UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
João Artur Trevisan Arnutti
A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE À
INCÊNDIO PARA AS EDIFICAÇÕES: ESTUDO DE CASO – CENTRO
DE TECNOLOGIA / UFSM
Santa Maria, RS, Brasil.
2018.
João Artur Trevisan Arnutti
A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE À
INCÊNDIO PARA AS EDIFICAÇÕES: ESTUDO DE CASO – CENTRO
DE TECNOLOGIA / UFSM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
curso de Engenharia Civil da Universidade
Federal de Santa Maria como parte dos requisitos
para obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Orientador: Prof. Dr. Rogério Cattelan Antocheves de Lima
Santa Maria, RS, Brasil.
2018.
João Artur Trevisan Arnutti
A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE À
INCÊNDIO PARA A SEGURANÇA DAS EDIFICAÇÕES: ESTUDO DE
CASO – CENTRO DE TECNOLOGIA / UFSM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
curso de Engenharia Civil da Universidade
Federal de Santa Maria como parte dos requisitos
para obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Aprovado em 19 de julho de 2018.
______________________________________
Rogério Cattelan Antocheves de Lima, Dr. (UFSM) (Presidente/Orientador)
______________________________________
Larissa Degliuomini Kirchhof, Dra. (UFSM)
______________________________________
Tatiana Cureau Cervo, Dra. (UFSM)
Santa Maria, RS, Brasil.
2018.
RESUMO
A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE À
INCÊNDIO PARA A SEGURANÇA DAS EDIFICAÇÕES: ESTUDO DE
CASO – CENTRO DE TECNOLOGIA / UFSM
AUTOR: João Artur Trevisan Arnutti
ORIENTADOR: Prof. Dr. Rogério Cattelan Antocheves de Lima
Acontecimentos recentes no país vêm trazendo foco para a área de prevenção e
combate a incêndios. Após o incêndio que causou a tragédia na Boate Kiss em
Janeiro de 2013, na cidade de Santa Maria/RS, as normas a respeito de
prevenção e combate a incêndios vem sofrendo atualizações constantemente.
Neste trabalho é apresentado um Projeto de Prevenção e combate a incêndio em
sua forma completa, onde são determinados os sistemas de segurança, medidas
preventivas e equipamentos necessários para evitar que ocorram novas tragédias,
seguindo normas, decretos e leis referentes a área. O projeto é referente a
edificação do Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria,
onde para a aplicação do projeto é seguida a Lei Complementar nº 14.376:2013
atualizada até a Lei Complementar nº 14.942:2016, que regulamenta o Decreto
Estadual nº 51.803:2014 atualizado até o Decreto Estadual nº 53.280:2016.
Como se trata de uma edificação existente não regularizada, os sistemas de
segurança aplicados a ela estarão de acordo com as normas vigentes, visto que
será realizado o dimensionamento como se nenhuma medida de prevenção e
combate a incêndios existissem na edificação. A partir dos estudos realizados a
respeito das medidas de prevenção e combate a incêndios, foi constatado que a
edificação encontrava-se em possível risco, visto que foram necessárias diversas
mudanças para adequar-se as normas atuais. Então, se a adequação as medidas
de segurança estudadas nesse trabalho for executada, pode-se concluir que uma
maior segurança para os usuários da edificação será alcançada, bem como uma
maior segurança ao patrimônio.
Palavras-chave: Incêndio. Prevenção e combate. Sistemas de segurança.
ABSTRACT
THE IMPORTANCE OF PREVENTION AND FIRE FIGHTING
PROJECT FOR THE SAFETY OF BUILDINGS: CASE STUDY –
TECHNOLOGY CENTER / UFSM
AUTHOR: João Artur Trevisan Arnutti
ADVISOR: Prof. Dr. Rogério Cattelan Antocheves de Lima
Recent events in the country have been bringing focus to the area of fire
prevention and combat. After the fire that caused the tragedy at the Kiss
Nightclub in January 2013, in the city of Santa Maria / RS, the norms regarding
fire prevention and combat have been constantly updated. In this work a fire
prevention and combat Project is presented in its complete form, where are
presented the safety systems, preventive measures and equipment necessary to
prevent new tragedies occur, following norms, decrees and laws related to the
area. The project is related to the construction of the Technology Center of the
Federal University of Santa Maria, where the application of the project is
followed by Complementary Law No. 14.376: 2013 updated until
Complementary Law No. 14.924: 2016, which regulates State Decree No.
51.803: 2014 updated until State Decree No. 53.280: 2016. As it is an existing
non-regularized building, the safety systems applied to it will be in accordance
with the current norm, since the design will be dimensioned out as if no fire
prevention and combat measures existed in the building. Based on the studies
carried out on fire prevention and fire-fighting measures, it was found that the
building was in a possible risk, since several changes were necessary to adapt to
current standards. Therefore, if the adequacy of the safety measures studied in
this work is carried out, it can be concluded that greater safety for users of the
building will be achieved, as well as greater security to the patrimony.
Keywords: Fire. Prevention and combat. Safety systems.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ART Anotação de Responsabilidade Técnica
CBPMESP Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo
CMBRS Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul
CT Centro de Tecnologia
DN Diâmetro Nominal
EP Escada Enclausurada Protegida
GLP Gás Liquefeito de petróleo
NE Escada não enclausurada ou Escada Comum
PCF Porta Corta-fogo
PF Escada Enclausurada a Prova de Fumaça
PPCI Projeto de Prevenção e Combate à Incêndios
PSPCI Plano Simplificado de Prevenção e Proteção contra Incêndio
RT Resolução Técnica
TRRF Tempo Requerido de Resistência ao Fogo
UFSM Universidade Federal de Santa Maria
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Triângulo do Fogo ................................................................................................... 15
Figura 2 - Quadrado do Fogo ................................................................................................... 17
Figura 3 - Classificação das edificações quanto a ocupação .................................................... 24
Figura 4 - Classificação quanto à altura ................................................................................... 25
Figura 5 - Classificação quanto ao grau de risco de incêndio .................................................. 25
Figura 6 - Classificação quanto ao grau de risco de incêndio .................................................. 26
Figura 7 - Classificação quanto à altura de armazenamento .................................................... 26
Figura 8 - Exigências para edificações e áreas de risco de incêndio ........................................ 27
Figura 9 - Estruturas com área construída menor ou igual a 750 m² e altura
menor ou igual a 12m ....................................................................................... 28
Figura 10 - Estruturas com área construída maior que 750m² e altura maior que 12m ........... 29
Figura 11 – Exigências para ocupações em subsolos .............................................................. 30
Figura 12 – Cálculo da população ............................................................................................ 31
Figura 13 – Posicionamento dos Extintores ............................................................................. 33
Figura 14 – Risco Classe A ...................................................................................................... 34
Figura 15 - Extintores da classe de risco B .............................................................................. 35
Figura 16 – Risco Classe C ...................................................................................................... 35
Figura 17 – Distância máxima a ser percorrida ........................................................................ 38
Figura 18 – Características construtivas ................................................................................... 39
Figura 19 – Tipos de escadas de emergência por ocupação ..................................................... 40
Figura 20 – Área reservada para cadeira de rodas em escada .................................................. 41
Figura 21 – Área reservada para cadeira de rodas em escada .................................................. 41
Figura 22 – Detalhe das escadas EP e PF ................................................................................. 43
Figura 23 – Detalhe da guarda e do corrimão .......................................................................... 44
Figura 24 - Tipos de retorno ..................................................................................................... 45
Figura 25 – Composição da brigada de incêndio ..................................................................... 46
Figura 26 – Exemplo das luminárias em planta ....................................................................... 48
Figura 27 – Posicionamento dos detectores de fumaça ............................................................ 51
Figura 28 – Classe dos materiais em função da ocupação ....................................................... 52
Figura 29 – Classificação dos materiais para revestimento do piso ......................................... 53
Figura 30 – Classificação dos materiais exceto revestimento do piso ..................................... 54
Figura 31 - Exemplos de projetos onde se tem indicado a classe dos materiais do piso. ......... 54
Figura 32 - Exemplos de projetos onde se tem indicado a classe dos materiais do forro, teto,
cobertura, paredes, acabamento e revestimento .................................................... 55
Figura 33 – Fachada envidraçada ............................................................................................. 56
Figura 34 - Selagem dos shafts ................................................................................................. 57
Figura 35 – Tempo requerido de resistência ao fogo ............................................................... 59
Figura 36 – Sinalização básica em saída de emergência em escada ........................................ 62
Figura 37 – Sinalização complementar continua em escada .................................................... 63
Figura 38 – Área de placas já predefinidas............................................................................... 64
Figura 39 – Tamanho predefinido para letras ........................................................................... 65
Figura 40 – Sinalização de proibição ....................................................................................... 66
Figura 41 – Sinalização de alerta .............................................................................................. 67
Figura 42 – Sinalização de orientação ...................................................................................... 68
Figura 43 – Sinalização de equipamentos ................................................................................ 69
Figura 44 – Sinalização contínua para rota de fuga.................................................................. 70
Figura 45 – Tipos de sistemas de hidrantes e mangotinhos ..................................................... 73
Figura 46 – Componente do ponto de hidrantes ou mangotinhos ............................................ 73
Figura 47 – Classificação dos sistemas quanto a classe de ocupação ...................................... 74
Figura 48 – Sistema de hidrantes e mangotinhos do tipo 1 ...................................................... 74
Figura 49 – Detalhamento da fachada sul do Anexo C ............................................................ 80
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Relação da população de cada pavimento e população total ................................. 77
Quadro 2 - Classe dos materiais de acabamento e revestimento .............................................. 81
Quadro 3 - TRRF da edificação pertencente a Classe E ........................................................... 81
Quadro 4 - Dimensões mínimas de saídas e portas .................................................................. 84
Quadro 5 - Dimensões mínimas das portas de auditórios e bibliotecas ................................... 85
Quadro 6 - Largura mínima das escadas .................................................................................. 86
Quadro 7 - Larguras mínimas das rotas de saída ...................................................................... 88
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 12 1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 12 1.2 OBJETIVO ..................................................................................................... 13
1.2.1 Objetivo geral: .............................................................................................. 13 1.2.2 Objetivos específicos: ................................................................................... 13 1.3 METODOLOGIA .......................................................................................... 13
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................... 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................. 15 2.1 CONCEITO DE FOGO ................................................................................. 15 2.2 MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO ............................................... 17
2.3 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO ...................................................... 18 2.4 CONCEITO DE INCÊNDIO ......................................................................... 19
2.4.1 Causas de incêndio ....................................................................................... 20 2.5 CLASSES DE INCÊNDIO ............................................................................ 20 2.6 PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS ..................... 21
2.6.1 Classes de ocupação e classes de risco ........................................................ 22
2.6.2 Cálculo da população ................................................................................... 30 2.6.3 Extintores de incêndio .................................................................................. 31 2.6.3.1 Capacidade extintora e distribuição para risco de incêndio classe A ........... 34
2.6.3.2 Capacidade extintora e distribuição para risco de incêndio classe B ........... 34 2.6.3.3 Capacidade extintora e distribuição para risco de incêndio classe C .......... 35
2.6.4 Saídas de emergência ................................................................................... 36 2.6.4.1 Portas ............................................................................................................. 37
2.6.4.2 Rampa ............................................................................................................. 38 2.6.4.3 Acessos ........................................................................................................... 38 2.6.4.4 Escadas ........................................................................................................... 39
2.6.4.4.1 Escada não enclausurada ou escada comum (NE) ......................................... 42 2.6.4.4.2 Escada enclausurada protegida (EP) .............................................................. 42 2.6.4.4.3 Escada enclausurada a prova de fumaça (PF) ................................................ 42
2.6.4.5 Guardas e corrimãos ...................................................................................... 43
2.6.5 Acesso de viaturas na edificação e áreas de risco ...................................... 44 2.6.6 Brigada de incêndio ...................................................................................... 46 2.6.7 Iluminação de emergência ........................................................................... 46 2.6.8 Detecção e alarme de incêndio .................................................................... 49
2.6.9 Controle de materiais de acabamento ........................................................ 52 2.6.10 Compartimentação vertical ......................................................................... 55
2.6.11 Segurança estrutural em situação de incêndio .......................................... 58 2.6.12 Plano de emergência ..................................................................................... 59 2.6.13 Sinalização de emergência ........................................................................... 60 2.6.14 Hidrantes e mangotinhos ............................................................................. 71 3 ESTUDO DE CASO ..................................................................................... 75 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO......................................................... 75
3.1.1 Classes de ocupação ..................................................................................... 75 3.1.2 Altura ............................................................................................................. 75 3.1.3 Grau de risco ................................................................................................. 76 3.1.4 Medidas de prevenção e combate à incêndios ........................................... 76 3.2 CÁLCULO DA POPULAÇÃO ..................................................................... 77
3.3 EXTINTORES DE INCÊNDIO ..................................................................... 77
3.5 BRIGADA DE INCÊNDIO ........................................................................... 79 3.6 COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL ........................................................ 79 3.7 CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO .................................. 80 3.8 SEGURANÇA ESTRUTURAL EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO.............. 81 3.9 HIDRANTES E MANGOTINHOS ............................................................... 81
3.10 DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO................................................... 82 3.11 PLANO DE EMERGÊNCIA ......................................................................... 83 3.12 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA............................................................. 83 3.13 SAÍDAS DE EMERÊNCIA ........................................................................... 84 3.14 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA ........................................................... 88
4 CONCLUSÕES ............................................................................................ 89 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 90
APÊNDICE A - PLANTA BAIXA PAVIMENTO TÉRREO .................................. 93
APÊNDICE B - PLANTA BAIXA 2º PAVIMENTO ................................................ 94
APÊNDICE C - PLANTA BAIXA 3º PAVIMENTO ................................................ 95
APÊNDICE D - PLANTA BAIXA COBERTURA ................................................... 96
12
1 INTRODUÇÃO
Desde que o ser humano conseguiu dominar o fogo, ele sempre teve grande
importância em sua vida, e é utilizado para seu conforto, aquecimento de alimentos,
iluminação, etc. Porém, apesar de sua ampla utilização, o fogo pode fugir de controle,
causando incêndios, nos quais, pode haver tanto grandes perdas materiais como de vidas
humanas (CAMILLO JR, 2013, p. 13).
À medida que a civilização evolui, os centros populacionais aumentam sua área e sua
quantidade de habitações, aumentando a concentração de pessoas, a proximidade das
construções e conseqüentemente aumentando o risco de causar incêndios. A mecanização e o
avanço da tecnologia favorecem o uso de materiais com grande facilidade de combustão no
interior das edificações, e equipamentos elétricos propícios à combustão. Visando a segurança
dos usuários, medidas de combate e prevenção a incêndios foram sendo adotadas, como o
desenvolvimento de aparelhos que visam combater e evitar que o fogo se espalhe, novas
técnicas para a extinção das chamas e novas legislações que visam reduzir possíveis incêndios
(BRENTANO, 2007, p. 37).
Ainda, segundo Brentano (2007, p. 37), devido ao histórico de acontecimentos em que
foram causadas perdas materiais e humanas no Brasil, a segurança contra incêndios aumentou
e atualmente uma variedade de leis e normas devem ser seguidas cada vez que uma edificação
for projetada e posteriormente construída, leis e normas que indicam as medidas que devem
ser seguidas na fase de elaboração de projetos, mecanismos necessários para a prevenção e o
combate de incêndios, caso o incêndio ocorra qual a conduta a ser seguida por seus usuários, e
a manutenção da edificação para evitar futuros problemas.
1.1 JUSTIFICATIVA
O risco de incêndio está presente em toda e qualquer edificação, podendo causar danos
materiais e a vida, e com isso a necessidade de um Projeto de prevenção e combate à
incêndios é de grande importância, onde o mesmo apresenta medidas necessárias para o
melhor uso possível da edificação. Regularmente as normas de segurança contra incêndios são
atualizadas buscando aumentar a segurança e minimizar os riscos nas edificações. Cada vez
que essas normas são atualizadas, cabe ao profissional (engenheiro civil ou arquiteto) buscar
conhecimento e atualizar-se a respeito de segurança contra incêndio para capacitar-se na
execução de PPCIs, e essa necessidade de atualizar-se causa uma grande falta de profissionais
13
especializados para sua execução. Na UFSM, há uma breve apresentação da área de segurança
contra incêndios nas disciplinas, e buscando uma capacitação e um aprofundamento do autor
na execução de PPCIs, torna-se de grande importância o desenvolvimento deste trabalho, bem
como um estudo de caso.
