UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
TICIANE ZAIKA PRESTES
INTERATIVIDADE DIGITAL DE EMPRESAS B2B DO SETOR
ELÉTRICO DE AUTOMAÇÃO
CURITIBA
2013
TICIANE ZAIKA PRESTES
INTERATIVIDADE DIGITAL DE EMPRESAS B2B DO SETOR
ELÉTRICO DE AUTOMAÇÃO
Trabalho apresentado ao curso de MBA
em Gestão da comunicação online,
marketing digital e publicidade online da
Universidade Tuiuti do Paraná, requisito
de conclusão do curso de pós-graduação.
Professora: Dra. Lucina R. Viana.
CURITIBA
2013
TERMO DE APROVAÇÃO
TICIANE ZAIKA PRESTES
INTERATIVIDADE DIGITAL DE EMPRESAS B2B DO SETOR
ELÉTRICO DE AUTOMAÇÃO
Essa monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Pós- Graduação em
MBA no Curso em Gestão da comunicação online, marketing digital e publicidade online da
Universidade Tuiuti do Paraná.
Curitiba, 20 de novembro de 2013.
MBA em Gestão da comunicação online,
marketing digital e publicidade online.
Universidade Tuiuti do Paraná
Orientadores: Prof. Lucina R. Viana.
Prof. Randy Rachwal.
Prof. Marcio Jokowiski.
Resumo:
Esse trabalho analisa a comunicação online das empresas B2B de automação para o setor elétrico através de fórum online e aberto para o público. O objetivo é verificar se essas empresas são ativas na rede online e, se não forem, quais os canais que elas utilizam com seu público e até mesmo de divulgação. A metodologia usada será de revisão bibliográfica, análise comparativa, netnografia com levantamento de dados (pesquisa quantitativa) e análise de conteúdo (pesquisa qualitativa). Para fazer essas pesquisas estudamos a empresa Conprove focada totalmente para a área de sistemas de potência que, em seu site, possui um fórum aberto ao público onde discute questões de Proteção de Sistemas Elétricos de Potência e Automação de Subestações. Um fórum muito ativo e referência para os profissionais dessa área.
Palavras Chave:
Marketing digital, B2B (business to business), fórum de automação elétrica, automação elétrica e
interatividade digital.
FIGURAS
Figura 1 – Página Inicial do Fórum Conprove ............................................................................. 16
Figura 2 – Página de Login do Fórum Conprove ......................................................................... 17
Figura 3 - Termos de Uso do Fórum Conprove ............................................................................ 17
Figura 4 – Política de Privacidade do Fórum Conprove .............................................................. 18
Figura 5 - Tela principal do Fórum Conprove; onde escolhe o item/ tema / assunto ....................26
Figura 6 - Pergunta feita; possibilidade de responder se estiver logado - Conversação aberta .....27
Figura 7 - Página de resposta - possível somente quando está logado - Conversação aberta .......28
Figura 8 - Página da Pergunta sem estar logado - Conversação aberta e conectividade .............. 29
Figura 9 - Página de Resposta quando não está logado ................................................................ 30
Figura 10 – Conversação Assíncrona; Participativa e Interação Mútua ........................................31
Figura 11 – Interdependência ....................................................................................................... 32
Figura 12 – Home do site da empresa Itech Tecnologia da Informação ...................................... 41
Figura 13 - Home do site da empresa Neoauts Automação de Sistemas ...................................... 42
Figura 14 - Home do site da empresa Energia Automação .......................................................... 45
Figura 15 - Home do site da empresa Ectech - Projetos Elétricos e Sistemas de Automação para o
Mercado de Energia ...................................................................................................................... 48
Figura 16 - Home do site ScadaBR .............................................................................................. 50
Figura 17 - Home do fórum ScadaBR .......................................................................................... 51
TABELAS
Tabela 1 - Tipos de interação ....................................................................................................... 21
Tabela 2 – Análise Geral de setembro de 2013 ............................................................................ 25
Tabela 3 - Dados Gerais de 03/2010 a 21/09/2013 ...................................................................... 24
Tabela 4 - Redirecionamentos desde 03/2010 a 21/09/2013 ........................................................ 24
SUMÁRIO
Introdução ...................................................................................................................................... 8
1. METODOLOGIA ..................................................................................................................... 11
1.1. Etnografia .............................................................................................................................. 11
1.2. Netnografia ............................................................................................................................ 12
1.3. Corpus de observação e recorte empírico .............................................................................. 15
2. INTERAÇÃO MEDIADA POR COMPUTADOR ................................................................ 19
3. APRESENTAÇÃO DO OBJETO ............................................................................................ 23
4. APRESENTAÇÃO DE DADOS .............................................................................................. 25
5. ANÁLISE QUALITATIVA ................................................................................................... 26
6. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 34
Anexo I ......................................................................................................................................... 36
Anexo II ........................................................................................................................................ 41
Anexo III ....................................................................................................................................... 50
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Introdução:
Na sociedade em que vivemos não existe maneira de convívio se não utilizar a
comunicação, entretanto o que é comunicação?
Para Bordenave, comunicação é a própria sociedade; “a comunicação não existe por si
mesma, como algo separado da vida da sociedade. Sociedade e comunicação são uma coisa só.
Não poderia existir comunicação sem sociedade, nem sociedade sem comunicação”
(BORDENAVE, 1982, p. 17). Portanto, a importância que a comunicação tem entre as pessoas e
até mesmo na sociedade é inquestionável.
A comunicação confunde-se com a própria vida. Temos tanta consciência de que comunicamos como de que respiramos e andamos. Somente percebemos a sua essencial importância quando, por um acidente ou uma doença, perdemos a capacidade de nos comunicar. Pessoas que foram impedidas de se comunicarem enlouquecem. A comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social (BORDENAVE, 1982, p. 19).
Tal a importância e a relevância da comunicação na sociedade que muitas áreas adotaram
seus métodos para se comunicar e penetrar nas vidas das pessoas, exemplo disso é o comércio
através do marketing, que na concepção de Fisk é “a chave para obter resultados extraordinários
para os negócios” (FISK, 2008, p. 21). Entretanto como o marketing consegue se comunicar com
o consumidor?
Com o decorrer da tecnologia a comunicação evoluiu para outro patamar do que as ruas e
meios tradicionais como jornais, revistas, rádio e televisão, surgindo então a comunicação online,
feita através dos ciberespaços. Marshall McLuhan, escritor canadense, um dos precursores da
teoria da comunicação, formulou o conceito de aldeia global. Ao perceber a agilidade e rapidez
com que os meios de comunicação desenvolviam novas tecnologias ele previu um novo conceito
de sociedade completamente interconectada e tomada pelas mídias eletrônicas. Essa nova mídia
iria aproximar as pessoas de diferentes parte do mundo permitindo que elas se conhececem e se
comunicassem, como em uma aldeia.
O surgimento da Internet como uma rede mundial de computadores, veio confirmar essas
expectativas ao criar um novo espaço para a expressão, conhecimento e comunicação humana.
Porém, trata-se de um espaço que não existe fisicamente, mas virtualmente, conhecido como
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ciberespaço. Termo que foi utilizado pela primeira vez em 1984, pelo romancista William
Gibson, no romance de ficção científica Neuromancer, que se passa em uma nova época onde a
realidade se constitui através da produção de um conjunto de tecnologias, enraizadas na
sociedade, e que acaba por modificar estruturas e princípios desta e dos indivíduos que nela estão
inseridos; referindo-se a um espaço virtual composto por computador e usuário conectados em
uma rede mundial, ou seja, a internet.
Mas o ciberespaço em seu sentido mais específico relacionado às novas tecnologias pode
ser encontrado em Pierre Lévy, em que
o ciberespaço (também chamado de rede) é o novo meio de comunicação que surge da
interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não somente a
infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de
informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam
esse universo (LÉVY, 1999).
