UTILIZAÇÃO DO MÉTODO DO CANTO
NOROESTE NA PROGRAMAÇÃO DE ENTREGAS
DE UMA FÁBRICA DE FORTALEZA, CEARÁ
WILLAME MONTEIRO DE PAULA (FANOR)
Kleison de Paiva Freitas (FANOR)
O estudo realizado em uma empresa de grande porte localizada na cidade de
Fortaleza, no Estado do Ceará, destinado à construção civil tem como
produto principal o concreto usinado. Assim, através de um estudo de caso,
pode-se analisar o negócio empresarial, a sua origem, suas características,
suas qualidades e os reflexos que a gestão adotada tem na sua
sustentabilidade e no seu desenvolvimento. Além disso, o estudo buscou
propor um novo modelo de programação de entregas de concretos para os
seus clientes finais com a utilização do problema de transporte com uso do
método canto noroeste, objetivando assim na minimização dos custos de
escoamento da produção. A análise do negócio tem como principais objetivos
contribuir com uma visão ampla da empresa referente ao transporte do
produto ofertado, e apontar possíveis sugestões de melhorias baseadas na
análise da cadeia de suprimento e utilização da pesquisa operacional para a
resolução dos problemas identificados. Assim, após exaustivas visitas in loco
as dependências da empresa, identificou-se um gargalo na sua logística de
transporte que foi a inexistência de uma roteirização eficaz da produção da
empresa até o seu cliente final, e, além disso, foi idenfiticado também uma
falta de uma organição na programação diária das entregas. Diante disto foi
proposto uma programação diária utilizando o método de transporte
conhecido como Canto Noroeste.
Palavras-chave: Logística de Transporte, Canto Noroeste, Problema de
Transporte.
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Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
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1. Introdução
No cenário econômico brasileiro, as grandes empresas desempenham vários papéis
fundamentais, dentre eles na contribuição positiva na geração de empregos formais, tanto de
forma direita quanto indireta. Outro fator importante que estas instituições empresariais
desempenham, são as diversas atividades que estão distribuídas na produção e no
fornecimento de produtos e/ou serviços tanto no ramo do comércio, da indústria ou de
serviços.
Este estudo teve por objetivo propor melhorias na logística de transporte de uma empresa
produtora de concretos para a construção civil, localizada no município de Fortaleza, capital
do Ceará. Atualmente, a empresa tem mais de 110 centrais espalhadas por 11 Estados do país,
que oferecem serviços e soluções construtivas, resultante dos investimentos em inovação e
tecnologia.
Diante disto, este estudo teve por objetivo analisar a cadeia de suprimento da empresa
produtora do ramo de cimentos e de compreender o seu funcionamento. Além disso, será
apresentado o seu funcionamento, a sua importância no cenário econômico local e nacional e
seu papel social no mercado na qual está inserida. Será apresentado também um breve
histórico do surgimento da empresa, qual a missão, visão e valores, suas principais
características, o ramo de atuação, seus clientes atendidos, seus fornecedores, seus
concorrentes, sua participação no mercado e a logística da sua cadeia de suprimento. Em uma
segunda parte, o estudo se objetivou em buscar processos que comprometam o bom
funcionamento da cadeia logística remetendo a prejuízos frente ao mercado competitivo, para
assim propor sugestões de melhorias que garantam à minimização dos custos e como
consequência a maximização dos seus lucros.
Após exaustivas visitas in loco às dependências da empresa, identificou-se um gargalo na sua
logística de transporte que foi a inexistência de uma roteirização eficaz da produção da
empresa até o seu cliente final, e além disso, foi idenfiticado também uma falta de uma
organição na programação diária das entregas. Diante disto foi proposto uma programação
diária utilizando o método de transporte conhecido como Canto Noroeste.
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2. Materiais e Métodos
O método de pesquisa abordado foi a de campo com o foco quantitativo, objetivando coletar
dados sobre a empresa, conhecer seu funcionamento para identificar possíveis gargalos e
propor possíveis soluções. Para isso, durante o ano de 2014, foram coletados dados referente
ao funcionamento, a quantidade de clientes com contratos fechados e qual a duração desses.
Também foram obtidas informações referentes ao processo de produção do concreto, quais as
especificidades, o que precisa para ser produzido e qual o tempo gasto em média de produção.
Além disso, foi preciso também quantificar os tempos gastos, em média, entre os processos de
produção e transporte do concreto, isso para poder utilizar com maior precisão as restrições no
método de transporte proposto para a programação das entregas.
