TRABALHOS APROVADOS
NÚMERO DO PAINEL: 1
Temário: Base de crânio
Título: RESSECÇÃO ENDOSCÓPICA EM DOIS CASOS DE OSTEOMAS CRANIOFACIAIS
Instituição: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ
Autores: Angelo Guarçoni Netto; Leandro Ribeiro Chiarelli; Pedro Nunes Boechat; Jordan
Camara Moura; Carlos Eugênio Monteiro de Barros;
Resumo:
Osteomas account for 1 - 2 % of all bone masses, and occur almost always in the craniofacial
bones. It is considered the most common primary skull neoplasia. Many are unnoticed and the
true incidence is probably higher. They have a preference for young females and are found
usually as single lesions in the frontal sinus. Other usual locations are the ethmoid, maxilla and
sphenoid bones. Less common sites are the calvaria and the mandible. Objectives: To describe
two patients with osteomas under very different situations, as concerns to its locations, sizes,
anatomic relations and surgical risks. Methods: A young man of 21 yo, with a small lesions in the
sphenoid bone, in close relation to the carotid; and a young girl, with a displacement of one eye
and a huge mass in the medial wall of the right orbit. Both where submitted to purely endoscopic
resection of the masses. Results: Total endoscopic resection where achieved, without any
complications, and a excellent plastic result in the young female patient. Conclusions: Although
rarely found in the nasal cavities, osteomas are benign lesions that may occur in unusual places,
and considering there osseous resistance, they may pose extreme difficulties during resection.
Tiny drills, endoscopic close up visualizations, patience and team work are indispensable.
NÚMERO DO PAINEL: 2
Temário: Coluna
Título: ARTRODESE CERVICAL POSTERIOR COM FIXAÇÃO C1-C2-C3 PARA UM CASO DE
SUBLUXAÇÃO ATLANTOAXIAL ANTERIOR RELACIONADA A ARTRITE REUMATÓIDE
Instituição: FAMERP
Autores: Fernando Seiji Suzuki; Lucas Crociati Meguins; Eduardo Cintra Abib; Linoel Curado
Valsechi; Filipe Guirelle Silva;
Resumo:
INTRODUÇÃO: O envolvimento da coluna cervical em pacientes acometidos pela artrite
reumatóide (AR) tem sido relacionados desde o século passado com diversos achados
patológicos sendo o mais característico as lesões por subluxações. OBJETIVO: Ilustrar o caso de
uma paciente de 62 anos com antecedente de AR apresentando quadro de dor cervical
refratário e enfraquecimento dos membros superiores e inferiores de quatro meses de
evolução. O exame de imagem complementar demonstrava a instabilidade cervical por
subluxação atlantoaxial anterior. MÉTODO: Variadas técnicas são atualmente propostas para o
tratamento cirúrgico desta condição, elegemos para este caso em particular a artrodese via
posterior C1-C2-C3 com fixação por parafusos transpediculares C1-C2 e massa lateral de C3.
RESULTADO: A paciente evoluiu com melhora importante da dor e parcialmente do deficit motor
recebendo alta no terceiro dia de pós operatório. CONCLUSÃO: A indicação e a técnica cirúrgica
utilizada se mostrou satisfatória dada as variadas opções terapêuticas descritas para este
acometimento vertebral.
NÚMERO DO PAINEL: 3
Temário: Coluna
Título: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE TUMORAÇÃO CERVICAL ALTA COM SINTOMATOLOGIA
DE PROTRUSÃO DISCAL
Instituição: FACULDADE ASSIS GURGACZ
Autores: Claudia Zanatta; Daiany Villar da Silva; João Luis Corso Bandeira; Cleiton Schweitzer
Peron; Antonio Carlos de Andrade Soares;
Resumo:
Introdução: Os tumores em região cervical alta, muitas vezes, são de difícil diagnóstico, uma vez
que a compressão do canal medular pode levar o paciente a apresentar sintomas não
específicos. A literatura relata que os principais sintomas são déficit motor e dor radicular, o que
pode confundir com protusão distal. Objetivos: Apresentar diagnóstico diferencial de tumoração
cervical alta com sintomatologia de protrusão discal. Método: estudo de caso de uma paciente
com tumoração cervical alta, à nível de C1-C2, avaliando a clínica, imagens pré e
transoperatórias, mostrando a disposição do tumor. Resultados: mulher, 72 anos, avaliada
ambulatorialmente com queixa de cefaleia em região cervical alta e dor difusa inespecífica que
iniciaram há aproximadamente um ano. A dor cervical, localizada principalmente em lado
esquerdo, tinha irradiação para o membro superior do mesmo lado, mas sem padrão radicular.
De patologias pregressas, tinha diabetes, dislipidemia, hipertensão e depressão, todas em
tratamento. Ao exame físico, marcha claudicante, sem alterações de nervos cranianos,
hiporreflexia global (+/++), sem sinais de liberação piramidal e força grau IV em membro
superior esquerdo. Paciente traz Tomografia Computadorizada de crânio prévia, sem alterações
significativas. Solicitado Eletroneuromiografia, que mostrou polineuropatia diabética. Iniciado
tratamento com Duloxetina 60mg/dia. Após dois meses, paciente retorna com queixa de piora
de força em dimídio esquerdo, associada com piora da dor em coluna cervical. No exame físico
apresentava piora da força em membro inferior esquerdo (grau IV) e em membro superior
esquerdo. Os reflexos foram testados e se mostraram da seguinte forma: +/++ bíceps e tríceps
esquerdos; 0/++ patelar e Aquileu esquerdos; cutâneo plantar em extensão à esquerda. Desta
vez, solicitou-se Ressonância Nuclear Magnetica de crânio que evidenciou lesão solida
intracranial, extra-axial, localizada abaixo do forame magno, paramediano à esquerda,
comprimindo e deslocando a medula espinhal para a direita, em contato com o segmento V4 da
vertebra esquerda, medindo 1,3x1,8cm. Realizada ressecção completa do tumor, que no
anatopatológico mostrou ser meningioma meningoteliomatoso. Conclusão: Levando em
consideração a grande frequência da sintomatologia de dor em membro superior é importante
ter em mente o diagnóstico diferencial, até mesmo os menos prováveis, principalmente nos
pacientes que não apresentam melhora clínica após tratamento correto.
NÚMERO DO PAINEL: 4
Temário: Coluna
Título: ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE FRATURAS
PATOLÓGICAS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE - FCM CG
Autores: Fellipe Almeida Lira; Amauri Pereira da Silva Filho; Igel de Souza Aquino; Ivanna Silveira
Santos; Ronaldo Barbosa de Farias Junior;
Resumo:
INTRODUÇÃO: As fraturas patológicas, fraturas decorrentes de condições que cursam com
redução da densidade óssea, seja ela secundária a doenças ósseas metabólicas ou até mesmo
idade avançada, são casos cada vez mais freqüentes na medicina ambulatorial e emergencial, a
necessidade de caracterização epidemiológica de tal evento se torna indispensável devido à sua
gravidade, principalmente, quando do acometimento da coluna vertebral, podendo cursar até
mesmo com síndrome medular grave. OBJETIVOS: Determinar o perfil epidemiológico dos
pacientes com fraturas patológicas da coluna vertebral em um hospital terciário. MÉTODOS:
Trata-se de um estudo retrospectivo, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa dos
dados de 18 prontuários de pacientes internados por fratura.da coluna vertebral no período de
janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Os dados foram coletados a partir de um formulário
padrão e organizados em planilha do Microsoft Excell 2007. RESULTADOS: O gênero feminino
foi predominante e representou 88,80% da amostra (n=16). A faixa etária mais prevalente foi
acima de 46 anos, 88,80% sendo oito casos da faixa de 46 a 60 e oito acima de 60; seguida pela
faixa de 21 a 45 anos com 11,1% (n=2) e nenhum caso em pacientes menores de 20 anos. Todos
os casos foram classificados na categoria A da AoSpine e se queixavam de dor no segmento
acometido. Segundo a classificação da Asia, 11,1% (n=2) dos pacientes foram classificados em
A; 22,2% (n=4) em D e 66,66% (n=12) em E. Dentre as patologias de base, a osteoporose foi a
mais prevalente (47,05%), seguida de lúpus eritematoso sistêmico (23,52), artrite reumatóide
(17,64%), esclerose sistêmica (5,88%), doença de Crohn e vasculite, cada uma representando
2,94%. Dezessete pacientes (94,44%) foram tratados cirurgicamente e apenas um clinicamente.
CONCLUSÃO: As fraturas de coluna vertebral foram mais prevalentes em mulheres e a maioria
dos pacientes acometidos tinham mais de 45 anos. Embora seja uma complicação grave, a
maioria evoluiu sem déficit neurológico residual.
NÚMERO DO PAINEL: 5
Temário: Coluna
Título: ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE TRAUMATISMO
RAQUIMEDULAR COM FRATURAS CERVICAIS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO
Instituição: FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Ivanna Silveira Santos; Amauri Pereira da Silva Filho; Igel de Souza Aquino; Fellipe
Almeida Lira; Ronaldo Barbosa de Farias Junior;
Resumo:
Introdução: O traumatismo raquimedular com fraturas cervicais é uma lesão que acomete
principalmente homens adultos, sendo a causa mais frequente acidentes motociclísticos. A
abordagem terapêutica do traumatismo raquimedular deve ser multidisciplinar e necessita de
grande atenção, devendo ser reconhecida precocemente. Objetivo: Determinar o perfil
epidemiológico das fraturas cervicais em um hospital terciário. Metodologia: Trata-se de um
estudo retrospectivo, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa dos dados de 20
prontuários de pacientes internados por fratura na coluna vertebral cervical no período de
janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Os dados foram coletados a partir de um formulário
padrão e organizados em planilha do Microsoft Excel 2007. Resultados: Pertenciam ao gênero
masculino 80% dos pacientes (n=16) e 20% (n=4) ao feminino. A faixa etária entre 20 e 45 anos
foi a mais acometida (50%) seguida por 6 (30%) casos abaixo de 20 e 2 (10%) casos acima de 60
anos, como também entre 46 e 60 anos. A lesão cervical baixa contabilizou 60% (n=12) dos
casos. Dentre as lesões cervicais altas, 62,5% (n=5) das fraturas estavam no processo odontóide
do áxis. Os acidentes motociclísticos foram a causa mais frequente (45%), seguidos por
acidentes de mergulho (20%), de carro (10%), queda de altura (10%), ferimento por arma de
fogo (10%) e atropelamento (5%). Sessenta por cento (n=12) dos pacientes foram classificados
como ASIA A, 30% (n=6) como ASIA D e 10% (n=2) como ASIA E. Treze pacientes (65%) foram
tratados cirurgicamente e sete (35%) clinicamente. Dentre as complicações clínicas, a infecção
urinária representou 60% (n=12) dos casos, seguida de 40% (n=8) de pneumonia, 20% (n=4) de
úlceras de pressão e 10% (n=2) de trombose venosa profunda. Conclusão: A fratura cervical é
um grave problema de saúde pública que sobrecarrega o sistema e acomete mais homens
economicamente ativos.
NÚMERO DO PAINEL: 6
Temário: Coluna
Título: ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE TRAUMATISMO
RAQUIMEDULAR EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DE REFERÊNCIA NA PARAÍBA
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Anne Jamille Ribeiro Sampaio; Amauri Pereira da Silva Filho; Miriam Lucia Galvão
Lucena; Larissa Pinto de Farias Tenório; Pammela Dayana L.C. Machado;
Resumo:
Introdução: Entende-se por Traumatismo Raquimedular (TRM) uma condição caracterizada por
lesão da medula espinhal de causa externa, podendo resultar em alteração na função motora,
sensitiva e autonômica, seja permanente ou temporária. No Brasil, não existem dados precisos
sobre sua incidência e prevalência, uma vez que o TRM não é uma condição sujeita à notificação
compulsória. Estudos como este são importantes, portanto, para a realização de medidas de
prevenção e preparação de recursos humanos e técnicos em serviços de referência ao
atendimento e tratamento. Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico dos pacientes com
fraturas da coluna vertebral em um hospital terciário no interior da Paraíba. Método: Trata-se
de um estudo retrospectivo, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa dos dados de
126 prontuários de pacientes internados por fratura na coluna vertebral, no período entre
janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Os dados foram coletados a partir de um formulário
padrão e organizados em planilha do Microsoft Excel 2007. Resultados: O gênero masculino foi
predominante e representou 73,02% da amostra (n= 92). A faixa etária mais prevalente foi de
20 a 45 anos com 48,41% (n= 61), seguida pela faixa de 46 a 60 anos com 24,60% (n= 31) e
maiores de 60 anos com 15,87% (n= 20). O mecanismo mais comum de lesão foi o acidente
motociclístico, presente em 34,92% (n= 44), seguido de queda de altura com 21,43% (n= 27) e
atropelamento com 10,32% (n= 13). Segundo a classificação ASIA, 38,09% (n= 48) dos pacientes
foram classificados em A; 5,55% (n= 7) em B; 5,55% (n= 7) em C; 14,28% (n= 18) em D e 36,51%
(n=46) em E. Da amostra, 79,36% (n= 100) foram tratados cirurgicamente. As complicações mais
comuns foram infecção do trato urinário, em 44,4% (n= 56); pneumonia nosocomial, em 19,84%
(n= 25) e úlcera de decúbito, em 19,05% (n= 24). A taxa de mortalidade geral foi de 8,73% (n=
11). Conclusão: As fraturas de coluna vertebral foram mais prevalentes em homens jovens,
economicamente ativos, vítimas de acidentes motociclísticos, associada à alta morbidade, longa
permanência hospitalar e incapacidade permanente para o trabalho.
NÚMERO DO PAINEL: 7
Temário: Coluna
Título: FRATURA DE CÔNDILO OCCIPTAL: RELATO DE CASO E REVISÃO CLÍNICA
Instituição: PUC-CAMPINAS
Autores: Telmo Augusto Barba Belsuzarri; Marianne Pozetti; Rui Meneses Ibiapina Coelho;
Maick Willen Fernandes Neves; João Flávio Mattos Araújo;
Resumo:
Introdução A fratura do Côndilo Occipital é uma afecção rara, ocorrendo usualmente em
traumas de grande energia, e atingindo com mais frequencia jovens vitimas de acidentes
automobilisticos. Constantemente associadas a traumas crânio-encefalicos, tais fraturas
caracterizam-se pela dificuldade diagnóstica quando recorremos apenas à radiologia
convencional, requerendo tomografia computorizada na maior parte dos casos. Tal condição
pode cursar com síndrome de pares cranianos, alem de déficits motores e sensitivos. Importante
atentar para a possivel instalação tardia dos deficits neurológicos, em decorrência da migração
do fragmento ósseo fraturado ou de formação do calo ósseo. Relatamos um paciente com FCO,
objetivando uma discussão mais detalhada sobre tal condição e suas possiveis implicações.
Objetivo Relatar o caso e apresentar revisão bibliográfica do tema, discutindo manejos clinicos
e cirurgicos. Método O paciente é um jovem de 21 anos, HDS, procedente de Campinas. Foi
admitido no PS do Hospital da Puc Campinas em abril de 2015 após acidente automobilistico,
em Glasgow: 6. Ao exame fisico apresentava-se com bacia estavel, multiplas escoriações na face,
alem de pupilas mioticas e não fotorreagentes. Após estabilização, foi realizada TC de crânio que
revelou fratura de regiao de forame magno e côndilo occiptal Tipo 3, com estenose do forame
e edema cerebral difuso. Foi entao Transferido para UTI, onde apresentou reversao parcial dos
deficts neurologicos após 20 dias de cuidados, optando-se assim por tratamento conservador
com colar cervical Philadelphia. Resultados: Trata-se de um relato de caso de um paciente com
fratura de côndilo occiptal do tipo 3, que foi tratado conservadoramente e com boa evolução
clínica. Conclusão: A fratura de côndilo occipital é um evento raro e que necessita de um estudo
radiológico avançado. A conduta para a fratura do tipo 3, geralmente é cirúrgica, no entanto em
alguns casos, a depender das condições clinicas do paciente, pode ser conservadora e com boa
evolução clínica.
NÚMERO DO PAINEL: 8
Temário: Coluna
Título: HÉRNIA DISCAL NA INFÂNCIA
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE - FCM CG
Autores: Fellipe Almeida Lira; Amauri Pereira da Silva Filho; Igel de Souza Aquino; Ivanna Silveira
Santos; Ronaldo Barbosa de Farias Junior;
Resumo:
INTRODUÇÃO: A hérnia discal (HD) é um processo em que ocorre a ruptura do anel fibroso, com
subseqüente deslocamento da massa central do disco nos espaços intervertebrais. É uma
patologia rara na infância e mais prevalente em meninos. (74,2%), sendo a principal causa
associada o trauma (69,5%). A apresentação clínica é marcada por sintomas leves e sinais físicos
graves. Em até 92% dos casos apenas um disco é acometido. OBJETIVO: Relatar o caso de hérnia
discal em uma criança. MÉTODO: Relato de caso. RESULTADO: M.E.P.L., gênero feminino, 10
anos e com histórico de hipóxia perinatal leve. Há 6 meses passou a apresentar lombalgia
discreta, sem necessidade de intervenções, sucedida por dor radicular moderada no território
de L5-S1. Ao exame, marcha claudicante, hiporreflexia patelar e aquiliana, paresia (grau IV) e
atrofia muscular em membro inferior direito. A ressonância magnética demonstrou protusão
discal posterior central em L5-S1 associada à discreta protrusão discal lateroforaminal à
esquerda em L4-L5. A eletroneuromiografia foi compatível com radiculopatia L4-L5 e L5-S1. Foi
realizada microdisscetomia simples associada a hemilaminectomia. A paciente evoluiu sem
queixas álgicas, porém permaneceu com alteração no padrão da marcha. CONCLUSÃO: Além de
se tratar de uma entidade rara nesta faixa etária, a HD está, no início da história natural,
associada a queixas inespecíficas e de difícil reprodutibilidade para as crianças, fatos que
culminam no retardamento do diagnóstico e, consequentemente, na instituição da terapêutica
adequada. Embora seja infreqüente, esta hipótese diagnóstica deve ser aventada sempre que
crianças apresentarem dor lombar e/ou dificuldade na deambulação.
NÚMERO DO PAINEL: 9
Temário: Coluna
Título: MANEJO DA INFERTILIDADE PÓS TRAUMA RAQUIMEDULAR COM O USO DE TERAPIA
HIPERBÁRICA EM RATOS
Instituição: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
Autores: Asdrubal Falavigna; Fábio Firmbach Pasqualotto; Elisa Braun Rizkalla; Francine;
Manuela Figueiró;
Resumo:
Introdução: O trauma da medula espinhal (TRM), desencadeia uma cascata de eventos
inflamatórios é ativada levando à degeneração e morte do tecido neuronal potencialmente
viável. Além da perda motora, os pacientes sofrem de disfunção erétil e ejaculatória, além de
deficiência na espermatogênese. O objetivo é estudar a eficácia do uso da terapia hiperbárica
(HBT) na fase aguda em ratos submetidos a TRM para recuperar a função da espermatogênese.
Materiais e Métodos: Estudo experimental, aprovado por comitê de ética em pesquisa com
animais. 18 ratos foram submetidos a TRM a nível de T9 por um peso de 25g usando o MASCIS
Impactor. Eles foram alocados em um grupo controle e outro de HBT. Os ratos submetidos à
HBT tiveram sessões de 1 hora com oxigênio a 2 atm por 7 dias. Estudos posteriores realizados
pelos autores desse estudo confirmam o protocolo de HBT escolhido. O grupo controle teve
tratamento de suporte. Biópsias testiculares foram realizadas por incisão abdominal mediana
em todos os ratos no primeiro e no vigésimo oitavo dia do estudo. As amostras obtidas foram
embebidas em solução hipo-osmótica para avaliar a concentração de espermatozoides por mL,
número de células redondas por campo, número de células inflamatórias por campo (teste
peroxidase-Endtz) e viabilidade do esperma (teste HOS). Os dados foram analisados utilizando
o software SPSS v.20, descrito como média e desvio padrão, e comparados utilizando o teste t
de Student de acordo com a parametricidade da variável. Foi considerado significativo P< 0.05.
Resultados: A concentração média de espermatozóides por mL não mudou no grupo tratado
com HBT (P<0.41) e grupo controle (P=0.74) durante os 28 dias do estudo. O número de células
redondas e células inflamatórias por campo foi significativamente maior em ambos os grupos
no vigésimo oitavo dia. A viabilidade dos espermatozoides diminuiu duas vezes no grupo
controle (P=0.001) do que no grupo HBT (P=0.017) do dia 1 ao dia 28, e a viabilidade dos
espermatozoides foi significativamente melhor no dia 28 no grupo HBT comparado com o
controle (86,67% ±5.59% vs 48,75%±21.83) (P<0.001). As outras variáveis analisadas não
apresentaram diferença estatística significante entre os grupos. Conclusão: O TRM promove
deficiências na espermatogênese que podem ser parcialmente recuperadas com o uso da HBT
na fase aguda do TRM. A viabilidade dos espermatozoides foi duas vezes melhor no grupo HBT
quando comparada ao grupo controle 28 dias após o trauma.
NÚMERO DO PAINEL: 10
Temário: Coluna
Título: MENINGOCELE ADULTA: UM RELATO DE CASO.
Instituição: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ASSOCIADAS DE ENSINO
Autores: Bruna Luiza Thesolim; Vitor Lopes Ferreira; Amanda Carolina Zicatti da Silveira;
Leonardo Lo Duca;
Resumo:
Dentre os defeitos congênitos da coluna vertebral, um é decorrente da fusão imperfeita ou da
falta de conexão dos arcos vertebrais; situações estas que são denominadas de vértebras não
fundidas, que podem envolver somente os arcos vertebrais ósseos; deixando a medula espinhal
íntegra. Quando isso acontece (espinha bífida oculta), a pele recobre o defeito ósseo e não há
sinais e sintomas neurológicos. No entanto, uma anormalidade mais severa acontece quando
ocorre defeito no fechamento do tubo neural; os arcos vertebrais não se formam e o tecido
neural é exposto, caracterizando a espinha bífida cística. Essa anormalidade pode ter o
abaulamento envolvendo apenas as meninges, evento este denominado meningocele.
Descrever um caso clínico de meningocele em um indivíduo adulto e correlacioná-lo com outros
casos apresentados na literatura. Este relato de caso tem como objetivo apresentar um caso de
meningocele em um indivíduo com 31 anos de idade, que, ao nascer, apresentava abaulamento
em região lombar e que, atualmente, convive com uma tumoração dorsal significativa, sem
dores lombares, porém, com incompetência vesical e com eventual cefaleia holocraniana, de
intensidade moderada, sem irradiação. Tal alteração leva a dificuldades no posicionamento e
deambulação do paciente, diminuindo sua qualidade de vida. Ao realizar a Tomografia
Computadorizada de crânio, apresentou sinais de hidrocefalia comunicante e na Ressonância
Magnética de coluna lombar verificou-se meningocele lombar entre os níveis de T11 a S2, com
a tumoração apresentando dimensões de cerca de 40x15cm em seus maiores diâmetros. Tal
paciente foi submetido a tratamento e intervenção cirúrgicos para hidrocefalia, tendo sido
realizada uma derivação ventrículo peritoneal e correção da meningocele. Esta doença pode se
manifestar em qualquer faixa etária desde a infância até a oitava década, no entanto, a
apresentação de um adulto com meningocele e ausência de fibras nervosas é rara,
especialmente em idade avançada. Essa situação pode decorrer da ausência de sintomas iniciais,
levando ao crescimento da lesão. Existem autores que apontam a possibilidade de postergar a
cirurgia ao diagnosticar a meningocele na infância, tendo em vista a ausência de alterações
neurológicas. Mesmo assim, pouco se encontra nos bancos de dados sobre casos que tenham
evoluído desta maneira, isto é, sem haver tratamento já nos primeiros dias de vida do indivíduo,
tornando o caso ainda mais relevante para a comunidade científica.
NÚMERO DO PAINEL: 11
Temário: Coluna
Título: METASTASE ÚNICA EM C2 SECUNDÁRIA A CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS: RELATO DE
CASO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Isabela Carvalho de Aquino; Amauri Pereira da Silva Filho; David Plácido Lopes Júnior;
Rebecca Soares de Oliveira; Viviane Fernandes Feitoza;
Resumo:
Introdução: Carcinoma de células renais (CCR) corresponde a 3% das neoplasias. As metástases
são sinal de mau prognóstico e foco ósseo é encontrado em 20-60% dos casos. Em 48% dos
pacientes a lesão óssea é o primeiro achado da doença. Normalmente as lesões são múltiplas e
podem associar-se a instabilidade mecânica, dor severa progressiva e radiculopatias. Objetivo:
Relatar caso de um paciente com metástase em C2 proveniente de um carcinoma de células
renais. Método: Relato de caso. Resultados: Masculino, 78 anos, apresentou quadro de
cervicalgia importante refratária ao uso de AINEs. Sem radiculopatias, déficits motores ou
sensitivos. A dor tornou-se incapacitante, necessitando de analgesia endovenosa e internação
hospitalar. À admissão encontrava-se em bom estado geral, estável, em uso de colar cervical,
mobilização cervical dolorosa, Glasgow=15 e Frankel=E. Exames laboratoriais sem alterações.
Tomografia de coluna cervical mostrou lesão em C2, melhor descrita após RM como lesão
osteoblástica infiltrativa de C2 comprometendo predominantemente o corpo vertebral,
sugerindo lesão secundária. Realizada investigação pelo sítio primário, o mesmo sendo
identificado após TC de abdome como lesão sugestiva de carcinoma de células renais. Biópsia
de C2 evidenciou lesão metastática com foco renal primário. O paciente foi, então, encaminhado
para radioterapia e tratamento do CCR. Conclusão: O achado típico de lesão óssea secundária a
neoplasia renal é de lesões múltiplas que acometem principalmente a divisão tóraco-lombar da
coluna vertebral. Neste paciente, chama-se atenção para a piora progressiva do quadro álgico
servindo como sinal de alarme para realizar investigação radiológica, mesmo fora da localização
típica para metástases ósseas. A descompressão cirúrgica e estabilização constituem o
tratamento de escolha para as lesões que são refratárias à radioterapia.
NÚMERO DO PAINEL: 12
Temário: Coluna
Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR
ASSOCIADO À FRATURAS LOMBOSSACRAIS
Instituição: FCM - CG
Autores: Igel de Souza Aquino; Amauri Pereira da Silva Filho; Ivanna Silveira Santos; Fellipe
Almeida Lira; Ronaldo Barbosa Farias Junior;
Resumo:
Introdução: As emergências relacionadas à lesão medular demandam grande atenção por se
tratarem de uma síndrome neurológica grave, associada à elevada incidência de incapacidade e
que, nos dias atuais, vêm se tornando um grande problema no âmbito de saúde pública.
Objetivo: Analisar e descrever os aspectos epidemiológicos relacionados ao traumatismo
raquimedular em pacientes com fraturas lombossacrais. Métodos: Realizou-se estudo
retrospectivo, com caráter descritivo, de 40 prontuários de pacientes internados por fratura na
coluna vertebral no período de Janeiro de 2013 a Dezembro de 2014, dando importância à
análise de diversas variáveis, a citar: gênero, faixa etária, mecanismo do trauma, localização da
fratura e complicações pós-operatórias. Os dados foram coletados a partir de um formulário
padrão e organizados em planilha do Microsoft® Excell 2007. Resultados: Dos 40 pacientes, 80%
(n=32) eram do gênero masculino e 20% (n=8) feminino. A faixa etária mais acometida foi a de
entre 21 e 45 anos, com 50% (n=20), seguida dos pacientes de 46 a 60 anos, com 25% (n=10),
15% (n=6) eram maiores de 61 anos e 10% (n=4) tinham até 20 anos. As quedas foram o
mecanismo de trauma mais prevalente, com 37,5% dos casos (n=15), seguida dos acidentes
motociclísticos, com 25% (n= 10), atropelamentos 20% (n=8), acidentes automobilísticos 10%
(n=4), ferimentos por arma de fogo, com 5% (n=2) e espacamento 2,5% (n=1). No que diz
respeito á localização da fratura, 70% (n=28) eram ao nível de L1, 15% (n=6) em L2, 10% (n=4)
sacrais e 5% (n=2) em L3. O tratamento cirúrgico foi realizado em 30 casos, e as complicações
pós-operatórias foram dor residual em 25%, infecção do trato urinário em 10% e trombose
venosa profunda, úlceras de decúbito e pneumonia com 5% cada. Conclusão: Os mecanismos
de trauma mais encontrados foram as quedas e os acidentes motociclísticos, acometendo
majoritariamente os homens em idade economicamente ativa. Logo, o conjunto das causas
externas representa o principal meio de acometimento de traumatismo raquimedular associado
a fraturas lombossacrais, e por isso a importância de uma maior atenção às medidas voltadas à
prevenção de tais acidentes, com conseqüente redução de suas repercussões sociais e
econômicas para a sociedade.
NÚMERO DO PAINEL: 13
Temário: Coluna
Título: RARA ASSOCIAÇÃO ENTRE NEUROFIBROMATOSE TIPO 1 E SÍNDROME DE ARNOLD CHIARI
TIPO 1: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Instituição: PUC CAMPINAS
Autores: Marianne Pozetti; Telmo Augusto Barba Belsuzarri; Natalia Cristina Barba Belsuzarri;
Maick Willen Fernandes Neves; João Flávio Mattos Araújo;
Resumo:
Introdução Neurofibromatose tipo 1 (ou doença de Von Recklinghausen) é uma das mais
comuns desordens neurocutâneas, conhecida por causar tumores de pele e manchas “café-com-
leite” nos pacientes acometidos, além de uma grande variedade de displasias cerebrais. Já a
Malformação de Arnold-Chiari tipo 1 cursa com a herniação das tonsilas cerebelares através do
forame magno, sendo usualmente complicada por siringomielia. A associação das duas doenças
é bastante rara, com poucos relatos do manejo clinico-cirúrgico das lesões. Objetivo Relato de
caso e revisão bibiográfica, com foco no manejo clinico-cirúrgico das patologias citadas. Método
O paciente é um homem negro, CCJ, 51 anos, admitido com queixas de paraparesia de membros
superiores e dificuldade na fala e deglutição. Ao exame físico foi constatada diminuição da
sensibilidade térmico-dolorosa em todo membro superior esquerdo e parte proximal de
membro inferior direito, diminuição de sensibilidade superficial em hemiface esquerda, além de
múltiplas manchas “ café-com-leite” e neurofibromas. A RNM revelou siringomielia em região
de coluna cervical e herniação tonsilar. Discussão A incidência de NF-1 associada à SAC-1 é
estimada em 1 caso para cada 16.650.000-24.790.000 indivíduos. A SAC-1 pode ser
assintomática em até 8% dos pacientes diagnosticados com NF-1. Os achados clínicos mais
comuns são as dores/cefaleias, distúrbios de sensibilidade, a clássica hipoestesia em manto,
além de siringomielia e escoliose. As técnicas cirúrgicas de descompressão podem ser divididas
em 2 subtipos menos invasivos: descompressão craniocervical simples com duroplastia sem
abertura da membrana aracnóide, ou descompressão por remoção do osso da borda posterior
do forame magno com laminectomia de c1, e eventualmente de c2. Neste paciente foi realizada
craniectomia occipital de linha média com laminectomia total de c1 e parcial de c2, associada a
tonsilectomia e ampliação da cisterna magna, devido ao intenso espessamento e obliteração do
obéx pelas tonsilas cerebelares. Conclusão A associação entre NF-1 e SAC-1 é rara, sendo o
diagnóstico precoce e tratamento cirúrgico essenciais para desaceleração da mielopatia e
prevenção de danos neurológicos sequelares. A técnica cirúrgica deve ser avaliada caso a caso
de acordo com o grau de obstrução liquórica.
