1Treino inicial, Maputo, Moçambique
Treino inicial: a hierarquia da Mitigação,
Contrabalanços e Planeamento para
Nenhuma Perda Líquida
25 de Outubro de 2016
Universidade Eduardo Mondlane, Complexo
Pedagógico, Maputo, Moçambique
2Treino inicial, Maputo, Moçambique
Programa
Sessão 1: Introdução aos conceitos base
8:30 Recepção & apresentação dos objectivos da
capacitação
Introdução aos conceitos base e realização de exercício
(BBOP Princípios de Boas Práticas)
10:15 Pausa para café
10:45 Exemplos, estudos de caso
Exercício (‘Hierarquia de Mitigação’) e Discussão
12:00 Almoço
Sessão 2: Enfoque Técnico: Componentes de boas práticas
13:30 Aspectos científicos chave, técnicos e de implementação
Exercício (‘O que conta como ganho?’) e Discussão
15:30 Pausa para Café
16:00 Papel do governo; lições adquiridas; recursos adicionais e
Exercício (‘Papel do Governo’)
17:00 Encerramento
3Treino inicial, Maputo, Moçambique
Objectivos do curso
(1) Desenvolver termos comuns sobre mitigação de impactos
na biodiversidade
(2) Desenvolver um conhecimento de base sobre os
aspectos básicos da hierarquia de mitigação
(3) Intercâmbio de informação sobre boas práticas
internacionais em mitigação, incluindo os contrabalanços
de biodiversidade
(4) Introdução ao Projecto COMBO
(5) Disponibilizar informação sobre
recursos adicionais
5Treino inicial, Maputo, Moçambique
Sessão 1: As bases
8:30 Recepção & objectivos da sessão
Introdução aos conceitos chave:
• Hierarquia de mitigação, incluindo
contrabalanços de biodiversidade
• Impactos directos, indirectos e cumulativos
• O contexto legal em Moçambique
• Contexto internacional: Tendências e padrões
internacionais (BBOP, IFC, BM)
• Envolvimento de stakeholders
10:15 Pausa para café
10:45 Exemplos, exercício e discussão
• Exemplos: ao nível do projecto e do sistema
• Exercício (‘Hierarquia de Mitigação)
• Questões e discussão
12:00 Almoço
6Treino inicial, Maputo, Moçambique
Porquê a Hierarquia de Mitigação e o Planeamento para Nenhuma Perda Líquida?
Desenvolvimento: por volta de
2050:População 33%
Demanda de alimentos 100%
Mineração 60%
Energia 80%
Emissões de carbono 50%
….todos contribuem com impactos na
biodiversidade
Como conciliar o desenvolvimento com conservação?
• Evitar, na medida do possível, os impactos da biodiversidade
• Minimizar os impactos que não podem ser evitados
• Restaurar após impactos não evitáveis terem acontecido
• Contrabalançar quaisquer impactos residuais
Seguir a ‘Hierarquia de Mitigação’ e Plano para ‘Nenhuma Perda Líquida’ ou
‘Ganho Líquido’.
Biodiversidade: CBD metas de Aichi – por
volta de 2020:
“Pelo menos metade e, quando possível,
aproximar do zero a taxa de perda de
habitats naturais, incluindo florestas”
17% das áreas de água terrestre e fluvial
10% de áreas costeiras e marinhas
protegidas
Pelo menos 15% dos ecossistemas
degradados sejam restaurados através da
conservação e restauração
Impacto
Pre
vis
to(P
I)
Ganho Líquido/
Impacto Líquido
Positivo (NPI)
Evitar
Mini-
mizar
Evitar
Mini-
mizar
Res-
taurar
Evitar
Nenhuma perda
Líquida
Impacto
Residual
Nenhuma Perda
Líquida (NNL)
Fonte: BBOP, adaptado
de Rio Tinto e Governo
da Austrália
Contra-
balanço
-
+Impacto
na
Biodiversidade
Impacto
na
Biodiversidade Imp
acto
Pre
vis
to(P
I)
Acções de
Conservação
adicionais
A Hierarquia de Mitigação incluindo contrabalanços
7
Contra-
balanço
Contra-
balanço
10
Estrada
Mina
FábricaAssentamento
Planeado
Assentamento não planeado
Assentamento
em expansãoAcesso a novas
terras e.g. floresta
Impactos directos e indirectos
Road
FactoryPlanned town
Expanded
TownAccess to new
land e.g. forest
Primary impacts
Indirect Impacts
Impactos Cumulativos emMoçambique
Fonte: Sambo, L. 2014. Gas Projects & Partnerships, Licensing and Business Opportunities. Mozambique Gas Summit. Investment Promotion Centre (CPI).
12Treino inicial, Maputo, Moçambique
Prevenir é o melhor que remédio!
• O planeamento antecipado das medidas de mitigação é
muito importante.
Contribui para :
• Prevenir danos desde o inicio, o que é mais eficaz que remediar depois
(ex. através da restauração, contrabalanço)
• Alerta precoce e boa gestão de risco
• Identificação das medidas de mitigação mais adequadas e de melhor
custo-benefício
• O custo da prevenção e minimização é frequentemente menor do que
o custo dos contrabalanços
13Treino inicial, Maputo, Moçambique
Lei do Ambiente (Lei n.º 20/97, de 1 de Outubro)
• Artigo 4 (g) – Princípios Fundamentais
“Princípio da responsabilização,
com base na qual, quem polui ou de
qualquer outra forma degrada o
ambiente, tem sempre a obrigação
de reparar ou compensar os danos
daí decorrentes”
• Artigo 15
A licença ambiental precede a
emissão de quaisquer outras licenças
legalmente exigidas
Base Legal: Moçambique
14Treino inicial, Maputo, Moçambique
Plano de Acção Estratégica da Biodiversidade Nacional Compromisso Internacional da Convenção da Biodiversidade
• Meta 3:
Até 2025 terão sido adoptadas e eficazmente
implementadas as políticas e instrumentos legais
de prevenção e mitigação dos impactos das
actividades humanas que causam a degradação
da biodiversidade
3.1. Actualizar o decreto 45/2004 sobre AIA para
incluir os aspectos da biodiversidade nos EIAs,
incluindo os mecanismos de compensação
(nenhuma perda líquida) e de mitigação
3
Base Legal: Moçambique
15Treino inicial, Maputo, Moçambique
Leis de Minas e o seu respectivo regulamento e
regulamento de licenciamento ambiental
Lei de Minas (20/2014) e seu Regulamento
(Decreto 26/2004)
Regulamento
Responsabilidade do MICOA
(MITADER) coordenar a qualificação e
quantificação do dano ambiental
causado pelas actividades mineiras.