Foi necessário fazer uma pesquisa exploratória, com entrevistas informais com colaboradores
da empresa com o intuito de entender melhor o seu funcionamento. Ainda, foram feitas as
buscas de informações em livros e bibliografias sobre os assuntos que abordem a Pesquisa
Operacional, o método de transporte adequado ao gargalo identificado na empresa, que na
ocasião era o método do Canto Noroeste, a Gestão da Cadeia de Suprimento e sobre o ramo
que a empresa está envolvida. Com isso, foi possível a elaboração da pesquisa e a sugestão de
proposta de melhoria que além de ajudar na gestão da logística de transporte da empresa
analisada, pode também enriquecer o conhecimento cientifico local, regional e nacional.
3. Referencial Teórico
De acordo Freitas (2014), a Pesquisa Operacional é uma ciência aplicada voltada para a
resolução de problemas reais. Tendo como foco a tomada de decisões, aplicando conceitos e
métodos de outras áreas científicas para concepção, planejamento ou operação de sistemas
para atingir seus objetivos. Assim, ainda de acordo o autor:
“O desenvolvimentos de base quantitativa faz com que a
Pesquisa Operacional vise também introduzir elementos de
objetividade e racionalidade nos processos de tomada de
decisão, sem descuidar, no entanto dos elementos subjetivos e
de enquadramento organizacional que caracterizam os
problemas.” (FREITAS, 2014).
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Assim, a pesquisa operacional, além de atuar na engenharia de produção de qualquer cadeia
de suprimento, a mesma também atua na logística de transporte, diante de vários métodos e
cada um com a sua especificidade. O método que foi utilizado neste trabalho foi o método do
Canto Noroeste ou Método do Canto Superior Esquerdo, que de acordo Agosti (2003), a partir
da célula superior à esquerda, transporta-se o máximo possível da origem ao destino
correspondente. Esse procedimento zera a disponibilidade da linha ou da coluna da célula.
Com isso, o próximo transporte será feito na célula contigua (à direita ou abaixo) que tenha
disponibilidade de linha e coluna correspondente. Esse método conhecido como método do
canto noroeste garante a não formação de circuitos entre as variáveis básicas, além de
satisfazer as condições de contorno (restrições de origem e destino), pois faz jus a uma
coordenada cartográfica situada entre o norte e o oeste.
Assim, dentro da concepção do negócio estudado, a eficiente gestão da cadeia de suprimento
é de fundamental importancia, pois segundo Pires (2004), é a integração dos processos de
negócio desde o usuário final até os fornecedores originais (primários) que providenciam
produtos, serviços e informações que adicionam valor para os clientes e stakeholders.
Por tanto dentro da diretriz de qualquercadeia de suprimento de qualquer ramo empresarial, o
transporte de produtos é um dos elementos mais visíveis das operações logísticas. Assim,
segundo BowerSox e Closs (2001), o transporte tem duas funções principais: armazenagem e
movimentação de produtos que serão descritos pelos autores assim:
“Na armazenagem, os veículos representam um local de
estocagem bastante caro. Entretanto, se o produto em trânsito
for estocado em um curto período de tempo, não excede a taxa
diária de uso do veiculo de transporte. Em outras palavras, se o
material permanecer no veículo por um longo período de tempo
ou ser estocado em outro local para ser pego novamente para
ser transportado ao cliente final, o custo logístico será muito
caro e algumas vezes inviável.” (BOWERSOX et al, 2001).
Desta forma, o transporte é necessário para movimentar produtos até a fase seguinte do
processo de fabricação ou até um local fisicamente mais próximo ao cliente final, estejam os
produtos na forma de matérias, componentes, subconjuntos, produtos, acabados ou
semiacabados. Com isso, o transporte movimenta produtos para frente e para trás na cadeia de
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agregação de valores. Assim, como se utiliza recursos temporais, financeiros e ambientais, é
importante que o movimento seja feito de forma rápida e eficiente.
Desta forma, o transporte utiliza recursos temporais, já que o produto final torna-se
inacessível durante o trajeto. Esse estágio também chamado de “Estoque em trânsito” tem
sido importante para as novas estratégias de gestão da cadeia de suprimentos como o just in
time e o quick response que visam reduzir os estoques das fábricas e dos centros de
distribuição.
