UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL: ADMINISTRANDO
SEU DINHEIRO E INVESTINDO PARA O FUTURO
Por: Paula Fernanda dos Santos Lima Rosa
Orientador
Prof.ª Ana Claudia Morrissy
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL: ADMINISTRANDO O
SEU DINHEIRO E INVESTINDO PARA O FUTURO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Instituições
Financeiras.
Por: Paula Fernanda dos Santos Lima Rosa
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AGRADECIMENTOS
Ao meu esposo João Fábio,
que, muitas vezes me ausentei
para estudar e aos meus pais
que sempre me incentivaram.
Ao corpo docente e
coordenação deste curso de
Pós-graduação da Universidade
Cândido Mendes.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta apostila a todos
aqueles que desejam realizar
sonhos e alcançar a
independência financeira.
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RESUMO
A nossa formação cultural e profissional não nos ensina sobre educação
financeira. E isso é fundamental para a administração do dinheiro.
A diferença entre aqueles que estão em paz com seu bolso e os que
lutam para esticar o dinheiro é perceptível. É importante ter o controle sobre as
finanças e a utilização do crédito para que as escolhas de consumo,
investimentos e realizações pessoais sejam mais eficientes e com isso
aumentar o bem estar e a qualidade de vida.
A boa saúde financeira também permite um planejamento para o futuro,
na realização de sonhos e no alcance da tão sonhada independência
financeira.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi a pesquisa em livros de autores que também
são consultores financeiros bastante reconhecidos no mercado. A pesquisa de
internet foi principalmente para tratar da mudança na rentabilidade da
caderneta de poupança.
Os principais autores consultados foram Gustavo Cerbasi e Luís Carlos
Ewald. O leitor encontrará um manual para colocar a sua situação financeira
em equilíbrio, por mais dramática que estejam suas finanças.
Com o passo a passo para a montagem do orçamento doméstico e sua
manutenção, as dicas para a melhor utilização do crédito, e os principais
investimentos será possível alcançar a independência financeira.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Economia doméstica 09
CAPÍTULO II - Administração do orçamento 12
CAPÍTULO III – A utilização correta do crédito 21
CAPÍTULO IV – Planejando a aposentadoria 28 CAPÍTULO V – Planejando o futuro: investimentos 33 CONCLUSÃO 40
ANEXOS 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 48
ÍNDICE 59
FOLHA DE AVALIAÇÃO 63
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INTRODUÇÃO
Administrar nosso dinheiro não é tarefa fácil, é preciso muita paciência
e organização. Não importa qual o tamanho da sua renda deve se estar atento
aos gastos, por isso planejamento e disciplina devem ser levados a sério.
É importante ter o padrão de consumo conforme sua disponibilidade
financeira, ou seja, gastar menos do que ganha e investir a diferença. Fazer
esse controle e manter o equilíbrio financeiro possibilita a realização de
sonhos.
Esta monografia trata como tema central a administração do dinheiro
com ênfase no planejamento financeiro e investindo para o futuro.
Os objetivos desta pesquisa são orientar sobre o planejamento
financeiro pessoal, apresentar as armadilhas que levam ao endividamento,
demonstrar como montar orçamento doméstico e apresentar os tipos de
investimentos.
No capítulo I será registrado pela definição de economia doméstica e
as fases para a montagem do orçamento familiar.
O capítulo II abordará sobre a administração do orçamento, o
consumismo, as armadilhas da inadimplência e como organizar as compras.
O capítulo III apresentará a utilização correta do crédito, e a construção
de um bom perfil de crédito.
O capítulo IV abordará sobre o planejamento da aposentadoria e
depois o capítulo V abordará sobre o planejamento do futuro, a definição de
investidor e as opções de investimentos.
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CAPÍTULO I
ECONOMIA DOMÉSTICA
Conforme Luis Carlos Ewald, a economia doméstica é a
administração das contas da casa. As famílias fazem essa administração sem
perceber. Todos os meses tentamos administrar o dinheiro que ganhamos com
as despesas que temos, a tarefa não é fácil e é preciso muito planejamento. O
que se espera é que pagando todas as despesas mensais sobre algum
dinheiro que possa ser aplicado. Na maioria das famílias isso não acontece,
muito pelo contrário o dinheiro falta e é preciso recorrer a empréstimos a juros
altíssimos, e assim mês a mês vai se transformando numa gigante bola de
neve. É por isso que o Planejamento Financeiro é fundamental para a família
ter as suas contas em dia. O orçamento doméstico é a principal ferramenta
para se fazer esse planejamento, para que se possa definir como o dinheiro
deve ser gasto. Como explica Luis Carlos Ewald o orçamento doméstico deve
ser o retrato das receitas e despesas de todos os membros da família, isso
ajuda a apurar o que está sendo gasto sem controle planejar despesas
antecipadamente. É importante que na elaboração do orçamento doméstico
todos estejam envolvidos, principalmente as crianças e adolescentes, é preciso
mostrar os ganhos que a família terá com algumas economias. Esse
envolvimento é importante para que o orçamento funcione de fato.
Segundo Luís Carlos Ewald para se chegar a um orçamento doméstico
será necessário passar por três fases distintas:
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1.1 – 1ª fase do orçamento
O primeiro passo é que o responsável por essa tarefa examine
atentamente a planilha do orçamento item por item, anotando os valores que
foram determinados nos respectivos itens da planilha identificando as receitas
e despesas, por enquanto a apuração será sobre as receitas e despesas já
acontecidas. A partir desse orçamento dos fatos já acontecidos servirá para
ser comparado com o planejamento futuro. Os principais grupos de despesas
que devem constituir um Orçamento Doméstico padrão são: Morar, Comer, Ir,
Vir, Vestir, Estudar, Lazer, Saúde e Despesas Financeiras.
1.2 – 2ª fase do orçamento
É uma fase de uma apuração mais cuidadosa do que se está
gastando, as despesas serão anotadas constituindo a realidade das despesas
do mês. Nesta fase é necessário coletar todas as informações para descobrir
para onde vai o dinheiro da família. É preciso seguir uma rotina, ter muita força
de vontade e propósito familiar, onde todos devem estar envolvidos.
As despesas identificadas serão anotadas e classificadas nos grupos
conforme sua natureza e registradas na Planilha de Orçamento, que servirá
para análise no fim do mês.
A família deve se reunir uma vez por semana, para que sejam
anotadas as despesas efetuadas na semana que passou por todas as pessoas
envolvidas.
Após essa apuração será possível fazer comparações, podendo
visualizar despesas desnecessárias ou supérfluas que poderiam ter sido
evitadas.
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1.3 – 3ª fase do orçamento
A terceira fase consiste de acordo com a identificação e separação das
despesas analisar tudo que foi gasto no mês que passou para tentar cortar
despesas. É possível identificar muitas despesas desnecessárias que ninguém
notava. A partir desse momento deve ser feita uma programação com base no
que foi identificado e enxugados todos os gastos feitos sem controle. As
despesas aprovadas para o mês seguinte, conforme a análise do que se viu no
mês passado devem ser registradas no orçamento. Todas as despesas devem
passar por uma análise criteriosa, e sofrer cortes programados para o próximo
mês. Os valores estipulados deverão ser aprovados por todos, constituindo
assim os limites para todas as despesas que poderão ocorrer no próximo
período de um mês.
E assim esta pronto o Orçamento Doméstico devendo ser obedecido,
acompanhado e ajustado mês após mês. Ele vai determinar o quanto pode ser
gasto em cada item de despesa da casa e no fim do mês, terá que sobrar
dinheiro.
