V FÓRUM CIENTÍFICO DA FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO: DIREITOS HUMANOS E MOVIMENTOS
SOCIAIS
ANAIS
ARAGUAÍNA/TO
2013
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DOM ORIONE
V Fórum Científico da Faculdade Católica Dom Orione
Anais
Tema: “PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO: DIREITOS HUMANOS E
MOVIMENTOS SOCIAIS”
ISBN: 1982-2308
21, 22 e 23 de novembro de 2013 – Faculdade Católica Dom Orione
Araguaína - TO
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DOM ORIONE
Presidente: Pe. Francisco de Assis Silva Alfenas
Vice Presidente: Pe. Antonio Soares de Araújo
Tesoureiro: Pe. Eduardo da Silva Neves
Secretário: Pe. Márcio Almeida do Prado
FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE
Diretoria Geral: Pe. Francisco de Assis Silva Alfenas
Diretoria Acadêmica: Humberto Tenório Gomes
Diretor Administrativo: Pe. Eduardo Caliman
Coordenação do Núcleo de Pesquisa e Extensão - NUPEX: Helena Mendes da Silva
COMITÊ ORGANIZADOR DO V FÓRUM CIENTÍFICO
Helena Mendes da Silva - presidente
Elisangela Silva de Sousa Moura
Geraldo Alves Lima
Maria das Graças Aires de Medeiro Andrade
Nilsandra Martins de Castro
COMISSÃO AVALIADORA DE TRABALHOS
Helena Mendes da Silva - presidente
Elza Peixoto
Nilsandra Martins de Castro
PARCERIA: UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT
Organizadora Responsável pelos Anais do V Fórum Científico: Helena Mendes da
Silva e Nilsandra Martins de Castro.
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário
Eduardo Ferreira da Silva CRB-2/1257
F692
Fórum Científico da Faculdade Católica Dom Orione, 5., Araguaína, TO, 2013. Anais do V Fórum Científico da Faculdade Católica Dom Orione / Faculdade Católica Dom Orione, 21 a 23 de novembro de 2013 / organizado por Helena Mendes da Silva; Nilsandra Martins de Castro -- Araguaína : FACDO, 2013 Tema: Produção do conhecimento: direitos humanos e movimentos Sociais ISBN: 1982-2308
1. Direitos humanos - Solidariedade 2. Racionalidade jurídica - Ética 3. Eleições – Cidadania 4. Direitos difusos e coletivos 5. Garantias fundamentais I. Silva, H.M. II. Castro, N.M. III. Titulo VI. Anais do V Fórum Científico da Faculdade Católica Dom Orione
CDD 342.085
São Luís Orione
Missão da Faculdade Católica Dom Orione “Ofertar ensino superior de qualidade, fundamentado no carisma de São Luís
Orione, no universalismo científico e no respeito à diversidade cultural, contribuindo
para o desenvolvimento da sociedade com ética e vivência dos preceitos cristãos.”
APRESENTAÇÃO
O V Fórum Científico da Faculdade Católica Dom Orione é um evento anual,
de natureza científica, proposto e organizado pelo Núcleo de Pesquisa e Extensão –
NUPEX e que, neste ano, ocorreu nos dias 21, 22 e 23 de novembro. Contou com a
participação compromissada dos cursos de graduação e pós graduação da
instituição e de toda comunidade científica do norte do Brasil e, em especial do
Norte do Tocantins, incluindo nesta edição a parceria da Universidade Federal do
Tocantins.
As atividades que integraram o V Fórum Científico da Faculdade Católica
Dom Orione corresponderam à pesquisa, extensão e iniciação científica, por meio de
coleta de dados, leitura, produção escrita e apresentação de temas, que foram
selecionados nas modalidades de Artigos Completos, Resumos Estendido e
Resumos e que puderam ser expostos nas formas Banner e Comunicação Oral ou
em ambas, além das discussões realizadas nas mesas redondas de debate de
temas relativos ao tema principal e o Café Literário, que oportunizou a divulgação da
produção dos poetas locais, incluindo os trabalhos dos escritores da Acadêmica de
Letras de Araguaína e Norte Tocantinense – Acalanto.
O tema do V Fórum Científico foi “A Produção do Conhecimento Científico:
Direito Humanos e Movimentos Sociais”, que se justificou pela perspectiva de
construir ou reforçar laços de solidariedade existentes entre a comunidade
acadêmica e às demandas sociais e populacionais, assim como, verificar quais são
as pesquisas científicas realizadas na região norte do país, em especial, no Estado
do Tocantins. O tema compõe uma das linhas de pesquisa da Faculdade Católica
Dom Orione, que evidência sua missão.
Helena Mendes da Silva Lima
Coordenadora do NUPEX
BOAS VINDAS
É com imensa alegria que a Faculdade Católica Dom Orione recebe e
deseja dar boas-vindas a toda à Comunidade Científica do Norte do Brasil, em
especial do Tocantins e da Universidade Federal do Tocantins – UFT, para participar
do V Fórum Científico que tem como tema A Produção do Conhecimento: Direitos
Humanos e Movimentos Sociais.
O V Fórum Científico busca reunir diversos profissionais e é aberto a todas
as áreas do conhecimento científico; assim é composto por professores
especialistas, mestres e doutores dispostos a abordar seu tema nos mais diversos
aspectos e diferentes perspectivas a fim de privilegiar a pluralidade conceitual,
teórica e metodológica, promovendo discussões instigantes e fomentando a
aprendizagem interativa e interdisciplinar, por meio da Pesquisa, Extensão e
Iniciação Científica.
Um evento desta natureza e tão abrangente como é o V Fórum Científico
não poderia ser realizado sem o apoio e a dedicação de todas as pessoas
envolvidas diretamente e indiretamente e da parceria com a Universidade Federal do
Tocantins. A estas pessoas e a UFT queremos externar toda a nossa gratidão na
esperança de sempre podermos contar com todos.
Alegramo-nos com a presença de todos os participantes, em especial com
os autores de trabalhos, conferencistas, debatedores e mediadores e esperamos
que o V Fórum Científico seja uma oportunidade que nos leve a reflexão e ao
estímulo à pesquisa.
Comitê Organizador
DISCURSO DE ABERTURA DA COORDENADORA DO
Núcleo de Pesquisa e Extensão – NUPEX
Cumprimento a todos os membros da mesa na pessoa do Reverendíssimo
Pe. Francisco de Assis Alfenas. Diretor da Faculdade Catolica Dom Orione
Cumprimento a todos os docentes e discentes e demais inscritos presentes
na pessoa do professor da Professora Maria das Graças Aires de Medeiros
Andrade.
É com imensa satisfação que o Núcleo de Pesquisa e Extensão – NUPEX,
da Faculdade Católica Dom Orione, apresenta a toda a comunidade acadêmica de
Araguaína e Região o V Fórum Científico que nesta edição abordará o tema:
Produção do Conhecimento Científico e as relações de solidariedade.
O tema deste ano foi pensado carinhosamente pela equipe de docentes da
Faculdade Católica Dom Orione que buscou evidenciar a linha de pesquisa Direitos
Humanos e solidariedade: racionalidade jurídica e ética; eleições e cidadania;
direitos difusos e coletivos; penalidade e reabilitação; princípios e garantias
fundamentais.
Cabe ressaltar que as discussões sobre DIREITOS HUMANOS E
MOVIMENTOS SOCIAIS não estão restritas aos cursos de Administração e Direito
da Faculdade Católica, uma vez que a abrangência do tema comporta a participação
de profissionais de todas as áreas do conhecimento, pois o sentido de Direitos
Humanos sugere uma rede de conhecimentos fundamentada no comprometimento
da academia com a comunidade e neste sentido podemos dizer que o conhecimento
científico muito poderá realizar em prol da comunidade NA GARANTIA DE
DIREITOS E DIGNIDADE HUMANA.
