório Final do Projeto UTF/BRA/036, março, 1994
GOMES, M.E.S.; ANTONIALLI, L.M.; COSTA, C.C. Caracterização dos
produtores rurais de minas gerais ofertantes da CEASA - BH. 2013.
IBGE. Censo Agropecuário 2006: Agricultura Familiar – Primeiros Resultados.
Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Rio de Janeiro, 2009b.
OLIVEIRA, A. Umbelino de. Agricultura brasileira: transformações recentes. IN:
ROSS, Jurandyr L. Sanches (org.). Geografia do Brasil. 4 ed. São Paulo: EdUSP, 2003.
26
SAM. Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente. Prefeitura Municipal de
Virginópolis, 2017.
SCHNEIDER, S. Desenvolvimento Rural Regional e articulações extra regionais. In:
ANAIS DO I FÓRUM INTERNACIONAL: TERRITÓRIO, DESENVOLVIMENTO
RURAL E DEMOCRACIA. Fortaleza - CE, 16 a 19 de novembro 2003.
ZOCCAL, R.; SOUZA, A. D.; GOMES, A. T.; LEITE, J. L. B. Produção de leite na
agricultura familiar. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA,
ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 42., 2004b, Cuiabá.
27
ANEXO
ANEXO I
Instituto Federal Minas Gerais – campus São João Evangelista Pós-Graduação
Latu Sensu
Pesquisa com os produtores rurais do município de Virginópolis /MG
Nome (Proprietário):____________________________________________
Apelido:_____________________________________________________
Endereço:___________________________________________________
Ponto de Referência: __________________________________________
Família
1 Integrantes da Família
Nome
Escolaridade
Idade
Parentesco
Estado Civil
Função na
Fazenda
Renda
2 Fonte de Renda
( ) Agricultura
( ) Pecuária
( ) Agricultura e pecuária
( ) Emprego
( ) Aposentadoria
( ) Bolsa família
( ) Renda de outros membros da família. Faixa salarial _______________
2.1Renda ( ) menos de 1 salário mínimo (sm)
( ) 1a 2 (sm)
( ) 3 a 5 (sm)
( ) mais de 5 (sm)
3. Área
( ) < 3ha ( ) 3 a 5 ha ( ) 5 a 10 ha
4. Habitação:
( ) arrendada ( ) alugada ( ) própria ( ) outros ____________________
5.Pertence a alguma associação
( ) Sim ( ) Não
28
6 Pertence ao sindicato
( ) sim ( ) Não Se não, porquê?
7 O sr.(a) tem algum tipo de apoio técnico?
( ) sim ( ) não. Se sim, qual?_____________________
8 A quanto tempo você aderiu ao Programa Balde Cheio
( ) menos de 1 ano
( ) de 1a 2 anos
( ) de 2 a 3 anos
( ) mais de 3 anos
9 Relacionamento entre a família e os técnicos
( ) excelente
( ) bom
( ) mais ou menos
( ) ruim
10 Qual volume da produção leiteira
( ) menos de 50 litros
( ) de 50 a 100 litros
( ) de 150 a 200 litros
11 Após entrar no projeto sua qualidade de vida melhorou?
( ) sim
( ) não
12 Você recomendaria alguém partipar do Programa
( ) sim
( )não
13 Após a adesão sua renda
( ) piorou
( ) melhorou
( ) não respondeu
29
( ) continuou a mesma
14 Quais os problemas enfrentados no processo de adesão ao Programa.
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
30
ANEXO II
AGRICULTOR 1
AGRICULTOR 2
31
AGRICULTOR 3
AGRICULTOR 4
32
AGRICULTOR 5
AGRICULTOR 6
33
AGRICULTOR 7
AGRICULTOR 8
34
AGRICULTOR 9
AGRICULTOR 10