UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
VERIFICAR ALTERAÇÃO ESOFAGIANA EM PACIENTES COM QUE IXA
DE DISFAGIA OROFARÍNGEA SUBMETIDOS AO EXAME DE
VIDEOFLUOROSCOPIA
CURITIBA
2009
Maria Lúdia da Silva Correia
VERIFICAR ALTERAÇÃO ESOFAGIANA EM PACIENTES COM QUE IXA
DE DISFAGIA OROFARÍNGEA SUBMETIDOS AO EXAME DE
VIDEOFLUOROSCOPIA
Projeto de pesquisa apresentado ao Núcleo de Pesquisa da
Universidade Tuiuti do Paraná.
Orientadora: Rosane Sampaio Santos
Co-orientadora: Edna Márcia da Silva Abdulmassih
CURITIBA
2009
AGRADECIMENTOS
A DEUS, que me deu forças nos momentos difíceis.
Ao meu marido Fred, por ter compartilhado momentos difíceis, dedicando-me
paciência e carinho sempre.
A minha orientadora Rosane Sampaio em especial, pelo apoio, incentivo,
compreensão e carinho.
A minha co-orientadora Edna Márcia da Silva Abdulmassih, pelo apoio inicial
e incentivo.
A minha amiga e Fonoaudióloga Solange Coletti Schnekenberg, que esteve
sempre ao meu lado nos momentos difíceis, pelo apoio e incentivo inicial.
A todas as pessoas que de alguma maneira contribuíram para que este trabalho
pudesse ser realizado.
“Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor. Mas lutamos para que o melhor fosse feito. Não somos o que deveríamos ser não somos o que iremos ser, mas graças a Deus, não somos o que éramos”.
Martin Luther King
RESUMO
A videofluoroscopia vem sendo aplicada em grande escala pelos fonoaudiólogos para avaliação orofaríngea da deglutição. No entanto, não são poucos os sinais e sintomas de disfagia orofaríngea correlacionados a alterações esofagianas. O objetivo desta pesquisa foi analisar alteração esofagiana em pacientes com queixa de disfagia orofaríngea submetidos ao exame de videofluoroscopia. Foram avaliados retrospectivamente os exames de videofluoroscopia de 300 pacientes de todas as faixas etárias e de ambos os sexos, realizados no CETAC, com queixa de deglutição no período de julho de 2007 a outubro de 2009 e a análise de dados foi realizada de forma quantitativa, através da tabulação de uma base de dados ACCESS 2007. Os resultados nos permitiram concluir que: 27,7% dos exames analisados apresentaram alteração esofagiana; das patologias encontradas 14,1% apresentaram osteófitos e 11,3% apresentaram acalasia. Levando em conta os resultados encontrados nesta pesquisa, podemos sugerir que o exame de videofluoroscopia serve para diagnosticar doenças com queixa de disfagia alta onde o diagnóstico será conclusivo em disfagia baixa. Palavra-chave: Disfagia, Videofluoroscopia, Deglutição. Área de conhecimento (CNPq): 4:07 (Ciências da Saúde – Fonoaudiologia).
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1: Análise dos dados dos diagnóstico dos exames de videofluoroscopia do
total de exames realizados ..........................................................................................16
Ilustração 2: Comparação dos diagnóstico dos exames de videofluoroscopia do total
de exames realizados por sexo ...................................................................................17
Ilustração 3: Análise dos dados sobre as patologias encontradas nos exames de
videofluoroscopia do total de exames realizados .......................................................18
Ilustração 4 : Comparação dos dados dos exames que apresentaram compressão
esofagiana com o diagnóstico das videofluoroscopia ................................................19
Ilustração 5: : Comparação dos dados dos exames que apresentaram alteração da
mobilidade esofagiana com o diagnóstico das videofluoroscopia .............................20
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................8
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................10
3. CASUÍSTICA E MÉTODO ................................................................................13
4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS .........................................................15
5. CONCLUSÃO ......................................................................................................20
REFERÊNCIAS .......................................................................................................21
APÊNDICE A – Protocolo de videofluoroscopia ..................................................24
1. INTRODUÇÃO
A videofluoroscopia vem sendo aplicada em grande escala pelos
fonoaudiólogos para avaliação orofaríngea da deglutição. No entanto, não são poucos
os sinais e sintomas de disfagia orofaríngea correlacionados a alterações esofagianas.