Com isso, o transporte utiliza recursos financeiros, porque são necessários gastos internos
para manter uma frota própria ou gastos externos para a contratação de terceiros. Assim, as
despesas resultam do trabalho de motoristas, dos custos operacionais de veículos e de
eventual apropriação de custos gerais e administrativos. Além disso, devem ser consideradas
outras despesas decorrentes de possíveis perdas e danos aos produtos.
Ainda segundo Bowersox et al (2001), o principal objetivo do transporte é movimentar
produtos de um local de origem até um determinado destino minimizando ao mesmo tempo os
custos financeiros, temporais e ambientais, bem como as despesas de perdas e danos.
4. Estudo de Caso
4.1 Definições do Negócio
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE,
2013), as empresas pertencentes ao ramo industrial, são aquelas que transformam matérias-
primas, manualmente ou com auxílio de máquinas e ferramentas, fabricando mercadorias,
abrangendo assim desde o artesanato até a moderna produção de instrumentos eletrônicos.
Ainda, segundo Sobreira (2010), os incentivos fiscais e desenvolvimento econômico e
regional no Brasil alavancaram-se com a política industrial, que:
“Entre as décadas de 1930 e 1980 o governo federal
empreendeu um conjunto de políticas visando desenvolver o
parque industrial brasileiro – que ficou conhecido como
industrialização por substituição de importações (ISI) – onde a
ação estatal favoreceu o surgimento de uma indústria nascente,
seja diretamente com a criação de grandes empresas estatais,
seja por meio de indústrias brasileiras de capital nacional ou
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internacional, viabilizadas por incentivos fiscais, financeiros e
cambiais, ou mesmo por medidas protecionistas que
dificultavam a venda de produtos estrangeiros no mercado
interno.” (SOBREIRA, 2010).
4.2 Descrição dos Produtos e Serviços
A empresa oferta diversos tipos de concreto de acordo com o Quadro1, juntamente com suas
características descritas.
Tipo Descrição
Convencional
Concreto estrutural de uso corrente na maioria das estruturas. Alcança
resistências acima de 20 MPa. O lançamento é executado de forma
convencional, diretamente da bica do caminhão betoneira para a estrutura
em execução ou por meio de carrinhos de mão, gericas, calhas ou
caçambas içadas por gruas.
Bombeável
Utilizado na grande maioria das edificações verticais. Permite aplicações a
longas distâncias e alturas. O lançamento é promovido pela passagem de
concreto por equipamentos de bombeamento com lança ou tubulação
estacionária, que levam o produto por meio de tubos diretamente ao local
de aplicação.
De Alto
Desempenho
Concreto estrutural dosado a partir de insumos selecionados, com o
objetivo de produzir concretos duráveis, de baixa permeabilidade e com
resistência à compressão maior que 40 Mpa.
Leve
Concreto estrutural que apresenta baixo peso específico (entre 800 e 2.000
kg/m³) e elevada capacidade de isolamento termo-acústico. É obtido a
partir de materiais especiais. Os tipos mais utilizados são os porosos, os
celulares espumosos e os com agregados leves, tais como o poliestireno
expandido (isopor) e a argila expandida.
Pesado
Concreto estrutural especialmente dosado com agregados de elevado peso
específico, como minerais de ferro, hematita, magnetita e barita, obtendo-
se concretos de densidades que variam entre 3.200 e 4.000 Kg/m3 e
resistências de até 60 MPa. Devido à sua elevada massa específica,
apresentam boas características mecânicas e de durabilidade, além de
ótima capacidade de amortecimento de radiações por raios-X, Gama e
nêutrons de alta energia.
Colorido
Tem os mesmos requisitos de um concreto convencional ou especial que,
por meio de rigorosa seleção de agregados e da adição de pigmentos
minerais, adquire coloração. Produz acabamento arquitetônico
diferenciado, aliado à grande economia de manutenção com revestimentos
e pinturas. Na maioria das vezes, a base é o cimento cinza, podendo
também ser utilizado o cimento branco estrutural, dependendo da
tonalidade desejada.
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Quadro1: Principais tipos de concreto ofertado
Fonte: Engemix (2013)
Além disso, a empresa possui os serviços ofertados, como visto no Quadro 2.
Construção Geral
A empresa oferece o Serviço de concretagem convencional ou diferenciada (concretos
especiais), direcionado a clientes que comandam grande quantidade de obras, simultaneamente,
em localidades diversas.