Trata-se de um novo meio de comunicação estruturado e, se bem aliado e planejado, pode
ser um ótimo canal para o setor empresarial já que todos são consumidores e estão ligados a
marcas e empresas, entretanto, o que muitas vezes não é percebido é que existem setores
diferentes que não estão ligados diretamente com o consumidor final, como as empresas Business
to Business – B2B1. A comunicação dessas empresas na rede online é muito pequena e sua busca
muito difícil. Pensando nisso, esse trabalho vem mostrar como esse mercado, na área de
automação do setor elétrico, está na internet. Se é fácil achar esse serviço e qual a comunicação
dele; e, como utilizar o canal online a favor desse setor.
Essas empresas, muitas vezes, acham que a comunicação online não é necessária e não
traz nenhuma vantagem, gerando apenas gastos e prejuízos para elas, já que terão que se
preocupar e gastar com um serviço de comunicação online.
1 Business to Business (B2B) são aquelas empresas que vendem serviços e até mesmo mercadorias para outras
empresas. É a denominação do comércio estabelecido entre empresas (a sigla B2B traduzindo do inglês para o
português significa: de empresa para empresa). Se a empresa não for B2B ela é Business to Consumer (B2C), que
vendem diretamente para o consumidor final.
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Muitas empresas que fazem negócios com outras empresas, conhecidas como B2B,
ainda hesitam em adotar a comunicação online e as mídias sociais como parte de sua
estratégia de comunicação; por não conhecer ou não acreditar no potencial dessas
ferramentas (CASTRO, 2011).
Com a quantidade de empresas que existem o que conta muito é sua expertise no mercado
e ter um bom canal de comunicação online faz com que outras empresas conheçam seus serviços
e produtos; mostrando competência; o que gera credibilidade e confiança para o consumidor e
público alvo. Portanto, transformar os produtos ou serviços em algo produtivo na rede online, já
faz com que o mercado comece a conhecer a empresa e até mesmo construir uma imagem diante
do setor de serviços.
Foi o que aconteceu com a empresa Conprove, focada totalmente para a área de sistema
de potência – que são grandes sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica,
aplicando tecnologia de ponta para suprir o mercado com instrumentos digitais de medidas
elétricas e de aferição de dispositivos de proteção de sistemas elétricos de potência. Também
oferece cursos de treinamento para desenvolvimento técnico de profissionais, bem como dispõe
de uma estrutura de consultores para desenvolver estudos para solução de problemas específicos
de engenharia elétrica. Em seu site possui um fórum aberto ao público onde discute questões de
Proteção de Sistemas Elétricos de Potência e Automação de Subestações. Um fórum muito ativo
e referência para os profissionais dessa área.
No primeiro capítulo é apresentado a metodologia de estudo e análise deste trabalho. No
segundo capítulo é apresentado a teórica de interações mediadas por computador e conversações
em redes e suas influências culturais e sociais. No terceiro capítulo é demostrado os dados
obtidos e por fim uma análise desses dados e a conclusão desse estudo.
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1. METODOLOGIA
A metodologia usada para realização dessa pesquisa é através de revisão bibliográfica,
análise comparativa, netnografia com levantamento de dados (pesquisa quantitativa) e análise de
conteúdo (pesquisa qualitativa).
1.1.Etnografia
Método de estudo utilizado pelos antropólogos com o intuito de descrever os costumes e as
tradições de um grupo; esse processo ajuda a conhecer a identidade de uma comunidade com
relação ao seu ambiente sociocultural. Esse procedimento consiste na observação participante do
antropólogo durante um determinado tempo, aonde o trabalho pode ser complementado com
entrevistas para recolher informações e realtar dados que antes, eram inacessíveis a simples vista
para uma pessoa que não pertencesse à cultura estudada. Nessa vivencia, é normal o investigador
assumir um papel ativo nas atividades diárias da comunidade para se envolver com a
compreensão da cultura, permitem-lhe pedir esclarecimentos acerca das ações e dos
comportamentos a cada um dos integrantes do grupo estudado.
Segundo Pinto e Guazzelli o método etnográfico é aquele que diferencia as formas de
construção de conhecimento em Antropologia em relação a outros campos do conhecimento das
ciências humanas.
A prática da pesquisa de campo etnográfica responde, pois a uma demanda científica de
produção de dados de conhecimento antropológico a partir de uma inter-relação entre o
pesquisador e o sujeito pesquisados que interagem no contexto recorrendo
primordialmente as técnicas de pesquisa da observação direta, de conversas informais e
formais, as entrevistas não-diretivas, etc (PINTO & GUAZZELLI, 2008).
O método etnográfico é a base na qual se apóia o edifício da formação de um antropólogo.
A pesquisa constituindo-se no exercício do olhar e do escutar, de conviver, se impõe ao
pesquisador em um deslocamento de sua própria cultura. Portanto, ela é um método de olhar de
muito perto, que se baseia em experiência pessoal e em participação, que envolve três formas de
recolher dados: entrevistas, observação e documentos, os quais, por sua vez, produzem três tipos
de dados: citações, descrições e excertos de documentos, que resultam num único produto: a
12
descrição narrativa. Esta inclui gráficos, diagramas e artefactos, que ajudam a contar a história
(GENZUK, 1993). Genzuk vai além e classifica os três princípios metodológicos que constituem
o rationale do método etnográfico, como: o naturalismo, a compreensão e a descoberta.
Segundo Hammersley (1990), o termo “etnografia” refere, em termos metodológicos,
investigação social que comporte a generalidade das seguintes funções:
a) o comportamento das pessoas é estudado no seu contexto habitual e não em condições
artificiais criadas pelo investigador;
b) os dados são recolhidos através de fontes diversas, sendo a observação e a conversação
informal as mais importantes;
c) a recolha de dados não é estruturada, no sentido em que não decorre da execução de um
plano detalhado e anterior ao seu início, nem são pré-estabelecidas as categorias que serão
posteriormente usadas para interpretar o comportamento das pessoas (o que não significa que a
investigação não seja sistemática, mas apenas que os dados são recolhidos em bruto, segundo um
critério tão inclusivo quanto possível);
d) o foco do estudo é um grupo não muito grande de pessoas, mas, na investigação de uma
história de vida, o foco pode ser uma única pessoa;
e) a análise dos dados envolve interpretação de significado e de função de acções humanas
e assume uma forma descritiva e interpretativa, tendo a (pouca) quantificação e análise estatística
incluída, um papel meramente acessório.
Entretando, esse estudo não será participativo e sim observatório através da Netnografia.
1.2.Netnografia
Ramo da Etnografia que analisa o comportamento do indivíduo na internet. O termo
netnografia surgiu em 1997 com Robert V. Kozinets. O neologismo “netnografia” (nethnography
= net + ethnography) foi originalmente cunhado por um grupo de pesquisadores norte-americanos
em 1995 para descrever o desafio metodológico de preservar os detalhes ricos da observação em
campo etnográfico usando o meio eletrônico para “seguir os atores” (BRAGA, 2007).
Ela é uma das ferramentas metodológicas capazes de proporcionar o acesso dos
pesquisadores da área às caracterizações específicas da contemporaneidade, sobretudo a
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virtualidade, a desmaterialização e a digitalização de conteúdo, formas, relacionamentos,
produtos e etc (MONTARDO & ROCHA, 2005).
A netnografia também leva em conta as práticas de consumo midiático (BRAGA, 2007), os
processos de sociabilidade e os fenômenos comunicacionais que envolvem as representações do
homem dentro de comunidades virtuais, fazendo-se necessário ressaltar que estas estão em
constante transformação, apresentando-se em formas constantemente provisórias, além de
representarem um fenômeno embrionário (MOSCOVICI, 2006).
