GESTÃO DE VOLUNTÁRIOS (2) PROFA. DRA . MONICA BOSE
Integração e socialização do voluntário
Receber bem é uma atitude que vai facilitar muito o
processo de adaptação e de posterior retenção do
voluntário. Razões:
• Acolhimento e pertencimento;
• Conhecimento da organização – estrutura física e
aspectos culturais;
• Conhecimento das pessoas, equipes, áreas e
organograma;
• Alimentar o desejo de trabalhar e se dedicar;
• Sentido de importância e de valorização da pessoa
voluntária.
Integração e socialização do voluntário
Passo 1: O primeiro dia
• Open House, boas-vindas organizado
• Sessão de orientação com envolvimento de funcionários
(aproximadamente 2 horas)
• Apresentação e/ou guia do voluntário
Fonte: Programa Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária
Integração e socialização do voluntário
Estrutura sugerida para apresentação e/ou guia do
voluntário
• A importância do serviço voluntário para a organização
• Filosofia, propósito e histórico da organização
• Perfis dos públicos beneficiados pela ação da organização
• Estrutura da organização - organograma de recursos humanos e
projetos
• Relação do Programa de Voluntários com o programa geral da
organização
• Políticas e procedimentos, normas e regulamentos (incluindo
Direitos e Deveres)
• Listagem dos conselhos e funcionários
• Informações sobre seguro, despesas realizadas pelos voluntários,
reembolsos e outros assuntos relativos aos voluntários
Fonte: Programa Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária
Integração e socialização do voluntário
Direitos e Deveres do Voluntário (sugestão)
Todo voluntário tem DIREITO a:
• Desempenhar uma tarefa que o valorize e seja um desafio para ampliar e desenvolver habilidades.
• Receber apoio no trabalho que desempenha (capacitação, supervisão e avaliação técnica).
• Ter a possibilidade da integração como voluntário na instituição na qual presta serviços, ter as mesmas informações que o pessoal remunerado e descrições claras de tarefas e responsabilidades.
• Participar das decisões.
• Contar com os recursos indispensáveis para o trabalho voluntário.
• Respeito aos termos acordados quanto à sua dedicação, tempo doado, e não ser desrespeitado na disponibilidade assumida.
• Receber reconhecimento e estímulo.
• Ter oportunidades para o melhor aproveitamento de suas capacidades recebendo tarefas e responsabilidades de acordo com os seus conhecimentos, experiência e interesse.
• Ambiente de trabalho favorável por parte do pessoal remunerado da instituição.
Fonte: Programa Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária
Integração e socialização do voluntário
Direitos e Deveres do Voluntário (sugestão)
Todo voluntário tem a RESPONSABILIDADE de:
· Conhecer a instituição e/ou a comunidade onde presta serviços (a fim de
trabalhar levando em conta essa realidade social) e as tarefas que lhe foram
atribuídas.
· Escolher cuidadosamente a área onde deseja atuar conforme seus
interesses, objetivos e habilidades pessoais, garantindo um trabalho eficiente.
· Ser responsável no cumprimento dos compromissos contraídos livremente
como voluntário. Só se comprometer com o que de fato puder fazer.
· Respeitar valores e crenças das pessoas com as quais trabalha.
· Aproveitar as capacitações oferecidas de forma aberta e flexível.
· Trabalhar de maneira integrada e coordenada com a entidade onde presta
serviço.
· Manter os assuntos confidenciais em absoluto sigilo.
· Acolher de forma receptiva a coordenação e a supervisão de seu trabalho.
· Usar de bom senso para resolver imprevistos, além de informar os
responsáveis..
Fonte: Programa Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária
Integração e socialização do voluntário
“Dentre os fatores importantes para o sucesso da equipe
de voluntários está a capacitação. Não só pelos motivos
de torná-los aptos para o desempenho de tarefas, mas
também porque um voluntário bem orientado e treinado é
mais confiante, mais seguro, e isto faz com que ele
aproveite bem o seu tempo, tornando mais produtivas suas
horas de dedicação.”
Fonte: Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC
Integração e socialização do voluntário
Sugestão de tópicos a serem abordados na capacitação de voluntários:
• O que é ser voluntário?
• História do voluntariado & terceiro setor
• O que é preciso ser para ser voluntário?
• O que motiva ser voluntário?
• O que se ganha sendo voluntário?