Ademais, a escolha do tema indica a observação firme e constante da
missão institucional da nossa faculdade que é “Ofertar ensino superior de qualidade,
fundamentado no carisma de São Luís Orione, no universalismo científico e no
respeito à diversidade cultural, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade
com ética e vivência dos preceitos cristãos”.
Também ressaltamos que o V Fórum Científico é um dos elementos da
nossa instituição que busca fortalecer a formação de um egresso crítico e reflexivo
para todos os cursos de Graduação, tanto da nossa faculdade como de outras
instituições as quais temos a honra de receber, e neste ínterim, gostaríamos de
agradecer a parceria efetuada com a Universidade Federal do Tocantins, que muito
contribui para com o sucesso da nossa atividade e para com a elevação da
sociedade do Estado do Tocantins.
Desta maneira e na certeza de que o V Fórum Científico muito acrescentará
a nossa comunidade acadêmica e que seu tema se justifica pela perspectiva de
construir ou de reforçar a luta pelos direitos e dignidade dos homens existentes entre
a comunidade acadêmica e às demandas populacionais, assim como, verificar quais
são as pesquisas científicas realizadas na região norte do país, em especial no
estado do Tocantins é que declaramos aberta as atividades deste evento.
Muito Obrigada.
MEMÓRIA DO FÓRUM CIENTÍFICO
Geraldo Alves Lima
“Vivemos com nossa memória. Melhor dizendo, somos nossa própria
memória”. A vida não é julgada pelo tempo, mas pelas memórias dos momentos
especiais. Logo este grande estante de nossas vidas é um grande momento
especial. Parafraseando José Saramago e Leonid Sukhorukov. Por isso que
estamos neste exato momento celebrando a cultura da ciência.
Linhas de pesquisa FACDO
I- Desenvolvimento sustentável e meio ambiente: Gestão ambiental
desenvolvimento e responsabilidade sócio-ambiental.
II- Cidadania e inclusão social: campo e cidade
III- Identidade, memória e direito: Diversidade e cultura; gênero e cidadania.
IV- Gestão, conhecimento e inovação.
V- Direitos humanos e solidariedade: Racionalidade jurídica e ética; eleições
e cidadania; Direitos difusos e coletivos; penalidades e reabilitação; princípios e
garantias fundamentais
HISTÓRICO
Ano Tema principal Conferência de
abertura
Palestrante
2009 A produção do conhecimento no
Norte do Brasil
Ensinando e fazendo
ciência em regiões sem
tradição cientifica
Prof. Wilame Gomes
de Abre.
2010 Desenvolvimento sustentável e
desafios sócio-ambientais
Desenvolvimento
sustentável e desafios
sócio-ambientais
Prof. Dr. .Ariovaldo
Umbelino de Oliveira
2011 A produção do conhecimento
científico no exercício da
cidadania
A produção do
conhecimento científico
no exercício da
cidadania
Prof. Dr. Bernardo
kipnis- UnB
2012 Produção do conhecimento
científico e as relações de
solidariedade
Produção do
conhecimento cientifico
e as relações de
solidariedade
PhD.Pedro Demo-
UnB
2013 Direitos humanos e movimentos
sociais.
Direitos humanos e
movimentos sociais
PhD.Dalmo Dallari
CONFERÊNCIA DE ABERTURA
21.11.13
A conferência de abertura do V Fórum Científico que teve como tema “A
Produção do Conhecimento: Direitos Humanos e Movimentos Sociais” foi realizado
pelo PHD Dalmo de Abreu Dallari jurista brasileiro, formado pela Faculdade de
Direito da Universidade de São Paulo.
É Professor Emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Entre suas principais obras destaca-se Elementos de Teoria Geral do Estado.
Publicou em 2001 a obra pioneira acerca de perspectivas do Estado para o
futuro – denominada de O Futuro do Estado - trata do conceito de Estado mundial,
do mundo sem Estados, dos chamados Superestados e dos múltiplos Estados do
Bem-Estar.
Tornou-se em 1996 professor catedrático da UNESCO na cadeira de
Educação para a paz, Direitos Humanos e Democracia e Tolerância, criada pela
Universidade de São Paulo.
A conferência se deu no dia 21 de novembro de 2013 às 19:00 no auditório
Pe. Remiggio Corazza, na FACDO.
CONFERÊNCIAS NAS MODALIDADES DE MINI CURSOS
22.11.13
As conferências nas modalidades de mini cursos do V Fórum Científico
foram realizadas pelos Professores Msc. Marcelo Barbosa Cezar; Msc. Daniel
Cervantes Ângulo Vilarinho, Msc Wellington Holanda Morais Júnior, José Hilário
Rodrigues e Dra. Lúcia Maria Barbosa do Nascimento.
1 DIREITOS HUMANOS E DIREITOS DA PERSONALIDADE: Desafios para o
século XXI
Msc. Daniel Cervantes Ângulo Vilarinho – Possui graduação em Direito pela
UNORP (2001) e graduação em História pelo IMES – FAFICA (2007). Especialista
em Direito Civil e Processual Civil pela UNORP (2003) é Mestre em Direito pela
UNAERP (2010). Atualmente coordena o curso de Direito da Faculdade Católica
Dom Orione – Araguaína-TO.
Esp. José Hilário Rodrigues. Possui graduação em Direito pela Universidade
Católica Dom Bosco (1991). Atualmente é professor da Faculdade Católica Dom
Orione.
Msc. Wellington Holanda Morais Júnior - Possui graduação em Direito pelo
Centro Universitário de Brasília (2007). Possui também especialização em Português
Jurídico pela Faculdade Processus/DF (2009). Professor da Faculdade Dom Orione
– Araguaína-TO.
2 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS E OS PARÂMETROS DE ÉTICA NAS
EMPRESAS
Msc. Marcelo Barbosa Cezar – Professor da Universidade Federal do Tocantins –
UFT, no curso de Gestão e Logística
3 A ART’MANHA DE ELABORAR ARTIGO E RESUMOCIENTÍFICOS
Dra. Lúcia Maria Barbosa do Nascimento - Possui graduação em Direito pelo
Centro Universitário Eurípides de Marília (1996), mestrado em Ciência da
Informação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002),
mestrado em Direito pelo Centro Universitário Eurípides de Marília (2006), doutorado
em Ciência da Informação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho (2009). Tem experiência docente na área de Direito, Ciência da Informação e
Administração. Parecerista de artigos científicos, orientadora em Programa de
Iniciação Científica e Trabalho de Conclusão de Curso.
APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS
No dia 23.11.13, pela manhã (das 8:00 às 12:00) aconteceu as
apresentações de trabalhos aprovados pelo V Fórum Científico.
Os trabalhos aprovados no V Fórum Científico foram apresentados nas
modalidades de Artigos Completos, Resumos e Resumos estendidos, na forma de
Banner, Comunicação Oral, ou em ambas as formas.
Todos os trabalhos apresentados em Comunicação Oral foram distribuídos
em salas específicas e para cada trabalho foi conferido o tempo de 20 minutos de
apresentação e 10 minutos de arguição pelos professores responsáveis pela sala e
pelo público presente.
Os trabalhos apresentados em forma de Banner foram expostos próximos a
sala de vídeo, em que os autores puderam explanar sobre os temas expostos ao
público participante do evento.