(Artigo 32)
e
coloca toda a responsabilidade do
dano ambiental sob o operador
(Artigo 20 )BBOP
Base Legal: Moçambique
16Treino inicial, Maputo, Moçambique
Lei do Petróleo, e o seu respectivo regulamento e
regulamento de licenciamento ambiental
Lei do Petróleo (21/2014) e seu Regulamento
Ambiental (Decreto 56/2010)
Lei coloca toda a responsabilidade do dano
ambiental sob o operador (Artigo 56) e obriga a
indemnização pelo dano causado (Art. 54.6)
Regulamento Ambiental
Obriga que na AIA seja incluso:
A possibilidade de reabilitar e compensar eventuais
efeitos negativos sobre o Ambiente (Art. 13.1(n))
e
A avaliação de impactos incluindo cumulativos (Art.
13.1(t))
danrandom @ flickr
Base Legal: Moçambique
17Treino inicial, Maputo, Moçambique
Medidas Especiais nas Zonas Costeiras
Avaliação Ambiental Estratégica da Zona Costeira
• Recomenda que sejam elaborados
planos de compensação de biodiversidade, de
modo a neutralizar os impactos residuais
Regulamento de Poluição Marinha e Costeira
(Decreto 45/2006)
Estipula que o proprietário do navio ou da
instalação de que resultou a poluição será
responsável pela compensação dos prejuízos
causados ao ambiente marinho, aos lagos e rios,
incluindo os respectivos leitos, margens e áreas
ribeirinhas.Peter Bechtel
Base Legal: Moçambique
18Treino inicial, Maputo, MoçambiqueSeminário
Medidas Especiais nas Áreas de
Conservação
Lei de Conservação (16/2014)
• Artigo 11
“A entidade pública ou privada, explorando
recursos naturais na área de conservação
ou sua zona tampão, deve compensar pelos
seus impactos para assegurar que não haja
perda líquida da biodiversidade. “
Primeira menção específica do conceito de
“Perda Líquida” na legislação Moçambicana
MITUR ACTF
Base Legal: Moçambique
Decreto nº 54/2015 - (novo) Regulamento sobre o Processo de
Avaliação do Impacto Ambiental
Novidades
• Para mega-projectos (Categoria
A+), exige uma revisão externa da
AIA
• Requer a identificação e avaliação
de impactos indirectos e
cumulativos
• Menciona a necessidade de um
Plano de Gestão de
Contrabalanço onde necessário
• Torna se AIAs e Planos de Gestão
Ambiental documentos públicos
Base Legal: Moçambique
Impulsionadores para uma melhor mitigação: avanços recentes
• Leis 39 países com leis/normas ou políticas em
NNL/NG, contrabalanços de biodiversidade ou
compensação.
22 países que os estão a desenvolver.
40 empresas com NNL ou compromissos
relacionados.
50 empresas com compromisso de
desflorestação liquida zero.
Sistemas regulados
Abordagens voluntárias
20
• Condições de empréstimo e standardsNNL habitat natural
NG habitat crítico
• Empresas compromissos, projectos, e
estudos de caso
• Metodologias
Contrabalanços de biodiversidade são resultados
mensuráveis de conservação que resultam de acções
desenhadas para compensar impactos residuais adversos
sobre a biodiversidade devidos ao desenvolvimento de um
projecto após as medidas apropriadas de evitação,
minimização e restauração terem sido implementadas.
O objectivo dos contrabalanços de biodiversidade consiste
em alcançar nenhuma perda líquida ou um ganho líquido
de biodiversidade no terreno, no que diz respeito à
composição de espécies, habitat, estrutura do habitat,
funcionamento do ecossistema e sua utilização por parte
das pessoas, incluindo os respectivos valores culturais
associados à biodiversidade .
O que são contrabalanços de biodiversidade?
http://bbop.forest-trends.org/
22
Princípios concordantes aos
Membros do BBOP
1. Aderência à hierarquia de mitigação
2. Limites aos impactos que podem ser
contrabalançados
3. Contexto da paisagem
4. Nenhuma perda líquida (No net loss)
5. Resultados adicionais da conservação
6. Participação dos Stakeholders
7. Equidade
8. Resultados a longo prazo
9. Transparência
10. Ciência e conhecimento tradicional
Abordagem:
- Baseada em princípios
- Abordagem flexível (quaisquer métodos que vão de encontro
aos princípios)
Estrutura:
Princípios: Afirmações fundamentais sobre um resultado desejado.
Critérios: Condições que são necessárias alcançar para obedecer a um Princípio.
Indicadores: Estados mensuráveis que permitem dizer se um determinado Critério foi
alcançado.
Orientações (Guidance notes):
Objectivo:
- Ajudar os auditores a avaliar a conformidade.
- Ajudar as empresas a desenhar e implementar os
contrabalanços.
• Interpretação do indicador
• Questões-chave
• Requisitos de conformidade
• Possíveis causas de não-conform.