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CAPÍTULO II
ADMINISTRAÇÃO DO ORÇAMENTO
Administrar significa tomar decisões sobre os variados assuntos que
interferem nas nossas vidas. Administrar nosso dinheiro é tomar as decisões
do que faremos com ele. É importante fazer o acompanhamento do Orçamento
Doméstico de forma que os valores previstos sejam respeitados. É preciso
estabelecer nossos objetivos e persegui-los, para isso é importante que nosso
estilo de vida esteja de acordo com a nossa realidade econômica. As decisões
financeiras implicam na mudança de comportamento em relação ao nosso dia
a dia. Cada vez mais reduzir despesas é fundamental, no início talvez não seja
possível poupar, mas já reduzir o saldo negativo é importante. A utilização do
Orçamento Doméstico acompanhando mês a mês, fazendo as previsões
corretas e cortando despesas desnecessárias, torna-se possível alcançar o
equilíbrio financeiro.
2.1 – O consumismo
É cada vez mais difícil se conter aos apelos do consumo,
principalmente em datas comemorativas (Dia das mães, pais, crianças
Páscoa), mas além dessas datas somos tentados a consumir a todo o
momento. As novidades tecnológicas também nos fazem querer estar sempre
à frente, com equipamentos e aparelhos cada vez mais modernos. Não
devemos consumir para adquirir status, isso é um grande erro. É importante
ressaltar que não é errado consumir, isso ajuda a gerar empregos,
desenvolvendo a economia. Devemos estar atentos aos exageros do consumo,
que pode nos levar a não conseguimos guardar dinheiro e gastarmos mais do
que ganhamos. Precisamos aprender a nos policiar e escolher a hora certa de
comprar, dizer não é necessário e devemos estar atentos para não nos
tornarmos excessivamente ambiciosos.
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Também devemos tomar cuidado com as liquidações e promoções e
fazer um uso indiscriminado dos cartões de créditos. Precisamos aprender a
deixar de consumir agora para consumirmos numa oportunidade mais
favorável. Por isso é importante ter cuidado com o que se gasta para dar
melhor destino ao dinheiro que sobrar, e mais importante caso falte o dinheiro
não cair na armadilha dos cheques especiais.
2.2 – As armadilhas da inadimplência
Hoje temos muitas facilidades de crédito para comprar. O cartão de
crédito o cheque especial, porém pagamos um preço sobre esse dinheiro que
não temos no momento, ou seja, os juros, que estão cada vez mais altos. É
comum observar que alguns financiamentos com prazos, por exemplo, de 12
meses, no final o dinheiro gasto daria para comprar dois produtos iguais. A
melhor opção é fazer uma poupança e comprar a vista, e ainda solicitar um
desconto. É importante estarmos atentos as seguintes dicas para evitarmos o
endividamento a ponto de nos tornarmos inadimplentes:
• Fazer uma pesquisa de preço antes de comprarmos qualquer
produto;
• Ser extremamente cuidadosos e não avançar no limite do cheque
especial, pois as taxas de juros são elevadas. Esse limite não
deve ser visto como um salário a mais;
• Na utilização de cheque pré-datado anote os números dos
cheques na nota fiscal ou pedido e inclua esses valores no
Orçamento Doméstico;
• Evitar o parcelamento de contas no cartão de crédito, devido aos
elevados juros;
• Controlar as despesas no cartão de crédito, incluindo a anuidade,
para que se torne possível o pagamento integral da fatura. Os
juros cobrados no parcelamento da dívida são elevadíssimos.
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2.3 – Organizando as compras
Conforme foi explicado no item anterior pagar à vista será sempre a
melhor opção segundo Luís Carlos Ewald. É preciso saber negociar, não ficar
com vergonha de pedir descontos, pois o dinheiro é seu e muito lhe custou
para ganhar.
Qualquer outra modalidade que não á vista embute um valor para
compensar o prazo para receber o dinheiro. Conforme explica Luís Carlos
Ewald mesmo nas compras no cartão de débito onde o dinheiro é debitado na
hora da conta corrente do cliente. A loja só receberá alguns dias depois, já
descontados a comissão do cartão. E esses custos são repassados no preço
da mercadoria.
O cartão de crédito é o famoso “dinheiro de plástico”, que permite o
pagamento até 35 dias para o comprador pagar. As lojas dependendo do tipo
de atividade são oneradas por uma taxa que varia entre 2% e 6% e leva 30
dias para receber do cartão, e se caso ela queira receber antes terá que pagar
mais 5%/mês de juros. Conforme explica Luís Carlos Ewald, é impossível não
pensar que isso não seja repassado para os preços. Por isso devemos estar
atentos aonde se vai fazer as compras, principalmente comparando os preços
em função do modo de pagamento.
2.3.1 – Cuidado com o marketing de consumo
Segundo Luís Carlos Ewald, os shoppings e supermercados concorrem
entre si e são considerados os templos do consumo, e são especialistas em
marketing do consumo. Por exemplo, veja algumas estratégias que são
montadas para fazer as pessoas gastarem mais:
ü Não se vê relógios, de modo que se gasta um tempo distraído com
as ofertas;
ü Não existem janelas para não tirar a sua atenção das compras;
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ü O chão é escorregadio para que as pessoas não andem depressa,
e assim olhar as ofertas e comprar mais;
ü Os produtos mais importantes, de maior concorrência e de melhor
preço, estão lá no fundo do supermercado, fazendo com que as
pessoas passem por várias outras ofertas antes de chegar lá.
Por isso precisamos estar atentos e levar para o supermercado uma lista
de compras bem organizada para que se possa economizar e aproveitar as
ofertas. É importante também conhecer algumas regras primárias para
enfrentar as compras nos supermercados, conforme explica Luís Carlos Ewald:
ü Ir ao supermercado somente após as refeições, pois quem está
com fome gasta mais;
ü O comprador deve ser a mulher da casa, pois já se sabe que o
homem quando não acostumado a ir ao supermercado, acaba
comprando mais sem precisar;
ü Quando possível deixar as crianças em casa, pois geralmente as
crianças têm a mania de encher o carrinho de supérfluos;
ü Conferir sempre os preços da prateleira com aqueles registrados
no caixa, muitas vezes eles não conferem;
ü Se possível aproveitar os dias que os supermercados tendem a
ser mais baratos, que são de terça a quinta e domingos;
ü Ter sempre uma lista prévia das compras necessárias, para
comprar de forma planejada e racional, evitando assim cair nas
armadinhas de marketing.
A lista de compras é importante não somente para o supermercado,
mas para shoppings ou para a compra de lembranças da viagem de férias,
conforme explica Gustavo Cerbasi. É importante ter uma referência do que
quer e isso ajuda a focar e pesquisar preços e permite economizar tempo para
outras atividades.
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2.4 – Roteiro de compras
O autor Gustavo Cerbasi apresenta um roteiro de orientação para as
compras com o objetivo de melhorar nossas escolhas para comprar mais e
gastar menos.
Teto
Conforme explica Gustavo Cerbasi é preciso estabelecer um teto, ou
seja, não saia de casa sem saber a verba disponível para o consumo
pretendido. Consultar o orçamento antes é sempre melhor. E na pior das
hipóteses, consulte o seu extrato bancário e do cartão de crédito, caso pense
em pagar as contas no cartão de crédito. Se planeja comprar algo já sabendo
que não têm recursos para pagar, faça as contas em casa e tenha em mente
os limites para um financiamento: prestação, taxas de juros que quer assumir,
prazo máximo para o contrato de financiamento.