Disfagia pode ser entendida como a dificuldade na passagem do material
deglutido da boca para o estômago ou um distúrbio que dificulta ou impossibilita a
ingestão segura, eficiente e confortável de qualquer alimento e/ou saliva. (ALVES
2003, JUNIOR, CAMARGO e CARVALHO 2007, VALIM &
COLABORADORES, 2007, CLAVÉ et al. 2004).
Os distúrbios da deglutição são definidos como disfagia orofaríngea quando
apresentam sinais e sintomas específicos, caracterizados por alterações em qualquer
fase e/ou entre as etapas da dinâmica da deglutição, podendo ser congênito ou
adquirido após comprometimentos neurológicos ou estruturais, pode ser decorrente
de traumas de cabeça e pescoço, de acidente vascular encefálico, de doenças
neuromusculares degenerativas, de demências e encefalopatias, com prejuízo dos
aspectos nutricionais, hidratação, função pulmonar, integração social do individuo e a
morte são as causas mais freqüentes. (FURKIM E SILVA 1999, LOGEMANN
1998).
As disfagias, inclusive as de origem funcional, são classificadas em disfagias
de transferência e de transporte. Nas primeiras, também chamadas de orofaríngeas, a
dificuldade reside na transferência do bolo alimentar da boca para a faringe e sua
penetração pelo esfíncter superior do esôfago. Na disfagia de transporte ou
esofagiana, ocorre dificuldade na passagem do bolo alimentar pelo corpo esofagiano
(LEMME E DOMINGUES 2001).
Os distúrbios motores do esôfago geram sintomas como disfagia, dor torácica,
regurgitação, pirose, tosse persistente e aspiração. A disfagia é sintoma freqüente,
apresentando diferentes formas de apresentação e, dependendo da gravidade e
freqüência, pode levar o pacientes à desnutrição (LEMME E DOMINGUES 2001,
HADDAD 2003).
O esôfago é um órgão tubular e sua função é o transporte do alimento da boca
até o estômago. Podendo ser sede de doenças orgânicas, de doenças funcionais ou
ambas. As doenças orgânicas produzem alterações anatômicas no esôfago,
freqüentemente de caráter obstrutivo de origem benigna ou maligna e de localização
intrínseca ou extrínseca. Algumas doenças esofagiana que causam disfagia
orofaríngea são: Doença do Refluxo gastroesofágico (DRGE); Divertículo de Zenker;
Barra Cricofaríngea; Carcinoma de Esôfago; Acalasia (AC); Estenose Esofágica;
Osteófitos (LEMME E DOMINGUES 2001, SALLUM, COIMBRA E
MONTAGNINI 2009).
Para compreender a dinâmica da deglutição nas fases orofaríngeas é utilizado
o exame de videofluoroscopia. Autores relatam que a videofluoroscopia é a avaliação
instrumental capaz de avaliar a deglutição em todas as fases. Os resultados mostram
que o mesmo pode ser realizado com base mínima de radiação para a investigação
dos distúrbios da deglutição e seus principais objetivos estão em avaliar a eficiência e
a segurança da deglutição e também avaliar a eficácia dos tratamentos (LEÓN E
CLAVÉ, 2007, ZAMMIT-MAEMPEL, CHAPPLE e LESLIE, 2007).
O objetivo desta pesquisa foi analisar alteração esofagiana em pacientes com
queixa de disfagia orofaríngea submetidos ao exame de videofluoroscopia.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O ato da deglutição é resultante de um complexo mecanismo neuromotor em
que a coordenação em uma de suas fases e entre essas fases resultará no transporte do
alimento da boca até o estômago (MACEDO 2003, MARCHESAN 2003).
A disfagia é dos principais sintomas das doenças do esôfago e sua
caracterização é importante. A fase esofagiana da deglutição é uma fase que não pode
ser controlada voluntariamente e não esta acessível à estratégia de intervenção
comportamental utilizada na clinica. Entretanto, é importante entender as estruturas
que envolvem essa fase para identificar problemas que possam se apresentar como
disfagia orofaríngea, mas que estejam relacionadas a um distúrbio da motilidade do
esôfago. (CORBIN-LEWIS, LISS E SCIORTINO 2009).