1.2 OBJETIVO
1.2.1 Objetivo geral:
O Objetivo principal deste trabalho é realizar o Estudo de Caso do Centro de
Tecnologia da UFSM, localizado em Santa Maria / RS, realizando um PPCI, onde o mesmo
visa identificar quais são os equipamentos de prevenção e combate a incêndio, bem como as
medidas necessárias de segurança contra incêndios que devem ser aplicadas nas edificações,
as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e as instruções técnicas do
corpo de bombeiros a serem seguidas para a maior segurança na edificação.
1.2.2 Objetivos específicos:
a) classificação da edificação quanto a ocupação, altura e grau de risco de incêndio;
b) exigências da edificação quanto as medidas de segurança a serem implantadas;
c) cálculo da população da edificação, bem como de cada pavimento;
d) aprofundamento a respeito dos equipamentos e medidas de segurança;
e) Estudo de caso, onde é feito um PPCI da edificação do Centro de Tecnologias
(CT), pertencente a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
f) apresentação das alterações necessárias feitas na edificação de acordo com as
normas vigentes.
1.3 METODOLOGIA
O método de pesquisa realizado nesse trabalho consiste em uma revisão bibliográfica a
respeito do tema Projeto de Prevenção e Combate a Incêndios (PPCI). Serão consultados
livros, normas, leis, decretos e instruções técnicas referentes à área. Posteriormente os
conhecimentos adquiridos serão aplicados de acordo com a legislação vigente a um estudo de
caso de um Projeto de Prevenção e Combate à Incêndio de uma edificação existente não
14
regularizada, a fim de definir quais são as medidas preventivas que devem ser submetidas à
adequação ou novas medidas que devem ser aplicadas a edificação, bem como fazer a
apresentação de um projeto detalhado.
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
Com a revisão bibliográfica, este trabalho visa realizar estudos referentes ao Projeto de
Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI). O trabalho é constituído em 4 capítulos.
Primeiramente no Capitulo 1, é realizada uma breve introdução sobre o tema
abordado, informando a importância da realização de um Projeto de Prevenção e Combate a
Incêndio para edificações, ainda será apresentada a justificativa e os objetivos específicos
buscados pelo trabalho.
Em seguida no Capitulo 2, serão apresentados o conceito básico de fogo, bem como as
classes e as causas de incêndio, e serão feitos estudos aprofundados dos principais sistemas de
prevenção e combate à Incêndio usados para a segurança nas edificações, normas e leis
necessárias para a realização do projeto, bem como resoluções técnicas e instruções técnicas
do Corpo de bombeiros Militar do Rio Grande do Sul e de São Paulo.
No Capítulo 3, será realizado um estudo de caso através do desenvolvimento de um
Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio destinado a edificação do Centro de Tecnologias
(CT) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
No Capítulo 4, será apresentada a conclusão do trabalho, serão apresentadas as
conclusões a respeito das medidas de segurança que foram necessárias e alterações que
necessitaram ser feitas na edificação existente para a mesma estar de acordo com as normas,
dificuldades encontradas, e ainda a importância da execução de um Projeto de Prevenção e
Combate a Incêndio para a formação do autor.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CONCEITO DE FOGO
O fogo pode ser definido como "uma reação química, denominada combustão, que é
uma oxidação rápida entre o material combustível, sólido, líquido ou gasoso, e o oxigênio do
ar, provocada por uma fonte de calor, que gera luz e calor" (BRENTANO, 2007, p. 39).
Para o fogo se iniciar, é necessário estar presentes três elementos: um material
combustível, oxigênio (comburente) e uma fonte de calor, formando assim o triângulo do
fogo.
Figura 1 - Triângulo do Fogo
Fonte: (BRENTANO, 2007, p. 39).
Combustível
É o elemento que está sujeito a queimar, podendo se encontrar no estado sólido,
líquido ou gasoso. No estado sólido, o combustível (madeira, papel) quando aquecido libera
gases que se misturam com o oxigênio do ar transformando-se numa mistura inflamável que
pode iniciar a combustão entrando em contato com uma superfície aquecida ou com apenas
uma fagulha (SIMIANO, 2013, p. 8).
No estado líquido (gasolina, álcool, acetona), ao ser aquecido, o combustível se
transforma em vapor, e misturam-se com o oxigênio do ar formando a mistura inflamável.
Os mesmos podem ser muito perigosos, por possuírem propriedades físicas que
tornam difícil a extinção das chamas, como a solubilidade onde, quanto mais solúvel é o
líquido, mais fácil será de tornar a mistura não inflamável (SIMIANO, 2013, p. 8).
16
Combustíveis no estado gasoso como o gás liquefeito de petróleo (GLP) ocupam todo
o espaço onde estão contidos, pois não possuem volume definido, com isso a mistura com o
oxigênio do ar torna-se fácil e muito perigosa (SIMIANO, 2013, p. 8).
Comburente
É o elemento que ativa as chamas quando combinado com os gases do combustível.
O oxigênio é o principal comburente, onde deve estar numa concentração igual ou maior a
16% para conseguir manter a combustão. Ainda há diferentes comburentes, como o
hidrogênio, que queima em meio ao cloro (SIMIANO, 2013, p. 9).
Calor
É o elemento responsável por iniciar as chamas, permitindo que as mesmas se
propaguem. É o causador da mistura entre os gases do combustível e do comburente, e pode
ser uma faísca, uma chama, o superaquecimento de um equipamento elétrico ou máquina, etc.
(CAMILLO JR, 2013, p. 19).
Reação química em cadeia
É interação entre combustível, comburente e calor. Consiste numa transferência de
calor entre as moléculas do material combustível, onde a molécula que se encontra em
combustão transfere calor para a molécula vizinha que se encontra intacta, assim liberando
novos gases que acabam se misturando com o comburente, e assim sucessivamente.
(BRENTANO, 2007, p. 39).
A presença desses quatro elementos, forma o quadrado do fogo, apresentado na Figura
2.
17
Figura 2 - Quadrado do Fogo
Fonte: (BRENTANO, 2007, p. 39).
2.2 MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO
Segundo Brentano (2007, p. 41), incêndios são causados devido a falhas humanas,
ainda na fase de projetos ou então devido a atitudes tomadas dentro da edificação. Além
dessas falhas, ainda se faz necessário a presença de um combustível, do oxigênio do ar, de
uma fonte de calor e da reação química em cadeia, causada pela mistura dos gases do
combustível e do comburente.
Atitudes tomadas pelos usuários que podem provocar um incêndio podem ocorrer
devido à imprudência no uso de fósforos, mal uso de equipamentos elétricos ou que usam
gases como o GLP, instalações elétricas onde há sobrecarga de energia devido ao mau uso,
etc. (BRENTANO, 2007, p. 41),
Todos estes fatores estão ligados a transmissão de calor, que pode se acontecer de três
maneiras, a condução ou contato, a convecção e a radiação.
Condução ou contato
É a transferência de calor, se da quando o calor é transmitido de molécula para
molécula no material, ou quando há contato com outro material, causando chamas. As chamas
podem se alastrar de um pavimento para outro pelas aberturas, quando em contato com
materiais combustíveis como cortinas, ou através da própria estrutura devido ao aquecimento,
como por exemplo, na laje de forro onde a mesma pode vir a esquentar o carpete do andar
superior (CAMILLO JR, 2013, p. 29).
18
Convecção
Pelo meio gasoso, a mistura dos gases dos combustíveis com o oxigênio do ar
aquecem outros materiais, até que os mesmos alcancem seu ponto de combustão e venham a
entrar em chamas. Ainda, as chamas podem ser agravadas devido a influência do vento, e se
alastrar facilmente dentro da edificação ou até mesmo para edificações vizinhas (CAMILLO
JR, 2013, p. 30).
Irradiação
Como o nome já diz, esse método de propagação se dá por meio de um material que
irradia calor para outros materiais próximos a ele, em todas as direções. Pode-se sentir a
radiação em forma de calor devido aos raios solares, ou quando houver aproximação ao fogo,
o mesmo ocorre com materiais que estão próximos as chamas, e com esse recebimento de
calor, podem entrar em combustão (CAMILLO JR, 2013, p. 32).
2.3 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
Os métodos de extinção do fogo se baseiam em neutralizar um dos três componentes
necessários para criar o fogo, são eles, o combustível, o comburente e o calor.
Extinção por isolamento
Consiste na retirada material combustível das chamas. Materiais sólidos podem ser
removidos com o auxílio de instrumentos para evitar queimaduras, gasosos podem ser
retirados quando fechados os registros de tubulações que fornecem o gás, e para os líquidos,
devido a queimarem na superfície onde há presença de ar, pode-se fazer o uso de drenos, para
drenar o conteúdo do tanque onde o mesmo se encontra presente. A extinção por isolamento é
praticamente impossível de se realizar em incêndios de edificações, devido a grande
quantidade de material (BRENTANO, 2007, p. 42).
19
Extinção por abafamento
Consiste simplesmente em impedir que comburente (oxigênio) continue em contato
com o material combustível assim impedindo a mistura dos gases do combustível e do
comburente. O método pode ser aplicado isolando o ambiente, ou fazendo-se o uso de espuma
aquosa para abafar as chamas. Na fase de projetos, fazendo a compartimentação de ambientes
evita-se que o incêndio se alastre para outros ambientes (BRENTANO, 2007, p. 42).
Extinção por resfriamento
Usa-se um agente extintor para diminuir a temperatura e interromper a geração de
gases feita pelo material combustível, assim se reduz a concentração da mistura dos gases e
com isso o fogo começa a ser controlado até ser extinto. O principal agente extintor é a água
(SIMIANO, 2013, p. 11).
Extinção química
Se da pela interrupção da reação química em cadeia. Faz-se o uso de um agente
químico específico em meio a mistura dos gases do combustível inflamável com o
comburente, assim, surge uma nova mistura não inflamável e quebra a reação química em
cadeia, extinguindo o fogo (SIMIANO, 2013, p. 12).
2.4 CONCEITO DE INCÊNDIO
De acordo com Seito (2008, p. 43), tem-se a definição de incêndio como "O incêndio é
o fogo fora de controle", assim, entende-se que incêndio é quando o fogo se alastra sem
controle podendo levar a fatalidades e grandes perdas materiais.
Devido à queima de materiais combustíveis liberando gases, o incêndio gera calor,
fumaça e chamas que podem prejudicar os usuários, onde as chamas podem levar a sérias
queimaduras e a fumaça pode causar lesões nos pulmões (SEITO, 2008, p. 44).
Originalmente, o princípio de incêndio começa pequeno, com pouco material em
combustão, até que em determinado momento foge de controle e afeta outros materiais
próximos, o teto, esquadrias, até que todos os materiais combustíveis do ambiente entrem em
combustão. Nesse momento, as temperaturas podem superar 1100 º C (SEITO, 2008, p. 46).
20
Causas de incêndio
Segundo Gomes (1998, p. 25), pode haver várias causas de incêndio como, por
exemplo, cigarros ou fósforos em latas de lixo, tomadas sobrecarregadas, fios elétricos
energizados, sem isolamento ou desprotegidos, equipamento elétrico funcionando
irregularmente, com alta temperatura ou centelhamento, ou então por causas acidentais como
vazamento de líquido inflamável, concentração de gás inflamável, combustão espontânea,
eletricidade estática ou então curto circuito em aparelho elétrico energizado.
2.5 CLASSES DE INCÊNDIO
Quando o material combustível está queimando, dependendo de sua natureza, o
incêndio pode ser classificado nas classes A,B,C,D e K. A classificação adotada no Brasil foi
desenvolvida pela National Fire Protection Association onde indica qual o agente extintor
necessário para determinado incêndio (CAMILLO JR, 2013, p 37).
O Incêndio Classe A é o incêndio que ocorre nos materiais sólidos, são incêndios de
superfície e profundidade, ou seja, queimam todo o material combustível. Deixam brasas,
cinzas e carvão depois de queimados. Incêndios da classe A podem ser apagados com o
resfriamento do material. São exemplos de materiais da classe A: madeira, tecido, algodão,
papel, etc. São usados os extintores de água pressurizada, extintores de espuma mecânica e
extintores de pó químico seco (BRENTANO, 2007, p. 40).
Os incêndios Classe B são classificados como incêndios que ocorrem em combustíveis
líquidos e gasosos, onde os mesmos queimam apenas na superfície e não deixam resíduos.
Incêndios da classe B são apagados pelo método do abafamento. São exemplos de materiais
da classe B: gasolina, álcool, óleo diesel, gases inflamáveis, GLP e os incêndios da classe B
podem ser extintos fazendo-se o uso de extintores a base de espuma mecânica, gás carbônico
e pó químico seco (SIMIANO, 2013, p. 12).
Incêndios que tem origem em equipamentos elétricos pertencem a Classe C. Podem
levar ao óbito se for usado um agente extintor incorreto, no caso, que conduza corrente
elétrica. Incêndios da classe C são apagados pelo método da extinção química. Os extintores
usados nessa classe são de gás carbônico e de pó químico seco (SIMIANO, 2013, p. 13).
Incêndio considerado Classe D são aqueles que ocorrem em metais combustíveis, onde
os mesmos queimam muito rápido devido a reação com o oxigênio atmosférico e atingem
elevadas temperaturas. São exemplos de metais combustíveis da classe D: antimônio,
21
magnésio, selênio, alumínio, chumbo, zinco, titânio, etc. São extintos usando-se extintores de
pó químico seco especiais (BRENTANO, 2007, p. 40).
Por fim, incêndios da classe K são aqueles que ocorrem em óleos vegetais e gordura,
tanto em cozinhas comerciais quanto industriais. São extintos fazendo-se o uso de extintores
que contém uma solução de acetato de potássio diluída em água, onde o fogo é extinto pelo
método abafamento (SIMIANO, 2013, p. 13).
2.6 PROJETO DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS
O PPCI é o projeto responsável pela proteção da edificação contra incêndios. É um
projeto exigido por órgãos públicos para todas as edificações existentes, onde o mesmo é
submetido a vistorias e liberação de alvarás, assim sendo fiscalizado e aprovado pelo Corpo
de Bombeiros do Rio Grande do Sul (CBMRS), buscando mais segurança para os usuários. É
elaborado por profissionais habilitados (engenheiros e arquitetos), onde os mesmos devem
seguir normas da ABNT, leis (Lei Complementar 14.376:2013 e suas respectivas
atualizações), decretos (Decreto 51.803:2014 e suas respectivas atualizações) e resoluções
técnicas (RT) referentes a prevenção e combate a incêndios. O projeto necessita ser entregue
ao Corpo de Bombeiros para sua aprovação, onde o mesmo deve conter memoriais
descritivos, plantas arquitetônicas com suas respectivas simbologias e laudos com suas
respectivas Anotações de responsabilidade técnica (ART). Ainda há uma versão mais simples
de PPCI, o Plano Simplificado de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PSPCI), usado em
algumas edificações de risco baixo e médio (até 3 pavimentos e menores que 750 m²) onde há
a possibilidade do proprietário ou responsável solicitar diretamente via internet através do
sistema integrado do Corpo de Bombeiros a análise da edificação sem a necessidade de
projetos e memoriais (RTCMBRS Nº 05 – Parte 3.1, 2016, p.3).
Segundo Brentano (2007) o projeto da edificação busca sempre atender três pontos
fundamentais, citados abaixo em ordem de importância:
a) a segurança da vida dos usuários, onde deve ser feito um esclarecimento de
possíveis focos de incêndio na edificação, bem como um treinamento adequado de
seus usuários para que os mesmos ajam de forma correta caso ocorra algum
incêndio, conseguindo evacuar o edifício;
b) a proteção da propriedade, onde a edificação recebe equipamentos para a proteção
contra incêndios, pois a mesma deve ser protegida por seu valor monetário,
histórico ou artístico;
22
c) a continuidade do processo de produção, onde determinadas áreas das estruturas
possuem valor extremamente altos, como documentos, arquivos, bancos de dados
ou até mesmo equipamentos, onde essas áreas devem estar protegidas por
equipamentos especiais (BRENTANO, 2007, p. 38).
