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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA - UEL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
CENTRO DE LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS - CLCH
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Disciplina: 2SOC127 - TEORIA ANTROPOLÓGICA
Curso: Mestrado em Ciências Sociais
Carga Horária: 60 horas (4 créditos)
Ano Letivo: 2º sem/2015
Docente responsável: Celso Viana Bezerra de Menezes
EMENTA
Teorias antropológicas contemporâneas.
PROGRAMA
PARA UMA ANTROPOLOGIA DA PRÁTICA.
SETEMBRO (14, 21)
Apresentação do programa, da organização do curso e da avaliação.
ORTNER, Sherry B. “La teoría antropológica desde los años sessenta”. Cuadernos de Antropologia.
Editorial Universidad de Guadalajara, 1993.
ORTNER, Sherry B. “Uma atualização da teoria da prática”. In GROSSI, M. P.; ECKERT, C.; FRY, P.
H. (Orgs). Conferências e diálogos: saberes e práticas antropológicas. 25a. Reunião Brasileira de
Antropologia - Goiânia 2006. Blumenau/SC: Nova Letra, 2007. (?)
DEBERT, G. G. e ALMEIDA, Heloisa B. de. “Entrevista com Sherry Ortner”. Cadernos Pagu. (27), jul.-
dez. Campinas, 2006.
PÓS-MODERNIDADE NA ANTROPOLOGIA
SETEMBRO/OUTUBRO (28, 05)
CLIFFORD, James. “Sobre a autoridade etnográfica” In CLIFFORD, J. A Experiência Etnográfica. Rio
de Janeiro: Editora da UFRJ, 1998. (?)
TRAJANO FILHO, Wilson. “Que Barulho é Esse, o dos Pós-Modernos”. Anuário Antropológico/86.
Brasília: UNB/Tempo Brasileiro, 1988.
CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. “A Presença do Autor e a Pós-Modernidade em Antropologia”. Novos
Estudos CEBRAP. Nº 21, Julho de 1988. São Paulo.
MARCUS, George e CUSHMAN, Dick. “Las Etnografias como textos” In GEERTZ, C.; CLIFFORD,
James y Otros. El Surgimento de la Antropologia Posmoderna. Barcelona: Gedisa Editorial, 2003. (?)
CLIFFORD, James e MARCUS, George. Writing Culture. Berkeley: University of California Press,
1986.
CONFLITO, MUDANÇA E EXPERIÊNCIA.
OUTUBRO (12, 19)
GLUCKMAN, M. “Rituais de Rebelião na Zululândia”. Série Tradução Vol. 01, Brasília: DAN/UnB,
2011.
TURNER, Victor. Floresta de símbolos. Aspectos do ritual Ndembu. Niterói: Ed. UFF, 2005 (Introdução,
Cap. I: “Os símbolos no ritual Ndembu”; Cap. X: “Um curandeiro Ndembu e sua prática”). (?)
_________. Floresta de símbolos. Aspectos do ritual Ndembu. Niterói: Ed. UFF, 2005. (Cap. IV:
"Betwixt and Between: o período liminar nos 'ritos de passagem”). (?)
TURNER, Victor. Dramas, campos e metáforas: ação simbólica na sociedade humana. Niterói/RJ.: Ed.
UFF, 2008 (Apresentação e Cap. 1 “Dramas sociais e metáforas rituais”).
ESTRUTURA E PRÁTICA. ANTROPOLOGIA E HISTÓRIA.
OUTUBRO (26); NOVEMBRO (02)
SAHLINS, Marshall. Ilhas de história. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, Ed., 1990 (Introdução, Cap.1:
Suplemento à viagem de Cook e Cap. 5: Estrutura e História). (?)
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_____________. Cultura na prática. Rio de Janeiro: Ed.UFRJ, 2004 (Parte 3: Introdução, Cap.10 e
Cap.11).
_____________. História e cultura: apologias a Tucídides. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006 (Cap.2
Cultura e ação na história). (?)
_____________. Metáforas Históricas e Realidades Míticas.
MATTOS, Izabel Missagia de. “A história, a estrutura e seu interjogo no devir antropológico”. Revista
Mosaico, v.1, n.1, jan./jun., 2008.