Lista
Conforme já foi mencionado no item anterior não devemos fazer
supermercado com fome, o cérebro nos fará comprar mais alimentos. Isso
também vale para roupas, antes de aproveitar as oportunidades faça uma
varredura no guarda-roupa, e anote o que você sente que esta em falta. Ao
fazer essa revisão encontraremos peças de roupas esquecidas, e que podem
voltar a ser utilizadas, evitando assim compra de itens que já temos.
Pesquisa
Desenvolva o hábito da pesquisa, é preciso conhecer o preço daquilo
que se compra. Faça uma lista genérica relacionando os itens que você
sempre compra, e anote os preços a cada compra. Aproveite os folhetos
distribuídos pelos supermercados com as promoções da semana, isso nos
poupa de uma pesquisa, pois os produtos anunciados costumam ter preços
equivalentes ou abaixo da concorrência.
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Bens de grande valor
Para a compra de bens de grande valor, como automóvel,
eletrodomésticos, pacotes de viagem e outros sonhos de consumo, exige um
preparo maior e muito mais cuidado do comprador. É preciso se preparar para
não ter a necessidade de tomar dinheiro emprestado e acabar pagando juros,
que encarecerão a sua compra. O planejamento é importante para que você
em vez de pagar mais, gaste menos do que vale a sua aquisição, utilizando o
dinheiro adquirido dos juros de sua poupança.
Objetivos
É importante definir os seus objetivos de consumo em curto, médio e
longo prazo. Os objetivos devem ser acordados com a família, assim todos
poderão contribuir e incluir objetivos importantes para a sua realização. Faça
uma lista desses objetivos com os seguintes itens: a) liste todos os objetivos;
b) estime o custo de cada objetivo; c) defina o prazo em que você deseja
alcançar cada objetivo; d) estabeleça a prioridade de cada objetivo, com notas
de 1 a 5, sendo o 1 o objetivo com maior prioridade e 5 o de menor prioridade.
Sendo assim, Gustavo Cerbasi explica que definindo os objetivos em consenso
com a família o que é mais importante como trocar de carro, viajar ou garantir a
independência financeira, e que esta também deve ser listada como sendo um
dos objetivos de consumo.
Exemplo da lista de prioridades:
Objetivos Custo Prazo Conclusão Prioridade
Independência financeira R$ 1.500.000 20 anos dd/mm/aaaa 1
Reformar a casa R$ 10.000 2 anos dd/mm/aaaa 5
Trocar de carro R$ 12.000 1 ano dd/mm/aaaa 3
Bicicleta das crianças R$ 400 6 meses dd/mm/aaaa 4
Férias na praia R$ 2.000 8 meses dd/mm/aaaa 2
Televisão de plasma R$ 3.000 1 ano dd/mm/aaaa 6
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Com os objetivos definidos você saberá o que não comprar, pois será
preciso se manter fiel ao seu planejamento para que seus objetivos sejam
alcançados.
Comunicação
Durante as compras é preciso tomar cuidado as armadilhas de vendas
do comércio, pois os vendedores são continuamente treinados a estarem
munidos de argumentos e pouco se importam com os problemas financeiros
do comprador. É por isso que devemos estar atentos e munidos de
ferramentas e estratégias de consumo que podem lhe render bons descontos e
compras mais eficientes, da seguinte forma: a comunicação com o vendedor, a
forma como respondemos as suas perguntas vai determinar a frequência da
conversa. A comunicação correspondida cria uma sintonia interpessoal que
nos torna mais abertos a propostas e ofertas feitas pelo vendedor dificultando
a recusa. Se você é uma pessoa fantástica de nada adianta provar isso para o
vendedor não mudará sua vida.
Evite se socializar
Não entre no jogo ao corresponder ao bate papo despretensioso
do vendedor, pois uma vez envolvido pelo sentimento de afinidade e amizade,
não será possível assumir uma postura agressiva nas negociações. É como
negociar com um amigo ou parente, ou seja a tendência e abrir mão de nossa
margem, valorizando o lucro no relacionamento. É preciso ser duro e desvie de
conversa fiada antes de fechar negócio.
Demonstrar sentimentos.
Não demonstre que gostou muito do produto que está sendo
apresentado, seja por um sorriso no rosto, pois é o código que o vendedor
precisa para saber que a compra está fechada. Procure se manter frio com
indiferença, mesmo que esteja diante de seu sonho de consumo.
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Pagamento á vista=desconto
O comércio tenta nos convencer que essa ideia é falsa e
definitivamente não é. A loja ao parcelar seus recebimentos possui custo
financeiro ao repassar suas duplicatas ou pré-datados, é por isso que ela tem
condições de dar um desconto para um único pagamento. Ela faz se quiser e
também não existe a obrigação. Se o produtor que você quer é oferecido em
várias lojas do varejo, vale a pena fazer uma pesquisa. É muito provável que
você encontre algumas com negociações diferenciadas com os fabricantes, ou
então lojas sem vínculo com financeiras e operadoras de cartão, que
oferecerão condições interessantes.
Negocie sempre
Não se deve perder a oportunidade de negociar. Se um vendedor
esta te auxiliando na escolha do produto esprema-o para conseguir preços e
condições melhores. Utilize a sensibilidade para sua fidelidade à marca, da sua
“intenção” de voltar futuramente para comprar mais. Quando conseguir o que
julgar melhor que o vendedor possa te oferecer parta para o gerente da loja e
use a mesma tática. Não tenha pressa de finalizar a compra, faça um teatrinho
ameaçando abandonar o que separou.
Controle os impulsos
Nunca tome a decisão de comprar na frente do vendedor ou
dentro da loja. Conforme Gustavo Cerbasi explica que nos centros de estudo
do varejo, lojas recebem a denominação de “ambientes de sedução”, com
cores, aromas, música e decoração arquitetados especificamente para nos
induzir à compra por impulso. É preciso experimentar negociar, pedir para
separar o item negociado e então sair da loja. É possível perceber que os
impulsos para a compra se refrearão e os argumentos pessoais voltarão a ser
mais racionais.
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Tenha o negociador ao seu lado
Gustavo Cerbasi orienta que se você não é um bom negociador,
assim como 50% da população, não se deve inventar a roda, leve um bom
negociador com você sempre.
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CAPÍTULO III
A UTILIZAÇÃO CORRETA DO CRÉDITO
Conforme explica Gustavo Cerbasi os cuidados com nossas finanças
não se limitam aos gastos e investimentos, nada é mais importante na vida
financeira do que seu crédito. Com o conceito vago e abstrato para a maioria
das pessoas, é em torno do seu mau uso que as instituições financeiras
montam suas estratégias e lucram no Brasil.
O crédito permite vivermos em lares melhores, contratar planos de
saúde, e quanto mais bem avaliado for nosso crédito, mais limites teremos no
cheque especial e no cartão de crédito, mais barato serão os nossos juros,
menos tarifa pagaremos e ainda receberemos mais mimos dos bancos e
prestadores serviços financeiros. Utilizar empréstimos e financiamentos de vez
em quando traz oportunidades de conhecer esse serviço financeiro, como criar
um histórico interessante para futuras negociações com seu gerente. Para
provar que você será bom usuário de crédito, é melhor mostrar um histórico
bem sucedido de uso, do que não ter o que mostrar.
Os autores Luís Carlos Ewald e Gustavo Cerbasi apresentam algumas
dicas para uma melhor utilização do crédito.
Cheque Especial
Em uma situação de emergência ou necessidade imediata
é possível à utilização do cheque especial já que é um crédito que fica
disponível na conta corrente. Porém, como explica Luís Carlos Ewald o custo
do cheque especial é muito alto, com taxas de juros que resultam em valores
impagáveis, se o uso for por muito tempo. Assim utilizar o cheque especial por
mais de alguns poucos dias é um suicídio financeiro e levará a baixo o esforço
de controle das contas domésticas.