Há duas formas de proteção consideradas num Projeto de Prevenção Contra Incêndio:
A proteção passiva, que segundo a ABNT NBR (14432/2001), é um conjunto de
medidas que quando incorporado ao sistema construtivo mantém a estrutura funcional e não
dá condições ao crescimento e a propagação do fogo durante um incêndio, dá possibilidade de
fuga para os usuários e acesso as viaturas de combate a incêndio. É feita na fase de projetos da
edificação e consiste no posicionamento correto de equipamentos mais propícios a incendiar,
compartimentação vertical e horizontal, espaço entre os edifícios, rotas de fuga, materiais de
revestimento que minimizam a propagação do fogo, implementação de aberturas resistentes
ao calor, escadas enclausuradas, etc.
E a proteção ativa, onde a mesma pode ser ativada manual ou automaticamente e é
constituída pelos equipamentos de proteção a incêndios, visa detectar incêndios na edificação,
fazendo-se o uso de alarmes, sensores, detectores de fumaça e calor, sistemas de hidrantes,
mangotinhos, extintores de incêndio, chuveiros automáticos (sprinklers), iluminação de
emergência, sistemas de exaustão de fumaça, etc. (SILVA, 2014, p. 32).
2.6.1 Classes de ocupação e classes de risco
A ABNT NBR (9077/2001), Saídas de emergência em edifícios, é a principal norma
da área de prevenção contra incêndios e é dela que a Lei Complementar 14.376:2013 faz uso
para instruir a elaboração de um PPCI. De acordo com a Lei Complementar 14.924:2016,
atualizada a partir da Lei Complementar de 14.376:2013, a classificação de uma edificação
quanto a sua ocupação e sua classe de risco, se dá sendo levadas em contas as seguintes
características conforme critérios constantes nas tabelas do Decreto 51.280:2016:
a) altura;
b) área total construída;
c) ocupação e uso;
d) capacidade de lotação;
e) grau de risco de incêndio;
Essas caraterísticas podem ser encontradas nas tabelas do Anexo A (classificação) e
Anexo B (exigências) do Decreto 53.280:2016.
23
De acordo com a Lei Complementar 14.294:2016 têm-se as seguintes definições para
as características de classificação das edificações:
Altura ascendente é a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível
da descarga ao ponto mais baixo do nível do piso do pavimento mais baixo da edificação.
Altura da edificação ou altura descendente é a medida em metros entre o ponto que
caracteriza a saída ao nível da descarga ao ponto mais alto do piso do último pavimento.
Como paramento externo da parede da edificação pode ser considerado o plano da fachada do
pavimento de descarga, se os pavimentos superiores constituírem corpo avançado com
balanço máximo de 1,20m (um metro e vinte centímetros), excluídas as marquises.
Já a capacidade de lotação é a quantidade máxima de pessoas em uma edificação ou
área de risco de incêndio, de acordo com a ocupação e demais características, cujo cálculo é
regulado pela RTCBMRS nº 11 – Parte 1:2016.
Ocupação ou uso é a atividade ou uso de uma edificação.
Após a edificação ser classificada em relação à classe de ocupação, deve ser feito sua
classificação quanto a sua altura e quanto ao grau de risco de incêndio.
Na figura 3 será apresentada a classificação quanto à ocupação das edificações de
acordo com a tabela 1 do Anexo Único do Decreto estadual nº 53.280:2016.
24
Figura 3 - Classificação das edificações quanto à ocupação
Fonte: (Adaptado de Decreto Estadual nº 53.280:2016, Anexo Único, Tabela 1, p. 10.).
Na figura 4, tem-sê apresentada a classificação da edificação quanto a altura, de
acordo com a tabela 2 do Anexo Único do Decreto estadual nº 53.280:2016.
25
Figura 4 - Classificação quanto à altura
Fonte: (Decreto Estadual nº 53.280:2016, Anexo Único, Tabela 2, p. 13.).
Por fim a classificação quanto ao grau de risco de incêndio na Figura 5, onde o mesmo
depende da consulta da Figura 6, que apresenta o valor da carga de incêndio de cada classe de
ocupação de acordo com a tabela 3 do Anexo Único do Decreto estadual nº 53.280:2016.
Figura 5 - Classificação quanto ao grau de risco de incêndio
Fonte: (Decreto Estadual nº 53.280:2016, Anexo Único, Tabela 3, p. 13.).
Na figura 6, tem-sê o grau de risco de incêndio das edificações, quanto à ocupação
destinada à educação ou cultura física, de acordo com a tabela 3.1 do Anexo Único do
Decreto Estadual nº 53.280:2016.
26
Figura 6 - Classificação quanto ao grau de risco de incêndio
Fonte: (Adaptado de Decreto Estadual nº 53.280:2016, Anexo Único, Tabela 3.1, p. 36.).
Na Figura 7 é apresentada a classificação das edificações quanto a altura de
armazenamento, usado em depósitos de grãos, equipamentos eletrônicos, etc, de acordo com a
tabela 3.2 do Anexo único do Decreto estadual nº 53.280:2016.
Figura 7 - Classificação quanto à altura de armazenamento
Fonte: (Adaptado de Decreto Estadual nº 53.280:2016, Anexo Único, Tabela 3.2, p. 60.).
27
Após a edificação ter sido classificada de acordo com as Figuras 3,4,5,6 e 7, classifica-
se a edificação de acordo com suas exigências.
Para estruturas existentes onde procura-se atualizar o PPCI, deve-se seguir a
RTCMBRS nº 5 – Parte 7:2016– Processos de segurança contra incêndios: Edificações e áreas
de risco existentes.
A classificação das edificações quanto as exigências é feita a partir da Figura 8, com
informações de altura e área da estrutura, onde a estrutura poderá pertencer ao grupo de
estruturas com área construída menor ou igual a 750m² e altura menor ou igual a 12m ou
então ao grupo de estruturas com área construída maior que 750m² e altura maior que 12 m,
de acordo com tabela 4 do Anexo B do Decreto Estadual nº 53.280:2016.
Figura 8 – Exigências para edificações e áreas de risco de incêndio
Fonte: (Decreto Estadual nº 53.280:2016, Anexo B, Tabela 4, p. 63.).
Para obter as exigências necessárias em estruturas com área menor ou igual a 750m² e
altura menor ou igual a 12 metros, usa-se a Figura 9, de acordo com a tabela 5 do Anexo B do
Decreto Estadual nº 53.280:2016.
28
Figura 9 - Estruturas com área construída menor ou igual a 750m² e altura menor ou igual a
12m
Fonte: (Decreto Estadual nº 53.280: 2016, Anexo B, Tabela 5, p. 64.).
Para obter as exigências necessárias em estruturas com área maior ou igual a 750m² e
altura maior ou igual a 12 metros, usa-se a Figura 10, de acordo com a tabela 6E do Anexo B
do Decreto Estadual nº 53.280:2016.
29
Figura 10 - Estruturas com área construída maior que 750m² e altura maior que 12m
Fonte: (Adaptado de Decreto Estadual nº 53.280:2016, Anexo B, Tabela 6E, p. 73.).
Para as ocupações onde o subsolo não é usado como estacionamento, as exigências são
apresentadas na Figura 11, de acordo com a tabela 7 do Anexo B do Decreto Estadual nº
53.280:2016.
30
Figura 11 – Exigências para ocupações em subsolos
Fonte: (Adaptado de Decreto Estadual nº 53.280:2016, Anexo B, Tabela 7, p. 106.).
2.6.2 Cálculo da população
O cálculo da população da edificação é baseado na RTCBMRS nº 11:2016 – Parte 1,
Saídas de emergência, onde a população de cada pavimento é calculada baseada na unidade
de passagem de acessos, descargas, rampas, escadas e portas.
Serão incluídas:
a) áreas de sacadas e terraços, exceto os dos grupos de edificações A,B e H;
b) áreas totais cobertas das edificações de classe F-6, F-11 e F-12;
Serão excluídas:
a) áreas de sanitários, corredores e elevadores das edificações da classe D e E;
31
b) áreas de sanitários e elevadores das edificações da classe C e F;
c) áreas de beirais e marquises;
A população da edificação é calculada a partir da Figura 12, onde a mesma apresenta
as unidades de passagem dos acessos, descargas, rampas, escadas e portas e a área necessária
para cada pessoa. Assim tem-se que a população total da edificação será o somatório da
população de cada compartimento da edificação.
Figura 12 – Cálculo da população
Fonte: (Adaptado de RTCMBRS nº11 – Parte 1 – Saídas de Emergência, 2016, Anexo A, Tabela 1, p. 30.).
Encerrados os procedimentos preliminares, têm-se então, o levantamento dos
equipamentos de proteção e combate a incêndios.
2.6.3 Extintores de incêndio
Extintor de incêndio trata-se de um cilindro contendo substâncias químicas, sólidas,
líquidas ou gasosas, que tem por finalidade combater imediatamente pequenos incêndios.
32
Devem ser considerados equipamentos adicionais, não podendo substituir sistemas de
combate mais complexos.
Para o dimensionamento do uso de extintores segue-se a RTCMBRS nº 14:2016,
Extintores de incêndio. Essa RT atende a Lei Complementar nº 14.376:2013 e suas
atualizações.
Ainda para a compreensão dessa RT, consulta-se a ABNT NBR 12693:2013, Sistema
de proteção por extintores de incêndio, o Decreto Estadual nº 51.803:2014 e a ABNT NBR
12962:2016, Extintores de incêndio - Inspeção e manutenção.
Os extintores que são feitos o uso nessa RT são do tipo A, B e C, podem ser portáteis
ou sobre rodas, devem ser mantidos com carga completa e condições perfeitas de operação,
atendendo a distâncias mínimas determinadas, estarem dispostos em locais visíveis e de fácil
acesso aos usuários, bem sinalizados, instalados em suporte ou em abrigo. Para o caso dos
extintores portáteis, devem atender as condições presentes apresentadas a seguir, de acordo
com a RTCMBRS nº 14:2016:
a) sua alça deve estar no máximo a 1,60m do piso e seu fundo no mínimo a
0,10m;
b) seu quadro de instruções deve estar disposto na parte frontal do extintor;
c) não devem estar expostos a temperaturas elevadas;
d) no mínimo, um extintor de incêndio adequado a(s) classe(s) de incêndio
existente(s) no local, no máximo a 5m da porta de acesso da entrada principal
da edificação, entrada do pavimento ou entrada da área de risco de incêndio;
No caso de casas de máquinas, casa de geradores, transformadores entre outros, os
extintores devem estar posicionados no lado externo, próximo a entrada, respeitando as
distâncias máximas de cada tipo de extintor.
Na Figura 13, são apresentadas as condições que os extintores devem estar dispostos
nas edificações, de acordo com a RTCMBRS nº 14:2016.
33
Figura 13 – Posicionamento dos extintores
Fonte: (RTCMBRS nº 14 – Extintores de Incêndio, 2016, Anexo B, p. 11.).
Ainda, de acordo com a RTCMBRS nº 14:2016, devem ser adotados extintores apenas
para as classes de incêndio nos locais onde o extintor cobre (raio). Quando houver mais de
uma classe de incêndio no local, recomenda-se adotar o mesmo aparelho extintor para atender
todas as classes de incêndio.
Para fogo em materiais combustíveis sólidos que queimam em superfície e
profundidade, deixando resíduos adotam-se extintores da classe A.
Para fogo em materiais sólidos que se liquefazem devido ao calor, substâncias líquidas
e gases inflamáveis, queimando somente em superfície, deixando ou não resíduos adotam-se
extintores da classe B. No caso de incêndios da classe B com gases inflamáveis, deve-se fazer
o uso apenas de extintores com carga de pó.
Para fogo em materiais elétricos, ou equipamentos energizados adotam-se extintores
da classe C.
34
Em cada pavimento deve haver no mínimo dois extintores, sendo um para incêndio
classe A e outro para incêndio classe B e C. Pode ser feito o uso de dois extintores de pó
ABC.
2.6.3.1 Capacidade extintora e distribuição para risco de incêndio classe A
Os extintores da classe de risco A devem ser selecionados de acordo com a Figura 14,
de acordo com a tabela 1 da RTCMBRS nº 14:2016, onde a classe de risco é obtida a partir da
Figura 5, apresentada anteriormente. Os requisitos mínimos podem ser atendidos com
extintores de maior capacidade, contanto que atendam a distância a percorrer.
Figura 14 – Risco Classe A
Fonte: (RTCMBRS nº 14 – Extintores de Incêndio, 2016, Tabela 1, p. 8.).
2.6.3.2 Capacidade extintora e distribuição para risco de incêndio classe B
Na figura 15, são apresentados os extintores referentes a classe de risco B, bem como
suas distâncias máximas a serem percorridas, de acordo com a tabela 2 da RTCMBRS nº
14:2016.
35
Figura 15 - Extintores da classe de risco B
Fonte: (RTCMBRS nº 14 – Extintores de Incêndio, 2016, Tabela 2, p. 8.).
2.6.3.3 Capacidade extintora e distribuição para risco de incêndio classe C
Os extintores da classe de risco C devem ser selecionados de acordo com a Figura 16,
de acordo com a tabela 3 da RTCMBRS nº 14:2016, onde essa classe de incêndio envolve
risco elétrico em equipamentos, e devem ser instalados próximos aos riscos especiais, como
casa de máquinas, casa de força elétrica, entre outros.
Figura 16 – Risco Classe C
Fonte: (RTCMBRS nº 14 – Extintores de Incêndio, 2016, Tabela 3, p. 9.).
36
Por fim, de acordo com a RTCMBRS nº 14:2016, para extintores sobre rodas, seu uso
é restrito somente quando este tem acesso a toda a área que devem proteger, sem serem
impedidos por portas, soleiras, degraus, equipamentos ou obstruções e tem sua proteção
restrita ao pavimento onde se encontram. Não é permitido ser usado unicamente na
edificação, necessitando a presença de extintores portáteis, e o cálculo da distância máxima se
da com um acréscimo de 50% nos valores apresentados nas Figuras 14, 15 e 16.
2.6.4 Saídas de emergência
Saída de emergência é o caminho usado pelos usuários de determinada edificação para
fazer a sua evacuação até sua área exterior em caso de incêndio. Sua rota de fuga pode ser
constituída por portas, halls, mezaninos, corredores, ou então por combinações com dois ou
mais elementos. Sempre buscando preservar a integridade física do usuário, além de
dimensionada com rotas de fuga é também dimensionada para o Corpo de bombeiros ter
acesso ao seu interior e poder combater o fogo ou então retirar pessoas.
Para fim de dimensionamento das saídas de emergência segue-se a RTCBMS nº 11 –
parte 1:2016, Saídas de emergência. Para a aplicação dessa RT faz-se a consulta nas seguintes
normas:
Lei complementar nº 14.376:2013 e suas atualizações;
Decreto estadual nº 51.803:2014 e suas atualizações;
ABNT NBR 9077:2001, Saídas de emergência em edifícios.
A classificação da edificação se dá quanto a sua altura, conforme a Lei complementar
nº 14.376:2013 e o Decreto estadual nº 51.803:2014. Os componentes que constituem as
saídas de emergência resumem-se em acessos ou rotas de saídas horizontais até escadas ou a
área externa, escadas, rampas, elevadores de emergência e descarga.
A largura das saídas é dimensionada em função do número de pessoas que usam a
edificação, onde os acessos são dimensionados em função do pavimento em que estão e as
escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior população,
de acordo com a RTCBMS nº 11:2016 – Parte 1.
O cálculo da população se dá conforme o Capítulo 2.6.2. Cálculo da população,
apresentado anteriormente no trabalho.
37
Dimensionamento das saídas de emergência:
a) a largura das saídas é dada pela formula: 𝑁 = 𝑃/𝐶, onde:
b) N é o número de unidades de passagem;
c) P é a população;
d) C é a capacidade da unidade de passagem, que corresponde ao número de pessoas
que passa por esta unidade em 1 minuto;
e) Unidade de passagem (UP) é a largura mínima para a passagem de um fluxo de
pessoas, fixado em 0,55m;
De acordo com a RTCBMS nº 11:2016 – Parte 1, a largura mínima é dada pela
multiplicação entre “N” e 0,55m, resultando na largura total das saídas, em metros, que pode
ser distribuída entre as saídas, se houver mais de uma, desde que respeite a largura mínima
individual (1,10 metros). No caso de mais de uma saída de emergência, o afastamento mínimo
entre elas deve ser de 10 m e deve ser medido no pareamento externo das paredes onde o
acesso principal deve conter de 60% a 70% das unidades de passagem.
