Relatório Ambiental Termo de compromissoCOPEL – GERAÇÃO COPEL – IAP – 30/03/99GESPR/SPRGPR/EQGMA09/99
Licença de operação de Usinas HidrelétricasAnteriores Resolução CONAMA 001/86e atendimento Resolução CONAMA 006/87
USINA HIDRELÉTRICA DE CAVERNOSO
Protocolo IAP n.º 4.018.762 – 6Vistoria IAP – Esc. RegionalGuarapuava em 23/06/1999
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ÍNDICE1. DESCRIÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO..................................................2
1.1. HISTÓRICO.............................................................................................................21.2. LOCALIZAÇÃO.......................................................................................................21.3. ACESSO...................................................................................................................21.4. DADOS TÉCNICOS................................................................................................21.5. OPERAÇÃO.............................................................................................................31.6. ILUSTRAÇÕES FOTOGRÁFICAS ......................................................................41.7. . ASPECTOS GERAIS DA REGIÃO....................................................................6
1.7.1. ASPECTOS DO MEIO FÍSICO.....................................................................61.7.2. ASPECTOS DO MEIO SÓCIO ECONÔMICO...........................................6
1.8. ASPECTOS DA ÁREA ESPECÍFICA DO EMPREENDIMENTO....................71.8.1. MEIO FÍSICO...................................................................................................71.8.2. MEIO BIOLÓGICO........................................................................................131.8.3. MEIO SÓCIO ECONÔMICO.......................................................................15
2. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS .............................................................................16
2.1. IMPACTOS NEGATIVOS SIGNIFICATIVOS ...................................................162.1.1. NO MEIO BIOLÓGICO.................................................................................16
3. MEDIDAS MITIGADORAS A REALIZAR ............................................................18
3.1. NO MEIO BIOLÓGICO.........................................................................................18
4. MONITORAMENTOS...............................................................................................19
4.1. COMENTÁRIOS....................................................................................................194.1.1. ATENDIMENTO ÀS VISTORIAS DO IAP.................................................194.1.2. AVALIAÇÃO FINAL DO IAP........................................................................19
5. EQUIPE DE TRABALHO........................................................................................20
6. BIBLIOGRAFIA DE APOIO E CONSULTAS......................................................21
7. ANEXOS ....................................................................................................................22
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1. DESCRIÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO
1.1. HISTÓRICO
O potencial hidrelétrico proporcionado pelo Salto Cavernoso (15,40m),
ocorreu em 1959, ao final da década de 50, quando através dos poloneses
russos intensificava-se o processo de colonização naquela região
sudoeste do estado. O Departamento de Águas e Energia e a Prefeitura
de Laranjeiras do Sul, colocavam em operação a Usina com 320KW.
Passou à Copel, que ampliou para 1.190KW. A Usina é abastecida pelo
sistema de ”fio d’água”, não havendo regularização ou reservatório de
acumulação. A barragem – vertedouro, construída em concreto-gravidade,
tem comprimento de 138m por 6,5m de altura, com trecho vertedor de
100m, proporciona beleza ímpar as corredeiras rochosas localizadas ao
pé da barragem.
1.2. LOCALIZAÇÃO
Situa-se no rio Cavernoso, com 1460km2 de área de drenagem na bacia
do rio Iguaçu. Localizada no município de Virmond, e situada a 52º11’ de
longitude W-GR e 25º22’ sul de latitude.
1.3. ACESSO
Por asfalto pela Br 277, a 344Km da capital e 17Km do município de
Virmond, por estrada de saibro.