O esôfago é um tubo alimentar projetado para mover o bolo ingerido até o
estômago, de modo rápido e eficiente. Medindo cerca de 18 a 25cm de comprimento.
Em repouso, o órgão fica colabado e encontra-se em posição posterior aos pulmões e
ao coração e anterior às vértebras espinhais. A parede do esôfago é constituída de
mucosa, submucosa e musculatura própria. (HADDAD 2003, CORBIN-LEWIS,
LISS E SCIORTINO 2009, LOPES E COL. 2004).
A disfagia esofagiana é resultante de anormalidades motoras que decorrem de
três mecanismos básicos, que podem se associados à obstrução do lúmen do órgão
secundário, falha de condução peristáltica e contração anormal do esfíncter esofágico
inferior (EEI). Os pacientes com disfagia relacionada a distúrbio de motilidade
tendem a apresentá-la tanto para sólidos como para líquido, apresentando sintomas
como: dor torácica, halitose, regurgitação, pirose, tosse persistente, odinofagia e
aspiração (LEMME E DOMINGUES 2001, HADDAD 2003).
Algumas doenças esofagianas que causam disfagia orofaríngea são: Doença
do Refluxo gastroesofágico (DRGE); Divertículo de Zenker; Acalasia (AC)
Carcinoma de Esôfago; Estenose Esofágica, Osteófitos Cervicais (LEMME E
DOMINGUES 2000, DOMINGUES E LEMME 2001, SALLUM, COIMBRA E
MONTAGNINI 2009, LOPES E COL. 2004)
A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) tem início com a perda da
integridade funcional do esfíncter esofágico inferior (EEI), podendo ter aumento do
número de relaxamentos transitórios que permitem o refluxo ácido, ou por redução
de sua pressão basal em repouso ou aos esforços. O contato do fluído com a mucosa
esofagiana é responsável pela lesão da mucosa conhecida como esofagite de refluxo.
A principal manifestação clinica da DRGE é a pirose (sensação de queimação que se
irradia desde o epigástrio até a base do pescoço, podendo atingir a faringe) até a
regurgitação (LOPES E COL. 2003, FELIX E VIEBIG 2003, MELERE E COL.
2009, TOMA 1999, COSTA, MONTEIRO E KACH 2003, LEMME 2003).
O Divertículo de Zenker é definido como a herniação da mucosa hipofaríngea
através de uma área frágil entre as fibras oblíquas dos músculos faríngeos inferior e
cricofaríngeos, em combinação com altas pressões intraluminais, tipicamente
localizado na linha média da parede posterior da hipofarínge. Tendo como sintoma a
disfagia, regurgitação, tosse, emagrecimento e protrusão do pescoço quando o
alimento é deglutido (MOREIRA & COL. 2009, SENAGA & COL. 2007, LANA et
al 2005).
A Acalasia (AC) é um transtorno freqüente no esôfago que pode apresentar em
qualquer idade, afetando homens ou mulheres por iguais. Sendo causada pela
incapacidade do esôfago de contrair e empurrar a comida para o estômago,
apresentando ausência de contrações peristálticas. É causada por alterações nervosas
do esôfago e sua causa exata ainda é desconhecida. O principal sintoma é a sensação
de comida parada no meio do peito, tendo como maior queixa o alimento sólido
(MOREIRA E LÓPEZ SAN ROMÁN 2008; LOPES E COLABORADORES 2003,
COSTA, MONTEIRO E KACH 2003).
No Carcinoma de Esôfago poucos tumores de esôfago são benignos. Dos
tumores, 90% dos casos são carcinomas de célula escamosas e a maioria dos 10%
restantes são adenocarcinomas. Os sintomas inicias incluem disfagia para sólido,
evoluindo para dificuldade de deglutição para pastoso e líquido. O tratamento é quase
sempre cirúrgico (CORBIN-LEWIS, LISS E SCIORTINO 2009, LOPES E
COLABORADORES 2003).
As estenoses Esofágicas resultam de lesão da parede do órgão com
conseqüente espessamento de suas camadas e evolução até fibrose, podendo ser de
etiologia congênita ou adquirida são umas das principais causas de disfagia,
promovidas por doenças preexistentes como: tumores ou seqüelas de tratamento. A
principal conseqüência é a disfagia, dependendo de seu aparecimento, pode provocar
emagrecimento e desnutrição (BITTENCOURT E COLABORADORES 2006,
SALLUM, COIMBRA E MONTAGNINI 2009, COSTA, MONTEIRO E KACH
2003).