• …. Explica os termos, conceitos
• …. Que o avaliador tem que responder
• …. Para corresponder aos padrões
• …. Exemplos de não cump. de padrões
Os padrões dos contrabalanços de biodiversidade
24Treino inicial, Maputo, Moçambique
Contrabalanço vs. Compensação
Contrabalanço de biodiversidade:
• Desenhado para alcançar nenhuma perda líquida (‘no net loss’) ou um ganho líquido (‘net gain’)
Conservação compensatória, ex.:
• Não planeada para alcançar nenhuma perda líquida
• Não quantifica perda/ganho
• Não estabelecida para implementação a longo prazo
• Impossível contrabalançar os impactos
• Impactos demasiado graves ou sem dados dos pré-impactos
• Pagamento financeiro, sem resultados em biodiversidade
25Treino inicial, Maputo, Moçambique
Compensação
Contrabalanço
Sem compens
ação
Algum investimento em conservação mas não quantificado para equilibrar os
impactos
Algum investimento em conservação, na tentativa de atingir
a pegada, mas baseado apenas em
alguns valores/impactos
Nenhuma Perda
Líquida(NNL)
Ganho líquido
Satisfaria os requisitos de Nenhuma Perda Líquida e
Padrões, ex. IFC PS6, Padrões BBOP em Contrabalanços de
Biodiversidade
Contrabalanço vs. Compensação
26Treino inicial, Maputo, Moçambique
• Participação dos Stakeholders
• Aderência à hierarquia de mitigação
• Relação Custo-benefício
• Contexto paisagístico
• Limites aos impactos que podem ser contrabalançados
• Nenhuma Perda Líquida
• Conhecimento científico e tradicional
• Robustez técnica
• Extensão
• Equidade
• Resultados a longo prazo
• Assertividade política
• Transparência
• Replicabilidade
• Resultados adicionais de conservação
✔✔
✔✔✔
✔
✔✔
✔
✔
✘
✘
✘
✘
✘
Exercício sobre os princípios do BBOP
27Treino inicial, Maputo, Moçambique
Habitat Natural: Nenhuma Perda Líquida, quando possível
Habitat Crítico: Ganho Líquido
PS 6 em Contrabalanços de Biodiversidade:
• São esperados resultados de conservação mensuráveis queresultem em nenhuma perda líquida e, preferencialmente, um ganho líquido de biodiversidade. Ganho líquido requerido para os habitats críticos.
• O desenho do contrabalanço de biodiversidade tem que aderir ao princípio de “igual para igual ou melhor” (“like-for-like orbetter”).
• Tem que ser implementado de acordo com a melhor informação e praticas actualmente disponíveis.
• Têm que ser envolvidos especialistas externos com conhecimentos no desenho e implementação de offsets.
• Orientação 6 referencia os Princípios BBOP como sendo os padrões internacionalmente reconhecidos para o desenhos dos contrabalanços.
IFC – Padrão de Desempenho 6
28
• ESF recentemente aprovada e publicada (Agosto 2016)
• Aplica-se ao Financiamento do Investimento no Projecto
• 10 padrões que definem as expectactivas de
performance ambientais e sociais de quem pede dinheiro
emprestado
• Alinhamento com os Padrões de Desempenho do IFC
• ESS6 é a mais relevante para a biodiversidade
• A hierarquia de mitigação é central.
• Requisitos chave:
• Habitat Natural: Nenhuma Perda Líquida de
Biodiversidade, ou preferencialmente, quando possível,
Ganho Líquido
• Ganho Líquido em Habitats Críticos
Enquadramento Ambiental e Social do Banco Mundial
• ‘Nenhuma Perda Líquida’ inclui valores
socioeconómicos e culturais (assim como valores
intrínsecos da biodiversidade como espécies ameaçadas)
• Comunidades locais e indígenas podem ter vários papéis
diferentes no processo:
• Ao nível do SISTEMA NACIONAL – devem ser
consultados aquando do desenho do sistema
• Ao nível do desenvolvimento individual de PROJECTOS –
possuem vários papéis possíveis, ex.:
• Participação na avaliação dos impactos do projecto
em causa na biodiversidade (ex. impactos nos valores
culturais e de subsistência das populações) e proposta
das medidas de mitigação
• Pagos para implementar as medidas de mitigação
• Envolvimento na governança / verificação dos
contrabalanços
• Envolvimento na monitoria e avaliação
Meios de subsistência e comunidades locais
30Treino inicial, Maputo, Moçambique
• As comunidades locais veem o benefício dos projectos e das
sua medidas de mitigação
• O governo apoia os resultados de conservação
O apoio dos stakeholders é crucial
• Projecto com níquel e cobalto de grande tonelagem
• Componentes chave do projecto:
– Local da mina (aprox. 1.336 ha)
– 218 km de mineroducto
– Complexo industrial, Toamasina
• 2007: Início da construção; 2014 Operações
• Ciclo de vida esperado 27+ anos
http://bbop.forest-trends.org/documents/files/bbop_ambatovy_cs.pdf
• Accionistas: Sherritt, Sumitomo, Kores, SNC Lavalin
• Financiado por várias entidades incl. Bancos do Equador
• Impactos na biodiversidade significativos (EIA, 2006)
Trabalhar em prol do compromisso NNL:
- Aplicação da hierarquia de mitigação, incluindo:
- Desenvolvimento de contrabalanços agregados
- Aplicação das normas BBOP
Exemplo de um Projecto que teve como objectivo NNL: Ambatovy, Madagáscar
Evitar:
Ex. Túneis do Pipeline
sob a floresta.
Evitar:
Ex. set-aside na mina.
Evitar:
Ex. Alteração da rota do pipeline em
evitando manchas florestais
específicas
Minimização:Ex. Limpeza direccionada
da vegetação.
Exemplos de medidas de
mitigação:
Contrabalanço: Conservar
a floresta ameaçada em
redor da mina
Contrabalanço:
Proteger e gerir outras
áreas prioritárias que
ofereçam empregos
em conservação às
comunidades locais
Contrabalanço:
Proteger a floresta
de Ankerana
Restauração:
Na mina e no seu redor
e pipeline 35
36Treino inicial, Maputo, Moçambique
Exercício sobre hierarquia de mitigação
Com base na sua experiência, as medidas de mitigação
funcionam sempre?
ex. Então e as medidas ilustradas em baixo?
Evitar os impactos numa
determinada espécie de planta?Passagem para a fauna
37Treino inicial, Maputo, Moçambique
Restauração ecológica?