Total de trabalhos:
a) Resumos estendidos em forma de comunicação oral: 1
b) Resumos em forma de Comunicação Oral: 14
c) Resumos em forma de Banner e Comunicação Oral: 3
RESUMOS ESTENDIDOS EM FORMA DE COMUNICAÇÃO ORAL
A TEMATIZAÇÃO DA MULHER EM PRATICAS DE SOCIABILIDADE: UMA
LEITURA DE “LAÇOS DE FAMÍLIA”, DE CLARICE LISPECTOR
THEMATIZATION WOMAN IN PRACTICES SOCIABILITY: A READING OF
"FAMILY TIES" BY CLARICE LISPECTOR
Fábio Sousa Araújo (UFT)1
RESUMO
O preconceito contra a mulher não é recente na história da humanidade. Trata de
um conjunto de discursos que ao longo dos anos a coloca como algo inferior, sem
relevância para a sociedade. Assim sendo, pretende-se ao longo deste trabalho
contribuir para o processo de formação do individuo ativo no meio social ao propor
uma reflexão a partir de um aparato teórico – critico acerca das questões de gênero,
pois é evidente o silenciamento quando buscamos conhecer algo sobre o percurso
da mulher em práticas de sociabilidade. A metodologia utilizada neste trabalho é a
de base bibliográfica. Cabe ressaltar que apesar das representações da mulher vir
mudando consideravelmente nos últimos anos, ainda há resquícios de épocas em
relação à condição feminina no contexto social.
Palavras-chave: Mulher. Representação. Preconceito. Contexto social.
ABSTRACT
Prejudice against women is not new in the history of mankind. Is a set of speeches
over the years puts a woman as something inferior, without relevance to society.
Accordingly, it is intended in this work to contribute to the process of formation of the
individual in society active in proposing a reflection from a theoretical apparatus -
critical, it is evident silencing when we seek to know something about the route of 1Acadêmico de Letras - Português – Inglês e Respectivas Literaturas da UFT – Universidade Federal do Tocantins – E-mail. [email protected]
women in practice sociability. Despite the changing representations of women came
considerably in recent years there are still remnants of times regarding the status of
women in the social context.
Keywords: Woman. Representation. Prejudice. social context
1 INTRODUÇÃO
Muito se tem discutido, recentemente, acerca das mudanças sociais
ocorridas ao longo dos anos, pois através de um discurso moralizador há certa
resistência de boa parte da população em relação ao espaço ocupado pela mulher
na sociedade. Dessa maneira buscamos retratar de forma bastante representativa a
condição feminina perante uma sociedade patriarcal sempre marcada por
estereótipos enraizados que se repetem de geração em geração.
No anseio de práticas democráticas mais igualitárias ousamos percorrer um
caminho talvez ousado, mas, diga-se de passagem, gratificante haja vista a
necessidade de alavancarmos discussões no sentido de conscientizar, de
sensibilizar sujeitos capazes de refletirem sobre o processo de transformação no
que diz respeito à prática de sociabilidade e de gêneros nos dias atuais.
O ambiente familiar e o espaço social foi durante muito tempo um lugar
destinado apenas ao homem, o qual nos revela muito mais que um simples cotidiano
banal, trata-se de uma representação da condição feminina submissa a uma rede de
obrigações que a delimita ao espaço doméstico, essa limitação nos leva a refletir
sobre a nossa sociedade o qual se naturalizou que a mulher se restringe ao espaço
do lar, do cuidar dos filhos, a função de reproduzir. Para Foucault (2004, p. 9), “O
casal, legítimo e procriador, dita a lei. Impõe-se como modelo, faz reinar a norma,
detém a verdade, guarda o direito de falar, reservando-se o principio do segredo”.
É, pois, delegada a mulher o cuidar do outro, na maioria das vezes deixando
de lado seus próprios desejos e sonhos, manifestado apenas no inconsciente. No
entanto, percebemos que há uma oposição entre o eu e o outro, os papeis que
ocupam se diferenciam, cabendo ao homem o espaço público e social, sendo
caracterizado como um ser útil à sociedade, já a mulher é destinada ao espaço
fechado da casa, a obrigações restritamente familiares.
É inegável que aparecimento da demanda pelo estudo da história das
mulheres se relaciona intimamente com as pautas do movimento feminista e têm
início por volta das décadas de 1960 e 1970. Essa história passou por grandes
mudanças no transcorrer de sua construção. Da história da pedagogização dos
corpos chegando finalmente à história das mulheres no espaço social e do trabalho.
E, como se pouco a pouco se desnudasse uma estratégia, um
descortinamento por meio da escrita, é neste momento que a literatura busca
retratar uma sociedade tão assimétrica. Uma incessante busca por um espaço, por
um lugar na sociedade, pois o fato da pessoa estar em meio à multidão não garante
sua completude.
Para Eribon (2008, p. 34), “[...] a cidade é também um mundo social, um
mundo de socialização possível, e ela permite superar a solidão tanto quanto
protege o anonimato.” A voz oprimida da mulher demonstra um grande instrumento
literário, motivado pelo desejo de mudança, mediante a vontade de fazer parte de
fato da organização social.
Sob esse ponto de vista, Clarice Lispector pode ser considerada como
exemplo de autoria feminina, com o livro laços de família, cuja primeira edição
publicada em 1960, é composto por treze contos que tratam do imaginário familiar e
da condição feminina nas décadas de 1940 a 1960, época nas quais os contos
foram escritos. A autora em torno do tema “laços de família” discorre sobre as
relações familiares diante de uma estrutura familiar tradicional, retratando situações
da vida diária, das relações entre homens e mulheres que podem emanar do circulo
doméstico.
Por este viés, Clarice Lispector demonstra, por meios das personagens
mulheres, submissa aos valores de uma sociedade conservadora, aprisionadas de
certa forma ao ambiente familiar e ao mesmo tempo laçada pela falsa aparência de
felicidade, a autora através da sua escrita expõe vidas aparentemente estáveis que
inesperadamente se modifica, são em sua maioria laços familiares de dedicação e
de aprisionamento.
E nesse estudo, algumas das características temáticas serão analisadas
como forma de retratar o percurso da mulher em práticas de sociabilidade por meio
da literatura. O conto escolhido, Laços de Família, através da relação marido,
mulher e família.
O texto inicia-se narrando a partida de Severina, após uma visita a casa da
família da filha Catarina, o esposo e o filho do casal. A mulher e a mãe e se
acomodam no taxi, pois o mesmo os levaria até a estação onde Severina pegaria o
trem. No decorrer dos acontecimentos percebe-se uma grande tensão entre
Severina, Catarina e o marido, uma vez que de um lado a mãe contava e recontava
as duas malas tentando convencer-se de que não havia esquecido nada, de outro o
desejo reprimido de dizer o não dito, há entre mãe e a filha uma ausência de
intimidade, pois o amor entre elas era velado como se existisse apenas no
imaginário familiar.
Há uma tentativa de aproximação entre Severina e o marido da filha que
antes mal se entendiam, mas na hora da despedida transformam-se em seres
exemplares, ou seja, ele em um bom genro e ela em uma boa sogra. Percebemos
que os personagens até tem noção da situação em que vivem, mas agem em
constante representação tornando evidente uma falsa harmonia, manifestando uma
vida de aparências: “Perdoe alguma palavra mal dita, dissera a velha senhora, e
Catarina, com alguma alegria, vira Antônio não saber o que fazer das malas nas
mãos, a gaguejar — perturbado em ser um bom genro.” (LISPECTOR, 1998, p. 94).
A caminho da estação tais barreiras são quebradas a partir do momento em
que o carro freia abruptamente ocorrendo, nesse momento, uma ruptura na rotina
banal das personagens, pois ambas são levadas a refletirem sobre sua condição de
mãe e filha, ou seja, a uma tomada de consciência de sua própria existência. Foi
devido a esse acontecimento que as personagens passaram a reconhecer um
sentimento adormecido, porém ativado em virtude do contato físico. Santiago afirma
que
O acontecimento em Clarice transforma o personagem, fortalecendo o indivíduo. Ele cria um antes e um depois, valoriza a (um menos hostil, menos perecível) e ao outro (mais hostil, mais perecível) acarretando uma evolução não linear. (SANTIAGO, 2004, p. 337).