As causas dos surgimentos dos osteófitos provem das forças de compressão
em que a coluna vertebral é submetida. Tal compressão poderá afetar raízes nervosas
ou até mesmo órgãos e vísceras, como esôfago, traquéia e laringe (SILVA 1985).
Os osteófitos localizados na face anterior das vértebras cervicais, de C2 a C7,
podem causar disfagia por compressão extrínseca. Geralmente são assintomáticos,
sendo encontrado em 20 a 30% da população idosa. A queixa mais freqüente é a
disfagia para sólidos e outros sintomas menos comuns são a odinofagia, sensação de
corpo estranho, tosse, disfonia, perda de peso, estridor, dispnéia, pneumonia
aspirativa, alteração na mobilidade do pescoço, dor e rigidez cervical (SILVA 1985,
PINHO E ALONSO 1998, HADDAD 2003, NUDELMANN E COL. 2009).
A adequada condução do conteúdo deglutido através do esôfago é fato de
extrema importância. Avaliar e prevenir disfunções e doenças esofágicas é
importante tarefa. A videofluoroscopia permite o registro da forma e da função do
esôfago em toda a sua extensão e em tempo real. É possível registrar as
características do órgão em repouso e suas variações em resposta às solicitações
funcionais: contrações peristálticas, variações da dinâmica associadas a distúrbios
motores, aberrações luminares localizadas, como nas formações divetículares, ou
gerais, como no dólico e megaesôfago. Fluxo e refluxo, retardos de trânsito,
compressões extrínsecas e pulsáteis ou não, projeções intraluminais e acálasia são
facilmente identificados pela videofluoroscopia, fornecendo assim, uma maior e mais
profunda gama de informações qualitativas, em relação aos outros exames de esôfago
(COSTA, MONTEIRO E KACH 2003).
3 CASUÍSTICA E MÉTODO
Foram avaliados retrospectivamente os exames de videofluoroscopia de 300
pacientes de todas as faixas etárias e de ambos os sexos, realizados no CETAC, com
queixa de deglutição no período de julho de 2007 a outubro de 2009.
A pesquisa foi realizada no setor de radiologia do CETAC – Centro
Diagnóstico por Imagem, localizado na rua Padre Ildefonso, 150, Batel, Curitiba/PR.
O critério de inclusão estabelecido para a pesquisa foi, pacientes com queixa
de disfagia; com condições de realização de exame e indicação medica.
Foi um estudo retrospectivo de análise de laudo de exames de
videofluoroscopia realizados no CETAC. Os exames foram laudados conjuntamente
com o radiologista responsável pelo setor.
Para a realização do exame de videofluoroscopia da deglutição foi utilizado o
aparelho de raios-X marca Philips Diagnost 93 e modelo TX 0566, monitor
Panasonic Recorder e modelo AG- 513c - pro line.
O exame de videofluoroscopia realizado em pacientes com queixa de disfagia
orofaríngea ocorreu da seguinte maneira:
• O sujeito durante o exame permaneceu sentado e na posição lateral nas
incidências perfil e póstero-anterior;
• Foi oferecido gole livre, quando o paciente apresentar disfagia é
mensurado o espessante no bário em 5ml e 10ml dentro de um copo de
café ou mamadeira conforme a faixa etária e oferecido colher nos dois
volumes quando necessário e o paciente se acomodava as instruções;
• Foi oferecido gole livre de néctar, mel e pudim dentro das normas do
espessante NUTILIS em um copo de café, oferecido colher e o paciente
se acomodava as instruções, para os bebês era oferecido o liquido com
bário na mamadeira;
• Durante a realização do exame o fonoaudiólogo responsável avaliou a
presença de manobras posturais, compensatórias ou terapêuticas;
• Como regra, o exame era interrompido a qualquer momento se o
paciente apresentasse aspiração traqueal do conteúdo ofertado em
qualquer volume e devidamente aspirado para clareamento das vias
aéreas.
As consistências oferecidas foram líquido, néctar e pudim (National
Dysphagia Diet: Standardization for optimal care, 2003).
Os dados coletados foram analisados realizando um estudo de comparação de
disfagia esofagianas com queixa de deglutição orofaríngea com as consistências em
líquido, néctar e pudim.