Será que as medidas de mitigação ilustradas em baixo
realmente funcionam?
Exercício sobre hierarquia de mitigação
38Treino inicial, Maputo, Moçambique
Exercício sobre hierarquia de mitigação
Continuação das questões mais frequentes!
1. Com que base poderemos considerar que a protecção das florestas
gera um “ganho” de biodiversidade?
2. O que deve ser feito aos set-asides para que sejam considerados
contrabalanços?
3. Será que restaurar parte do local onde se situa o projecto (ex. parte do
local da mina) contam como contrabalanço? Porquê ou porque não?
41Treino inicial, Maputo, Moçambique
13:30 Introdução a aspectos-chave científicos e técnicos:
• Valores chave da biodiversidade
• Biodiversidade vulnerável e insubstituível; Impactos que não podem ser
contrabalançados
• Métricas e regras de permuta de biodiversidade
• O princípio da adição e a importância de cenários de referência
• Exercício: O que conta como ganho?
• Implementação: aspectos a considerar
15:30 Pausa para café
16:00 Planeamento e governança
• Diferentes papéis do governo
• Roadmaps para Nenhuma Perda Líquida e lições aprendidas a partir de todo o
mundo
• O Roadmap dos contabalanços de Moçambique
• Exercício: Papel do Governo
• A equipa COMBO e próximos passos
• Resultados do exercício (“O que conta como ganho?”) e discussão
• Q&A
17:00 Close of training sessions
Sessão 2: Enfoque técnico nos elementos das melhores práticas
Componente
biodiversidade
Valores Intrínsecos(Vulnerabilidade,
insubstituível)
Valores de uso Valores
Culturais
Espécies Espécies ameaçadas;
espécies com distribuição
leque restrita e/ou
endémicas; espécies com
comportamento de
agregação
Espécies que
fornecem
combustível,
fibras,
alimentos,
medicamentos,
etc.
Espécies-chave
Habitats/
Comunidades
Habitats raros ou
ameaçados; habitats
excepcionais
Locais recreativos Locais sagrados
(ex. florestas
sagradas,
cemitérios); locais
de importância
estética
Paisagem /
Ecossistemas
Regulação climática;
dispersão de sementes;
polinização
Regulação da
qualidade do ar e
água; fertilidade do
solo; polinização
Ex. Locais
sagrados ao nível
da paisagem
Photo Adam Ridley
Matriz dos componentes chave de
biodiversidade
42
43Treino inicial, Maputo, Moçambique
AN APPROACH TO BE AVOIDED WHEN LOOKING AT
BIODIVERSITY IN AN EIA[[Cartoon courtesy of presentation by Dr Cartoon courtesy of presentation by Dr AshaAsha RajvanshiRajvanshi on the status of biodiversity and impact assessment in India, aon the status of biodiversity and impact assessment in India, at Capacity Building for Biodiversity in Impact Assessment pret Capacity Building for Biodiversity in Impact Assessment pre--meeting at IAIAmeeting at IAIA ’’04, Vancouver]04, Vancouver]
Agora vamos pensar
num contrabalanço de
biodiversidade...
Os últimos da sua espécie…..
Adaptado de: Tandberg, 1990; In: Turn over a new leaf
– Green cartoons for CARE (ed. Mark Bryant).
Publication of Earthscan, London.
Os impactos podem todos ser contrabalançados?
Alguns impactos não podem ser contrabalançados
Os impactos na biodiversidade
considerada rara ou que esteja
altamente ameaçada geralmente
não pode ser contrabalançada.
Ecossistema único
Catatua ameaçada criticamente
45Treino inicial, Maputo, Moçambique
‘Regras de
permuta’ ‘Métricas’
Equivalência/ Igual para igual
(De que tipo?)
& Balanço líquido
(Quanto/Quantos?)
Ambos são necessários para estabelecer Nenhuma
Perda Líquida / Ganho Líquido !
Regras de permuta & métricas
A primeira parte da NNL: Que tipo de biodiversidade é permutada?
“Igual para igual (ou melhor)”
(Os ganhos devem ser do mesmo tipo, ou mais importantes do
que as perdas causadas pelos impactos residuais.)
Rolieiro
por
Rolieiro
Floresta de montanha
por
Floresta de montanha
Quando é que será mais apropriado fazer uma troca
e conservar um tipo de biodiversidade diferente do que foi afectado?
1. Regras de permuta
Quantas
aves?
Qual a área
(ex. num
ha) de
habitat?
A área do local é suficiente para desenvolver um contrabalanço apropriado
para compensar os impactos?
A segunda parte da “NNL” é estabelecer o “balanço
líquido” – QUANTO é perdido e quanto é ganho?
2. Métricas
48Treino inicial, Maputo, Moçambique
Como é que as perdas residuais de biodiversidade de um projecto e os ganhos devido a um contrabalanço podem ser
quantificados?
‘Métricas’ usadas:
• Métrica de HABITAT : área x condição
(e.g. 5 ha x 50% = 4 ha x 75%)
• Métrica de ESPECIES: indivíduos/ casais reprodutores/
parte de uma população
A segunda parte da“NNL” é estabelecer o
“balanço líquido” – QUANTO?
2. Métricas
49Treino inicial, Maputo, Moçambique
Mesmo usando de ‘igual para igual’, nem todos os hectares são iguais!
A ‘área’ (extensão de biodiversidade afectada) é um bom começo.
Mas, a área só por si não é uma boa medida da ‘quantidade’ e qualidade
de biodiversidade
Como medir perdas e ganhos?
50Treino inicial, Maputo, Moçambique
Cálculos Básicos de Perdas-Ganhos
Área de Impacto residual x
Condição (pré-impacto menos
pós-impacto)
Precisa de ser equilibrada pela
Área de Contrabalanço x
Condição (pós-contrabalanço
menos o contrabalanço)
O impacto
actual deve ser
avaliado
continuamente!