Foi através desse acontecimento comum que Catarina e Severina passaram
a redescobrir a própria vida, além do mais verificamos outros pontos importantes
que a autora aborda com tamanha inteligência, de como se dá a representação do
pai e da mãe para os filhos nessa época. Conforme observamos nessa passagem:
“Apesar de que nunca se haviam realmente abraçado ou beijado. Do pai, sim.
Catarina sempre fora mais amiga” (LISPECTOR, 1998, p. 96). O disciplinamento dos
corpos é bastante representativo nessa passagem, pois nos revela a preferência da
filha pelo pai, de modo que as relações afetivas são determinadas pela opressão
mediante uma sociedade patriarcal.
No referido conto o sentimento velado e mudo é determinante para
percebermos a condição que ambas viviam, pois apesar de serem mãe e filha mais
pareciam duas estranhas, porém havia a necessidade de uma dizer para a outra
“mãe eu sou sua filha”, mas Catarina termina por lhe aconselhar a não pegar
corrente de ar como se o peso da distância a impedisse de demonstrar tal afeto.
Além disso, as repetições que a velha utiliza podem representar o fardo pesado que
a mulher carrega ao longo das gerações, comportamentos herdados e
determinantes para explicar tais atitudes.
Ao chegar da estação Catarina se dirige até o quarto do filho no qual
forçadamente procura demonstra-lhe vagamente algum tipo de afeto, mas ao chegar
lá o enxerga na sua condição de mero reprodutor das atitudes do pai, ou seja,
indiferente e calado, o menino por um estante a chama de mãe. Conforme veremos
a seguir: “- mamãe, disse o menino. Catarina voltou-se rápida. Era a primeira vez
que ele dizia “mamãe”, nesse tom e sem pedir nada.” Mas mesmo após esse
momento afetivo a mulher abruptamente pergunta a quem deveria contar tal feito,
pois a alegria era tamanha, então com uma quebra de uma barreira a mulher sorriu,
mas desta vez não como antes “a mulher inesperadamente riu de fato para o
menino, não só com os olhos: o corpo todo riu quebrado, quebrado um invólucro, e
uma aspereza aparecendo como uma rouquidão.” (LISPECTOR, 1998, p. 100).
A mulher com uma atitude audaciosa convida o filho para passear, o marido
assusta-se, pois ao vê-la sair teme que a mulher sinta o gosto da liberdade e, além
disso, teme o amor do filho pela mãe. “via preocupado que sua mulher guiava a
criança e temia que neste momento em que ambos estavam fora de seu alcance ela
transmitisse a seu filho... mas o quê?” (LISPECTOR, 1998, p. 101). Talvez o medo
de uma suposta descoberta da liberdade que poderia desabrochar um colapso na
sua família.
Esse instante de liberdade da mulher leva o marido a uma inquietação, pois
ela conseguia ter um momento só pra ela algo além da luz regulada do ambiente da
casa. O conto encerra-se com o marido impondo uma ida ao cinema como forma de
restabelecer a sua autoridade, o equilíbrio perdido, pois para ele as atitudes de
Catarina poderiam corromper um ciclo que se perpassava aos longos dos anos que
para ele era a concepção de uma família feliz.
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao término deste percurso, verificamos que a história das mulheres em
práticas de sociabilidade é, pois, marcada por inúmeros conflitos, pois ao buscar
desfazer barreiras de gênero esses sujeitos encaram diariamente a discriminação, o
preconceito simplesmente pelo fato de buscar expressar e expor ao público sua
identidade, seus desejos. É exatamente por isso que há uma necessidade de um
novo olhar sobre essas práticas de sociabilidade, ou de uma redefinição de nossas
práticas diárias.
Esses temas são vastamente abordados nos trabalhos de Clarice Lispector,
ao situa-se em uma confluência de paradigmas, pois a composição e a abordagem
do tema são primorosas. Assim, a leitura das obras desta autora acaba por levar o
leitor a entender a trama como forma de construir seus próprios pensamentos diante
da sociedade e de tudo que está sendo lido.
Percebe-se que a autora, consegue abordar com uma riqueza de detalhes a
condição feminina na sociedade, diante de uma sociedade patriarcal, complexa que
envolve os papeis dos sujeitos no contexto social ao abordar a mulher cuja função
era dedicada exclusivamente ao ambiente doméstico, ao cuidar dos filhos.
Enfim, é claro que as dificuldades são muitas ao tratar do percurso das
mulheres em praticas de sociabilidade, mas cabe ressaltar que estudo de gêneros
se faz necessário, uma vez que a cada dia a mulher vem ocupando e conquistando
o seu espaço, porém muito ainda deve ser feito para registrar a memória histórica
desta luta constante que a mulher enfrenta cujos olhares ainda insistem em julgar e
estigmatizar.
REFERÊNCIAS
ERIBON, Didier. Reflexões sobre a questão gay. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2008. FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber.Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
LISPECTOR, Clarice. Laços de família: contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. SANTIAGO, Silviano. O cosmopolitismo do pobre: crítica literária e crítica cultural. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
RESUMOS - APRESENTAÇÃO EM FORMA DE COMUNICAÇÃO ORAL
O SER E O DEVER SER EM DIREITOS HUMANOS
Lúcia Maria Barbosa do Nascimento1
Clodomyr Marinho da Costa2
Priscila Rocha de Araújo3
Hellen Rosy de Sousa Borges4
RESUMO
Considerando a discussão acerca do universalismo versus o relativismo cultural em
Direitos Humanos, objetiva-se expor e ponderar acerca do método proposto por
Boaventura de Souza Santos de superação da tensão existente no contexto da
fundamentação dos direitos humanos. Para tanto, realizou-se um estudo teórico,
com enfoque da discussão em torno de dois fatos jurídicos localizadas nos sites de
notícias “O Globo” e “Terra Notícias”. Observou-se que, nos dois casos, os direitos
humanos foram violados, tanto pela interpretação fundamentalista do universalismo
dos direitos humanos quanto pelo fundamentalismo cultural. Conclui-se que é
necessário um diálogo multicultural de respeito à dignidade da pessoal humana
como ponte norteadora dos sistemas de valores positivados nacional e/ou
internacionalmente, dado que a dignidade do ser humano existe independentemente
do seu reconhecimento pelo Direito.
Palavras-chave: Universalidade. Relativismo cultural. Dignidade.
1 Professora da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione - Graduada em Direito pelo Centro Universitário Eurípides de Marília, mestrado em Ciência da Informação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e doutora em Ciência da Informação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. 2 Acadêmico do Curso de Direito da FACDO- Faculdade Católica Dom Orione 3 Acadêmica do Curso de Direito da FACDO- Faculdade Católica Dom Orione 4 Acadêmica do Curso de Direito da FACDO- Faculdade Católica Dom Orione
MEMÓRIA E TEMPO PRESENTE DO DIREITO EM ARAGUAÍNA – TO
Jadde Célia Sales Lima1
Túllio da Silva Marinho2
Geraldo Alves Lima3
RESUMO
Em Araguaína - TO não se observa uma identidade cultural ou indicadores sociais
que possa especificar um perfil dos “operadores” do direito, no que se refere à
memória e a história da profissão. Para refletir o tempo presente na cotidianidade do
direito, é fundamental entender o processo da cultura e memória do direito em
Araguaína – TO (incluindo todos os pares: acadêmicos, profissionais e instituições
relacionadas). Parafraseando Agnes Heller “O homem nasce já inserido em sua
cotidianidade”, logo, podemos afirmar assim, que o direito em Araguaína - TO surge
dentro de uma cotidianidade dos homens e mulheres inseridos neste universo. A
cotidianidade começa sempre por grupos (família, na escola em pequenas
comunidades). De acordo com a mesma autora a fé e a confiança desempenham na
vida cotidiana e nas demais esferas, valores para formação desses grupos. Logo,
essas duas esferas são características dos pioneiros do direito em Araguaína - TO.