FOUCAULT: O SUJEITO E O PODER.
NOVEMBRO (09, 16)
FOUCAULT, M. O Sujeito e o poder. In: Michel Foucault: uma trajetória filosófica para além do
estruturalismo e da hermenêutica. Hupert Dreyfus e Paul Rabinow. Forense Universitária: Rio de Janeiro.
2010. (?)
____________. As Palavras e as Coisas. São Paulo: Martins Fontes, s/ data. (Cap. X. As Ciências
Humanas).
____________. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979. (Cap. II. Nietzsche, a genealogia e a
história). (?)
____________. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense, 1995. (Introdução).
VEYNE, P. Foucault: seu pensamento, sua pessoa. Civilização Brasileira: Rio de Janeiro 2011.
(Introdução e capítulo 1).
__________. Como se Escreve a História; Foucault revoluciona a História. Brasília: UNB, 1982. (Cap.
Foucault revoluciona a História).
NOVAS TEORIAS DE CULTURA, SEUS IMPACTOS SOBRE A ETNOGRAFIA E CAMPO DE
CONHECIMENTO ANTROPOLÓGICO.
NOVEMBRO (23)
SHALLINS, M. “Cosmologias do capitalismo: o setor do transpacífico do „sistema mundial‟ 1988”. In
SAHLINS, M. Cultura na Prática. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2004.
BARTH, Fredrik. “Grupos Étnicos e suas Fronteiras”. In POUTIGNAT, P. e STREIFF-FENART, J.
Teorias de Etnicidade. São Paulo: Ed. UNESP, 1998. (?)
ALÉM DA DICOTOMIA NATUREZA/CULTURA.
NOVEMBRO (26, 30)
LÉVI-STRAUSS, C. A Antropologia diante dos problemas do mundo moderno. (cap. 3). São Paulo: Cia
das Letras, 2012.
DESCOLA, Philippe. “Ecologia e Cosmologia”. In CASTRO, Edna e PINTON, Florence (orgs.). Faces
do Trópico Úmido. Belém: Cejup: UFPA-NAEA, 1997. (?)
JACQUES, T. “Sobre o impacto da dicotomia natureza e cultura na Antropologia”. In: Antropologia em
Primeira Mão, 123. Florianópolis: PPGAS/UFSC, 2010.
CARNEIRO DA CUNHA, M. Cultura com Aspas. (cap. 18 e 19). São Paulo: Cosac Naify. 2009. (?)
INGOLD, Tim. “Humanidade e Animalidade”. RBCS, v.10 n.28 São Paulo jun. 1995.
ANTROPOLOGIA REVERSA/SIMÉTRICA
DEZEMBRO (07, 14, 17)
LATOUR, Bruno. Entrevista: “Por uma antropologia do centro”. Mana. 10(2). PPGAS/Museu Nacional.
Rio de Janeiro, 2004.
__________. Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches. Bauru: EDUSC, 2002. (Primeira
parte).
WAGNER, Roy. A Invenção da Cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2010. (Cap. I: "A presunção da
cultura"). (?)
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STRATHERN, Marilyn. O efeito etnográfico. São Paulo: Cosac Naify, 2014. ( Cap. 5: “Fora de
Contexto: as ficções persuasivas da antropologia”; Cap. 7: "O conceito de sociedade está teoricamente
obsoleto?"). (?)
FAVRET-SAADA, J. “Ser Afetado”. Cadernos de Campo. Revista dos alunos do PPGAS-USP. N. 13,
ano 14, 2005 - São Paulo: USP, FFLCH. (?)
GOLDMAN, M.; VIVEIROS DE CASTRO, E. “Abaeté, rede de antropologia simétrica”. Cadernos de
Campo. Revista dos alunos do PPGAS-USP. N. 14/15, 2006 - São Paulo: USP, FFLCH.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “O nativo relativo”. Mana, Rio de Janeiro: PPGAS/Museu Nacional,
v. 8, n. 1, 2002. (?)
_____________. Metafísicas Canibais. São Paulo: Cosac Naify, 2015. (Cap. 4. Imagens do Pensamento
Selvagem).
GOLDMAN, M. “O fim da antropologia”. Novos Estudos Cebrap. N. 89. São Paulo, 2011.