2.6.4.1 Portas
De acordo com a RTCBMS nº 11:2016 – Parte 1, portas de acesso as rotas de saída
devem abrir no sentido do trânsito de saída, bem como portas de salas com capacidade
superior a 50 pessoas, e devem ser calculadas como previsto anteriormente, onde:
a) devem possuir dimensões mínimas de 80 cm, quando “N” for menos que 01
unidade de passagem;
b) largura de 1,0 m equivalendo a duas unidades de passagem e 1,60 m equivalendo a
três unidades de passagem, quando maiores que 1,50 m deverão possuir duas folhas;
c) portas de corredores, acessos, descargas de escadas ou ainda portas que tem acesso
ao espaço livre devem conter barra anti-pânico quando a população for maior que 200 pessoas
na edificação;
d) barras anti-pânico ainda devem estar presentes em portas de pavimentos e salas com
população superior a 200 pessoas.
38
2.6.4.2 Rampa
De acordo com a RTCBMS nº 11:2016 – Parte 1, as rampas se fazem necessárias nas
rotas de saída horizontal quando há necessidade de vencer 0,48 m de desnível e não for
possível a instalação mínima de três degraus ou ainda quando não for possível dimensionar
corretamente os degraus das escadas e devem estar presentes nas saídas das edificações para
disponibilizar mobilidade para deficientes físicos. Ainda necessitam estar dotadas de guarda
corpo e corrimão.
2.6.4.3 Acessos
De acordo com a RTCBMS nº 11:2016 – Parte 1, acessos devem ficar desobstruídos
todo o tempo e em todos os pavimentos, para oferecer um escoamento fácil e ágil dos
ocupantes da edificação obedecendo às larguras anteriormente citadas, além de terem pé
direito mínimo de 2,20 m, exceto quando presentes vigas ou vergas de portas, onde a altura
mínima deverá ser 2,10 m.
As distâncias máximas a serem percorridas para o usuário ficar seguro na edificação
constam na Figura 17. Deve ser considerado o caminho mais distante a ser percorrido na
edificação, de acordo com a tabela 3 do Anexo B da RTCBMS nº 11:2016 – Parte 1.
Figura 17 – Distância máxima a ser percorrida para ocupação E: Educacional e cultural
Fonte: (Adaptado de RTCMBRS nº11 – Parte 1 – Saídas de Emergência, 2016, Anexo B, Tabela 3, p. 33.).
39
A edificação deve ser classificada de acordo com a facilidade de propagação do fogo,
apresentada na Figura 18, de acordo com o Anexo B da RTCBMS nº 11:2016 – Parte 1.
Figura 18 – Características construtivas
Fonte: (RTCMBRS nº11 – Parte 1 – Saídas de Emergência, 2016, Anexo B, Tabela 2, p. 32.).
O uso da Figura 17 para edificações e áreas de risco de incêndio com características
construtivas classificadas em “Y”.
Para edificações com características construtivas com classificação “X“, reduzir as
distâncias a percorrer da Figura 17 em 30% (trinta por cento), exceto em edificações com área
total construída de até 750 m²;
Para edificações com características construtivas com classificação “Z“, aumentar as
distâncias a percorrer da Figura 17 em 30% (trinta por cento).
2.6.4.4 Escadas
40
De acordo com a RTCBMS nº 11:2016 – Parte 1, as escadas são necessárias em toda
edificação onde não haver saída para o nível livre exterior térreo, e seus tipos estão em
função da altura da edificação, que se encontram na Figura 19, de acordo com a tabela
4 do Anexo C da RTCBMS nº 11:2016 – Parte 1.
Figura 19 – Tipos de escadas de emergência por ocupação
Fonte: (Adaptado de RTCMBRS nº11 – Parte 1 – Saídas de Emergência, 2016, Anexo C, Tabela 4, p. 35.).
Onde:
a) “*” = Quando a área do pavimento for superior a 750 m², deverá ser escada
enclausurada protegida (EP);
b) NE = Escada não enclausurada (escada comum);
c) EP = Escada enclausurada protegida (escada protegida);
d) PF = Escada enclausurada à prova de fumaça;
Recomendações para dimensionamento de escadas:
Escadas devem ser construídas com material incombustível, Classe I ou Classe II-A,
conforme a Instrução técnica nº10/2011 do CBPMSP, devem possuir guarda-corpos em seus
lados abertos e corrimão em ambos os lados quando enclausurada, bem como serem
proporcionais ao número de pessoas que irão transitar por elas.
41
Ainda, de acordo com a RTCBMS nº 11:2016 – Parte 1, necessitam possuir áreas de
resgate com espaço reservado e demarcado para o posicionamento de pessoas em cadeiras de
rodas com dimensões de 0,80 m por 1,20 m a cada 500 pessoas de lotação por pavimento e
área de manobra com diâmetro de 1,50 m. Seus degraus devem possuir altura entre 16 e 18
cm, e sua largura ser dimensionada de acordo com a Lei de Blondel: 63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64
cm. Patamares devem ter no mínimo o comprimento igual à largura da escada.
Nas figuras 20 e 21 são apresentados modelos de escadas com área para resgate, de
acordo com a RTCBMS nº 11:2016 – Parte 1.
Figura 20 – Área reservada para cadeira de rodas em escada
Fonte: (RTCMBRS nº11 – Parte 1 – Saídas de Emergência, 2016, p. 12.).
Figura 21 – Área reservada para cadeira de rodas em escada
Fonte: (RTCMBRS nº11 – Parte 1 – Saídas de Emergência, 2016, p. 12.).
42
2.6.4.4.1 Escada não enclausurada ou escada comum (NE)
Para o dimensionamento da Escada não-enclausurada ou escada comum (NE), deve-se
seguir todas as recomendações descritas anteriormente, exceto a área de resgate para cadeira
de rodas.
2.6.4.4.2 Escada enclausurada protegida (EP)
Para o dimensionamento da Escada enclausurada protegida (EP), deve-se atender
todas as recomendações descritas anteriormente, e ainda ter suas caixas isoladas com as
paredes resistentes a no mínimo, 120 minutos de fogo, com portas de acesso corta-fogo
(PCF), resistentes a no mínimo 60 minutos.
Ainda devem possuir janela que abra para o ambiente exterior em todo o pavimento,
junto ao teto ou pelo menos 0,20 m deste, com peitoril a pelo menos 1,10 m do piso e largura
mínima de 0,80 m bem como no último pavimento possuir janela ou alçapão com área
mínima de 0,60 m² junto ao teto ou a pelo menos 0,20 m deste e ventilação permanente no
pavimento térreo ou no primeiro patamar intermediário com área mínima de 1,20 m².
2.6.4.4.3 Escada enclausurada a prova de fumaça (PF)
Para o dimensionamento da Escada enclausurada a prova de fumaça (PF), deve-se
atender todas as recomendações descritas anteriormente, e ainda ter suas caixas isoladas por
paredes resistentes a no mínimo, 240 minutos de fogo, com portas de acesso corta-fogo
(PCF), resistentes a no mínimo 60 minutos e ter acesso por antecâmaras com no mínimo 1,80
m de comprimento e 2,40 m de pé direito, não sendo necessárias no pavimento de descarga.
As antecâmaras ainda devem ser dotadas da mesma porta (PCF) da escada e possuir
dutos de ventilação, onde a abertura de ar deve estar junto ao piso ou 0,20 m acima do mesmo
com área mínima de 0,84 m² e a saída de ar junto ao teto ou a 0,20 m deste, também com área
mínima de 0,84 m². Sua distância vertical deve ser de no mínimo 1,8 m.
Na figura 22 é apresentado modelo de escada enclausurada bem como de escada
enclausurada a prova de fumaça.
43
Figura 22 – Detalhe das escadas EP e PF
Fonte: (RTCMBRS nº11 – Parte 1 – Saídas de Emergência, 2016, p. 15, p. 17.).
2.6.4.5 Guardas e corrimãos
Conforme RTCBMS nº 11:2016 – Parte 1, guarda corpos devem estar presentes em
todo corredor, passagem, escadas ou rampas quando houver desnível maior que 0,55 m. A
altura dos guarda corpos deve ser de no mínimo 1,05 m em patamares, escadas, corredores
entre outros, e podendo ser reduzida a 0,92 m nas escadas internas. Nas áreas externas, deve
possuir no mínimo 1,30 m e se vazados, não devem possuir abertura maior que 15 cm.
Corrimãos devem estar presentes em escadas e rampas, nos dois lados, e com altura
entre 0,80 e 0,92 m e devem estar afastados a 40 mm de paredes ou guardas onde se
encontram fixados. Em escadas maiores que 2,20 m de largura, deve possuir corrimão
intermediário com segmento de 1,20 a 1,80 m com espaçamento entre segmentos de no
mínimo 0,80 m.
Na figura 23, é apresentado o detalhamento dos corrimãos, e dos guarda corpos.
44
Figura 23 – Detalhe da guarda e do corrimão
Fonte: (RTCMBRS nº11 – Parte 1 – Saídas de Emergência, 2016, p. 23.).
2.6.5 Acesso de viaturas na edificação e áreas de risco
Fundamentais para o combate de incêndios onde as medidas de prevenção e combate a
incêndios não se fazem suficientes para o combate as chamas, o acesso as viaturas é essencial.
Para fim de dimensionamento segue-se a ITCBPMESP nº 06:2011, Acesso de viatura
na edificação e áreas de risco, e tem por objetivo possibilitar a aproximação e acesso das
viaturas e equipamentos de emergência do Corpo de Bombeiros às edificações e áreas de
risco, para combate de possíveis incêndios.
O dimensionamento do acesso de viaturas as edificações e áreas de risco apresentam
as seguintes definições a serem seguidas para as vias de acesso:
a) largura mínima de 6 metros;
b) suportar viaturas com peso de 25 toneladas distribuídas em dois eixos;
45
c) ter altura livre mínima de 4,5 metros e quando houver portão de acesso, o mesmo
deve apresentar as dimensões mínimas de 4 metros de largura e 4,5 metros de altura;
d) vias de acesso com mais de 45 metros devem possuir retornos circulares, em forma
de Y ou T, ou ainda retornos que garantam a entrada e a saída das viaturas;
e) na presença de passarelas, as mesmas devem possuir altura livre mínima de 4,5
metros.
Na figura 24 são apresentados os tipos de retorno que podem ser implantados nas
edificações, de acordo com a a ITCBPMESP nº 06:2011.
Figura 24 - Tipos de retorno
Fonte: (ITCBPMESP nº 05/2011 - Segurança contra incêndio – urbanística, p. 4.).
46
2.6.6 Brigada de incêndio
Brigadas de incêndio tem como objetivo preparar e treinar os funcionários de uma
edificação para estarem aptos a atuar na prevenção e no combate a princípios de incêndio,
evacuação da edificação e prestar primeiros socorros aos usuários, buscando minimizar os
danos ao patrimônio e a vida em caso de incêndio e seu dimensionamento se dá baseado na
RTBM – CCB nº 14:2009.
A brigada de incêndio deve ser composta por pessoas capacitadas para executar as
funções de brigadista, e devem se especializar com cursos de treinamento, estes com validade
de quatro anos. Ainda, deve atuar conforme o Plano de emergência contra incêndio.
O cálculo do número de pessoas é baseado na Figura 25, onde é necessária ainda, a
classe de risco da edificação.
Figura 25 – Composição da brigada de incêndio
Fonte: (Resolução Técnica nº 14 do Comando do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, 2009.).
2.6.7 Iluminação de emergência
A iluminação de emergência tem como objetivo providenciar iluminação suficiente e
adequada para a edificação, quando a edificação apresentar queda de energia. Uma edificação
bem iluminada e sinalizada é facilmente evacuada, sem causar confusão para encontrar
possíveis saídas.
O dimensionamento da iluminação de emergência se dá seguindo a ABNT NBR
10898:2013, Sistemas de iluminação de emergência.
47
Ou seja, sistema de iluminação de emergência deve sinalizar as rotas de fuga
utilizáveis no momento da evacuação, ainda em caso de abandono, a iluminação deve incluir
o tempo previsto para a evacuação e possíveis resgates.
Podem ser constituídos por:
a) blocos autônomos que são aparelhos constituídos por lâmpadas incandescentes,
fluorescentes. São constituídos por sensores que ativam a lâmpada na falta de
tensão ou na falta de iluminação no ambiente, e sustentado por baterias carregadas
com energia elétrica;
b) sistema centralizado com baterias recarregáveis que possuem carregadores
adequados ao tipo de bateria;
c) sistema centralizado com grupo motogerador que funcionam com óleo;
d) equipamentos portáteis, como lanternas e outros, posicionados em locais
estratégicos.
Ainda, sistema de blocos autônomos é o mais usual atualmente, e segue determinadas
exigências:
a) a fonte de energia deve estar localizada em local que não há acesso ao público em
geral e protegido contra incêndio, em ambiente protegido por paredes que resistam
a no mínimo 2 horas de fogo e em local que não apresente riscos de explosão.
b) as luminárias devem resistir por 1 hora a temperatura de 70º C, não devem ser
instaladas em pontos que causem ofuscamento da visão, ou seja, devem estar
instaladas em níveis que fiquem abaixo do nível da fumaça em caso de incêndio.
Devem estar presentes em áreas de risco e em áreas comuns, escadas, corredores e
áreas de fuga. Ainda podem ser classificadas como de balizamento (orientam a
saída da edificação) e de clareamento (iluminam os ambientes).
c) o circuito de alimentação não deve propagar chama, e deve estar embutido em
eletrodutos e caixas de passagem. No caso de eletrodutos externos, os mesmos
devem ser metálicos e é vetado o uso de ligações em série de pontos de luz em
qualquer eletroduto.
d) eletrodutos devem ser exclusivos para o sistema de iluminação de emergência,
podendo apenas estarem juntos a ele detecção e alarme de incêndio ou de
comunicação.
e) a autonomia não deve ser menor que 1 hora.
48
f) a iluminação deve assinalar todas as mudanças de direção, obstáculos, saídas,
escadas, etc. e não pode ser obstruída por anteparos ou arranjos decorativos. No
caso de símbolos e textos presentes na luminária, o fundo da mesma deve ser
branco com cristais refletindo a luz ou então transparente. Os símbolos e textos
devem estar na cor verde ou vermelha, com as letras reflexivas ou então o fundo
nas cores verde ou vermelho e textos na cor branca.
g) o projeto deve distribuir os pontos de luz de modo que haja uma uniformidade na
iluminação do local, com as luminárias intercaladas, de modo que uma falha em
uma delas não comprometa a iluminação do ambiente.
h) os pontos de iluminação devem estar posicionados de modo que na direção de
saída de cada ponto seja possível ver o ponto seguinte, com distância máxima de
15 metros e a distância máxima entre dois pontos de iluminação deve ser
equivalente a quatro vezes a sua altura em relação ao piso.
Na figura 26 estão apresentados modelos de posicionamento das luminárias.
Figura 26 – Exemplo das luminárias em planta
Fonte: (ABNT NBR 10898: Sistemas de iluminação de emergência, 2013, p. 27.).
49
2.6.8 Detecção e alarme de incêndio
Sistemas de detecção e alarme de incêndio consistem em um conjunto de elementos
que buscam garantir maior segurança para os usuários, avisando-os sobre possíveis
ocorrências de incêndios a partir de sons ou então avisos visuais que podem ser acionados
manualmente ou automaticamente, e ainda controlam os sistemas de segurança e combate
automáticos contra incêndio das edificações.
Detectam possíveis incêndios através de três fenômenos: a fumaça, o aumento da
temperatura no ambiente e a radiação de luz no ambiente devido às chamas.