Autoconstrução
A Engemix entrega o serviço de concretagem completo, o que simplifica a vida do cliente, que
não precisa comprar cada material separadamente para virar o concreto na obra, Focada no
mercado de obras de pequeno porte, com excelência no atendimento ao consumidor final.
Construção em Canteiro
Serviço que disponibiliza a instalação de um canteiro de concreto dentro da obra do cliente,
incluindo todo o maquinário, matéria-prima e mão de obra, à disposição em tempo integral.
Construção em Série
Voltado para a construção habitacional, permite a execução de edificações térreas ou de andares
múltiplos, em que a velocidade de execução, a repetibilidade e a produtividade do canteiro
sejam premissas para o desenvolvimento do projeto. Envolvimento em todas as etapas do
projeto: planejamento, apoio no processo executivo, no desenvolvimento de traços, na escolha
da melhor logística de serviços, na indicação dos equipamentos e equipes mais adequados e em
soluções comerciais transparentes e inovadoras.
Quadro 2: Serviços ofertados
Fonte: Engemix (2013)
4.3 Tecnologia em automação
O sistema de automação de concreto adotado pela empresa garante o balanceamento
adequado da matéria-prima, permitindo mais segurança na dosagem e garantindo a qualidade
dos produtos.
Compactado a
Rolo
Especialmente dosado para atender ao módulo de elasticidade especificado
para a estrutura. Entre suas características, destaca-se o alto teor de
agregados graúdos em sua composição. Quando possível, utilizam-se
agregados obtidos de rocha de grande rigidez, como o basalto, aliados à
alta resistência mecânica do concreto.
Para Pisos
Industriais
Mantém a trabalhabilidade e o tempo de pega adequados para seu
lançamento e perfeito adensamento, caracterizado por ter baixa
permeabilidade, elevada resistência à abrasão e baixos níveis de fissuração
Sem Finos
Alta porosidade devido à ausência de finos, ou seja, sem areia. Sua massa
específica varia de acordo com o agregado graúdo utilizado (brita, seixo,
argila expandida).
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4.4 Logística
O sistema de logística colocado à disposição dos clientes é estruturado nos pilares de
confiabilidade, rapidez e conforto. No mercado do município de São Paulo, no sudeste
brasileiro, a empresa é pioneira em oferecer um serviço 100% online. Além de fazer pedidos,
o cliente pode acompanhar via internet, em tempo real, por meio do rastreamento dos
veículos, todas as etapas do processo de entrega.
4.5 Controle de qualidade
A empresa dispõe de completos laboratórios de controle de qualidade e equipes altamente
capacitadas para a realização de ensaios tecnológicos e monitoramento dos processos. A
Engemix é referência em sistemas de controle de resistência à compressão do concreto.
Assim, por meio de um controle rigoroso, a empresa atingiu o recorde de resistência no
Edifício E-Tower com 125MPa (Tecnum Engenharia - 2002), o recorde de bombeamento em
altura com 158m no Centro Empresarial Nações Unidas (Método Engenharia - 1989) e o
recorde brasileiro de maior área de piso sem juntas com 178.000m2 de concreto pro tendido
(Engenharia de Pisos - 2006).
4.6 Visão de Processo
A visão do processo produtivo da cadeia de suprimento da empresa é a visão puxada, pois só
se produz o concreto após o pedido do cliente, pois a empresa considerainviável no mercado
se trabalhar com outro tipo de visão de processo referente ao produto, e esse ter a
particularidade de tomar forma definitiva após 3 horas da sua produção.
4.7 Problemática no transporte
Após a análise realizada na logística de transporte da empresa, foi identificado que a empresa
não define uma rota e um controle de horários para as entregas dos produtos até o seu cliente
final, comprometendo assim a qualidade do atendimento dos clientes devido à desorganização
das programações diárias.
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5. Proposta de Melhoria
Para se chegar à proposta de melhoria da empresa analisada, fez-se necessário definir a
problemática na sua logística de transporte. Para isso, a afirmação de Freitas (2014) de que o
método de transporte do canto noroeste permite ao gestor de transporte definir quais são os
seus clientes prioritários, ou seja, aquelas em que se a demanda for maior que oferta, decide-
se qual cliente atender primeiro além de outro, visto que o sistema não é equilibrado, foi
possível identificar que na empresa analisada não há uma definição de clientes prioritários,
caso ocorre um desequilíbrio no sistema de demanda e oferta, fazendo com que a empresa não
reconheça quem são seus clientes mais ou menos importantes sob o ponto de vista de retorno
financeiro para a sua gestão. Para isso, foram elaboradas as seguintes propostas.