Segundo Gustavo Cerbasi a maioria das pessoas vê o
limite do cheque especial como uma vantagem oferecida pelo banco. E quando
utilizado sem a devida consciência, é uma armadilha.
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Ceder nome a terceiros
Conforme explica Gustavo Cerbasi o banco e as
financeiras são especialistas em avaliar quem tem condições de honrar o
crédito, e pela análise do especialista você pode e a pessoa que lhe pede
ajuda não. Há muito crédito disponível antes de uma instituição chegar a
conclusão de que certo cliente não têm mais condições de receber dinheiro. Ao
emprestar o nome você poderá assumir a dívida e complicar a sua situação de
crédito. A questão do fiador também é perigosa, para o bem do relacionamento
recuse. É possível a utilização de seguro fiança, que oneram um pouco os
empréstimos, mas que preservam relacionamentos.
Emprestar dinheiro a parentes e amigos
Gustavo Cerbasi orienta a jamais emprestar dinheiro a
alguém que você goste, pois isso mais cedo ou mais tarde, resultará em
desgaste do relacionamento. O correto é ajudar essa pessoa de outras formas,
ajudando-a encontrar alternativas de crédito ou até mesmo doando seu tempo
e seu trabalho. Assim não se cultiva expectativas passíveis de frustração.
Decidir por impulso
Não se deve tomar dinheiro emprestado sem analisar o
orçamento e traçar um plano para conseguir pagar o compromisso assumido.
A consequência é o pagamento de mais juros ou assumir uma prestação que
poderá comprometer ainda mais a situação financeira nos próximos meses. A
qualquer oferta de crédito do seu banco, mesmo que você precise, analise com
calma e faça as contas.
Não pesquisar alternativas
É preciso sempre comparar as condições de financiamento
de uma loja com outra, por exemplo, a compra de um carro, que conforme
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Gustavo Cerbasi explica nada pesa mais do que a taxa de juros de seu
financiamento.
Não ler contratos
A orientação é antes de firmar qualquer contrato de
financiamento ou empréstimos, solicite a minuta do contrato da operação e
leve para ler em casa. Dando atenção minuciosa as cláusulas que se referem
os casos de atraso no pagamento ou desistência do contrato. As operações de
crédito com condições nitidamente abaixo do mercado costumam embutir
multas e outros custos contratuais para o caso de violação do trato original. Há
também armadilhas contratuais relacionadas ao fator de correção das parcelas
e custos adicionais para disfarçar a taxa de juros anunciada menor. O correto é
não ter pressa de assinar seu contrato e jamais fazer sem esclarecer 100%
das dúvidas.
Usar o crédito rotativo do cartão de crédito
É uma das alternativas mais caras do mercado em qualquer
lugar do mundo, por isso o raciocínio é o mesmo do cheque especial, ou seja,
nunca use. A orientação de Cerbasi é se perceber que não será capaz de
pagar o total da fatura na data do vencimento, solicite um empréstimo no valor
necessário para quitá-la. Assim você evitará outra cara, e de rápida
multiplicação, e assumirá uma dívida mais barata, paga em prestações
conhecidas e selecionadas de acordo com o espaço no orçamento.
Permitir o acúmulo de dívidas
A situação de compromissos financeiros em atraso,
estando sujeito à simples acumulação de juros elevados, além de multa, juros
de mora e tempo dedicado a resolver situações complicadas, o melhor a fazer
quando se detecta ou prevê uma situação de atraso é parar tudo e traçar um
plano. Cerbasi orienta a contas que estão um pouco atrasadas ou está prestes
a entrar em atraso, entrar em contato com o credor e verificar alternativas. Se
for preciso, estude a possibilidade de um empréstimo que cubra juros menores
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do que a situação de inadimplência. Se os custos do empréstimo agravarem o
problema, desista e pense em algo que possa ser vendido rapidamente para
fazer caixa. Aja o quanto antes. Não permita o acúmulo de dívidas nas
alternativas mais caras de crédito, pois é o mesmo que assinar um contrato
antecipado de sua ruína financeira.
Esperar caducar uma dívida
Não é pequeno o número de pessoas que acreditam que para
se livrar de uma dívida, não pagam e esperam cinco anos para a dívida
caducar. Cerbasi explica que não é bem assim, segundo o Código de Defesa
do Consumidor, o nome do inadimplente deve permanecer nos cadastros dos
devedores, como os da SERASA e do SPC, por no máximo cinco anos. Isso
não quer dizer que, após cinco anos, o inadimplente deixará de ser devedor.
Significa que ele não poderá ter seu nome naquelas listas, o que facilitará
novos empréstimos. Porém, ele continuará devedor sim, e poderá ser
judicialmente obrigado a pagar suas dívidas com seus bens se o juiz assim
entender. Se aproveitar do nome limpo para fazer novas dívidas apenas
agravará a situação, aumentando seu endividamento e, consequentemente, o
risco de perder os bens.
Solicitar crédito quando é realmente necessário
Conforme Gustavo Cerbasi o pior momento para solicitar
empréstimo é quando você realmente precisa dele. O gerente do banco ou
atendente de financeira ao receber sua solicitação de dinheiro vai interpretar
da seguinte forma: você não sabe lidar com dinheiro esta em dificuldades e
precisa de um pouco do dinheiro dele. E esse socorro não tem como lhe custar
barato. O certo é estar preparado para a necessidade, cuidando de negociar
as melhores condições de crédito, em algum momento em que você tenha a
certeza de que não precisa dele. Por exemplo, quando receber um bônus,
décimo terceiro ou dinheiro da venda de um carro, certamente nesta sua
situação, a última coisa de que você precisa é um empréstimo. Experimente
nesta situação pedir informações sobre seus limites de crédito. Esse é o
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melhor momento para conseguir condições mais vantajosas, importantes para
aqueles momentos em que não haverá margem para barganhar vantagens.
3.1 – Como construir um bom perfil de crédito
O autor Gustavo Cerbasi apresenta algumas regras para a construção
de um bom perfil de crédito. As características da vida financeira de uma
pessoa já denunciam o seu perfil. Por exemplo, o uso do cheque especial
frequentemente significa que utilizamos mal nossas oportunidades e, que por
isso não merecemos mais crédito. Outra interpretação é que se acessarmos
novas oportunidades de crédito, devemos compensar o risco elevado pela
instituição, e pagaremos bem mais por isso.
O cartão de crédito também não é diferente, ao utilizá-lo para cobrir a
falta de dinheiro ao final do mês fará do usuário um excelente cliente da
operadora de cartões em termos de resultado. Esse cliente jamais terá acesso
a privilégios, como juros reduzidos, limites maiores, seguros gratuitos e
acúmulo de milhagens. Também não se deve evitar o uso do cartão de crédito,
considerando um instrumento perverso limitará nossas possibilidades. O cartão
de crédito quando utilizado corretamente facilita o planejamento financeiro.
Para a melhor utilização do seu crédito, segue algumas regras
preciosas:
• Negocie quando você não precisar: Vá atrás do crédito quando
você reunir várias condições para demonstrar que não precisa
de crédito.
• Prefira financiamento ao invés de crédito: Na necessidade de
recursos, procure sempre resolver seu problema por meio de
financiamentos, antes de recorrer a empréstimos. A burocracia
para contratação é maior, mas o resultado será medido pela
economia no custo total da operação.
• Bom histórico de uso de crédito: Cultive boas histórias para
mostrar: seja pontual, guarde os comprovantes de quitação de
seus empréstimos e não ceda ao uso de empréstimos fáceis,
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como os do cartão de crédito e o cheque especial. Use o bom
histórico a seu favor na hora de negociar empréstimos ou
financiamentos relevantes.