NÚMERO DO PAINEL: 14
Temário: Coluna
Título: RELATO DE CASO: SIRENOMELIA
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ
Autores: Marco Antonio Herculano; Rodrigo Furlan Silva Fabri; Oswaldo Inacio Tella;
Resumo:
A sirenomelia é uma anomalia congênita grave caracterizada pela fusão da cintura pélvica e
extremidades inferiores em uma simples estrutura cônica, possuindo uma incidência de
1/100.000 nascimentos vivos, sendo relatado mais de 300 casos relatados na literatura mundial.
Nesta síndrome a extremidade inferior é sempre invertida e rodada externamente, o joelho é
situado posteriormente e os dedos projetam-se posteriormente. Nestas crianças, o cóccix está
ausente e o sacro é parcialmente ou todo. A estrutura cônica inferior fundida pode conter uma
fusão parcial dos ossos, assim como, um número normal ou a ausência dos mesmos. Sua
etiologia, ainda, é desconhecida. Alguns autores propõem, além do defeito da embriogênese
mesodérmica, a Síndrome do roubo da artéria vitelina (em que, uma grande artéria,
provavelmente, derivada da artéria vitelina surge na parte alta da aorta abdominal, além do que,
a aorta e seus ramos são hipoplásicos. Sendo assim, “artéria vitelina de roubo” desvia sangue e
nutrientes da porção caudal para a placenta). A principal anomalia associada é a agenesia renal,
fazendo com que hajam poucos sobreviventes pós-parto. No pré-natal o estudo
ultrassonográfico pode ser de grande utilidade na detecção na sirenomelia, sendo o
oligodrâmnio uma das principais alterações. Neste trabalho iremos relatar um caso que ocorreu
em nosso serviço. Recém-nascido vivo, portador de sirenomelia, possuindo imperfuração anal e
agenesia renal, vindo a falecer pouco tempo após devido incompatibilidade com a vida.
NÚMERO DO PAINEL: 15
Temário: Coluna
Título: SCWANNOMA LOMBAR COMPLICANDO SINTOMAS DE ESTENOS DE CANAL ESPINAL:
RELATO DE CASO
Instituição: FAMERP
Autores: Lucas Crociati Meguins; Elísio Eduardo Cardoso Duarte; Raphael dos Santos Abílio;
Linoel Curado Valsechi; Dionei Freitas de Morais;
Resumo:
INTRODUÇÃO: Schwannomas são tumores da coluna vertebral originários da bainha de raízes
nervosas dorsais e representam cerca de 30% de todos os tumores da medula espinhal
extramedulares. OBJETIVO: Descrever o caso de um paciente com sintomas crônicos de
estenose espinal que apresentou piora clínica progressiva, com piora da dor radicular devido a
um schwannoma lombar. RELATO DO CASO: Mulher de 62 anos de idade foi encaminhada para
investigação neurocirúrgica devido a uma história de dois anos de dor lombar que piorou seis
meses antes da admissão com radiculopatia bilateral, mais importante no lado esquerdo. A
ressonância magnética da coluna lombar revelou estenose espinal em L3-L4 e L4-L5 associados
a uma lesão expansiva com captação heterogênea de contraste obstruindo o forame L3-L4 à
esquerda. A descompressão cirúrgica do canal vertebral lombar e forame foram realizados com
laminectomia de L3-L4 e L4-L5 associada à ressecção da lesão expansiva. O paciente teve uma
recuperação sem intercorrências. A estabilidade da coluna vertebral foi mantida através de
artrodese posterior com instrumentação de L2 a L5. Os estudos histopatológicos e imuno-
histoquímico revelaram que a lesão tratava-se de um Schwannoma (OMS Grau I). CONCLUSÃO:
Schwannoma complicando sintomas de estenose espinal lombar é uma condição extremamente
rara, que deve ser tratado com descompressão agressiva das estruturas neurológicas.
NÚMERO DO PAINEL: 16
Temário: Coluna
Título: SÍNDROME DE KLIPPEL E FEIL: RELATO DE CASO
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGÉLICO DE CURITIBA
Autores: Luis Alencar Borba;
Resumo:
Tiago Gonçalves Rosa, Leonardo Kawakame Bruno Vinícius da Rocha Talita Ribeiro da Silva1,
Hugo Akio Hassegawa1, Vanessa Caroline Batistão1, Dafne Luana Bayer1. Tiago Gonçalves Rosa,
Marcio Rossi, Paulo Nakashima Introdução: A Síndrome de Klippel-Feil (SKF) é uma condição
heterogenia e rara caracterizada por ocasionar a fusão de vértebras cervicais, não possui uma
patogênese definida e costuma se apresentar por meio da tríade clássica: pescoço curto, linha
de implantação de cabelo baixa e movimentos restritos do pescoço. Estima-se uma incidência
de 1:42 mil nascimentos, com prevalência do sexo feminino (74%). Pacientes com SKF podem
apresentar outras malformações, tais como: escoliose cérvico-torácica, torcicolo, assimetria
facial, deformidade de Sprengel, problemas renais e cardiovasculares, dentre outros. O
diagnostico baseia-se nas manifestações clinicas e exames de imagem. O tratamento é individual
e varia de um manejo clínico a um plano cirúrgico. O objetivo do presente estudo é apresentar
um caso de SKF que teve como quadro clinica um comprometimento neurológico focal,
reforçando desse modo o espectro variado sintomatológico de tal síndrome. Relato de caso:
Feminino, há 4 meses apresenta quadro de disfonia e disfagia para sólidos com força muscular
grau IV em membros inferiores, além de alteração de IX par craniano, sem outras alterações
neurológicas. O exame de imagem revelou artrodese de C1-C2-C3-C4 associado à invaginação
basilar. Discussão: A manifestação clínica da síndrome é bastante diversa, pode se manifestar
pela tríade clássica ou envolver outros sistemas, tais como: músculo esquelético, cardiovascular,
genitourinário, nervoso, entre outros. Quanto maior a extensão dos níveis cervicais fusionados
maior é a incidência de movimentos espelhos em braços e mãos e neurosquise. Como na
paciente apresentada, a fusão de C4-C5 é típica de SKF e alterações faríngeas - como problemas
respiratórios, disfagia e trismo - foram relacionados com o comprometimento a nível de C1-C2
e, principalmente, com a fusão do osso occipital e as vértebras cervicais. Em casos específicos,
tais como comprometimento neurológico, o tratamento cirúrgico ortopédico é necessário.
Conclusão: A SKF é uma condição rara e que possui um espectro variado de manifestações,
variando de um quadro assintomático a um comprometimento neurológico, nessas
circunstancias torna-se necessário uma intervenção cirúrgica, a fim de garantir uma melhor
qualidade de vida e sobrevida aos doentes.
NÚMERO DO PAINEL: 17
Temário: Coluna
Título: SÍNDROME DE KLIPPEL-FEIL: RELATO DE CASO
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGELICO DE CURITIBA
Autores: Luis Alencar Biurrum Borba; Leandro Borba Moreira; Matheus Quadros Ribeiro; Talita
Ribeiro da Silva; Vanessa Caroline Batistão;
Resumo:
Introdução: A Síndrome de Klippel-Feil (SKF) é uma condição heterogenia e rara caracterizada
por ocasionar a fusão de vértebras cervicais, não possui uma patogênese definida e costuma se
apresentar por meio da tríade clássica: pescoço curto, linha de implantação de cabelo baixa e
movimentos restritos do pescoço. Estima-se uma incidência de 1:42 mil nascimentos, com
prevalência do sexo feminino (74%). Pacientes com SKF podem apresentar outras
malformações, tais como: escoliose cérvico-torácica, torcicolo, assimetria facial, deformidade
de Sprengel, problemas renais e cardiovasculares, dentre outros. O diagnostico baseia-se nas
manifestações clinicas e exames de imagem. O tratamento é individual e varia de um manejo
clínico a um plano cirúrgico. O objetivo do presente estudo é apresentar um caso de SKF que
teve como quadro clinica um comprometimento neurológico focal, reforçando desse modo o
espectro variado sintomatológico de tal síndrome. Relato de caso: Feminino, há 4 meses
apresenta quadro de disfonia e disfagia para sólidos com força muscular grau IV em membros
inferiores, além de alteração de IX par craniano, sem outras alterações neurológicas. O exame
de imagem revelou artrodese de C1-C2-C3-C4 associado à invaginação basilar. Discussão: A
manifestação clínica da síndrome é bastante diversa, pode se manifestar pela tríade clássica ou
envolver outros sistemas, tais como: músculo esquelético, cardiovascular, genitourinário,
nervoso, entre outros. Quanto maior a extensão dos níveis cervicais fusionados maior é a
incidência de movimentos espelhos em braços e mãos e neurosquise. Como na paciente
apresentada, a fusão de C4-C5 é típica de SKF e alterações faríngeas - como problemas
respiratórios, disfagia e trismo - foram relacionados com o comprometimento a nível de C1-C2
e, principalmente, com a fusão do osso occipital e as vértebras cervicais. Em casos específicos,
tais como comprometimento neurológico, o tratamento cirúrgico ortopédico é necessário.
Conclusão: A SKF é uma condição rara e que possui um espectro variado de manifestações,
variando de um quadro assintomático a um comprometimento neurológico, nessas
circunstancias torna-se necessário uma intervenção cirúrgica, a fim de garantir uma melhor
qualidade de vida e sobrevida aos pacientes.
NÚMERO DO PAINEL: 18
Temário: Coluna
Título: SURGICAL TREATMENT OF TRAUMATIC CERVICAL SPINE FACET DISLOCATIONS:
ANTERIOR, POSTERIOR OR COMBINED APPROACHES?
Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL DR.MARIO GATTI
Autores: Andrei Fernandes Joaquim; Catarina Couras Lins Toniolo do Prado; Diego Toniolo do
Prado;
Resumo:
Abstract Introduction: Surgical treatment is well accepted for patients with traumatic cervical
spine facet joints dislocations, but there are some uncertainties of which approach is best:
anterior, posterior or a combined approach. Methods: We searched in the database PubMed
and Cochrane for articles based on the following keywords: “dislocation”, “fracture”, “cervical
spine”, “anterior”, “posterior”, “treatment”. Only articles in English and about subaxial cervical
spine (C3 to C7 were included) discussing treatment of cervical spine facet joints dislocations
were included. Results: Anterior approaches can maintain or restore cervical lordosis, may have
less postoperative pain and also can be used when a traumatic disc herniation is presented.
Potential disadvantages may include postoperative dyspaghia and some difficult to achieve facet
reduction in some cases, especially in non acute injuries. Posterior approaches, on the other
hand, may provide direct reduction and longer constructions, which can be interesting for
patients with poor bone quality. The postoperative dysphagia rate is lower than anterior
approaches. However, posterior approaches may add some risk of neurological deterioration in
patients with anterior compression and at least some neurological preservation. Posterior
approaches are not able to restore cervical lordosis, which may affect long term outcome.
Combined approaches may be an option for patients with high risk of pseudoarthrosis (such as
osteoporotic patients) or with more complex and severe injuries. Although combined
approaches may increase surgical time, it can be an option in almost all clinical situations to
achieve a higher arthrodesis rate. Conclusion: Although both anterior and posterior approaches
can be used interchangeably for cervical facet dislocation, there are advantages and
disadvantages of each one. Surgeons should be able to consider each peculiarity of offering the
best procedure for their patients.
NÚMERO DO PAINEL: 19
Temário: Coluna
Título: TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS FRATURAS DE CORPO VERTEBRAL VENTRAL DA
TRANSIÇÃO TÓRACO-LOMBAR. ARTRODESE COM FIXAÇÃO OU VERTEBROPLASTIA?
Instituição:
Autores: Carlos Alexandre Zicarelli; Paulo Henrique Pires de Aguiar; Bárbara Itimura; Francisco
Spessatto Pesente; Milena Gerke Sampaio;
Resumo:
INTRODUÇÃO:As fraturas da transição toracolombar(FTTL)estão relacionadas a patologias como
traumas,neoplasias ou espontâneas.OBJETIVO: Os autores mostram a sua casuística dos
pacientes com fraturas de transição toracolombar comparando o tratamento conservador,
tratamento cirúrgico com fixação e artrodese e tratamento cirúrgico com a realização de
vertebroplastia.MATERIAL E MÉTODOS:35 pacientes com diagnóstico de FTTL foram
selecionados,a qual foram divididos em 3 grupos.Grupo A(15 pacientes),cirúrgico com
Fixação/artrodese com colocação de parafusos transpediculares;Grupo B(10
pacientes),conservador com uso de colete Jewet e grupo C(10 pacientes),cirúrgico com a
realização de vertebroplastia.Os pacientes foram classificados de acordo com os critérios de
McCormick e AOSpine.Os critérios de seleção foram idade do paciente,condições clínicas,índice
de Karnofiski,fraturas associadas,redução da altura do corpo vertebral,osteopenia,dor refratária
e integridade do muro vertebral posterior.Em todos os casos cirúrgicos foram realizados
densitometria óssea e biópsia de corpo vertebral.RESULTADOS: Dos pacientes selecionados o
sintoma principal foi a dor intercostal em 90%,déficit motor em 40% e bexiga neurogênica em
23% dos casos.A média de idade do Grupo A,B e C foi de 66,4; 62,4 e 68,5 anos
respectivamente.No Grupo A,5 pacientes tinham fratura de L5 e 10 pacientes fratura de
T12.Destes,5 fraturas foram decorrentes de trauma,2 por tumores e 8 espontâneos por
osteopenia.Dos 15 pacientes,10 apresentaram osteopenia.Do grupo B,3 casos de FTTL foram
decorrentes de fraturas e 7 casos espontâneos.8 casos apresentaram osteopenia.No Grupo C
todos apresentaram integridade do muro posterior,8 apresentaram osteopenia sendo que 20%
destes foram decorrentes de trauma,40% decorrentes de tumores e 40% espontâneos.Em 1
caso do grupo A houve soltura do parafuso com necessidade de reabordagem e ampliação do
nível de artrodese.O índice de dor pós- tratamento foi maior no grupo B(50%)com necessidade
de indicação cirúrgica com fixação em 5 e 2 casos foram para vertebroplastia futura,seguido do
Grupo A e C 20% cada.DISCUSSÃO:É muito discutido na literatura sobre o tratamento das
FTTL.Nós optamos por não realizar acesso via anterolateral devido a grande maioria dos
pacientes possuírem idade avançada.CONCLUSÃO:Tanto a abordagem cirúrgica com fixação e
artrodese e a vertebroplastia foram superiores ao tratamento conservador no que se diz
respeito a dor, estabilidade e melhora funcional.
NÚMERO DO PAINEL: 20
Temário: Coluna
Título: TRATAMENTO DA SÍNDROME DOLOROSA COMPLEXA REGIONAL ATRAVÉS DE BLOQUEIO
DE GÁNGLIO SIMPÁTICO LOMBAR: SÉRIE DE CASOS
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Autores: Renan Binatti da Silva; Fernanda Machado Ribeiro; Marcos Kendi Sekine; Carlos Renan
Calabro de Almeida Lima; Carlos Tadeu Parisi de Oliveira;
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Síndrome dolorosa complexa regional (SDCR) surgiu para designar condição
dolorosa associada às alterações sensoriais após evento nóxico, na qual temos as seguintes
características: dor, alterações vasomotoras em pele, tróficas, perda de função do membro,
levando a uma perda da qualidade de vida. O manejo da síndrome compreende diversas
estratégias de intervenção, incluindo as farmacológicas, não farmacológicas e cirúrgicas, que se
tornam necessárias quando há refratariedade aos tratamentos clínicos e de reabilitação. Este
trabalho tem o objetivo de relatar a experiência e os resultados obtidos no tratamento da SDCR
em pacientes, através de procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, utilizando-se
bloqueio de gânglio simpático lombar. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo prospectivo que visou
analisar a melhora de dor após bloqueio simpáticos lombar, em sete pacientes no pós-
operatório imediato - duas semanas, dois meses e três meses - no período de fevereiro de 2015
a maio de 2015, de acordo com a escala numérica de dor (END). Os pacientes selecionados foram
classificados como portadores da síndrome da dor complexa regional, segundo os critérios
estabelecidos pela associação internacional para o estudo da dor. Os procedimentos foram
realizados no centro cirúrgico com monitorização vigente. Utilizou-se solução de bupivacaína
2%, lidocaína 0,5%, metiprednisolona 150 mg, dexametasona 10 mg e água destilada, na cadeia
simpática de vértebra de L2 conforme a queixa principal. DISCUSSÃO E RESULTADOS: O
procedimento foi realizado em sete pacientes, mas por dificuldade de logística do arquivo, não
temos informações de dois. Entre os outros cinco pacientes, três foram submetidos a um
procedimento e dois passaram por dois, totalizando sete bloqueios de gânglio simpático lombar.
Todas as avaliações (n=7) receberam 10 pontos á admissão. Alcançou-se média de 7.72 (70%)
de melhora após procedimento e média aproximada de 25,85 dias com melhora do quadro
álgico. Apenas um procedimento (14%) não teve melhora na END. Em seis bloqueios simpáticos
lombares (86%), os pacientes relataram melhora na qualidade vida após procedimento.
CONCLUSÃO: O estudo evidenciou melhora significativa na capacidade funcional e qualidade de
vida dos pacientes, sendo que não houve piora da dor ou intercorrências durante e após os
procedimentos. É importante ressaltar o baixo custo do procedimento associado a curtos
períodos de internações, com otimização dos recursos hospitalares.
NÚMERO DO PAINEL: 21
Temário: Coluna
Título: USO DE ARTRODESE INTERSOMÁTICA POR VIA MENOS INVASIVA E DESCOMPRESSÃO
INDIRETA PARA ESTENOSE DEGENERATIVA LOMBAR
Instituição: INSTITUTO DE PATOLOGIA DA COLUNA
Autores: Luis Marchi; Rodrigo Amaral; Fernanda Fortti; Rubens Jensen;
Resumo:
O conceito de descompressão indireta das estruturas nervosas por discectomia e fusão
intersomática prevê a restauração da coluna liquórica anterior e alívio dos sintomas de
estenose, sem que haja necessidade de ressecção direta de elementos posteriores da coluna, e
então, sem que se adicione as morbidades associadas a este procedimento por via posterior.
Uso do conceito de descompressão indireta é antigo e aplicado primeiramente para o
tratamento de estenose central cervical através da discectomia e fusão com a utilização de
espaçadores intersomáticos. O ALIF nos anos 50 enfrentou problemas como falta de “cages”
específicos, grande morbidade dos acessos transperitoniais e uso de cauterização. Após os anos
90, a transposição da descompressão indireta para coluna lombar vem sendo melhor aplicada
com o desenvolvimento de acessos menos invasivos, cages mais adequados e melhor
entendimento na seleção de casos. Este trabalho revisa a experiência de um centro de cirurgia
de coluna de 1998-2015 (+800 casos) e a literatura gerada no tema referido. Através deste
conhecimento, é montado um guia da racional e da implementação da descompressão indireta
lombar por via lateral ou anterior. Na degeneração discal acontece perda de altura discal, perda
de altura/área foraminal, abaulamento discal, dobramento ligamentar do LLP e do ligamento
flavum. Isso contribui para a estenose central, estenose de recesso lateral a estenose foraminal
(casos mais raros se não existir deformidade coronal). Com restauração da altura discal, estudos
em RM observaram que acontece aumento da altura foraminal, e o retensionamento dos
ligamentos (ligamentotaxia), e assim é possível alívio de sintomas de estenose. Com
ligamentotaxia e restauração paralela do espaço discal, foi vista ligeira correção de
deformidades (listeses, curva coronal em escolise deg). Os seguintes fatores influenciaram
negativamente no potencial de descompressão: facetas hipertróficas/fusionadas (análise em
CT), estenose congênita (pedículos curtos), afundamento do cage (minimizado por maior
dimensão do cage, evitar distração exagerada do espaço discal, evitar dano intraop do endplate,
boa qualidade óssea, caso sem grande instabilidade). A utilização da fusão intersomática por via
anterior ou lateral tem se mostrado um procedimento eficaz para promover a descompressão
dos elementos neurais em casos selecionados.
NÚMERO DO PAINEL: 22
Temário: Coluna
Título: WILTSE ACCESS – THE REVIEW
Instituição: SANTA CASA DE RIBEIRÃO PRETO
Autores: Bruno Nasciento Bettencourt da Silva; Nícollas Nunes Rabello; Luiz Antônio Araújo
Dias; Koji Tanaka;
Resumo:
INTRODUCTION- The paravertebral approach is a surgical approach with less tissue injury, has
provided postoperative outcome with less pain, less bleeding and less damage to the muscles.
Is indicated for removal of a herniated disc, decompression channel vertebral, and the most
used in trauma.The purpose of this review is to accurately describe the anatomy of this approach
to spinal transmuscular. METHODS. Literature review, selected, 21 works which the inclusivo
criteria were studies that described the original technique of lateral access posterior by Wiltse.
RESULT- The mean time to hospital discharge is three days. After three days starts
kinesiotherapy and the patient is released to their daily activities.The pains of the lumbar spine
are produced largely by intervertebral disc degenerativo which can also reach the nerve roots
and the facet joints. Surgical treatment has been indicated when there is no good response to
conservative methods. The most commonly used surgical method for many years by most
surgeons arthrodesis is performed through large incisions and traumatic dissection of muscle
paravertebral.CONCLUSION:The Wiltse approach described more than 40 years, has provided
the realization of arthrodesis with less tissue damage, resulting in lower rates of postoperative
pain, less bleeding. Another important point of this approach is that, in addition to enabling the
realization of fusion with bone graft also bilateral decompression, extraforaminal dissectomias
and the insertion of pedicle screws, and principle on trauma. This approach has allowed the
attainment of the same procedures, previously performed with large incisions through incisions
less morbidity. However, despite the advantages mentioned, the good results are directly
related to their learning and good execution. Dynamic systems have shown decrease in
excessive mobility of the spine, and this fact supports the idea of rebalancing to reduce and
control pain caused by instability. And the method of treatment using dynamic systems has
shown good results in the control of low back pain caused .
NÚMERO DO PAINEL: 23
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: COLEÇÕES SUBDURAIS CRÔNICAS: AVALIAÇÃO MULTIVARIÁVEL DOS CASOS
SUBMETIDOS A TRATAMENTO NEUROCIRÚRGICO NOS ÚLTIMOS 14 ANOS EM SERVIÇO DE
REFERÊNCIA EM SÃO PAULO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO
Autores: Tamara Melissa Zavadzki Albuquerque; Fernando Henrique Santos Cavassani; Rafael
Gomes dos Santos; Nelson Saade; Guilherme Brasileiro de Aguiar;
Resumo:
INTRODUÇÃO Coleções subdurais crônicas, representadas na sua maioria pelos hematomas
(HSDCr) e higromas (HSD), são afecções frequentes na prática neurocirúrgica. Sua apresentação
clínica, assim como as técnicas cirúrgicas empregadas para o seu tratamento, já são bem
documentadas na literatura. No entanto, com o envelhecimento da população mundial, as
características demográficas da população acometida vêm sofrendo variações. Há poucos
estudos que descrevam com precisão as características epidemiológicas dos pacientes
acometidos por estas condições em nosso país. OBJETIVOS O presente estudo tem como
objetivo traçar um perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com coleções subdurais
crônicas submetidos a tratamento neurocirúrgico no nosso serviço, no período de 2000 a 2014.
MÉTODOS Foram analisados os relatos cirúrgicos entre o período de 2000 a 2014, sendo
selecionados 580 pacientes diagnosticados com coleções subdurais crônicas, compreendendo
hematomas e higromas. Características demográficas, aspectos radiológicos da coleção
subdural à tomografia, tipo de tratamento empregado, ocorrência de recidivas, lateralidade,
localização e uso de drenagem pós-cirúrgica foram analisados. RESULTADOS No estudo, foram
analisados 580 pacientes, sendo 74,3% do sexo masculino, dentre os quais 499 (86%)
apresentaram HSDCr e 81 (13,9%) apresentaram HSD. Com relação aos HSDCr, a média de idade
foi 61,6 ± 21 anos, com extremos de 1 dia de vida a 97 anos. A trepanação foi o tipo de
intervenção mais utilizada (95%), seguido de craniotomia (4,7%) e a localizações mais
prevalentes foram em região fronto-temporo-parietal e fronto-temporal. Houve recidiva em 28
casos. Com relação aos HSD, a média de idade foi 45,7 ± 27,2, sendo a idade mínima 3 meses e
a máxima 89 anos. A trepanação foi realizada em 91,5% dos casos, seguida pela craniotomia
(3,16%), derivação subduro-peritoneal (3,1%) e derivação subdural externa (2,1%). A localização
foi frontal em 60% dos higromas subdurais. Houve 12 casos recidivados. CONCLUSÃO Na nossa
casuística, os HSDCr representam a maioria das coleções subdurais submetidas a tratamento
cirúrgico. Os pacientes idosos foram o grupo mais acometido. O tratamento cirúrgico de escolha
foi a trepanação. Os dados encontrados estão de acordo com os apresentados na literatura
mundial.
NÚMERO DO PAINEL: 24
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: COMPARISON OF ABSCESS AND CEREBRAL EMPYEMA: REPORT OF TWO CASES
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
Autores: Marcela Marino de Azeredo Bastos; Denismar Borges de Miranda; Pedro Henrique
Essado Maya; Natália Costa Resende Cunha; Francisco Antônio Dias Azeredo Bastos;
Resumo:
Introduction: brain abscess-AC is an infection within the cerebral parenchyma that starts out as
cerebritis and evolves into a collection of pus within a vascularized capsule. AC must be
differentiated from parameningeal infections such as empyema, subdural Pyogenic infection in
the space between the duramater and arachnoid mater. Aimed to report and compare two cases
of patients with diagnosis of AC and S undergoing craniotomy. Results: case-1: 33 years old,
female, for 15 days with whelk temporomandibular D, no improvement with antibiotic-ATB. It
evolved with fever and headache pulsatile in hemicranium D, drainage of exudative content,
fullness and ear itching, and pain to chew and otalgia injury ends as crust. Personal history with
ex-drug addictive (abstinent for 1.5 year). REG exam and feverish, with hypoesthesia in
topography of V1 and V2 to D with crusted temporomandibular injury and ECG 15. MRI of brain
with expansive lesion fronto temporal to D, perilesional edema and satellite lesions, with
restrictions on the dissemination and uptake of contrast at edges. Undergone craniotomy
combined with ATB. Isolation of Staphylococcus aureus in specimens. Discharge without
complications. Case-2: 70 years old, female, DM, aneurysmal clipping history and there‘s 10
years intracerebral. Complaint of headache in progression and ulcerative lesion to Pustule
drainage D frontotemporal and periods of exacerbation/spontaneous remission for 6 months.
MRI of brain with subdural Pustule extensive collection to fronto-temporo-parietal D, with
restrictions on diffusion. Kept the same conduct of case 1, being watched osteomyelitis. Evolved
without intercurrences, and scheduled future cranioplasty. Conclusion: among the cases there
is greater probability of complication, since the osteomyelitis comes from contiguity, in most
cases. Subdural space infection can have rapid progression and fatal and that was considered
the most urgent neurosurgical imperative. Surgical excision, in both cases, is associated with
lower rate of recurrence and reacumulation, as well as irrigation and purulent material removal,
as well as decrease length of stay, reoperation rate, use of ATB and shown in fails with ATB.
Despite advances in the area, morbidity and mortality remains high, especially for those
patients. AC and S remain dangerous entities and challenge for neurosurgery. The successes of
these cases were related to good surgical expertise, ATB and multidisciplinary approach.
NÚMERO DO PAINEL: 25
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: CRITICAL ANALYSIS OF SEDATION AND ANALGESIA IN SEVERE HEAD TRAUMA
Instituição: HOSPITAL SANTA CASA DE RIBEIRAO PRETO
Autores: NICOLLAS NUNES RABELO; FABIO SANTANA MACHADO; MARCOS AUGUSTO STÁVALE;
NEIFFER NUNES RABELO; LUIZ ANTÔNIO ARAUJO DIAS JUNIOR;
Resumo:
Introduction: The head injury have director determinant of morbidity, disability and mortality in
young population. Sedatives and analgesics are commonly used in patients with brain injury with
a goal of retrieve a ICP, CMRO2 and CBF, preserving the cerebral regulation system and self
avoiding hypotension. Objective: The objective of this paper is to review about this topic, linking
the main drugs, side effects, costs, anxiolytic properties, anticonvulsants, correlating with
complacency and brain metabolism, by some algorithms and tables. Methods: Literature review
using PubMed data base, MEDLINE, EMBASE, Science Direct, The Cochrane Detabase, Google
Scolar, Clinical trials. Selected papers from 1958 to 2014. It totaled 254 papers. Were selected
135 papers, through key-words, inclusion and exclusion criteria. The volume of the brain is
reduced due dislocation of the CBV out of skull. Results: The main sedatives and analgesics are:
propofol , midazolam, etomidate, ketamine, barbiturates, dexedetomedina, morphine, fentanyl,
alfentanil, sulfenatil, remifentanil. Discusses algorithm for fast intubation sequence and
algorithm of intracranial hypertension tretment regard the systematic sedation therapy. A range
of sedatives and analgesics agents are available for sedation. Each class has its own positive and
negative effects pacientes neurotrauma. Conclusion: The correct analysis of sedation and
analgesia in neurotrauma, rapid sequence intubation and management of medications in
intracranial hypertension, provide right management in brain injury.
NÚMERO DO PAINEL: 26
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE TRAUMATISMO
RAQUIMEDULAR EM FRATURAS TORÁCICAS EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Rebecca Soares de Oliveira; Amauri Pereira da Silva Filho; David Plácido Lopes Junior;
Isabela Carvalho de Aquino; Viviane Fernandes Feitoza;
Resumo:
Introdução: O Traumatismo raquimedular trata-se de uma lesão traumática que pode levar a
uma disfunção na coluna vertebral. Fazendo-se necessário um manejo adequado do paciente
para que não haja perda de função permanente. Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico
dos pacientes com fraturas da coluna vertebral ao nível torácico em um hospital terciário
Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, de caráter descritivo, com abordagem
quantitativa dos dados de 40 prontuários de pacientes internados por fratura na coluna
vertebral torácica no período de Janeiro de 2013 a Dezembro de 2014. Os dados foram coletados
a partir de um formulário padrão e organizado em planilha do Microsoft Excel 2007. Resultado:
A maioria dos pacientes era do gênero masculino, com 36 pacientes (90%). A faixa etária
acometida foi de 20 a 45 anos, com 55% dos casos (n=22), seguida pela faixa de 46 a 60 anos,
com 25% (n=10). O mecanismo de lesão mais comum foi o acidente motociclístico, presente em
18 casos (45%), seguido de queda de altura, com 10 casos (25%) e atropelamento, com 4 casos
(10%). Fratura no segmento T4-T8 foi o mais comum, em 55% da amostra (n=22). Segundo a
Escala de Frankel Modificada, a maioria (60%) dos pacientes que compuseram a amostra foi
classificada como A. O tratamento cirúrgico foi indicado em 90% dos casos. As complicações
mais comuns foram: infecção do trato urinário, em 80% (n=32); úlcera de decúbito, em 35%
(n=14) e trombose venosa profunda em 30% (n=12). A taxa de mortalidade geral foi de 10%
(n=4). Conclusão: As fraturas de coluna vertebral torácica foram mais prevalentes em
economicamente ativos e estiveram associadas à elevada morbidade e incapacidade
permanente para o trabalho. A causa mais comum foi acidente motociclístico.