Avaliação
adequada dos
impactos é crucial
Área de impacto residual: 80 hectaresCondição antes do projecto: 90% de potencial
Cada hectare:
PERDA: 90% GANHO: 20%
Condição depois do projecto:
0%
Condição antes do
contrabalanço: 60%
Condição após
contrabalanço: 80%
Perda = 90% x 80 ha
= 72 ‘hectares de qualidade’
Área necessária para o contrabalanço =
72 hectares de qualidade ÷ 20% = 360 hectares
Porque é que geralmente é necessário uma área maior para o contrabalanço do que a área de impacto?
52Treino inicial, Maputo, Moçambique
Qual a vossa opinião?
A. Financiamento da publicação de uma revista de
conservação
B. Contribuições para as Áreas Protegidas existentes
C. Capacitação para os funcionários das Áreas
Protegidas
D. Sensibilização das comunidades locais
E. Investigação em conservação
F. Deixar de lado uma área para não ser
desenvolvida
G. Estabelecer um viveiro de plantas medicinais com
as comunidades locais
Exercício: Que actividades contam para um contrabalanço de biodiversidade?
53Treino inicial, Maputo, Moçambique
Adicional – o que significa?
Princípio central!
Um contrabalanço de biodiversidade deve alcançar resultados
de conservação acima e para além dos resultados que tivessem
ocorrido se o contrabalanço não tivesse sido implementado.
Porque razão a adição é importante?
Sem a adição não há um ganho real!
Se não há adição, o promotor está a pagar
para nada.
54Treino inicial, Maputo, Moçambique
Os impactos de um projecto vão causar
perda de biodiversidade no
local
Um contrabalanço no local é adicional
apenas se:
(a) Aumenta o valor através da gestão ou
restauração positiva ou se
(b) Impede que esta área seja degradada ou
transformada, caso a área esteja em risco
de se perder
Não esquecer:
Porque razão a adição é importante?
55Treino inicial, Maputo, Moçambique
Os contrabalanços em áreas protegidas podem ser considerados “adicionais”?
O Governo tem a obrigação de
conservar as áreas protegidas.
Então como é que um contrabalanço
pode acontecer numa área protegida?
De certeza que não haverá adição?
Isto é controverso e não há uma
resposta internacionalmente
concordante.
Provavelmente depende: pode ser
demonstrado que os resultados de
conservação em consequência do
contrabalanço na área protegida são
adicionais ao que teria acontecido sem
o contrabalanço?
Isso pode ser verdade.
Como pode isto ser provado?
Previsão e avaliação dos benefícios
Tempo
Va
lor
de
Bio
div
ers
ida
de
T = 0
(ex. AGORA)T = 1
(ex. Daqui a dois anos)
O Benefício de uma
acção de
conservação é a
diferença entre dois
cenários, i.e. com e
sem a acção.
Tendência e resultados
COM a acção de
conservação
SEM a acção
(Adaptado de Maron, Rhodes & Gibbons, 2013) 56
57
Aceitamos um cenário de referência de declínio?
Nenhuma Perda Líquida comparada com o quê?
Tempo
Va
lor
de
Bio
div
ers
ida
de
TempoV
alo
r d
e B
iod
ibve
rsid
ad
e
Escolher uma base / cenário de referência:
e.g. NNL comparada com ‘AGORA’e.g. NNL comparada
com uma tendência de declínio de biodiversidade
PresentePresente
Dois tipos de contrabalanços: O que conta como ‘Ganho’?
A. Melhor MANEIO para melhorar a condição da biodiversidade:
• E.g. Acções para restaurar ou melhorar a biodiversidade (e.g. replantar
vegetação nativa, remover espécies exóticas invasoras)
B. PROTECCAO/ CONTROLO DE PERDAS onde a biodiversidade está
ameaçada por perdas (agora ou no futuro) e desenvolver
contrabalanços para parar esta tendência:
• E.g. Aumentar a protecção legal de áreas (e.g. nova área,
expansão, melhorar, resultados adicionais em AC existentes)
• Reduzir as pressões no uso insustentável / ilegal da biodiversidade
• Criar melhores incentivos para a população local promover a
conservação e o uso sustentável dos recursos
‘Resultados no
terreno!
58
Desenho
(curto
prazo)
Implementação
(longo prazo)
• Orientação & planeamento, com envolvimento
dos stakeholders (partes interessadas);
• Aplicação da hierarquia de mitigação;
• Quantificação dos impactos residuais e das
necessidades de contrabalanço;
• Determinar as opções de contrabalanço: locais,
actividades;
• Desenhar o contrabalanço final: Preparar o Plano
de Gestão do Contrabalanço de Biodiversidade.
• Estabelecer governança apropriada, papéis &
responsabilidades com o envolvimento dos
stakeholders;
• Assegurar sustentabilidade, financiamento e
recursos adequados;
• Estabelecer as operações e gestão;
• Implementação do plano de gestão - adaptável
• Monitorização e avaliação.
Componentes típicos dos contrabalanços de biodiversidade
59
Implementação: quem e como?
60
1. Promotor e/ou parceiros (ONG, consultor,
grupo misto das várias partes interessadas)
realizam o contrabalanço
2. Promotor contracta uma terceira parte para
implementar o contrabalanço
3. O Promotor compra “créditos” suficientes a um
proprietário de terras ou a um banco de
conservação para contrabalançar os seus
impactos.
Fornecimento do contrabalanço: onde e como?
61
• Nas terras do promotor, protegido por longo termo
(preferencialmente de forma perpétua)
• Áreas protegidas novas ou melhoradas (incluindo áreas de
comunitárias protegidas)
• Contractos com outros proprietários de terras (incluindo
pagamentos por serviços dos ecossistemas)
ASPECTOS IMPORTANTES PARA A IMPLEMENTACAO BEM SUCEDIDA:
Parcerias
Envolver as comunidades
locais
• Questões legais / segurança do contrabalanço
• Financiamento: Fundo fiduciário ou outro
mecanismo financeiro a longo prazo
• Plano de Gestão de Contrabalanços de
Biodiversidade
• Monitoria, avaliação, gestão adaptativa
• Fiscalização
Aspectos chave para uma implementação de sucesso
• Papéis e responsabilidades claras e
detalhes no que diz respeito a:
o Gestão dos contrabalanços
o Governança / verificação
o Monitorização e fiscalização
o Financiamento
• Plano de gestão e acordos com as
organizações que implementarão o
contrabalanço
• Outros acordos legais e institucionais (ex.
contratos, garantia de terras a Áreas de
Conservação, etc.)