• Substitua suas dívidas: Não importa o tipo de dívida que você
tenha, se tiver o conhecimento de alguma modalidade de crédito
que se mostre mais vantajosa do que a que está utilizando
verifique imediatamente o que precisa ser feito para que uma
modalidade substitua a outra. Crédito rotativo no cartão e
cheque especial devem ser substituídos por empréstimos
pessoais, e que, por sua vez, são menos vantajosos do que
empréstimos consignados, cujo pagamento é feito diretamente
com débito em folha, sem risco para o banco.
• Use com cautela e consciência: Se você deve ter plena
consciência das dimensões do risco e do compromisso que
estiver assumindo, crédito jamais será um problema na sua
vida. Para fazer um bom uso das oportunidades ao seu dispor,
as seguintes perguntas devem ser respondidas:
ü Minha necessidade pode esperar?
ü Tem algum bem que posso vender?
ü Já estudei todas as alternativas de crédito disponíveis para
meu caso?
ü Já conversei com meu gerente de conta no banco?
ü Escolhi a alternativa mais barata que estou disposto a
contratar?
ü Escolhida a modalidade de crédito, já estudei a simulação
dos pagamentos?
ü O preço a mais que pagarei valerá a pena?
ü O contrato referente ao produto de crédito foi estudado
minuciosamente na íntegra?
ü O prazo do pagamento escolhido é compatível com a
validade da aquisição?
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ü A prestação assumida é compatível com meu orçamento
doméstico?
ü Esse é mesmo o melhor momento de contrair uma dívida?
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CAPÍTULO IV
PLANEJANDO A APOSENTADORIA
Em um determinado momento de nossas vidas devemos começar a
nos preocupar com a aposentadoria. Para termos uma boa aposentadoria é
necessário conhecer nosso estilo de vida atual e planejarmos no estilo de vida
que gostaríamos de ter quando nos aposentarmos.
Uma coisa é certa, seja qual for nosso ideal para a vida de
aposentado, quanto mais cedo começarmos a guardar dinheiro, melhor.
Com mais tempo para juntar dinheiro, podemos investi-lo em
segmentos de maior risco, com taxas de juros mais atraentes.
Existem opções de poupança, como o Plano Gerador de Benefício
Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) são planos de
previdência privada, com o PGBL você pode adiar o pagamento do imposto de
renda até o momento do resgate, que irá ocorrer em longo prazo. Enquanto
isso, você vai ganhando juros também sobre o dinheiro que seria destinado ao
imposto de renda. As instituições que vendem esses planos cobram taxas de
carregamento e de administração, é importante pesquisar antes de escolher
em qual instituição comprar.
É preciso levar em consideração conforme orienta Gustavo Cerbasi
que, sua vida será mais longa que sua carreira e que a evolução da medicina
pode levá-lo ainda mais longe do que imagina e que ignorar isso é um risco,
pois pode obrigá-lo a trabalhar para sempre, se é que você conseguirá manter
sua empregabilidade até o final da vida.
A BM&F Bovespa apresenta o seguinte quadro de como se programar
para o futuro:
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Para ter uma
renda de...
Durante um
período...
Devo ter
aplicado um
total de...
A contribuição mensal
será de...
Pelo
período
de...
R$ 1000 15 anos R$ 106.688,97 R$ 317,15 15 anos
R$ 2000 15 anos R$ 213.385,55 R$ 634,33 15 anos
R$ 3000 15 anos R$ 387.757,02 R$ 1.152,69 15 anos
R$ 4000 15 anos R$ 426.771,11 R$ 1.268,66 15 anos
R$ 5000 15 anos R$ 533.463,88 R$ 1.585,83 15 anos
Com essa preocupação com o futuro que Gustavo Cerbasi orienta
também a alcançar o equilíbrio financeiro. Para isso ele adotou os seguintes
cálculos:
ü Qual a sua idade hoje?
ü Qual a idade prevista para sua aposentadoria?
ü Qual o prazo para a sua aposentadoria em anos?
ü Qual é a sua renda média mensal?
ü Qual é o gasto médio mensal de sua família?
ü Qual é o valor aproximado total de seus investimentos?
Uma avaliação do que seria uma situação de equilíbrio financeiro
desejável para seu padrão de vida, consumo, e para a sua idade é a
rentabilidade liquida anual obtida por investimentos conservadores. Os
investimentos conservadores são aqueles que você alocaria seus recursos
poupados para o longo prazo, pensando em segurança e certeza de ganhos,
sem negligenciar a orientação de especialistas.
Definições são importantes:
Rentabilidade bruta: é aquela que você obtém após pagar os custos do
investimento ou as taxas de administração de um fundo, mas antes de pagar o
Imposto de Renda e de abater a inflação do período. No caso de fundos, é a
rentabilidade divulgada nos relatórios do banco ou da corretora.
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Rentabilidade líquida: é aquela obtida após descontar, da rentabilidade
bruta, o Imposto de Renda devido no resgate e a taxa de inflação do período
medido.
Segundo Gustavo Cerbasi, a rentabilidade de investimentos
conservadores costuma estar entre 3% e 6% ao ano. Com boa orientação e
diversificação, e incluindo em sua carteira de investimentos fundos de renda
fixa, imóveis e uma pequena parcela de ações, você não terá dificuldades para
obter ganhos líquidos de até 8% ao ano.
Com as informações listadas e simulando as respostas as questões, o
próximo passo é calcular os indicadores:
ü Qual a sua idade hoje? 35 anos (A)
ü Qual a idade prevista para sua aposentadoria? 60 anos (B)
ü Qual o prazo para a sua aposentadoria em anos? 25 anos =(B)-
(A)
ü Qual é a sua renda média mensal? R$6.000 (C)
ü Qual é o gasto médio mensal de sua família? R$5.000 (D)
ü Qual é o valor aproximado total de seus investimentos?
R$100.000(E)
Os indicadores de sua situação patrimonial são os seguintes:
1- Patrimônio Mínimo de Sobrevivência (PMS)- é aquele que você
precisa ter para simplesmente pode dar rumo a sua vida em caso de
desemprego, doença ou planos frustrados em sua atividade de
negócios. A recomendação de Gustavo Cerbasi é que a reserva
financeira seja igual a seis vezes o valor de seu consumo mensal.
Ou seja:
PMS=6x[Gasto Médio Mensal da Família (D)]
Conforme o exemplo acima, os gastos mensais são de R$5.000 o
PMS recomendado é de seis vezes R$5.000, ou seja, R$ 30.000.
31
2- Patrimônio Mínimo Recomendado para sua segurança (PMR)-
são reservas financeiras que lhe permitam escolhas profissionais e
pessoais sem elevar o dinheiro a um grau de importância maior que
seus valores pessoais. O PMR deve constituir em uma reserva
financeira igual a doze vezes o consumo mensal de sua família, isso
se você tiver boa empregabilidade, caso seja autônomo com baixa
empregabilidade o recomendado é de vinte vezes seu consumo
familiar.
PMR=12x[Gasto Médio Mensal da Família (D)] para boa
empregabilidade
PMR=20x[Gasto Médio Mensal da Família (D)] para baixa
empregabilidade
3- Patrimônio Ideal para sua idade e situação de consumo (PI)- Ter
reservas suficientes para lhe assegurar a estabilidade de sua
situação presente não quer dizer que você está com a situação
financeira bem encaminhada. Ao longo de nossa carreira, é nossa
obrigação zelar pela construção de reservas financeiras suficientes
para mantermos nossa família durante o período de redução ou
esgotamento de nossa atividade profissional, ou seja, durante a
aposentadoria. Assim as reservas financeiras ideais aos 50 anos
devam ser maiores do que as que seriam recomendadas para uma
pessoa de 30 anos. A teoria mais utilizada entre os consultores
financeiros mundo afora é a que sugere para estarmos no caminho
certo de formação patrimonial, devemos ter acumulado 10% de
nosso gasto familiar anual a cada ano de vida.