NÚMERO DO PAINEL: 27
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: HEMATOMA EXTRADURAL CRÔNICO - RELATO DE CASO E REVISÃO CLÍNICA
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
Autores: Thomás Gonzales Julio; Telmo Augusto Barba Belsuzarri; Otávio Augusto da Costa;
Maick Willen Fernandes Neves; João Flávio Mattos Araújo;
Resumo:
Introdução: As Hemorragias intracranianas são entidades comuns. Hematomas Epidurais (EDH),
por sua vez, representam apenas cerca de 1-3%, sendo mais frequentes em homens (80%). A
ocorrência de cronificação/ossificação dos EDH é ainda mais rara, o que torna o estabelecimento
de protocolos terapêuticos, prognósticos e até mesmo sua definição, imprecisos. A ocorrência
de EDH é relacionada a traumatismos cranianos (TCE) em que há fratura do crânio,
principalmente em osso temporal. Pode ocorrer rompimento de artérias (Aa.) meníngeas. A
cronificação do EDH, pode estar relacionada a injúria venosa, fato que pode explicar a menor
velocidade de formação deste hematoma. Associam-se, também, a complicações pós-
operatórias - como em exéreses tumorais - e são diagnósticos diferenciais de raras neoplasias
primárias e metastáticas que acometem o Sistema Nervoso Central: Linfoma Dural Primário com
imunofenotipo; Leucemia Linfocítica Crônica; Linfoma Linfocítico de Pequenas Células; e
Meningiomas. A formação de EDH é potencialmente letal. Seu diagnóstico e adequada
abordagem terapêutica determinam o prognóstico desses pacientes. Objetivo: Realizar um
relato de caso de um EDH crônico e revisar sua fisiopatologia. Método: Paciente de 54 anos,
masculino, com história de agressão (TCE leve), há 15 dias, associada a cefaléia e turvação visual,
sem alterações ao exame neurológico. Em TC de Crânio: Imagem isodensa biconvexa, em região
frontotemporal direita com cápsula hiperdensa e fratura temporal. Submetido a cirurgia e
drenagem do hematoma com melhora do quadro. Discussão: Em TC de crânio, um EDH é
considerado crônico quando aparece como uma densidade mista, isodensa em seu centro e
hiperdensa nas extremidades. Embora a definição de “cronicidade” dos EDH não seja consenso,
autores, em sua maioria, a consideram a partir do décimo segundo dia, após o início do
sangramento. A localização Tempero-parietal é a mais frequente (a. meníngea média), dentre
os EDH agudos ou subagudos. Podendo ocorrer em região Frontal (a. etmoidal anterior);
Occipital (aa. transversais ou seios sigmóideos); ou Vértice (seio sagital superior). Embora os
eventos EDH crônicos estejam associados a injúria das veias meníngeas médias. Conclusão: O
caso relatado, parece estar dentro das faixas comuns: epidemiológica, topográfica, radiológica
e prognosticamente. Paciente masculino; história de TCE há 15 dias; TC de crânio: Imagem
compatível com EDH-Crônico; evolução assintomática.
NÚMERO DO PAINEL: 28
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: HEMATOMA EXTRADURAL CRÔNICO ESPONTÂNEO EM IDOSO – RELATO DE CASO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Isabela Carvalho de Aquino; Amauri Pereira da Silva Filho; David Plácido Lopes Junior;
Rebecca Soares de Oliveira; Viviane Fernandes Feitoza;
Resumo:
Introdução: Hematoma extradural compreende uma coleção sanguinolenta entre o periósteo e
a superfície externa da dura-máter. Quase sempre sua etiologia é relacionada ao trauma, de
forma que representam cerca de 3% de todas as lesões traumáticas do cérebro. Sua ocorrência
espontânea é um evento raro, tanto que sua incidência não é conhecida. Objetivo: Apresentar
um caso de hematoma extradural crônico (HEDC) em um idoso sem histórico de trauma.
Métodos: Relato de caso. Resultados: Trata-se de paciente do sexo masculino, 68 anos, que
procurou o pronto socorro com confusão mental, desorientação de base, porém contatando.
Tem antecedente de doença de Alzheimer, um acidente vascular isquêmico e uso contínuo,
desde longa data, de Reminyl® ER (bromidrato de galantamina), aspirina e clopidogrel. Ainda,
refere tratamento prévio para trombose venosa profunda poplítea com varfarina sódica por
quatro meses. Nega trauma veemente. Ao exame, estado geral regular, eupneico, acianótico,
afebril, Glasgow = 12 e sem déficits. Foi admitido e, em seguida, evoluiu com confusão mental
importante, desorientação, cefaléia constante de intensidade moderada e uma crise convulsiva.
Hemograma, coagulograma (INR = 1,0), glicemia, eletrólitos, gasometria arterial, funções
hepática e pancreática, além de proteína C reativa foram solicitados e todos se encontravam
dentro dos limites da normalidade. Foi realizada uma tomografia computadorizada de crânio
que mostrou difusa atrofia cortical associada à coleção extra-axial, sugestiva de HEDC, mas
nenhuma fratura ou sinais de traumatismo. Foi instituída conduta definitiva e o paciente
apresentou remissão da sintomatologia. Conclusões: O HEDC espontâneo pode estar associado
com distúrbios de coagulação, afastados pelos exames complementares. O sangramento pode
ser justificado pelo uso contínuo de anticoagulantes, que, em algum momento, provocaram
alteração na coagulação determinando o sangramento que cronificou-se e passou a manifestar-
se clinicamente tardiamente. Assim, é fundamental a monitorização e controle do estado de
coagulação nos pacientes que usam essas medicações para evitar complicações graves.
NÚMERO DO PAINEL: 29
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: HEMATOMA SUBDURAL DE CLIVUS APÓS DRENAGEM DE HEMATOMA SUBDURAL
INTRACRANIANO E MEDULAR CONCOMITANTES - RARO RELATO DE CASO
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE SAO JOSE DO RIO PRETO
Autores: Ricardo Lourenço Caramanti; Ronaldo Brasileiro Fernandes; Dionei Freitas de Morais;
Eduardo Carlos da Silva; Antonio Ronaldo Spotti;
Resumo:
Introdução: Hematomas subdural medular e intracraniano concomitantes de origem traumática
são uma condição incomum, quando associados tardiamente ao hematoma subdural retroclival
se tornam ainda mais raros. Relato de caso: Paciente C. F. B, masculino, 51 anos, vítima de
trauma de crânio por queda de tora de madeira em região parietal direita cerca de 12 dias antes
da admissão. Referia cefaléia acompanhada de náuseas e dor lombar com dificuldade de
deambulação sem melhora com analgesia comum. Ao exame físico apresentou se com força
grau IV na perna direita. Não apresentava história de coagulopatias ou uso de medicamentos. A
RM de encéfalo e coluna lombar que evidenciaram lesões cerebral bilateral e medular com
extensão de T12 a S2 de característica isointensa em T2 e Hiperintensa em T1 compatíveis com
hematoma subdural intracraniano bilateral e hematoma subdural medular. O paciente foi
submetido a drenagem da hemorragia medular através de uma laminectomia L4 - S1 seguida de
durotomia, e no mesmo tempo cirúrgico, a drenagem do hematoma craniano por uma
trepanação em cada hemisfério. Após uma semana o paciente regressou com recidiva da
cefaléia sendo feita nova RM encefálica mostrando um hematoma subdural de clivus que foi
acompanhado ambulatorialmente sem apresentar complicações. Discussão: Kokubo et al.
realizou entre agosto de 2007 e setembro de 2011 um estudo prospectivo com 168 pacientes
portadores de hematoma subdural crônico com indicações de cirurgia. Estes pacientes foram
submetidos a um rastreio para hematoma subdural lombar através de RM de coluna lombar
sendo encontrados 2 casos concomitantes ( 1,2% ). No presente caso não foram encontrados
distúrbios de coagulação ou história de punção lombar. O paciente referiu apenas traumatismo
craniano,isso parece corroborar com a hipótese de migração do hematoma subdural craniano
para a região lombar conforme proposto em Bortolotti et al, uma vez que a fisiopatologia
permanece controversa devido ao espaço subdural medular ser avascular. Os hematomas
retroclivais traumáticos são em sua maioria extradurais secundários a acidentes de trânsito,
ocorrendo mais comumente na faixa etária pediátrica e apresentando - se com clínica mais
comum de paresia de nervo abducente. No caso dos subdurais retroclivais,estes representam
0,3% de todos os SDHs. Acreditamos que com a drenagem do hematoma medular, parte do
hematoma intracraniano tenha migrado para a região do clivus
NÚMERO DO PAINEL: 30
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: HEMATOMA TRAUMÁTICO BILATERAL DOS NÚCLEOS DA BASE
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR)
Autores: Murilo Bucci Vega; Pedro Tadao Hamamoto Filho; Marco Antônio Zanini;
Resumo:
Introdução: A hemorragia unilateral dos núcleos da base secundária ao traumatismo
cranioencefálico (TCE) é vista em apenas 3% dos casos. O acometimento bilateral dos gânglios
da base é uma condição extremamente rara. Objetivos: Relatar o caso de hemorragia bilateral
dos gânglios da base (HBGB) e discutir aspectos fisiopatológicos e prognósticos da lesão.
Método: Relato de caso e revisão da literatura. Resultados: Paciente masculino de 57 anos, dá
entrada ao serviço de neurocirurgia com quadro de TCE após espancamento. Ao exame físico,
apresentava-se comatoso (ECG 8), sem déficits localizatórios. Tomografia de crânio mostrou
hemorragia bilateral nos núcleos lentiformes, sem desvio de linha média, porém com contusão
cerebral, hemorragia subaracnóidea e hemorragia intraventricular. Paciente recebeu alta após
17 dias com quadro de disfunção cognitiva. Ressonância magnética no seguimento de longo
prazo mostrou lesões puntiformes difusas na substância branca, sugestivas de lesão axonal
difusa, além de área de gliose nos núcleos da base. A revisão da literatura foi feita nas bases
Cochrane, Medline, Embase e Lilacs; sendo encontrados apenas 11 relatos de caso semelhantes.
Discussão: A hemorragia espontânea dos núcleos da base é comumente encontrada em doenças
cerebrovasculares associadas à hipertensão arterial sistêmica. Nessas condições a hemorragia
se localiza no tálamo e na cápsula interna. Já as hemorragias traumáticas ocorrem tipicamente
no núcleo lentiforme e cápsula externa. O mecanismo não é completamente conhecido.
Acredita-se que se deva à distensão e ruptura de ramos da artéria coroideia anterior, após a
transmissão de forças de aceleração/desaceleração aplicadas sobre o vertex ou região occipital
do crânio. As manifestações clínicas da HBGB são dependentes da extensão do trauma e de
outras lesões associadas. Comumente há coma ou cefaleia. O prognóstico é variável, pois
depende das demais lesões associadas ao trauma, principalmente a lesão axonal difusa. De
maneira geral, pacientes com hematomas maiores de 25 ml, com volume crescente e com
hipertensão intracraniana refratária ao tratamento clínico têm pior prognóstico. Conclusão:
Apresentamos o décimo segundo caso de HBGH traumático. Destacamos que o prognóstico está
relacionado ao tamanho do hematoma e às lesões associadas, sendo os distúrbios cognitivos
muito frequentes e associados à lesão axonal difusa.
NÚMERO DO PAINEL: 31
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: MENINGITE DE REPETIÇÃO ASSOCIADA À FRATURA DE ESFENEOIDE E FÍSTULA LIQUÓRICA
(RELATO DE CASO)
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE - PB
Autores: Ronaldo Barbosa de Farias Júnior; Amauri Pereira da Silva Filho; Adysia Moreira
Florentino da Silva; Huggo Luan Barros Medeiros; Lucas Silva Xavier;
Resumo:
INTRODUÇÃO: Uma fístula liquórica com rinoliquorreia envolve a quebra de todas as barreiras
que separam o espaço subaracnóideo do trato aerodigestivo. Apresenta etiologia diversa, sendo
o traumatismo cranioencefálico (TCE) a causa mais frequente (aparece em até 30% dos
pacientes com fraturas da base do crânio) e se relaciona com alto risco de infecções ascendentes
(p. ex.: meningites). OBJETIVO: Este trabalho tem o objetivo de reportar um caso de múltiplas
meningites recorrentes em um paciente com fratura esfenoidal. RELATO DE CASO: Trata-se de
um paciente, sexo masculino, 16 anos, que foi admitido devido à rigidez nucal importante,
acompanhada de febre e vômitos. Procedeu-se a investigação e posterior e posterior coleta de
líquor que confirmou infecção bacteriana, sendo, então instituído tratamento especifico. Referia
TCE prévio (com abordagem cirúrgica para hematoma extradural temporário há 11 anos), desde
quando passou a apresentar rinoliquorreia direita continua associada a episódios frequentes de
cefaleia de forte intensidade, holocraniana, refratária à analgesia e associada a náuseas, vômitos
e rigidez nucal; quando, então, era diagnosticada meningite e, então, tratada com
antibioticoterapia. Diante dos antecedentes, foi considerada a hipótese de fratura de base do
crânio como causa base das infecções repetitivas, confirmada pela tomografia computadorizada
de crânio, que evidenciou fratura esfenoidal. Foi instituído tratamento cirúrgico para correção
da fistula liquórica via endonasal endoscópica, o qual se mostrou efetivo. O paciente passou a
queixar apenas de hipoacusia bilateral e disartria leve (desde o episodio de TCE). CONCLUSÕES:
As fístulas liquóricas devem ser consideradas no diagnostico diferencial de meningites
recorrentes e o seu tratamento exige uma estratégia terapêutica a fim de reduzir o risco de
infecções de repetição. A via endoscópica é altamente eficaz e segura no tratamento e está
associada a uma morbidade muito baixa sendo uma alternativa segura e eficaz em relação à
cirurgia transcraniana.
NÚMERO DO PAINEL: 32
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: MIGRAÇÃO DE HEMATOMA SUBDURAL AGUDO TRAUMÁTICO PARA A REGIÃO
RETROCLIVAL - RELATO DE CASO
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE SAO JOSE DO RIO PRETO
Autores: Ricardo Lourenço Caramanti; Ronaldo Brasileiro Fernandes; Dionei Freitas de Morais;
Eduardo Carlos da Silva; Fabiano Moraes Nogueira;
Resumo:
introducao Hematomas subdurais traumáticos de fossa posterior são raramente encontrados
em adultos, apresentando na maioria das vezes desfechos graves. Sua fisiopatologia permanece
incerta sendo possíveis causas a ruptura ligamentar e a fraturas óssea. Bertolutti et al. propôs
que o hematoma pode migrar para regiões mais baixas pelo fluxo liquórico, passando pela região
clival até atingir a medula espinhal. Neste artigo apresentamos um caso de migração de
hematoma subdural agudo para a região do clivus. RELATO DE CASO: E.C. , masculino, 78 anos,
vítima de traumatismo craniano com perda de consciência por queda de própria altura, sem
história de uso de anticoagulantes ou doenças hematológicas, deu entrada no nosso serviço em
glasgow 15 com pupilas isocóricas e fotorreagentes sem déficits motores. A tomografia de crânio
evidenciou hematoma subdural agudo laminar a direita associado a contusão frontal esquerda.
Optou - se por acompanhamento clínico com internação do paciente na unidade de terapia
intensiva. A tomografia de controle realizada 2 dias após o trauma mostrou manutenção do
sangramento subdural, sem aumento de volume e manutenção da área de contusão frontal
contralateral. Após 4 dias de observação o paciente evoluiu com piora do nível de consciência,
apresentando - se em glasgow de 12, sem alterações pupilares. Realizada nova tomografia que
mostrou diminuição do hematoma subdural a direita com migração do mesmo para a região
clival. O paciente foi submetido a uma derivação ventricular externa de urgência ficando estável
no pós operatório. DISCUSSÃO: Hematomas de fossa posterior são mais comumente extradurais
e encontrados nas crianças em virtude de acidentes automobilísticos. Os subdurais de clívus são
cerca de 0,3% de todos os hematomas subdurais. Devido a gravidade, a maioria dos pacientes
não sobrevive até o diagnóstico. A clínica mais comum dos hematomas de fossa posterior é a
paresia do nervo abducente, que pode ser acompanhada por outros pares cranianos. A
fisiopatologia pode estar associada a ruptura ligamentar e fraturas de base de crânio. Em 2004
Bortolutti sugeriu uma hipótese de migração do hematoma subdural da região craniana para a
região medular, passando desta forma, pela região clival. Acreditamos que neste caso houve
migração do hematoma subdural para a região clival provocando a compressão do tronco
cerebral, contribuindo para a piora tardia do nível de consciência do paciente.
NÚMERO DO PAINEL: 33
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO FERIMENTO POR ARMA DE FOGO COMO TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO EM UM HOSPITAL DE CURITIBA
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA
Autores: Luís Alencar Biurrum Borba; DALTON MAKOTO SENDA; IRLON DE OLIVEIRA JÚNIOR;
DAFNE BAYER; VANESSA CRISTINE BATISTÃO;
Resumo:
Introdução: Os traumatismos cranioencefálicos (TCE) provocados por projétil de arma de fogo
(PAF) são qualidade de trauma grave cada vez mais prevelentes, e são responsáveis por um
importante impacto negativo socioeconômico, devido sua morbimortalidade principalmente
sobre a população denominada economicamente ativa. Representam cerca 20,6% de todos os
traumas por PAF. Foram avaliados neste estudo características epidemiológicas como idade e
gênero e também fatores possivelmente associados ao prognóstico clínico-neurológico em 29
pacientes vítimas de PAF em crânio atendidos no Hospital Universitário Evangélico de Curitiba
(HUEC) num período de 2 anos. Método: Estudo retrospectivo analisando-se o prontuário de 29
pacientes com diagnóstico de TCE causado por PAF tratados cirurgicamente no serviço de
Neurocirurgia do HUEC entre janeiro de 2012 a janeiro de 2014. Resultados: O perfil
epidemiológico revelou predominância de vítimas do sexo masculino, idade média de 34 anos,
3 a 5 pontos na escala de coma de Glasgow à admissão, pupilas simétricas e com fotorreação
preservada, e, curiosamente eventos mais freqüentes às quartas-feiras. A análise tomográfica
revelou que 72,4% dos pacientes apresentavam hemoventrículo, e 31%, desvio de linha média.
Além disso, 57,1% apresentaram uma associação de fratura de crânio e contusão cerebral como
lesão primária e 53,6% não apresentaram lesões secundárias. A taxa de óbito foi de 20,7%. Nove
pacientes (31%) evoluíram com desfecho favorável e retorno parcial às atividades laborais
prévias. Discussão: Incidência maior em homens, com idade média de 30 anos, admitidos com
ECG entre 3 e 5, com maior prevalência de PAF no quadrante superior direito, assim como a
conduta conservadora na maioria dos casos e bom prognóstico nos casos em que houve
indicação de intervenção cirúrgica. Houve divergência quanto à prevalência, ao que concerne
ao dia da semana dos eventos (segunda-feira na literatura), pupila no momento da admissão
(isomiótica) e sobrevida dos pacientes (metade dos pacientes apresentados cursou com mau
desfecho e a outra metade com desfecho favorável). Conclusão: É de extrema importância a
correlação entre dados do TCE por PAF e seu prognóstico de modo a promover uma maior gama
de dados epidemiológicos à equipe neurocirúrgica do trauma, podendo esta, deste modo, obter
uma previsão dos episódios traumáticos e realizar uma conduta adequada e que vise sobretudo
o melhor prognóstico do paciente.
NÚMERO DO PAINEL: 34
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: PREVENÇÃO DO NEUROTRAUMA - “PENSE BEM – CAXIAS DO SUL”. ESTUDO
PROSPECTIVO RANDOMIZADO COM MÚLTIPLAS INTERVENÇÕES EM PRÉ-ADOLESCENTES E
ADOLESCENTES
Instituição: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
Autores: Asdrubal Falavigna; Elisa Braun Rizkalla; Natália Diel Lisboa; Francisco Turella
Bassanesi; Marco Antonio Koff;
Resumo:
Introdução: Uma intervenção única não modifica as atitudes básicas de prevenção de
neurotrauma. O estudo atual foi planejado para avaliar a eficácia de múltiplas intervenções na
modificação do conhecimento e atitudes para a prevenção de neurotrauma em pré-
adolescentes e adolescentes brasileiros. Materiais e Métodos: estudo randomizado controlado,
de estudantes da quinta série do ensino fundamental (EF) e do segundo ano do ensino médio
(EM) foram divididos em um grupo controle e dois grupos de intervenção (única/múltipla). O
estudo foi conduzido em 8 estágios: T1, questionário para medir referências prévias; T2, leitura
a respeito da prevenção de trauma; T3, reaplicação do questionário; T4, intervenção do
Departamento de Trânsito; T5, teatro sobre trauma e suas consequências; T6, intervenção dos
Bombeiros; T7, intervenção do serviço de Emergência Médica; e T8, reaplicando o questionário
utilizado em T1 e T3. Respostas foram consideradas positivas quando equipamentos de
segurança eram usados “sempre ou às vezes” e negativas quando “nunca” eram usados.
Resultados: A amostra consiste em 535 estudantes. Em relação a atitudes, estudantes em todos
os grupos mostraram, em qualquer estágio da pesquisa, comportamento preventivo em mais
de 95% do tempo com relação ao uso do cinto de segurança. Apenas houve diferenças entre
atitudes entre EF e EM na etapa T8, relativa ao uso de equipamento de segurança em bicicletas
no grupo de múltipla intervenção e relativo ao uso de equipamento de segurança nos skates e
rollers tanto em intervenção única como em múltipla. Essas diferenças foram causadas
principalmente pela redução de respostas positivas pelo grupo EM, em vez de pelo aumento de
respostas positivas pelo grupo EF. Entretanto, não houve diferença entre o grupo controle e
grupos com intervenção quando comparados, independentemente das atitudes dos estudantes
dos grupos analisados. A razão mais importante para não usar equipamentos de proteção era a
crença de que não se machucariam. Conclusão: Intervenções educacionais múltiplas e de
diferentes tipos direcionados a pré-adolescentes e adolescentes de escolas públicas e privadas
não modificaram a atitude da maioria dos alunos em relação a prevenção de trauma.
NÚMERO DO PAINEL: 35
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS LESOES TRAUMÁTICAS DO NERVO FIBULAR
Instituição:
Autores: Carlos Alexandre Zicarelli; Paulo Henrique Pires de Aguiar; Sergio Murilo Georgeto;
Francisco Spessatto Pesente; Bárbara Itimura;
Resumo:
Introdução: O nervo fibular comum é dividido em sua porção superficial onde exerce função
motora de eversão do pé e função sensitiva da parte lateral distal da perna e dorso do pé. Já sua
porção profunda exerce função motora de extensão do pé e dos dedos e sua função sensitiva se
restringe a uma área pequena entre o hálux e o segundo dedo. A lesão do nervo fibular pode
ocorrer de diversas formas porém entorses do tornozelo relacionados a atividades esportivas
ganham espaço neste tipo de lesão. Objetivos: Os autores expõem a sua casuística de lesão de
fibular e comentam as suas particularidades e opções de cirurgia. Material e Métodos: De 1998
a 2011, cinco casos de lesões do nervo fibular foram operados pelo cirurgião sênior (PHPA). Os
casos foram classificados de acordo com as escalas de Sedon e Sanderland. Todos os casos foram
diagnosticados através de Eletroneuromiografia (ENMG). Os pacientes foram divididos em 2
grupos. Grupo 1 com evidencia de Neuropraxia em ENMG e Grupo 2 com evidencia de
Neurotmese. Os resultados pós-operatórios foram avaliados em avaliações frequentes e
realização de testes funcionais. Nos casos de neuropraxia a neurólise do nervo foi indicada e nos
casos de neurotmese a anastomose sural foi preconizada. Resultados: Dos cincos casos, quatro
eram do sexo masculino e um paciente era do sexo feminino. O mecanismo de lesão foi
predominante traumático. Dois casos relacionados ao esporte e um caso por acidente
automobilístico. Um caso de lesão ocorreu após uma cirurgia vascular e outra iatrogênica após
procedimento ginecológico. Três casos apresentaram evidencia de neuropraxia e dois casos
evidencia de neurotmese pela ENMG. Nos seguimentos funcionais os pacientes submetidos a
neurólise apresentaram melhora funcional e nos casos de neurotmese somente um caso houve
uma melhora discreta não influenciando da melhora da capacidade funcional. Conclusão: Nos
casos de lesão do nervo fibular com evidëncia de neurotmese em ENMG a neurólise do nervo é
eficaz influenciando positivamente na capacidade funcional.
NÚMERO DO PAINEL: 36
Temário: Neurotrauma e Neurointensivismo
Título: TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO: CAUSAS E PERFIL DA VÍTIMA IDOSA EM UM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO.
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGÉLICO DE CURITIBA
Autores: Luis Alencar Borba;
Resumo:
Introdução: O trauma representa um problema de saúde pública cujas lesões afetam a qualidade
de vida das vítimas. Estudo demonstrou que 11,5% dos casos de Traumatismo cranioencefálico
(TCE) ocorreram em indivíduos com > 61 anos. De acordo com OMS, qualquer individuo com ≥
65 anos é considerado idoso. Assim, é fundamental a identificação do mecanismo do trauma,
estado geral e o provável prognóstico da vitima a fim de otimizar o tratamento e prevenção.
Método: Foi realizado estudo retrospectivo por meio da análise do prontuário de 65 vítimas de
TCE com idade ≥ 65 anos internadas no serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitários
Evangélico de Curitiba (HUEC) no período de janeiro 2012 a janeiro 2014. Investigou-se o perfil
epidemiológico, mecanismo de ação indutor do trauma, Escala de Coma de Glasgow (ECG),
pupila, presença de hemoventrículo, lesões identificadas pelos exames de imagem. Resultado:
Dos 65 pacientes internados, 60% eram do sexo masculino entre 65-103 anos. O mecanismo
prevalente foi queda. A maioria sofreu TCE leve com pupilas isocóricas fotorreagentes.
Constatou-se que ¼ das vitimas com hemoventrículo foi a óbito. 3 pacientes evoluíram a óbito
e apenas 7,7% das vítimas foram submetidos tratamento com craniectomia descompressiva.
Discussão: A idade do paciente é um fator importante para a recuperação. O TCE mostrou-se
prevalente no sexo masculino e a principal causa são as quedas. A ECG também foi
predominantemente 15 com pupilas isocórica fotorreagente. Sabendo que o perfil da vítima
idosa, torna-se necessário maior investimento nas questões de saúde do idoso com ênfase na
prevenção.
NÚMERO DO PAINEL: 37
Temário: Vascular
Título: ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO HEMORRÁGICO NÃO TRAUMÁTICO NA POPULAÇÃO
PEDIÁTRICA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NA PARAÍBA
Instituição: H TRAUMA-CG / CLÍNICA SANTA CLARA
Autores: Amauri Pereira da Silva Filho; Miriam Lucia Galvão Lucena; Anne Jamille Ribeiro
Sampaio; Larissa Pinto de Farias Tenório; Pammela Dayana L.C. Machado;
Resumo:
Introdução: O Acidente Vascular Encefálico hemorrágico (AVEh) representa uma causa
importante de doença grave com alta morbidade em pediatria. A incidência desta afecção em
crianças é 1,4 por 100.000/ano. As principais etiologias são o traumatismo crânioencefálico e as
doenças vasculares, com destaque para as malformações vasculares. Dentre os AVEh, a
hemorragia intraparenquimatosa é o tipo mais comum e alcança até 50% de todos os casos.
Objetivo: Este trabalho tem por fim estudar as características clínicas dos AVEh espontâneos na
faixa etária pediátrica em um hospital terciário. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo,
de caráter descritivo, com abordagem quantitativa dos dados de 22 prontuários de pacientes
com até 18 anos de idade, admitidos em um hospital terciário no interior da Paraíba, que
receberam diagnóstico de AVEh não traumático, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2014. Os
dados foram coletados a partir de um formulário padrão e organizados em planilha do Microsoft
Excel 2007. Resultados: Dentre as causas, as doenças vasculares representaram o maior número,
com 45,46% (n= 10); seguidas pelas doenças hematológicas, com 27,28% (n= 6); as doenças
infecciosas – sepse – apresentaram 18,19% (n= 4) e aquelas relacionadas a medicamentos
surgiram com 4,64% (n= 1). As malformações arteriovenosas representaram 60% das afecções
vasculares, enquanto os aneurismas cerebrais e a hipertensão arterial sistêmica, responderam
por 30% e 10%, respectivamente. As doenças hematológicas encontradas foram distúrbios da
coagulação (50%), leucemias (33,33%) e anemia falciforme (16,67%). Os medicamentos
utilizados foram quimioterápicos (66,67%) e anticoagulantes (33,33%). Todos os pacientes
apresentaram cefaleia, 66,67% cursaram com crises convulsivas e 50% com alteração do nível
de consciência. Foi instituído tratamento cirúrgico de emergência em 54,54% (n= 12) e 45,46%
(n= 10) faleceram durante a internação. Déficits neurológicos no momento da alta foram
documentados em 50% dos sobreviventes. Conclusão: A etiologia do AVEh na população
pediátrica difere dos adultos, contudo os índices de mortalidade também são elevados nessa
faixa etária, a despeito dos avanços dos métodos diagnósticos e das técnicas neurocirúrgicas.
Além disso, as causas mais frequentes relatadas foram malformações arteriovenosas e
disfunções hematológicas.
NÚMERO DO PAINEL: 38
Temário: Vascular
Título: ANEURISMA GIGANTE EM ADOLESCENTE – RELATO DE CASO
Instituição: FACULDA DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: David Plácido Lopes Júnior; Amauri Pereira da Silva Filho; Isabela Carvalho de Aquino;
Viviane Fernandes Feitoza; Rebecca Soares de Oliveira;
Resumo:
Introdução: Aneurisma intracranianos são dilatações em artérias tipicamente em pontos de
bifurcação, podendo ser caracterizado quanto a sua morfologia e tamanho, este último,
podendo variar de pequeno a gigante, sendo os gigantes apenas 5-7% dos aneurismas, e
tipicamente mais comuns em mulheres por volta da quinta a sexta década de vida. Objetivos:
Relatar caso de um aneurisma gigante em uma adolescente. Métodos: Relato de caso.
Resultados: V.S.S., 15 anos, solteira, parda; foi admitida com queixa de cefaleia súbita há cinco
dias, seguida de vômitos e febre. Ao exame físico, Glasgow 15 e Hunt-Hess 1, consciente,
orientada, sem déficit motor, apresentando lombalgia e rigidez nucal. A Tomografia
Computadorizada de crânio sem contraste evidenciava hematoma intraparenquimatoso,
próximos dos gânglios basais esquerdos, associado a hemoventriculo; Na Angiografia cerebral
foi encontrado um aneurisma sacular em artéria carótida interna esquerda com 25mm de
diâmetro. A paciente evoluiu com dois episódios de ressangramentos e foi a óbito. Conclusão:
O rompimento de aneurisma cerebral apresenta uma elevada taxa de morbimortalidade,
afetando uma população bem específica, porém, não pode-se esquecer de tal patologia como
diagnóstico diferencial em crianças com sintomatologia típica, prevenindo, de tal modo, um pior
prognóstico nesses pacientes.
NÚMERO DO PAINEL: 39
Temário: Vascular
Título: ANEURISMA INTRACRANIANO ASSOCIADO A HEMATOMA SUBDURAL AGUDO: RELATO
DE CASO
Instituição: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE ITATIBA E HOSPITAL E MATERNIDADE SABIN/
UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Autores: GISELE CRISTINA GARCIA DA SILVA; MARCOS KENDI SEKINE; DANIELA ESPERINI
GUIMARÃES; PAULO QUEIROZ LUCIANO; CARLOS ALBERTO GONÇALVES LEMES;
Resumo:
Introdução: Na maioria dos casos, hematoma subdural agudo (HSDA) está relacionado a
traumatismo cranioencefálico e é tipicamente causado pelo cisalhamento de veias pontes
corticais ou da superfície do cérebro. Hemorragia em consequência a aneurisma intracraniano
usualmente apresenta-se como hemorragia subaracnoidea (HSA) e hemorragia
intraparenquimatosa. HSDA espontânea é incomumente encontrada. A incidência de HSA
associada à HSDA varia de 0,5% a 7,9% .O presente relato de caso descreve paciente do sexo
feminino, sem história de traumatismo cranioencefálico ou coagulopatias com rebaixamento de
consciência e hemiparesia à esquerda, apresentando HSA associada a HSDA consequente a
presença de aneurisma intracraniano. Objetivos: Apresentar a relação incomum da HSDA com
HSA proveniente da artéria comunicante posterior exibindo as características incomuns da
apresentação de HSDA. Método: Relato de caso clínico de paciente de 56 anos com HSA Fisher
4 e Hunt-Hess 3 associado a HSDA, tendo angiografia compatível com aneurisma artéria
comunicante posterior. Resultados: Paciente submetida inicialmente à craniotomia fronto-
temporo-parietal de urgência para drenagem de HSDA. Posteriormente submetido a estudo
angiográfico onde foi evidenciado aneurisma de artéria comunicante posterior tendo sido
abordada no 40 dia de sangramento por microcirurgia. Evoluiu com quadro de vasoespasmo
clínico no 70 dia de sangramento apresentando piora de função motora.Paciente permaneceu
na unidade de terapia intensiva por 16 dias.No momento, em acompanhamento ambulatorial,
apresentando melhora significativa dos sintomas, mantendo hemiparesia à esquerda e disfasia.