Em virtude disso, observamos preliminarmente uma ausência de memória nas
matrizes curriculares, fator esse que implica no aperfeiçoamento técnico, de modo a
criar um profissional voltado para moda do Direito. Ainda sobre esse aspecto, não é
notório um interesse das instituições na efetivação do registro de memória. Assim, a
efetivação da história dos alunos é exclusivamente presente no processo de
formação, isso porque, há uma falta de memória nos registros históricos das
instituições de ensino jurídico.
Palavras-chave: Direito. Cultura jurídica. Memória. 1 Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione e Pesquisadora do Procient – Programa de Iniciação científica da FACDO. 2Acadêmico do Curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione e Pesquisador do Procient -Programa de Iniciação científica da FACDO. 3Filósofo. Mestre em Administração, Educação e Comunicação. Pesquisador. Professor nos Cursos de Direito e Administração da Faculdade Católica Dom Orione.
O ASSÉDIO MORAL: AS OPRESSÕES NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
Haloma Soares dos Santos1
Erisnete Damacena de Freitas2
Hudson Fernandes Barile3
Ivone Félix de Sousa4
RESUMO
O Trabalho sempre ocupou lugar de destaque na vida dos indivíduos de diferentes
culturas. Constitui-se em uma categoria que, além de ser meio de sobrevivência, é o
processo pelo qual o indivíduo ou se reconhece, ou se aliena. É por meio do
trabalho que o homem se humaniza, cresce, exerce a criatividade e forma a sua
identidade. Ao longo dos tempos, o mundo do trabalho vem sofrendo diversas
transformações que estão refletindo no percurso da história cultural, política e
econômica da sociedade organizada. Busca-se neste estudo analisar os tipos de
opressões que ocorrem nas relações de trabalho que são expressas por meio do
assédio moral. Assim como, avaliar as formas de assédio moral que ocorrem nas
instituições públicas e privadas de Araguaína; analisar se o tempo de serviço e o
cargo que o trabalhador ocupa interferem nas relações de trabalho, diminuindo ou
aumentando a ocorrência de assédio moral no trabalho; avaliar se existe diferença
significativa em relação ao assédio moral sofrido no trabalho conforme o gênero e a
idade. Este trabalho está pautado na Resolução 466/2012 do comitê de ética em
pesquisa. A coleta de dados será realizada com trabalhadores de organizações
públicas e/ou privadas do Município de Araguaína. As análises de resultados serão
realizadas por meio do programa estatístico SPSS-20 (Statistical Package for Social
Sciences) e é de natureza quanti-qualitativa. Busca-se, portanto, criar meios para
minimizar o assédio moral nos meios empresariais como criar programas que
reduzam a diferença dos impactos em relação ao assédio moral sofrido no trabalho
1 Acadêmica do curso de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione 2 Acadêmica do curso de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione 3 Acadêmica do curso de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione 4 Professor da Faculdade Católica Dom Orione -Graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás e mestre em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás. Doutoranda pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
relacionado ao gênero e a idade possibilitando melhor qualidade de vida trabalhista
nos estabelecimentos públicos e privados.
Palavras-chave: Assédio moral no trabalho. Qualidade de vida no trabalho.
Relações de trabalho
PELA VISIBILIDADE DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA
Sander Ferreira Martinelli Nunes1
Roselba Gomes de Miranda2
Bruno Gonçalves Carneiro3
RESUMO
A comunidade Surda se define em termos culturais e linguísticos. Constitui um grupo
minoritário, complexo, diverso, com uma forma particular de compreender e significar
o mundo (PERLIN, 2005, STROBEL, 2008). O objetivo desse trabalho é apresentar
a ação de uma instituição de ensino superior em dar visibilidade à língua de sinais e
à cultura surda no meio acadêmico. A legislação brasileira garante formas
institucionalizadas para uso e difusão da libras no Brasil. Em se tratando de direitos
humanos, não basta apenas normatizar e estabelecer o direito, e sim implementar
ações para que a pessoa seja alcançada pelo direito, sem a necessidade da
intervenção judicial. Sabemos que quanto maior a circulação da língua de sinais,
maior será a interação nesta língua e consequentemente, a comunidade surda terá
mais acesso a informações. Daí a importância de práticas afirmativas nesse sentido.
A educação de surdos perpassa pela cultura Surda, pela língua de sinais e pela
escrita de sinais. O uso dessa escrita traz benefícios em práticas sociais, no
desenvolvimento da criatividade, imaginação e no registro da própria cultura surda
(STUMPF, 2005, ESTELITA-BARROS, 2008). Mas, há uma resistência das
instituições em aceitar a escrita de sinais, como se fosse um sistema não autorizado
socialmente. Um trabalho de conclusão de curso de uma instituição de ensino
superior publicou o resumo do informe na escrita de sinais – sistema signwriting,
prática já comum em outras regiões do Brasil, provavelmente foi pioneira no Estado
do Tocantins. Acreditamos que esta é uma ação que dá visibilidade à comunidade
Surda, na medida em que há publicação e publicidade de uma marca cultural Surda.
Consideramos ainda que tal ação fortalece a comunidade Surda, pois promove a
1 Graduado em Direito pela Faculdade Católica Dom Orione. 2 Professora auxiliar da UFT. Docente na área de libras do campus de Tocantinópolis. Surda e militante dos movimentos sociais Surdos. 3 Professor assistente da UFT. Docente na área de libras do campus de Araguaína.
circulação de artefatos culturais Surdos. Possibilita a visibilidade da libras como
sistema linguístico legítimo e fortalece produções na perspectiva Surda.
Palavras-chave: Língua de sinais. Meio acadêmico. Minorias.
UM OLHAR NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: A EJA E SUA
CONTRIBUIÇÕES PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DOS
CONCLUINTES DO 3º SEGMENTO
Elizangela Silva de Sousa Moura1
Hiasmym de Carvalho Castro2
RESUMO
Considerando a importância da elevação da escolaridade para o pleno exercício da
cidadania, objetivou-se com esta pesquisa estudar a relação entre a elevação da
escolaridade e suas contribuições para uma melhor qualidade de vida aos egressos
da EJA do 3º segmento das Escolas Estadual Marechal Rondon. Para tanto, usou-se
o método dialético, pois a pesquisa pretendia conhecer as histórias de vida de
jovens e adultos, sua relação com professores e qual o sentimento destes em
participar dessa modalidade de ensino. Com procedimento de pesquisa bibliográfica
e pesquisa de campo. A partir da pesquisa realizada verificou - se suas
perspectivas, suas buscas, seus anseios e por quais propósitos procuram concluir a
escolarização nas salas de aula de educação de adultos. Concluiu-se assim que
para os participantes de pesquisa, completar a escolaridade seria: uma busca de
satisfação pessoal, conquista de um direito, sensação de capacidades e dignidade,
ou simplesmente um diploma, e mais comum, que é conseguir um trabalho melhor e
mudar sua atual situação econômica.
Palavras-chave: Elevação da escolaridade. Modalidade de ensino. Direito.
1 Docente do Curso de Pedagogia da FAHESA/ITPAC – Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos; Pedagoga para os Cursos de Administração e Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 2 Acadêmica do Curso de Direito da FACDO - Faculdade Católica Dom Orione.