• Orçamento e acordos financeiros (ex. fundos
fiduciários) para financiar os contrabalanços
Plano de Gestão de
Contrabalanços de
Biodiversidade
Introdução
Impactos & Mitigação
do Projecto
Impactos residuais
Desenho do
Contrabalanço
Implementação –
O quê, quando, quem,
onde, etc.
Relatórios
Etc.
$$$
62
O Governo pode ter potencialmente diversos
papéis na Nenhuma Perda Líquida. Por
exemplo:
• Criador de políticas
• Gestor dos dados de biodiversidade e
outra informação associada
• Decisor na alocação de terras
• Comprador e vendedor de contrabalanços
• Corrector
• Definir as normas para registo
• Assegurar os mecanismos para a
permanência dos contrabalanços
• Verificador: Monitorar e fiscalizar
Papéis potenciais do governo
64
Roadmap: alguns elementos chave
• Vontade política / corporativa
• Bom engajamento dos stakeholders
• Normas / Padrões
• Boa governança (incl. fiscalização)
• Prestação de contas
• Planeamento de terras e paisagem
• Sensibilização
• Capacitação
• Parcerias
• Cooperação
• Bons resultados para construir a
confiança pública
• Investigação & ferramentas
• Dados espaciais
GOVERNANÇA
PARCERIAS & TREINO
ORIENTAÇÕES & DADOS
EXPERIENCIA & RESULTADOS
65
Treino e capacitação
Fase preparatória
Projectos piloto Treino e capacitação
Contexto, âmbito e estudo de opções
(e.g.):Uso da terra &
planeamento e estudo da biodiversidade;
Opções políticas e âmbito do sistema;
Análise de impactos – ex. economicos;
aspectos relacionados com os fornecedores
Implementação do
Contrabalanço
(mecanismos legais,
financeiros, etc)
Opções para as características do
sistema
Definir e implementar o sistema
Monitoria, avaliação, sistema
adaptativo
Políticas/ Regulação
Dados, informação
Orientações
66
Roadmap para um sistema de Nenhuma Perda Líquida
• São implementadas medidas para melhorar a aplicação
de toda a hierarquia de mitigação.
• Estão disponíveis orientações claras e consistentes
para haver certezas e evitar atrasos.
• Estão definidos papéis claros para os governos
nacionais, regionais e locais e boa coordenação entre
os departamentos do Governo.
• A performance da monitoria e fiscalização se
encontra assegurada por uma boa governança e
provisão orçamental adequada.
• Estão estabelecidos princípios e standards claros.
• Estão disponíveis instrumentos legais e financeiros
para assegurar a implementação a longo prazo.
67
Lições aprendidas: A mitigação tem sucesso quando…
Lições aprendidas: A mitigação tem sucesso quando
• São planeadas abordagens proporcionais, com
procedimentos mais focados, estudos de base e métricas mais
simples para os impactos de menor relevo na biodiversidade, e
avaliações mais completas para impactos mais significativos.
• Há um Roadmap realístico para desenvolver o sistema de
NNL/NG e melhorá-lo durante alguns anos.
• Há preparação para a implementação (incluindo
fornecimento) durante o desenvolvimento das políticas.
• Há bons dados base, mapeamento e planeamento ao nível
da paisagem.
• São usados métodos adequados & métricas para atingir
NNL/NG.
• São possíveis várias opções para implementação, desde
que os mesmos padrões sejam cumpridos.
• São eliminados os incentivos perversos.
• É oferecida assistência aos promotores e fornecedores dos
contrabalanços, os quais têm que se conhecer uns aos outros. 68
Fonte: ten Kate
and Crowe, 2014
1989: Regulamentos sobre a limpeza de vegetação nativa
1998: Mapeamento da biodiversidade (base de informações
em todo o estado)
2000: Programa de incentivo com base em leilão –
BushTender
2002: Enquadramento de gestão da vegetação nativa (NNL,
métrica)
2007/8: Mercado de compensações/contrabalanços
baseado na negociação de crédito (fornecimento de
contrabalanços)
2013: Reforma das regras de compensação permitidas
para a Vegetação Nativa
Sistemas de NNL demoram tempo a desenvolver, ex. Victoria:
30 a
no
s
70
Resultados do exercício
# Medidas implementadas Sim Não
A Financiamento da publicação de uma
revista de conservação
37% 63%
B Contribuições para as Áreas Protegidas
existente
63% 37%
C Capacitação para os funcionários das
Áreas Protegidas (3% tavez)
80% 17%
D Sensibilização das comunidades locais 90% 10%
E Investigação em conservação 87% 13%
F Deixar de lado uma área para não ser
desenvolvida
37% 64%
G Estabelecer um viveiro de plantas
medicinais com as comunidades locais
50% 47%
71Treino inicial, Maputo, Moçambique
As Pedras Basilares
Fundo Fiduciário de Conservação (ou
similar) para Gerir os Fundos
Enquadramento Legal e Regulatório
Compromisso adequando de Alto-Nível por parte do
Governo
Identificação, Mapeamento e
Classificação Legal de Áreas de
Contrabalanços
Princípios Orientadores (ex.
Princípios do BBOP)
Roadmap actual para Moçambique
72Treino inicial, Maputo, Moçambique
Roadmap actual para Moçambique
Passos apresentados no Roadmap de Contrabalanços
Estabelecer o Quadro Legal
Determinar as localizações mais adequadas para os Contrabalanços
Desenvolver Mecanismos de Implementação para um Sistema de
Contrabalanços Agregados
Actividade 1: Quais são as Actividades de Contrabalanços de
Biodiversidade e Onde Serão Implementadas?