1.4. DADOS TÉCNICOS
Trata-se de Pequena Central Hidrelétrica, composta por estruturas de
barragem, tomada d’água, canal de adução, câmara de carga, condutos
forçados, canal de fuga e casa de força, cujos principais referenciais são:
- Início operação / COPEL – 1965 VERTEDOURO
- Potência efetiva (MW) – 1,16 - Descarga máxima (m3/s) – 500,0
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- Energia firme (MW) – 0,60
- Queda bruta (m) – 13,5 RESERVATÓRIO(fio d’água)
- N.º de unidades – 2 - Nível d’água máxima(m) – 697,0
- Tipo de turbina – Francis - Nível d’água normal(m) – 681,6
- Cota da crista (m) – 719,0
- BARRAGEM
- Altura máxima (m) – 6,6
- Comprimento (m) – 138
- Tipo - Concreto
1.5. OPERAÇÃO
A partir de 07/95 foi semi automatizada a operação da Usina, e demanda a
permanência de 2 operadores e um jardineiro terceirizado, cabendo às
equipes do pólo de Guarapuava, as suas manutenções técnicas
periódicas.
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1.6. ILUSTRAÇÕES FOTOGRÁFICAS
Vista geral - usina, vila, barragem e reservatório (década de 70)
Vista geral – usina, vila, barragem e reservatório (1997)
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1.7. . ASPECTOS GERAIS DA REGIÃO
1.7.1. ASPECTOS DO MEIO FÍSICO
Sua localização situa-se no Terceiro Planalto Paranaense, na região
sudoeste, na bacia hidrográfica do rio Iguaçu que é sua área de drenagem.
O relevo é medianamente acidentado na região, destacando-se como solo
dominante o Cambissolo, drenado, pouco profundo e de limitado uso
agrícola.
O clima ocorrente é o CFA – Subtropical Úmido Mesotérmico, de verões
quentes e geadas menos frequentes, sem estação seca e com tendência
de chuvas nos meses de verão cujas médias anuais são: no verão superior
a 22ºC e nos meses mais frios inferior a 18ºC, e média anual de 19ºC;
chuvas entre 1700 e 1800 mm; umidade relativa do ar 80%; índice hídrico
igual a 100, sem deficiência hídrica.
A cobertura florestal nativa originariamente denominada de Floresta
Pluvial, onde 20% a 50% das árvores do dossel perdem as folhas, e
atualmente também denominada de Floresta Estacional Semidecidual,
registra 23,17% da vegetação nativa da área da micro região, um dos
melhores índices de preservação no Estado.
1.7.2. ASPECTOS DO MEIO SÓCIO ECONÔMICO
Tomando como referência o município de Virmond os índices principais
seriam:
- População total :4.751 hab. - Urbana - 860
- Rural - 3.891
- Taxa anual de crescimento - Urbana - 7,70%
- Rural - 6,02%
- Participação PIB Municipal - Agropecuária – 41,87%
- Indústria – 7,92%
- Serviços – 50,22%
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- Produtos Agrossilvopastoris: milho safra normal, madeiras em tora,
suínos.
- Indústria dominante: madeira, produtos minerais não metálicos,
metalurgia, produtos de matéria plástica, produtos alimentares.
1.8. ASPECTOS DA ÁREA ESPECÍFICA DO EMPREENDIMENTO
No que diz respeito à área sob o domínio da empresa, afeta ao
empreendimento da Usina Cavernoso e tendo como referência a planta de
situação (anexo I.) e sua descrição sucinta, citamos:
1.8.1. MEIO FÍSICO
a) Área – O perímetro total em terra, engloba 10,30 ha, dos quais +ou- 4,0
ha compõe as glebas de uso operacional como, vila e usina, acesso,
subestação, condutos e áreas verdes ajardinadas. Os 6,30 ha
remanescentes, localizados às margens direita e esquerda à montante
e a jusante da barragem, constituem áreas verdes preservadas.
a.1) Referencial – Observa-se pelas cartas de uso do solo, de
declividade e de drenagem (anexos II, III e IV Ipardes) e foto aérea
IAP/1980 (anexo V), que no contexto da micro região, a área
possivelmente impactada à época da construção da obra e já
reestabilizada ambientalmente, representou em termos de escala
relativa, impactos ambientais de baixa magnitude em relação à área
geral da micro região. Além do que, não ocorriam naquele trecho outros
atributos geográficos, além da corredeira mantida à jusante, que
inviabilizassem a localização do empreendimento.