A INFLUÊNCIA DA GUERRILHA DO ARAGUAIA NA FORMAÇÃO DA
IDENTIDADE E CULTURA DA POPULAÇÃO XAMBIOAENSE
Jane L. S. Cavalcante1
Helena Mendes da S. Lima2
RESUMO
O presente trabalho se propõe lançar um novo olhar sobre a Guerrilha do Araguaia
através da perspectiva histórico sociológica. Dessa forma, procurar entender a
formação da identidade de Xambioá através da narrativa de sobreviventes da
Guerrilha e de pessoas que foram influenciadas direta ou indiretamente pelos
acontecimentos do contexto histórico em que viviam e entender de que maneira
esses acontecimentos determinaram ou influenciaram seu modo de viver. Lançamos
mão da metodologia pautada tanto em entrevistas orais como pesquisa
bibliográficas. Estudamos teóricos no campo da história oral, da memória,
dissertação de mestrado, trabalhos acadêmicos e jornalísticos. Procuramos
diversificar nossas fontes com vídeos, filmes, trabalho de campo com
reconhecimento in loco da cidade de Xambioá, cenário de vários acontecimentos
atrelados à Guerrilha do Araguaia. Entender como a Guerrilha do Araguaia
influenciou ou não no modo de viver, no comportamento e no dia a dia da população
de Xambioá era o nosso principal desafio. No atual momento da pesquisa
conseguimos identificar que o propósito do exército era fazer silenciar a população a
respeito da existência da Guerrilha e dos métodos de coibir a mesma. A tortura foi o
método mais eficiente de fazer calar tanto os torturados como as testemunhas dos
métodos coercitivos empregados para arrancar confissões das pessoas. Esse
silênciamento foi um traço da guerrilha que permaneceu, isso se evidencia nos
depoimentos das pessoas que entrevistamos em Xambioá, pois todos afirmam que
até pouco tempo ninguém comentava sobre o assunto, os comentários sobre as
torturas, as histórias do buraco de enterrar gente viva começaram a ser narradas
recentemente, a partir do anúncio de que surgiria indenizações para as famílias dos
desaparecidos e mortos da Guerrilha.
1Acadêmica do Curso de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione e Pesquisadora Proceint. 2 Professora da Faculdade Católica Dom Orione - Mestre em Sociologia pela PUC-SP.
Palavras-Chave: Guerrilha do Araguaia. Sociologia. História. Silenciamentos.
A SAUDE PÚBLICA NO BRASIL NOS ULTIMOS 189 ANOS
Ananias Prudente Ramos1
Daniel Cervantes2
Eudevar Vicente Rippel3
Elizangela Silva de Sousa Moura 4
Maria da Graça A. M. de Andrade5
Sergio Zeno Granetto6
RESUMO
Objetivamos com este trabalho analisar as Constituições - Política do Império do
Brasil de 1824, da Republica dos Estados Unidos do Brasil de 1891, da Republica
dos Estados Unidos do Brasil de 1934, dos Estados Unidos do Brasil de 1937, dos
Estados Unidos do Brasil de 1946, da República Federativa do Brasil de 1967, da
República Federativa do Brasil de 1969. Das oito constituições brasileiras em
destaque, todas deram ênfase a direito de propriedade, somente a Constituição de
1934 em seu artigo 10 diz que compete à União e aos Estados, cuidar da saúde e
assistência pública, porém três anos depois a Constituição de 1937, suprimiu-se o
direito a saúde, a Constituição de 1946, de 1967, da ênfase ao Direito de
Propriedade. A Constituição de 1969, em seu artigo 165, assegura o Direito a Saúde
somente aos trabalhadores. Por outro lado, a Constituição de 1988 assegura e
garante a todos os brasileiros saúde, e determina a fonte de financiamento em seu
artigo 195. A metodologia empregada neste trabalho é a bibliográfica, em que
analisamos 08 constituições e textos correlatos, no recorte temporal dos últimos 186
anos. Usamos também o método dialético, principalmente com vivências
1 Professor da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione – Graduado em Direito pela Universidade de Mogi das Cruzes e mestre em Ciências Contábeis pela Universidade de Guarulhos. 2 Professor e Coordenador do Curso de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione- Graduado em Direito pela UNORP e Mestre em Direiro pela UNAERP. 3 Professor da Faculdade Católica Dom Orione. 4 Docente do Curso de Pedagogia da FAHESA/ITPAC – Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos; Pedagoga para os Cursos de Administração e Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione 5 Professora Faculdade Católica Dom Orione – Graduada em Ciências Econômicas pela Pontificia Universidade Católica de Goiás. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em economia. 6 Professor da Faculdade Católica Dom Orione – Graduado em Administração pelo Instituto Luterano de Ensino Superior de Palmas e Especialista em Administração pela ITOP de Palmas.
acadêmicas dos autores. Na visão dos pesquisadores se destaca grande avanço na
área da saúde, com verbas suficientes para universalizar a saúde no Brasil. Logo
concluímos que o sistema de saúde implantado no Brasil nos termos do texto
constitucional de 1988, bem gerido poderá garantir saúde a todos os brasileiros.
Palavras-chave: Constituição Federal. Seguridade social. Saúde pública.
IMPACTO DO ASSÉDIO MORAL NA SINDROME DE BURNOUT
Erisnete Damascena De Freitas1
Haloma Soares dos Santos2
Hudson Fernandes Barile3
Ivone Félix de Sousa4
RESUMO
Assédio moral e Síndrome de Burnout são fatos que ocorrem diariamente nos mais
diversos ambientes de trabalho, é um problema que vem silenciosamente invadindo
as pessoas sem que elas saibam lidar com esse tipo de situação. De acordo com
Hirigoven (2003) assédio moral se caracteriza por uma conduta abusiva, que pode
se manifestar, sobretudo, por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que
possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica
de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente do trabalho. A
síndrome de Burnout, segundo é advindo de ambiente hostil de trabalho em que o
indivíduo desenvolve a exaustão emocional, o cinismo e a ineficácia (SOUSA, 2006).
O assédio moral e a síndrome de burnout desestruturam não só o indivíduo que
sofre, mas seu convívio familiar e social. Um estudo relacionando a esses temas é
importante, por necessitar de compreender de forma precisa este construto. O
levantamento bibliográfico ocorrido durante seis meses mostrou que tais transtornos
estão presentes em diversos setores trabalhistas, tanto na esfera pública quanto na
privada. E este trabalho tem como objetivo geral avaliar qual o impacto do assédio
moral no desenvolvimento da síndrome de burnout nos trabalhadores das
instituições públicas e/ou privadas na cidade de Araguaína. Tendo como objetivos
específicos levantar variáveis sócio-demográficas sobre os estudos já desenvolvidos
referentes ao assédio moral e síndrome de burnout e analisar se, idade, sexo ou
tempo de serviço influenciam no desenvolvimento da síndrome de burnout nas
instituições públicas e/ou privadas na cidade de Araguaína. Os conceitos desse
1 Acadêmica do Curso de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione 2 Acadêmica do Curso de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione 3 Acadêmico do Curso de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione 4 Professor da Faculdade Católica Dom Orione -Graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás e mestre em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás. Doutoranda pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
relatório foram desenvolvidos com base em pesquisas bibliográficas, evidenciando a
necessidade de mais estudos que esclareçam o funcionamento desses transtornos,
e ligando a possiblidade de ambas acontecerem simultaneamente.
Palavras-chave: Assédio moral. Síndrome de Burnout. Qualidade de vida no
trabalho.