Procedimentos de Ensino
Aulas expositivas associadas a seminários a cargo dos alunos (dos quais devem participar ao menos duas
vezes ao longo do semestre) assim como formulação de questões, respostas e debates atrelados aos
tópicos contemplados a cada aula.
Avaliação e Critérios
1) Presença em sala de aula; apresentação de seminários; formulação de questões; participação nos
debates; 2) Elaboração de um artigo (ensaístico ou em forma de paper) a ser entregue em data indicada
pelo professor ao final do semestre.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
AUGÉ, M. Introduction: l´anthropologie sans histoire, l´anthropologie dans l´histoire (p.09-29). In: Augé,
M. Symbole, fonction, histoire: les interrogations de l´anthropologie. Paris: Hachette, 1979.
________. Agora somos todos contemporâneos. Revista Sexta Feira. Antropologia, Artes e
Humanidades. São Paulo, n.3, 1998 (Entrevista realizada por Paula Mira).
_____. L´espace historique de l´anthropologie et le temps anthropologique de l´histoire (p.09-29). In:
Auge, M. Pour une anthropologie des mondes contemporains. Paris: Aubier, 1994.
AUGÉ, M. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas, SP: Papirus,
1994 (110 pags.).
BALANDIER, G. O Dédalo. Para finalizar o séc. XX. R.J.: Bertrand Brasil, 1999.
BIERSACK, A. “Saber local, história local: Geertz e além” (p.97-130). In: Hunt, L. (Org.). A nova
história cultural. SP: Martins Fontes, 1995.
BOURDIEU, Pierre. “Esboço de uma teoria da prática”. In: ORTIZ, Renato (Org.). Pierre Bourdieu:
sociologia. São Paulo: Ática, 1983, p.46-81.
______. Libro 1: Crítica de la razón teórica. In: ______. El sentido práctico. 1a. ed. Buenos Aires: Siglo
XXI Editores, 2007, p.41-227.
FREIRE, L.L. Seguindo Bruno Latour: notas para uma antropologia simétrica. Comum, Rio de Janeiro,
v.11, n.26, jan.-jun. 2006, p.46-65.
GOLDMAN, M. “Como se faz um grande divisor?”. In: Goldman, M. Alguma antropologia. Rio de
Janeiro: Relume-Dumará, 1999.
KUPER, Adam. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru, SP: EDUSC, 2002.
LÉVI-STRAUSS, Claude ; AUGÉ, Marc ; GODELIER, Maurice. Anthropologie, histoire, idéologie.
L´Homme, juil-déc., 1975, XV (3-4), p.177-188.
PEIRANO, M. “O encontro etnográfico e o diálogo teórico” (p.131-160). In: Uma antropologia no
plural. Três experiências contemporâneas. Brasília, DF: Ed. UNB, 1992.
SAHLINS, Marshall. “O Pessimismo sentimental e a experiência etnográfica: por que a cultura não é um
“objeto” em via de extinção” (Parte I). MANA, v.3, n.1, 1997, p.41-73.
_______________. O pessimismo sentimental e a experiência etnográfica: por que a cultura não é um
“objeto” em via de extinção (Parte II). MANA, v.3, n.2, 1997, p.103-150.
SCHWARCZ, L. M. “Marshall Sahlins ou por uma antropologia estrutural e histórica”. Cadernos de
Campo, São Paulo, USP, ano 10, n. 9, 2000, p.125-144.
SCHWARCZ, L. M; GOMES, N. L. Antropologia e história. Debate em região de fronteira. Belo
Horizonte: Autêntica, 2000.
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SPERBER, D. O saber dos antropólogos. Lisboa: Edições 70, 1992.
VEYNE, P. et al. Indivíduo e poder. Lisboa: Edições 70, 1988 (Cap.1 e 2).
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “Lévi-Strauss nos 90: a antropologia de cabeça para baixo”
(Entrevista com Eduardo Viveiros de Castro), MANA, 4(2), RJ, 1998, p.119-126.
WACQUANT, Loïc J.D.; CALHOUN, Craig Jackson. Intérêt, rationalité et culture. A propos d´un récent
débat sur la théorie de l´action. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, n.78, juin 1989, p. 41-60.