Os sistemas de detecção e alarme de incêndio seguem a ABNT NBR 17240:2010,
Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e
manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio - Requisitos, para serem
dimensionados de acordo com as necessidades das edificações. Os tipos de sistemas são:
a) sistema de detecção convencional, onde é composto por um ou mais circuitos e
cada circuito está instalado em uma zona a ser protegida, quando um dispositivo é
acionado a central identifica o incêndio somente nessa zona.
b) sistema de detecção endereçável é composto por um ou mais circuitos onde cada
dispositivo recebe um endereço, assim quando o dispositivo é acionado ele pode
ser identificado pela central;
c) no sistema de detecção analógico a central monitora a todo tempo os dispositivos,
e diferente dos dois sistemas anteriores, o nível do alarme pode ser ajustado a
partir da central.
d) no sistema de detecção algorítmico a central monitora continuamente os
dispositivos usando um ou mais critérios para medir o ambiente num determinado
espaço de tempo é capaz de tomar decisões baseada nos valores de fumaça ou
temperatura.
Os sistemas precisam ser compostos de:
a) central de alarme: é o centro de comando do sistema, deve estar localizada em área
de fácil acesso, salas de controle, salas de segurança, na entrada de edificações,
bombeiros, e deve ser monitorada 24 horas por dia. Em caso de instalação em
locais diferentes dos citados anteriormente, busca-se a instalação de um painel
repetidor ou painel sinóptico, próximos a entrada da edificação. Em hipótese
50
alguma devem ser instalados próximos a materiais inflamáveis ou tóxicos, e devem
possuir rotas de fuga seguras para operadores bem como uma área de 1 m² em
frente aos equipamentos.
b) fonte de energia alternativa: Baterias para suporte dos equipamentos devem ser
instaladas em locais de fácil acesso e manutenção e, no caso de serem instaladas
no interior da central, devem ser seladas. Devem possuir autonomia para operar
todos os alarmes simultaneamente por 5 minutos, e em casos de abandono por 15
minutos.
c) circuitos: protegidos por eletrodutos exclusivos em materiais metálicos, aparentes
ou embutidos. Circuitos devem monitorar no máximo uma área de 1600 m², ou
seja, uma combinação de 20 dispositivos (detectores automáticos e acionadores
manuais).
d) detectores de fumaça: ativados na presença de gases ou partículas visíveis ou não,
originados da combustão de materiais.
e) detectores de temperatura: ativados quando a temperatura do ambiente ultrapassa
determinado valor. Ambientes onde os materiais no inicio da combustão não
geram quase nenhuma fumaça, apenas elevam sua temperatura.
f) detectores de chama: usados em áreas de armazenagem de materiais combustíveis,
e são ativados quando a chama entra em seu campo de visão.
g) acionadores: devem ser na cor vermelha, em local de trânsito de pessoas e após
acionados devem ter um tempo de chegada de informação a central de no máximo
15 segundos e devem estar instalados de 0.90 a 1,35 m do chão. A distância que
uma pessoa deve correr de qualquer ponto da área protegida até o acionador mais
próximo não pode ser superior a 30 metros, e em edificações com mais de um
pavimento, pelo menos deve existir um acionador por andar.
h) avisadores sonoros e visuais: devem ser instalados em quantidades que
possibilitem sua visualização e audição e em locais de trânsito de pessoas, ainda,
devem estar instalados em altura de 2,20 a 3,50 m do chão e preferencialmente
junto a hidrantes ou portas de saídas de emergência. Seu tempo de funcionamento
contínuo não pode ser inferior a 60 minutos.
Detectores pontuais de fumaça:
Utilizados para monitorar todos os tipos de ambiente e que contenham materiais
combustíveis que geram fumaça no inicio da combustão.
51
A área máxima que um detector pode cobrir é 81 m², podendo ser instalados até uma
altura de 8 metros, em tetos planos, onde essa área pode ser considerada um quadrado de 9 m
de lado inscrito num circulo de 6,3 m de diâmetro. Para detectores em área irregular, devem-
se seguir as recomendações, de acordo com a ANBT NBR 17240:2010.
a) se a altura da viga abaixo da laje for entre 0,21 m e 0,60 m, a máxima área de
cobertura do detector pontual de fumaça deve ser reduzida para dois terços do
espaçamento original. Se a altura da viga abaixo da laje for maior que 0,61 m, a
máxima área de cobertura do detector pontual de fumaça deve ser reduzida para a
metade do espaçamento original.
b) a redução da área de cobertura de um detector pontual de fumaça não precisa ser
aplicada quando for instalado junto à laje pelo menos um detector em cada “caixa”
formada por vigas, desde que obedecendo à máxima área de cobertura do detector,
de 81 m².
Na figura 27, consta o posicionamento de detectores de fumaça no interior de uma sala
com área irregular, onde os mesmos abrangem um raio de detecção de 6,3 metros cada.
Figura 27 – Posicionamento dos detectores de fumaça
Fonte: (ABNT NBR 17240: Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e
manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio - Requisitos, 2010, p. 14.).
52
2.6.9 Controle de materiais de acabamento
Buscando a restrição da propagação do fogo e da fumaça durante incêndios, o controle
de materiais de acabamento é feito a partir da ITCBPMESP nº 10:2011, Controle de materiais
de acabamento e de revestimento. Onde a classe dos materiais é obtida a partir de ensaios
determinados na Instrução técnica.
As definições para uso dessa Instrução técnica são:
a) materiais de revestimento: materiais empregados em superfícies internas quanto
externas da edificação, buscando conforto, estética e durabilidade (pisos, forros e
proteções térmicas).
b) materiais de acabamento: materiais utilizados como arremates (rodapés).
c) materiais termos-acústicos: materiais usados para fazer o isolamento térmico ou
acústico.
O controle de materiais de revestimento e acabamento é exigido de acordo com a
ocupação da edificação, bem como a posição dos materiais de acabamento, como o piso, teto,
forro, paredes, divisórias e a cobertura. Na Figura 28, estão dispostos quais materiais devem
ser usados ou qual material deve ser restrito na edificação.
Figura 28 – Classe dos materiais em função da ocupação
Fonte: (Instrução Técnica nº 10: Controle de materiais de acabamento e de revestimento, do Corpo de Bombeiros
de São Paulo, 2011, Anexo B, Tabela B.1, p. 7.).
53
Onde ainda, devem ser considerados:
a) acabamentos e revestimentos de fachadas devem estar na Classe I a II-B;
b) acabamentos e revestimentos de coberturas devem estar na Classe I a III-B;
c) materiais isolantes termos-acústicos não aparentes devem estar na Classe I a II-A.
Para a restrição e propagação do fogo e da fumaça, busca-se utilizar sempre materiais
da Classe I, ou seja, incombustível
Na figura 29, é apresentada a classificação dos materiais que devem ser empregados
para o revestimento dos pisos de acordo com a tabela A.1 do Anexo A da ITCBPMESP nº
10:2011.
Figura 29 – Classificação dos materiais para revestimento do piso
Fonte: (Instrução técnica nº 10: Controle de materiais de acabamento e de revestimento, do Corpo de Bombeiros
de São Paulo, 2011, Anexo A, Tabela A.1, p. 4.).
54
Na Figura 30, é apresentada a classificação dos materiais empregados no revestimento
de paredes, teto, forro e divisórias de acordo com a tabela A.2 do Anexo A da ITCBPMESP
nº 10:2011.
Figura 30 – Classificação dos materiais exceto revestimento do piso
Fonte: (Instrução técnica nº 10: Controle de materiais de acabamento e de revestimento, do Corpo de Bombeiros
de São Paulo, 2011, Anexo A, Tabela A.2, p. 5.).
Na figura 31, esta disposta uma planta baixa, onde estão representadas as classes dos
materiais empregados nos pisos, de acordo com o modelo 1 da ITCBPMESP nº 10:2011.
Figura 31 - Exemplos de projetos onde se tem indicado a classe dos materiais do piso
Fonte: (Instrução técnica nº 10: Controle de materiais de acabamento e de revestimento, do Corpo de Bombeiros
de São Paulo, 2011, Modelo 1, p. 8.).
55
Na figura 32, está disposta uma planta baixa com representação das classes dos forros,
tetos, paredes e cobertura, de acordo com o modelo 3 da ITCBPMESP nº 10:2011.
Figura 32 - Exemplos de projetos onde se tem indicado a classe dos materiais do forro, teto,
cobertura e paredes.
Fonte: (Instrução técnica nº 10: Controle de materiais de acabamento e de revestimento, do Corpo de Bombeiros
de São Paulo, 2011, Modelo 3, p. 10.).
2.6.10 Compartimentação vertical
Buscando evitar a propagação de possíveis incêndios de pavimento para pavimento,
executa-se a compartimentação vertical. Consiste basicamente no emprego de elementos a
prova de fogo para isolar um pavimento da edificação, com isso o incêndio não se alastra e
não invade os pavimentos abaixo ou acima. Seu dimensionamento se dá a partir da
ITCBPMESP nº 09:2011, Compartimentação horizontal e compartimentação vertical.
Desta forma, fachadas (inclusas fachadas cegas) devem atender ao Tempo Requerido
de Resistência ao Fogo (TRRF), conforme a ITCBMPESP nº 08:2011 (igual ao TRRF da
estrutura principal com 60 minutos no mínimo). Portas e vedadores corta-fogo podem
apresentar TRRF de 30 minutos menor que as paredes, porém nunca inferior a 60 minutos.
Para estruturas da Classe E (escolas e assemelhados) com altura entre 23 e 30 metros, o TRRF
mínimo é de 90 minutos de acordo com a ITCBMPESP nº 08:2011.
56
Para edificações da Classe E, considera-se a compartimentação vertical para as
fachadas e para a selagem de shafts e dutos de instalações, além das escadas serem
enclausuradas de acordo com a RTCBMRS nº 11:2016, Saídas de emergência – Parte 1.
Compartimentação em fachadas:
a) fachadas devem possuir elementos capazes de cortar o fogo separando aberturas de
pavimentos consecutivos, como vigas ou parapeitos com altura mínima de 1,20 m,
ou então prolongamento dos entrepisos com no mínimo 0,90 m além do plano
externo da fachada.
b) para edificações de baixo risco, pode-se somar as dimensões do prolongamento
horizontal com a altura da viga até o piso, visando atingir o mínimo de 1,20 m.
c) em fachadas cegas, os elementos corta-fogo devem respeitar alturas e
prolongamentos mínimos.
d) as janelas ou caixilhos devem ser totalmente compostas por materiais
incombustíveis, com exceção a vidros laminados onde esse deve apresentar
camada intermediária resistente ao fogo.
e) fachadas totalmente envidraçadas devem ser executadas especificamente como a
imagem a seguir.
Na figura 33, está disposto um esboço de como a fachada deve ser construída para na
haver a propagação de fogo entre pavimentos.
Figura 33 – Fachada envidraçada
Fonte: (Adaptado de RTCBPMESP nº 11 - Compartimentação horizontal e compartimentação vertical, 2011,
Anexo A, Figura A.4, p. 14.).
57
De acordo com a ITCBPMESP nº 09:2011, em relação à selagem dos shafts, deve-se
considerar que:
a) qualquer abertura entrepisos que permita que diversos andares do edifício se
comuniquem deve ser selada de modo a promover a vedação total corta-fogo.
b) quando destruída a instalação do lado do fogo, não deve promover a destruição da
selagem do shaft. Tubos plásticos com mais de 40 mm de diâmetro interno, devem
receber selagem especial, capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser
consumido pelo fogo abaixo do entrepiso.
c) os selos dos shafts podem ainda ser substituídos por paredes de compartimentação
cegas entre piso e o teto.
d) dutos de ventilação, ar–condicionado ou exaustão devem apresentar selagem corta
fogo na abertura em torno do duto, além de apresentar registros corta-fogo. Caso
não possam ser usados registros corta-fogo, deve-se fazer a proteção em toda
extensão do duto e que garanta resistência ao fogo igual das paredes.
e) para dutos de ventilação de banheiros, lareiras ou churrasqueiras permanentes, os
mesmos devem ser compostos de material incombustível, classificados como
Classe I.
Na figura 34, tem-se um exemplo de selagem de shafts, feito com blocos de materiais
e argamassa especial, resistentes ao fogo.
Figura 34 - Selagem dos shafts
Fonte: (http://www.guarutherm.com.br/imagens/produtos/shafts.jpg.).
58
2.6.11 Segurança estrutural em situação de incêndio
A segurança estrutural em situação de incêndio tem como objetivo assegurar a
resistência da edificação ao fogo em elementos estruturais bem como elementos de
compartimentação em relação ao TRRF. Essa medida é adotada para evitar um possível
colapso da estrutura por tempo suficiente para que seja feita a evacuação da edificação,
salvando vidas.
Adota-se a ITCBMPESP nº 08:2011, Resistência ao fogo dos elementos de
construção, para fins de dimensionamento.
Para os elementos de compartimentação, adotam-se duas formas para fazer a
comprovação do TRRF, que são:
a) execução de ensaios específicos de resistência ao fogo em laboratórios;
b) atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados obtidos em ensaios de
resistência ao fogo;
Onde os ensaios são executados de acordo com as normas técnicas nacionais em
laboratórios reconhecidos, ou então normas ou especificações estrangeiras reconhecidas
internacionalmente.
Para a implantação dos elementos de compartimentação e paredes divisórias deve-se
considerar que:
a) elementos de compartimentação que constituem escadas de emergência, ou seja,
escadas, dutos de ventilação, antecâmaras, vedações de caixas, o TRRF deve ser de
no mínimo 120 minutos, ou igual ao estabelecido pelo Anexo A da ITCBMPESP
nº 08:2011.
b) elementos como paredes externas, lajes, fachadas e selagem dos shafts e dutos de
instalações o TRRF deve ser de no mínimo 60 minutos, e ter o mesmo TRRF da
estrutura principal.
Na figura 35, têm-se o tempo requerido de resistência ao fogo com relação a classe de
ocupação e a altura da edificação, para a Classe E, de acordo com a Tabela A da ITCBMPESP
nº 08:2011.
59
Figura 35 – Tempo requerido de resistência ao fogo
Fonte: (Adaptado de Instrução técnica nº 8: Resistência ao fogo dos elementos de construção, do Corpo de
bombeiros do estado de São Paulo, 2011, Tabela A, p. 9.).
2.6.12 Plano de emergência
Buscando preparar os funcionários para uma evacuação rápida e eficiente dos usuários
de uma edificação em caso de incêndio, tem-se o plano de emergência. O mesmo visa
assegurar a vida dos usuários e funcionários da edificação e também busca proteger o
patrimônio público ou privado. Ainda, o plano de emergência deve ser feito para toda e
qualquer edificação, exceto para edificações unifamiliares, seguindo a ABNT NBR
15219:2005, Plano de emergência contra incêndio – Requisitos.
A elaboração do plano de emergência fica a cargo de um profissional habilitado
(engenheiro civil ou arquiteto) e deve apresentar determinados aspectos:
a) localização da edificação;
b) material que a edificação é composta;
c) dimensões (andares, área, altura, etc.);
d) ocupação da edificação;
e) população;
f) características de funcionamento (horários e turnos);
g) pessoas portadoras de deficiência (número e local que freqüentam);
h) riscos existentes (equipamentos);
i) materiais existentes (extintores, hidrantes, iluminação de emergência, sinalização,
etc.);
j) recursos humanos ( brigada de incêndio, bombeiros profissionais, etc.);
k) rotas de fuga;
60
Onde os ocupantes da edificação que constituem a brigada de incêndio ficam a cargo
da execução do plano de emergência como descrito no Capítulo 2.6.6 – Brigada de Incêndio,
e devem seguir os procedimentos da ABNT NBR 15219:2005.
a) o alerta informa os membros da brigada de incêndio e os usuários da edificação;
b) é feita uma analise da situação, onde uma pessoa da brigada de incêndio é
encarregada de informar a emergência ao Corpo de bombeiros;
c) pessoas habilitadas são indicadas para prestar ajuda a eventuais vítimas;
d) uma ou mais pessoas são encarregadas do desligamento da energia elétrica, ou
fechamento das válvulas de instalações;
e) uma ou mais pessoas são encarregadas de indicar o modo a evacuar a edificação e
fazer o isolamento da área;
f) o plano deve indicar como é feito o confinamento do incêndio, bem como pessoas
habilitas ao combate do mesmo.