O INTÉRPRETE DE LIBRAS E A PUBLICIDADE DA LÍNGUA DE SINAIS E
CULTURA SURDA
Ester Fernandes Nunes1
Bruno Gonçalves Carneiro2
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo apresentar alguns aspectos observados a partir da
atuação do profissional tradutor/ intérprete de Língua Brasileira de Sinais (libras)
numa instituição de ensino superior na cidade de Araguaína-TO. Trata-se de
reflexões do primeiro autor, por ser a atuação nesse ambiente laboral pioneiro na
região. Apresentamos considerações em relação aos docentes, discentes e aluno
surdo. O status linguístico atribuído a libras bem como seu reconhecimento legal
permitiram maior circulação de informações nessa língua, o que possibilita aos
surdos adentrarem espaços outrora inimagináveis, como o mercado de trabalho e o
ensino superior. Com a visibilidade da língua de sinais e da comunidade surda, entra
em cena a importância do tradutor/ intérprete de Libras, que ilustra a participação
social dos surdos, confirma o cumprimento de direitos legais, além de uma conquista
para o meio acadêmico da cidade. A presença desse profissional contribui para que
o surdo, enquanto falante de uma língua minoritária, tenha direito à participação,
condições para execução de atividades acadêmicas e acesso às informações em
seu contexto de convivência. Esse fato contribui para um olhar diferenciado do
alunato, que passam a vê-lo enquanto sujeito cultural, longe da ideia de deficiente,
tornando potenciais multiplicadores dessa perspectiva. Os docentes repensam o
planejamento das aulas e avaliações, considerando o fato de que a modalidade da
libras requer metodologias que privilegiem recursos visuais, assegurados pela
legislação vigente, que também prevê o direito do aluno em se expressar na sua
língua materna e que produções acadêmicas do graduando surdo sejam traduzidas/
interpretadas por um profissional. Assim, sugerimos que a presença do intérprete de
1 Graduada em letras libras pela UFSC. Especialista em linguística aplicada pela Faculdade Rio Sono/ ESEA. Intérprete de libras da Central de Interpretação da Secretaria Municipal de Ação Social em Araguaína-TO. 2 Professor assistente da UFT. Docente na área de libras do campus de Araguaína.
libras discursa a favor da língua de sinais e da cultura surda, ao dar visibilidade à
estes sujeitos culturais enquanto minoria linguística.
Palavras-chave: Intérprete de Libras. Cultura surda. Igualdade de direitos.
ANÁLISE ESPACIAL DA TIPOLOGIA CRIMINAL DOS DELITOS DE HOMICÍDIO,
TENTATIVA DE HOMICÍDIO, FURTO E ROUBO NA CIDADE DE ARAGUAÍNA-TO
José Roberto Carneiro Alves1
Lúcia Maria Barbosa do Nascimento. (Or.)2
RESUMO
A violência pode modificar a distribuição do espaço urbano e a forma como as
condutas são tipificadas.Compreender como se dá a distribuição espacial do crime
urbano é fundamental paraauxiliar na implementação de políticas públicas de
segurança eficientes, além de tornar eficazes suas ações. Com o objetivo de
analisar a distribuição espacialdos crimestipificados comohomicídio, furto e roubo na
cidade de Araguaína, realizou-se um estudo teórico compesquisa bibliográfica nas
áreas de DireitoPenal, Geografia Espacial e Sociologia. Pretende-se realizar
também um estudo de campo com coleta e análise de dados estatísticos em
documentos primários localizados no banco de dados do 2º Batalhão de Polícia
Militar, sediado em Araguaína.Observou-se, parcialmente, que ao longo da história o
delineamento dos tipos penais analisados mudou no sistema jurídico brasileiro,
estando mais preventivos do que punitivos eque o marco teóricoadotado para
discutir o objeto da pesquisapossibilita uma abordagem a partir da teoria da anomia
social. Conclui, parcialmente, que para a discussão dos dados fáticos é necessário
tanto uma fundamentação legal e jurídica quanto uma fundamentação social que
corresponda aos elementos normativos dos crimes estudados.
Palavras-chave: Crimes. Tipos penais. Distribuição espacial. Araguaína.
1 Acadêmico de Direito da FACDO e aluno de Iniciação científica da FACDO. 2 Professora da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione - Graduada em Direito pelo Centro Universitário Eurípides de Marília, mestrado em Ciência da Informação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e doutora em Ciência da Informação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
O PAPEL DA POLÍCIA COMUNITÁRIA NA PACIFICAÇÃO SOCIAL
Carlos Roberto De Sousa Dutra Junior1
Letícia Carvalho dos Santo2
Sabrina Mendes Moreira3
RESUMO
A sociedade, na atualidade é extremamente organizada e competitiva, e funciona
como determinante de comportamentos. Esta situação de desequilíbrio acentua a
crise de relações interpessoais e faz explodir o individualismo desesperado que, em
suma, contribui para o aumento da violência. Nesse contexto, como forma de
controle formal surge à polícia, na verdade, não há sociedade nem Estado
dissociados de polícia, pois, pelas suas próprias origens, ela emana da organização
social, sendo essencial à sua manutenção. Contudo, tem-se deturpado o conceito de
polícia, principalmente através da mídia generalizando a ação de péssimos
profissionais que agem de forma corrupta e com repressão onde envergonham essa
Instituição. Os questionamentos de novos modelos para emprego operacional e
jurídico das policias mundiais é global. Inúmeros países têm-se mostrado
insatisfeitos com as metodologias adotadas pelas suas instituições, fazendo com
que aumente a discussão em todo mundo. Trazendo assim a filosofia de Polícia
Comunitária que reside na possibilidade de propiciar uma aproximação dos
profissionais de segurança junto à comunidade, dar característica humana ao
profissional de polícia, e não apenas um número de telefone ou instalação física
referencial. Para isto realiza um amplo trabalho sistemático, planejado e detalhado.
Diz Trojanowicz que ela é uma filosófica estratégia organizacional proporcionando
uma nova parceria entre a população e a polícia. Baseia-se na premissa de que
tanto a policia quanto a comunidade devem trabalhar juntas para identificar e
resolver problemas contemporâneos tais como crime, drogas, desordens, com o
objetivo de melhorar a sociedade. Trazendo para os dias atuais, há grandes
questionamentos entre as relações da polícia e os movimentos sociais agindo dentro
1 Professor da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 2 Acadêmica do Curso de Direito da FACDO - – Faculdade Católica Dom Orione 3 Acadêmica do Curso de Direito da FACDO - – Faculdade Católica Dom Orione
dos Direitos Humanos, e com essa nova filosofia de Polícia Comunitária vêm à tona
a forma que ela deve agir diante dessas discussões. Nesse contexto, surge a
necessidade de analisar o importante papel dessa instituição no complexo cenário
contemporâneo.
Palavras-chave: Direitos humanos. Polícia comunitária. Movimentos sociais.
25 ANOS DE CONSTITUIÇÃO: BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS
Alessandra Pereira da Silva Luz1
Kerley Alessandra Barbosa Silva2
Luis Fernando Araújo Ribeiro3
Maria Aparecida Neto Sousa4
Miguel Neto Vaz da Silva5
Ciy Farney J. Schmaltz Caetano (Or.)6
RESUMO
Este trabalho busca demonstrar que a Constituição Federal em seus 25 anos pode
ser analisada sobre dois prismas, sendo, por um lado, benéfico que foi o momento
de sua escrita que nos libertava do regime militar, e outro, a falta de verificação da
real aplicabilidade de todos os direitos previstos na Constituição Federal. Portanto,
objetivamos analisar as contribuições e as falhas contidas na elaboração de seu
conteúdo. O método utilizado foi o dedutivo com fundamento em pesquisa
bibliográfica. Verificou-se que a Constituição Federal em sua elaboração, buscou
atender todos os anseios da sociedade que no momento histórico de sua confecção
era um “povo sem voz”, tornando tal documento um dos mais extensos. Assim,
conclui-se que em contrapartida a todos os direitos garantidos pela Carta Magna,
ficou uma lacuna quanto a sua aplicabilidade, ou seja, muitos foram os direitos
garantidos na escrita, mas que na realidade se afastam de seu objetivo primordial
que é igualar a todos e garantir aos mesmos os direitos fundamentais. Noberto
Bobbio conceitua os direitos do homem como “aqueles que pertencem, ou deveria
pertencer, a todos os homens, ou dos quais nenhum homem pode ser despojado.
