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(VERSÃO ORIGINAL COM EXCLUSÃO DE NOMES E IMAGENS DE PESSOAS)
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
2. Plano De Gestão Ambiental
Progresso reportado pela NE:
Gerenciamento e controle do PBA
Plano de Gerenciamento do PBA (PG-PBA)
Identificação e atualização dos requisitos legais aplicáveis
Identificação e atualização, pela empresa Gestora do PBA, dos requisitos legais aplicáveis aos diferentes
componentes do PBA.
Atualização da Planilha de Normas e Leis.
Gestão da Conformidade.
Avaliação e atualização dos impactos ambientais e ações de gestão
Está em andamento a revisão da “Planilha de Acompanhamento e Atualização Periódica dos Impactos
Ambientais”, de acordo com o que estabelece o Padrão de Sistema (PS) de Acompanhamento e
Atualização Periódica dos Impactos Ambientais.
Acompanhamento e atualização dos objetivos, metas e indicadores do projeto
Continua em curso a análise semestral quanto à contínua pertinência dos os “Objetivos, Metas e
Indicadores”, procedendo-se à avaliação do andamento e dos resultados das atividades de cada um dos
Planos, Programas e Projetos do PBA, de forma a acompanhar o alcance das suas diretrizes e avaliar sobre
eventuais necessidades de ajustes.
Identificação e Gerenciamento dos Pacotes de Trabalho em Nível de Gestão de Acurácia
Os resultados são apresentados semanalmente à Diretoria Socioambiental (DS), na forma de boletins, com
periodicidade mensal às demais Diretorias, Presidência e Comitê de Meio Ambiente (CMA), e, quando
requisitado, ao Conselho de Administração (CA), contemplando diretrizes para Planos de Ação com vistas
a superar/compensar as situações que se apresentam na dinâmica das atividades do projeto.
Arcabouço Documental do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) Documentos aprovados no período:
Plano Operacional de Supressão Vegetal R02;
Padrão de Sistema Plano de Comunicação e de Relacionamento com a Comunidade;
Padrão de Sistema de Controle de Documentos das Obras do Entorno R02;
Padrão de Sistema de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) – R02;
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) UHE Belo Monte;
Plano de Ação de Emergência (PAE) - Estação de Transbordo de Cargas – (ETC);
Padrão de Sistema de Operacionalização do NAC - Núcleo de Análise Crítica (PS NES
GABM SGA 001/2015);
Manual de Auditoria Ambiental da UHE Belo Monte R02;
Plano de Atendimento às Emergências de Segurança e Saúde Ocupacional nas Obras do
Entorno da UHE Belo Monte (já discutido acima).
Gestão em campo
Gestão da Conformidade
Destaca-se o acompanhamento em campo para possibilitar a gestão da informação no sistema (SGP) e a
melhoria contínua do fluxo de tratamento de desvios, com destaque para a continuidade da estratégia de
realização de reuniões de alinhamento entre todos os atores envolvidos no processo; a operacionalização
plena do Sistema de Alerta com Boletins semanais de acompanhamento distribuídos aos interessados,
específico para as não conformidades; e o recebimento dos registros de não conformidades, via SGP, para
incorporação no âmbito do SIG-A. Permanece, também, a atividade de enquadramento legal de cada uma
das não conformidades identificadas em campo.
Integração entre diferentes Planos, Programas e Projetos do PBA, Rastreamento e Obtenção dos Dados e
Informações para Subsidiar o Gerenciamento do PBA
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Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Foi dada continuidade à realização de reuniões periódicas das diferentes instâncias e à operacionalização
os grupos de trabalho (GT’s) cujos participantes, matrizes de Responsabilidade e cronogramas de reuniões
são pré-estabelecidos. Estiveram ativos os seguintes fóruns e grupos de trabalho: GT/Força Tarefa RUC,
Produção RUC, Reunião de Planejamento e Produção, GT RH (Recursos Hídricos), GT Desmatamento,
Reunião do CGI, Reunião mensal com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Reuniões do Comitê
Interno de Comunicação (CIC), Reuniões do Programa de Desmobilização de Mão de obra (PDMO),
Reunião de SSTMA Produção (RUCs), Reunião de SST (obras principais e entorno), Reunião do Plano de
Enchimento dos Reservatórios, Reunião de Planejamento da DS (quinzenal), Reunião do PAC, Grupo de
Saneamento de Processo (GSP) e Grupo de Contratação Expedita (GCE) ou Grupo Super Fast Track.