Segundo Kozinets, esse método é menos invasivo e leva menos tempo para a realização da
pesquisa; já que o pesquisador quando vestido de netnógrafo, se transforma num experimentador
do campo, engajado na utilização do objeto pesquisado enquanto o pesquisa. Assim, o acesso à
informação enfrenta dificuldades igualmente proporcionais às dificuldades do pesquisador frente
à utilização da tecnologia em si, conforme nos indica (MARKHAM, 1998).
O etnógrafo habita numa espécie de mundo intermediário, sendo simultaneamente um
estranho e um nativo, tendo que cercar-se suficientemente tanto da cultura que estuda para
entender seu funcionamento, como manter a distância necessária para dar conta de seu estudo
(HINE, 2000).
A Netnografia também pode ser utilizada na área do marketing já que ela é uma técnica de
pesquisa que possibilita uma análise do consumidor; ela tem um papel muito importante para o
marketing empresarial, sendo ele um grande aliado para pesquisas empresariais.
As comunidades online teriam implicações de grande importância para o marketing. (...)
Um estudo netnográfico detalhado pode revelar muito mais sobre os comportamentos,
opiniões, gostos, impressões e intenções dos consumidores. Como a etnografia
presencial, a netnografia abre uma janela para as realidades de grupos de consumidores,
mostrando como estes conduzem suas vidas (KOZINETS, 2010).
Os quatro procedimentos básicos de metodologia da etnografia adaptado para a netnografia
são:
- Entrée cultural;
- coleta e análise dos dados;
- ética de pesquisa e
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- feedback e checagem de informações com os membros do grupo.
Esses procedimentos são bem detalhados no artigo de Amaral, Natal e Viana (2008), onde
explica que a “entrée cultural é uma etapa delimitada pelo pesquisador previamente, como
preparação para o trabalho de campo” (AMARAL, NATAL, & VIANA, 2008); seria mais com
um levantamento de dados e informações necessárias para se fazer a pesquisa, fazer as perguntas
que se quer responder, escolher o lugar em que se vai observar, se irá analisar uma pessoa em
especial ou o grupo.
Já para a coleta e análise são divididos em três tipos de captura de dados que são eficazes.
O primeiro são os dados coletados e retirados diretamente dos membros do ambiente online da
pesquisa, através de diferentes filtros e realizados pelo pesquisador para a obtenção de
informações relevantes para o estudo. O segundo são as informações observadas pela
comunicação entre os membros e de sua própria participação dentro do objeto de estudos. O
terceiro são os dados levantados em entrevistas com os personagens, como por exemplo e-mails,
conversas em chats e mensagens instantâneas.
O entrée cultural, ou ingresso cultural – forma traduzida por Pereira (2005); é a
investigação diária do pesquisador em seu objeto online pelo no mínimo seis meses e de forma
não invasiva. O objetivo é aprender a linguagem, os valores e conceitos dos observados, para
obter informações sobre a identidade cultural dos participantes.
Coleta de dados e análise são o levantamento e investigação dos sites mais importantes para
a pesquisa, organização dos dados adquiridos, notas de campo, fotos, imagens, arquivos; enfim, a
coleta de todo material que for possível para a realização dos estudos e a separação desses
material em categorias classificadas pelo pesquisador.
Segundo Kozinets (2002) existem dois pontos cruciais que requerem a discussão de uma
ética de pesquisa; o primeiro é até onde a informação contida num site é pública ou privada e o
segundo é o uso consensual de informações no ciberespaço. Lembrando que o pesquisador
precisa se identificar e apresentar o interesse de sua pesquisa, pedindo permissões para o uso das
informações obtidas em postagens e em conversas com os participantes das comunidades e
fóruns. Além da garantia de confidencialidade e anonimato aos informantes, tratando-os por
pseudônimos e não por seus nomes de usuário, incorporando na pesquisa as respostas e feedbacks
vindas dos participantes ativos das comunidades.
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Além de eticamente recomendável, para Kozinets (2002), a checagem de dados com os
próprios membros do grupo, legitima e acrescenta credibilidade à pesquisa. Através dos
membros do grupo e da solicitação de suas opiniões, pode-se chegar a insights e
conclusões além das observadas em campo (AMARAL, NATAL, & VIANA, 2008).
Portanto, para se chegar em um estudo netnográfico é preciso aplicar e seguir os
procedimentos acima citados para obter um ótimo estudo.
1.3.Corpus de observação e recorte empírico:
Analisando a área B2B de automação para o setor elétrico, foi verificado que não se tem
locais ativos, além de fóruns sobre a área. Portanto, o objeto de pesquisa é fórum de automação
do setor elétrico no ambiente online. Como esse setor está inserido na comunicação online já que
seus sites são estáticos e não possuem redes sociais?
O fórum analisado é da empresa Conprove, que está em seu site. Esse fórum é um dos mais
ativos e procurados pelos profissionais da área de automação do setor elétrico e é denominado
como: Fórum de Proteção e Automação – CONPROVE. Fórum com informações de Proteção de
Sistemas Elétricos de Potência e Automação de Subestações2.
A empresa foi fundada em 1984 e instalada em uma área com mais de 1000 m2, a
CONPROVE está estruturada nos seguintes departamentos:
- Fabricação e Comercialização de Instrumentos para Testes Elétricos
- Consultoria e Serviços
- Cursos e Treinamentos
2 http://www.conprove.com.br/forum/
16
FIGURA 1 – PÁGINA INICIAL DO FÓRUM CONPROVE
FONTE: SITE CONPROVE - FÓRUM
Existem inúmeros tópicos no fórum; o acesso não é restrito para pessoas registradas.
Entretanto se quiser participar ativamente é necessário se registrar com nome de usuário e senha,
e concordar com os termos de uso e política de privacidade. Após esse procedimento, já é
possível participar e levantar alguma dúvida em um dos nove assuntos/itens do fórum.
17
FIGURA 2 – PÁGINA DE LOGIN DO FÓRUM CONPROVE
FONTE: SITE CONPROVE
FIGURA 3 - TERMOS DE USO DO FÓRUM CONPROVE
FONTE: SITE CONPROVE
18
FIGURA 4 – POLÍTICA DE PRIVACIDADE DO FÓRUM CONPROV E
FONTE: SITE CONPROVE
Os dados buscados foram: desde quando o fórum começou; quantos usuários têm; como é a
participação deles; se são sempre participativos e qual a quantidade; quantos usuários lêem o
fórum por mês que não são cadastrados e quantas perguntas têm por mês em média.
O fórum foi observado com o cadastrando da autora nele, entretanto, não sendo
participativa e não fazendo nenhuma pergunta aos usuários dentro do fórum. Foi somente
observação não participativa para não fazer com que o curso do fórum mude com a presença da
autora deste estudo. O objeto de trabalho foi observado durante o mês de agosto para saber se foi
um mês ativo, comparando com as semanas do mês.
O Feedback e checagem de informação com os membros do grupo também foi de forma
observativa, e não participativa; pois, como o fórum possui todos os registros de todas suas
interações, esse método de observação foi possível. O instrumento de coleta foi através de tabela
de dados quantitativo e qualitativo.
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2. INTERAÇÃO MEDIADA POR COMPUTADOR
Atualmente o computador está inserido na sociedade como um aparelho de grande
importância social e educacional. Ter um computador em casa é tão normal, e talvez até
importante, quanto ter uma geladeira ou um fogão. Até mesmo as pessoas sem condições
financeiras para possuir um aparelho tem a possibilidade de alugá-lo em uma lan house por
alguns minutos ou horas. Consequentemente, esse uso ativo, e porque não dizer excessivo, faz
com que a cultura da nossa sociedade se atualize e transforme essa ferramenta em algo útil e
muito relevante.