b) Margens – Na margem esquerda, as áreas sob domínio do
empreendimento, englobam um retângulo de 307 m de comprimento,
paralelo ao rio, por 100 m de largura transversal, que abrange faixa de
preservação permanente. E na margem direita, onde localizam-se a
usina, vila residencial, canal de fuga, condutos, acessos, e áreas verdes
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remanescentes, envolve um polígono de 377,70m de comprimento,
paralelo ao rio, por 135,30m e 184,50 m de largura (anexo I.).
c) Atributos relevantes – A presença de corredeiras preservadas a
jusante da barragem, que enriquecem a paisagem quando do
vertimento, é o único atributo de destaque no meio físico, somada às
características histórica e cultural do empreendimento.
d) Qualidade da água – Foram realizados em Ago/99 monitoramentos
contratados junto ao LACTEC – Instituto Tecnológico do Laboratório
Central de Pesquisa e Desenvolvimento -, cujos índices de qualidade,
em pontos à jusante e a montante acusaram em resumo o seguinte
diagnóstico, melhor detalhado no anexo VI.
d.1) Definição das estações de amostragem
Foram definidas três estações de amostragem para a qualidade das
águas do rio Cavernoso, sendo duas a montante do reservatório da
PCH Cavernoso e uma a jusante, mostradas na Tabela 1. Este
delineamento amostral teve como objetivo a avaliação da qualidade da
água na porção mais próxima do ambiente rio, na região lacustre (de
maior profundidade e próxima da barragem) e na saída das turbinas.
TABELA 1 - Estações de amostragem de água na região da PCH Cavernoso.
DESIGNAÇÃO DESCRIÇÃO
E1 rio Cavernoso – montante do reservatório
E2 rio Cavernoso – reservatório
E3 rio Cavernoso - jusante da PCH Cavernoso
A estação E1, localizada no rio Cavernoso, cerca de 3 a 5 km a montante da área
do reservatório, no município de Virmond.
A estação E2, localizada no rio Cavernoso, no reservatório da usina, cerca de
500 m da barragem.
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A estação E3, localizada no rio Cavernoso, cerca de 300 a 500 m a jusante da
usina.
As Figuras de 1 a 3 ilustram cada uma das estações de amostragem
mencionadas na Tabela 1. O Anexo 1 apresenta o trecho do rio Cavernoso
selecionado para o estudo ambiental em questão e as 3 (três) estações de
amostragem de águas acima descritas.
FIGURA 1. Rio Cavernoso - a montante da PCH Cavernoso.
FIGURA 2 Rio Cavernoso - reservatório da PCH Cavernoso.
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FIGURA 3. Rio Cavernoso - a jusante da PCH Cavernoso.
d.2) Avaliação da qualidade das águas pelo IQA
Para o cálculo do IQA foi utilizado o programa Índice de Qualidade
das Águas, desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do
Paraná - PUC10. Os resultados obtidos mostram que as águas do rio
Cavernoso se encontraram na faixa entre 52 e 80 do IQA, indicando
que são águas de BOA QUALIDADE para fins de potabilização,
desde que não apresentem níveis quaisquer de toxicidade.
A Figura 4 mostra o gráfico do Índice de Qualidade da Água nas três
estações de amostragem no rio Cavernoso, no presente estudo.
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0102030405060708090
100
E1 E2 E3
estações de amostragem
IQA
FIGURA 4. Índice de Qualidade de Água na região da PCH
Cavernoso.
Como o IQA não leva em conta os elementos tóxicos, como
poluentes orgânicos, pesticidas e metais pesados, eles devem ser
avaliados, obrigatoriamente, em programas futuros de
monitoramento, para validação deste índice. Virmond, município
sede da PCH Cavernoso, Canta Galo, situado a montante do
reservatório, e Candói, também na região do empreendimento,
possuem registro de poucas indústrias6. No entanto, a
presença de algumas atividades relacionadas ao aproveitamento de
papel, papelão e celulose, beneficiamento da madeira e metalurgia,
podem poluir as águas do rio Cavernoso. Os efluentes destas
indústrias são fontes potenciais de elementos-traço (metais
pesados) e outras formas tóxicas, como fenóis e dioxinas, que
podem resultar do processo Kraft de manufaturação do papel14.
d.3) Conclusões
Com base no exposto e, principalmente, nos resultados obtidos,
destacam-se:
1. Os resultados do IQA nas estações de amostragem de águas no rio
Cavernoso, no presente estudo, classificam as águas como de BOA
QUALIDADE para fins de potabilização para o abastecimento
doméstico.