• Valores éticos da ação voluntária
• Direitos e responsabilidades do voluntário
• Direitos e responsabilidades da organização que recebe o voluntário
• Lei do Serviço Voluntário / Termo de Adesão
• Possíveis áreas de atuação
• Tipos de públicos a serem beneficiados
• Tipos de atividade a serem realizadas
Fonte: Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC
Integração e socialização do voluntário
Integração à equipe remunerada:
Com o propósito de preparar adequadamente os profissionais remunerados para que não tenham resistências em trabalhar com os voluntários, os seguintes pontos devem ser incluídos:
• Os benefícios da participação voluntária para o público beneficiado pelo projeto, para a organização, e para a comunidade;
• Como os serviços voluntários são desenvolvidos;
• Como é conduzido o recrutamento de voluntários;
• Processo de seleção de voluntários e seus procedimentos;
• Treinamento de voluntários;
• Supervisão e avaliação de voluntários;
• A administração e o financiamento do programa de voluntários.
Fonte: Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC
Integração e socialização do voluntário
Alguns meios para diminuir a resistência dos funcionários e formar uma
equipe com os voluntários:
• Envolver os funcionários no planejamento da inserção de voluntários na equipe;
• Priorizar a formação de equipes;
• Envolver os funcionários e voluntários em todos os aspectos do planejamento,
gerência e solução de problemas das instituições e grupos atendidos;
• Criar um clima organizacional que valorize tanto os voluntários quanto os
funcionários;
• Definir claramente as responsabilidades – de voluntários e de funcionários;
• Conhecer a avaliação dos funcionários sobre o Programa do Voluntariado;
• Manter contato permanente com os profissionais que trabalham com
Voluntários
Fonte: Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC
Integração e socialização do voluntário
Alguns meios para diminuir a resistência dos funcionários e formar
uma equipe com os voluntários:
O Coordenador do Voluntariado deve reforçar
constantemente a importância do serviço do voluntário e
fomentar a inter-relação e a participação entre os
funcionários e os voluntários.
Fonte: Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC
Gestão de Voluntariado
Dica:
Veja dicas para lidar com conflitos no “Manual de procedimentos e
gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC”
Manutenção e retenção do voluntário
Elementos centrais para retenção do voluntário:
• Motivação e reconhecimento
• Supervisão e avaliação
• Acompanhamento e Remanejamento
Manutenção e retenção do voluntário
Motivação:
Processo responsável pela intensidade, direção e
persistência dos esforços de uma pessoa para o
alcance de uma determinada meta.
Manutenção e retenção do voluntário
Motivação:
Processo responsável pela intensidade, direção e
persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance
de uma determinada meta.
Fatores Externos:
Estímulos e incentivos do ambiente
Fatores Psicossociais:
Necessidades Sociais,
Necessidades de Estima,
Necessidades de Auto-realização
Fatores Básicos:
Necessidades vitais,
Necessidades de segurança
Manutenção e retenção do voluntário
Dicas práticas para fomentar a motivação dos voluntários:
• Manter contato frequente com os voluntários para responder a possíveis dúvidas, e para que eles se sintam realmente parte da equipe;
• Desde o início das atividades do voluntário deixar claras quais são as expectativas com relação a seu trabalho e quais são as “regras” da organização (por exemplo, uso do telefone, entradas de acesso na organização, horários, atividades a serem desenvolvidas, pessoa a quem se reportar etc.);
•
• Saber a hora de elogiar, bem como ajustar possíveis desvios de qualidade nos serviços prestados, tomando cuidado para que as críticas sejam sempre construtivas e sejam feitas em particular com cada voluntário e membro da equipe;
• Apresentar os resultados da organização, apontando sempre para o voluntário onde a sua participação fez a diferença;
• Manter sempre o voluntário ocupado com atividades que sejam necessárias para a organização, bem como motivadora para o voluntário. As pessoas que não têm certeza de estar sendo úteis (ou bem aproveitadas) tendem a procurar outro lugar para colaborar;
• Transmitir e reforçar a segurança de estar contribuindo para uma organização que é realmente comprometida com a sua causa.
Fonte: Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC
Manutenção e retenção do voluntário
Reconhecimento: como praticar?
• Premiações por equipe (preferencialmente simbólicas)
• Divulgação das ações do voluntário ou de determinadas equipes de voluntários nos
veículos de comunicação da organização (boletins, murais, vídeo-jornais, revistas,
intranet);
• Indicação de voluntários para falarem com a imprensa;
• Distribuição de broches (pins) e camisetas;
• Envio de cartas de agradecimento assinadas por Diretores ou Conselheiros;
• Convite aos voluntários para que apresentem suas experiências aos novos ingressantes;
• Visita dos Diretores ou conselheiros ao local de trabalho do voluntários;
• Realização de eventos especiais.