Conclusão: A HSA associada a HSDA é apresentação clínica incomum O tratamento cirúrgico para
drenagem de HSDA e clipagem do aneurisma intracraniano além do manejo das complicações
contribuem para uma resolução satisfatória. Portanto, a história clínica para HSDA deve ser
minuciosa e quando a origem traumática não for bem estabelecida deve-se sempre pensar na
associação aneurismática.
NÚMERO DO PAINEL: 40
Temário: Vascular
Título: ANEURISMA SACULAR DA ARTÉRIA CALCARINA: UM RELATO DE CASO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Rebecca Soares de Oliveira; Amauri Pereira da Silva Filho; Isabela Carvalho de Aquino;
David Plácido Lopes Júnior; Viviane Fernandes Feitoza;
Resumo:
Introdução: Os aneurismas da artéria cerebral posterior (ACP) são entidades clínicas raras (1-2%
de todas os aneurismas cerebral e de cerca de 7% de todos os aneurismas da circulação
posterior); e aqueles localizados no segmento P3 representam apenas 13% dos aneurismas da
ACP, o que representaria uma incidência aproximada de 0,09% de todos os aneurismas
cerebrais. Objetivo: Esse trabalho tem o objetivo de relatar um caso de aneurisma secular de
artéria calcarina. Resultado: Paciente do sexo feminino, 67 anos, com antecedentes de
depressão e hipertensão arterial sistêmica (HAS) sem controle efetivo. Sem antecedentes de
trauma, queixa-se de cefaleia de intensidade leve a moderada, em peso, no vértice, de fácil
controle à analgesia comum e acompanhada de mal-estar e picos hipertensivos há cerca de uma
semana. Procurou o pronto-socorro em função do aumento da intensidade da cefaleia, agora
associada a vertigem e episódios eméticos. Ao exame, estado geral regular, consciente,
orientada, afebril, fácies de dor, pressão arterial (PA) de 162x100mmHg, pares cranianos
normais e Kerning positivo. O eletrocardiograma revelou taquicardia sinusal; tomografias
computadorizadas de crânio, hematoma intraparenquimatoso em região temporo-occipital
esquerda, na transição córtico-subcortical associado a discreta hemorragia subaracnóide nos
sulcos occipitais e arteriografia mostrou aneurisma sacular na porção média da artéria calcarina
esquerda (1,78x2,52mm), associado a vasoespamo moderado da ACP. Foram realizados
controles tomográficos e controle da PA e optou-se pela abordagem não-cirúrgica
(embolização). Foram descartados cardiopatias e infecções. Conclusão: Trata-se de um caso
extremamente raro, possivelmente associado a fatores genéticos e clínicos (HAS), uma vez que
esta região trata-se de um fluxo terminal, que não guarda associação com aneurismas micóticos
nem trauma e não possui bifurcações arteriais; destarte, sem estresse hemodinâmico que
justifique a presença de aneurismas nesta localização.
NÚMERO DO PAINEL: 41
Temário: Vascular
Título: CAVERNOMA DE TRONCO CEREBRAL RELATO DE CASO
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGELICO DE CURITIBA
Autores: Luis Alencar Biurrum Borba; Leandro Borba Moreira; Johnni Osvaldo Zamponi Junior;
Bruno V. Rocha; Leonardo Carmo Kawakame;
Resumo:
INTRODUÇÃO:Cavernomas, também conhecidos como hemangiomas cavernosos, são lesões
não neoplásicas do sistema nervoso central e caracterizam-se como múltiplas malformações
focais que afetam os vasos sanguíneos cerebrais. Apesar de sua incidência estar aumentando
nos últimos anos devido à melhores métodos de diagnóstico por imagem, são considerados
raros, com prevalência de 5% a 10% entre todas as malformações cerebrovascular. O índice de
hemorragia desses cavernomas chega a ser 30x maior do que os de outras localizações. Devido
à sua localização anatômica é grande a probabilidade que a hemorragia cause
comprometimentos neurológicos graves. O objetivo deste relato é apresentar a evolução clínica
de um paciente antes e após ressecção de cavernoma em tronco cerebral. CASO:W.A.I.J. 29
anos, cobrador de ônibus. Procurou o P.S. do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba
devido a soluço incoercível há 20 dias. Referiu dificuldade para falar e deglutir com início no dia
anterior a procura do serviço, cefaléia holocraniana, esporádica e de moderada intensidade há
3 meses. Ao exame físico o paciente apresentava disartria e acometimento de X e XII nervos
cranianos à direita. RM de crânio apresentou lesão expansiva e parcialmente limitada no tronco
cerebral (18mm), protraindo parcialmente para IV ventrículo. Foi submetido à microcirurgia de
ressecção da lesão. No 1 P.O., paciente encontrava-se respirando espontaneamente, GCS 15. No
10 dia após internação, recebeu alta hospitalar para acompanhamento ambulatorial em BEG,
GCS15, alimentando-se via oral, sem necessidade de traqueostomia. DISCUSSÃO:A ressecção de
lesões no tronco cerebral continua sendo um desafio mesmo entre os neurocirurgiões mais
habilidosos. A indicação cirúrgica nos casos de cavernomas supratentoriais (e cerebelares) em
pacientes jovens com sintomas leves ou não incapacitantes pode ser motivo de
questionamento. Entretanto, uma ressecção cirúrgica eletiva pode ser indicada para esses
indivíduos devido ao risco cumulativo de sangramento ou dos comprometimentos neurológicos
ao longo do tempo. A decisão sobre quando operar um cavernoma de tronco deve ressaltar os
sintomas e sinais nucleares, bem como a presença de sintomas agudos. CONCLUSÃO:Os
cavernomas apresentam grandes dificuldades e peculiaridades tanto ao médico como ao
paciente, porém estas condições podem ser minimizadas e contornadas através da sua
cuidadosa remoção com segurança por meio de acesso cirúrgico ideal.
NÚMERO DO PAINEL: 42
Temário: Vascular
Título: DISSECÇÃO ESPONTÂNEA DA ARTÉRIA SUBCLÁVIA COM OCLUSÃO DA ARTÉRIA
VERTEBRAL
Instituição: UFPI
Autores: Ânderon Batista Rodrigues; Paulo César de Jesus Gonçalves Júnior; Felipe Batista
Rodrigues; MARX LIMA DE BARROS ARAÚJO; Benjamim Pessoa Vale;
Resumo:
INTRODUÇÃO: Dissecção da artéria subclávia (DAS) é uma entidade rara, sendo geralmente
associada a vasculatura aórtica anômala, trauma ou lesão iatrogênica durante cateterização ou
angioplastia. A DAS, espontânea ou minimamente traumática, é um evento incomum e só
recentemente foi descrita. As principais manifestações clínicas são dor no peito e nas costas e,
por vezes, sintoma neurológico com déficit focal. Quando associada à oclusão da artéria
vertebral (OAV), pode ocasionar insuficiência vertebro-basilar, manifestando-se com sintomas
como vertigem, ataxia, diplopia ou distúrbios de visão. Descrevemos um caso de dissecção
espontânea da artéria subclávia manifestando com infarto cerebelar. OBJETIVO: Relatar um caso
de dissecção espontânea da artéria subclávia esquerda com OAV ipsilateral. METÓDOS: As
informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente,
registro de métodos diagnósticos e revisão da literatura. RELATO DE CASO: Paciente masculino,
58 anos, deu entrada em pronto-socorro com dor precordial com irradiação para a mandíbula,
vômitos, vertigem, diplopia e ataxia iniciadas quatro horas antecedendo a admissão hospitalar.
Na anamnese, paciente relatou história prévia de hipertensão arterial sistêmica e
revascularização miocárdica. Ao exame físico, foi encontrado sopro supraclavicular à esquerda.
Foram realizados eletrocardiograma, doppler de carótidas e vertebrais e arteriografia do arco
aórtico e dos troncos supra-aórticos. O doppler mostrou difícil caracterização do fluxo vertebral
esquerdo e a arteriografia evidenciou dissecção da artéria subclávia esquerda com extensão até
à origem da artéria vertebral, com oclusão da mesma, confirmando o diagnóstico. Como
tratamento, optou-se pela angioplastia com implante de stent. Realizou-se nova angiografia
para seguimento e constatou-se o reestabelecimento do fluxo arterial. CONCLUSÃO: A DAS de
modo espontâneo é um evento raro, devendo ser lembrado nos casos de insuficência vertebro-
basilar ou isquemia de fossa posterior, pela possibilidade de oclusão da artéria vertebral. O
tratamento cirúrgico é pouco relatado na literatura por causa de sua ocorrência rara. A técnica
endovascular com implante de stent tem sido a terapia de escolha. Há relatos na literatura de
sucesso com tratamento conservador, utilizando heparina e antiagregantes plaquetários.
NÚMERO DO PAINEL: 43
Temário: Vascular
Título: DOENÇA DE MOYAMOYA EM PACIENTE DE 26 ANOS APRESENTANDO COMO
COMPLICAÇÃO HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA: UM RELATO DE CASO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Miriam Lucia Galvão Lucena; Amauri Pereira da Silva Filho; Anne Jammile Ribeiro
Sampaio; Pammela Dayana L.C. Machado; Verônica Cavalcante Pedrosa;
Resumo:
INTRODUÇÃO: A doença cerebrovascular oclusiva crônica, conhecida por Doença de Moyamoya
(DMM), é uma patologia rara e com etiologia ainda não comprovada; apresenta maior incidência
em crianças com menos de 10 anos, no sexo feminino e em asiáticos. Caracteriza-se por
estenose progressiva da porção terminal da artéria carótida interna bilateralmente e da porção
proximal das artérias cerebral anterior e cerebral média, assim como, pela neoformação de
pequenos vasos colaterais, o que dá o aspecto diagnóstico tradicional da DMM – Moyamoya do
japonês esfumaçado. OBJETIVO: Relatar um caso de DMM no Brasil, que se manifestou na forma
de Hemorragia Subaracnóidea (HSA) em uma paciente de 26 anos. MÉTODO: Estudo
observacional desenvolvido a partir de pesquisa em prontuário e acompanhamento
ambulatorial de uma paciente admitida em hospital de referência em neurocirúrgica.
RESULTADOS: Paciente sexo feminino, 26 anos, sem antecedentes patológicos, apresentou
quadro de cefaleia súbita de forte intensidade, associada à confusão mental, desorientação e
fraqueza nos quatro membros. Evoluiu com piora progressiva em poucas horas, acompanhada
de crise convulsiva. No exame neurológico, apenas uma discreta rigidez de nuca e déficit de
força muscular à direita. Na tomografia computadorizada de crânio foi evidenciada hidrocefalia
comunicante e uma discreta HSA entre os sulcos e giros à esquerda. Diante da hidrocefalia, foi
realizada Derivação Ventrículo Peritoneal de urgência. Exames de rotina de sangue estavam
normais. Foi solicitada angioressonância, que demonstrou arquitetura vascular compatível com
DMM, sendo confirmado o padrão com uma arteriografia. Foi realizado cirurgia de
revascularização encefálica, sendo feito um by-pass da artéria temporal superficial para a artéria
cerebral média. A paciente evoluiu com melhora progressiva do quadro, recuperando os déficits
neurológicos antes mesmo da cirurgia. No momento, encontra-se estável e sem alterações.
CONCLUSÃO: Complicações hemorrágicas na DMM são raras, porém, em concordância com o
exposto nesse caso, os estudos atuais ressaltam uma maior prevalência desses eventos na idade
adulta, quando comparadas aqueles vistos na faixa pediátrica. Essa patologia, embora mais
comum nos países asiáticos, não pode ser descartada das investigações médicas brasileiras.
NÚMERO DO PAINEL: 44
Temário: Vascular
Título: FÍSTULA ARTÉRIO-VENOSA EXTRA E INTRA DURAL E INTRA E EXTRA CRANIANA
MIMETIZANDO TUMOR MEDULAR: RELATO DE CASO.
Instituição: UNOESTE
Autores: Pedro Henrique Petit da Silva Becker; Antônio Roberto Ferreira da Silva; Antônio
Fernandes Ferrari; Eduarda de Oliveira Maia; Monique de Oliveira Ceranto;
Resumo:
Introdução: As malformações arteriovenosas são o tipo mais comum de anomalia vascular do
sistema nervoso central (SNC), sendo as fístulas arteriovenosas responsáveis por um quinto
destas alterações e com um potencial fatal para os pacientes. Os acometidos podem apresentar
se assintomáticos ou com sintomas como zumbidos, entre outros. Objetivo: Descrever um caso
de fístula artério venosa com componentes intra e extra durais e intra e extra cranianos, raro na
literatura. Relato de caso: E.C.O., feminino, 50 anos, admitida com cervicalgia e cefaléia há 30
dias, evoluindo com hemiparesia grau 2 à esquerda. Ao exame físico apresentava paresia de
membro superior direito e hipoestesia em hemicorpo direito; exames de imagem do encéfalo
normais; RNM da coluna cervical mostrou lesão expansiva à esquerda com hiposinal em todas
as ponderações, intradural e extramedular, causando compressão medular entre C2 e C5 e sinais
de mielomalácia em T2 nos mesmos níveis. Foi realizada abordagem cirúrgica na qual notou-se
lesão com características vasculares, levando a interrupção do procedimento. Realizada
arteriografia de vasos cervicais e cerebrais confirmou se a presença de fístula vertebro-jugular
cervical a esquerda associada à irregularidades na morfologia arterial e a um aneurisma sacular
em sua origem; notou-se ainda a presença de fístula entre a artéria cerebral posterior e a veia
jugular também à esquerda; paciente evoluiu a óbito 23 dias após admissão por choque séptico
secundário a pneumonia antes que tivesse sido realizado o tratamento endovascular proposto.
Discussão: As fístulas arteriovenosas do SNC podem ser congênitas hereditárias ou esporádicas.
As lesões da coluna cervical com componentes intra e extra durais são extremamente raros e as
fístula vertebro-venosas constituem uma forma rara de fístula e é incomum esta apresentar se
com radiculopatia. Nos casos não relacionados a traumas a etiologia tem origem em aletrações
dos genes responsáveis pelo controle da angiogênese. A sintomatologia neste caso foi
decorrente de efeito compressivo sobre a medula. Essas anomalias podem ser tratadas por via
aberta ou endovascular, sendo este último o tratamento de escolha. Conclusão: Casos de fístulas
arteriovenosas com componentes intra e extradurais são raros, existindo poucos casos descritos
na literatura com as características anatômicas descritas, bem como com a repercussão clínica
encontrada neste paciente.
NÚMERO DO PAINEL: 45
Temário: Vascular
Título: HEMORRAGIA INTRACRANIANA MULTIFOCAL ASSOCIADA À LEUCEMIA AGUDA COM
DESFECHO FATAL
Instituição: FACISA
Autores: Larissa Pinto de Farias Tenório; Amauri Pereira da Silva Filho; Miriam Lucia Galvão
Lucena; Anne Jamille Ribeiro Sampaio; Pammela Dayana L.C. Machado; Larissa Pinto de Farias
Tenório; Amauri Pereira da Silva Filho; Miriam Lucia Galvão Lucena; Anne Jamille
Resumo:
Introdução: Hiperleucocitose é uma emergência médica referida à contagem de leucócitos de
sangue periférico superior a 100.00 cél/mm³. A leucemia aguda cursa como causa mais comum
na prática pediátrica, ainda que o Sistema Nervoso Central (SNC) seja muito frequentemente
acometido por complicações dela advindas. Objetivo: O presente trabalho visa relatar um caso
de hiperleucocitose associada a múltiplos focos hemorrágicos no SNC. Método: Estudo
desenvolvido a partir de pesquisa documental, ancorada em dados obtidos do prontuário
médico do paciente, admitido em um hospital de referência em Neurocirurgia no interior da
Paraíba. Além disso, realizou-se observação da internação, bem como acompanhamento
ambulatorial do referido caso, o que fora associado à consulta bibliográfica em base de dados
com indexação. Resultados: Paciente sexo feminino, 14 anos, com histórico de obesidade e
hipertensão arterial sistêmica, tendo sido admitida com queixa de rebaixamento do nível de
consciência, associado a crises convulsivas e instabilidade hemodinâmica. Ao exame, estado
geral ruim, dispneica, afebril, bradicardica, pressão arterial 192 x 108 mmHg, Glasglow 8T
(sedada em intubação orotraqueal e ventilação mecânica). A partir disso, iniciou-se conduta de
suporte e solicitação de exames complementares. O hemograma completo, com análise de
esfregaço periférico, mostrou hiperleucocitose (349.000 cel/mm³), plaquetopenia (116.000
cél/mm³) e 95/% de células jovens; ionograma apontou hipercalemia (7,2mEq/l); tomografia
computadorizada de crânio demonstrou múltiplos focos hemorrágicos na transição córtico-
subcortical, em localizações não habituais para sangramentos hipertensivos – regiões fronto-
tempo-parietal direita; frontal, temporal e parietal esquerdas. O quadro seguiu com a paciente
tendo apresentado parada cardiorrespiratória, com ressuscitação não efetiva, o que cursou sem
tempo hábil para confirmação diagnóstica e conduta definitivos. Conclusão: Apesar da Leucemia
Linfoide Aguda (LLA) ser mais prevalente até os 14 anos, os eventos do SNC e a leucostase
pulmonar são mais comuns em crianças com Leucemia Mieloide Aguda (LMA), patologia que
também se associa à mortalidade precoce significativamente maior nesta faixa etária. Os
distúrbios metabólicos são comuns devido à contagem alta de blastos. Os dados clínicos afastam
o diagnóstico de reação leucemóide e podem ser justificados pela infiltração medular aguda, o
que sugere tratar-se de um quadro de leucemia aguda.
NÚMERO DO PAINEL: 46
Temário: Vascular
Título: PROTOTIPAGEM DE ANEURISMAS INTRACRANIANOS UTILIZANDO ELASTÔMEROS
Instituição: FACULDADE EVAGÉLICA DO PARANÁ
Autores: Leonardo Brancia Pagnan; André Giacomelli Leal; José Aguiomar Foggiatto; Raphael
Teruaki Kondo;
Resumo:
Estima-se que os aneurismas intracranianos (AI) não-rotos estejam presentes em 6% da
população. A alta mortalidade está associada com a ruptura dos AI, que ocorrem em 2% dos
casos, causando 80% das hemorragias aracnoides espontâneas. Portanto, é necessário instituir
o tratamento adequado. As duas intervenções cirúrgicas possíveis são a embolização
intravascular e a microcirurgia. Esta última possui risco de ruptura do AI no intra-operatório,
devido à manipulação excessiva. Para minimizar esses riscos, diversos estudos têm elaborados
modelos em três dimensões para auxiliar no planejamento cirúrgico. A técnica mais utilizada é
a prototipagem rápida. Este trabalho pretende utilizar essa técnica para auxiliar o planejamento
cirúrgico criando modelos tridimensionais de elastômeros, com a possibilidade de simular a
cirurgia de clipagem de AI; o que significa redução nos custos, menor tempo de operação e, o
mais importante, menos risco para o paciente. O estudo foi realizado em duas etapas. A primeira
consistiu em selecionar dois pacientes e suas respectivas angiotomografias, processá-las em
softwares específicos e imprimir os biomodelos em três dimensões. O material utilizado é
flexível podendo ser clipado para auxiliar no planejamento cirúrgico. Na segunda fase, o modelo
foi esterilizado por óxido de etileno e comparado com as imagens da angiotomografia . Os
protótipos representam a forma exata da angioarquitetura dos AI’s em tamanho real,
principalmente do colo aneurismático. Com a esterilização do material, foi possível simular a
clipagem cirúrgica devido a flexibilidade do material. Os modelos se mostraram fiéis à
angiotomografia. Seu material maleável permitiu a prática do procedimento, apesar de não
representar a real elasticidade da parede aneurismática. Espera-se que estudos futuros
aprimorem a técnica de prototipagem e a apliquem em uma série maior de pacientes.
NÚMERO DO PAINEL: 47
Temário: Vascular
Título: RELATO DE CASO: MOYA-MOYA
Instituição: HOSPITAL SANTA RITA DE MARINGÁ
Autores: Victor Hugo da Costa Benalia; Luciano Truite; Wagner Munemori Mariushi;
Resumo:
Primeiramente descrita no Japão, em 1957, a doença de Moya-Moya, consiste em um vasculite
de origem idiopática, que em sua apresentação clássica, acomete os vasos do polígono de Willis,
criando neovascularização e oclusões arteriais. O presente relato consiste em paciente de
26anos, feminina evolui com quadro de cefaléia e sonolência, subimetida a RNM e angiografia,
que evidenciaram doença de Moya-Moya. O tratamento proposto baseou-se em anticoagulação
com antiagregante plaquetario e bypass intracraniano entre artéria meníngea e artéria cerebral
média. Mantendo-se a paciente com antiagregação plaquetária (suspenso para o tratamento
cirurgico apenas) e realizado o bypass vascular, a paciente apresentou boa evolução clinica,
mantendo-se sem novos episódios clinicos até o momento.
NÚMERO DO PAINEL: 48
Temário: Vascular
Título: SÍNDROME DA MÃO ALIENÍGENA E SÍNDROME DE GERSTMANN APÓS ACIDENTE
VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
Autores: Joubert Borges de Almeida Junior; Nágila Pereira Mendes; Wander Nasser Naves;
Guilherme Lourenço de Castro Junior; José Edison da Silva Cavalcante;
Resumo:
INTRODUÇÃO A síndrome da mão alienígena (SMA) é definida como uma atividade motora
involuntária do membro superior juntamente com percepção estranha do membro. Sendo
comum seu surgimento após acidente vascular encefálico (AVE) agudo. Não há correlação direta
da topografia da lesão com os sintomas apresentados, diferentemente da Síndrome de
Gerstmann, que tem correlação topográfica como o lobo parietal dominante e é caracterizada
por acalculia, disgrafia, agnosia digital e confusão direita-esquerda. OBJETIVO(S) Relatar caso de
SMA e de Síndrome de Gesrtmann e fazer breve revisão. MÉTODO Coleta e elaboração de caso
clínico seguida de revisão de literatura. RESULTADOS/RELATO DE CASO Paciente do sexo
feminino, 30 anos foi admitida em PS com queixa de quadro súbito, há 24 horas, de atividade
motora involuntária e incoordenada de MSD e quadro sugestivo de afasia sensitiva. Refere
também cefaleia hemicraniana em aperto e cervicalgia, ambas à esquerda. Ao exame
neurológico, apresentava hipoestesia e parestesia em dimídio direito, agrafia, acalculia, agnosia
digital, confusão direita-esquerda e comprometimento da propriocepção consciente à direita.
Procedeu-se internação e solicitação de exames entre os quais RM de encéfalo, o laudo revelou
isquemia aguda, predominantemente córtico e subcortical, interessando o aspecto posterior do
córtex da ínsula, e giro temporal superior, do lado esquerdo e edema citotóxico com
apagamento de sulcos e fissuras corticais nessa topografia. Fez-se as hipóteses diagnósticas de
AVEI agudo levando à síndrome de Gerstmann e SMA. Solicitou-se angio-RNM de vasos do
pescoço, cujo laudo revelou dissecção recente com acentuada redução do fluxo arterial
comprometendo os segmentos carotídeos internos cervical, petroso, cavernoso, clinóideo,
oftálmico e comunicante, do lado esquerdo. Doppler de carótidas e vertebrais, realizado 03 dias
após início da anticoagulação, sugeriu aparente estreitamento da luz da carótida interna
esquerda próximo à sua entrada na calota craniana. CONCLUSÃO Paciente em questão evoluiu
com AVEi extenso, predominante em lobo parietal dominante, após Dissecção Carotídea
Espontânea, ocasionando duas síndromes pouco convencionais após AVEi e de difíceis
diagnósticos, SMA e Gesrtmann. Verifica-se, através do caso, a crucial importância
conhecimento amplo de semiologia neurológica para a detecção dessas síndromes com vista a
facilitar o diagnóstico etiológico e posterior tratamento.
NÚMERO DO PAINEL: 49
Temário: Vascular
Título: SÍNDROME DA VASOCONSTRIÇÃO CEREBRAL REVERSÍVEL: UM IMPORTANTE
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PARA HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA ANEURISMÁTICA
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
Autores: Nágila Pereira Mendes; Thaís de Jesus Brasil Borges; Joubert Borges de Almeida Junior;
Elias Fouad Rabahi; Francisco Antonio Dias Azeredo Bastos;
Resumo:
INTRODUÇÃO: A síndrome da vasoconstrição cerebral reversível descreve conjunto de
alterações prováveis de distúrbios transitórios no controle do tônus vascular cerebral que
compartilham características angiográficas e clínicas principais, a saber vasoconstrição
segmentar, multifocal e reversível das artérias cerebrais, e cefaleia intensa com ou sem déficits
neurológicos focais, simulando quadro de hemorragia subaracnóidea aneurismática (HSAA).
Pode ocorrer espontaneamente ou provocada por vários fatores precipitantes como estado pós
parto e exposição a substâncias vasoativas. OBJETIVOS: Relatar um caso de cefaleia sugestivo
de hemorragia subaracnoidea espontânea e discutir sobre a diferenciação entre SVCR e HSAA.
MÉTODO: Coleta e elaboração de caso clínico, discussão clínica e revisão de literatura.
RESULTADOS/CASO CLÍNICO: Z.T.M, 52 anos, sexo feminino, procurou o PS com queixas de, há
2 semanas, quadro súbito de dor em pontada, de forte intensidade na região cervical posterior,
que evoluiu com cefaleia intensa, em região frontal D, associada a náuseas, vômitos e
escotomas, porém sem déficits neurológicos focais. Nega trauma e uso de substâncias
vasoativas. Havia procurado outros serviços de saúde, recebendo medicações analgésicas, as
quais não foram resolutivas. Em um dos serviços foi realizado TC de crânio sem contraste, na
qual não houve alterações. Após, foi internada no HNSM, realizou-se angiorressonância de
crânio, evidenciando-se hemorragia subaracnóidea interessando os sulcos dos lobos frontais de
forma mais extensa à D, bem como dilatações saculares nas carótidas internas, que não são
suficientes para justificar o quadro. No dia seguinte, realizou angiografia cerebral, a qual
evidenciou alterações segmentares de calibre de ramos corticais difusamente, indicando então
vasoespasmo. Como a cefaleia continuou por aproximadamente 2 semanas mesmo após
diversas medicações analgésicas, realizou-se tratamento com metilprednisolona 1g ao dia,
levando a regressão do quadro em menos de 5 dias (retirou-se também os analgésicos).
CONCLUSÃO: SVCR e HSA secundária a ruptura de aneurisma são quadros de difícil dissociação
clínica na fase aguda, sendo o estudo radiológico, principalmente a angiografia cerebral (AC),
imprescindível para o diagnóstico. A AC apresenta 100% de sensibilidade para SVRC e é o exame
padrão ouro em se tratando de HSA aneurismática.
NÚMERO DO PAINEL: 50
Temário: Vascular
Título: SÍNDROME DE MOYAMOYA ASSOCIADA A NEUROFIBROMATOSE: RELATO DE CASO
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Autores: Iracema Araújo Estevão; Paulo Henrique Pires de Aguiar; Marcos Vinicius Calfat
Maldaun; Natally Marques Santiago; Carlos Tadeu Parisi de Oliveira;
Resumo:
Introdução: Neurofibromatose tipo 1 (NF-1) ou doença de von Recklinghausen é a doença
genética autossômica dominante mais prevalente no ser humano que afeta o sistema nervoso
central e adicionalmente causa sintomas cutâneos e/ou ocularares, com amplo espectro clínico
resultante da displasia dos tecidos ectodérmicos e neuroectodérmicos. Ocorre na NF tipo I
grande prevalência de alterações intracranianas do tipo oclusão ou estenose, sendo reconhecida
a associação com padrão angiográfico característico da doença de moyamoya, patologia
cerebrovascular única, progressiva, caracterizada por estenose bilateral ou oclusão das artérias
carótidas internas com circulação colateral exuberante. Quando a doença de moyamoya está
associada a doenças congênitas passa a ser chamada de Síndrome de moyamoya. As associações
entre NF-1 e doenças vasculares não são incomuns, embora associações entre NF-1 e doenças
cerebrovasculares específicas, tais como síndrome de moyamoya sejam muito menos
frequentes. Objetivos: o presente estudo tem como objetivo descrever o caso de uma paciente
com síndrome de Moyamoya associada a neurofibromatose. Relato de caso: EF, feminino, 34
anos, apresentava-se com queixa de cefaleia diária holocraniana, crises epileptiformes parciais
relatando ter um episódio a cada três meses e crises de disestesia em dimidio esquerdo. Foi
realizado exame de angiotomografia com reconstrução 3D que revelou aspectos de doença de
Moyamoya. A paciente foi submetida a encéfalo-duro-artério-mio-sinangiose para doença de
moyamoya. Material e Métodos: Esse trabalho foi realizado a partir de uma pesquisa
documental baseada em dados obtidos do prontuário médico da paciente em questão, além da
consulta bibliográfica utilizando os bancos de dados LILACS e SciELO. Resultados: Paciente foi
seguida no pós-operatório com boa evolução clínica, sem cefaleia e sem déficits neurológicos.
Conclusão: Pessoas com sintomas neurológicos focais e diagnósticos de NF-1 merecem ser
investigados para síndrome de moyamoya devido relação entre essas patologias comprovada
pela literatura.
NÚMERO DO PAINEL: 51
Temário: Vascular
Título: SPONTANEOUS THROMBOSIS OF GIANT INTRACRANIAL ANEURYSM AND POSTERIOR
CEREBRAL ARTERY FOLLOWED BY ALSO SPONTANEOUS RECANALIZATION
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO
Autores: Mário Vítor Caldeira Pagotto; Guilherme Brasileiro de Aguiar; Mario Luiz Marques
Conti; Maurício Jory;
Resumo:
Introduction: Spontaneous complete thrombosis in a giant aneurysm and its parent artery is a
rare event. Their spontaneous recanalization is even rarer, with few reports in the literature.
Case Report: A 17-year-old male patient was admitted in other institution complaining of blurred
vision and headache, with history of seizures three months ago. After cranial computerized
tomography and cerebral angiography, it was made the hypothesis of a partially thrombosed
giant saccular aneurysm of the segment P2 of the left posterior cerebral artery. He was refered
to our service one month later for endovascular treatment. We performed a cranial magnetic
resonance imaging and another cerebral angiography, which revealed complete thrombosis of
the vascular lesion. The patient was discharged with prescription of an anticonvulsant. Three
years later, he experienced visual worsening. Magnetic resonance imaging showed flow through
the aneurysm and the left posterior cerebral artery, wich was further confirmed by cerebral
angiography. We decided for a non-interventional management with strict clinical follow-up.
The patient remains with the previous neurological deficit, without recurrence of headaches.
Discussion: Thrombosis is not the final event in the natural history of giant aneurysms, and
partial thrombosis does not preclude the risk of rupture. Thrombosed aneurysms may present
additional growth by wall dissections or intramural hemorrhages. Their treatment may be either
surgical or with endovascular procedures, such as embolization. A non-interventional
management is possible, but demands strict clinical follow-up. Conclusion: Thrombosed giant
aneurysms are dynamic and unstable lesions. A non-interventional management is feasible, but
aneurysmal growth or recanalization may suggest the need for prompt approach.