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2. A presença de coliformes fecais, no presente estudo, indica águas
impróprias para o consumo humano in natura e irrigação de frutos e
hortaliças consumidas cruas. Para a balneabilidade, as águas
amostradas apresentaram condições excelentes, na região da PCH
Cavernoso.
3. Os índices de coliformes fecais e totais sugerem baixa
contaminação fecal na região da PCH Cavernoso e pequena
influência de esgotos domésticos na qualidade das águas.
4. A única violação à CLASSE 2, enquadramento das águas do rio
Cavernoso, com relação aos parâmetros que compõem o IQA, foi
relacionada ao fósforo. Os valores acima dos limites na área do
reservatório da PCH Cavernoso são reflexo, provavelmente, da
utilização de adubos e fertilizantes nas lavouras a montante.
5. O rio Cavernoso, na região amostrada, apresentou bons níveis de
oxigenação, boa capacidade de autodepuração e de tamponamento
e baixo a moderado estímulo à eutrofização, pelas concentrações
detectadas dos nutrientes fósforo e nitrogênio.
6. No presente estudo, a melhor resposta do IQA é como instrumento
de gestão ambiental, sugerindo que a utilização das águas do rio
Cavernoso para a produção de energia elétrica não vem causando
problemas de relevância para os demais usos.
d.4) Parecer SUDERHSA – O anexo VII cópia da declaração oficial da
SUDERHSA – Superintendência de Desenvolvimento de Recursos
Hídricos e Saneamento Ambiental -, afirma que nada tem a opor-se
quanto a utilização da água e que não existem usuários significativos à
jusante do empreendimento da Usina Hidrelétrica Cavernoso.
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1.8.2. MEIO BIOLÓGICO
a) Vegetação – Na margem esquerda, sob domínio da empresa, os 3,05
ha apresentam-se totalmente recobertos por vegetação diversificada
nas seguintes proporções:
- Áreas de banhado – 20%
- Matas nativas secundárias – 30%
- Áreas com gramíneas – 20%
- Agricultura de subsistência (abandonada) – 30%
Na margem direita dos 7,26 ha de áreas, extraídos os 20% ocupados
por instalações e acesso, restam 50% de áreas de capoeiras e matas
regeneradas e 30% de áreas com gramíneas implantadas e capins
naturais.
Não há registros de ocupações indevidas na faixa de preservação
permanente. Apenas percepção visual de culturas de subsistência, já
em estágio de abandono do uso do solo, por parte de lindeiros e outros
que avançaram em alguma oportunidade sobre os limites de
propriedade da empresa.
b) Fauna íctica –A empresa implementou (1992) uma Estação
Experimental de Estudos Ictiológicos na Us. Segredo (EEEIS), a qual
realiza com equipe própria levantamentos Ictiológicos e Limnológicos
em seus reservatórios.
Através de intercâmbio de cooperação técnica, o material coletado nas
campanhas de esforço de pesca é analisado pela UEM/NUPELIA (Univ.
Est. de Maringá - Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e
aquicultura) que diagnostica os resultados destes levantamentos.
Tais levantamentos constam da síntese, denominada “Pequenos
Reservatórios” (Anexo VIII), que avalia individualmente e também
comparativamente os resultados entre os reservatórios.
As inferências científicas para o reservatório de Cavernoso são as
seguintes:
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Localizado na bacia do rio Iguaçu, esse reservatório foi construído em 1965 (Tab.1).
A única campanha de amostragem realizada nesse reservatório revelou a presença de 13espécies, todas nativas. A espécie dominante foi o lambarí Astyanax sp C, responsável por77,6% do total capturado, sendo seguida por outro, Astyanax sp B, que contribuiu com 10,0%.
