UFPEL – FAEM – DZUFPEL – FAEM – DZ
II - Histórico, Importância da apicultura e Produtos
apícolas
- Classificação zoológica
Prof. Jerri Zanusso
1. Introdução - hist1. Introdução - históricoórico
Fósseis datam de 80 milhões (USA), 25 – 40 milhões (Caribe)
Hindus: 6000 anos A.C.: uso de própolis como cicatrizante
Egípcios: potes de barro => 2400 anos A.C. (primeiros “apicultores”)
França: Luis XII moeda em ouro com estampa de abelha e abelhas douradas em manto real.
1. Introdução - hist1. Introdução - históricoórico
“Apicultura moderna” : século XVII1609 (Butler): descobriu que o inseto dominante na colméia era uma rainha e não um rei, sendo a única a fazer postura. 1636 – 1680 (Swammerdam): iniciou os primeiros estudos avançados sobre a biologia das abelhas, fazendo uso de um microscópio.
1771 (Schirach): provou que a rainha originava-se de um ovo, como as operárias.
1839 (Padre Antônio Carneiro): conseguiu autorização de D. Pedro II para importar para o Rio de Janeiro abelhas Apis mellifera mellifera.
1. Introdução - hist1. Introdução - históricoórico
1845 (Johanes Dzierzon): padre polonês e apicultor, confirmou a teoria de partenogênese em abelhas.Introdução das primeiras abelhas italianas no Brasil.
1857 (Johanes Mehring): apicultor alemão, produziu a primeira folha de cera estampada.
1865 (Lorenzo Lorrain Langstroth): pastor, matemático e apicultor, descobriu o espaço-abelha (6-9 mm), inventor da colméia Langstroth, padrão, standard ou americana.
1865 (F. Hruschka): inventou a primeira centrífuga de mel.
Lorenzo L. Langstroth
“Pai” da apicultura moderna
1. Introdução - hist1. Introdução - históricoórico
1873 (Moses Qimby): desenvolveu nos USA, o primeiro fumegador de fole.
1876 (J.E. Hetherington): acrescentou o arame para fixar a lâmina de cera nos caixilhos.
1879 (Frederico A. Hanemann): importou abelhas italianas (Apis mellifera ligustica) para o Brasil, tendo chegado ao país pelo porto de Rio Grande - RS.
1880 (Frank Benton): desenvolveu a gaiola de transporte para rainhas que leva seu nome.
1. Introdução - hist1. Introdução - históricoórico
1906 (Emílio Schenk): foi o grande pioneiro da apicultura no Sul do Brasil, desenvolveu um modelo de colméia batizado com seu sobrenome, escreveu o livro O apicultor brasileiro, criou o Parque apícola de Taquari (RS) e trabalhou como extensionista, difundindo a apicultura.
1924 (Hodgson): construiu a primeira máquina desoperculadora.
1956 (Warwick Estevan Keer): sob encomenda do governo federal (Juscelino Kubitschek), o pesquisador brasileiro concordou em auxiliar na importação de algumas famílias de abelhas africanas para pesquisas genéticas.
1. Introdução - hist1. Introdução - históricoórico
Avanço da dispersão das
abelhas africanas
1. Introdução - hist1. Introdução - históricoórico
1979 (?): construção do fumigador SC-Brasil, ganhador da medalha de ouro no Congresso mundial da APIMONDIA, na Grécia.
Entre aqueles que muito contribuíram ou ainda contribuem para o desenvolvimento da apicultura nacional, além dos já citados, merecem a nossa consideração e respeito, Ademilson Spencer Soares, Dejair Message, Sílvio Lengler, Helmut Weise (in memorian) e Hugo Muxfeldt (in memorian).
1. Introdução - i1. Introdução - importância botânicamportância botânica
Qualidade e quantidade (ver material do SEBRAE);
Aumento na produção devido a melhor polinização(1):
Espécie Incremento % Espécie Incremento %
Laranja 25 Pêssego 29
Café 77 Soja > 40
Morango > 100 Colza > 30
Abacate Exclus. Depend. Macieira 30 - 50(1)Dados obtidos em diferentes experimentos.
1. Introdução - i1. Introdução - importância botânicamportância botânica
Dependência de polinização por A. mellifera
Espécie Dependência de polinização entomófila (%)
Participação da abelha dentre os insetos (%)
Abóbora 90 10 Girassol 100 90 Laranja 30 90 Maçã 100 90 Pêssego 60 80 Soja 10 50 Fonte: adaptado de MORSE & CALDERONE (2000).