Actividade 2: Como Serão Geridos os Contrabalanços de Biodiversidade?
Actividade 3: Como Serão Financiados os Contrabalanços ao Longo do
Tempo?
Actividade 4: Como é que os Contrabalanços Serão Monitorados e
Avaliados?
Aprendizagem e treino
73Treino inicial, Maputo, Moçambique
A legislação nacional deverá exigir um padrão de Nenhuma Perda Liquida para todos os projectos afectando habitats Naturais e Críticos
Precisa exigências legais consistentes de modo que a maioria de projectos elegíveis poderá participar.
Roteiro: Quadro legal existente permite que contrabalanços poderão ser implementados; mas reformas adicionais podiam facilitar o processo.
Precisa ajustar as Leis e Regulamentos da AIA de modo a incluir as exigências de Nenhuma Perda Líquida e contrabalanços caso necessário.
Oportunidade extensas no sector de infra-estruturas públicas
MZ Roteiro para Contrabalanços: Quadro Legal
74Treino inicial, Maputo, Moçambique
MZ Roteiro para Contrabalanços: Áreas de Conservação
• Áreas de Conservação existentes (ACs) (26% de Moçambique) cobrem a maioria de ecossistemas terrestre e aquáticas, mas severamente subfinanciadas (9% das necessidades mínimas).
ACs largamente representativas da maioria dos tipos de ecossistemas
Roteiro: A maioria de contrabalanços deveria ser implementada dentro de ACs existentes
Contrabalanços providenciariam recursos adicionais a ACs seleccionadas, implementando protecção e melhorando gestão no terreno
Adicionalidade determinada pelos resultados pre- e pós-contrabalanço, não pelo ano de criação da AC.
75Treino inicial, Maputo, Moçambique
MZ Roteiro para Contrabalanços: Mecanismo de Financiamento:
• BIOFUND é o mecanismo provável para a canalização de fundos de projectos onde os contrabalanços são exigidos para actividades de conservação nas ACs.
• De modo a evitar a realocação de fundos estatais, deveria ser utilizada uma abordagem de “matching grants” (subvenções com ligações a financiamento existente)
• Apoio político a alto nível depende na geração de resultados de sucesso no longo prazo
76Treino inicial, Maputo, Moçambique
Exercício
• Política & legislação
• Licenciamento & regulação (de projectos de
desenvolvimento e de contrabalanços)
• Implementação de contrabalanços (e.g. gestão,
financiamento, etc.)
• Verificação: Monitoria e fiscalização
Alguns dos recursos disponíveis
• Padrões & Orientações
• Livros práticos
• Estudos de caso
• WEBINARS
http://www.iucn.org/about/work/programmes/business
• Política em contrabalanços
• Estudo técnico
• Opções de políticas
http://bbop.forest-trends.org/
• Padrões de Desempenho
• Orientações
• Orientações por sector
• Vários documentos
técnicos e ferramentas
http://www.ifc.org/
http://www.csbi.org.uk/
77
78Treino inicial, Maputo, Moçambique
A Equipa do Projecto COMBO
• Equipa em Madagáscar
• Equipa no Uganda
• Equipa na Guiné
Equipa Técnica Internacional:
Equipa COMBO em MOÇAMBIQUE:
79Treino inicial, Maputo, Moçambique
Próximos passos do COMBO em Moçambique
• Contacto com os potenciais parceiros-chave a nível local
• Avaliação de modos de colaboração• Definição de objectivos e metas• Estabelecimento de Memorandos
de Entendimento• Definição do Comité de
Acompanhamento do Projecto• Definição do Plano de Trabalhos
com os parceiros• Arranque efectivo das 5
componentes do projecto
1. Adherence to the mitigation hierarchy:
A biodiversity offset is a commitment to
compensate for significant residual adverse
impacts on biodiversity identified after
appropriate avoidance, minimization and on-site
rehabilitation measures have been taken
according to the mitigation hierarchy.
2. Limits to what can be offset:
There are situations where residual impacts
cannot be fully compensated for by a biodiversity
offset because of the irreplaceability or
vulnerability of the biodiversity affected.
BBOP Principles
3. Landscape context: A biodiversity offset should be designed and implemented
in a landscape context. This is to achieve the expected measurable conservation
outcomes, taking into account available information on the full range of biological,
social and cultural values of biodiversity and supporting an ecosystem approach.
Developed
Preserved
Sources: 2004: Insight/IUCN; White; Maze
Developed
Preserved
Early, individual offsets
Unplanned
development
Landscape-level planning
BBOP Principles
4. No net loss: A biodiversity offset should be
designed and implemented to achieve in situ,
measurable conservation outcomes that can
reasonably be expected to result in no net loss
and preferably a net gain of biodiversity.
5. Additional conservation outcomes:
A biodiversity offset should achieve conservation
outcomes above and beyond results that would
have occurred if the offset had not taken place.
Offset design and implementation should avoid
displacing activities harmful to biodiversity to
other locations.
BBOP Principles
84
6. Stakeholder participation: In areas affected by the
project and by the biodiversity offset, the effective
participation of stakeholders should be ensured in
decision-making about biodiversity offsets, including
their evaluation, selection, design, implementation
and monitoring.
7. Equity: A biodiversity offset should be designed and
implemented in an equitable manner, which means
the sharing among stakeholders of the rights and
responsibilities, risks and rewards associated with a
project and offset in a fair and balanced way,
respecting legal and customary arrangements.
Special consideration should be given to respecting
both internationally and nationally recognised rights
of indigenous peoples and local communities.
BBOP Principles
85
8. Long-term outcomes:
The design and implementation of a biodiversity offset should be
based on an adaptive management approach, incorporating
monitoring and evaluation, with the objective of securing
outcomes that last at least as long as the project’s impacts and
preferably in perpetuity.
BBOP Principles
86
9. Transparency: The design and
implementation of a biodiversity
offset, and communication of their
results to the public, should be
undertaken in a transparent and
timely manner.