Como procedimento inicial de coleta, os pacientes desse estudo foram
informados sobre a pesquisa, e solicitados dela a participar. Após aceitarem, foram
convidados a assinar o Termo de Consentimento livre e esclarecido. Para a
realização, este estudo passou pelo Comitê de ética em Pesquisa da Universidade
Tuiuti do Paraná.
Durante a elaboração desse estudo, foram seguidas as seguintes normas:
Normas Técnicas De Apresentação E Elaboração De Trabalho Acadêmico –
Científico Da Universidade Tuiuti Do Paraná.
4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Neste capitulo, serão apresentados os resultados desta pesquisa que teve por
objetivo analisar alteração esofagiana em pacientes com queixa de disfagia
orofaríngea submetidos ao exame de videofluoroscopia.
Por meio da analise dos exames realizados de julho de 2007 a outubro de
2009, verificou-se que 49,8% dos pacientes eram do sexo feminino e 50,2% do sexo
masculino.
Com a análise dos dados sobre o diagnóstico do exame de videofluoroscopia,
encontraram-se os seguintes resultados:
Diagnóstico das Videofluoroscopia
Ilustração 1: Análise dos dados dos diagnóstico dos exames de videofluoroscopia do total de exames realizados. Fonte: Dados primários (2010).
Na ilustração 1, observou-se que 27,7% dos exames foram constatado
alteração esofagiana seguido de 24,4% com diagnóstico de disfagia leve.
Com a análise dos dados sobre o diagnóstico do exame de videofluoroscopia,
também foram tabulados por sexo e encontrou-se os seguintes resultados:
Diagnóstico Das Videofluoroscopia Por Sexo
Ilustração 2: Comparação dos diagnóstico dos exames de videofluoroscopia do total de exames realizados por sexo. Fonte: Dados primários (2010).
Na ilustração 2, pode-se observar que há um certo padrão na apresentação do
diagnóstico independente do sexo excetuando-se alteração esofagiana que de 16,9%
do sexo feminino caiu para 10,8% no sexo masculino. Entre as mulheres 8,0% das
pacientes apresentaram disfagia leve e entre os homens esse números mais que
dobrou passando pra 16,4% dos pacientes.
Com a análise dos dados sobre as patologias encontradas nos exames de
videofluoroscopia, encontraram-se os seguintes resultados:
Patologias Encontradas
Ilustração 3: Análise dos dados sobre as patologias encontradas nos exames de videofluoroscopia do total de exames realizados. Fonte: Dados primários (2010).
Na ilustração 3, observou-se que mesmo apresentando indicação para a
realização do exame 60,6% dos pacientes foram considerados sem patologias. Dos
que apresentaram algum tipo de patologia destaca-se que 14,1% dos pacientes
apresentaram osteófitos 11,3% apresentaram acalasia. Destaca-se ainda que 8,5% dos
pacientes apresentaram ambas as patologias.
Cruzando os dados dos exames que apresentaram compressão esofagiana
com o diagnóstico das videofluoroscopia, os seguintes resultados foram encontrados:
Compressão Esofagiana X Diagnóstico
Ilustração 4: Comparação dos dados dos exames que apresentaram compressão esofagiana com o diagnóstico das videofluoroscopia. Fonte: Dados primários (2010).
Na ilustração 4, observou-se que nos pacientes que não apresentam
compressão esofagiana, 51,9% dos avaliados apresentam disfagia. Nos que
apresentam compressão esofagiana esse índice cai para 8,1%. Pode-se observar uma
tendência contrária em relação a uma alteração esofagiana com 75,5% dos analisados
com compressão esofagiana, sendo este indicador de 13,4% para os sem compressão
esofagiana.
Cruzando os dados dos exames que apresentaram alteração da mobilidade
esofagiana com o diagnóstico das videofluoroscopia, os seguintes resultados foram
encontrados:
Mobilidade do esôfago x Diagnóstico
Ilustração 5: Comparação dos dados dos exames que apresentaram alteração da mobilidade esofagiana com o diagnóstico das videofluoroscopia. Fonte: Dados primários (2010).