2.6.13 Sinalização de emergência
Para a utilização da sinalização de emergência, segue-se a ABNT NBR 13434:2004,
Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 1 - Princípios de projeto, ABNT
NBR 13434:2004, - Parte 2 – Símbolos e suas formas, dimensões e cores.
A sinalização tem como objetivo principal reduzir a ocorrência de risco de incêndio,
buscando facilitar o encontro de equipamentos para o combate às chamas, bem como rotas de
fuga e saídas, buscando proteger a vida dos usuários da edificação.
A sinalização nas edificações é definida nas classes básica e complementar, onde a
básica é composta por quatro categorias e a complementar em faixas de cor ou mensagens.
Sinalização básica:
Sinalização de proibição tem a função de proibir ações que causem possíveis
incêndios, deve ser instalada a uma altura mínima de 1,80 m a partir do piso e deve estar
presente em mais de um local na determinada área de risco, com distância máxima entre elas
de 15,0 m.
Sinalização de alerta tem a função de informar usuários sobre áreas ou materiais de
risco, a sinalização deve ser instalada com altura mínima de 1,80 m a partir do piso próxima
61
ao risco em questão, ou então distribuída na área de risco, com distância máxima de 15,0 m
entre si.
Sinalização de orientação e salvamento:
a) busca informar as rotas de fuga e quais ações necessárias para sair da edificação
em caso de possível incêndio, apresentando todas as mudanças de direção, saídas,
escadas, etc. Deve seguir as seguintes especificações para sua instalação:
b) em portas de saídas de emergência deve estar em cima das portas a 0,10 m da
verga, ou então na folha da porta, centralizada a uma altura de 1,80 m do piso.
c) para a orientação de rotas de fuga, a sinalização deve estar posicionada de modo
que a distância máxima de qualquer ponto de saída até ela seja de 7,5m, e deve
estar instalada de modo que em rota de fuga, a próxima sinalização possa ser
facilmente vista, ainda, as sinalizações devem estar distanciadas em no máximo
15,0 m entre si a 1,80 m do piso. Quando existirem rotas específicas de fuga para
deficientes, estas devem estar sinalizadas.
d) para a identificação dos pavimentos dentro das caixas de escadas, a sinalização
deve estar a 1,80 m do piso no patamar de acesso de cada pavimento.
Sinalização de combate a incêndio:
a) tem por objetivo indicar a localização de equipamentos usados para o combate a
incêndios, onde a sinalização deve estar localizada a 1,80 m do piso e acima do
equipamento.
b) quando o equipamento for instalado em pilares, a sinalização deve estar presente
em todas as suas faces.
Sinalização complementar:
Sinalização usada para a indicação continuada em rotas de saída ou então de
obstáculos e riscos presentes nessas rotas e é aplicada nas paredes em altura entre 0,25 a 0,50
m do piso e a uma distância de 3,0 m entre si.
Na figura 36, é apresentada a sinalização usada em saídas de emergência em escadas.
62
Figura 36 – Sinalização básica em saída de emergência em escada
Fonte: (ABNT NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 1: Princípios de projeto,
Anexo A, p. 7).
Na figura 37, é apresentada a sinalização complementar de escadas, onde a mesma não
é obrigatória.
63
Figura 37 – Sinalização complementar continua em escada
Fonte: (ABNT NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 1: Princípios de projeto,
Anexo B, p. 11).
Para padronização de dimensão, forma e cores da sinalização, em placas a dimensão
básica consiste na equação 𝐴 >𝐿²
2000 , onde “L” é a distância do observador até a placa e “A”
é a área da placa. Essa equação é valida para L menor ou igual a 50 m.
De acordo com a Figura 38, têm-se algumas dimensões já predefinidas.
64
Figura 38 – Área de placas já predefinidas
Fonte: (ABNT NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas
formas, dimensões e cores, 2004, Tabela 1, p. 3).
Quando opta-se pelo uso de letras, tem-se a equação ℎ > 𝐿
125 , onde têm-se “h” como
a altura da letra e L a distância do observador. Na Figura 39, têm-se alturas de letras já pré-
definidas.
65
Figura 39 – Tamanho pré-definido para letras
Fonte: (ABNT NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas
formas, dimensões e cores, 2004, Tabela 2, p. 4).
Têm-se ainda uma relação de cores onde cada uma é destinada para determinada
sinalização:
a) o vermelho é usado para símbolos de proibição ou para identificação de
equipamentos de combate a incêndio;
b) o verde é usado para símbolos de orientação e socorro;
c) o preto é usado para símbolos de alerta e perigo.
Ainda têm-se as cores de contraste para as placas, onde devem ser na cor branca para
proibição e amarela para alerta. Nas sinalizações de orientação e equipamentos, as cores de
contraste devem ser fotoluminescentes.
Na figura 40, são apresentadas sinalizações de proibição usadas em locais na
edificação onde não é permitida tal ação.
66
Figura 40 – Sinalização de proibição
Fonte: (ABNT NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas
formas, dimensões e cores, Figura 5.1, p. 7).
Os sinais de alerta são apresentados na figura 41.
67
Figura 41 – Sinalização de alerta
Fonte: (ABNT NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas
formas, dimensões e cores, Figura 5.2, p. 8).
Na figura 42 são apresentadas as sinalizações de orientação para rotas de fuga e
salvamento.
69
(conclusão)
Fonte: (ABNT NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas
formas, dimensões e cores, Figura 5.3, p. 9).
Na figura 43, são informadas as sinalizações usadas para representar os locais onde
estão instalados equipamentos.
Figura 43 – Sinalização de equipamentos
(continua)
70
(conclusão)
Fonte: (ABNT NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas
formas, dimensões e cores, Figura 5.4, p. 11).
Para a sinalização complementar, placas escritas devem atender os requisitos da Figura
38 (Áreas de placas já predefinidas) e da Figura 39 (Tamanho pré-definido para letras), e em
rotas de fuga, a sinalização deve seguir orientação da Figura 44.
Figura 44 – Sinalização contínua para rota de fuga
Fonte: (ABNT NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas
formas, dimensões e cores, p. 13).
71
2.6.14 Hidrantes e mangotinhos
Consiste num conjunto de equipamentos usados para combater o fogo usando água
como o agente extintor. É composto basicamente por uma reserva de incêndio, bombas de
recalque, redes de tubulação, hidrantes e mangotinhos, abrigo para mangueiras, válvulas de
abertura e esguicho.
Para o dimensionamento do sistema de hidrantes e mangotinhos, segue-se a ABNT
NBR 13714:2000, Sistemas de hidrantes e mangotinhos para combate a incêndio, onde os
sistemas são classificados em três tipos.
São separados em partes do sistema:
a) dispositivo de recalque:
Dispositivo usado pelo Corpo de bombeiros para abastecer a rede local em caso de
incêndio para garantir que todos os hidrantes do sistema tenham água suficiente para
combater as chamas. Consiste num prolongamento de mesmo diâmetro da tubulação principal
(diâmetro mínimo de DN50 (2”) e máximo de DN100 (4”), onde os engates se fazem
compatíveis com os equipamentos do Corpo de bombeiros. Quando esse dispositivo estiver
situado no passeio, deve estar enterrado em uma caixa de alvenaria, com tampa identificada
com a palavra “INCÊNDIO” de dimensões 0,40 m por 0,60 m, afastada 0,50 m da guia do
passeio. A válvula de introdução deve estar voltada para cima em um ângulo de 45º e a no
máximo 0,15 m de profundidade em relação ao passeio. Ainda, o dispositivo pode estar
instalado na fachada ou no muro de divisa da edificação, voltado para baixo num ângulo de
45º com altura entre 0,60 m e 1,00 m.
b) tubulação:
As tubulações do sistema devem ser na cor vermelha, e apresentar diâmetro nominal
mínimo 65 (DN65, ou seja, 2 ½”), onde, para sistemas do tipo 1, podem ser usadas tubulações
DN50 (2”) desde que comprovado o desempenho hidráulico dos componentes.
c) esguicho:
Dispositivo que se encontra na ponta da mangueira, da a forma, direção e controle ao
jato de água, onde alcance do jato de qualquer sistema não pode ser inferior a 8 m da saída do
esguicho até o local de queda do jato.
72
d) abrigo:
Na cor vermelha, é usado para a armazenagem das mangueiras (disponíveis em 15, 20
e 30 metros de comprimento) e do esguicho. Ainda pode ser instalada a válvula angular, desde
que seja possível fazer o manuseio e sua manutenção.
e) válvula de abertura para hidrante ou mangotinho:
Devem ser do tipo angular, de diâmetro nominal mínimo DN65 (2 ½”), podendo ser
usada válvula com DN40 (1 ½”) para sistemas com mangueiras de 40 mm. Para mangotinhos,
as válvulas devem ser de abertura rápida com diâmetro nominal mínimo DN25 (1”).
f) reserva de incêndio:
Consiste no reservatório que fornece água para os hidrantes em casos de incêndio
podendo ser elevados ou não. O volume é calculado em razão da vazão necessária na ponta
dos esguichos e do tempo de funcionamento simultâneo de dois esguichos. Nos sistemas 1 e 2
esse tempo é de 60 minutos e no sistema 3 é de 30 minutos. Ainda o volume deve atender o
funcionamento simultâneo de:
dois hidrantes, quando instalados dois, três ou quatro hidrantes;
três hidrantes, quando instalados cinco ou seis hidrantes;
quatro hidrantes, quando instalados mais de seis hidrantes.
g) hidrante:
É o ponto de tomada de água, constituídos por válvulas angulares, mangueiras de
incêndio esguicho e demais acessórios. Devem estar bem sinalizados e desobstruídos e
estarem posicionados centralmente em áreas protegidas, fora de escadas ou antecâmaras em
altura de 1,0 a 1,5 m do piso. Mangueiras de 60 m podem ser usadas em hidrantes externos
quando afastados de no mínimo 15 m ou 1,5 vezes a altura da parede externa da edificação.
Ainda, devem estar localizados para que qualquer ponto na área protegida possa ser alcançado
por um (sistema tipo 1) ou dois (sistemas tipos 2 e 3) esguichos, considerando-se o
comprimento da(s) mangueira( s) e seu trajeto real.
Na figura 45, são apresentados os três tipos de sistemas de hidrantes e mangotinhos.
73
Figura 45 – Tipos de sistemas de hidrantes e mangotinhos
Fonte: (ABNT NBR 13714: Sistemas de hidrantes e mangotinhos para combate a incêndio, de 29 de janeiro de
2000, Tabela 1, p. 6).
Ainda, cada ponto do sistema deve apresentar os equipamentos descritos na Figura 46.
Figura 46 – Componente do ponto de hidrantes ou mangotinhos
Fonte: (ABNT NBR 13714: Sistemas de hidrantes e mangotinhos para combate a incêndio, de 29 de janeiro de
2000, Tabela 2, p. 6).
O sistema de hidrante e mangotinho que será usado na edificação é determinado a
partir da Figura 47, onde o sistema é informado a partir da classe de ocupação da edificação.
Edificações do grupo E devem ser protegidas por sistema do tipo 1, com vazão mínima de 100
litros por minuto, com pontos de tomada de água de engate rápido para mangueiras de 40 mm
(1 ½”).
74
Figura 47 – Classificação dos sistemas quanto à classe de ocupação
Fonte: (Adaptado de ABNT NBR 13714: Sistemas de hidrantes e mangotinhos para combate a incêndio, de 29
de janeiro de 2000, Tabela D.1, p. 23).
Na figura 48 é apresentado um esboço do sistema tipo 1.
Figura 48 – Sistema de hidrantes e mangotinhos do tipo 1
Fonte: (ABNT NBR 13714: Sistemas de hidrantes e mangotinhos para combate a incêndio, de 29 de janeiro de
2000, Figura D.1, p. 24).
75
3 ESTUDO DE CASO
A partir do estudo de caso da edificação do Centro de Tecnologia da UFSM, serão
apresentadas quais as medidas de prevenção e combate à incêndio necessárias para a execução
do PPCI da edificação em questão, onde o projeto será executado em sua forma completa,
devido a edificação possuir mais que 750 m², e será baseado nas normas, resoluções técnicas,
leis, decretos e instruções técnicas em vigor atualmente.
A edificação em questão encontra-se na Universidade Federal de Santa Maria/RS, e
possui área total construída de 17.577 m², onde faz parte o Edifício principal (CT), Anexo A,
Anexo B e Anexo C. Como a edificação em questão é existente, porém não possui
documentos necessários para ser considerada como uma edificação existente regularizada, a
mesma é considerada uma edificação existente não regularizada. Seguindo as indicações da
Resolução técnica CBMRS nº 05:2016 – parte 7, Processo de segurança contra incêndio:
Edificações e áreas de risco existentes, tem-se que as edificações e áreas de risco de incêndio
existentes não regularizadas, deverão ser observadas as exigências de medidas de segurança
estabelecidas no Decreto Estadual n.º 51.803/2014, e suas alterações.
A simbologia usada para os projetos segue a Resolução técnica do CMBRS nº 05:2016
– Parte 8, Símbolos gráficos.
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
3.1.1 Classes de ocupação
Primeiramente a edificação é classificada quanto a sua classe de ocupação, de acordo
com a Figura 3 do Capítulo 2.6.1. Assim tem-se que a edificação é da Classe E – Educacional
e cultura física, na subclasse E-1 – Escolas em geral. A edificação será em sua maioria da
Classe E, além de possuir salas de professores, consideradas como escritórios, bem como
áreas de apoio, bibliotecas, auditório e laboratórios. Após a edificação ter sua classificação
quanto à ocupação, classifica-se quanto a sua altura.
3.1.2 Altura
Devido a não existência de subsolo na edificação, a mesma é classificada quanto à
altura descendente (altura do ultimo piso até o piso do pavimento térreo) de acordo com a
76
Figura 4 do Capítulo 2.6.1, onde a edificação principal encontra-se na Classe IV (de 12 a 23
metros) e as edificações secundárias (Anexo A, B e C) na Classe III (de 6 a 12 metros).
3.1.3 Grau de risco
Sua classificação quanto ao grau de risco se dá de acordo com a Figura 5 e a Figura 6
do Capítulo 2.6.1, onde se tem que a edificação pertence ao grau de risco baixo (até 300 MJ/
m²).
3.1.4 Medidas de prevenção e combate à incêndios
Após a edificação ser classificada quanto às classes de ocupação, altura e grau de
risco, têm-se a classificação quanto às exigências, onde as mesmas são as medidas preventivas
e de combate a incêndio necessárias para a edificação. Assim, seguindo o Decreto estadual nº
53.280, têm-se que as exigências para a edificação em questão que são obtidas na Figura 10
do Capítulo 2.6.1.
Exigências:
a) acesso de viaturas na edificação;
b) segurança estrutural em incêndio;
c) compartimentação vertical (para fachadas e selagem de shafts e dutos de
instalações);
d) controle de materiais de acabamento e revestimento;
e) saídas de emergência;
f) plano de emergência;
g) brigada de incêndio;
h) iluminação de emergência;
i) detecção de incêndio (bibliotecas, refeitórios, escritórios, laboratórios, etc.);
j) alarme de incêndio;
k) sinalização de emergência;
l) extintores;
m) hidrantes e mangotinhos.
77
3.2 CÁLCULO DA POPULAÇÃO
O cálculo da população da edificação se faz seguindo o Capítulo 2.6.2. A população
da edificação é usada para o dimensionamento das saídas de emergências e escadas, onde a
população é calculada em cada pavimento.
Ainda, são desconsideradas as áreas de corredores, sanitários, elevadores, beirais e
marquizes para edificações da classe E.
Seguindo a Resolução técnica nº 11:2016 – Parte 1, Saídas de emergência, considera-
se para fins de cálculo:
a) salas de aula, considera-se uma pessoa para 1,5 m² de área;
b) laboratórios, salas de professores, áreas de apoio e cozinhas, copas, considera-se
uma pessoa para 7 m² de área;
c) auditórios, usa-se o layout dos assentos e na área de palco considera-se uma pessoa
por m²;
d) para bibliotecas, considera-se uma pessoa a cada 3,0 m² de área.
No Quadro 1 é apresentada a população de cada pavimento, bem como a população
total da edificação em estudo.