As capturas foram realizadas apenas em uma região do reservatório.
Tabela 8. Capturas totais e Captura por Unidade de Esforço (CPUE = no. ind./1000m2 derede/24 horas) no reservatório CAVERNOSO
CAVERNOSO LACUSTRE
Espécie N CPUE
A. vittatus 26 54,45
Astyanax sp B 66 138,21
Astyanax sp C 510 1068,06
Bryconamericus sp A 10 20,94
C. iguassuensis 3 6,28
G. cf. brasiliensis 6 12,56
H. commersonii 4 8,37
H. derbyi 4 8,37
H. malabaricus 2 4,18
H. myersi 1 2,094
O. longirostris 18 37,69
Pimelodus sp 2 4,188
R. branneri 5 10,47
TOTAL 657 1375,91
Esforço de pesca científica – Ago/99
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1.8.3. MEIO SÓCIO ECONÔMICO
Visando contribuir com a comunidade da área de influência e tendo
em contrapartida as manutenções rotineiras na estrada vicinal de
acesso à Usina, a empresa viabilizou a cessão de uso de parte das
instalações da vila residencial, para utilização como núcleo de
escola rural e alojamentos para alunos, em parceria acertada com a
Prefeitura de Virmond, a qual encontra-se em pleno andamento.
Vila residencial
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2. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS
Decorridas quatro décadas da instalação do empreendimento, percebe-se
que a Usina de Cavernoso contribuiu com impactos positivos ao meio sócio-
econômico. Fornecimento de energia defasada na época. Construção de
acesso derivativo com extensão de 17 Km em trecho rural, utilizado por
proprietários da região e visitantes urbanos para lazer contemplativo, para
observação da beleza das corredeiras, pesca artesanal e descanso nas águas
termais da Lagoa Bonita, localizadas a 1Km da usina.
No meio biológico, em termos de vegetação, os impactos ocorrentes à época
de construção, na margem direita foram recompostos naturalmente. Em parte
pela formação de capoeirões e de áreas com capins naturais. E em parte pela
introdução de áreas ajardinadas, gramados e pomares.
Quanto à fauna íctica, informações locais dão conta de que o rio é piscoso,
embora de uma década para cá, a predominância seja de “peixes miúdos”,
com domínio de lambari (50%), bagre, cascudo, traíra, joana e carpa, em
relação à outras espécies com maior abundância de “peixes graúdos”.
No meio físico, não registram-se ocorrência de erosões, nem tampouco de
assoreamentos que demandem alguma preocupação significativa, nem
tampouco registram-se ocupações indevidas na faixa de P.P.
Quanto a qualidade das águas no Rio Cavernoso, em termos de IQA,
apresenta-se com boa qualidade para fins de potabilização para o uso
doméstico. Todavia, “in natura” são impróprias para o consumo humano pela
presença de coliformes fecais, embora em baixos índices. Para a
balneabilidade as condições são excelentes.
2.1. IMPACTOS NEGATIVOS SIGNIFICATIVOS
2.1.1. NO MEIO BIOLÓGICO
Em que pese em termos de escala relativa, sua insignificância, - 30% da
área de 3,05ha - periodicamente ocorria na margem esquerda a ocupação
com culturas de subsistência através agricultura de terceiros. Tem
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atualmente o abandono do uso do solo, de forma a permitir a regeneração
natural.
Vegetação – recuperação natural ao longo de três décadas e abandono de
uso do solo (agricultura de subsistência)
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3. MEDIDAS MITIGADORAS A REALIZAR
3.1. NO MEIO BIOLÓGICO
a) VEGETAÇÃO – Promover o monitoramento anual periódico, na
margem esquerda, na faixa de preservação, a qual já teve o abandono
do uso do solo, anteriormente utilizado para agricultura de subsistência
de terceiros. Caso a regeneração natural ocorrente necessite
interferência e auxílio, poderão ser realizados enriquecimentos florestais
com espécies nativas, que tenham baixa ou nenhuma frequência de
ocorrência no local.
b) ICTIOLOGIA – Se novos levantamentos ícticos demonstrarem
decréscimo preocupante, o repovoamento periódico com espécies
nativas da bacia será realizado, a medida que o mercado fornecedor
destes alevinos ou a própria Estação de Estudos Ictiológicos da
empresa, na Usina de Segredo, tenha o domínio das espécies e
estoque para tais ações.