Na ilustração 5, observou-se que os pacientes que possuem a mobilidade
normal tendem a possuir doenças menos severas dos que os pacientes com
mobilidade alterada. Nos pacientes com mobilidade normal, 56% apresentam algum
tipo de disfagia – alteração esta que é tratada com terapias fonoaudiológicas. Entre os
pacientes com mobilidade alterada, este índice é de apenas 8,0%. Já nos pacientes
com mobilidade alterada, 77,8% dos pacientes analisados apresentaram alteração
esofagiana, sendo este índice de 6,7% para os com mobilidade normal.
5 CONCLUSÃO
Esta pesquisa sugere que o exame de videofluoroscopia serve para diagnosticar doenças com queixa de disfagia alta onde o diagnóstico será conclusivo em disfagia baixa.
Pode-se dizer que o exame de videofluoroscopia é considerado uma técnica ouro para diagnosticar alguma alteração existente em todo o processo da deglutição.
Pela falta de conhecimento do exame de videofluoroscopia, a classe medica sugere outros exames complementares não tão fidedignos para a conclusão de alterações esofagianas.
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APÊNDICE A – Protocolo de videofluoroscopia
Universidade Tuiuti do Paraná Credenciada por Decreto Presidencial de 07 de julho de 1997 – D.O.U. Nº 128, de 08 de julho de 1997, Secção 1, Página 14295.
PROTOCOLO DE VIDEOFLUOROSCOPIA DA DEGLUTIÇÃO
MESTRADO EM DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO
Data___/____/___
1. Dados do Paciente
Nome:________________________________________Sexo:F ( ) M ( )
Idade: _________________________ DN:________________________
Diagnóstico:_________________________________________________
Tempo de diagnóstico: _________________________________________
Registro hospitalar:____________________________________________
2. Estado geral:
Nível de consciência ( ) alerta ( ) torporoso
Compreensão de comandos verbais simples: sim ( ) parcial ( ) não ( )
Colaborativo: Sim ( ) Não ( )
Glasgow: ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9 ( ) 10 ( ) 11 ( ) 12 ( ) 13 ( ) 14 ( )
15 NA ( )
Rancho Los Amigos: ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 NA ( )
3. Dentição:
Ausência de dentes? ( )sim ( )não Quais?:____________________________
Uso de prótese parcial ou total? Especificar:_____________________________
Adaptação: _______________________________
4. Condições Respiratórias:
Oxigenodependente ( )
Traqueostomia ( ) sim ( )não
Com Cuff: insuflado ( ) parcialmente insuflado ( )
Ventilação Mecânica Invasiva Sim ( ) Não ( )
Não Invasiva ( ) _____________________________________________________
Válvula de Fala: ( ) sim não ( ) Tempo:____________________________________
5. Em uso de via alternativa:
( ) SNG ( ) SOG ( ) SNE ( ) Gastrostomia ( ) Jejunostomia
Se parcial, observações: _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6. Consistências oferecidas no exame:
Líquido: 70 ml de água e 30 ml de Bário Guedert Cp____
Pastoso: 70 ml de água, 30 ml de Bário Guedert e 5g de Espessante Thicken up
cp_____
Pastoso Grosso: 70 ml de água de bário Guedert e 10 g de Espessante Thicken up
Cp_____
Sólido: 3 Bolachas “Club Social” embebida no Bário Guedert Cp____
7. Condições no exame e oferecimento da dieta:
Posição: ( ) sentado ( ) em pé
Incidências: Perfil ( ) Antero-Posterior ( ) Obliquoa Direita ( ) Oblíquo
Esquerda ( )
Utensílios: ( ) copo ( ) colher ( ) seringa ( ) mamadeira ( ) canudo
Outros: _____________________________________________________________
8. FASE ESOFÁGICA:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
________________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA DISFAGIA Á
VIDEOFLUOROSCOPIA :
Dinâmica da deglutição alterada evidencia:
Deglutição normal ( )
Disfagia leve: ( ) se o controle e o transporte do bolo estiverem atrasados ou se
ocorrer leve estase faríngea, sem penetração laríngea.
Disfagia moderada: ( ) incluindo alteração no transporte oral, estase faríngea com
todas as consistências, penetração laríngea ou leve aspiração com somente uma
consistência;
Disfagia grave: ( ) se ocorre aspiração substancial ou o paciente não desencadeia
deglutição.
(OTT et al., 1996).
CONCLUSÃO:_______________________________________________________
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Fonoaudióloga