NÚMERO DO PAINEL: 52
Temário: Vascular
Título: VASOESPASMO CEREBRAL NÃO ANEURISMÁTICO
Instituição: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE RIBEIRAO PRETO
Autores: IGOR DE SOUZA FURTADO; NICOLLAS NUNES RABELO; GEORGE DOS SANTOS PASSOS;
BRUNO NASCIMENTO BETTENCOURT; LUIZ ANTÔNIO ARAUJO DIAS;
Resumo:
Introdução: Vasoespasmo cerebral de origem não aneurismático tem grande importância clinica
por ser uma complicação bastante frequente, diante de trauma crânio encefálico, anemia
falciforme, malformação artério-venosa, tumor cerebral (principalmente os meningiomas de asa
do esferoide e hipófise, angulo ponto cerebelar), eclampsia, AVC, síndrome da vasoconstricção
cerebral reversível, enxaqueca e vasculite. Todas essas causas, como vasoespasmo
aneurismático, carrega significativa morbidade, mortalidade e necessita de cuidados
especializados. O vasoespasmo mais comum é a do traumatismo cranioencefalico (TCE), que
pode ser resultante de hemorragia subaracnóide traumática (HSAt), ou até mesmo por trauma
direto contra os vasos encefálicos “blast-induced”, a qual também oferece de forma
independente pior desfecho neurológico e funcional para a população vulnerável. Objetivos:
Realização de extensa revisão bibliográfica para obtenção de maiores informações a cerca da
epidemiologia, fisiopatologia, critérios diagnósticos e terapêuticos do vasoespasmo de origem
não aneurismática, destacando as principais diferenças e semelhanças com o vasoespasmo de
origem aneurismático. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando base de
dados Scielo, Pubmed, Science Direct, Medline. Foram excluídos artigos que mencionavam
sobre vasoespasmo aneurismático. Resultados: A incidência relatada de vasoespasmo
traumático varia de 19%-68%. O vasoespasmo de etiologia traumática pode ocorrer nos
primeiros 3 dias subsequentes ao trauma, tendo uma duração mais curta e limitada, porém pode
apresentar clinica importante, assim como as outras causas, cada um com fisiopatologia própria.
Hipertensão é o pilar do tratamento do vasoespasmo associado com HSAa. Deve ser utilizado
cuidadosamente em pacientes com TCE, e já os bloqueadores dos canais de cálcio não
apresentam benefícios, como no HSAa. Conclusão: A escassez de grandes estudos prospectivos
de coorte e de dados nível I de evidência, limita a capacidade para formar recomendações
baseadas em evidências sobre o diagnóstico, tratamento e compreensão fisiológica do
vasoespasmos não aneurismáticos.
NÚMERO DO PAINEL: 53
Temário: Estudo anatômico e/ou via de acesso
Título: ABORDAGEM MINIMAMENTE INVASIVA PARA TUMORES DA REGIÃO LATERAL DA
ÓRBITA
Instituição: FACULDADE ASSIS GURGACZ
Autores: Daiany Villar da Silva; João Luis Corso Bandeira; Claudia Zanatta; Antonio Carlos de
Andrade Soares;
Resumo:
Introdução: os tumores da região orbital tem sua região e natureza variáveis. Há dois tipos
principais de abordagem cirúrgica sendo uma pela via transorbitária e outra pela via
extraorbitária. As Técnicas de imagem como tomografia e ressonância auxiliam na escolha da
abordagem dependendo da possível natureza da lesão, a relação com estruturas vizinhas e
principalmente sua localização anatômica. Objetivos: Apresentar um relato de caso sobre uma
abordagem minimamente invasiva para tumores da região lateral da órbita. Método: Estudo de
caso de uma paciente feminina de 49 anos, com tumor localizado na região lateral da órbita foi
realizado. Além da descrição de técnica cirúrgica, imagem pré e pós operatórias e clínica.
Resultados: Neste estudo é apresentado um caso de tumor de órbita em paciente feminina de
49 anos. Paciente relatava dor em região retro-orbitária direita, sem irradiação, de caráter
pulsátil acompanhada de náusea. Ao exame físico havia exoftalmia, sem alterações nos pares
cranianos, sem demais particularidades no exame. Solicitada ressonância magnética de encéfalo
que mostrou lesão expansiva em região intra orbitária direita, retrobulbar, sugerindo
hemangioma cavernoso. A abordagem do tumor foi feita da seguinte maneira: Após realizar
assepsia, anti-sepsia e colocação dos campos, paciente em decúbito dorsal, cabeça posicionada
em rotação lateral esquerda, foi realizado incisão pterional clássica direita, rebatido couro
cabeludo e realizado drilagem à 30º na parede lateral da órbita. Por este acesso, a exérese da
tumoração foi completa. No pós cirúrgico paciente apresentou paresia do sexto nervo craniano,
que melhorou, ficando assintomática após dois meses. Realizada nova ressonância magnética
de encéfalo que demonstrou ressecção completa da lesão tumoral e anatomopatológico
confirmou hemangioma cavernoso. Conclusão: Há a necessidade de inovação das técnicas
neurocirúrgicas, com o intuito de ter uma abordagem minimamente invasiva principalmente
para tumorações localizadas em áreas nobres do SNC, para que diminua os riscos de sequelas.
Com o devido estudo pode-se observar a boa evolução pós operatória da paciente, obtendo
resultado estético satisfatório e ressecção completa do tumor, podendo esta técnica ser
aplicada às tumorações semelhantes.
NÚMERO DO PAINEL: 54
Temário: Estudo anatômico e/ou via de acesso
Título: ANEURISMA CEREBRAL COM DISSECÇÃO DE SEIO CAVERNOSO: RELATO DE CASO
Instituição: PUC GOIÁS
Autores: Ana Luisa Sabino de Campos Faria; Pedro Henrique Essado Maya; José Edison da Silva
Cavalcante; Joubert Borges de Almeida Junior; Roseane Lucena Marquez;
Resumo:
INTRODUÇÃO: Os aneurismas no segmento cavernoso da artéria carótida interna correspondem
a 2 a 9 % de todos os aneurismas intracranianos e são completamente extradurais,
apresentando um baixo risco de evoluir com hemorragia subaracnóidea espontânea, possuindo
assim uma morbimortalidade significativamente baixa. Sua etiologia pode ser idiopática,
traumática, iatrogênica ou infecciosa. A sintomatologia é variável e está associada ao tamanho
do aneurisma e trombose em seu interior, tendo especial importância a cefaleia intensa que
pode ser oriunda da compressão de nervos cranianos presentes no interior no seio cavernoso,
com dor retroorbitária ou alterações na motricidade ocular extrínseca. A dissecção do seio é
desafiante, podendo lesionar estes nervos. OBJETIVO: Relatar o caso de uma paciente com
aneurisma não roto em segmento não habitual pela topografia, com lesão indicativa nos pares
cranianos, atendida no Hospital Santa Mônica, e realizar uma breve revisão de literatura sobre
o tema. MÉTODOS: Os dados foram coletados do prontuário médico da paciente, mediante
autorização desta, além da utilização de artigos recentes acerca deste tema. RELATO DO CASO:
M.A. há um mês com cefaleia progressiva, tipo pulsátil em região fronto-temporal e retroocular
direita, ptose palpebral à direita e hiperalgesia em topografia de V1. Uso de analgésicos sem
melhora clínica (“a dor era tão intensa que ela cogitou a possibilidade de suicídio”). Exame físico:
ptose palpebral à direita, midríase fixa à direita, fotoreagente consensual, hiperalgesia em
topografia de V1, estrabismo divergente e fotofobia. Angiografia: aneurisma sacular do
segmento comunicante posterior da artéria carótida interna direita. RESULTADOS: Durante o
ato cirúrgico confirmou-se que o aneurisma dissecava o seio cavernoso. No pós-cirúrgico não
houve melhora da ptose palpebral e midríase fixa à direita, fotoreagente consensual, estrabismo
divergente e fotofobia, apenas do quadro álgico. Angiografia de controle mostrou ausência de
aneurisma residual no segmento comunicante posterior da artéria carótida interna direita.
CONCLUSÃO: A remoção de lesões, em especial aneurisma, dissecando o seio cavernoso são
desafiantes no campo da neurocirurgia em vista da dificuldade da preservação das estruturas
neurais e vasculares durante o ato cirúrgico, além da existência de poucos trabalhos científicos
pormenorizando este tema, o que torna este relato de caso de grande importância para o
conhecimento científico.
NÚMERO DO PAINEL: 55
Temário: Estudo anatômico e/ou via de acesso
Título: FASCÍCULO LONGITUDINAL INFERIOR. É NECESSÁRIO A SUA PRESERVAÇÃO NAS LESÕES
DO LOBO TEMPORO OCCIPTAL?
Instituição:
Autores: Carlos Alexandre Zicarelli; Sergio Murilo Georgeto; Paulo Henrique Pires de Aguiar;
Francisco Spessatto Pesente; Célia Sarah Gava de Almeida Jorge;
Resumo:
Introdução: O fascículo longitudinal inferior (FLI) faz a conexão da parte anterior do lobo
temporal com o lobo occiptal. Corre lateralmente e inferiormente para o corno temporal do
ventrículo lateral. Descrito inicialmente em 1822 por Burdach, apresenta atualmente grande
interesse do que se diz respeito as cirurgias realizadas na região medial do lobo temporal.
Materiais e Métodos: Os autores realizam revisão da literatura através do banco de dados do
PUBMED e MEDLINE para enfatizar as correlações anatomo-funcionais do FLI, com imagens de
fibras brancas e pós processamento por tratografia em ressonância com tensos de difusão
Discussão: Segundo muitos autores a desconexão do FLI parece não trazer consequências na
qualidade de vida dos pacientes assim como o fascículo uncinado (FU). Outros autores advogam
a existência de eloquência do FLI preconizando a lobectomia temporal mais posteriormente
para evitar distúrbios de linguagem. Conclusão: O conhecimento anatomo-funcional do FLI pode
melhorar os resultados das lobectomias temporais.
NÚMERO DO PAINEL: 56
Temário: Estudo anatômico e/ou via de acesso
Título: HIDROCEFALIA DE PRESSÃO NORMAL. ESPECTROSCOPIA É UMA ARMA DIAGNÓSTICA?
Instituição:
Autores: Carlos Alexandre Zicarelli; Sergio Murilo Georgeto; Paulo Henrique Pires de Aguiar;
Francisco Spessatto Pesente; Célia Sarah Gava de Almeida Jorge;
Resumo:
Introdução: A hidrocefalia de Pressão Normal (HPN) é definida pelo aumento ou dilatação do
sistema ventricular sem o aumento contínuo da Pressão Intracraniana (PIC). Material e
Métodos: Os autores enfatizam a realização pré-operatória com Ressonância Magnética com
Espectroscopia (RMespct) para melhorar a acurácia diagnóstica da HPN. Discussão: A HPN
caracteriza-se, tipicamente, por uma tríade clássica de apraxia de marcha, incontinência
esfincteriana e síndrome demencial. A demência causada pela HPN, diferentemente das
demências conhecidas, é a única que pode ser totalmente reversível após procedimento
neurocirúrgico. Porém apenas 65% apresenta a tríade clínica característica, com valor preditivo
negativo de 82%. Conclusão: A RMespect é útil para o diagnóstico de HPN evidenciando pico de
colina.
NÚMERO DO PAINEL: 57
Temário: Estudo anatômico e/ou via de acesso
Título: RELATO DE CASO DE PACIENTE COM MÚLTIPLOS MENINGIOMAS
Instituição: FACULDADE ASSIS GURGACZ
Autores: Claudia Zanatta; Daiany Villar da Silva; João Luis Corso Bandeira; Antonio Carlos de
Andrade Soares; Cleiton Schweitzer Peron;
Resumo:
Introdução: Meningiomas são os tumores do sistema nervoso central primários mais comuns.
Os meningiomas múltiplos são definidos como presença de dois ou mais meningiomas em
diferentes localizações intracranianas, simultâneos ou não, excluindo-se a neurofibromatose.
Estudos demonstram prevalência entre 4,4% e 10,5% de todos os meningiomas. Objetivos:
Apresentar o relato de caso de paciente com múltiplos meningiomas. Método: Estudo de caso
de uma paciente com meningiomas múltiplos foi realizado. Além da clínica, imagem e
características histológicas. Resultados: Neste estudo é apresentado meningiomas múltiplos em
paciente de 42 do sexo feminino. A paciente apresentava distúrbio de conduta, bradpsiquismo,
cefaleia e história de crises tônico clônicas generalizadas. Relatava já ter sido submetida a duas
cirurgias cranianas para retirada de meningioma em 2003 e 2009. A paciente não apresentava
antecedentes pessoais ou familiares de neurofibromatose. Após exames de imagem sugerindo
tumorações em região frontal, foi submetida em 2010 a craniotomia bifrontal com incisão
bicoronal, ressecçao de grande parte da dura máter que continha varias nodulações tumorais.
Anatomopatológico confirmou a suspeita de meningioma meningoteliomatoso, sem sugerir
malignidade. A tomografia de crânio pós operatória demonstrou presença de nódulo
hiperdenso, hipercaptante em região frontal a esquerda e nódulo sólido de mesma
característica, em projeção do corno occipital do ventrículo lateral a direita. Retorna em 2013
com nova tomografia de crânio que demonstrava lesoes expansivas, realce após contraste, a
maior localizada no interior do ventriculo lateral direito, medindo 3,7 x 3,7 cm e presença de
outras mesmas lesoes com as mesmas características esparsas, com aspecto extra axial na
maioria. Submetida a nova cirurgia neste mesmo ano, com dissecção tumor intraventricular
após corticotomia temporoparietal direita posterior, resse cção da lesão arredondada 4cm de
diâmetro, intraventricular direita além de colocação de DVE a direita. Anatomopatológico
novamente confirmou meningioma, margens cirúrgicas livres com pelo menos um centímetro.
Paciente relatava visão turva e dificuldade auditiva bilateral, evoluindo bem no pós operatório,
com dislalia e sem maiores déficits. Conclusão: Com o devido estudo pode-se observar que
apesar de a paciente ter sido submetida a diversas cirurgias e ressecado diversos meningiomas,
evoluiu bem clinicamente sem maiores déficits.
NÚMERO DO PAINEL: 58
Temário: Funcional
Título: EXTENT OF SURGICAL RESECTION PREDICTS LONG-TERM SEIZURE OUTCOME IN LOW-
GRADE GLIOMAS OF THE TEMPORAL LOBE.
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (FAMERP)
Autores: Lucas Crociati Meguins; Carlos Umberto Pereira; Jean Gonçalves de Oliveira; Gerardo
Maria de Araújo Filho; Lúcia Helena Neves Marques;
Resumo:
INTRODUCTION: Epileptic seizures are a common manifestation of brain tumors, frequently the
presenting symptom and the main factor influencing quality of life. AIM: To present a surgical
series of patients with temporal LGG causing intractable epilepsy, focusing on long-term seizure
outcome. METHODS: A retrospective study was conducted with patients diagnosed with
temporal LGG. RESULTS: Sixty five patients with temporal LGG were operated in our institution.
Males were more affected than females and the mean age at surgery was 32.3±8.4 (9-68 years).
The mean age at seizure onset was 25.7±9.2 (11-66 years). After one year of follow up, forty two
patients (64.6%) were Engel I; seventeen (26.2%) Engel II; four (6.2%) Engel III and two (3.1%)
Engel IV. Statistically significant difference in seizure outcome was obtained when comparing
the extension of resection. Engel I was observed in 39 patients (69.6%) with total resection and
in only 3 (33.3%) patients with partial resection (Fisher exact test, p-value=0.0435).
CONCLUSION: Gross-total resection of temporal LGGs is a critically important factor in achieving
seizure-freedom.
NÚMERO DO PAINEL: 59
Temário: Funcional
Título: FATORES PROGNÓSTICOS E RESULTADOS APÓS CORPO CALOSOTOMIA
Instituição: FUNDAÇÃO FACULDADE REGIONAL DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Autores: Rodrigo Anotnio Rocha da Cruz Adry; Lucas Crociati Meguins; Sebastião Carlos da Silva
Junior; Gerardo Maria Araujo Filho; Lucia Helena Neves Marques;
Resumo:
Introdução: Epilepsia refratária é uma condição debilitante que pode ser um desafio. Estudos
têm demonstrado que corpo calosotomia (CC) seria suficiente para melhorar as crises
generalizadas aliviando a gravidade das convulsões em vez de para erradicá-los. O objetivo deste
estudo é analisar o resultado das calosotomias em relação a tipos de crises e frequências, drogas
antiepilépticas utilizadas (DAE) e fatores que influenciam no resultado das convulsões e
complicações. Métodos: A análise foi realizada em todos os pacientes que foram submetidos a
CC entre 2003 e 2012 e foram seguidos por pelo menos um ano após a cirurgia. Os dados
referentes a seus tipos de crises e freqüências, foram analisados e os resultados dos exames,
deficiências associadas, tipo e número de DAE utilizados foram analisados. Resultados: Quarenta
pacientes foram submetidos a CC para a epilepsia intratável (21 homens; 52,5%) com idade
média de 13,8 anos. A maioria dos pacientes tinha mais de um tipo de crise. O número médio
de DAEs usados antes da CC foi 3,05 e 1,92 após um ano de acompanhamento. Fatores clínicos
e sociodemográficos foram analisados correlacionados a classe de Engel, como sexo,
lateralidade, idade, presença de déficit neurológico e disfunção cognitiva, Ressonancia
Magnetica e vídeo-eletroencefalograma (VEEG) anormalidades, a idade de início das crises,
duração da epilepsia e tipo e número de DAE utilizados. A disfunção cognitiva, alterações VEEG
e anormalidades na ressonância magnética teve uma significância estatística. Houve redução da
freqüência das crises por mês, sem grandes complicações pós-cirúrgicas neste grupo de
pacientes. Conclusão: O presente estudo observou que CC efetivamente reduziu a freqüência
de crises com um risco baixo pós-cirúrgico e melhorou frequência de crises, especialmente em
pacientes mais jovens e naqueles com tempo de doença mais curto.
NÚMERO DO PAINEL: 60
Temário: Funcional
Título: LONGER EPILEPSY DURATION AND MULTIPLE LOBES INVOLVEMENT PREDICT WORST
SEIZURE OUTCOME OF PATIENTS WITH REFRACTORY TEMPORAL LOBE EPILEPSY ASSOCIATED
WITH NEUROCYSTICERCOSIS
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (FAMERP)
Autores: Lucas Crociati Meguins; Carlos Umberto Pereira; Jean Gonçalves de Oliveira; Gerardo
Maria de Araújo Filho; Lúcia Helena Neves Marques;
Resumo:
INTRODUCTION: Neurocysticercosis (NCC) is an infection of the central nervous system and its
meninge coverings by the larval stage of the pork tapeworm Taenia solium. This tapeworm is
endemic in most low-income countries where pigs are raised, and continues to be one of the
most important causes of seizures in the world AIM: To investigate the surgical outcome of
patients with temporal lobe epilepsy associated hippocampal sclerosis (TLE-HS) and
neurocysticercosis (TLE-HS plus NCC). METHODS: A retrospective investigation was conducted
in a tertiary center of patients with TLE-HS. RESULTS: Seventy nine patients (62.2%) were Engel
I; thirty seven (29.1%) Engel II; six (4.7%) Engel III and five (3.9%) Engel IV. Fifty two patients
(71.2%) with ten years or less of epilepsy duration before surgery were seizure-free after one
year of operation, whereas 27 (50.0%) with more than ten years of epilepsy duration were
seizure-free after surgery (Fisher exact test, p=0.0121). forty three patients (72.9%) with three
or less lobes affected by NCC were seizure-free after one year of operation, while 36 patients
(52.9%) with more than three lobes involved were seizure-free after surgery (Fisher exact test,
p=0.0163). CONCLUSION: Longer epilepsy duration and multiple lobes involvement predict
worst seizure outcome in TLE-HS plus NCC.
NÚMERO DO PAINEL: 61
Temário: Funcional
Título: TEMPORAL STEM ANALYSIS AFTER TRANSSYLVIAN SELECTIVE
AMIGDALOHIPOPCAMPECTOMY
Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP
Autores: Enrico Ghizoni; João Paulo Sant Ana Santos de Souza; Pamela Castro Pereira; Fernando
Cendes; Brunno Machado Campos;
Resumo:
Background: The transsylvian approach was described as a selective approach on the surgical
treatment of the mesial temporal lobe epilepsy (TMLE), with minimal damage to both neocortex
and temporal stem (TS) components. But, as far as we know, no paper about the long term
temporal stem consequences after transsylvian approach has been published. Purpose: The aim
of this study was to evaluate the anatomical consequences of this approach for the integrity of
the temporal stem and temporal neocortex in treatment of the TMLE. Methods: Patients with
mesial temporal lobe epilepsy submitted to the transsylvian approach were analyzed. DTI
analysis was performed in order to evaluate the inferior fronto-occipital fasciculus (IFOF), the
uncinate fasciculus (UF), and the optic radiation (OR) of the TS, and structural images were used
to evaluate the temporal neocortex. Patients were divided in two groups according the type of
transsylvian approach used, transinsular (TI) group and transuncus (TU) group. Results: The
images of 57 patients were analyzed. Temporal stem analysis showed complete interruption of
the UF in 54 patients (TI = 34 – TU = 20 – p > 0,05) and complete interruption of the IFOF in 30
patients (TI = 25 – TU = 5 – p = 0,0002). The remaining IFOFs showed no significant difference in
the number of voxels, number of fibers and FA of the IFOF between hemispheres submitted to
the TI and TU approaches, but there was significant difference (p < 0,001) when comparing the
FA of IFOF with healthy controls. In relation to the OR, there was no significant difference
between TU and TI concerning the number of voxels, number of fibers and FA, or complete
interruption. Discussion: Our results have shown an important damage to the anterior portion
of the temporal stem and an important compromise of the integrity of the remaining fibers,
suggesting some loss of function. Conclusion: A severe damage to the anterior portion of the
temporal stem was identified on patients submitted to the transsylvian approach to treat mesial
temporal lobe epilepsy, regardless of the approach used (TI or TU). Therefore, these approaches
are not as selective as expected.
NÚMERO DO PAINEL: 62
Temário: Neurocirurgia Minimamente Invasiva
Título: CHALLENGES OF DIFFERENTIAL DIAGNOSIS BETWEEN NEOPLASTIC AND NON-
NEOPLASTIC BRAIN LESIONS IN RADIOLOGY.
Instituição: SANTA CASA DE RIBEIRÃO PRETO
Autores: LUCIANO JOSÉ DA SILVEIRA FILHO; NICOLLAS NUNES RABELO; BRUNO NASCIMENTO
BETTENCOURT; LUIZ ANTÔNIO ARAUJO DIAS; FERNANDO PLASTINA;
Resumo:
Introduction: Observation of multiple lesions in the skull computed tomography (CT) scan is
always cause for concern because of the frequent possibility of neoplastic etiology, although
granulomatous diseases, infectious, vascular, iatrogenic, demielinating, trauma, and parasitic or
not, and strokes can produce similar aspect on radiology. A wide range of non-neoplastic
conditions can mimic a brain tumor, both clinically and radiologically, representing a potential
pitfall for physicians involved in patient care. Objetive: The study‘s goal is to alert the possibility
of other neoplastic and non-neoplastic etiologies in the differential diagnosis of hypodense
lesions in non-contrast tomography, and discourse about each caracteristics. Methods:
Literature review using PubMed, MEDLINE, Google Scolar, Clinical Trials, EBSCO, Scielo, Topics
in radiology,. Were selected by 1986-2015 period. Results: Knowledge of various etiologies when
faced with multiple lesions on computed tomography allows the targeting of diagnosis and the
realization of this is of fundamental importance for the proper treatment, avoiding the
irradiation of non-neoplastic lesions and unnecessary surgeries. The lesions were most often the
neoplasm (74% to 86%), especially gliomas, followed by infections (8% to 15%) and infarcts (0.6%
to 6%), which represent non-neoplastic lesions. Conclusion: As a possible result of the relatively
high percentage of wrong diagnoses neuroradiological. Histological diagnosis should be
necessary most cases, because even RMI give some dificult to make diference of this lesions.
NÚMERO DO PAINEL: 63
Temário: Neurocirurgia Minimamente Invasiva
Título: MULTIPURPOSE USE OF VENTRICULOSCOPE
Instituição: HOSPITAL SÃO JOSÉ DO AVAÍ
Autores: Angelo Guarçoni Netto; Leandro Ribeiro Chiarelli; Pedro Nunes Boechat; Jordan
Camara Moura; Carlos Eugênio Monteiro de Barros;
Resumo:
Objectives: Case report of a patient with Tuberous Sclerosis, Subependimal lesions,
Hydrocephalus and a Third Ventricular Colloid Cyst. Results: We describe the clinical and
radiological aspects of a patient with a strange and complex lesion in the third ventricle that
could be investigated and treated through endoscopy. And also the multipurpose use of
endoscopy in diagnose and treatment. Conclusion: Ventricular endoscopy is a safe and elegant
method of investigating and treating a variety of lesions in the ventricular cavities .
NÚMERO DO PAINEL: 64
Temário: Neurocirurgia Minimamente Invasiva
Título: REMOÇÃO ENDOSCÓPICA DE CISTICERCO DENTRO DO IV VENTRÍCULO: APRESENTAÇÃO
DE 3 CASOS
Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL DOUTOR JOSE DE CARVALHO FLORENCE
Autores: Humberto Belém de Aquino; Fábio Jeandro Souza Magalhães; João dos Santos Louza
Neto; Marcelo Medeiros Felippe; Marília Fábia Bentivi Andrade;
Resumo:
Introdução: Neurocisticercose(NCC) é a mais frequente infestação parasitária do sistema
nervoso central (SNC). No Brasil é observado em 2% a 7,5% dos pacientes hospitalizados com
disfunção neurológica1,2. O envolvimento do sistema ventricular (SV) ocorre em 7% a 33% dos
casos, e se dá pela passagem do embrião hexacanto através dos capilares do plexo coróide. O
IV ventrículo é o mais frequente local de invasão do parasita, e apresenta uma significante taxa
de morbidade e mortalidade2. O quadro clínico é bastante diversificado e muitas vezes os
pacientes ficam assintomáticos por um longo período de tempo. Os cistos localizados dentro do
IV ventrículo podem causar hidrocefalia por aracnoidite ou por obstrução dos forames de saída
de liquido cefalorraquidiano (LCR)3. O implante de sistemas de derivação ventricular (SDV) ou a
abordagem direta do IV ventrículo por craniotomia da fossa posterior (CFP) são as formas mais
comuns de tratamento cirúrgico6. A remoção neuroendoscópica de cisticerco localizado dentro
do sistema ventricular (ventrículo lateral, III e IV ventrículos) representa um importante avanço
no tratamento desta infestação parasitária, onde recentemente se observa taxas crescentes de
sucesso7,8,9.Objetivo: Apresentamos 3 casos (casos 1,2,3) operados recentemente em nosso
serviço com cisticerco localizado dentro do IV ventrículo, todos documentados com tomografia
computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), onde descrevemos o quadro clínico de
apresentação de cada caso, o diagnóstico radiológico das imagens de TC e RM, a técnica
endoscópica usada nos 3 casos e os resultados obtidos. Método: Avaliamos os prontuários e os
vídeos das cirurgias dos 3 casos recentes de cisticercose localizada dentro do IV ventrículo
tratados, com neuroendoscópio rígido via transaquedutal, sendo 1 caso com introdução do
endoscópio dentro do IV ventrículo, e 2 casos com remoção por aspiração do cisto na entrada
do aqueduto cerebral. Resultados: Todos os pacientes operados por via transaquedutal para
remoção endoscópica de cisticerco do IV ventrículo obtiveram sucesso com esta abordagem.
Conclusão: Acreditamos que a remoção endoscópica transaquedutal de cisticerco dentro do IV
ventrículo deve ser a primeira opção de escolha de tratamento, em ventrículo dilatados. É uma
técnica considerada segura e pode ser executada rapidamente, expondo o paciente a um
mínimo de tempo cirúrgico e anestésico.
NÚMERO DO PAINEL: 65
Temário: Neurocirurgia Minimamente Invasiva
Título: TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DE CISTO NEUROEPITELIAL DE LOCALIZAÇÃO TÁLAMO
MESENCEFÁLICA COM HIDROCEFALIA: NOTA TÉCNICA
Instituição: HOSPITAL MUNICIPAL DOUTOR JOSE DE CARVALHO FLORENCE
Autores: Humberto Belem de Aquino; Fábio Jeandro Souza Magalhães; João dos Santos Louza
Neto; Marcelo Medeiros Felippe; Renan Salomão Rodrigues;
Resumo:
Introdução: Cistos neuroepiteliais ou ependimários localizados na região tálamo mesencefálica
são lesões de ocorrência rara, benigna, muitas vezes assintomática. São diagnosticados quando
exercem efeito compressivo no III ventrículo (relação de proximidade), devido a hidrocefalia do
tipo obstrutiva, ameaçadora a vida1,2. Tem origem em segmentos da parede do tubo neural,
que corresponde a locais de formação da tela coroideia. Exames microscópicos da parede do
cisto revelam uma variação de estruturas, com células ciliadas ou formas cuboides. Como um
cisto, o conteúdo líquido apresenta um baixo teor de proteína, que pode ser apreciado por
exame de ressonância magnética (RM)2,3. Devido a sua raridade, poucos casos são descritos na
literatura, principalmente na localização tálamo mesencefálica4,5 (similar ao caso apresentado),
e tratados por endoscopia5. Objetivo: Apresentamos o único caso diagnosticado nesta
localização em nosso serviço, que foi identificado após investigação de síndrome de hipertensão
intracraniana (cefaleia, vômitos e edema de papila), por exames radiológicos de tomografia
computadorizada do crânio (TC) e ressonância magnética (RM), com hidrocefalia do tipo
obstrutiva. Método: Relatamos o quadro clínico, apresentamos os exames radiológicos pré e
pós operatório imediato, descrevemos a técnica cirúrgica endoscópica adotada e registrada em
vídeo (terceiro ventriculostomia endoscópica e fenestração cisto - III ventrículo). Resultado: Com
a técnica endoscópica aplicada observamos melhora completa dos sinais de hipertensão
intracraniana, inclusive do edema de papila e restabelecimento do fluxo liquórico com
diminuição da ventriculomegalia. Conclusão: Acreditamos se tratar de uma técnica segura e que
deve ser aplicada nos casos que cursam com hidrocefalia.
NÚMERO DO PAINEL: 66
Temário: Neurocirurgia Minimamente Invasiva
Título: USO DA ULTRASSONOGRAFIA NA NEUROCIRURGIA NO INTRA E PÓS OPERATÓRIO
Instituição: SANTA CASA DE MISERICORDIA DE RIBEIRAO PRETO
Autores: IGOR DE SOUZA FURTADO; NÍCOLLAS NUNES RABELO; BRUNO NASCIMENTO
BETTENCOURT; LUIZ ANTÔNIO ARAUJO DIAS; KOJI TANAKA;
Resumo:
Introdução: A ultrasonografia, é um exame barato e de fácil utilização. Tem ganhado grande
espaço na prática neurocirúrgica intra-operatória e pós operatória. Tem a capacidade de
localizar estruturas intracranianas, estimar extensão, limites, distância a partir da superfície,
relação dos principais vasos e seus fluxos para avaliar vasoespasmos, através do doppler. Faz
mensurações lineares da profundidade de estruturas ecogênicas, tamanho dos ventrículos e sua
relação com a lesão. Objetivo: Esse trabalho tem o objetivo de evidenciar a importância do uso
da técnica da ultrassonografia com doppler para prática diária intra e pós operatória da
neurocirurgia, como método barato e rápido, para auxiliar e guiar na programação cirúrgica,
tratamento e reconhecimento de complicações precocemente. Métodos: Foi realizada uma
revisão bibliográfica utilizando base de dados Scielo, Pubmed, Science Direct, Medline. No
decorrer da revisão foram selecionados artigos e publicações do período de 1884 à 2014. Foram
excluídos artigos que mencionavam uso de sonotrombólise, neuroestimulação ultra-sônico,
aspiração ultrassônica. Resultados: Ultrasonografia pode ajudar no planejamento de cirurgias
cerebrais como biópsia, endoscopia de base de crânio, localizar fluxo arteriais de fistula AV,
MAV, aneurismas, tumores vascularizados como hemangiomas e meninigiomas, massas como
abcessos e granulomas. Pode servir de auxilio em biópsias estereotáxicas, e drenagem de
hamatomas, localizaçoes de fístulas durais no pós operatório, guiar punções de alívio de
coleções epidurais de ferida operatória, bloqueio espinhal epidural, coleta de licor em cisternas
e na medula espinhal. Na doença de Parkinson, por exemplo, pode mostrar aumento da
ecogenicidade, ou hiperecogenicidade, na região da substância negra mesencefálica, presente
em mais de 90% dos casos, o que reflete disfunção da via dopaminérgica nigroestriatal. Útil
também, na programação de craniotomias cada vez mais econômicas e uma alternativa para
serviços que não estão disponíveis a neuronavegação. Conclusão: Pode-se concluir que uso do
método mencionado pode corroborar de forma inexorável a prática diária da neurocirurgia
tornando tanto a programação cirúrgica, quanto guia para tratamento das doenças e
complicações neurocirúgicas de forma mais precisa.