A atual sociedade em rede (CASTELLS, 2002) exige um repensar sobre as certezas que
tínhamos sobre a comunicação mediada. De fato, os meios digitais abrem novas formas
de comunicação e demandam a reconfiguração dos meios tradicionais ao mesmo tempo
que amplificam potenciais pouco explorados (PRIMO, 2011, p. 9).
“Os computadores foram apropriados como ferramentas sociais e que esse sentido, em
muitos aspectos é fundamental para a compreensão da sociabilidade na contemporaneidade”
(RECUERO, 2012, p. 21). É neles que está incluída a cultura de muitas sociedades desse século;
dessa forma, consideramos que o ciberespaço também é um ambiente social e que as pessoas
usam o computador como uma ferramenta no qual o ser humano tem total domínio dela; não
confundindo que as máquinas é que dominam o meio e nem que é uma comunicação e
relacionamento entre homens e máquinas, mas sim entre pessoas e pessoas. Surgindo assim a
criação de ambientes sociais globais – uma interação recíproca que une as pessoas (PRIMO,
2011)
“Não se deve pensar a tecnologia informática e a interação por ela mediada apenas como
entretenimento ou como controle das ações dos interagentes” (PRIMO, 2011, p. 35). Até porque,
segundo Recuero (2012), as ferramentas computacionais há muito deixaram de ser apenas isso:
ferramentas. Elas evoluíram para serem espaços conversacionais importantes. E nesses espaços
são que surgem as conversas e elas reconstroem práticas do dia a dia, mas que, no impacto da
mediação, amplifica-se e traz novos desafios para a compreensão de seus impactos nos atores
sociais.
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A conversação mediada por computador é constituída de práticas que vão organizar as
trocas informativas entre agentes para a construção de contextos sociais; a autora classifica essas
trocas em síncronas – que ocorrem ao mesmo tempo, e, assíncronas – que não se realizam ao
mesmo tempo (RECUERO, 2012, p. 50).
As conversações estão sempre mudando “tem novos formatos e são constantemente
adaptadas e negociadas para acontecer dentro das limitações, possibilidades e características das
ferramentas” (RECUERO, 2012, p. 17). Mas, apesar dessas constantes mudanças, ela é “um
processo organizado, negociado pelos atores que segue determinados rituais culturais e que faz
parte dos processos de interação social” (RECUERO, 2012, p. 10).
Essas conversas e interações online se tornam publicas já que ficam registradas por um
longo período e em alguns canais qualquer pessoa pode acessar e lê-las, e é essas “conversas
públicas e coletivas que hoje influenciam a cultura” (RECUERO, 2012, p. 17).
A conversação é “a porta através da qual as interações sociais acontecem e as relações
sociais se estabelecem” (RECUERO, 2012, p. 29).
Entretanto, a conversação mediada por computador não é tudo que essa ferramenta
possibilita, ela vai muito além, e traz a interação como algo a mais, onde o indivíduo tem a
possibilidade e a capacidade de aprender e de passar seus conhecimentos à diante. Pois, “interagir
não é algo que alguém faz sozinho, em um vácuo. Comunicar não é sinônimo de transmitir.
Aprender não é receber. Em sentido contrário, quer-se insistir que interação é um processo no
qual o sujeito se engaja” (PRIMO, 2011, p. 71). Pois, a interatividade dá poder ao usuário final de
controlar o conteúdo e o fluxo da informação (PRIMO, 2011, p. 33).
Steuer (1992), define interatividade como a extensão em que os usuários podem participar
na modificação da forma e do conteúdo do ambiente mediado em tempo real. É uma variável
direcionada pelo estímulo e determinada pela estrutura tecnologia do meio (uma relação que cabe
no modelo estímulo-resposta).
Alex Primo propõe dois tipos de interações: mútua e reativa. A interação mútua é aquela
caracterizada por relações interdependentes e processos de negociação, em que cada interagente
participa da construção inventiva e cooperada do relacionamento, afetando-se mutuamente; já a
interação reativa é limitada por relações determinísticas de estímulos e respostas (PRIMO, 2011,
p. 57).
21
Segundo Thompson (1998) o desenvolvimento dos meios de comunicação veio oferecer
novas formas de ação e novos tipos de relacionamentos sociais. A interação passa a dissociar-se
do ambiente físico, estendendo-se no espaço e proporcionando uma ação a distancia. Surgindo
assim duas formas de situações interativas:
- interação face a face.
- interação mediana.
TABELA 1 - TIPOS DE INTERAÇÃO
Características Interativas Interação face a face Interação mediana
Espaço-humano. Contexto de copresença:
sistema referencial espaço
temporal comum.
Separação dos contextos;
disponibilidade estendida no
tempo e no espaço.
Possibilidade de deixas
simbólicas.
Multiplicidade de deixas
simbólicas.
Limitações nas possibilidades
de deixas simbólicas.
Orientação da atividade. Orientada para outros
específicos.
Orientação para outros
específicos.
Dialógica/monológica. Dialógica. Dialógica.
FONTE: (THOMPSON, 1998, P. 80)
Portanto, toda interação torna um ambiente de interação social que Blumer (1984) vê a
sociedade humana como pessoas engajadas em viver.
Esse viver é um processo de contínua atividade no qual os participantes desenvolvem linhas de ação nas diferentes situações que encontram. Eles encontram-se em um vasto processo de interação no qual eles precisam ajustar suas ações em desenvolvimento uns aos outros. Esse processo de interação consiste em fazer indicações aos outros sobre o que fazer e como interpretar as indicações feitas pelos outros. Eles vivem em mundos de objetos e são guiados em suas orientações e ações pelo significado desses objetos. Seus objetos, incluindo objetos formados por eles mesmos, são formados, sustentados, enfraquecidos e transformados nas interações entre eles (BLUMER, 1984, pp. 20-21).
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O processo de agir em virtude das ações dos outros, descrito por Blumer, salienta que a
interação social não é mera troca burocrática. O próprio desenvolvimento da interação influencia
o comportamento e os processos interpretativos dos participantes (PRIMO, 2011, p. 78). O que
se conclui que essas novas interações passam a ser “novas formas de ser social que possuem
impacto variados na sociedade contemporânea a partir das práticas estabelecidas no ciberespaço”
(RECUERO, 2012, p. 17). Nascendo assim uma cultura na qual o computador é uma ferramenta
muito importante.
23
3. APRESENTAÇÃO DO OBJETO
Foram tabulados os dados desde que o site começou em março de 2010 até o dia 21 de
setembro de 2013; às 20 horas. O fórum é dividido em nove assuntos ou itens, que são: norma
IEC 611850, proteção diferencial, proteção de distância, proteção sobrecorrente, outras funções
de proteção, comunicação com relé, relés eletromecânicos. TC, TP e disjuntor, filosofia de
proteção de sistemas elétricos. Ao todo já tiveram trezentos noventa e quatro tópicos, oitocentos
trinta e uma mensagens, quatrocentos quarenta e uma respostas e duzentas e oitenta mil
oitocentos trinta e quatro exibições. O item norma IEC 61850 teve vinte e cinco tópicos,
cinquenta e três mensagens, vinte e oito respostas e trinta e cinco mil quatrocentos noventa e duas
exibições. O segundo item, proteção diferencial, teve quarenta tópicos, noventa e nove
mensagens, sessenta e duas respostas e vinte e seis mil novecentos noventa e duas exibições.
Proteção de distância teve trinta e cinco tópicos, sessenta e seis mensagens, trinta e uma respostas
e vinte e três mil setecentos e duas exibições. O item proteção sobrecorrente teve sessenta e nove
tópicos, cento e onze mensagens, quarenta e uma respostas e vinte e seis mil trezentos noventa e
nove exibições. O quinto item, outras funções de proteção, teve cento trinta e quatro tópicos,
duzentas e duas mensagens, setenta respostas e cem mil duzentos cinquenta e seis exibições.