PI=10% [Gasto Médio Anual da Família] x Idade
PI=10%x[12x Gasto Médio Mensal da Família (D)]x Idade
PI=10% x [12 x R$ 5.000] x 35
PI= R$ 6.000 x 35= R$ 210.000
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4- Patrimônio Necessário para a Independência Financeira (PNIF)-
é um péssimo negócio planejar o consumo do seu patrimônio
durante sua aposentadoria, pois se você acredita na evolução da
medicina e adota práticas de qualidade de vida que podem estender
seu prazo de validade aqui na Terra. Por esse motivo uma escolha
cautelosa e defensiva é planejar-se para viver apenas dos
rendimentos líquidos de seu patrimônio ou, então, dos rendimentos
mais um pequeno consumo de suas reservas calculando esse
consumo para que as reservas durem até você completar 120 anos.
É uma escolha mais trabalhosa, pois para dar certo, você precisará
ter um patrimônio bem maior do que o que seria necessário para
acabar em alguns anos. Afinal, seu objetivo deve ser (ao menos,
deveria ser) manter seu padrão de consumo ao longo do seu viver.
As suas necessidades atuais de consumo diminuirão, mas você não
desperdiçará a oportunidade de gastar com mais lazer, prazer e
diversão. Por isso o indicador da situação patrimonial ideal para você
nunca mais trabalhar na vida é o Patrimônio Necessário para a
Independência Financeira (PNIF), que supõe que os gastos anuais
familiares devem ser totalmente cobertos pelos rendimentos líquidos
de investimentos conservadores. O PNIF é calculado da seguinte
maneira:
PNIF=[Gasto Médio Anual da Família] / Rentabilidade Líquida
Anual de Investimentos
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CAPÍTULO V
PLANEJANDO O FUTURO: INVESTIMENTOS
É possível através de nossas escolhas viabilizar sobras de recursos
que possibilitem a poupar. Segundo Gustavo Cerbasi quem opta por viver um
padrão um pouco mais simples do que sua renda total permite, estará criada a
condição necessária para a poupança.
Gustavo Cerbasi também explica que poupar não é o mesmo que
investir. Quem poupa não necessariamente enriquece. Investir é multiplicar
suas reservas financeiras. Se você poupar com qualidade, reservando seu
dinheiro em alternativas financeiras que sejam eficientes em vencer a inflação,
você estará investindo. É preciso saber exatamente o que quer, pois alguma
força de vontade é necessária para abrir mão de desejos presentes para colher
mais desejos futuros.
5.1 – O Investidor
Segundo Gustavo Cerbasi, quem reserva sem saber exatamente como
funciona seu produto financeiro, sem noção de quanto poderá ter dentro de
alguns meses ou anos ou sem objetivos claros a alcançar, está seriamente
correndo o risco de estar apenas resevando dinheiro para algum impulso de
consumo, que deve ocorrer em breve. Está poupando, e não investindo. O
investidor multiplica riquezas para consumir muito mais em algum momento
futuro. Sem bons planos não há boas conquistas.
O investidor pode possuir três perfis, vai depender de sua capacidade
de assumir riscos:
Conservador: não pode ou não deseja correr riscos. Seu objetivo com o
investimento é proteger seu patrimônio.
Moderado: admite correr riscos, desde que não sejam tão elevados, em troca
da chance de obter maior rentabilidade para seu dinheiro.Seu principal objetivo
ainda é proteger o patrimônio.
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Agressivo (arrojado): seu principal objetivo é aumentar o rendimento sobre o
patrimônio. Por isso, não se intimida em aplicar grande parte de suas
economias em mercados mais arriscados.
Ser conservador, moderado ou agressivo em seus investimentos
dependerá da expectativa de quando atingir seus objetivos e resgatar suas
aplicações. Quanto maior o prazo, mais tempo terá para administrar os
investimentos, porém se sua expectativa é utilizar suas economias dentro de
um prazo curto, cinco anos, por exemplo, ser conservador em seus
investimentos é a melhor alternativa para minimizar os riscos.
Ao descobri qual o perfil de investidor três aspectos devem ser
considerados:
a) Liquidez – é o grau de facilidade com que podemos converter o ativo
(bem, investimento) em dinheiro, quanto mais fácil e rápido pudermos
converter um ativo em dinheiro, maior será sua liquidez. Por exemplo.
Se guardarmos dinheiro esperando uma boa oportunidade de negócio,
devemos investir em ativos com alta liquidez pois, aparecendo o
negócio aguardado, não termos muito tempo para realizá-lo, se estamos
guardando dinheiro para possíveis emergências, também devemos
privilegiar a liquidez.
b) Segurança – diz respeito ao risco percebido pelo investidor. Investir
significa assumir riscos para obter os retornos desejados. De acordo
com nosso perfil podemos estabelecer o grau de risco que estamos
dispostos a assumir em função dos retornos esperados. Se não
quisermos assumir riscos, vamos investir em aplicações conservadoras,
somos mais arrojados, vamos investir em aplicações agressivas.
c) Rentabilidade – é o retorno que esperamos obter com o investimento
efetuado.
É importante saber que os três aspectos nunca se encontram no mesmo
tipo de investimento: não podemos ter um investimento líquido, seguro e
rentável ao mesmo tempo. O mais comum é encontrar tais aspectos em
grupos de dois, isto é, num determinado investimento terá liquidez e
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segurança, mas com baixa rentabilidade; noutro teremos liquidez e
rentabilidade, mas, para isso assumiremos maiores riscos, e finalmente em
outro, termos segurança e boa rentabilidade sem, contudo, termos liquidez.
5.2 – Onde investir?
É importante entender que investir significa adiar nosso consumo hoje
para planejar gastos futuros.
Segundo Gustavo Cerbasi saber exatamente o que você está fazendo
com suas sobras de dinheiro é um passo fundamental para o enriquecimento.
Independentemente da escolha que fizer para seus investimentos, você se
sentirá mais seguro se permanecer informado, conhecer as características do
risco e rentabilidade, acompanhar de perto seus ganhos, apurar com precisão
os tributos a pagar e manter-se em dia com a Receita Federal.
Seguem abaixo as opções de investimentos:
5.2.1 - Caderneta de Poupança
É considerada a forma mais comum de investimento, e a mais
conservadora das aplicações existentes no mercado financeiro. A aplicação
em caderneta de poupança deve ser considerada, já que o primeiro passo para
investir é poupar. Os rendimentos na caderneta de poupança são pequenos e
existem outras opções que rendem mais.
A segurança na caderneta de poupança é limitada por meio do Fundo
Garantidor de Crédito (FGC), o governo garante a liquidez dos depósitos
efetuados em cadernetas de poupança até o valor de R$ 60.000,00. É uma
garantia que se dá BA hipótese de decretação de intervenção, liquidação
extrajudicial ou falência de instituição ou ainda na hipótese de o Banco Central
reconhecer o estado de insolvência da instituição.
Em maio de 2012 o governo mudou a fórmula do cálculo da
rentabilidade da poupança, com o objetivo de evitar saques dos fundos e
aplicações atreladas à selic para a poupança. A mudança foi necessária para
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que a caderneta de poupança não rendesse mias do que a renda fixa,
conforme a reportagem do Estadão.Com de 30/05/2012. (ANEXO 2)
5.2.2. - Imóvel
A compra da casa própria faz parte da nossa cultura, significa
segurança, um investimento seguro, é por isso, um objetivo a ser perseguido.