10. Science and traditional knowledge:
The design and implementation of a
biodiversity offset should be a
documented process informed by
sound science, including an
appropriate consideration of
traditional knowledge.
87
BBOP Principles
How to identify Limits
Two main aspects of risk and feasibility:
1. Level of biodiversity conservation concern (linked to irreplaceability)
2. Likelihood of offset success
Lik
elih
oo
d o
f o
ffse
t su
cce
ss
Level of Biodiversity conservation concern
See BBOP,
2012 Limits
paper and
Pilgrim et
al., 2013
89Treino inicial, Maputo, Moçambique
• Developers (eg through industry associations) – to ensure they can comply with the policies and procedures
• Consultants – to ensure they can comply with the policies and procedures on behalf of their client developer companies
• Banks (development and commercial ) – to promote harmonization of national requirements with international loan conditions and best practice
• Government (other departments, regional and local levels, protected areas etc) – to ensure consistent, streamlined approach
• Conservation NGOs, universities, research institutions, botanic gardens, herbaria, zoos, aquaria – to get scientific expertise to design exchange rules, metrics, undertake mapping, define conservation prioritisation, etc
• Civil society and indigenous peoples’ groups and organisations – to design the basis for involving them in impact assessment (particularly with respect to impacts on biodiversity that affect their livelihoods and amenity) and mitigation design and implementation (since they may undertake offset activities) and monitoring.
Design of the national mitigation and offset system: consultation
90Treino inicial, Maputo, Moçambique 90
• The developer
• Consultants and advisers to the developer (e.g. EIA consultants, universities or research institutes doing baseline studies, NGOs advising on the mitigation hierarchy, conservation priorities and offset design)
• Government
• Local communities and indigenous peoples who may be affected by the project and the offset
• Financial institutions whose loan conditions may affect mitigation measures including offsets/compensation
• Civil society
Who are the main stakeholders when designing mitigation measures?
91Treino inicial, Maputo, Moçambique
Who are the main stakeholders during implementation?
Key Stakeholders
Government
Developer
NGOs
Community Groups or
Associations
Investors/lenders
Broad Roles
Direction / oversight /
management
Field-level activities
(implementation)
Monitoring & Evaluation
Financing
Enforcement
→ Different stakeholders can play a number of roles,
depending on circumstances
91
92Treino inicial, Maputo, Moçambique
Fonte: Namibia SEA
Impactos Cumulativos: abordagemestratégica
92
93Treino inicial, Maputo, Moçambique
Hierarquia de mitigação ao nível do planeamento da paisagem
http://www.shadedrelief.com/
• A hierarqia de mitigação éaplicada em diferentes escalas, do nível regional ao local.
• LLP importante ao nível regional (ex. para identificar alternativas, áreas a evitar, conservar)
Plano de biodiversidade regional
Planeamento ao nível local
A. Skowno, 2009; Source: Biodiversity for Development, SANBI 2010.
94Treino inicial, Maputo, Moçambique
Integração da hierarquia de mitigação a vários níveis e
escalas espaciais
Escala
nacional
Escala regional
Escala da
paisagem
94
Escala de projectoPlaneamento da paisagem e da utilização
da terra e Avaliação Ambiental EstratégicaEIAs
Planear para a biodiversidade e NNL
95Treino inicial, Maputo, Moçambique
Contrabalanços a nível global
Source: CDC Biodiversité, 2014
País a implementar um mecanismo de contrabalançorequerido por lei
País a desenvolver um mecanismo de contrabalançorequerido por lei:- Uma lei de contrabalanços
existe mas não é aplicada ouainda não está a ser aplicada ; ou
- Uma lei de contrabalanços estáa ser desenvolvida; ou
- Uma lei não existe mas, os
País sem mecanismos de contrabalanço requeridos por lei
País com estudos de caso de contrabalanços voluntários
22
96Treino inicial, Maputo, Moçambique
• EIA raramente é planeado para alcançar o NNL.
• Tipicamente apenas requer evitar??avoidance, minimizar alguns
impactos.
• Normalmente não abrange/address impactos residuais.
• Não abrange todos os componentes de biodiversidade afectados.
• Frequentemente é muito específico a nível local, a escala da
paisagem apropriada.
• Frequentemente falha em atingir/alcançar to impactos indirectos e
cumulativos.
• CONTUDO a mitigação que inclui contrabalanços pode ser
integrada no processo do EIA para atingir??‘no net loss’!
Não poderá o EIA tratar/cuidar da biodiversidade?
97Treino inicial, Maputo, Moçambique
• State law requires Native Vegetation Planning Permit (approval) to clear native vegetation. Assessment of permit application follows mitigation hierarchy: avoid minimise offset.
• Applications are assessed by local planning authorities (if small) or state Department of Environment and Primary Industries (if big).
• Offsets can be generated on applicant’s own property, but if applicant has no suitable site (or can’t manage native vegetation over the long term):
• Applicant can obtain a permanently protected offset elsewhere that matches the impacts by purchasing the right type and number of ‘native vegetation credits’.
• A native vegetation credit is a gain in quality/extent of native vegetation subject to a secure and permanent agreement registered on land title.
• Brokers exist to facilitate identification of offset sites to match particular impacts.
• There’s a system to establish, register and trade native vegetation credits.
Exemplo de um Sistema NNL: Victoria, Australia
97
98Treino inicial, Maputo, Moçambique
“Compradores”
• Correctoras??• Bancos de Conservação• Ao balcão/Over the counter
Credit Register
Criar créditos• acordos com osproprietários das terras• entrega da terra• melhoramento das áreasprotegidas
Proprietáriosdas terras
“VENDEDORES”
Promotores
Governo
• Registro de propriedadeProvidestransparência & accountability to the market
• Fornece a confiança aomercado de que oscréditos cumprem as normas
• Um único local onde a informação sobre oscréditos é guardada
• Assegura que oscréditos são“utilizados” apenasuma vez.
Fornecimento de compensações a terceiros: Mercado de
cantrabalanços/compensações??
98