Comunicação com relé teve vinte e sete tópicos, sessenta e oito mensagens, quarenta e uma
respostas e vinte mil e dez exibições. Já o item relés eletromecânicos teve vinte e quatro tópicos,
oitenta e nove mensagens, sessenta e cinco respostas e dezesseis mil e dezoito exibições. O
penúltimo item, TC, TP e disjuntor tiveram vinte tópicos, setenta e duas mensagens, cinquenta e
duas respostas e dezessete mil novecentos sessenta e oito exibições. E, o nono e último item,
filosofia de proteção de sistemas elétricos, teve vinte tópicos, setenta e uma mensagens,
cinquenta e uma respostas e treze mil novecentos noventa e sete exibições.
O item foi mais acessado em todos os aspectos foi: outras funções de proteção. E o menos
acessado foi de filosofia de proteção de sistemas elétricos.
24
TABELA 2 - DADOS GERAIS DE 03/2010 A 21/09/2013
Itens Tópicos Mensagens Respostas Exibições
Norma IEC 61850 25 53 28 35.492
Proteção Diferencial 40 99 62 26.992
Proteção de Distância 35 66 31 23.702
Proteção Sobrecorrente 69 111 41 26.399
Outras Funções de Proteção 134 202 70 100.256
Comunicação com Relé 27 68 41 20.010
Relés Eletromecânicos 24 89 65 16.018
TC, TP e Disjuntor 20 72 52 17.968
Filosofia de Proteção de Sistemas Elétricos 20 71 51 13.997
Total 394 831 441 280.834
FONTE: ORGANIZAÇÃO DA AUTORA
Os sites de direcionamento, desde março de 2010 até o dia 21/09/2013 às 20 horas trouxe
seis mil e quatorze pessoas. Novecentos setenta e uma vieram do site da Conprove para o fórum.
Duas mil trezentos quarenta e nove vieram de artigos técnicos sobre proteção e automação. Mil
setecentos e dois vieram de tutoriais sobre relés e outros. E, novecentos noventa e dois vieram do
calendário de cursos e treinamentos do próprio site da Conprove. Quem mais trouxe usuários ao
fórum foram artigos técnicos sobre proteção e automação. E, quem trouxe menos foi o próprio
site da Conprove.
TABELA 3 - REDIRECIONAMENTOS DESDE 03/2010 A 21/09/2013
Redirecionamentos
Site Conprove 971
Artigos Técnicos sobre Proteção e Automação 2.349
Tutoriais sobre Testes de Relés e Outros 1.702
Calendário de Cursos e Treinamentos Conprove 992
Total 6.014
FONTE: ORGANIZAÇÃO DA AUTORA
25
4. APRESENTAÇÃO DE DADOS
Durante o mês de setembro de 2013 o fórum de proteção e automação Conprove com
informações de Proteção de Sistemas Elétricos de Potência e Automação de Subestações teve
vinte perguntas no total; sete respostas e mil e sessenta e quatro exibições. Essas perguntas foram
divididas entre seis tópicos do fórum. No item de Proteção de Distância teve uma pergunta, trinta
e uma exibições e nenhuma resposta. Já no item de Proteção Sobrecorrente teve seis perguntas,
duzentos e setenta e sete exibições e nenhuma resposta. No terceiro item, que é Outras Funções
de Proteção, teve dez perguntas, seiscentos e setenta e três exibições e três respostas. Em
Comunicação com Relé, teve uma pergunta, trinta e quatro exibições e nenhuma resposta. No
item de TC, TP e Disjuntor, teve uma pergunta, sessenta e uma exibições e uma resposta. E, no
último item que é Filosofia de Proteção de Sistemas Elétricos teve uma pergunta, sete exibições e
nenhuma resposta. O assunto que mais foi procurado durante o mês de setembro foi de outras
funções de proteção. E o item menos procurado foi de filosofia de proteção de sistemas elétricos.
A observação foi realizada durante todo o mês de setembro e a última visita foi no dia 21 de
setembro às 20 horas.
TABELA 4 – ANÁLISE GERAL DE SETEMBRO DE 2013
Setembro de 2013 - Itens Perguntas Exibições Totais Respostas
Proteção de Distância 1 31 0
Proteção Sobrecorrente 6 277 3
Outras Funções de Proteção 10 673 3
Comunicação com Relé 1 34 0
TC, TP e Disjuntor 1 61 1
Filosofia de Proteção de Sistemas Elétricos 1 7 0
Total 20 1064 7
FONTE: ORGANIZAÇÃO DA AUTORA
26
5. ANÁLISE QUALITATIVA
Analisando os dados quantitativos chegou-se nos qualitativos.
É multiconversação ativa no setindo que conecta várias outras conversações, várias
discussões em vários grupos. Como exemplo o fórum possui nove itens, que são os diferentes
assuntos que ele engloba. Ali o usuário, cadastrado ou não, pode escolher qual assunto lhe
interessa, ou qual está precisando tirar suas dúvidas. E, é comunicação todos-todos, já que
permite interção em grupo/coletividade com igualdade para todos que precisam das informações.
FIGURA 5 - TELA PRINCIPAL DO FÓRUM CONPROVE; ONDE E SCOLHE O ITEM/ TEMA / ASSUNTO
FONTE: SITE CONPROVE
27
É uma conversação aberta já que permite que qualquer pessoa possa responder - desde que
seja registrado; e também é aberta, porque permite que qualquer um possa ler - sem ser
registrado. Tem conectividade, já que qualquer um pode acessar e ler o fórum sem a necessidade
de se cadastrar e de ser membro do fórum. A ferramenta não bloqueia visitantes com senha, por
exemplo, se ele quiser somente ler as perguntas.
FIGURA 6 - PERGUNTA FEITA; POSSIBILIDADE DE RESPOND ER SE ESTIVER LOGADO - CONVERSAÇÃO ABERTA
FONTE: SITE CONPROVE
FIGURA 7 - PÁGINA DE RESPOSTA
PÁGINA DE RESPOSTA - POSSÍVEL SOMENTE QUA- CONVERSAÇÃO ABERTA
FONTE: SITE CONPROVE
28
POSSÍVEL SOMENTE QUANDO ESTÁ LOGADO
FIGURA 8 - PÁGINA DA PERGUNTA SPÁGINA DA PERGUNTA SEM ESTAR LOGADO ABERTA E CONECTIVIDADE
FONTE: SITE CONPROVE
29
EM ESTAR LOGADO - CONVERSAÇÃO
30
FIGURA 9 - PÁGINA DE RESPOSTA QUANDO NÃO ESTÁ LOGADO
FONTE: SITE CONPROVE
É conversação assíncrona já que não se realizam ao mesmo tempo. Exemplo é que as
perguntas podem ser feitas em um dia e a resposta em outro. É participativa, já que as pessoas,
lêem, se cadastram e respondem o fórum. E, é interação mútua, já que suas relações são
interdependentes e existe processos de negociação, em que cada interagente participa da
construção inventiva e cooperada do relacionamento, afetando-se mutuamente. Como exemplo,
responder uma pergunta.
FIGURA 10 – CONVERSAÇÃO ASSÍNCRO
É interdependência, já que o usuário que está fa
e respostas. Como por exemplo
usuário não obteve resposta.
CONVERSAÇÃO ASSÍNCRONA; PARTICIPATIVA E INMÚTUA
FONTE: SITE CONPROVE
nterdependência, já que o usuário que está fazendo o post/pergunta
Como por exemplo, o pedido de ajuda para compra de um relé com urgência
não obteve resposta.