Quadro 1 – Relação da população de cada pavimento e população total
Fonte: (O autor).
3.3 EXTINTORES DE INCÊNDIO
A edificação em estudo possui extintores de incêndios posicionados próximos às
saídas, porém, o posicionamento e o número de extintores não está de acordo com a
POPULAÇÃO (pessoas)
TÉRREO 2º PAVIMENTO 3º PAVIMENTO COBERTURA
CT (PRÉDIO PRINCIPAL) 371 707 567 38
ANEXO A 426 577 435 -
ANEXO B 183 311 291 -
ANEXO C 317 560 424 -
TOTAL POR PAVIMENTO 1297 2155 1717 38
TOTAL DA EDIFICAÇÃO 5207
78
RTCMBRS nº 14:2016, Extintores de incêndio, então se faz necessária a implantação de
novos extintores, bem como o seu posicionamento, de acordo com as recomendações do
Capítulo 2.6.3.
A edificação apresenta classe de risco da edificação baixa, e com isso adotam-se
extintores com área de atuação de raio 25 m. Ainda, devido à existência de materiais
combustíveis sólidos e equipamentos energizados na edificação, visa-se fazer o uso de
extintores do tipo ABC.
Foram adotados extintores do tipo 2-A:20-B:C, posicionados de modo que o raio de
alcance de 25 m de um extintor intercepte-se com o de outro, onde os mesmos devem estar
instalados a, no mínimo, 0,10 m e, no máximo, 1,60 m do piso acabado e com a sinalização a
no mínimo 1,80 m do piso acabado, como representados na Figura 13 do Capítulo 2.6.3.
Em sua representação em planta, estão na cor vermelha, acompanhados do número de
ordem, capacidade extintora, e uma circunferência dividida no meio, com o código do
símbolo do equipamento e suas dimensões (usados para identificar a placa).
Foram instalados 35 extintores portáteis de pó seco ABC, e um extintor de pó seco
ABC sobre rodas no térreo da edificação principal, conforme projetos apresentados nos
Apêndices A,B,C e D.
3.4 ACESSO DE VIATURAS
A edificação em estudo não possui pórtico de entrada, nem portão, concedendo fácil
acesso a viaturas.
As vias em sua volta possuem mais de 6 m de largura, porém possuem mais de 45 m
de comprimento, e não há possibilidade de retorno, com isso as vias não atendem os
requisitos da RTCMBRS nº 05:2016.
Faz-se inviável a adaptação para acesso de viaturas da área onde se encontram as
edificações do Centro de tecnologia, pois as mesmas possuem edificações ao seu redor, onde
é impossível a demolição. Algumas medidas são adotadas para compensar a inviabilidade dos
acessos, que são:
a) instalação de hidrantes ou mangotinhos;
b) a área em questão possui acessos as viaturas em três (CT, Anexo A e Anexo C)
dos quatro edifícios do conjunto;
c) as escadas das edificações são reformadas, de modo a tornarem-se escadas
protegidas (EP);
79
d) as escadas da edificação principal são reformadas, de modo a tornarem-se escadas
protegidas à prova de fumaça (PF).
As medidas compensatórias estão apresentadas na RTCMBRS nº 05:2016 – Parte 7,
Processo de segurança contra incêndio: Edificações e áreas de risco existentes, e estão sujeitas
a receber aprovação do CBMRS.
3.5 BRIGADA DE INCÊNDIO
Devido à edificação não possuir PPCI, não há informação a respeito de quantas
pessoas qualificadas com cursos de brigadistas freqüentam a edificação no momento, e torna-
se necessário calcular-se o número de brigadistas para a edificação.
A brigada de incêndio é implantada seguindo o Capítulo 2.6.6, e o número de pessoas
treinadas é calculado com base na área da edificação e o grau de risco de incêndio.
Como a edificação do Centro de tecnologia possui 17.577 m² de área construída e
risco de incêndio baixo, de acordo com a RT CCB nº 14:2009, deve haver no local uma
pessoa com treinamento de prevenção e combate a incêndio, para cada 750 m² de área
construída.
Tem-se que a quantidade de ocupantes com treinamento de prevenção e combate a
incêndio é de 24 pessoas.
3.6 COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL
Para a edificação em estudo, a compartimentação vertical já está executada, exceto em
uma área específica do Anexo C. A compartimentação é executada em fachadas, shafts e
dutos de instalações, obedecendo à descrição do Capítulo 2.6.10, onde o TRRF dos elementos
deve ser de no mínimo 90 minutos.
Na edificação mencionada neste trabalho, como se trata de uma edificação de risco
baixo, segundo a ITCBPMESP nº 09:2011, a separação vertical entre as aberturas pode ser a
soma do prolongamento horizontal com a altura da viga até o piso ou com a altura do
parapeito. No caso das edificações do Centro de Tecnologia, Anexo A, Anexo B, a altura
mínima de 1,20 metros é atingida facilmente, como observado em campo.
Na edificação do Anexo C, há uma faixa de salas de aula, onde não existe a separação
vertical mínima de 1,20 metros em sua fachada sul, com isso faz-se necessária a execução de
um parapeito de alvenaria resistente a pelo menos 90 minutos de fogo.
80
O parapeito apresenta 1,20 metros de altura a partir do piso de cada pavimento como
apresentado na Figura 49.
Figura 49 – Detalhamento da fachada sul do Anexo C
Fonte: (O Autor).
Ainda, as edificações apresentam esquadrias constituídas de material metálico, porém
não há informação a respeito do tempo de resistência ao fogo do material.
Também não há informações a respeito da selagem de shafts e dutos de instalações,
porém recomenda-se que os mesmos sejam feitos com blocos de materiais resistentes ao fogo
e argamassa especial resistente ao fogo.
Para a selagem das escadas de emergência, a descrição completa está apresentada no
Capítulo 3.13, e representada nas plantas baixas da edificação, nos Apêndices B,C e D.
3.7 CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO
O controle dos materiais de acabamento é usado para evitar a propagação do fogo nas
áreas internas da edificação, e é realizado de acordo com o Capítulo 2.6.9.
Para conhecer as classes dos materiais empregados na edificação necessitam-se fazer
ensaios específicos indicados na ITCBPMESP nº 10:2011, portanto não foi possível
determinar a classe dos materiais presentes na edificação.
Na edificação de classe E, indica-se o uso dos seguintes materiais, apresentados no
Quadro 2.
81
Quadro 2 – Classe dos materiais de acabamento e revestimento
Classe dos Materiais
Piso Paredes e divisórias Teto e forro
Acabamento e Revestimento I, II-A, III-A ou IV-A I, II-A ou III-A I ou II-A
Fonte: (O Autor).
3.8 SEGURANÇA ESTRUTURAL EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO
A segurança estrutural em situação de incêndio é feita seguindo o Capítulo 2.6.11, e
não foi possível executar tal medida de segurança para a composição estrutural da edificação
(vigas, lajes, pilares), pois a edificação já se encontra construída.
Na edificação em estudo, pertencente à Classe E, segundo a ITCBMPESP nº 08:2011,
têm-se os seguintes TRRF, exceto nas escadas de emergência do CT (Prédio Principal)
apresentados no Quadro 3.
Quadro 3 – TRRF da edificação pertencente a Classe E
Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF)
Estrutura Principal 90 Minutos
Paredes externas, shafts, dutos de instalações e fachadas 90 Minutos
Elementos de escadas de emergência 120 Minutos
Fonte: (O Autor).
3.9 HIDRANTES E MANGOTINHOS
Para o dimensionamento de hidrantes ou mangotinhos da edificação, segue-se o
Capítulo 2.6.14, onde o tipo de sistema que deve ser usado é obtido a partir da classe da
edificação.
Na edificação em estudo, existem hidrantes nos prédios do CT, Anexo A, Anexo B e
Anexo C, porém, de acordo com a ABNT NBR 13714:2000, as edificações não apresentam a
82
quantidade necessária de hidrantes para cobrir todas as áreas a serem protegidas (mangueiras
de hidrantes cobrem 30 m de alcance).
No caso da edificação do Centro de tecnologia, Classe E, o tipo de sistema que deve
ser empregado é o sistema 1, onde o mesmo deve ter vazão mínima de 100 L/ min, com ponto
de tomada de água de engate rápido de 40 mm (1 ½”) e válvula de abertura rápida de DN25
(1”) representado na figura 48 do Capítulo 2.6.14.
Os mangotinhos da edificação terão mangueira com 30 metros de comprimento, e
devem alcançar toda a área protegida. Devem estar bem sinalizados e desobstruídos e estarem
posicionados centralmente em áreas protegidas, fora de escadas ou antecâmaras em altura de
1,0 a 1,5 m do piso conforme ABNT NBR 13714:2000. Em planta devem estar representados
junto ao símbolo o número de ordem, e uma circunferência dividida no meio, com o código
do símbolo do equipamento e suas dimensões (usados para identificar a placa).
Na edificação em estudo são necessários 29 mangotinhos, com vazão de 100 L /min. e
mangueira de 30 metros, conforme apresentados nos Apêndices A,B,C e D.
Ainda, os hidrantes de recalque são necessários para fornecer água aos reservatórios
em casos onde há falta de água em situações de incêndio, e os mesmos devem estar instalados
no passeio, o mais próximo possível aos reservatórios, e com fácil acesso de viaturas do
Corpo de Bombeiros.
3.10 DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO
Na edificação em estudo, existem alarmes de incêndios nos prédios do Anexo A,
Anexo B e Anexo C, com pontos localizados próximos as escadas, porém na edificação do CT
(Principal) não existem alarmes. Ainda, em bibliotecas, auditórios, cozinhas e copas, não há
detectores automáticos de incêndio, para casos de sinistro.
Com isso, faz-se necessária a implantação de alarmes e detecção de incêndio para a
edificação em estudo, bem como o reposicionamento dos acionadores e avisadores sonoros
existentes de acordo com o Capítulo 2.6.8, apresentados nos Apêndices A,B,C e D.
De acordo com a ABNT NBR 17240:2010, em edificações com mais de um
pavimento, necessita-se pelo menos um acionador por andar, e devem estar posicionados de
modo que o usuário deva andar no máximo 30 metros para acioná-lo. Recomenda-se ainda
que estejam próximos aos sistemas de hidrantes. Em planta, junto ao seu símbolo deve ser
informado o número de ordem e uma circunferência dividida no meio, com o código do
símbolo do equipamento e suas dimensões (usados para identificar a placa). Junto ao alarme
83
encontra-se o avisador sonoro, acompanhado também da mesma circunferência com o código
de seu respectivo símbolo.
Na edificação em estudo são necessários 29 acionadores de alarme e 29 avisadores
sonoros, bem como a central de alarme instalada na secretaria do prédio principal, onde os
mesmos estão apresentados nos Apêndices A,B,C e D.
Para a detecção de incêndio em bibliotecas, auditórios, cozinhas e copas, de acordo
com a ABNT NBR 17240:2010, fazem-se o uso de detectores automáticos, que cobrem a área
de um quadrado de 9 m de lado inscrito num circulo de 6,3 metros de diâmetro.
Fizeram-se necessários 28 detectores automáticos de fumaça nas áreas de bibliotecas,
auditórios, cozinhas e copas, apresentados nos Apêndices A,B,C e D.
3.11 PLANO DE EMERGÊNCIA
A elaboração do plano de emergência fica a cargo de um profissional habilitado
(engenheiro civil ou arquiteto) e é um cronograma de ações que devem ser realizadas em caso
de incêndio ou acidentes baseados nas especificações da edificação.
Os ocupantes da edificação que constituem a brigada de incêndio ficam a cargo da
execução do plano de emergência, como descrito no Capítulo 2.6.6 – Brigada de Incêndio.
Como o foco deste estudo de caso visa o projeto da edificação, as ações e
procedimentos que cada brigadista deve executar não foram determinados.
3.12 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Na edificação em estudo há presença de luminárias de blocos autônomos em
determinados pontos da edificação, porém como a iluminação de emergência é apenas
verificada na fase de vistoria do CBPMRS, não é representada em planta baixa.
Para a execução do sistema de iluminação de emergência, devem-se seguir as
instruções do Capítulo 2.6.7. A ABNT NBR 10898:2013 recomenda distribuir as luminárias
de emergência intercaladas, de modo que a falha de uma não comprometa a iluminação do
local e ainda apresentar todas as mudanças de direção em corredores, saídas e escadas.
Ainda as luminárias a serem instaladas devem estar presentes em áreas de risco
(preferencialmente acima de portas de salas de aula e escritórios) e em áreas comuns, escadas,
corredores e áreas de fuga em altura que fique abaixo da nuvem de fumaça, com distância
84
entre cada luminária de no máximo quatro vezes a altura em que a mesma se encontra
instalada.
3.13 SAÍDAS DE EMERÊNCIA
Na edificação em estudo, as escadas e saídas de emergência não estão de acordo com a
RTCBMS nº 11 – parte 1:2016, e com isso faz-se necessário o dimensionamento de escadas e
saídas de emergência, bem como a reforma de escadas. Para a execução do dimensionamento
das saídas de emergência da edificação, segue-se o Capítulo 2.6.4, onde a largura das saídas,
portas e escadas se da em função da população da edificação.
A edificação do CT é da classe E-1, onde, de acordo com a RTCBMS nº 11 – parte
1:2016, a capacidade de unidade de passagem para portas e saídas é de C=100. Para as saídas
de emergências no térreo das edificações e portas de salas de aula e escritórios, têm-se as
dimensões de cada edificação apresentadas no Quadro 4.
Quadro 4 - Dimensões mínimas de saídas e portas
Fonte: (O Autor).
Ainda de acordo com a RTCBMS nº 11 – parte 1:2016, as saídas podem ser divididas
em mais de uma, desde que a soma das saídas atinja a dimensão calculada. Como as
edificações possuem população maior que 200 pessoas, há necessidade de portas com barra
anti-pânico nas portas das saídas e escadas.
Necessidades de novas aberturas:
a) no Prédio Principal (CT) faz-se necessária a abertura de uma porta de saída na
fachada frontal com 4,8 m de largura e barras anti-pânico, bem como o
Largura mínima das Saídas (em Metros)
Unidade de Passagem ( U)
Capacidade da Unidade de
Passagem (C)
Polulação (P)
Número de Unidades de passagem (N)
Largura = ( N * U )
CT (Principal) 0,55 m 100 2043 20,43 = 21 11,55 m
Anexo A 0,55 m 100 1438 14,38 = 15 8, 25 m
Anexo B 0,55 m 100 785 7,85 = 8 4,4 m
Anexo C 0,55 m 100 1301 13,01 = 14 7,7 m
Portas de salas e escritórios
0,55 m 100 60 0,6 = 1 0,55 m (mínimo
0,80 m)
85
redimensionamento da porta de saída na fachada que da acesso aos anexos (3,60
m), apresentada no Apêndice A.
b) no Anexo A faz-se necessária a abertura de uma escada do lado da nova escada
proposta com 2,90 m de largura e barras anti-pânico, apresentada no Apêndice A.
Portas de saída, escadas e portas de salas de aula com população maior que 50 pessoas
necessitam abrir no sentido de saída da edificação.
A distância máxima a percorrer até uma saída (escada ou porta de saída) nas
edificações é de 50 metros de qualquer ponto da edificação.
Para o dimensionamento das portas de saída de bibliotecas, auditórios as dimensões
estão apresentadas no Quadro 5.
Quadro 5 – Dimensões mínimas das portas de auditórios e bibliotecas
Largura mínima das Portas (em Metros)
Unidade de Passagem (
U)
Capacidade da Unidade de
Passagem ( C ) Polulação (P)
Número de Unidades
de passagem
(N)
Largura = ( N * U )
Biblioteca do Anexo C 0,55 m 100 126 1,26 = 2 1,1 m
Auditório do CT 0,55 m 100 123 1,23 = 2 1,1 m
Auditório do Anexo A 0,55 m 100 233 2,33 =3 1,65 m
Auditório do Anexo B 0,55 m 100 122 1,22 = 2 1,1 m
Auditório do Anexo C 0,55 m 100 333 3,33 = 4 2,2 m
Fonte: (O Autor).
Como a distância superava 50 metros até a saída mais próxima no Auditório do CT,
adotou-se uma porta saída ao lado do auditório, conforme apresentado no Apêndice A.