NÚMERO DO PAINEL: 67
Temário: Neurocirurgia pediátrica
Título: CORREÇÃO INTRA-ÚTERO DE MIELOMENINGOCELE E COMPLICAÇÕES: RELATO DE CASO
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
Autores: Telmo Augusto Barba Belsuzarri; Heitor Furlan Giordano; Camila Muramatsu Pereira;
João Flávio Mattos Araujo ;
Resumo:
Introdução: O estudo Management of Myelomeningocele mostrou que a cirurgia intra-
útero(CIU) de mielomeningocele(MMC) diminuiu as herniações e a necessidade de derivação
ventriculoperitoneal(DVP), melhorou a função motora e a capacidade de andar
independentemente. Evidenciou, porém, maior descolamento prematuro de placenta,
prematuridade e separação corioamniótica,. Após isso, a CIU passou a ser teoricamente a
melhor opção para quem preencher os critérios da cirurgia, porém ainda é questionável sua
aplicabilidade para o Brasil. Objetivo: Descrever um caso clínico de CIU de MMC, comparar as
complicações com a cirurgia pós-natal e com a realidade brasileira. Método: Foi realizado estudo
observacional descritivo com dados de prontuário e revisão bibliográfica. Relato: Na 24ª semana
de gestação, o ultrassom revelou Malformação de Chiari II com disrafia de L2 a S1. Na 26ª
semana, foi feita CIU em outro serviço. Após três dias, a gestante evoluiu com trabalho de parto
prematuro, amniorexe e cesárea. O RN nasceu com peso de 970g, perímetro cefálico(PC) de
26,5cm, doença da membrana hialina(DMH) grau II/III. Apresentou icterícia precoce, convulsão,
anemia, infecção ovular e reflexo plantar ausente. Evoluiu com broncodisplasia pumonar(BDP)
e importante hidrocefalia (índice ventricular de 0,67 ao USTF). Após elevação do PC(35cm) e
ganho de peso(1735g) é feita DVP no 60º dia. Apresentou no 14ª dia pós-operatório deiscência
em região retroauricular, suspeita de meningite e retirou-se a DVP. Conclusão: Este caso clínico
evidencia uma evolução desfavorável da CIU. Não preveniu a hidrocefalia, déficit motor e DVP,
além do mais apresentou DMH que, somada ao longo tempo de intubação em UTI, provocou
BDP. Elevou-se ainda mais o custo da dispendiosa doença, o custo de vida útil total de cuidados
a uma criança com espinha bífida é estimado em US$ 560,000 nos EUA. De acordo com o MMC
Maternal-Fetal Management Task Force, seriam condições ideais: centro de terapia fetal
acreditado, eficaz gestão perioperatória, cuidados a longo prazo, aconselhamento familiar,
relatórios dos resultados e amplo acesso. No Brasil, as UTIs possuem taxas de infecção hospitalar
entre 18,9 a 57,7%, nos países desenvolvidos é de 8,4 a 26%, o acesso ao procedimento é
limitado e os relatórios dos resultados são ainda poucos, não havendo parâmetros reais quanto
aos benefícios ou malefícios da cirurgia.
NÚMERO DO PAINEL: 68
Temário: Neurocirurgia pediátrica
Título: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES PEDIÁTRICOS SUBMETIDOS À CRANIECTOMIA
DESCOMPRESSIVA APÓS TRAUMATISMO CRANIANO
Instituição: UNIVERSIDADE POSITIVO
Autores: Soraia Heloise Benassi; Alan Bueno; Joseph Franklin Chenisz; Cristina Terumi Okamoto;
Carlos Frederico Oldenburg Neto;
Resumo:
O trauma crânio encefálico (TCE) é uma das principais causas de morte traumática de crianças
em países em desenvolvimento. Apesar de poucos casos serem graves, em média 70 % destes,
evoluem para hipertensão intracraniana. A craniectomia descompressiva é uma técnica utilizada
para tratamento da hipertensão intracraniana pós-traumática refratária ao tratamento
conservador, e suas indicações, complicações e efetividade ainda não bem descritas para a
população pediátrica. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes pediátricos,
submetidos à craniectomia descompressiva por aumento de pressão intracraniana decorrente
de traumatismo craniano. Método: Trata-se de um estudo Observacional Descritivo-Analítico
Retrospectivo, realizado através da análise de prontuários de pacientes pediátricos submetidos
à craniectomia descompressiva no período de 2003 a 2013, no Hospital do Trabalhador de
Curitiba-PR. Resultados: foram analisados 188 prontuários de pacientes de 0 a 16 anos que
sofreram traumatismo cranio-encefálico. Crianças do sexo masculino foram maioria, com
62,23%. A idade mais acometida foi 9 anos, e a média 7,24 anos. Atropelamento foi maioria com
49,47%. A taxa de óbitos total foi 7,44%. Tratamento cirúrgico em crânio foi realizado em 33,51%
dos pacientes, dentre esses 7,98% (15 casos) craniectomia descompressiva. Para estes, a
indicação cirúrgica não foi descrita precisamente no prontuário, tampouco o tempo decorrido
até o ato cirúrgico. A média de idade para esse procedimento foi 9,2 anos. Sequela neurológica
foi descrita em 26,67%; 13,33% tiveram fístula liquórica pós-cirúrgica; todos receberam alta com
ECG 15 e a taxa de óbitos foi de 26,67%.
NÚMERO DO PAINEL: 69
Temário: Neurocirurgia pediátrica
Título: PNEUMOENCEFALO RETROCLIVAL CAUSANDO PARALISIA BILATERAL DO NERVO
ABDUCENTE EM CRIANÇA – RELATO DE CASO
Instituição: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO
Autores: Aline Lariessy Campos Paiva; Guilherme Brasileiro de Aguiar; Milton Hikaro Toita;
Vinicius Ricieri Ferraz; João Luiz Vitorino Araujo;
Resumo:
INTRODUÇÃO: O trauma cranioencefalico (TCE) é lesão pouco comum na população pediátrica
quando comparado a incidência entre adultos. Geralmente nas crianças o quadro clínico é
oligossintomático por se tratarem de lesões de baixa energia que não evoluem com TCE grave e
apresentam boa evolução. Entre estas lesões, os traumas que causam alterações em fossa
posterior são ainda mais raros, entretanto geralmente manifestam-se com quadro neurológico
mais exuberante, deterioração clínica precoce e consequente maior morbimortalidade.
OBJETIVO: Apresentar caso atípico de TCE na faixa etária pediátrica RELATO DE CASO:
Apresentamos o caso de uma criança do sexo masculino de 12 anos que foi vítima de TCE por
trauma direto (impacto de ônibus em movimento no crânio do paciente), sem perda de
consciência na ocasião, mas que se manifestou com alteração de nervos cranianos e cefaleia. A
criança apresentou-se com diplopia, paralisia facial periférica à direita e estrabismo
convergente. Na tomografia de crânio foi evidenciada presença de várias regiões com
pneumoencéfalo, sendo um deles localizado na região retroclival (este provavelmente foi o que
causou lesão bilateral dos nervos abducente com consequente paralisia dos músculos
inervados). A criança permaneceu em observação neurológica por 72h, recebendo analgesia e
oxigênio sob máscara e apresentou boa evolução, com regressão da cefaleia, mas manteve a
paralisia facial e o estrabismo convergente na alta. CONCLUSÃO: O TCE em crianças apesar de
menos frequente e geralmente menos grave, pode causar manifestações clínicas incomuns,
principalmente pelas diferenças anatômicas nesta faixa etária.
NÚMERO DO PAINEL: 70
Temário: Neurocirurgia pediátrica
Título: PRIMARY INTRAMEDULLARY MULTIFORME GLIOBLASTOMA IN CHILDREN: CASE REPORT
Instituição: PUC GOIAS
Autores: Fernanda Mendonça Galvão; Denismar Borges de Miranda; Maria Tereza Galvão
Guiotti; Murilo Galvão Guiotti;
Resumo:
Introduction: Glioblastoma multiform, GBM, is classified as grade-IV astrocytoma, more
common in adults ≥50 years old. It is rare in children but affects them in the first decade of life.
Spinal cord tumors in children account for less 1% of all CNS tumors. Of these, 35% there are
classified as low-grade intramedullary (ependymomas and astrocytomas) and 1-3% are high-
grade glioma (GBM). Aimed to report the case of a child with primary GBM intramedullary
submitted to neurosurgery. Method: a case report about the evolution of a child with
intramedullary primary GBM. Literature review supported the discussion of the case. Result: a
10 years old female student, without comorbidities, in use of hGH for idiopathic failure for 10
months. She reported severe headache complaints persistent for 4 months, history of falls and
convulsive seizure. When hydrated physical examination, ruddy, afebrile, eupneic, verbalizing
and wandering. Bilateral of patellar arreflexia. Normal fundus. Standard laboratory tests with
RM confirming hydrocephalus and expansive intramedullary mass topography of T9-T11.
Submitted to ventricle-peritoneal shunt and laminectomy with subtotal resection of infiltrative
intramedullary lesion; uneventful procedure. Biopsy, histopathological and
immunohistochemical confirmed GBM. She passed in the immediate post-operative with
biosphincteric changes and driving force of the lower limbs, making it difficult walking. It evolved
with urinary tract infection (Escherichia coli multidrug-resistant) and recurrence of
hydrocephalus, being underwent to new leads. Only six months later began radiotherapy
sessions. She showed memory impairment and behavior with metastatic brain lesions 4 months
ago. Despite the possibility of neurosurgery, family opted for supportive treatment. Conclusion:
the spinal cord is a rare place of pediatric GBM with average survival of one year. The multimodal
therapy includes maximal resection followed by radiation damage with / without chemotherapy,
which has been shown to improve prognosis. In this case, the subtotal resection was due to
infiltrating characteristic of the lesion. The absence of chemotherapy, the use of which is still
undefined in cases of GBM, justified by the patient presents insulation multidrug-resistant
bacteria in the urine. Supportive therapy is well indicated, given the relief of symptoms and
improvement of neurological function, keeping the patient in family life.
NÚMERO DO PAINEL: 71
Temário: Neurocirurgia pediátrica
Título: TRATAMENTO DA ESPASTICIDADE SECUNDÁRIA À PARALISIA CEREBRAL EM CRIANÇAS
Instituição: UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
Autores: Vanessa de Paula Tersi; Valéria Marques Figueira Muoio Ciolfi Pinto; João Vitor da Cruz
Garcia;
Resumo:
Resumo A espasticidade, secundária ou não à paralisia cerebral, representa um enorme impacto
negativo na qualidade de vida e desenvolvimento neurológico, social e emocional das crianças
por ela acometidas. Frequentemente o tratamento conservador (medicamentoso e
fisioterápico) não alcança os objetivos terapêuticos, e portanto, a abordagem cirúrgica deve ser
preconizada. Este trabalho revisa o tratamento cirúrgico da espasticidade secundária à paralisia
cerebral e propõe um fluxograma de tratamento. Introdução A Paralisia Cerebral é definida
como sequela de uma agressão encefálica, que se caracteriza por um transtorno persistente do
tônus, da postura e do movimento, que aparece na primeira infância e que não só é diretamente
secundário a esta lesão não evolutiva do encéfalo, senão devido, também, à influência que tal
lesão exerce na maturação neurológica. É uma encefalopatia crônica não evolutiva associada a
sintomas motores e a outros quadros clínicos com etiologia muito variável. A Paralisia cerebral
é a causa mais comum de espasticidade em crianças, e é consideravelmente prevalente entre
crianças, especialmente nos países em desenvolvimento. Apesar disto, poucos profissionais
reconhecem e tratam adequadamente a Espasticidade, privando tais pacientes do máximo
desenvolvimento das suas potencialidades. Métodos Realizado levantamento bibliográfico
sobre o tratamento da espasticidade secundária a Paralisia cerebral,em crianças, nos últimos 10
anos. Resultados A anamnese rigorosa e o estabelecimento da paralisia cerebral como causa de
espasticidade são imperativos.O tratamento inicial, via de regra, é composto por drogas
miorrelaxantes, como baclofeno e a toxina botulínica. Para os casos onde a terapia
medicamentosa é falha, ineficiente ou tóxica, indicam-se procedimentos como as osteotomias,
os implantes de bombas de fármacos e as Rizotomias dorsais seletivas.Cada um destes
tratamentos pode ser feito isoladamente ou combinado com as outras modalidades, de acordo
com as necessidades da criança. A manutenção e precocidade da fisioterapia são fundamentais.
Considerações finais O tratamento da espasticidade em crianças portadoras de paralisia cerebral
é complexo e pouco praticado.Deve ser feito de forma cautelosa e individualizada, levando-se
em consideração idade, grau de comprometimento e comorbidades, e regiões acometidas. Uma
equipe multidisciplinar habituada à complexidade da doença é fundamental para a melhora do
desempenho neurológico destas crianças.
NÚMERO DO PAINEL: 72
Temário: Neurocirurgia pediátrica
Título: TUMORES TALÂMICOS PEDIÁTRICOS: REVISÃO DA TOPOGRAFIA, ACESSO CIRURGICO E
HISTOPATOLOGIA
Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Autores: Cristina Góes Schaurich; Sergio Cavalheiro; Patricia Alessandra Dastoli; Andrea
Capellano; Najla Saba Silva;
Resumo:
OBJETIVO: Revisar e descrever a anatomia e os acessos cirúrgicos realizados para a abordagem
dos tumores talâmicos operados no Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP GRAACC),
ecorrelacionar a topografia com a histopatologia e o índice de sobrevida MATERIAIS E MÉTODOS
: Estudo retrospectivo de prontuários, imagens e lâminas de 31 pacientes submetidos a cirurgia
para retirada de lesão expansiva em topografia talâmica do Instituto de Oncologia Pediátrica -
GRAACC/ UNIFESP no período entre 2000 a 2014 com idade inferior a 18 anos e análise dos
seguintes dados: via de acesso cirúrgico, topografia talâmica da lesão (anteromedial,
anterolateral, posterolateral e posteromedial), histopatologia e curva de sobrevida. CRITERIOS
DE EXCLUSAO : pacientes que não apresentavam as informações completas no prontuário, assim
como imagem pré e/ou pós-operatória disponível. RESULTADOS:31 pacientes, 15 F(48,4%),
idade média 9 anos (+/- 4 ),15 (48.4%) tálamo direito e 3(9,7%) bitalamicos. TOPOGRAFIA:
9(29%) anteromediais, 4(12,9%) anterolaterais, 8(25,8%) posterolaterais e 7 (22,6%)
posteromediais. HISTOPATOLOGIA: 12(38,7%) astrocitoma grau 1; 4 12,9%) astrocitoma grau 2,
4(12,9) astrocitoma grau 3; 2 6,5%) Glioma baixo Grau e 11(35,5) glioma de alto grau. ACESSOS:
7(22,6%) via endoscópica, supracerebelar em 3(9,7%), parietoociptal 7 (22.6%), transtemporal
3 (9,7%), frontal transcortical em 5 (16,1%), transcaloso 6 (19,4%). Foi considerado excisao
completa (>90% da lesão) em 11(36,7) dos casos, excisão incompleta (<90% da lesão) em
14(46,7%) dos casos e biopsia em 5 (16,7%).TOPOGRAFIA VS HISTOLOGIA: 63% dos Astrocitomas
grau 1 foram associados a topografia anterior ( likelihood ratio 0,004); 27% dos astrocitomas
grau 3 asscociados a topografia posterior (likelihood ratio 0,011), 47% dos gliomas de alto graus
(glioblastomas) foram associados a topografia posterior (likelihood ratio 0,206). Associação
valida entre gliomas de baixo grau e topografia anterolateral em 33,3% dos casos (Qui-Square
0,007) e entre glioma de alto grau e topografia posteromedial em 7 casos, 100% dos gliomas de
alto grau com topografia posterior (Qui-Square 0,007). SOBREVIDA: tumores de baixo graus nao
tivemos nenhum evento de óbito (p=0,043), tumores de alto grau a sobrevida media encontrada
foi de 16 meses nos astrocitoma grau 3 (p=0,032) a 18 meses no glioblastoma (p= 0,043). Índice
de mortalidade de 33,3% (10 casos) com media de sobrevida total de 33 +/- 36 meses.
NÚMERO DO PAINEL: 73
Temário: Tumores
Título: ACESSO TRANSFALCINO INTERHEMISFÉRICO PARA TUMORES DE PINEAL – NOTA TÉCNICA
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Autores: Iracema Araújo Estevão; Paulo Henrique Pires De Aguiar; Marcos Vinicius Calfat
Maldaun; Tatiana Peres Vilasboas Alves; Carlos Tadeu Parisi De Oliveira;
Resumo:
Introdução: A pineal é uma glândula de formato elíptico localizada sobre a lâmina quadrigêmea
na porção posterior do terceiro ventrículo. Os tumores da região pineal constituem um desafio
importante para o neurocirurgião experiente e atualmente são necessários vários recursos
tecnológicos para a remoção destes tumores. Os tipos de abordagens cirúrgicas são três: 1 –
supracerebelar, infratentorial; 2- suboccipital inter-hemisférico justatentorial ou transtentorial;
3 – combinado. Nesta nota técnica é descrito uma nova abordagem cirúrgica para os tumores
de pineal, realizando um acesso transfalcino, supra-tentorial inter-hemisférico. Objetivo:
Descrever a técnica do acesso transfalcino inter-hemisférico para a lâmina quadrigêmea e
relatar o caso de dois pacientes operados por essa técnica. Casuística e Métodos: Foram
analisadas as informações clínicas, tomográficas e de ressonância magnética de onze pacientes
submetidos à cirurgia por um mesmo grupo de cirurgiões com a utilização do acesso descrito
para cirurgia de tumores da pineal. Resultados: Foram operados onze casos com a utilização da
técnica descrita tendo resultado satisfatório do acesso cirúrgico, permitindo boa visualização do
campo operatório pelo cirurgião. Em 0% dos casos houve infarto venoso. Conclusão: A escolha
do acesso cirúrgico dependerá essencialmente do ângulo da superfície tentorial do cerebelo
visto na ressonância de perfil com a linha perpendicular, saindo da torcula. Se o ângulo for maior
que 45º o acesso poderá ser o supracerebelar infratentorial em posição semi-sentada, caso
contrário, as dificuldades técnicas para este acesso tornam o acesso infraoccipital justa tentorial
mais fácil para se acessar a região. Quando o ângulo é muito agudo normalmente é feito o acesso
transtentorial, mas para tumores pequenos a visão do cirurgião pode ser muito limitada.
Segundo a experiência dos autores quando o ângulo formado pela perpendicular vertical saindo
da tórcula com a linha sobre a superfície tentorial for menor que 45º é preferível o acesso
transfalcino inter-hemisférico permitindo ao cirurgião um bom campo-visual.
NÚMERO DO PAINEL: 74
Temário: Tumores
Título: ADENOCARCINOMA VESICAL METASTIZANDO PARA COLUNA TORÁCICA
Instituição: FCM-CG
Autores: Viviane Fernandes Feitoza; Amauri Pereira da Silva Filho; David Plácido Lopes Júnior;
Isabela Carvalho de Aquino; Rebecca Soares de Oliveira;
Resumo:
Introdução:O adenocarcinoma vesical é um tumor raro, frequentemente caracterizado por ser
diagnosticado tardiamente. O tratamento é agressivo e o prognóstico restrito. Se classificam em
primários, de uraco e metastáticos (este sendo o mais comum). Apesar disso, há poucos relatos
de metastização vertebral. Objeitvo:Relatar o caso de um homem com metástase vertebral de
um adenocarcinoma vesical. Método: Relato de caso. Resultados: Masculino, 64 anos,
previamente hígido, evoluiu com dorsalgia importante, paraparesia crural com nível sensitivo
T5. Quadro clínico ainda apresentou retenção urinária e constipação. Iniciou-se investigação
imaginológica com RM de coluna torácica evidenciando lesão infiltrativaT5-T6 associada a
importante compressão medular sugestivo de metástase. O tratamento cirúrgico foi indicado,
sendo feita a laminectomia T5-T6 mais fixação da coluna. Foi realizada biópsia de corpo vertebral
cujo resultado do histopatológico mostrou lesão secundária à Adenocarcinoma Vesical. O
paciente foi, então, encaminhado para tratamento quimioterápico e seguimento de lesão
vesical. Conclusão: No caso apresentado, encontramos uma rara complicação associada ao
adenocarcinoma vesical, com acometimento vertebral. A forma mais eficaz de conduzir esse
tratamento ainda é discutida na literatura.
NÚMERO DO PAINEL: 75
Temário: Tumores
Título: ATYPICAL TERATOID RHABDOID TUMOR IN A CHILD
Instituição: FAMERP
Autores: Fernando Seiji Suzuki; Lucas Crociati Meguins; Ronaldo Brasileiro de Miranda Batista
Fernandes; Ricardo Lourenço Caramanti; Mário José Góes;
Resumo:
Atypical teratoid/rhabdoid tumor (ATRT) is a rare and aggressive type of embryonal tumor of
the central nervous system (CNS) occurring in childhood. The present study aims to describe the
case of a 16-year-old girl who presented with an occipital mass lesion that was diagnosed as
ATRT. We present a brief review of the current knowledge of the treatment of this rare
neoplasm. A previously healthy 16-year-old girl was referred after two episodes of partial
complex seizure 2 weeks before admission. MRI showed a right parieto-occipital lesion with
homogeneous contrast-enhancing and significant surrounding brain edema. The patient
underwent uneventful surgical resection of the lesion and was discharged home on the fifth
postoperative day. Pathologic examination revealed it to be ATRT. The patient was referred to
chemother- apy and radiotherapy. After 6 months of follow-up, the patient remains free of
seizure and disease progression. ATRT is a rare and aggressive disease. Therefore, early diagnosis
and treatment may improve the patient’s prognosis and quality of life.
NÚMERO DO PAINEL: 76
Temário: Tumores
Título: AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA DOS PRIMEIROS 32 PACIENTES OPERADOS POR VIA
ENDOSCÓPICA TRANSESFENOIDAL EM UM HOSPITAL DE ENSINO
Instituição: UNOESTE
Autores: Gabriel Chaves da Silva; Felipe Franco Pinheiro Gaia; Antônio Fernandes Ferrari; Marco
Aurélio Franco de Godoy; Monique de Oliveira Ceranto;
Resumo:
Introdução: Os adenomas da hipófise compreendem 10-15% dos tumores intracranianos,
representando a neoplasia neuroendócrina benigna mais comum do sistema nervoso central.
São classificados como não secretores e secretores, e também de acordo com o tamanho, sendo
os menores de 10mm denominados microadenomas e os maiores, macroadenomas. Os
sintomas dos macroadenomas frequentemente recorrem do efeito de massa e compressão de
estruturas neurais. A classificação de extensão tumoral proposta por Knosp envolve o seio
cavernoso, e é baseada em exames de ressonância magnética, exclusivamente relacionada a
extensão lateral dos tumores hipofisários. O tratamento de escolha para os adenomas da
hipófise é a cirurgia de ressecção transesfenoidal endoscópica. Neste trabalho, foi abordada
uma série de variáveis importantes para o direcionamento cirúrgico e seguimento de cada caso.
Existem diversas complicações pós-operatórias, tendo como principais a diabetes insipídus e a
fístula liquórica. Objetivo: Expor a epidemiologia, resultados e taxas de complicações dos
pacientes operados por via endoscópica transesfenoidal. Metodologia: Revisão retrospectiva de
prontuários médicos de pacientes submetidos à cirurgia transesfenoidal endoscópica de
adenoma de hipófise, no período de 2011 à 2015 em hospital de ensino. Resultados: Foram
revisados prontuários de 32 pacientes, com idades variando entre 14 e 84 anos, somando um
total de 35 cirurgias de ressecção transesfenoidal de adenoma de hipófise. Destes pacientes
68,75% são homens e 31,25% mulheres. Dos pacientes operados, 97,14% eram macroadenomas
e 2,85% microadenomas. Dentre as complicações, as mais comuns foram diabetes insípidus
(37,14%) e fístula liquórica (22,85%). A taxa de óbito foi de 5,71%. Conclusão: Os dados obtidos
neste estudo de prontuários são condizentes com os encontrados na literatura revisada,
contudo, as taxas de complicações foram maiores do que as relatadas em literatura, pois estes
representam os primeiros casos operados, justificados dessa forma, pela curva de aprendizado.
NÚMERO DO PAINEL: 77
Temário: Tumores
Título: CISTO LIQUÓRICO SUBHEPÁTICO: COMPLICAÇÃO DE DERIVAÇÃO VENTRÍCULO
PERITONEAL EM HIDROCEFALIA SECUNDÁRIA A TUMOR DE III VENTRÍCULO - RELATO DE CASO
Instituição: FACULDA DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: David Plácido Lopes; David Plácido Lopes Júnior; Franklin Melo Peixoto; Igel de Souza
Aquino;
Resumo:
Introdução: A hidrocefalia é caracterizada pelo acúmulo anormal de líquido cefalorraquidiano
(LCR) nas cavidades ventriculares, levando à dilatação das mesmas e aumento da pressão
intracraniana. A hidrocefalia surge a partir de três alterações fundamentais: aumento da
produção do líquor, resistência à circulação e diminuição da absorção, tendo às vezes como
causa algum estado mórbido subjacente como tumores, infecções ou hemorragias
intracranianas, entre outros. O método de tratamento mais usado na hidrocefalia é a derivação
ventrículo-peritoneal (DVP) com válvula, ocorrendo como complicações mais frequentes o mau
funcionamento do sistema e infecções. Complicações abdominais estão presentes em até 25%
dos casos, a exemplo de perfuração de vísceras, obstrução do cateter pelo epíplon, penetração
do cateter no escroto e, mais raramente, cistos intraperitoneais. Objetivo: Relatar cisto liquórico
intraperitoneal subhepático como complicação pós-cirúrgica de DVP. Métodos: Relato de caso.
Resultados: ZRSC, feminino, 43 anos, enfermeira, admitida com cefaléia progressiva, sobretudo
matinal, com início há 2 meses, associada a déficit de memória e distúrbio de marcha.
Tomografia computadorizada (TC) cerebral foi inconclusiva, já a Ressonância Magnética (RM)
evidenciou lesão cística e componente sólido pequeno no terceiro ventrículo com extensão para
ventrículo lateral direito e presença de hidrocefalia. Foi submetida à microcirurgia para
ressecção do tumor (ependimoma grau II, segundo histopatológico) e colocação de derivação
ventricular externa. RM de controle evidenciou lesão residual no terceiro ventrículo, sendo
realizada radioterapia, porém, devido à permanência da hidrocefalia foi implantada uma DVP
com válvula com conseqüente remissão da dilatação ventricular. Após a alta, evoluiu com dor
abdominal persistente e TC abdominal revelou coleção liquida subhepática. Realizada
laparoscopia que confirmou a presença de cisto liquórico subhepático por bloqueio do cateter
da DVP, sendo o cisto drenado e o cateter da DVP reposicionado. Após alta paciente retorna às
atividades, tendo atualmente vida ativa em casa e no trabalho. Conclusão: Cistos sub-hepáticos
são pouco descritos na literatura como complicações relacionadas à cirurgia de DVP, porém,
devem ter seu diagnóstico e intervenção precoce devido a riscos de piora de prognóstico
relacionados, principalmente, a abdome agudo.
NÚMERO DO PAINEL: 78
Temário: Tumores
Título: ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE METASTÁSES
VERTEBRAIS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM NEUROCIRURGIA
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Miriam Lucia Galvão Lucena; Amauri Pereira da Silva Filho; Anne Jamille Ribeiro
Sampaio; Larissa Pinto de Farias Tenório; Pammela Dayana L.C. Machado;
Resumo:
Introdução: Doença Vertebral Metastática (DVM) é uma patologia que vem se apresentando
com frequência e caracteriza-se por lesões que geram prejuízo na qualidade de vida do paciente,
devido à dor que é causada pela instabilidade mecânica e por disfunções neurológicas. As
principais complicações da DVM são a compressão nervosa e a fratura patológica, que,
geralmente, é combinada com lesão neurológica e dor. A coluna vertebral é o local mais comum
de metástases ósseas, sendo mais frequente no segmento torácico (60 a 80%), seguido pelo
lombossacral (15 a 30%). Os principais tumores primários que causam metástases
toracolombares são de mama, de pulmão, de próstata e de rim. Objetivo: Determinar o perfil
epidemiológico dos pacientes com metástases vertebrais em um hospital terciário. Método:
Trata-se de um estudo retrospectivo, de caráter descritivo, com abordagem quantitativa dos
dados de 15 prontuários de pacientes internados com diagnóstico de metástase vertebral, no
período de janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Os dados foram coletados a partir de um
formulário padrão e organizados em planilha do Microsoft Excel 2007. Resultados: O gênero
feminino predominou, representando 60% dos casos (n= 9). A faixa etária de maior prevalência
foi de 60 anos, com 46,7% (n= 7), seguida de pacientes entre 45 e 60 anos, com 6 casos (40%).
A topografia mais comum foi o seguimento torácico, com 80% dos casos (n= 12); o seguimento
lombossacral surgiu a seguir, com 4 pacientes (26,6%) e em 2 pacientes foram encontradas
metástases múltiplas. Quanto ao sítio primário, os principais foram pulmão, mama e local
indefinido, todos com três casos cada; mieloma múltiplo apresentou 2 casos, assim como
próstata. Segundo a escala de Frankel modificada, 50% dos pacientes deram entrada no serviço
classificados como A, tendo dor como principal sintoma. O tratamento cirúrgico foi indicado em
14 casos. As complicações mais comuns foram: infecção do trato urinário (53,3%), trombose
venosa profunda (33,3%), pneumonia (33,3%) e sepse (40%). Conclusão: As metástases para
coluna vertebral são comuns e constituem-se em uma emergência médica quando causam
compressão da medula. A incidência das mesmas está aumentando, tendo em vista o aumento
da sobrevida dos pacientes com câncer.
NÚMERO DO PAINEL: 79
Temário: Tumores
Título: FORMA TUMORAL DE NEUROCISTICERCOSE – RELATO DE CASO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO
Autores: Aline Lariessy Campos Paiva; João Miguel de Almeida Silva; Guilherme Brasileiro de
Aguiar;
Resumo:
OBJETIVO O relato tem como objetivo descrever um caso incomum de Neurocisticercose que
simulou uma neoplasia de Sistema Nervoso Central (SNC). RELATO Paciente do sexo masculino,
59 anos, apresentou-se com relato de cefaleia de forte intensidade com piora progressiva há 6
meses e hemiparesia à direita semanas antes da avaliação inicial. Neste momento apresentava
ainda disfasia, sinais de liberação piramidal, com sinal de Babinski presente à direita. Na
investigação complementar for realizada RNM encéfalo que evidenciou lesão heterogênea
frontotemporal esquerda, sólido-cística, com efeito de massa e desvio das estruturas de linha
média, edema e compressão do ventrículo lateral adjacente. Neste momento levantou-se como
principal hipótese diagnóstica neoplasia primária do SNC e optou-se por abordagem
neurocirúrgica. Durante o procedimento foi evidenciado que a lesão era composta por
cisticercos (o que foi confirmado pela análise histopatológica). CONCLUSÃO A neurocisticercose
é uma doença endêmica no Brasil e uma das principais causas de epilepsia em adultos. Pode ser
assintomática ou se manifestar com déficits neurológicos focais, hidrocefalia ou crises
convulsivas. Quando há lesões intraventriculares e multicísticas o tratamento com
antiparasitários não é eficaz. Logo, nestes casos e quando há importante efeito de massa como
neste paciente, o tratamento neurocirúrgico está indicado.