31
; PARTICIPATIVA E IN TERAÇÃO
/pergunta, necessita de leitores
ajuda para compra de um relé com urgência e o
FIGURA 11 – INTERDEPENDÊNCIA
FONTE: SITE CONPROVE
32
33
6. CONCLUSÃO
Infelizmente o setor de automação elétrica não está ativo no ambiente online e também não
sabe utilizá-lo como uma ferramenta de marketing para promover suas empresas. Para a
realização desse trabalho foi feita uma pesquisa, inicialmente, de sites de empresas B2B que
prestavam serviços para esse setor. Entretanto, aqui no Brasil foram encontradas somente quatro
empresas com site e esses canais não eram atualizados constantemente; foram elas: a Itech
Tecnologia da Informação Ltda, a Energia Automação, Ectech Projetos e Automação e a
Neoautus Automation Systems, todas concorrentes entre si; especializadas em projetos e
desenvolvimento de sistemas de automação para o setor elétrico. E, as mesmas não possuíam
mais nenhum canal de comunicação online além de seus sites.
Com o decorrer da pesquisa foi encontrado dois fóruns como canais ativos, o ScadaBR e o
Conprove, onde foi realizado este trabalho. O fórum Conprove foi escolhido por ser um canal
mais acessado do que o ScadaBR. Apesar de ser um fórum muito lido, e procurado pelos
profisionais da área, o Conprove não é um lugar onde se encontra respostas rápidas. Pois, durante
3 meses, foi mandado inúmeros emails para o administrador do fórum e até mesmo para o contato
do site e nenhuma resposta foi recebida, isso mostra a falta de interesse em responder ao seu
público.
A conclusão que se pode obter com os estudos desse trabalho é que as empresas de
automação do setor elétrico, prestadores de serviços, B2B, não se encontram no ambiente online
ativamente, sendo esse um universo inteiramente novo e imenso para elas. O que existe é uma
interatividade digital dos engenheiros e pessoas que trabalham nessa área, onde compartilham
conhecimento e tentam ajudar uns aos outros quando podem, entretanto, as empresas B2B do
setor elétrico de automação já não tem essa preocupação.
Uma alternativa para esse setor no ambiente online é possuir portais mais dinâmicos.
34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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35
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Novo Hamburgo: proposta de referencial teórico in: Gestão e Desenvolvimento.
MOSCOVICI, S. (2006). Memórias, rituais e ciber-representações. In: CASALEGNO, F. (org).
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PINTO, C. R., & GUAZZELLI, C. A. (2008). Ciências Humanas: pesquisa e método. Porto
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PRIMO, A. (2011). Interação mediada por computador. Porto Alegre: Sulina.
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Redes Sociais na Internet. Porto Alegre - RS: Sulina.
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communication, pp. 72-93.
THOMPSON, J. (1998). A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis:
Vozes.
36
ANEXO I
Apresentação detalhada de setembro de 2013:
- Tópico: Proteção de Distância
Interação: 1. Tutorial sobre função 21 quadrilateral de um relé ABB RET 670; escrito em
11 set/2013 às 11h58minh. Exibições: 31. Respostas: 0. Autor: michelrdc.
- Tópico: Proteção Sobrecorrente
Interação: 1. Onde comprar um relé de proteção F650-B-A-B-F-1-G-O-HI com urgência;
escrito em 16 set/2013 às 08h35min. Exibições: 18. Respostas: 0. Autor: Rafael Camargo.
Interação: 2. Tutorial onde mostra como realizar testes no direcional de sobrecorrente no
relé ABB RET 670; escrito em 11 set/ 2013 às 15h03min. Exibições: 18. Respostas: 0. Autor:
michelrdc.
Interação: 3. Tutorial ensinando como testar as funções 50/51 de um relé ABB RET 670;
escrito em 11 set/2013 às 14h36min. Exibições: 6. Respostas: 0. Autor: michelrdc.
Interação: 4. Tutorial ensinando como testar a função 46 (sobrecorrente de sequência
negativa) de um relé ABB RET 670; escrito em 11 set/2013 às 14h14min. Exibições: 6.
Respostas: 0. Autor: michelrdc.
Interação: 5. Fórmulas para cálculo de tempo das curvas deste relé (IT, I4T, I2T); escrito
em 01 de agosto/2013 às 08h12min. Exibições: 192. Respostas 02. Autor: LAZEDSOUZA.
Resposta 1. Esta eu não tenho. Autor: paulo.pereira. Respondido dia 10 set/2013; às
11h04min.
Resposta 2. Se você possuir a mala de testes da Conprove: modelo CE-6006 ou CE-6003,
em seu software a mesma permite você testar o rele digitalizando-a. Desta forma você não
37
necessita da formula, bata você possuir o desenho da curva. Autor: paulo,Junior. Respondido dia
11 set/2013; às 10h23min.
Interação; 6. Teste da função 67 no SEL-421 - 04 set/2013 às 14h23min. Exibições: 37.
Respostas: 1. Autor: MOliveira.
Resposta 1. Os parâmetros do software Manual dAng. Pos (Defazamento Angular
Positivo) e dAng. Neg (Defazamento Angular Negativo) servem para definir sua região de
operação a partir do ATM (ângulo de Torque Máximo).
Por exemplo ATM=45°; dAng. Pos =90° e dAng. Neg = 90°.
A região de operação seria entre (315° a 135°) pois: 45-90= 315° e 45+90= 135°.
Normalmente os parâmetros dAng. Pos e dAng. Neg são iguais a 90°. (Este deve ser seu
caso).
Entretanto existem relés onde esses dois parâmetros são configurados podendo ser diferente
de 90°.
Autor; Michelrdc. Respondido dia 04 set /2013 às 17h07min.
- Tópico: Outras Funções de Proteção
Interação: 1. Novo Tutorial (função_25 relé ABB RET 670); escrito em 11 set/2013 às
15h32min. Exibições: 46. Respostas: 0. Autor: michelrdc.
Interação: 2. Novo Tutorial (função_81R relé ABB RET 670); escrito em 11 set/2013 às
15h17min. Exibições: 26. Respostas:0. Autor: michelrdc.
Interação: 3. Novo Tutorial (função_81 relé ABB RET 670); escrito em 11 set/2013 às
15h09min. Exibições: 32. Respostas: 0. Autor: michelrdc.
Interação: 4. Novo Tutorial (função_64 relé ABB RET 670); escrito em 11 set/2013 às
14h52min. Exibições: 30. Respostas 0. Autor: michelrdc.
38
Interação: 5. Novo Tutorial (função_50BF relé ABB RET 670); escrito em 11 set/2013 às
14h43min. Exibições: 33. Respostas 0. Autor: michelrdc.
Interação: 6. Novo Tutorial (função_49 relé ABB RET 670); escrito em 11 set/2013 às
14h27min. Exibições: 32. Respostas: 0. Autor: michelrdc.
Interação: 7. Novo Tutorial (função_32R relé ABB RET 670); escrito em 11 set/2013 às
12h24min. Exibições: 34. Respostas 0. Autor: michelrdc.
Interação: 8. ARQUIVO RIO; escrito em 11 set/2013 às 12h16min. Exibições: 384.
Rrespostas: 03. Autor: GIOVANI. Pergunta feita em 17 de junho de 2013 às 14h19min.
Pergunta Completa: Quando crio um arquivo.rio com arco o comando é:
ARCP 11.55, 0, 18.33, 0, 360, CCW, Left
Esse seria o Arco Polar.
Quando quero criar um arco com o centro deslocado preciso usar o ARCO CARTESIANO
no arquivo rio, mas não sei o nome desse comando, alguém poderia me ajudar?
Resposta 1.
Consegui da seguinte forma:
BEGIN MHOSHAPE
ANGLE 75 ' angulo da linha
Offset 0 ' offset
REACH 2.52 'raio
INVERT NO
END MHOSHAPE
Obrigado!