Operacionalização do Sistema de Alerta
Continua o acompanhamento e atendimento às demandas e obrigações do empreendedor por meio de
alertas automáticos, bem como boletins semanais de acompanhamento do atendimento às demandas
decorrentes de ofícios emitidos à NE pelo IBAMA, FUNAI e, eventualmente, demais intervenientes, tais
como Agência Nacional das Águas (ANA) e Secretaria de Meio Ambiente do Pará (SEMA/PA), dentre
outros. Além disso, vale destacar a operacionalização do Sistema de Alerta criado, ainda no final de 2014,
especificamente para acompanhar o status evolutivo das não conformidades e que, com reporte semanal,
tem se mostrado de grande relevância considerando a redução efetiva do período de tempo necessário ao
tratamento e conclusão dos desvios.
Condução de ferramentas de comunicação externa e de interação com as partes interessadas
Até o período coberto por este relatório foram realizadas 15 (quinze) reuniões do Colegiado do Fórum de
Acompanhamento Social Belo Monte (FASBM), e 70 (setenta) reuniões das Comissões específicas e
Comitês temáticos.
Gestão da Informação
O Sistema de Gerenciamento de Projeto (SGP) continua a cumprir seu papel de Plataforma online de
sistematização das informações e controle de fluxo de dados, subsidiando a comunicação gerencial entre
os players.
O Sistema de Informação Geográfica Ambiental (SIG-A), composto pela integração dos softwares (i) SGP;
(ii) GeoExplo (Banco de Dados) e (iii) Geoserver (Visualizador de dados cartográficos armazenados no
Geoexplo), possui a função de armazenamento, consulta e visualização de bases cartográficas e dados
brutos, produzidos no âmbito dos monitoramentos do PBA.
Entre março e abril de 2015 foi realizada toda a conferência do Banco de Dados Bruto, pela
equipe administradora do SIG-A, pertinente ao 7°RC encaminhado pela empresa LEME
(Coordenadora dos Pacotes de Trabalho dos Meios Físico e Biótico) ao IBAMA. Para isso,
foram seguidos os procedimentos apresentados no documento PS NES GABM SGA
003/2014;
Foi realizada a inserção do mencionado BDB no SIG-A;
A Biocev – Coordenadora do PAC -, por meio do SIG-BIO, sistema próprio de gerenciamento
de dados, vem realizando interface com a equipe SIG-A, com base no envio de dados
referentes às não conformidades (NC´s) do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas
(PRAD) e do Programa de Controle Ambiental Intrínseco (PCAI), programas contidos no
PAC, os quais também são inseridos e armazenados no Geoexplo (SIG-A).
A configuração para o recebimento dos dados de monitoramento ambiental com destino ao BDB do SIG-
A, via SGP, tem possibilitado o controle de informações com interface entre as Executoras,
Coordenadoras, Gestora e Empreendedor, contribuindo ainda mais para a gestão dos dados armazenados
no sistema gerenciador do BDB, o Geoexplo.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º RSAP, período de janeiro a março de 2015.
Análise de conformidade:
Não foram evidenciadas atividades relacionadas ao pacote de atividades nomeado: “Planejamento/realização/registro
de simulados de emergência”.
Quanto ao “Planejamento e implementação do plano de auditorias”, no período foi apresentado o Manual de
Auditoria Ambiental da UHE Belo Monte R02, aprovado pela NE, cuja sistemática abrange principalmente:
Auditoria do andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA;
Auditoria do recurso do processo de licenciamento em si, considerando os aspectos legais e estratégicos dos
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Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
órgãos intervenientes e dos agentes financiadores; e
Acompanhamento do atendimento aos planos de ação / medidas corretivas propostas na auditoria e nos
Relatórios de Não Conformidade (RNCs).