Fonte: Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC
Manutenção e retenção do voluntário
Supervisão e Avaliação
• Bases: Direitos e deveres do voluntário e descrição de
atribuições e responsabilidades da função.
• Critérios: devem ser claros, objetivos e relacionados aos
objetivos definidos no projeto de voluntariado.
• É sempre interessante dar oportunidade ao voluntário de fazer
a sua auto-avaliação, assim como de discutir e apresentar
suas contribuições acerca do processo de trabalho em
espaços de reunião de equipe.
• Periodicidade: deve ser previamente definida e respeitadas.
Fonte: Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC
Gestão de Voluntariado
Dica:
Veja modelos de instrumentos de avaliação e de reconhecimento no
“Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil
SESC”
Falaremos mais sobre avaliação no módulo “Gestão de equipe
contratada”!
Manutenção e retenção do voluntário
Remanejamento do voluntário
Quando deve ocorrer?
• Caso o Coordenador de voluntários entenda que o voluntário será mais bem aproveitado em outra função, ou que para evitar algum tipo de conflito.
Como fazer?
• Ter cuidado para que o remanejamento seja fruto exclusivamente da comparação entre as necessidades da função e o desempenho do voluntário, sem que para isto ocorram antipatias ou simpatias e outras manifestações de cunho pessoal;
• Consultar o voluntário sobre o assunto, expondo a necessidade da organização, pois a mudança não pode acontecer sem a concordância do voluntário;
• O remanejamento pode ser apresentado tanto como uma transferência para outra função, como para uma “promoção” para uma função de maior responsabilidade. Isto pode fazer toda diferença na hora de comunicar o voluntário;
• Deve-se também fazer um acompanhamento de adaptação à nova equipe onde o voluntário foi inserido.
Fonte: Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC
Desligamento
Situação 1: Quando a organização deve optar por desligar o voluntário?
Um desempenho ineficiente não é a única razão para afastar um voluntário da organização. Sempre tente remanejar a pessoa para outra função.
Motivos éticos e morais são fortes razões para desligar o voluntário. Por exemplo: divulgar informações confidenciais sobre os beneficiários, fazer uma ofensa grave a outros voluntários ou aos funcionários, tirar proveito da vulnerabilidade dos beneficiários etc.
O desgaste natural da relação ou o término da atividade desempenhada também pode culminar com o desligamento provisório ou definitivo do voluntário. É a razão mais comum e deve ser encarada com naturalidade.
Fonte: Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC
Desligamento
Como a organização deve conduzir o desligamento do
voluntário?
Deixe claro o motivo do afastamento do voluntário, para a manutenção
de uma boa relação e talvez até um possível retorno.
Quando um voluntário não se adapta ao Programa, o melhor é ajudá-lo
a perceber isso de um modo objetivo, sugerindo outras organizações
ou um tipo de serviço voluntário mais apropriado a suas capacidades.
Faça constar no Termo de Adesão uma anotação assinada por ambas
as partes, referente a finalização da prestação do serviço voluntário.
Não se deve esquecer o agradecimento pela dedicação e pela
contribuição dadas à organização.
Fonte: Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC
Desligamento
Situação 2: O que fazer quando o voluntário quer se desligar?
Identifique o motivo. Assim como os profissionais remunerados, voluntários podem sentir que querem deixar a organização por questões que podem ser resolvidas, como não adaptação à função ou à gerência. Verifique se há possibilidade de remanejamento.
Quando o motivo alegado corresponder a uma decisão madura e consciente, deve-se respeitar a vontade do voluntário e evitar atitudes que façam com que ele se sinta mal por ir embora.
Instrumentos de apoio
• Manual de procedimentos e gestão do voluntariado: Mesa Brasil SESC (veja os anexos!)
• http://www.sesc.com.br/mesabrasil/cartilhas/Gestao_Voluntariado.pdf
• Planejamento e Gerenciamento de Programas de Voluntários - Programa Voluntários do Conselho da Comunidade Solidária
• http://www.icdh.org.br/imagens/publicacoes/manual%20do%20voluntariado.pdf
• Manual para Capacitação Inicial do Voluntário - Instituto Voluntários em Ação
• http://www.voluntariado.org.br/sms/files/Manual%20para%20Capacita%C3%A7%C3%A3o%20Inicial%20do%20Volunt%C3%A1rio.pdf
• MANUAL DO PROGRAMA CORAÇÃO VOLUNTÁRIO - CVSP 2013
• http://www.voluntariado.org.br/sms/files/manual%20do%20Volunt%C3%A1rio%202013%20.pdf
Dúvidas?
Comentários?
Avaliação!
http://bit.ly/transformar2016-avaliacao-gestao-de-voluntarios