Ainda de acordo com a RTCBMS nº 11 – parte 1:2016, as escadas são calculadas a
partir do pavimento de maior população, onde a capacidade de unidade de passagem em
escadas é de C=75, e suas larguras estão apresentadas no Quadro 6.
Quadro 6 – Largura mínima das escadas
86
Largura das Escadas (em Metros)
Unidade de Passagem (
U)
Capacidade da Unidade
de Passagem ( C )
Polulação (P)
Número de Unidades de passagem (N)
Largura = ( N * U )
CT ( Principal) 0,55 m 75 707 9,42 = 10 5,5 m
Anexo A 0,55 m 75 577 7,69 = 8 4,4 m
Anexo B 0,55 m 75 311 4,14 = 5 2,75 m
Anexo C 0,55 m 75 560 7,46 = 8 4,4 m
Fonte: (O Autor).
Para o Prédio Principal (CT), as dimensões das escadas existentes (lances não
possuem o mínimo necessário de 2,75 m em cada escada e não são escadas enclausuradas a
prova de fumaça) não estão de acordo com a RTCBMS nº 11 – parte 1:2016, então necessitam
ser redimensionadas como escadas enclausuradas a prova de fumaça (PF) de acordo com o
Capítulo 2.6.4, que, além da caixa da escada devem apresentar uma antecâmara com:
a) no mínimo 1,8 metros de comprimento;
b) dutos de ventilação de entrada e saída com 1,0 m² de área;
c) paredes devem apresentar TRRF de 240 minutos e as portas TRRF de 60 minutos;
Ainda, as escadas devem apresentar:
a) janelas da caixa da escada devem estar distantes 3 m de qualquer abertura
horizontal e ter área mínima de 0,80 m² e estar posicionada a 0,20 m do teto;
b) paredes devem apresentar TRRF de 240 minutos e as portas TRRF de 60 minutos;
c) apresentar corrimãos principais e corrimãos intermediários com segmento de 1,80
metros, a 0,92 m de altura.
No Prédio Principal (CT), cada escada apresenta 2,75 m de lance, após a adequação, e
estão indicadas em planta as áreas onde se fazem necessárias reformas para a adequação das
escadas, conforme apresentadas nos Apêndices A,B,C e D.
No anexo A, há a existência de uma escada, porém a mesma não está de acordo com a
RTCBMS nº 11 – parte 1:2016, onde deve possuir no mínimo 4,4 m de lance e ser escada
enclausurada protegida, com isso é proposta uma nova escada, bem como a adequação da
escada existente (necessárias escadas enclausuradas protegidas), apresentadas nos Apêndices
A,B,C e D.
87
De acordo com o Capítulo 2.6.4, as escadas enclausuradas do Anexo A necessitam:
a) ser protegidas por uma caixa, com paredes com TRRF de 120 minutos e portas PCF
com TRRF de 60 minutos;
b) apresentar corrimãos com altura de 0,92 m, sendo que na escada nova, foram
implantados corrimãos intermediários;
c) janelas com área mínima de 0,60 m².
Os lances das escadas do Anexo A apresentam:
a) na escada existente, o lance apresenta 1,80 m;
b) na escada proposta, o lance apresenta 2,90 m.
No Anexo B, há a existência de uma escada, porém a mesma não está de acordo com a
RTCBMS nº 11 – parte 1:2016, onde deve possuir no mínimo 2,75 m de e ser escada
enclausurada protegida.
Existe a possibilidade de a escada do Anexo B ser redimensionada para atender aos
requisitos solicitados, tornando-a escada enclausurada protegida (EP), onde a mesma deve
estar de acordo com a RTCBMS nº 11 – parte 1:2016 e apresentar:
a) corrimãos principais e corrimãos intermediários com segmento de 1,80 metros, a
0,92 m de altura;
b) ser protegidas por uma caixa, com paredes com TRRF de 120 minutos e portas
PCF com TRRF de 60 minutos;
c) janelas com área mínima de 0,60 m².
No Anexo B, a escada apresenta 2,90 m de lance, após a adequação, apresentada nos
Apêndices A,B,C e D.
No anexo C, existe a possibilidade de manter as dimensões das escadas existentes,
porém para estarem de acordo com a RTCBMS nº 11 – parte 1:2016, se faz necessário torná-
las escadas enclausuradas protegidas (EP), onde acordo com Capítulo 2.6.4 devem apresentar:
a) corrimãos principais e corrimãos intermediários com segmento de 1,80 metros, a
0,92 m de altura;
b) ser protegidas por uma caixa, com paredes com TRRF de 120 minutos e portas
PCF com TRRF de 60 minutos;
c) janelas com área mínima de 0,60 m².
No Anexo C, cada escada apresenta 2,65 m de lance.
88
Em regiões da edificação onde há estreitamento do corredor (Térreo do CT 1,39 m,
lado direto da escada do Anexo A 1,55m , lado esquerdo da escada do Anexo C 1,76m), as
larguras mínimas necessárias estão de acordo com a RTCBMS nº 11 – parte 1:2016, e estão
apresentadas no Quadro 7.
Quadro 7 – Larguras mínimas de rotas de saída
Largura dos Corredores (em Metros)
Unidade de Passagem ( U)
Capacidade da Unidade
de Passagem (
C )
Polulação (P) Número de
Unidades de passagem (N)
Largura = ( N * U )
CT ( Principal) 0,55 m 100 126 1,26 = 2 1,1 m
Anexo A 0,55 m 100 129 1,29 = 2 1,1 m
Anexo C 0,55 m 100 174 1,74 = 2 1,1 m
Fonte: (O Autor).
3.14 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
A sinalização de emergência é usada para guiar os usuários nas rotas de fuga e
informar a posição de equipamentos, saídas, escadas, etc. e na edificação em estudo há uma
grande deficiência de placas de sinalização de emergência para rotas de fuga, saídas e
escadas, fazendo-se necessária a implantação de uma nova sinalização na edificação.
A indicação dos equipamentos se dá conforme o Capítulo 2.6.13.
Conforme a ABNT NBR 13434:2004 – Parte 1, a sinalização para a orientação de
rotas de fuga deve estar posicionada a no máximo 7,5 m de qualquer ponto de saída. Ainda,
devem estar distanciadas em no máximo 15,0 m entre si a 1,80 m do piso. Devem existir
placas de sinalização de entradas de escadas e portas de saída da edificação. Em planta são
representadas por uma circunferência dividida ao meio, onde na parte superior da
circunferência é indicado o número do símbolo e abaixo a dimensão da placa, e foram
implantadas placas de sinalização nas portas de saídas, portas de escadas e corredores da
edificação, conforme Apêndices A,B,C e D.
89
4 CONCLUSÕES
O trabalho de conclusão de curso foi elaborado visando contribuir com a segurança
contra incêndios no campus da Universidade Federal de Santa Maria/RS a partir da aplicação
do Projeto de prevenção e combate a incêndios na edificação do Centro de Tecnologia e seus
demais anexos. Na elaboração do trabalho, foram indicadas as normas regulamentadoras, bem
como as leis vigentes e seus decretos, que encontram-se em constante mudança, visando uma
maior segurança das edificações.
As medidas de segurança contra incêndios que se aplicam em edificações educacionais
foram analisadas de forma teórica, uma a uma, aprofundando os conhecimentos do autor para
o mesmo estar apto a executar o projeto de prevenção e combate a incêndios presente. Essas
medidas devem seguir Resoluções técnicas, Instruções técnicas e Normas da ABNT para sua
execução, onde existe a disponibilização das RTs, e ITs por meio digital pelo CBPMRS ou
então pelo CBMPESP.
A partir desse estudo de caso do Centro de Tecnologia, têm-se que as principais
dificuldades encontradas para a execução do projeto foram na adaptação das escadas, onde
não existiam escadas enclausuradas protegidas bem como escadas enclausuradas protegidas a
prova de fumaça, dificultando o dimensionamento das mesmas devido à grande necessidade
de espaço que as escadas demandam para atender os requisitos de saídas de emergências.
Foi possível notar que as edificações não possuíam a quantidade suficiente de saídas e
também não possuíam sinalizações suficientes para uma fácil evacuação, podendo
comprometer a segurança dos usuários em casos de incêndio, com isso é necessária a criação
de novas saídas, bem como a instalação de placas de sinalização em setores da edificação
onde essa sinalização é insuficiente.
Ainda, seguindo as recomendações das leis e decretos estaduais, foram instalados
avisadores sonoros e acionadores de alarme na edificação, bem como detectores de fumaça
nas áreas de bibliotecas e auditórios, e também extintores de incêndio e sistemas de hidrantes
por toda a edificação, buscando maior segurança em casos de incêndio na edificação.
Assim, conclui-se que este trabalho foi de extrema importância para o autor, pois o
mesmo veio a esclarecer a necessidade da proteção contra incêndios bem como dúvidas a
respeito da segurança nas edificações e proporcionou ao autor um grande aprendizado em
uma área onde poucos profissionais estão atuando no mercado no presente momento.
90
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMILLO JR, Abel Batista. Manual de Prevenção e Combate a Incêndios. 15. ed. São
Paulo: Editora Senac, 2013.
BRENTANO, Telmo. Instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações. 3.
ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007.
SILVA, Valdir Pignatta. Segurança contra incêndios em edifícios. São Paulo: Blucher,
2014.
SIMIANO, Lucas Frates. Manual de Prevenção e combate a princípios de incêndio.
Curitiba, 2013.
SEITO, Alexandre Itiu. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora,
2008.
GOMES, Ary Gonçalves. Sistemas de Prevenção contra Incêndios. Rio de Janeiro: Editora
Interciência Ltda, 1998.
ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10898: Sistema de
iluminação de emergência. Rio de Janeiro, 2013, 40 p.
____. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
Rio de Janeiro, 2015, 148 p.
____. NBR 9077: Saídas de emergência em edifício. Rio de Janeiro, 2001, 36 p.
____. NBR 11785: Barra anti-pânico - Requisitos. Rio de Janeiro, 1997, 08 p.
____. NBR 12693: Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro, 2013, 22
p.
____. NBR 12962: Extintores de incêndio – Inspeção e manutenção. Rio de Janeiro, 2016, 54
p.
____. NBR 13714: Sistemas de hidrantes e mangotinhos para combate a incêndio. Rio de
Janeiro, 2000, 25 p.
____.NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – parte 1: princípios de
projeto. Rio de Janeiro, 2004, 11 p.
____.NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – parte 2: símbolos e
suas formas, dimensões e cores. Rio de Janeiro, 2004, 19 p.
____.NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – parte 3: requisitos e
métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2005, 5 p.
____.NBR 14432: Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações
– Procedimento. Rio de Janeiro, 2001, 14 p.
91
____.NBR 17240: Sistemas de detecção e alarme de incêndio – projeto, instalação,
comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio: princípios de
projeto. Rio de Janeiro, 2010, 54 p.
____.NBR 15219: Plano de emergência contra incêndio: Requisitos. Rio de Janeiro, 2005, 17
p.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Secretaria de Estado dos Negócios da
Segurança Pública. Corpo de Bombeiros: Instrução Técnica nº. 05/2011 – Segurança contra
incêndio - urbanística. São Paulo, 2011.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Secretaria de Estado dos Negócios da
Segurança Pública. Corpo de Bombeiros: Instrução Técnica nº. 06/2011 – Acesso de viatura
na edificação e áreas de risco. São Paulo, 2011.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Secretaria de Estado dos Negócios da
Segurança Pública. Corpo de Bombeiros: Instrução Técnica nº. 08/2011 – Resistência ao
fogo dos elementos de construção. São Paulo, 2011.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Secretaria de Estado dos Negócios da
Segurança Pública. Corpo de Bombeiros: Instrução Técnica nº. 09/2011 –
Compartimentação horizontal e vertical. São Paulo, 2011.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Secretaria de Estado dos Negócios da
Segurança Pública. Corpo de Bombeiros: Instrução Técnica nº. 10/2011 – Controle de
materiais de acabamento e revestimento. São Paulo, 2011.
RIO GRANDE DO SUL. Decreto Estadual nº 51.803, de 10 de setembro de 2014.
Regulamenta a Lei Complementar nº 14.376, de 26 de dezembro de 2013, e alterações, que
estabelece normas sobre segurança, prevenção e proteção contra incêndio nas edificações e
áreas de risco de incêndio no Estado do Rio Grande do Sul. Assembleia Legislativa [do]
Estado do Rio Grande do Sul, Gabinete de Consultoria Legislativa, Porto Alegre, RS, 10
set. 2014.
RIO GRANDE DO SUL. Decreto Estadual nº 53.280, de 1º de novembro de 2016. Altera o
Decreto Estadual nº 51.803, de 10 de setembro de 2014, que regulamenta a Lei Complementar
nº 14.376, de 26 de dezembro de 2013, e alterações, que estabelece normas sobre segurança,
prevenção e proteção contra incêndio nas edificações e áreas de risco de incêndio no Estado
do Rio Grande do Sul. Assembleia Legislativa [do] Estado do Rio Grande do Sul,
Gabinete de Consultoria Legislativa, Porto Alegre, RS, 1º nov. 2016.
RIO GRANDE DO SUL. Lei nº 14.376, de 26 de dezembro de 2013, atualizada até a Lei
Complementar nº 14.924, de 22 de setembro de 2016. Estabelece normas sobre Segurança,
92
Prevenção e Proteção contra Incêndios nas edificações áreas de risco de incêndio no Estado do
Rio Grande do Sul e dá outras providências. Assembleia Legislativa [do] Estado do Rio Grande
do Sul, Gabinete de Consultoria Legislativa, Porto Alegre, RS, 26 dez. 2013.
RIO GRANDE DO SUL. Lei nº 14.924, de 22 de setembro de 2016. Altera a Lei Complementar
nº 14.376, de 26 de dezembro de 2013, que estabelece normas sobre Segurança, Prevenção e
Proteção contra Incêndios nas edificações e áreas de risco de incêndio no Estado do Rio Grande
do Sul e dá outras providências. Assembleia Legislativa [do] Estado do Rio Grande do Sul,
Gabinete de Consultoria Legislativa, Porto Alegre, RS, 22 set. 2016.
RIO GRANDE DO SUL. Resolução Técnica CBMRS nº 05 – Parte 1.1 (2016). Plano de
Prevenção e Proteção Contra Incêndio na forma completa. Secretaria [de] Segurança Pública do
Estado do Rio Grande do Sul, Comando do Corpo de Bombeiros. Porto Alegre, RS, 07 nov.
2016.
RIO GRANDE DO SUL. Resolução Técnica CBMRS nº 05 – Parte 3.1 (2016). Processo de
segurança contra incêndio: Plano Simplificado de Prevenção e Proteção contra incêndio.
Secretaria [de] Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul, Comando do Corpo de
Bombeiros. Porto Alegre, RS, 07 nov. 2016.
RIO GRANDE DO SUL. Resolução Técnica CBMRS nº 05 – Parte 07 (2016). Processo de
segurança contra incêndio: edificações existentes, históricas e tombadas. Secretaria [de]
Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul, Comando do Corpo de Bombeiros.
Porto Alegre, RS, 07 nov. 2016.
RIO GRANDE DO SUL. Resolução Técnica CBMRS nº 05 – Parte 08 (2016). Símbolos
gráficos. Secretaria [de] Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul, Comando
do Corpo de Bombeiros. Porto Alegre, RS, 07 nov. 2016.
RIO GRANDE DO SUL. Resolução Técnica CBMRS nº 11 – Parte 01 (2016). Saídas de
emergência. Secretaria [de] Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul,
Comando do Corpo de Bombeiros. Porto Alegre, RS, 28 jul. 2016.
RIO GRANDE DO SUL. Resolução Técnica CBMRS nº 14 (2016). Extintores de Incêndio.
Secretaria [de] Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul, Comando do Corpo
de Bombeiros. Porto Alegre, RS, 11 abr. 2016.
RIO GRANDE DO SUL. Resolução Técnica nº 14/BM-CCB (2009). Treinamento de Prevenção e
Combate a Incêndios – TPCI. Secretaria [de] Segurança Pública do Estado do Rio Grande do
Sul, Comando do Corpo de Bombeiros. Porto Alegre, RS, 04 mai. 2009.