5.1 Definição de roteirização
Para os problemas apresentados, a primeira solução foi criar inicialmente o melhor trajeto
para cada cliente. Assim, para essa definição foi levado em conta à distância (km), o tempo
decorrido (minutos) e o tráfego no trânsito. Para isso, foram escolhidos os 3 principais
clientes da empresa Engemix, denominados de cliente A, B e C, e deles foram obtidos as
atuais roteirizações adotadas pela empresa na sua prática de escoamento da produção, como
visto nas Figuras 1 a 3. Sendo que a empresa possui 7 caminhões do tipo betoneira, que tem
por objetivo misturar o concreto produzido para que o mesmo não endureça e assim a empresa
perca a produção antes de chegada no cliente final.
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Figura 1: Roteirização do cliente A
Fonte: Google Maps
Rotas:
1. Rua Professor Henrique Firmeza, 900, Cais do Porto,
2. Av. José Sabóia,
3. Av. Vicente de Castro,
4. Av. da Abolição,
5. Av. Alm. Henrique Sabóia/Via Expressa Parangaba,
6. Av. Gov. Raul Barbosa,
7. Av. Alberto Craveiro,
8. Rod. BR-116 - Pista Lateral,
9. R. Newton Craveiro,
10. R. Fausto Aguiar,
11. R. Alodia - Parque Iracema.
Percurso: 16,2 km,
Tempo de viagem de ida: 40 minutos.
Tempo de viagem da volta: 30 minutos.
Tempo descarregamento: 20 minutos.
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Figura 2: Roteirização do cliente B
Fonte: Google Maps
Rotas:
1. R. Prof. Henrique Firmeza, 900 - Cais do Porto,
2. Av. José Sabóia,
3. Av. Vicente de Castro,
4. Av. da Abolição,
5. Av. Alm. Henrique Sabóia/Via Expressa Parangaba,
6. Av. Gov. Raul Barbosa,
7. Av. Alberto Craveiro,
8. Rod. BR-116 - Pista Lateral,
9. Av. Fr. Cirilo,
10. Av. Min. José Américo,
11. Av. Washington Soares,
12. Av. Mto. Lisboa,
13. Av. Manoel Mavignier,
14. Av. Litorânea,
15. Av. Litorânea,
16. CE-025,
17. Av. Mar Mediterãneo,
18. Via Coletora Litorânea II,
19. R. Porto das Dunas, 2734, Porto das Dunas Aquiraz.
Percurso: 30,0 km,
Tempo de viagem de ida: 55 minutos.
Tempo de viagem de volta: 45 minutos.
Tempo de descarga: 20 minutos.
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Figura 3: Roteirização do cliente C
Fonte: Google Maps.
Rotas:
1. R. Prof. Henrique Firmeza, 900 - Cais do Porto,
2. Av. José Sabóia,
3. Av. Vicente de Castro,
4. Av. da Abolição,
5. Av. Alm. Henrique Sabóia/Via Expressa Parangaba,
6. Av. Gov. Raul Barbosa,
7. Av. Alberto Craveiro,
8. Rod. BR-116 - Pista Lateral,
9. Av. Fr. Cirilo,
10. Av. Min. José Américo,
11, Av. Washington Soares,
12. R. Santo Hipólito,
13. R. Elza Leite Albuquerque,
14. R. Santa Rita - Alagadiço Novo.
Percurso: 19,8 km,
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Tempo de viagem de ida: 50 minutos.
Tempo de viagem de volta: 40 minutos.
Tempo de descarga: 20 minutos.
5.2 Sugestão de Programação de Entregas
Logo após quantificar os tempos utilizados nos processos de produção, as capacidades de
cada caminhão com relação ao concreto que é 8m3, e a demanda de cada cliente A, B e C (em
m3), pode-se aplicar o método Canto Noroeste para com isso propor uma melhor organização
das entregas. A empresa possuía oferta necessária para atender a demanda dos três clientes.
Para isso, foi elaborada uma programação de entregas para um dia específico, que foi definido
de forma aleatória, utilizando-se o método de transporte adotado, como visualizado no
Quadro 3.