Respondido em 17 de junho de 2013 às 17h07min. Autor: GIOVANI.
Resposta 2. Com o software das malas da Conprove modelos CE-6006 e CE-6003 é
possível você trabalhar com arquivos RIO.
39
O software oferece recursos para você tanto Importar quanto Exportar os ajustes neste
formato.
Na condição de Exportação é possível que você desenhe toda a característica ou utilize as
opções de mascaras dos principais modelos de reles do mercado e crie um arquivo com aquela
característica.
Respondido em 11 set/2013 Às 10h28min autor: paulo.junior.
Resposta 3. Muito obrigado pela atenção Paulo.
Na verdade o que estou fazendo é um software de criação de arquivos Rio, é um trabalho
que estou produzindo com TCC da minha faculdade.
Muito Obrigado!!!
Respondido em 11 set/2013 às 12h16min. Autor: GIOVANI.
Interação: 9. Novo Tutorial (funções_27_59 relé ABB RET 670), escrito em 11 set/2013 às
12h15min. Exibições: 35. Respostas: 0. Autor: michelrdc.
Interação: 10. Novo Tutorial (função_24 relé ABB RET 670); escrito em 11 set/2013 às
12h10min. Exibições: 21. Respostas: 0. Autor: michelrdc.
- Tópico: Comunicação com Rele
Interação: 1. Tutorial ensinando como retirar as oscilografia do software PCM600 (ABB);
escrito em 11 set/2013 às 16h19min. Exibições: 34. Respostas: 0. Autor; michelrdc.
- Tópico: TC, TP e Disjuntor
Interação: 1. Duvidas de TC; escrito em 08 set /2013 às 10h20min. Exibições: 61.
Respostas: 1. Autor; Carvalhaes.
40
Pergunta completa: Para um TC trifásico o fechamento deve ser feito na polaridade ou na
não polaridade? Faz diferença? Porque devemos aterrar o secundário dos TC quando não usados?
Como provar matematicamente a resposta?
Resposta 1. Normalmente os tc´s são monofásicos um núcleo para cada um, se vc
encontrou um trifásico certamente é a caixa externa que juntas os vários tc´s individuais.
Normalmente o aterramento pode-se em qualquer um dos lados, mas o ideal é que siga a
montagem dos demais, para manter o procedimento de montagem. No caso eu ppre4fira a não
polaridade deixando a polaridade4 para conectar ao relé. O aterramento é feito, pois se o primário
esta na alta e houver uma fuga para a baixa, o aterramento produz um curto para alta, levando a
proteção a desligar e assim procedendo um aspecto de segurança pois a fuga da alta para baixa
poderia encontrar alguém trabalhando na baixa e assim salva a vida dessa pessoa. Autor:
paulo.pereira. Respondido em 10 set /2013 às 11h02min.
- Tópico: Filosofia de Proteção de Sistemas Elétricos
Interação: 1. Calculo de Corrente Termica Nominal (Ith), escrito em 19 set/2013 às
13h53min. Exibições: 07. Respostas: 0. Autor: LAZEDSOUZA.
41
ANEXO II
Empresas pesquisadas antes do fórum Conprove:
Itech Tecnologia da Informação Ltda3 – 2007
FIGURA 12 – HOME DO SITE DA EMPRESA ITECH TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
FONTE: SITE ITECH TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
A Itech Tecnologia da Informação atua desde 2007 fornecendo soluções customizadas de
hardware e software para automatizar de maneira eficiente e com menores custos diversos ramos
do setor elétrico.
Com uma equipe multidisciplinar, a Itech é especializada no estudo e análise das
necessidades de seus clientes, fornecendo a solução que melhor as atende.
3 http://www.itechti.com.br/
42
Neoautus Automação de Sistemas – 2009
FIGURA 13 - HOME DO SITE DA EMPRESA NEOAUTS AUTOMAÇÃO DE SISTEMAS
FONTE: SITE NEOAUTS AUTOMAÇÃO DE SISTEMAS
Segundo o site da empresa4, a Neoautus Automação de Sistemas foi constituída em 17 de
abril de 2009, para o desenvolvimento de solução inovadora. A motivação para empreender teve
como origem a visão de mercado dos sócios e a oportunidade de negócio que surgiu a partir do
desenvolvimento de um projeto de pesquisa aplicada, no qual os empreendedores implementaram
um protótipo de sistema de automação industrial voltado para o setor elétrico que, ainda em
4 http://www.neoautus.com/
43
laboratório serviu para demonstrar, na prática, um importante potencial de inovação que poderia
atender a uma demanda do mercado na área de transmissão e geração de energia elétrica.
Algumas demonstrações iniciais do protótipo causaram, do ponto de vista tecnológico, uma
impressão altamente positiva. De acordo com depoimentos de interlocutores especializados na
área de sistemas elétricos de potência, entre os quais podemos citar o Instituto de Eletrotécnica da
USP - Universidade de São Paulo, um fabricante internacional (IngeTeam - Técnica Electrónica
de Automatismo y Medida, da Espanha) e a área de automação da CHESF – Companhia
Hidrelétrica do São Francisco, o produto em desenvolvimento pela NEOAUTUS poderia ser
aproveitado, em diversas escalas, em seus projetos, futuros e em andamento, tendo em vista o
nível de atualização tecnológica e o desempenho operacional obtido pelo protótipo.
Com relação ao mercado potencial, os empreendedores, com base em estudo preliminar de
viabilidade técnica e econômica, verificaram que a maior parte das subestações de transmissão e
distribuição da América do Sul, e também as usinas geradoras de energia elétrica existentes,
foram construídas há mais de 20 anos. Por esta razão seus sistemas de controle, proteção e
supervisão utilizam dispositivos analógicos, os quais se encontram tecnologicamente em final da
vida útil. Esses dispositivos, denominados convencionais, não dispõem dos recursos e
funcionalidades de comunicação necessárias ao gerenciamento técnico e econômico dos sistemas
elétricos utilizando as potencialidades dos sistemas informatizados.
A norma IEC 61850 veio preencher uma das principais lacunas tecnológicas dos
dispositivos convencionais em relação à capacidade de comunicação de dados. Este documento
internacional de padronização atende à uma das principais demandas das empresas transmissoras
e geradoras de energia elétrica, que é a interoperabilidade entre equipamentos e sistemas
fornecidos por diferentes fabricantes. Isso significa que não são mais aceitas soluções
proprietárias, particulares de determinados fornecedores. Os novos equipamentos, denominados
Dispositivos Eletrônicos Inteligentes (IED – Intelligent Electronic Device), devem ser providos
de componentes de software para a composição de dispositivos e sistemas de automação de
subestações, com vistas ao atendimento das exigências atuais de interoperabilidade. O que o
mercado busca, no momento, é o atendimento aos padrões tecnológicos que atendam à norma
IEC 61850, sendo que os produtos a serem desenvolvidos pela equipe da NEOAUTUS atenderão
a essas expectativas do mercado.
44
A exigência que dispositivos de proteção, supervisão e controle aplicados aos Sistemas de
Automação de Subestações (SAS) que atendam aos requisitos de comunicação padronizada, com
vistas ao atendimento dos requisitos técnicos de interoperabilidade, traz em seu bojo uma
possibilidade de negócios sem precedentes na área de automação de sistemas elétricos.
A ELETROBRÁS, principal gestora do setor elétrico nacional, têm incentivado a inovação
e a atualização tecnológica das empresas transmissoras, geradoras e distribuidoras de energia
elétrica. Para corroborar esta constatação, bastaria ser citado o Programa de Desenvolvimento
Tecnológico e Industrial – PDTI, criado em 2003 e que movimentou, até 2005, um volume de
recursos superior a R$ 750 milhões em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação
tecnológica.