Ou então, se o IAP permitir, realizar repovoamentos com espécies
exóticas de outras bacias, comprovadamente não agressivas e já
ocorrentes no local.
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4. MONITORAMENTOSEm que pese não existirem atualmente impactos significativos ao meio biótico,
físico e sócio econômico, estando ambientalmente estabilizada a área do
empreendimento da Usina Cavernoso, a empresa continuará mantendo a
vigilância técnica e ambiental das suas áreas remanescentes, mormente ao
observado no item das medidas mitigadoras.
4.1. COMENTÁRIOS
4.1.1. ATENDIMENTO ÀS VISTORIAS DO IAP
O diagnóstico ora apresentado e suas possíveis ações mitigadoras
decorrentes, caso avaliações futuras demonstrem suas necessidades, é
coincidente com o relatado em 25/06/99 após inspeção realizada pelo
escritório regional IAP de Guarapuava.
4.1.2. AVALIAÇÃO FINAL DO IAP
Aguarda-se avaliação do IAP em relação ao descrito neste relatório, de
forma a atender o termo de compromisso para obtenção da Licença de
Operação para a Pequena Central Hidrelétrica de Cavernoso. Bem como
se julgar pertinente e considerar o processo ambientalmente estabilizado,
nos moldes de um P.C.A. – “Plano de Controle Ambiental”, como
referencial a novas inspeções quando das renovações periódicas de
L.O.s. para este empreendimento.
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5. EQUIPE DE TRABALHO
ÁREA COPEL
EMPRESA DE GERAÇÃOSuperintendente Geral – Eng. Luiz Fernando Leone VianaGESPR – Superintendência da Produção– Eng. Sérgio Luiz LamySPRGPR – Gestão da Produção – Eng. Takao Paulo HaraEQGMA – Equipe de Meio Ambiente – Biol. Luiz Augusto Marques Ludwig
ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
Coordenação: Luiz Benedito Xavier da Silva - Eng. Florestal – MscConsultor Técnico AmbientalRegistro IBAMA 3/41/1999/000154-0Tecnogarden –CGC 02.549.606/0001-06Registro IBAMA 4/41/1999/0001104-8
Biólogo Pleno: Luiz Augusto Marques Ludwig
Eng. Florestal Sênior: Mario Antonio Virmond Torres
Téc. Florestais Pleno Edson Mulinari Cabral
Jorge Pedrozo
Equipes de apoio: Equipe de Ictiologia Usina de Segredo
Coordenação – Claiton BastianTéc. Piscicultura
Equipe de Limnologia LACTECCoordenação – Dra. Sandra Mara AlbertiEngenheira Química
Equipe Sócio PatrimonialCoordenação – Albino Mateus Neto
Equipe de Ictiologia NUPELIACoordenação – Dr. Angelo AgostinhoBiólogo
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6. BIBLIOGRAFIA DE APOIO E CONSULTAS
Nossas Árvores – Manual para Recuperação da Reserva Florestal Legal SPVS
– 1996.
Acta – Forestalia Brasiliensis – Volume 1, Junho 1993 – ISSN 0103 – 1279,
publicação científica da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia
Florestal.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
Maack, R. – Geografia Física do Estado do Paraná – 1968.
Maack, R. – Mapa Fitossanitário do Estado do Paraná – Curitiba 1950
Programa Paraná Cidade – Atualizado 03/06/98
IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social
LACTEC – Instituto Tecnológico do Laboratório Central de Pesquisa e
Desenvolvimento
FUEM/NUPELIA – Fundação Universidade Estadual de Maringá / Núcleo de
Pesquisa em Limnologia e Aquicultura
SUDERSHA – Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e
Saneamento Ambiental