1. Introdução - i1. Introdução - importância botânicamportância botânica
“Colony Collapse Disorder” - CCD
1. Introdução - i1. Introdução - importância botânicamportância botânica
“Desaparecimento” das abelhas no Brasil
Para pensar:“Desaparecimento” de abelhas e falta de alimentos, qual
sua opinião?
Fatores ambientaisManejo adotado - Poucos trocam rainhas - Poucos alimentam no inverno - Poucos trocam cera velha - Poucos monitoram controlam pragas (ex: Varroa, traça).Perdas de 20 a 30% são “normais”!
1. Introdução - i1. Introdução - importância botânicamportância botânica
“Deserto verde – Etanol e canaviais
217 Industrias em SP.
Mil enxames removidos/ano em Ribeirão Preto, SP.
Fonte: Prof. Ademilson S. Soares (2010), comunicação pessoal.
1. Introdução - p1. Introdução - produtos apícolasrodutos apícolas
Mel e mel orgânico
Composição Média
Água % 17 – 18
Frutose % 38,2
Glicose % 31,3
Maltose 7,3
Sacarose 1,3
pH 3,4 – 6,1
Valor calórico (20 ml) 60 cal
Carboidratos g 14,0
Proteínas g 0,0
1. Introdução – produtos apícolas1. Introdução – produtos apícolas
Outros produtos / serviços apícolas:
Geléia real; pólen; própolis; cêra; apitoxina; hidromel; mel
composto; mel orgânico, serviços de polinização; venda de
rainhas; prestação de serviços ou venda de equipamentos
e consultoria.
-> Qualidade, aparência, rastreabilidade e tipificação com
demanda crescente!
-> Como diversificar e obter maior renda?
2.2. ClassificaçãoClassificaçãoReino: animal
Classe: Insecta
Ordem: HYMENOPTERA (insetos sociais, ex.: formigas,
vespas, abelhas)
Família: Apidae
Gênero: Apis
Sp.: Apis mellifera
Raças (ou sub-espécies): 25
2.2. ClassificaçãoClassificação – – linha evolutivalinha evolutiva da A. mellifera da A. mellifera
Ramo A: abelhas africanas
Ramo M: abelhas do norte da Europa, Espanha, Portugal e norte da África
Ramo C: sub-espécies da Itália
Ramo O: grupo basal das espécies de abelhas.
Fonte: Le traité rustica de l´apiculture (2004)
As 25 raças
evoluíram de
A. cerana
As 25 raças
evoluíram de
A. cerana
2.2. ClassificaçãoClassificação – – linha evolutivalinha evolutiva da A. mellifera da A. mellifera
Fonte:www.culturaapicola.com.ar
Total Pupa Larva Ovo Espécie
20,5 11,2 6,3 3 Apis florea
18,4 10,9 4,6 2,9 Apis dorsata
19 11 5 3 Apis cerana
21 12 6 3 Apis mellifera
Tempo (dias)
Exemplos de diferenças entre algumas espécies
Índice morfológico de asasÍndice morfológico de asas
Vários estudos sobre a linha evolutiva, dentre eles o índice morfológico serve para identificar os grupos (RAMOS) aos quais
pertencem as diferentes espécies de abelhas do gênero Apis.
Índice morfológico de asasÍndice morfológico de asas
Índice morfológico de asasÍndice morfológico de asas
Índice morfológico de asasÍndice morfológico de asas
Quais implicaçõesQuais implicações??No RS, abelhas estão
tendendo predominância para Ramos de abelhas
européias
2. Classificação - africanização2. Classificação - africanização
Raças
Italiana (A. m. ligustica) vs Africana (A. m. adansonii)
Italiana: anéis amarelos, mais mansa, pouco enxameadora,
boa postura, não propoliza tanto, maior que africana.
Africana: anéis escuros, defensiva, enxameadora, postura
irregular, propoliza muito, saqueadora (pilhagem), trabalha
até mais tarde, menor que italiana, resist. ao Varroa.
No Brasil: mistura de ambas origens (abelha africanizada).
2. Classificação – 2. Classificação – exemplos de raçasexemplos de raças
A. m. carnica A. dorsata
2. Classificação – 2. Classificação – exemplos de raçasexemplos de raças
A. florea (abelha anã) A. dorsata (abelha gigante)
2. Classificação – abelhas sem ferrão2. Classificação – abelhas sem ferrão
Família Meliponidae
Sub família Meliponinae (abelhas sem ferrão)
Tribos:
Meliponini (meliponas): uruçu, jandaíra.
Trigonini (trigonas): jataí, mirim.
2. Classificação – 2. Classificação – exemplos de abelhas sem ferrãoexemplos de abelhas sem ferrão
Jatai
Uruçu Jandaira
Mirim