Existem duas formas de se analisar a compra de um imóvel como
investimento:
a) Compra do primeiro imóvel - a compra do primeiro imóvel é uma
forma diferente de investimento, pois se está investindo em algo que
fará parte do seu patrimônio, pois ao longo do tempo proporcionará
uma rentabilidade por sua valorização. Dessa forma troca-se a
alocação dos recursos do aluguel para a compra do imóvel, e mesmo
que a parcela do financiamento seja maior que o montante destinado
ao aluguel, ainda assim é considerado como uma poupança.
b) Investindo em imóveis – Segundo BM&F Bovespa ao consideramos
a possibilidade de comprar imóveis como investimentos é preciso
lembrar que a rentabilidade, nesse caso, é dada pelo valor do
aluguel recebido (+) a valorização do preço do imóvel (-) a
depreciação (-) despesas. É importante esclarecer que neste tipo de
investimento além da baixa liquidez existem riscos.
5.2.3 – Títulos de renda fixa
Conforme a BM&F Bovespa títulos de renda fixa são papéis
representativos de uma dívida, são títulos emitidos por empresas ou pelo
governo, os quais pagam juros por eles. Quando compramos um titulo de
renda fixa nos tornamos credores do emissor.
Ao comprar um título de renda fixa é como e fizéssemos um contrato
emprestando dinheiro às empresas ou ao governo que, por sua vê, e
compromete a pagar juro fio em intervalo regulares.
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Os exemplos de títulos de renda fixa são as debêntures, que
representam dívidas de uma empresa, e o Certificado de Depósito Bancário
(CDB), um título emitido por banco que paga juro prefixado ou pós fixados. É
preciso ter cuidado com os CDBs que estiverem pagando taxas muito maiores
que as do mercado. Um banco que esteja pagando taxas muito altas pode
estar com dificuldades para captar recursos no mercado, o que pode ser um
indicativo de problemas com sua saúde financeira.
Os títulos públicos são títulos de renda fixa que pagam juro. Títulos
públicos são papéis emitidos pelos governos (federal, estadual e municipal) e
representam sua dívida. Atualmente os títulos públicos mais negociados são os
títulos públicos federais. É possível investir neles diretamente via internet, por
meio do Tesouro Direto.
5.2.4 – Ações
Conforme a BM&F Bovespa ação é um título representativo da menor
parcela do capital de uma empresa juridicamente constituída como uma
sociedade por ações. Quando essa empresa tem lucro, ela pode reservar parte
deles para distribuir aos acionistas: essa parcela do lucro distribuída chama-se
dividendo.
As ações podem ser ON (ações ordinárias nominativas), que dão direito
a voto nas assembleias de acionistas da empresa, ou podem ser PN (ações
preferenciais nominativas), que dão preferência a seu proprietário no
recebimento de dividendos e não têm direito a voto.
A aplicação em ações, ou seja, para negociar ações precisamos de uma
corretora de valores ou de uma distribuidora de valores.
A corretora de valores é uma instituição financeira autorizada a
funcionar pelo Banco Central do Brasil e é fiscalizada por ele e pela Comissão
de Valores Mobiliários (CVM). As corretoras fazem a intermediação entre os
compradores e vendedores de ações na Bolsa. Elas podem operar no pregão
eletrônico da Bolsa, efetuar lançamentos públicos de ações, administrar
carteira ou custodiar valores mobiliários, organizar e administrar clubes e
fundos de investimento, dentre outras atividades e mercados.
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A Bolsa é o local que oferece condições e sistemas necessários para a
realização da negociação de compra e venda de títulos e valores mobiliários,
de forma transparente. Além disso, possui atividades de autorregulação, que
visa preservar elevados padrões éticos de negociação e divulgar as operações
executadas com rapidez, amplitude e detalhes.
A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVEPA) centraliza
as negociações com ações e títulos de renda fixa.
Existem três formas de participar do mercado de ações:
Clubes de Investimentos
Os clubes são uma forma de investimento coletivo que congrega
pessoas de seu relacionamento. É um clube, na qual você pode chamar
amigo, familiares, colegas de trabalho e investir em ações.
Para formar um clube, é preciso cadastrá-lo em uma corretora de
valores, que atuará como administradora e cuidará de todos os documentos e
registros necessários, orientara na elaboração do estatuto social (documento
de criação do clube) e poderá fazer a gestão da composição da carteira de
ações do clube.
O Clube de Investimento deve ter no mínimo três e no máximo 150
pessoas, um cotista será o representante dos investidores, que, em conjunto
com a corretora escolhida e após os registros legais, decidirá sobre a gestão
do clube. Todo Clube de Investimento deve ter no mínimo 51% do dinheiro
aplicado em ações. Os 49% restantes poderão ser investidos, por exemplo, em
renda fixa.
Fundo de Investimentos
Os fundos de investimentos são produtos de instituições financeiras,
também constituídos como investimentos coletivo. Ao aplicarmos num fundo
de investimento estamos comprando cotas (parcelas desse fundo) e nos
tornando cotistas.
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Os fundos são regulamentados e fiscalizados pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), e podem ser compostos por papéis de renda variável
(ações) ou de renda fixa (debêntures, notas promissórias, CDB, dentre outros).
Na escolha do fundo em que aplicaremos, devemos analisar o
regulamento, a política de investimentos, quem são o administrador e o gestor,
como é sua performance e quais são as taxas de administração.
Clubes e fundos podem ser uma boa opção de investimento para
aqueles que não têm tempo de acompanhar o mercado e seus vários detalhes.
Devemos estar atentos aos custos envolvidos na aplicação. O principal é a
taxa de administração, que é uma despesa que o clube ou o fundo tem com o
administrador, além da taxa outros custos podem ser cobrados: taxas de
performance, despesas legais, taxas de gestão de carteira e etc.
Investimento individual
Existe também a possibilidade de fazer nossos investimentos
individualmente, que é quando adquirimos as ações diretamente, sempre
utilizando as corretoras como intermediárias. É preciso procurar uma corretora
de valores credenciada pela BM&F BOVESPA, fazer o cadastro e conversar
com a corretora que lhe indicará as melhores oportunidades de investimento,
quando decidir envie sua ordem de compra ou venda por telefone ou internet
(Home Broker).
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CONCLUSÃO
O planejamento financeiro é um assunto quem vem sendo bastante
discutido, através de livros, palestras e reportagens de televisão. O atual
momento econômico do país fez mudar o comportamento de compra da
população.
Hoje em dia desejos de consumo tornaram-se realidade, como a compra
do carro, viagens e produtos e serviços que se tornaram mais populares.
E a grande questão é que não nos ensinaram a lidar com as finanças e
o planejamento. E por isso podemos enfrentar dificuldades por não ter tido
informações que nos auxiliassem a conviver melhor com os problemas de
consumo.
O jovem chega ao mercado totalmente despreparado com relação as
suas finanças, aumentando o índice de inadimplência. E pessoas com
restrições de crédito, não é uma situação que faz bem para a economia do
país, as pessoas precisam consumir, adquirir bens e serviços.
O planejamento financeiro é importante para que se viva com mais
tranquilidade, precisamos aprender a esperar a hora certa de comprar,
aprender a dizer não, não utilizar indiscriminadamente o cartão de crédito e
não fazer do cheque especial uma parte do salário.
As dívidas e a falta de dinheiro geram preocupações e isso afeta a sua
qualidade de vida. O consumo de bens e serviços deve ser algo prazeroso,
principalmente quando estamos preparados.