São aqueles cujo reconhecimento é condição necessária para o aperfeiçoamento da
pessoa humana, ou para o desenvolvimento da civilização (BOBBIO, 1992).
1 Acadêmica do Curso de Direito da FACDO - – Faculdade Católica Dom Orione 2 Acadêmica do Curso de Direito da FACDO - – Faculdade Católica Dom Orione 3 Acadêmico do Curso de Direito da FACDO - – Faculdade Católica Dom Orione 4 Acadêmica do Curso de Direito da FACDO - – Faculdade Católica Dom Orione 5 Acadêmico do Curso de Direito da FACDO - – Faculdade Católica Dom Orione 6 Professor da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione – Graduado em Direito pela Faculdade Católica Dom Orione e Especialista pela mesma instituição.
Palavras-chave: Constituição. Direito. Elaboração. Aplicabilidade.
RESUMO - APRESENTAÇÃO EM FORMA DE BANNER
A MANIFESTAÇÃO DOS BLACK BLOCS, EM FACE DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS CONSAGRADOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Amauri Santos Lima1
Aurélio Machado Junior2
Camila Lopes Lemos3
Tatielly Rodrigues da Silva4
Nilsandra M. Castro (Orientadora)5
RESUMO
O Direito à manifestação inserida no artigo 5° da Constituição Federal inciso IVdispõeser
livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato. Partindo deste princípio,
objetivamos neste trabalho analisar as nuances quanto à busca pelo direito de
manifestação, que em alguns momentos se tornam abusivos, por exemplo, ”Os
mascarados Black blocs”, um grupo de manifestantes em evidência nas manifestações
que ocorreram no Brasil, ao lado de professores que buscavam ajustes por melhores
salários, gerou uma grande polêmica, considerados vândalosideológicos. Tornando-se
provocadores da violência, destruindo patrimônios públicos e privados, alterou o desígnio
do protesto. Em conformidade com a lei, autoridades como os deputados federais
ressalvam que a solução seria transformar em contravenção penal o uso de máscaras e
análogos nas manifestações. Desse modo, acreditamos que este trabalho tem grande
relevância para meio o acadêmico e para a sociedade de modo geral, pois sabemos que
todo e qualquer indivíduo é livre para manifestar-se, é um direito garantido
constitucionalmente, por isso mesmo precisamos entender até onde vai ou mesmo
termina nossos direitos. A metodologia utilizada foi a bibliográfica e documental, pois nos
pautamos em livros, artigos e ferramentas como faceboock para a coleta de dados.
Acreditamos que protestar é necessário para a evolução, manutenção, controle e
1Acadêmico de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 2 Acadêmico de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 3 Acadêmica de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 4Acadêmica de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 5 Professora Mestre em Linguística Aplicada Pela UNICAMP-SP e Docente e pesquisadora da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione.
melhoria das leis e garantias estabelecidas na própria Constituição, no entanto,
conscientes do que reivindicar, avessos a atos de vandalismos que causam desordem e
desfiguram a legitimidade dos protestos pacíficos e validados por lei.
Palavras-chave: Constituição Federal. Movimentos sociais. Protestos. Sociedade
LUS – LIGA UNIVERSITÁRIA DE SOLIDARIEDADE
Ana Beatriz Alves de Sousa1
Bruna Louise2
Dyego Pêssego3
Fernanda Rodrigues Lagares4
Henrique Berlanda5
Ingrid Maione 6
Jannine Castelo Brango7
Paula Garcia 8
Pâmela Brandão 9
Tatielly Rodrigues10
Geraldo Alves (Orientador)11
RESUMO
O presente trabalho tem por finalidade desenvolver a Liga Universitária de
Solidariedade a fim de construir no universo acadêmico uma cultura de
solidariedade. A Liga Universitária de Solidariedade é um projeto instituído pelo
Núcleo de Pesquisa e Extensão da FACDO (NUPEX) e possui em sua substância a
generosidade. Dez acadêmicos da Faculdade Católica Dom Orione, dirigidos pelo
professor Geraldo Alves, dedicados para a construção de uma sociedade justa e
solidária, objetivo da República Federativa do Brasil e desta instituição que
desenvolve ações na comunidade acadêmica e local. Neste primeiro semestre,
visando à promoção de um trabalho mais efetivo, duas instituições foram definidas
como foco principal da Liga: a Casa do Idoso e a Casa TraNoi. Assim, além da
1Acadêmica de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 2Acadêmica de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 3Acadêmica de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 4Acadêmica de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 5Acadêmica de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 6Acadêmica de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 7Acadêmica de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 8Acadêmica de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 9Acadêmica de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 10Acadêmica de Direito da FACDO – Faculdade Católica Dom Orione. 11 Filósofo. Mestre em Administração, Educação e Comunicação. Pesquisador. Professor nos Cursos
de Direito e Administração da Faculdade Católica Dom Orione.
participação em eventos da própria Faculdade, como a Advocacia Solidária, e
arrecadação de alimentos juntamente com os Centros Acadêmicos de Direito e
Administração, a Liga tem realizado nos sábados visitas na Casa do Idoso, as quais
tem se revelado motivo de alegrias não só para os moradores da Casa, mas
principalmente para os visitantes, além de incentivado através dos relatos e
fotografias diversos outros acadêmicos no desenvolvimento de demais ações
solidárias. Quanto a Casa TraNoi projetos já estão sendo elaborados, com o fim de
arrecadar fundos em prol da Casa. Podemos dizer, então que aos poucos a Liga
Universitária de Solidária, em um universo de ciência, vem promovendo a
generosidade, pois reconhece que o saber isolado torna-se inútil quando não
aplicado para a promoção humana.
Palavras-chave: Generosidade. Ciência. Solidariedade. Direito.
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE MONITORIA INDÍGENA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO TOCANTINS
Kailca Sousa Vieira1
Danielle Mastelari Levorato2
RESUMO
Este trabalho destaca a importância do Programa Institucional de Monitoria Indígena
da Universidade Federal do Tocantins para o Curso de Gestão de Cooperativas e
busca conhecer como se processa o ensino e a aprendizagem dos estudantes
universitários indígenas.O método utilizado foi o experimental com pesquisa
bibliográfica. Verificou-se que a universidade realiza uma estatística semestral com a
quantidade de alunos indígenas matriculados em todos os cursos e quais as
disciplinas que eles foram reprovados; a Universidade seleciona um monitor,em
cada curso, que acompanha os universitários indígenas nos conteúdos ministrados
em sala de aula por todos os docentes, com o objetivo de incentivá-los, assim como,
dirimir dúvidas e auxiliá-los em todas as questões da vida universitária. O Programa
Institucional de Monitoria Indígena é de fundamental importância para os estudantes
universitários indígenas, porém a procura desses estudantes pela monitoria é
pequena, necessitando de um suporte para incentivar esses acadêmicos a
procurarem a monitoria, evitando assim a evasão universitária e contribuindo para
que os indígenas possam dominar a ciência e as tecnologias desenvolvidas pelos
não indígenas, a fim de minimizar a vulnerabilidade dos povos indígenas no
Tocantins.
Palavras-chave: Programa monitoria indígena. Universidade Federal Tocantins,
Cooperativismo. Indígenas.
1Graduanda do Curso Gestão de Cooperativas da Universidade Federal do Tocantins. 2 Mestre em Direito pelo UNIVEM. Professora do curso de Gestão de Cooperativas da Universidade Federal do Tocantins. E-mail: [email protected]