Por outro lado, tem-se notícia de que as empresas, centros de pesquisa e universidades não
tem conseguido atender à demanda de projetos P&D correspondente aos recursos financeiros
disponibilizados a cada ano. Como consequência há sobra de recursos para aplicação em
produtos, serviços e demais atividades relacionadas, principalmente na área de negócios focada
pela NEOAUTUS.
Portanto, a NeoAutus é uma empresa localizada no Parque Tecnológico Itaipu, que presta
serviços especializados e cria soluções na área de sistemas de automação. Que trabalha nas
seguintes áreas de atuação:
− Automação de sistemas elétricos de potência;
− Consultoria e suporte técnico para atividades de customização, parametrização,
configuração e comissionamento;
− Testes de dispositivos elétricos e redes locais;
− Desenvolvimento de Sistemas de Automação sob demanda.
Produtos e Serviços:
− Desenvolvimento de ferramentas de apoio para automação de processos industriais;
− Monitoramento e controle remoto de equipamentos;
− Supervisão e controle de nível e vazão;
− Supervisão e controle de pressão;
45
− Supervisão e controle de temperatura;
− Supervisão e controle de consumo de energia.
Energia Automação5 – 2010
FIGURA 14 - HOME DO SITE DA EMPRESA ENERGIA AUTOMAÇÃO
FONTE: SITE ENERGIA AUTOMAÇÃO
5 http://www.energiaautomacao.com.br/
46
A Energia Automação é uma empresa especializada em soluções SCADA (supervisão,
controle e aquisição de dados) e IHM (interface homem máquina) para os setores elétrico
(geração, transmissão e distribuição), industrial e predial; localizada em Campinas - São Paulo.
A empresa tem três direções de trabalho:
1. Atuar com clientes finais, fornecendo soluções IHM/SCADA flexíveis e com alto
padrão de qualidade, com a finalidade de superar as necessidades das empresas e
permitir fácil integração de softwares de supervisão e controle com diversos tipos
de equipamentos.
2. Atuar com empresas de integração, através de treinamentos, desenvolvimento de
bibliotecas, especificações de sistemas IHM/SCADA, firmando parcerias sólidas
para atuação conjunta em serviços de automação.
3. Atuar com fabricantes de hardware (relés inteligentes, IED´s, CLP´s, IHM´s,
PC´s Industriais, religadores, reguladores de velocidade/tensão, etc) oferecendo
configurações de sistemas IHM/SCADA, implementando uma solução integrada
(turn key).
Especialista em soluções para o setor elétrico a Energia Automação possui conhecimento e
experiência para desenvolver soluções de supervisão e controle para subestações de transmissão e
distribuição de energia elétrica, através das plataformas Elipse Power e E3. A empresa é
especializada em configuração de sistemas IHM/SCADA para unidades de geração de energia
elétrica: hidrelétricas, termelétricas, eólicas, PCH’s (Pequenas Centrais Hidrelétricas). A Energia
Automação configura sistemas para integrar medidores de faturamento de energia e
equipamentos de rede de distribuição com softwares de supervisão e controle construindo
soluções incorporadas ao conceito de Smart Grid.
Além disso, a empresa configura sistemas de supervisão para integrar unidades de geração,
transmissão e distribuição de energia em centros de operação, através de uma arquitetura de
software moderna e confiável.
O objetivo da Energia Automação é fornecer serviços e soluções IHM/SCADA com alta
qualidade, através de eficiência e transparência promovendo o desenvolvimento dos clientes e
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parceiros e tornando-se referência como empresa especializada em softwares de supervisão,
controle e aquisição de dados para os setores elétricos, industrial e predial.
A Energia Automação é uma empresa especializada em serviços e soluções através de
softwares SCADA (supervisão, aquisição e controle de dados) e IHM (interface homem máquina)
para os setores elétrico, industrial e predial.
A empresa fornece soluções IHM/SCADA customizadas e com alto padrão de qualidade
para clientes finais com o objetivo de superar às suas necessidades e de permitir fácil integração
entre usuários do sistema e os equipamentos de campo.
O principal negócio da Energia Automação é desenvolver e integrar sistemas de supervisão
para o setor elétrico.
Certificada pela Elipse Software, a Energia Automação aplica as melhores práticas de
desenvolvimento de aplicativos para subestações, usinas hidrelétricas, usinas térmicas, usinas
eólicas e centros de operação, fornecendo sistemas de qualidade baseados nas plataformas Elipse
E3, Power e EPM.
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Ectech Projetos e Automação Ltda6 – 2011
FIGURA 15 - HOME DO SITE DA EMPRESA ECTECH - PROJETOS ELÉTRICOS E SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO PARA O MERCADO DE ENERGIA
FONTE: SITE DA EMPRESA ECTECH - PROJETOS ELÉTRICOS E SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO
PARA O MERCADO DE ENERGIA
A Ectech - Projetos Elétricos e Sistemas de Automação para o Mercado de Energia, foi
criada para ser uma empresa desenvolvedora e integradora de sistemas de automação para o setor
elétrico brasileiro.
As atividades se iniciaram no ano de 2011 e suas instalações estão localizadas na cidade de
Santa Bárbara d’Oeste, Estado de São Paulo. Apesar de nova, já nascemos com uma ampla
experiência no setor, adquirida com as experiências anteriores de seus funcionários e parceiros.
6 http://www.ectech.com.br/
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A equipe é formada por técnicos e engenheiros que constantemente são treinados nas mais
modernas ferramentas de desenvolvimento de sistemas e estão sempre participando de eventos
que envolvam o setor elétrico, buscando assim estar sempre atualizados. Este é nosso
compromisso com o constante desenvolvimento de nossos colaboradores.
ANEXO III
Outro fórum encontrado durante a pesquisa foi no
O ScadaBR8 é um sistema supervisório completo, disponibilizado em licença Open Source
(software livre) que serve para
ambiente: Indústrias, Laboratórios
Completando 5 anos desde a primeira versão, o ScadaBR conta com uma história de mais de 70
mil downloads. O fórum9
do compartilhamento do conhecimento.
7 http://www.scadabr.com.br/8 Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados (SCADA), que traduzindo para o inglês, de onde vem a sigla
fica: Supervisory Control and Data Acquisition
as variáveis e os dispositivos de sistemas de controle conectados através de controladores (drivers) específicos.9 http://www.scadabr.com.br/?q=forum/
órum encontrado durante a pesquisa foi no site7 ScadaBr.
é um sistema supervisório completo, disponibilizado em licença Open Source
que serve para desenvolver aplicações automatizadas em qualquer tipo de
boratórios, Automação Predial, Saneamento e
Completando 5 anos desde a primeira versão, o ScadaBR conta com uma história de mais de 70
em seu site serve para ajudar e levar a automação para todos
do conhecimento.
FIGURA 16 - HOME DO SITE SCADABR
FONTE: SITE SCADABR
ww.scadabr.com.br/
Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados (SCADA), que traduzindo para o inglês, de onde vem a sigla
Supervisory Control and Data Acquisition - são sistemas que utilizam software para monitorar e supervisionar
dispositivos de sistemas de controle conectados através de controladores (drivers) específicos.
http://www.scadabr.com.br/?q=forum/
50
é um sistema supervisório completo, disponibilizado em licença Open Source
desenvolver aplicações automatizadas em qualquer tipo de
, Automação Predial, Saneamento e Sistemas de Energia.
Completando 5 anos desde a primeira versão, o ScadaBR conta com uma história de mais de 70
a automação para todos, através
SCADABR
Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados (SCADA), que traduzindo para o inglês, de onde vem a sigla
são sistemas que utilizam software para monitorar e supervisionar
dispositivos de sistemas de controle conectados através de controladores (drivers) específicos.
FIGURA 17 - HOME DO FÓRUM SCADABR
FONTE: SITE SCADABR
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DO FÓRUM SCADABR