É importante planejar o nosso futuro e dos nossos filhos, pois hoje com
a evolução da medicina os programas de qualidade de vida, a nossa
expectativa de vida é maior, por isso é preciso planejar agora.
A aposentadoria não deve ser entendida como abandono total do
trabalho e a estagnação da renda, pode significar o começo de novos projetos,
sonhos que ainda podem ser realizados, por isso o objetivo é planejar-se para
a independência financeira.
41
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Planilha de orçamento doméstico;
Anexo 2 >> Internet;
42
ANEXO 1
ORÇAMENTO DOMÉSTICO
Orçamento Doméstico Mês_________ano_______
TOTAIS Receita liquida R$ Morar R$ Comer R$ Vestir R$ Ir e Vir R$ Cuidados Pessoais R$ Estudar R$ Saúde R$ Lazer R$ R$ Despesas Financeiras R$ Despesas R$ SALDO R$ MORAR Aluguel/Prestação R$ Condomínio R$ Manutenção R$ Impostos/Seguros R$ Água/Luz/Gás R$ Empregados R$ Telefones R$ Internet R$ Bens Adquiridos R$ Outros R$ Total R$
43
COMER Supermercado R$ Feira R$ Açougue R$ Padaria R$ Refeições R$ Outros R$ Total R$
IR E VIR Estacionamento R$ Combustível R$ Oficina R$ Passagens R$ Seguro de Veículo R$ Outros R$ Total R$
SAÚDE Seguro Saúde R$ Seguro de Vida R$ Médicos R$ Psicólogos R$ Dentista R$ Fisioterapia R$ Exames R$ Farmácia R$ Outros R$ Total R$
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VESTIR Roupas de Homem R$ Roupas de Mulher R$ Roupas de Criança R$ Calçados de Homem R$ Calçados de Mulher R$ Calçados de Criança R$ Outros R$ Total R$
CUIDADOS PESSOAIS Corte/Escova R$ Manicure R$ Depilação R$ Xampus/Cremes R$ Barba/Cabelo R$ Academia R$ Outros R$ Total R$
ESTUDAR Colégio R$ Faculdade R$ Material Escolar R$ Cursos R$ Livros R$ Jornais e Revistas R$ Mesada/Merenda R$ Outros R$ Total R$
45
LAZER TV a Cabo R$ Locadora R$ CDs/DVDs R$ Restaurante R$ Cinema R$ Teatro R$ Shows/Eventos R$ Clube R$ Viagens R$ Outros R$ Total R$
DESPESAS FINANCEIRAS Imposto de Renda a Pagar R$ CPMF R$ Juros de Empréstimos Bancários R$ Juros de Cheque Especial R$ Juros de Rotativo de Cartão de Crédito R$ Anuidades de Cartão de Crédito R$ Multas por Atrasos Diversos R$ Tarifas Bancárias R$ Outros R$ Total R$
46
ANEXO 2
INTERNET
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,nova-regra-da-poupanca-passa-a-
valer-com-selic-a-85,114421,0.htm Nova regra da poupança passa a valer com Selic a 8,5% A partir desta quarta-feira, com a taxa básica de juros em 8,5%, passa a valer o novo método de rentabilidade da aplicação no qual - de 70% da Selic mais variação da Taxa Referencial (TR) 30 de maio de 2012 | 20h 18 Yolanda Fordelone, do Economia & Negócios
SÃO PAULO - O gatilho da nova regra da caderneta de poupança foi acionado. A partir de hoje, com a taxa básica de juros em 8,5%, passa a valer o novo método de rentabilidade da aplicação financeira mais popular do País no qual o rendimento será de 70% da Selic mais variação da Taxa Referencial (TR). A mudança não afeta as poupanças antigas, que continuam a render 0,5% ao mês mais TR. É válida apenas as contas que forem abertas ou para novos depósitos nas já existentes.
"A caderneta de poupança é um instrumento de aplicação antigo, idealizado para permitir que o poupador não perdesse poder de compra contra a inflação. Na época, os juros eram elevados e ela não concorria com os títulos públicos", explica o professor da Escola de Negócios Trevisan, Alcides Leite.
Com os juros mais baixos, o governo decidiu mudar a fórmula do cálculo da rentabilidade da poupança. O objetivo é evitar uma onda de saques dos fundos e de outras aplicações atreladas à Selic rumo à poupança, além de abrir espaço para novas quedas dos juros.
"A queda do juro força as aplicações de renda fixa a renderem menos na medida em que são atreladas a títulos governamentais. Houve um
47
realinhamento para que a caderneta não rendesse mais do que a renda fixa", explica o professor do Ibmec, Gilberto Braga.
O grande problema de a poupança ter muita competitividade em relação às demais aplicações é que a migração entre os investimentos iria desequilibrar as contas do governo. Os fundos de renda fixa e DI são compradores de grande parte dos títulos públicos, instrumento de captação de recursos do governo.
Segundo Leite, a poupança é o investimento mais líquido do mercado, criado para atender investimentos de curto prazo. Se a regra antiga continuasse válida, esse objetivo seria deturpado. Isso porque os investidores sacariam os recursos dos fundos, programados para o médio e longo prazos, para colocá-los na caderneta. A poupança antiga, portanto, representava uma verdadeira trava para o governo alcançar seu objetivo de baixar ainda mais o juro.
De acordo com Braga, haveria outras maneiras para reduzir a competitividade da poupança - a redução da alíquota de Imposto de Renda que incide sobre os fundos, por exemplo. A segunda alternativa seria retirar o sistema "come cotas", imposto cobrado dos fundos de renda fixa a cada seis meses. "A verdade é que o governo não quis abrir mão da arrecadação", afirma.
Na prática, mesmo na nova regra, a poupança irá render um pouco mais do que os fundos, mas a diferença de retorno não é grande. Assim, especialistas não esperam uma migração entre as aplicações. Também contribui para isso o fato de que a grande maioria dos clientes são pequenos poupadores. Segundo dados do Banco Central, 67,3% dos clientes tem até R$ 5 mil depositados na caderneta. "Ou seja, a diferença de rendimento é pequena", comenta Braga.
48
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CERBASI, Gustavo. Como organizar sua vida financeira: inteligência financeira
pessoal na prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
EWALD, Luís Carlos, Sobrou dinheiro: lições de economia doméstica. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
BM&F BOVESPA, Apostila Educar BM&F BOBESPA Master, São Paulo, 2010.
INTERNET, http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,nova-regra-da-
poupanca-passa-a-valer-com-selic-a-85,114421,0.htm- acessado em 09/07/2012.
49
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
ECONOMIA DOMÉSTICA 09
1.1 – 1ª fase do orçamento 10
1.2 – 2ª fase do orçamento 10
1.3 – 3ª fase do orçamento 11
CAPÍTULO II
ADMINISTRAÇÃO DO ORÇAMETO 12
2.1 – O consumo 12
2.2 – As armadilhas da inadimplência 13
2.3 – Organizando as compras 14
2.4 – Roteiro de compras 16
CAPÍTULO III
A UTILIZAÇÃO CORRETA DO CRÉDITO 21
3.1 – Como construir um bom perfil de crédito 25
50
CAPÍTULO IV
PLANEJANDO A APOSENTADORIA 28
CAPÍTULO V
PLANEJANDO O FUTURO: INVESTIMENTOS 33
5.1 – O investidor 33
5.2 – Onde investir? 35
5.2.1 – Caderneta de poupança 35
5.2.2 - Imóvel 36
5.2.3 – Títulos de renda fixa 36
5.2.4 – Ações 37
CONCLUSÃO 40
ANEXOS 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 48
ÍNDICE 49