NÚMERO DO PAINEL: 80
Temário: Tumores
Título: GLIOBLASTOMA MULTIFORME CEREBELAR EM ADULTO: RELATO DE CASO
Instituição: FAMERP
Autores: Linoel Curao Valsechi; Lucas Crociati Meguins; Filipe Guirelle Silva; Fernando Seiji
Suzuki; Matheus Rodrigo Laurenti;
Resumo:
Introdução: Glioblastoma multiforme (GBM) é o tumor primário do sistema nervoso central mais
comum em adulto, porem apenas 1% localiza-se no cerebelo.Trata-se de tumor extremamente
maligno com baixa sobrevida apesar das medidas instituídas. Objetivo: Relato de um caso de
GBM cerebelar em adulto em um hospital universitário do interior paulista. Relato do caso:
Paciente masculino, 64 anos, admitido com historia de tontura, náuseas, vômitos e alteração
em marcha com quedas da própria altura para direita há 1 mês. Perda de 10kg em 3 meses. Ao
exame neurológico apresentava ataxia apendicular, dismetria, disdiadococinesia, ataxia de
marcha, sinal de Romberg positivo e nistagmo horizontal. TC de crânio evidenciou lesão
hipodensa mal definida em hemisfério cerebelar a direita com efeito compressivo sobre o IV
ventrículo. Na RM de encéfalo tal lesão apresentava-se heterogeneamente hiperintensa em T2,
de limites mal definidos, com realce intenso e irregular após contraste. Paciente foi submetido
a microcirurgia para ressecção subtotal de lesão expansiva, cujo resultado do exame de
congelação no intra-operatório foi de neoplasia glial de alto grau com presença de necrose, o
qual foi confirmado no anatomopatológico como glioblastoma multiforme (Grau IV – OMS) e
corroborado pela himunohistoquimica, nos quais os espécimes mostraram-se positivos para os
anticorpos S100, GFAP, Synaptofiina, Ki67. Paciente recebeu alta 9 dias após admissão em GCS
15, mantendo sintomas cerebelares. Apresentou nova internação devido infecção de ferida
operatória, sendo realizado desbridamento e antibioticoterapia. Paciente mantém
acompanhamento ambulatorial, realizando radioterapia e quimioterapia adjuvante. Conclusão:
GBM cerebelar é uma entidade rara com alta morbidade e mortalidade com sobrevida media de
14 meses segundo literatura. O tratamento de escolha com comprovado aumento de sobrevida
até o momento é a ressecção tumoral associado à radioterapia adjuvante.
NÚMERO DO PAINEL: 81
Temário: Tumores
Título: GLIOBLASTOMA MULTIFORME PEDIÁTRICO: UM RELATO DE CASO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Pâmmela Dayana Lopes Carrilho Machado; Amauri Pereira da Silva Filho; Anne Jamille
Ribeiro Sampaio; Miriam Lucia Galvão Lucena; Larissa Pinto de Farias Tenório;
Resumo:
Introdução: Glioblastoma Multiforme (GBM) é o astrocitoma mais comum em adultos,
prevalente no sexo masculino, sendo a neoplasia cerebral mais recorrente. É um tumor clínico,
histologicamente e geneticamente muito heterogêneo, contudo poucos casos são relatados na
faixa etária pediátrica. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo reportar um caso de um GBM
em uma criança. Método: Estudo desenvolvido a partir de pesquisa documental, ancorada em
dados obtidos do prontuário médico do paciente, admitido em um hospital de referência em
Neurocirurgia no interior da Paraíba. Além disso, realizou-se observação da internação, bem
como acompanhamento ambulatorial do referido caso, o que fora associado à consulta
bibliográfica em base de dados com indexação. Resultados: O caso retrata um paciente sexo
masculino, 12 anos, previamente hígido e sem histórico de exposição à radiação ionizante. Há
quatro meses, iniciou quadro de tremor na extremidade do membro superior direito,
progressivo e aos movimentos volitivos. Após dois meses, passou a queixar-se de cefaleia
frontoparietal, em pontadas, de forte intensidade – que cedia à analgesia comum –,
acompanhada de vômitos em jato e, posteriormente, de alucinações visuais, mas sem
rebaixamento do nível de consciência. O paciente foi, então, encaminhado para um serviço
especializado, tendo realizado tomografia computadorizada e ressonância magnética de crânio,
os quais evidenciaram uma lesão neoplásica expansiva, volumosa e infiltrativa, com epicentro
em tálamo esquerdo, que se estendia para o tálamo contralateral, região hipotalâmica e
mesencéfalo, apresentando sinais de disseminação. Diante disso, optou-se pela abordagem
microcirúrgica para ressecção da massa, tendo sido instalada uma derivação ventrículo
peritoneal, devido ao desenvolvimento de hidrocefalia, quadro dias após exérese da lesão. O
anatomopatológico confirmou ser um astrocitoma de alto grau, com necrose – GBM. Como
fechamento do quadro, paciente realizou quimioterapia com Temodal e radioterapia, tendo
cursado com uma sobrevida de 9 semanas. Conclusão: Glioblastoma multiforme é um dos
tumores mais agressivos em seres humanos. É uma patologia rara em crianças, porém culmina
em lacunas em sua compressão. Além disso, deve ser considerado no diagnóstico diferencial,
uma vez que os fatores de risco são, em sua maioria, desconhecidos. Em acréscimo, tem-se um
melhor prognóstico em pacientes pediátricos que em adultos.
NÚMERO DO PAINEL: 82
Temário: Tumores
Título: LINFOMA PRIMÁRIO DE ENCEFALO - NOVAS APRESENTAÇÕES
Instituição: SANTA CASA DE RIBEIRÃO PRETO
Autores: Bruno Nascimento Bettencourt da Silva; Nícollas Nunes Rabelo; Anna Carolina Cunha
da C Ramos; Luiz Antônio Araújo Dias;
Resumo:
INTRDUCAO: Sabemos que a incidência de casos de linfoma vem aumentando, por uma maior
acuraria no diagnóstico primário ou por achado após laudo imunohistoquimico; o estudo aponta
as novas tendência nas apresentações. Gostaríamos também de propor uma nova classificação
para os linfoma que assumem um aspecto " multiforme " de clinica e imagem.Vimos através da
classificação da OMS ainda não há novo subtipo de Linfomas "multiforme" porém por novos
exames ainda promissores, imagem avançada, e a genética, ainda inconclusivos podem nos
ajudar em novos diagnósticos. OBJETIVO:Discutir a clinica e aspectos tanto intraoperatorio
quanto tumorail radiológico, o padrão multiforme que novos casos de Linfomas encefálicos vem
se apresentado na pratica clinica tem mudado em relação à literatura. METODOS:Revisão em
biblioteca virtual e prontuários de casos submetidos a procedimento cirúrgicos, retrospectivos
(2010/15). RESULTADO: Os Linfomas em geral estão intimamente relacionados com
imunossupressão, acomentem a idade adulto, uma prevalências em homens. Em imagem
avançada encontramos uma lesão extra axial, captante ao contraste. Na expresso genica temos
achado inespecificos, com exceção da telomerase em atividade que remete há um fator de bom
prognóstico, quando presente; assim como VEVF +, melhor prognóstico por melhor resposta a
QT;.CONCLUSAO:Se tratando de Linfomas um tumor de rápida deterioração clinica do paciente,
os dados que temos é diagnostico e classificação ainda são inespecificos e não há ainda predição
de prognóstico por dados que temos. Os estudos até então apresentados nos guiam para achar
o número de lesões e multifocalidade e disseminação.Na busca por outros dados como
proteínas, DHL.Temos o melhor tratamento a quimioterapia, precoce, logo após o diagnóstico,
terapias combinadas são úteis como radioterapia e quimioterapia, além de cirurgia para casos
de biópsia diagnóstica ou redução dos sintomas, vimos também que por se tratar de uma doença
com deteriorização neurológica variável, devido a "multiciplicidade" do local de acometimento
cerebral e números de lesões, essa patologia pode então assumir uma forma "multiforme"
clinica e radiológica devido fatores como local de acometimento parenquimal, grau de
imunodeficiência, devendo então ter um tratamento diferenciado e individualizado, mesmo em
casos de diagnósticos tardio ou após laudo imunológico.
NÚMERO DO PAINEL: 83
Temário: Tumores
Título: MENINGIOMA COM METÁSTASE EXTRACRANIANA: RELATO DE CASO COM ÊNFASE NOS
FATORES PREDISPONENTES
Instituição: PUC-GOIÁS
Autores: Catarine Ottobeli; Marcela Marino de Azeredo Bastos; Natalia Costa Resende Cunha;
Isabelle Franco Melazzo; Ledismar José da Silva;
Resumo:
INTRODUÇÃO: Os meningiomas são tumores originados das células da membrana aracnóide,
benignos em sua maioria, sendo que em 2-10% dos casos eles apresentam características
malignas. A prevalência de metástases quando consideramos todos os meningiomas é de 0,76%,
porém quando consideramos apenas os meningiomas malignos esta taxa sobe para 43%.
OBJETIVO: Discutir os fatores predisponentes à metastatização dos meningiomas com base em
um relato de caso. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino recebeu diagnóstico de
meningioma aos 56 anos. Ressonância Magnética (RM) demonstrou lesão expansiva sólida
extra-axial na transição parieto-occipital, com erosão da calota craniana e infiltração do seio
sagital superior. Foi submetida ao tratamento cirúrgico, e o resultado histopatológico foi
compatível com meningioma fibroso, com ausência de sinais de malignidade. Sete meses após
a cirurgia, houve recidiva da doença e paciente foi submetida a novo tratamento cirúrgico. Nos
dois anos subseqüentes, apresentou 2 recidivas da doença, e após tratamento cirúrgico,
histopatológico mantido como meningioma Grau I. Cinco anos após o diagnóstico primário,
paciente apresentava quadro de tosse persistente e foi solicitada tomografia de tórax, revelando
múltiplos nódulos sólidos em ambos os pulmões. O histopatológico e imuno-histoquímica da
biópsia percutânea guiada de um dos nódulos foram compatíveis com metástase do
meningioma. Realizou tratamento com hormonioterapia e quimioterapia, apresentando
estabilidade das lesões pulmonares e do sistema nervoso central no follow-up de sete anos.
DISCUSSÃO: O grau histológico do tumor é o fator preditivo mais importante da ocorrência de
metástases. Segundo a Organização Mundial de Saúde, os parâmetros que classificam um
meningioma como maligno são: pleomorfismo nuclear, hipercelularidade, índice mitótico,
necrose tumoral, perda da arquitetura e invasão cerebral. Além disso, outros fatores já foram
identificados, como a ausência de receptores de progesterona, a presença de receptores hTR
beta-1 de hormônio tireoidiano e a instabilidade genética decorrente de algumas mutações. Os
fatores presentes no caso relatado que sugerem a habilidade de metástase do tumor são a
recorrência local, e a infiltração de ossos (calota craniana) e de vasos (seio sagital). CONCLUSÃO:
O reconhecimento dos pacientes que apresentam meningiomas com fatores predisponentes à
metastatização é de suma importância para seu acompanhamento.
NÚMERO DO PAINEL: 84
Temário: Tumores
Título: MENINGIOMA DA REGIÃO DA PINEAL
Instituição: SANTA CASA SP
Autores: TIAGO MARQUES AVELAR; Aline Lariessy Campos Paiva; Márcio Costa; Guilherme
Brasileiro de Aguiar;
Resumo:
INTRODUÇÃO: Tumores da glândula pineal são raros, com a incidência de 0.4-1% de todos os
tumores intracranianos nos adultos. Na literatura, encontram-se como tipo histológico mais
comum acometendo a região da pineal os germinomas os quais tipicamente englobam a
glândula pineal, apresentam-se na ressonância com restrição a difusão devido a celularidade
densa e com intensa captação de contraste. Meningiomas da região pineal são incomuns e
contabilizam 2-8% de todos os tumores localizados nessa área, não tem achados específicos à
ressonância, mas costumam apresentar-se com captação ávida e homogênea de contraste. Os
principais sintomas encontrados na apresentação inicial das lesões expansivas de pineal são
cefaleia, tontura e alteração de marcha. OBJETIVOS: O presente trabalho tem por objetivo
apresentarmos o caso de uma paciente submetida a tratamento cirúrgico de meningioma da
região da pineal, discutindo os principais aspectos dessa afecção. RELATO DO CASO: Paciente do
sexo feminino, 43 anos, professora, com história de cefaleia refratária a analgesia iniciada há
um ano. Ao exame físico inicial apresentava-se sem alterações visuais, de marcha, déficits
motores ou sinais cerebelares. Procedeu-se a ressonância magnética de encéfalo a qual
evidenciou lesão expansiva em região de glândula pineal, inicialmente cogitando-se como
diagnósticos diferenciais germinona e meningioma. Realizou-se então craniotomia parietal
direita e acesso transtentorial para ressecção da lesão. A análise histopatológica e imuno-
histoquímica revelou-se tratar de meningioma. CONCLUSÕES: os meningiomas da região da
pineal são lesões raras. Por não apresentarem características específicas aos exames de imagem,
sempre deve ser considerado como diagnóstico diferencial das lesões expansivas dessa região.
NÚMERO DO PAINEL: 85
Temário: Tumores
Título: MENINGIOMAS E PARALISIA DO TERCEIRO PAR CRANIANO
Instituição: HOSPITAL SANTA CASA DE RIBEIRAO PRETO
Autores: NICOLLAS NUNES RABELO; BRUNO NASCIMENTO BETTENCOURT; SAMUEL MARQUES
BORGES; LUIZ ANTÔNIO ARAUJO DIAS; KOJI TANAKA;
Resumo:
Introdução: Meningiomas são neoplasias que surgem da aracnóide, de lento crescimento,
predominantemente em adultos e com acometimento maligno em apenas 1% dos casos.
Existem clínicas e localizações específicas, bem como diagnósticos diferenciais a ser
considerados. Objetivo: Relatar alteração rara de paralisia do terceiro par craniano por
meningioma, realizar diagnóstico diferencial principalmente de lesões vasculares, sendo estas
mais comum, evidenciar achados clínicos, dificuldade diagnóstica por imagem e abordagem
cirúrgica. Métodos: Foi realizado revisão sistemática a respeito do tema para elucidação das
principais evidências, bem como, constatação dos dados do prontuário, anamnese clinica e
discursão do caso em reuniões científicas do serviço. Resultado: Paciente D.D.L.Q de 14 anos,
sexo masculino, caucasiano, procedente de Ribeirão Preto. Refere que há 2 anos iniciou queda
da pálpebra superior do olho esquerdo. Sintomas não cessaram e foram evoluindo. Após um
mês apresentou desvio do olhar para esquerda do olho esquerdo, com estrabismo divergente.
Nesse período o paciente refere que apresentou dificuldades de leitura e diplopia esporádicas,
o qual evoluiu para diplopia persistente com vertigem subjetiva. Após um mês iniciou turvação
visual a esquerda associado com escotomas sintilantes. Associada a uma cefaleia intermitente,
intensidade. Na admissão apresentava terceiro par completo com turvação acentuada do olho
esquerdo e dificuldade de imobilização da musculatura ocular. RMN sugeriu neurinoma do 3º
par a esquerdo, anterior ao mesencéfalo e Angio RMN normal. Foi realizado a cirurgia de exérese
do tumor de terceiro par paraclinoideo com craniotomia peterional a esquerda, sem
neuromonitorização, por dificuldade dos planos de saúde. Sem intercorrências. A
imunohistoquímica veio com EMA, S100, Ki67 positivo, sugestivo de meninigoma grau I(OMS).
Conclusão: A cirurgia com ressecção total é a principal modalidade de tratamento, a subtotal se
acometer delicadas fibras nervosas. Radiocirurgia, pode ser uma alternativa útil. Fisioterapia e
acompanhamento é necessário para resgatar possíveis déficits do pós operatório. Faz-se
também necessário realizar diagnóstico diferencial como, por exemplo: aneurisma cerebral da
artéria comunicante posterior (efeito de massa no nervo, como o meningioma) e Schwanoma
do oculomotor (tumor cresce do nervo). O quanto mais precoce for submetido a cirurgia, com
surgimento dos sintomas, melhor terá o resultado da ressecção.
NÚMERO DO PAINEL: 86
Temário: Tumores
Título: METÁSTASE HIPOFISÁRIA DE ADENOCARCINOMA MAMÁRIO: RELATO DE CASO
Instituição: UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA
Autores: Gabriel Chaves da Silva; Felipe Franco Pinheiro Gaia; Antônio Fernandes Ferrari; Marco
Aurélio Franco de Godoy Belfort; Gabriela Maldonado Cortez;
Resumo:
Introdução:Lesões metastáticas da hipófise são incomuns, ocorrem em 1% das ressecções.
Mama e pulmão são as origens mais frequentes, seguido de próstata, rim, trato gastrointestinal,
linfoma, tireoide e plasmocitoma. Localizam-se principalmente na hipófise posterior, devido a
intensa vascularização, porém podem ocorrer na anterior, predominando a origem mamária.
Tem crescimento rápido e progressivo, provoca destruição óssea e invasão de estruturas
adjacentes. Objetivo:Descrever caso de metástase mamária para a região selar, evidenciando
dados clínicos/radiológicos que tornam o diagnóstico plausível. Relato de caso:Paciente, 56
anos, feminino, com diagnóstico de adenocarcinoma mucinoso mamário submetida à
mastectomia, recebendo tratamento adjuvante de quimioterapia, radioterapia e
hormonioterapia. Nove meses após, evoluiu com ptose palpebral direita associada à diplopia e
dor orbitária. Exame neurológico com anisocoria, paresia de reto medial e ptose palpebral
direita. Negou diminuição de acuidade visual e outras queixas. Exames de imagem com lesão
selar na topografia de adenohipófise, invasão de seio cavernoso direito e realce heterogêneo ao
gadolíneo. Perfil hormonal e exames laboratoriais normais. Optou-se por hipofisectomia
transesfenoidal endoscópica. A ressecção foi subtotal devido ao contato com o seio cavernoso
direito. Não houveram complicações no pós-operatório, recebendo alta 3 dias após a cirurgia.
Exame anatomopatológico/imunohistoquímico evidenciou foco metastático de
adenocarcinoma mucinoso de mama. Está recebendo radioterapia adjuvante. Discussão:A
maioria das apresentações é assintomática. Devido à topografia mais comum, é frequente
ocorrer diabetes insipidus associada ou não a déficits de pares cranianos. Não foram relatados
critérios específicos que permitam a diferenciação radiológica, mas existem alguns achados
sugestivos: espessamento da haste hipofisária, perda do hipersinal da hipófise posterior,
isointensidade de sinal de T1 e T2, invasão do seio cavernoso e mudança esclerótica em torno
da sela túrcica. Frente as dificuldades, achados radiológicos sugestivos e dados como historia do
paciente e malignidade podem tornar essa hipótese pláusivel. Conclusão:Apesar de raras, tais
lesões devem ser consideradas como diagnóstico diferencial, principalmente em idosos, história
de malignidade ou sintomas rapidamente progressivos. O tratamento pode aliviar os sintomas
compressivos, melhorar a qualidade de vida, porém sem melhora na sobrevida.
NÚMERO DO PAINEL: 87
Temário: Tumores
Título: METÁSTASE INTRAORBITÁRIA DE CÂNCER DE MAMA
Instituição: IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO
Autores: Guilherme Brasileiro de Aguiar; Aline Lariessy Campos Paiva; João Miguel de Almeida
Silva;
Resumo:
INTRODUÇÃO: As neoplasias de mama frequentemente se manifestam também com doença
metastática (em aproximadamente 30%). Mais comumente afetam pulmões, ossos, SNC e
fígado. As metástases cerebrais cujo sítio primário é mama ocorrem em 10% dos pacientes,
especialmente nos com diagnóstico tardio. Na maioria dos casos há múltiplas lesões que
impedem a ressecção cirúrgica e são melhor abordadas com quimioterapia ou radioterapia (ou
radiocirurgia). OBJETIVO: Descrever o caso raro de Metástase de mama para órbita e estruturas
adjacentes. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 64 anos, com antecedente de câncer
de mama (carcinoma ductal invasivo) tratado há 12 anos, apresenta-se com queixa de diplopia.
Ao exame neurológico foi evidenciada ausência de abdução do olho esquerdo. Foi solicitada
ressonância nuclear magnética encefálica que evidenciou a presença de lesões nodulares nos
músculos reto inferior e lateral do olho esquerdo. Além disso as lesões também tinham
disseminação na paquimeninge, com áreas nodulares de captação de gadolíneo na convexidade
temporal direita. Devido à proximidade com estruturas nobres, optou-se por realizar
radioterapia do encéfalo. A paciente teve melhora da diplopia após a sétima sessão de
irradiação. CONCLUSÃO: As neoplasias de mama frequentemente afetam o SNC e a abordagem
terapêutica deve considerar variáveis como topografia, quantidade de lesões e status funcional
do paciente.
NÚMERO DO PAINEL: 88
Temário: Tumores
Título: MÚLTIPLOS SÍTIOS METASTÁTICOS ÓSSEOS DE UM TUMOR PRIMÁRIO NÃO
IDENTIFICADO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Humberto Fernandes Veloso Neto; Blenda Neiva de Farias; Huggo Luan Barros
Medeiros; Francisco Lucas de Souza; Amauri Pereira da Silva Filho;
Resumo:
Introdução/Objetivo: A disseminação de carcinomas, têm nos ossos seu terceiro sítio mais
comum de metástase. A doença óssea metastática é responsável por mais de 99% dos tumores
malignos que acometem o esqueleto, e estas, surgem com maior frequência dos carcinomas
mamários, pulmonares, renais, prostáticos e tireoidianos. A localização primária permanece
desconhecida em até 3% dos casos. Este trabalho tem o objetivo de referir um caso de múltiplas
metástases ósseas de um tumor primário não identificado. Relato de caso: Paciente do sexo
feminino, 52 anos, com queixa de dores ósseas generalizadas, piores na região cervical,
agravadas pelo repouso e atenuadas pelo exercício físico moderado. As dores tornaram-se mais
intensas, de caráter insidioso, piores na região cervical, dorsal e esternal, quando um serviço
especializado foi procurado. Realizados exames de tomografia computadorizada, estes,
revelaram lesões líticas que acometiam todos os corpos vertebrais torácicos e os segundo,
terceiro e quinto lombares, com extensão para os pedículos e fratura patológica em T6, além de
mielopatia compressiva a este nível; acometimento dos arcos costais inferiores e de
praticamente todos ossos do crânio e da coluna cervical por lesões da mesma natureza, além de
uma outra lesão expansiva no manúbrio esternal, todas sugestivas de envolvimento neoplásico
secundário. Foi admitida e evoluiu com um episódio de crise convulsiva, paraplegia e hipoestesia
em membros inferiores. Realizou-se uma laminectomia descompressiva e coleta de material
para anatomopatológico, que se revelou inconclusivo. Paciente segue estável e em terapia de
suporte. Conclusão: A ampla distribuição de metástases pelos ossos, abre espaço para um
quadro variado de sintomas focais, principalmente pela osteodinia, localizada em vários pontos,
e ainda a ocorrência de fraturas e compressão de estruturas importantes, neste caso, a medula
a nível de T6. O acometimento metastático obedeceu uma grande distribuição, mas típica, com
localização das lesões predominantemente no esqueleto axial, o que corrobora com as
manifestações clínicas. Não sendo possível identificar o tumor primário pelos métodos
diagnósticos então empregados, assim o caso passa a constituir uma estatística ínfima nesta
situação. Por outro lado, as características clínicas e os aspectos radiológicos sugerem a princípio
lesão primária de mama.
NÚMERO DO PAINEL: 89
Temário: Tumores
Título: NEUFIBROMA PLEXIFORME - RELATO DE CASO
Instituição: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
Autores: Alessandra Eifler Guerra Godoy; Isnard Elman Litvin; Natália Diel Lisbôa; Marco Antônio
Koff; Talita Regina Marks;
Resumo:
O neurofibroma plexiforme, também conhecido como neuroma plexiforme, paquidermatocele
ou elefantíase neurofibromatosa, é um tumor neurogênico benigno resultante do crescimento
exacerbado de células do envoltório neural. É composto por células de Schwann, células
perineurais e fibroblastos, originando-se de partes centrais dos nervos e envolvendo inúmeros
fascículos e ramos nervosos. É ricamente vascularizado, normalmente não metastático,
ocorrendo na infância e geralmente na adolescência. Usualmente, observa-se a formação de
nervos de morfologia irregular e tortuosa. Esse tipo de neurofibroma pode causar desde
mínimos danos motores e/ou sensitivos, e até mesmo interferir em funções intestinas, vesicais
e sexuais, quando acomete feixes nervosos do abdome inferior, por exemplo. As diferentes
clínicas dessa neoplasia dependem de seu tamanho, grau de evolução e a quantidade de nervos
afetados. Paciente, JMN, 23 anos, vem a consulta com cirurgião com queixa de lesão expansiva
na coxa direita, firme e de aspecto infiltrativo, com dor. Sem outras queixas ou achados. Os
exames laboratoriais mostraram-se normais. A exploração cirúrgica mostrou grande lesão mal
delimitada, medindo cerca de 21 cm no maior eixo. O exame microscópico mostra características
compatíveis com neurofibroma plexiforme. Devido ao seu grande volume e envolvimento de
vários fascículos nervosos e tecidos, o risco de disfunções e déficits neurológicos após excisão
cirúrgica é alto. Nesse sentido, intervenções cirúrgicas são postergadas o máximo possível. A
maioria das intervenções são limitadas, assim, geralmente há reincidência tumoral, fazendo-se
necessárias novas abordagens. É essencial no diagnóstico da neurofibromatose tipo 1 (NF1),
prevalecendo em 30% dos casos, sendo destes 14,3% na região da cabeça, 28,6% no tronco,
23,8% nos membros superiores e 33,3% nos membros inferiores, doença que acomete
aproximadamente 80000 pessoas no Brasil e 1,5 milhão no mundo. É clinicamente relevante no
diagnóstico da NF1, sendo que a biópsia se torna desnecessária para sua confirmação na
presença dos achados sugestivos de neurofibroma plexiforme nos exames de imagem
(principalmente RM com contraste). Sofre malignização de 2 a 5% dos casos, ocasionando
morbimortalidade devido a numerosa proliferação celular e invasão de tecidos adjacentes.
NÚMERO DO PAINEL: 90
Temário: Tumores
Título: NEUROCISTICERCOSE GIGANTE NO ÂNGULO PONTOCEREBELAR SIMULANDO TUMOR
CEREBRAL (RELATO DE CASO)
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE - PB
Autores: Ronaldo Barbosa de Farias Júnior; Amauri Pereira da Silva Filho; Lucas Silva Xavier;
Adysia Moreira Florentino da Silva; Huggo Luan Barros Medeiros;
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Neurocisticercose (NCC) é uma infecção do sistema nervoso central (SNC)
causada pela implantação da forma larval da Taenia solium. A OMS estima que cerca de
50.000.000 pessoas possuem o cisticerco no SNC. A manifestação clínica mais importante é a
convulsão (80% dos casos). A apresentação gigante do cisco (entre 4 e 5 cm de diâmetro) é
raramente citada na literatura, assim como a localização atípica no ângulo ponto cerebelar.
RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 59 anos, hipertenso, iniciou quadro de cefaleia
inespecífica, marcha atáxica e hipoacusia progressiva há três meses. Ao exame, não apresentou
sinais meníngeos, alterações sensitivas ou déficits apendiculares e com Glasgow 15. A
tomografia computadorizada de crânio com e sem contraste revelou lesão cística de 4 cm de
diâmetro em ângulo ponto cerebelar esquerdo com consequente compressão do troco
encefálico, além de discreta hidrocefalia. Ressonância magnética evidenciou a lesão como
sólido-cística e apresentou compressão do n. craniano VIII esquerdo. Laudo da radiologia
apontou para tumor epidermóide ou schwanoma do n. craniano VIII. Foi encaminhado para
ressecção neurocirúrgica da lesão. No intra-operatório foram retiradas várias vesículas da lesão,
as quais foram enviadas para estudo anatomopatológico que evidenciou lesão consistente com
NCC gigante. O paciente evoluiu sem intercorrências, regressão total da cefaleia e da ataxia e
regressão parcial da hipoacusia e foi submetido ao tratamento com Albendazol durante seis
meses. CONCLUSÃO: Este caso revela ser atípico pela apresentação incomum da NCC no tocante
ao tamanho, a localização e a apresentação clínica sem convulsões. O diagnóstico desse tipo de
lesão revela além de exames de imagens acurados, informações clínicas precisas da evolução do
paciente.
NÚMERO DO PAINEL: 91
Temário: Tumores
Título: NEUROFIBROMATOSE DE LÍNGUA: UM RELATO DE CASO
Instituição: HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA
Autores: Luís Alencar Biurrum Borba; DALTON MAKOTO SENDA; THOMAS RIBEIRO MARCOLINI;
Dafne Bayer; Hugo Akio Hasegawa;
Resumo:
Introdução: Neurofibromatose (NF) engloba 3 doenças de origem autossômica dominante - Tipo
1 (síndrome de Von Recklinghausen), Tipo 2 (acústica bilateral ou central) e Schwannomatose.
A NF1 é rara e possui caráter progressivo, caracterizada por processo displásico afetando os
derivados neuroectodérmicos, tecidos mesenquimatosos e ósseos. Manifesta-se logo ao
nascimento ou tardiamente, com incidência de 1:2000 a 1:5000 indivíduos. A alteração genética
acarreta ausência da proteína Neurofibromina, moduladora da atividade de crescimento e
diferenciação das células desde a vida intrauterina, como neurônios, oligodendrócitos e
astrócitos. Relato de caso: C.S.F, 47 anos, feminina, admitida na emergência do Hospital
Universitário Evangélico de Curitiba com quadro de paraparesia, disestesia e dificuldade de
marcha há 4 meses, associado à dor difusa tipo queimação. Previamente diagnosticada com
NF1, após ressecção cirúrgica de neurofibroma que comprimia a medula cervical. O exame físico
revelou ainda hipoestesia tátil e dolorosa em tronco e membros, sinal de Babinski e Hoffmann
presentes bilateralmente, além de paresia crural simétrica (grau IV-). A RNM de crânio
evidenciou diversas nodulações na língua e em região mastóidea, e a imagem da coluna cervico-
torácica identificou diversas lesões sugestivas de neurofibromas em raízes nervosas de C1 a T2,
com efeito de massa sobre a medula e estendendo-se para tecidos moles paravertebrais.
Optado pelo tratamento clínico intra-hospitalar para a melhora sintomática da paciente.
Discussão: Estima-se que lesões orais na NF1 ocorram em cerca de 10% dos casos, sendo a língua
o local mais atingido na cavidade oral, frequentemente apresentando nódulos unilaterais.
Neurofibromas da língua pequenos e assintomáticos podem ser confundidos com variações da
anatomia intra-oral. Quando há aumento de volume ou desconforto, as lesões são facilmente
diagnosticadas e devem ser devidamente tratadas. Conclusão: A NF1 acomete o indivíduo de
forma multissitêmica, e devido ao seu caráter displásico sobre tecidos diversos, pode repercutir
sobre o psicológico levando a alteração comportamental, além de dificuldades de
aprendizagem. O acompanhamento multidisciplinar e o tratamento adequado, inclusive
cirúrgico, são essenciais para a promoção de melhores qualidade de vida e prognóstico ao
paciente.