Para compreensão da proposta de melhoria foi feito o seguinte: Os sete caminhões disponíveis
foram alocados cada um pelo horário estabelecido no Quadro 3 e de acordo com a sua
capacidade máxima de 8m3 de concreto. Assim, é possível verificar que o cliente, de acordo
sugestão dos dirigentes da empresa, o cliente B é o cliente prioritário em comparação com o
cliente A e com o cliente C, respectivamente, sendo assim, após atender toda demanda do
cliente B, parte-se para o cliente A e finaliza-se no cliente C. Essa definição de prioridade é de
forma arbitrária de acordo as necessidades e relacionamento mercadológico que tal cliente
tem com relação à empresa produtora de concreto.
Horário
de
Entrada
Horário
de saída Origem
Cliente
B
Cliente
A
Cliente
C
Capacidade
(m3)/ Caminhão
07:00 07:10 Caminhão 1 8m3 8m
3
07:10 07:20 Caminhão 2 8m3 8m
3
07:20 07:30 Caminhão 3 8m3 8m
3
07:30 07:40 Caminhão 4 8m3 8m
3
07:40 07:50 Caminhão 5 8m3 8m
3
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07:50 08:00 Caminhão 6 8m3 8m
3
08:00 08:10 Caminhão 7 8m3 8m
3
09:00 09:10 Caminhão 1 8m3 8m
3
09:10 09:20 Caminhão 2 8m3 8m
3
09:20 09:30 Caminhão 3 8m3 8m
3
09:30 09:40 Caminhão 4 8m3 8m
3
09:40 09:50 Caminhão 5 8m3 8m
3
09:50 10:00 Caminhão 6 8m3 8m
3
10:00 10:10 Caminhão 7 8m3 8m
3
11:00 11:10 Caminhão 1 8m3 8m
3
11:10 11:20 Caminhão 2 8m3 8m
3
11:20 11:30 Caminhão 3 8m3 8m
3
11:30 11:40 Caminhão 4 8m3 8m
3
11:40 11:50 Caminhão 5 8m3 8m
3
11:50 12:00 Caminhão 6 8m3 8m
3
12:00 12:10 Caminhão 7 8m3 8m
3
12:50 13:00 Caminhão 1 8m3 8m
3
13:00 13:10 Caminhão 2 8m3 8m
3
13:10 13:20 Caminhão 3 8m3 8m
3
Demanda (m3) 72 64 56 192
Quadro 3: Programação das entregas através do método Canto Noroeste.
Fonte: Dados do Pesquisador
6. Considerações finais
Com a sugestão de melhoria apresentada com a utilização desse simples método que é
abordado na teoria da pesquisa operacional, pode-se propor uma melhor organização na
entrega do produto para seus clientes com uma melhor otimização neste processo, trazendo
uma maior responsividade e organização do atendimento e priorizando os principais clientes,
no caso o cliente B, em comparação com o cliente A e C, fazendo tudo isso de forma
organizada e respeitando as restrições nos processos logísticos envolvendo a fabricação do
produto e o seu escoamento.
Com a análise feita através da elaboração deste projeto, foi possível traçar o perfil de uma
fábrica produtora de concreto, no caso, a empresa Engemix, conhecendo sua história, suas
principais qualidades, valores e problemáticas na logística de transporte.
Também foi possível vivenciar na prática as teorias e suas aplicações de uma fábrica de
concreto, e descobrir que não representa apenas ofertar o produto ao seu cliente,
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proporcionando agregação de valores e aprendizagem tanto de forma acadêmica quanto
profissional.
Referências Bibliográficas
AGOSTI, C. Apostila de Pesquisa Operacional. Santa Catarina, 2003.
Bowersox, Donald J.;Bowersox, John C.; Closs, David J.; Cooper, M. Bixby. Logística Empresarial, Editora
Atlas, 2001.
Engemix, disponível em:<http://www.engemix.com.br/>, Acesso em: 03 de abril 2013, às 08h45 min..
FREITAS, K. P. Notas de aula, Pesquisa Operacional, Devry University, Faculdades Nordeste (Fanor),
Fortaleza, 2014.
PIRES R. I.S. Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management), Editora Atlas, 2004, p 41.
SOBREIRA, M.M. Política de incentivos fiscais: quem recebe isenção por setores e regiões do país,
Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados em: <http://bd.camara.gov.br/, 2010 Acesso em: 08 de abril 2013,
às 10h20 min.
SEBRAE, disponível em: <http://www.sebrae.com.br/>, Acesso em: 22 de abril 2013, às 15h10min.