NÚMERO DO PAINEL: 92
Temário: Tumores
Título: O DESENVOLVIMENTO DO TUMOR CEREBRAL EM UM PACIENTE DE MEIA IDADE. O PAPEL
DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO DO CUIDADO.
Instituição: SOCIEDADE EDUCACIONAL DE TRÊS DE MAIO
Autores: Fernanda Engerroff; Aline Teichmann; Darlene Aline Konzen;
Resumo:
Os tumores cerebrais, apesar de não apresentarem grande incidência na população, relacionado
aos demais tipos de tumores, trazem consigo risco aumentado de mortalidade e morbidade,
sendo fator angustiante tanto ao paciente quanto aos seus familiares. A qualidade de vida de
pacientes acometidos pela patologia, geralmente é significativamente comprometida. Sendo
assim, o diagnóstico precoce é fator essencial para um melhor prognóstico da doença, podendo
diminuir as seqüelas e alterações físicas que o paciente pode vir a apresentar. Levando-se em
conta os diferentes aspectos que envolvem esta patologia, tendo em vista a sintomatologia
apresentada e a necessidade de um tratamento na fase inicial da doença, surge à necessidade
de aprofundar os conceitos acerca do tema proposto. O presente estudo desenvolveu-se
durante as Práticas Clínicas, sendo desenvolvido em um município de médio porte da Região
Noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Apresenta-se em forma de estudo de caso, com o
objetivo de aprofundar os conhecimentos acerca da patologia que envolve o tumor (TU)
cerebral, bem como de promover a interdisciplinaridade dos componentes curriculares do
quarto período do curso de Bacharelado em Enfermagem. Trata-se de uma pesquisa de cunho
qualitativo, que compreende a aplicação do Processo de Enfermagem (PE), elaborado a partir
da coleta de dados obtida por meio de uma entrevista, com questões abertas, semi-
estruturadas, respondidas pela familiar de um paciente com diagnóstico de tumor cerebral, que
se encontrava hospitalizado na unidade das referidas Práticas Clínicas. Para fins legais, foi
utilizado o Termo de Consentimento Livre e Informado, em cumprimento à Resolução 466/2012.
O estudo traz, além das informações obtidas através da entrevistada e elaboração do PE, um
referencial bibliográfico que visa embasar os conceitos teóricos acerca desta patologia, os sinais
e sintomas desencadeadores da doença, a realização do diagnóstico e tratamento terapêutico
indicado. Os resultados finais do estudo demonstram a importância do PE em uma melhor
interação entre o profissional/paciente/familiar, a partir do envolvimento da Sistematização de
Enfermagem (SAE) como método de direcionar a assistência prestada. O trabalho traz, nas suas
conclusões, que o cuidado de enfermagem individualizado ao paciente portador de TU cerebral,
não só é essencial, como deve ser realizado com enfoque na humanização, tendo como
ferramenta a aplicação das etapas do Processo de Enfermagem.
NÚMERO DO PAINEL: 93
Temário: Tumores
Título: OCORRÊNCIA SINCRÔNICA DE METÁSTASE INTRAVENTRICULAR DE CARCINOMA RENAL E
MENINGIOMA.
Instituição: SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO
Autores: Guilherme Lellis Badke; João Luiz Vitorino Araujo; Ivan Rondelli; Alexandros Theodoros
Panagopoulos; José Carlos Esteves Veiga;
Resumo:
Introdução: A ocorrência simultânea ou sincrônica de neoplasias intracranianas é incomum e foi
descrita algumas vezes, especialmente em síndromes familial e após radioterapia craniana. A
associação de meningioma e metástase intraventricular de carcinoma de células renais nunca
foi descrita anteriormente. Objetivo: Relato de um caso excepcionalmente raro e breve revisão
da literatura. Métodos e Resultado: Paciente do gênero masculino, 55 anos, com antecedente
pessoal de nefrectomia por carcinoma de células claras renais (CCCR), foi admitido com história
de cefaléia, alteração comportamental e declínio cognitivo de instalação progressiva. Os exames
de neuroimagem (TC e RNM) evidenciaram volumosa lesão expansiva em corno frontal direito
do ventrículo lateral associado a neoplasia meningotelial com aproximadamente 2 cm de
diâmetro em assoalho da fossa anterior (figura 1). O paciente foi submetido a acesso inter-
hemisférico transcaloso anterior com ressecção completa da lesão (figura 2). O diagnóstico
histopatológico foi compatível com metástase de CCR (figura 3). O paciente evoluiu sem
intercorrências no período pós-operatório, apresentando importante melhora cognitivo-
comportamental, sem déficits motores ou sensitivos. No momento, realiza seguimento
ambulatorial em terapia neoadjuvante. Discussão: A ocorrência sincrônica de neoplasias é
atribuída a fatores genéticos, epigenéticos, ambientais e hemodinâmicos. O fator
hemodinâmico consisti no aumento progressivo do aporte sanguíneo para o encéfalo na
presença de uma neoplasia, promove o crescimento da lesão com consequente aumento na
possibilidade de disseminação de tumores de outras localizações. O presente caso consisti na
primeira descrição da associação de meningioma de base de crânio com metástase de carcinoma
renal.
NÚMERO DO PAINEL: 94
Temário: Tumores
Título: RELATO DE CASO: CARCINOMA PITUITÁRIO E MIELINÓLISE EXTRAPONTINA PÓS-
OPERATÓRIA.
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
Autores: Lórimer Sandoval Carneiro; Gabriel Rocha Santos Knorst; Maria Fernanda de Sene
Lima; Matheus Maia Garcia;
Resumo:
Introdução: Carcinoma Pituitário é definido pela presença de um tumor selar de origem
hipofisária que apresenta-se fora do sítio selar, ou seja, metástase cérebro-espinhais ou
extracraniais. São extremamente raros e representam aproximadamente 0.2% de todas as
neoplasias adeno-hipofisárias operadas. Apenas 132 casos foram reportados na literatura de
1961 até 2009. Os carcinomas pituitários desenvolvem-se quase em igual frequência em ambos
os sexos entre a 3ª e 5ª década de vida em pacientes com adenomas pituitários preexistentes.
Os sinais clínicos no diagnóstico não são específicos. Diferentemente de outras neoplasias
malignas, o diagnóstico do carcinoma pituitário é baseado em metástase e não em critérios
histológicos como invasão, pleomorfismo celular, anormalidades nucleares, atividade mitótica
e necrose. O sistema nervoso central é o sítio metastático mais frequente, incluindo o cérebro
(35 % dos casos) e medula espinal (17%). Objetivo(s): Relatar caso raro de uma paciente com
carcinoma pituitário. Método: Coleta de dados de ficha clínica e prontuário de uma paciente
submetida a tratamento em hospital de Goiânia. Relato: Paciente, 61 anos, feminino, com
quadro de diplopia e hemianopsia heterônima bitemporal, encaminhada após avaliação
oftalmológica em pós operatório de catarata. Paciente apresentava-se lúcida com paresia nervo
abducente esquerdo e paralisia oculomotora direita; submetida à avaliação hormonal
hipofisária e RM de sela túrcica que mostrou lesão selar e supra selar com compressão
quiasmástica e do seio cavernoso; submetida à ressecção vias transesfenoidal endonasal
binostril com descompressão das estruturas; submetida novamente à ressecção transcraniana
via pterional direita com ressecção parcial. A paciente apresentou quadro de mielinólise
extrapontina com quadro de tetraparesia e paralisia pseudobulbar, submetida à radiocirurgia
complementar. A paciente apresentou quadro de vômitos e rebaixamento do nível de
consciência com RM compatível com hidrocefalia obstrutiva e lesão intraventricular no 4º
ventrículo. Realizado DVE e nova abordagem cirúrgica com ressecção da lesão, cujas
histopatologia e imunohistoquímica confirmaram carcinoma hipofisário.
NÚMERO DO PAINEL: 95
Temário: Tumores
Título: RELATO DE CASO: CISTO DE INCLUSÃO EPITELIAL NO IV VENTRÍCULO CEREBRAL
Instituição: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
Autores: Alessandra Eifler Guerra Godoy; Eduardo Caberlon; Bianca Tonietto Tonolli; Marco
Antonio Koff; Natália Diel Lisboa;
Resumo:
Introdução: Os cistos de inclusão epitelial, também chamados de cistos epidermoides (CI) são
congênitos, benignos, e constituem cerca de 1% dos tumores intracranianos. São originados a
partir de invaginações da epiderme e contêm queratina e lipídios derivados das secreções
sebáceas. Têm uma parede semelhante à epiderme normal, composta de epitélio de
revestimento pavimentoso estratificado, preenchida com margens laminadas de queratina. São
circunscritos, firmes e muitas vezes móveis. Relato de Caso: Paciente TKM, feminina, 26 anos,
com queixa de cefaleia persistente. Histórico de LEIAG em colo uterino, há 1 ano, tratada. A RM
mostrou lesão expansiva em IV ventrículo, provocando discreta obstrução. Paciente submetida
a craniotomia com ressecção da lesão. O exame anatomopatológico demonstrou tratar-se de
cisto de inclusão epidérmica. Discussão: Os CI têm localização variável, podendo ser, em ordem
decrescente de frequência: o ângulo pontocerebelar, a região parasselar, a díploe dos ossos
frontal e parietal e as cavidades ventriculares. Afetam preferencialmente o sexo masculino e a
quinta década de vida, mas podem ser encontrados em qualquer idade. Possuem
desenvolvimento lento e expansivo. Chama-se atenção à possibilidade de ocorrerem alterações
do líquor capazes de induzir a diagnósticos errôneos, especialmente de neurossífilis e de
neurocisticercose e para o fato de que cerca de 80% dos casos são equivocadamente
diagnosticados como cistos sebáceos. Tais constatações evidenciam a necessidade de uma
melhor elucidação dessa patologia. O prognóstico é favorável com ressecção cirurgica completa,
embora cistos intraventriculares constituam um desafio cirúrgico, em decorrência da localização
profunda dessas lesões. CI localizados no IV ventrículo apresentam características de extrema
importância para o relato de caso, uma vez que são achados raros entre as doenças do SNC.
Além disso, a possibilidade de cura advinda da intervenção cirúrgica ou de prolongada remissão
através de ressecção subcapsular ou parcial constitui fator importante para o estudo de tal
achado. Em contrapartida, a falta de manejo adequado pode levar à infecção cística, ruptura de
membrana em casos de liquefação do conteúdo tumoral, leptomeningite crônica, e raramente
transformação maligna.
NÚMERO DO PAINEL: 96
Temário: Tumores
Título: RELATO DE UM CASO DE METÁSTASE CEREBRAL DIFUSA: UMA DIFÍCIL CONDUÇÃO
DIAGNÓSTICA
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Anne Jamille Ribeiro Sampaio; Amauri Pereira da Silva Filho; Verônica Cavalcante
Pedrosa; Miriam Lucia Galvão Lucena; Pammela Dayana L.C. Machado;
Resumo:
Introdução: As Metástases cerebrais são mais recorrentes do que os Tumores Primários (TP) do
Sistema Nervoso Central (SNC). Além disso, o câncer pulmonar apresenta-se como etiologia
metastática mais frequente. Entretanto, tomando como aporte o quadro neurológico, não é
possível distinguir um evento metastático cerebral de um TP de SNC. Objetivo: Relatar um caso
de adenocarcinoma metastático infiltrando o tecido cerebral que, inicialmente, foi tratado como
neurotuberculose. Método: Estudo observacional desenvolvido a partir de pesquisa em
prontuário e acompanhamento hospitalar e ambulatorial de uma paciente admitida em hospital
de referência em neurocirurgia no interior da Paraíba. Resultados: Paciente de sexo feminino,
40 anos, apresentou dois quadros de síncopes associados à cefaleia, progredindo para confusão
mental e déficit motor em membro superior esquerdo e inferior direito. História de criação de
galinhas e ingestão frequente de carne suína, negando patologias anteriores. Tomografia
Computadorizada (TC) sem contraste apontou lesão de substância branca, sem respeito por
território vascular; TC com contraste identificou lesão (1,6cm x 1,2cm) hipoatenuante à direita
e realce anelar periférico; TC de tórax apresentou consolidação pulmonar em segmento
ápicoposterior de Lóbulo Superior Esquerdo (LSE), com múltiplas opacidades centrolobulares
difusas e aspecto de “árvore em brotamento”, além de opacidades nodulares do LSE escavadas,
sugestivas de Tuberculose (TB). LCR normal; hemocultura, urocultura e HIV negativos.
Ressonância Magnética de crânio ressaltou várias lesões sólidas intra-axiais esparsas no
parênquima, envolvendo principalmente região córtico/subcortical frontoparietal
bilateralmente, além de edema no parênquima cerebral adjacente inespecífico, principalmente
em região perirolândica – semelhante a quadro inflamatório/infecioso –, sugestivo de
neurocisticercose, neurocriptococose e neurotuberculose. Frente à forte epidemiologia para TB,
iniciou-se tratamento, porém ineficaz, tendo evoluído com piora – tetraplegia flácida, hipotonia
e torpor. Após biópsia cerebral, evidenciou-se adenocarcinoma metastático. A paciente foi a
óbito antes de submeter-se a biópsia pulmonar. Conclusão: É válido ressaltar que pacientes com
tumor cerebral devem ser submetidos à investigação de TP em outro sítio. Além disso, este caso
foi conduzido como doença granulomatosa, até que a clínica guiasse para o diagnóstico correto
de metástase cerebral difusa.
NÚMERO DO PAINEL: 97
Temário: Tumores
Título: SARCOMA DE EWING PRIMÁRIO EM REGIÃO OCCIPITAL EM UMA CRIANÇA: UM RELATO
DE CASO
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE MARILIA - FAMEMA
Autores: José Luís Simões Júnior; Tathiane Bonifácio Giarleti; Gabriel Rissoli Ramos; Gustavo
Colussi Cenci;
Resumo:
Introdução: O Sarcoma de Ewing primário em crânio é uma condição rara, representando menos
de 5% dos casos relatados na literatura científica. Objetivo: Descrever um caso de tumoração de
crescimento rápido em região occipital em uma criança de sete anos, diagnosticada após
biópsia, como Sarcoma de Ewing. Método: As informações contidas neste trabalho foram
obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com paciente, registro fotográfico dos
métodos diagnósticos, aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Resultados:
Paciente feminina, de sete anos, apresentou abaulamento de crescimento rápido em região
occipital, chegando a apresentar um volume de 1.183 cm3 (13 x 13 x 7 cm), indolor, associado a
deficit visual. Foi submetida a cirurgia para ressecção da massa, a qual foi enviada ao exame
anatomopatológico, tendo como resultado, ao estudo imunohistoquímico, Sarcoma de Ewing.
Conclusão: Trata-se de uma neoplasia mais frequente em adultos na faixa etária de 10 a 25 anos
de idade, localizada na diáfise de ossos longos como tíbia, fêmur e úmero. Sua ocorrência na
calota craniana é rara e de difícil diagnóstico e tratamento. Assim, tendo em vista a escassez de
relatos de caso de Sarcoma de Ewing, diagnosticado em região occipital, nas bases MedLine,
Lilacs e Scielo, os autores decidiram por relatá-lo.
NÚMERO DO PAINEL: 98
Temário: Tumores
Título: SCHWANNOMAS MÚLTIPLOS DE CAUDA EQUINA EM UMA CRIANÇA SEM
NEUROFIBROMATOSE: RELATO DE CASO
Instituição: FACISA
Autores: Larissa Pinto de Farias Tenório; Amauri Pereira da Silva Filho; Miriam Lucia Galvão
Lucena; Anne Jamille Ribeiro Sampaio; Pammela Dayana L.C. Machado;
Resumo:
Introdução: Schwannomas são os principais tumores do sistema nervoso periférico. São
entidades normalmente benignas, que apresentam prevalência na quinta década de vida, além
de responderem histologicamente ao grau I na classificação da OMS e serem responsáveis por
cerca de 30% dos tumores espinais primários. Além disso, é alta a incidência de schwannomas
em pacientes com Neurofibromatose tipo 2 (NF2), associação que é bem abordada na literatura.
Objetivo: Este trabalho tem por fim relatar um caso de schwannomas múltiplos de cauda equina
em uma criança sem neurofibromatose. Método: Estudo desenvolvido a partir de pesquisa
documental, ancorada em dados extraídos do prontuário médico do paciente, admitido em um
hospital de referência em Neurocirurgia no interior da Paraíba. Além disso, realizou-se
observação da internação, bem como acompanhamento ambulatorial do referido caso, o que
fora associado à consulta bibliográfica em base de dados com indexação. Resultados: O caso
abordado trata de um paciente do sexo masculino, um ano e seis meses de idade, que iniciou
quadro de dificuldades para andar e fraqueza em membro inferior direito, com relato de
antecedente de tuberculose pulmonar tratada. Ressonância Magnética (RM) de coluna
lombossacral realizada apontou lesão em T12-L1, seguida por edema medular. Em dois meses
de observação, houve piora progressiva da sintomatologia, optando-se por seguir a investigação
com biópsia da lesão. O resultado mostrou um infiltrado inflamatório. Assim, o paciente foi
encaminhado para tratamento fisioterápico, apresentando, após seis meses, piora do quadro
com “pé caído” e disfunção esfincteriana. Após nova RM, se evidenciou múltiplas lesoes em
cauda equina, sugestivas de schwannomas espinais. Diante disso, realizou-se ressecção cirúrgica
das lesões, com análise histopatológica – com diagnóstico confirmado. É válido ressaltar que o
paciente não apresentava critérios para neurofibromatose, apresentando apenas manchas café-
com-leite. Conclusão: Schwannomas em pacientes não portadores de NF2 são quase sempre
únicos. O diagnóstico diferencial inclui hérnia discal sintomática. Além disso, os métodos de
imagem mais acurados são a tomografia computadorizada com mielografia ou a RM. O
prognóstico é melhorado com detecção e tratamento precoces, além da fisioterapia ser um fator
importante na reabilitação. É válido ressaltar ainda que patologias espinais podem mimetizar
sintomas de dorsalgia, rotineiramente vistos na prática clínica.
NÚMERO DO PAINEL: 99
Temário: Tumores
Título: TUMOR CEREBRAL PRIMÁRIO FRONTAL SUSCITANDO TRANSTORNO DEPRESSIVO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Humberto Fernandes Veloso Neto; Blenda Neiva de Farias; Huggo Luan Barros
Medeiros; Francisco Lucas de Souza; Amauri Pereira da Silva Filho;
Resumo:
Introdução/Objetivos: Os tumores cerebrais (TC) são as causas estabelecidas de distúrbios
neurológicos focais, logo também, não são achados raros estas lesões se apresentando
primariamente como alterações neurocomportamentais na ausência de quaisquer sinais
localizatórios ou déficits. Alguns estudos tentaram correlacionar a localização da neoplasia e sua
associação com sintomas neurocomportamentais. Com este trabalho, objetiva-se relatar um
caso no qual um paciente com TC diagnosticado primariamente com transtorno depressivo e
enfatizar a importância do diagnóstico diferencial das doenças psiquiátricas com causas
orgânicas. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 45 anos, previamente hígido e sem
antecedentes psiquiátricos na família, que passou a apresentar apatia, labilidade emocional,
retraimento, cefaléia ocasional e dificuldade para relações interpessoais há seis meses, quando,
então, foi diagnosticado com depressão e iniciado terapia com fluoxetina. Dois meses depois,
evoluiu com cefaléia insidiosa, holocraniana, em peso e de difícil controle associada a vômitos,
agressividade, confusão mental, afasia e crise convulsiva. Solicitada uma tomografia
computadorizada de crânio, foi evidenciado um processo expansivo frontal esquerdo irregular
com disseminação inter-hemisférica via corpo caloso, sem edema importante. Posteriormente,
a sorologia para HIV foi negativa e a ressonância magnética mostrou uma lesão expansiva na
porção ântero-medial do lobo frontal esquerdo, cortico-subcortical, com envolvimento do corpo
caloso e do ventrículo lateral esquerdo, sem restrição à difusão e sugestiva de neoplasia. Optou-
se pela abordagem cirúrgica, com posterior admissão na unidade de terapia intensiva e desfecho
fatal. O anatomopatológico revelou tratar-se de glioblastoma multiforme. Conclusão: É de suma
importância considerar os TC no diagnóstico diferencial de condições psiquiátricas de início
recente e com antecedentes negativos, e assim, considerar a abordagem neuroimaginológica
em todos pacientes com sintomas atípicos psiquiátricos, independentemente da ausência de
sintomatologia neurológica, onde as neoplasias localizadas no lobo frontal podem se apresentar
com abulia, mudança de personalidade ou depressão.
NÚMERO DO PAINEL: 100
Temário: Tumores
Título: TUMOR HIPOFISÁRIO METASTÁTICO, DIAGNÓSTICO RARO E DESAFIADOR
Instituição: SANTA CASA DE RIBEIRÃO PRETO
Autores: LUCIANO JOSÉ SILVEIRA FILHO; NICOLLAS NUNES RABELO; BRUNO NASCIMENTO
BETTENCOURT; LUIZ ANTÔNIO ARAUJO DIAS; KOJI TANAKA;
Resumo:
Introdução: Metástase para a glândula pituitária é incomum, podendo encontrar de 1-26% nas
autopsias de neoplasias, e ocorre mais frequentemente em pacientes com carcinomas da mama
em mulheres, e pulmão em homens. Menos comuns, os tumores primários colorretais, renal e
melanoma. A maioria é assintomática, mas pode manifestar-se com diabetes insípidos,
alterações visuais, cefaleia, oftalmoplegia e insuficiência da pituitária anterior. Espessamento da
haste hipofisária, invasão de seio cavernoso e esclerose ao redor da sela, podem sugerir esse
diagnóstico. Objetivos: Descrever os achados clínicos, diagnóstico e a abordagem cirúrgica no
tratamento de uma metástase hipofisária com antecedente de tumor primário do pulmão do
tipo adenocarcinoma. Métodos: Foi realizado revisão sistemática a respeito do tema para
elucidação das principais evidências, bem como, constatação dos dados do prontuário,
anamnese clinica e discursão do caso em reuniões científicas do serviço. Resultados: D.P de G.,
procedente de Pirassununga - SP, 61 anos, há 7 meses, apresentava sede incontrolável e há 3
meses diminuição da acuidade visual, sem evidenciar doenças oftalmológicas. Associado a dor
cervical, a qual irradiava para MMII D com perda dos movimentos parciais, força grau 4+. RMN
de crânio com quatro pequenos nódulos em região tempo parietal direito e cerebral. No exame
físico com hemianopsia temporal em campos inferiores da visão. Tinha quadro de dispnéia, a
qual em TC torácica evidenciou lesão em ápse pulmonar, e a biópsia indicou adenocarcionoma
pulmonar. Tem histórico de ter contato durante 40 anos fogão a lenha e tratar de
hipotireoidismo. No exame físico apresentava hemianopsia temporal em campos inferiores da
visão. Campimetria com perda visual bilateralmente. Foi realizada excerese total por via
endoscópica. No pós operatória evidenciou diabetes insípidos, discreto sangramento, síncope
com sudorese, taquicardia seguido de crise convulsiva parcial simples, TVP em ilíaca e femoral,
e delirium, com uso de ddavp e predinisona, hidantal e marevan. Após estabilização de 6 dais,
paciente foi de alta, porém perdeu seguimento do ambulatório. Conclusão: O tratamento para
estes tumores é frequentemente multimodal e inclui cirurgia, terapia de radiação, e
quimioterapia. Sobrevida de 6 a 22 meses. Ressalta-se a importância de se estabelecer esse
diagnóstico como diagnóstico diferencial de doenças suprasselares. devido similaridade
radiológica.
NÚMERO DO PAINEL: 101
Temário: Tumores
Título: TUMOR PRIMÁRIO DE PÂNCREAS METASTIZANDO PARA COLUNA TORÁCICA: RELATO DE
CASO
Instituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE
Autores: Pâmmela Dayana Lopes Carrilho Machado; Amauri Pereira da Silva Filho; Anne Jamille
Ribeiro Sampaio; Miriam Lucia Galvão Lucena; Larissa Pinto de Farias Tenório;
Resumo:
Introdução: O câncer de pâncreas apresenta grandes dificuldades para o diagnóstico precoce, o
que leva muitos pacientes a estágios avançados, em cerca de 80% dos casos. Além disso,
metástases ósseas acometem em torno de 30 a 70% dos pacientes oncológicos. Entretanto, são
poucos os relatos de metástases ósseas secundárias a tumores pancreáticos. Objetivo: Este
trabalho visa relatar um caso de tumor primário de pâncreas que sofreu metástase para a coluna
torácica. Método: Estudo realizado a partir de pesquisa documental, ancorada em dados
extraídos do prontuário médico do paciente, admitido em um hospital de referência em
Neurocirurgia no interior da Paraíba. Além disso, promoveu-se observação da internação, bem
como acompanhamento ambulatorial do referido caso, o que fora associado à consulta
bibliográfica em base de dados com indexação. Resultados: O caso abordado trata-se de um
paciente sexo masculino, 72 anos, que, há dois meses, iniciou quadro de dor e distensão
abdominal com icterícia 3+/4+ e emagrecimento progressivo. Ao procurar serviço de cirurgia
geral, foi diagnosticado com câncer de pâncreas, tendo sido submetido a tratamento cirúrgico.
Após dois meses da cirurgia, evoluiu com dorsalgia, paraplegia crural súbita, com nível sensitivo
T5-T6, além de retenção urinária e constipação. Ao exame, apresentava-se com estado geral
comprometido, acamado e paraplégico. Os exames laboratoriais evidenciaram anemia de
doença crônica; radiografia de tórax não apresentou alterações. Além disso, foi realizada
ressonância magnética de coluna torácica, a qual mostrou lesão infiltrativa, com destruição do
pedículo e corpo vertebral de T6, associada a importante compressão medular sugestivo de
metástase. Posteriormente, o paciente foi submetido à Laminectomia Simples, com biópsia de
corpo vertebral de T6. O resultado do histopatológico mostrou tumor metastático com foco
primário em pâncreas. Em seguida, o paciente foi encaminhado para radioterapia e seguimento
do tratamento da lesão pancreática. Conclusão: O caso apresentado mostra-se como uma
complicação rara e pobremente descrita na literatura de metastização de câncer de pâncreas. A
rápida evolução clínica do paciente, que em dois meses encontrava-se com paraplegia, mostra
a agressividade desta entidade nosológica, o que torna primordial o diagnóstico e tratamento
precoces.
NÚMERO DO PAINEL: 102
Temário: Tumores
Título: TUMOR TERATOID RHABDOID ATYPICAL IN ADOLESCENTS IN THE CEREBELLAR POINT
ANGLE: CASE REPORT
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
Autores: Denismar Borges de Miranda; Pedro Henrique Essado Maya; Natália Costa Resende
Cunha; Marcela Marino de Azeredo Bastos; José Edison da Silva Cavalcante;
Resumo:
Introduction: in pediatric, atypical teratoid-rhabdoid tumors-ATRT are rare with high
malignancy. They represent less than 5% of all pediatric CNS tumors with a slight predominance
for males. Most commonly in the cerebellum, but affects other rare sites: cerebellopontine
angle-CPA, brainstem, and spinal cord pineal region. Neuroimaging shows large mass of
heterogeneous intensity and histopathological presence of rhabdoid cells. Aimed to reporting
adolescent affair with ATRT in CPA, underwent neurosurgical resection. Result: 16 years old,
male, without allergies and associated comorbidities presented complained of axial and
appendicular ataxia, progressive headache, vomiting and TC describing voluminous expansive
lesion in the posterior fossa. When hydrated physical examination, ruddy, afebrile, eupneic,
verbalizing and wandering; without motor or sensory deficit. Normal laboratory tests and MRI
confirmed extra axial expansive lesion, with its epicenter in the cistern of the CPA, submitted to
resection of the tumor CPA with preservation of cranial nerves, without complications. MRI
control without remaining lesions. Biopsy and histopathological suggested ATRT. Discharge on
the 6th PO without complaints and outpatient attendance. It returns after a month with
dizziness frame, severe headache, visual changes, nausea and vomiting. Surgical
rapprochement, uneventful. Keeping it in the histopathological diagnosis. At 30 days PO evolved
with nausea, intense headache, bilateral hearing loss, agitation, aggression, confusion and
dysarthria. Result of the surgical rapprochement, uneventful. Keeping it in the histopathological
diagnosis. At 30 days PO evolved with nausea, intense headache, bilateral hearing loss, agitation,
aggression, confusion and dysarthria. Result of the immunohistochemical confirmed ATRT. TC
showed recurrence ATRT in CPA and metastasis. Referred to oncology service, and died on 3rd
day. Conclusion: ATRT is a primary neoplasm of the CNS, rare and highly aggressive. Always in
the presence of expansive lesions the differential diagnosis should be taken. Survival less than 1
year with local recurrence and spread. Immunohistochemistry confirmed the diagnosis that in
general, the race against time is a determining factor for initiation of therapy (macroscopically
complete resection, radiotherapy and chemotherapy). Unfortunately the unfavorable evolution
of this case confirms the epidemiology of this disease for its high malignancy and rapid evolution.
NÚMERO DO PAINEL: 103
Temário: Tumores
Título: TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA EM HOSPITAL
DE REFERÊNCIA EM NEUROCIRURGIA NA PARAÍBA
Instituição: H TRAUMA-CG / CLÍNICA SANTA CLARA
Autores: Amauri Pereira da Silva Filho; Miriam Lucia Galvão Lucena; Anne Jamille Ribeiro
Sampaio; Larissa Pinto de Farias Tenório; Pammela Dayana L.C. Machado;
Resumo:
Introdução: Os tumores do Sistema Nervoso Central (t SNC) representam a principal neoplasia
sólida na infância, com incidência anual de 4,5/100.000. Estima-se que cerca de 8 a 15% das
neoplasias pediátricas são representadas por esse grupo, que se apresentam como a principal
causa de morte por câncer em pediatria. A distribuição histológica varia de acordo com a faixa
etária analisada, mas, de modo geral, os tumores neuroepiteliais somam 75% dentre os t SNC
primários na infância. Objetivo: Este trabalho visa estudar as características clinicas dos t SNC na
faixa etária pediátrica, em um hospital de referência em neurocirurgia na Paraíba. Método:
Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa dos dados de 50
prontuários de pacientes com até 18 anos, admitidos no hospital supracitado e que receberam
diagnóstico de t SNC, entre janeiro de 2013 e janeiro de 2015. Os dados foram coletados a partir
de um formulário padrão e organizados em planilha do Microsoft Excel 2007. Resultados: Os t
SNC primários corresponderam a 94% (n= 47), ao passo que os tumores metastáticos somaram
6% (n= 3) – derivados de tumor renal (n= 1), osteosarcoma (n=1) e melanoma (n= 1). A média
de idade dos pacientes foi de 8,5 anos (± 4,5). Com relação à localização, a região supratentorial
representou 31,9% (n= 15), a medular 19,5% (n= 9) e a infratentorial representou 48,9% (n= 23).
Todos os pacientes com tumores supra e infratentorial apresentaram cefaleia e déficit motor
completo ou incompleto para os tumores medulares. O Astrocitoma Pilocítico foi o tipo
histológico mais prevalente, com 29,7% (n= 14), seguido por Ependimoma, com 17,02% (n= 8),
Meduloblastoma, com 12,7% (n= 6) e Glioblastoma Multiforme, com 12,7% (n= 6). Também
foram encontrados Papilomas e Carcinomas do Plexo Coroide, Tumor Teratóide Rabdóide,
DNET, Hemangioblastoma, Astrocitomas de baixo grau, Craniofaringioma e Meningioma.
Conclusão: Houve predomínio marcante da linhagem neuroepitelial e da localização
infratentorial. A média de idade encontrada foi mais elevada do que em estudos semelhantes,
devido à dificuldade de acesso à saúde e a baixa escolaridade familiar, além das manifestações
clinicas serem habituais, tais como dor de cabeça.