Avaliação de resultados:
Todos os impactos identificados na fase de licenciamento ambiental prévio da UHE Belo Monte continuam a ser
adequada e periodicamente revisitados na sua abrangência e intensidade;
O processo de atualização de impactos continua a permitir a identificação dos impactos potenciais nas diferentes
etapas do empreendimento, inclusive os indiretos e os que se manifestam de maneira cumulativa e sinérgica com
outros empreendimentos;
A integração contínua das informações no curso da implementação do PGA tem facilitado o processo de
identificação da ocorrência de novos impactos;
A identificação e a proposição de novas ações contribuem tanto para atingir as diretrizes como prevenir, mitigar,
monitorar ou mesmo para promover a compensação ambiental e, assim, a melhoria do desempenho do projeto;
Os Planos, Programas e Projetos do PBA que apresentam interfaces estão efetivamente promovendo a troca de
informações e dados, interação esta realizada sob a responsabilidade do PGA e evidenciada pela formação de
grupos de trabalho (GT), os quais contribuem tanto para a reavaliação periódica de impactos, a análise da
eficácia, eficiência e efetividade das ações contidas no PBA, para fazer frente a esses e outros impactos
porventura antes não detectados, como para a proposição de novas ações de gestão;
Os Programas e Projetos de monitoramento estabelecidos contemplam metodologias capazes de controlar,
identificar e mensurar as alterações induzidas pelo empreendimento, embora alguns aspectos necessitem de um
período maior para uma análise conclusiva dos seus resultados.
As ações do PGA têm gerado dados, documentos e discussões que permitem o seu funcionamento como um
instrumento de supervisão/fiscalização das obras e da operação da UHE Belo Monte.
As medidas de prevenção, mitigação e gestão propostas, e que vêm sendo colocadas em prática, constituem
estratégia adequada para que se evite, controle e minimize os impactos já verificados.
3. Plano Ambiental de Construção
3.1. Programa de Controle Ambiental Intrínseco
Progresso reportado pela NE:
Ver Seção 6.2.1 e Capítulo 7.0 do Relatório.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º RSAP, período de janeiro a março de 2015.
Análise de conformidade:
As atividades realizadas no período estão acompanhando os avanços das obras, obtendo sucesso em relação ao
objetivo de garantir melhor desempenho ambiental do empreendimento.
Avaliação de resultados:
Resultados avaliados nos Capítulos 6.0 e 7.0.
3.2. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas
Progresso reportado pela NE:
O histórico de áreas recuperadas pode ser resumido nas seguintes quantidades:
Ano 2012/2013: 6,0ha (áreas de empréstimo utilizadas para a construção do Travessão 27 e ao longo do mesmo)
Ano 2013/2014: 145,0ha
Ano 2014/2015: 95,45ha (previsão do Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de
Condicionantes, fevereiro de 2015)
A evolução da implantação do PRAD tem sido reportada pela NE por meio das seguintes indicadores:
Quantidade de áreas recuperadas
Conformação Topográfica e Lançamento de Solo Orgânico
Implantação do Sistema de Drenagem:
Estoque e Usos de Solo Orgânico:
Recomposição e Revegetação das Áreas Degradadas
Manutenção
Monitoramento
Produção de Mudas
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Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
As informações disponíveis, no momento, são aquelas relatadas no Relatório Final Consolidado de Andamento do
PBA e Atendimento de Condicionantes, fevereiro de 2015, e que já foram apresentadas no “8º Relatório de
Monitoramento Socioambiental Independente do Projeto UHE Belo Monte para o BNDES”, elaborado pela JGP. O
9º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), de abril de 2015, não atualizou as informações referentes ao PRAD.
Por outro lado, o 9º RSAP informou que, período coberto por este relatório, foi aprovado o Padrão de Sistema de
Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) – R02. Este PS é o documento básico da NE para orientar as suas
contratadas na elaboração, apresentação e implantação projeto de recuperação e monitoramento posterior das áreas
recuperadas. Deste documento são destacados, neste momento, os seguintes aspectos:
Campo de aplicação:
“Aplica-se a todas as obras da UHE Belo Monte, tais como locais de obras temporárias que serão desmobilizadas,
vias de acesso, canteiro de obras e acampamentos; subestações e linhas de transmissão (redes internas da obra para a
transmissão de energia), áreas de empréstimos, jazidas, bota-foras, bota-esperas e estoques de material construtivo
entre outros.
Embora possam existir outras áreas que serão submetidas à recuperação e reabilitação também impactadas pela
implantação do empreendimento, é importante salientar que este documento se reporta exclusivamente às áreas
vinculadas ao Programa Ambiental de Construção (PAC).”
Referências documentais:
“Ofício 111/2012/COHID/CGENE/DILIC/IBAMA - Termo de Referência – Estabelecer procedimentos para
apresentação de projeto a ser implementado em áreas do programa de recuperação de áreas degradadas – PRAD
onde haverá efetivo plantio de espécies arbóreas para fins de geração de crédito de reposição florestal, 29 de maio de
2012;”
Condições Específicas:
Elaboração do Plano de Recuperação Ambiental Geral da Obra: documento estratégico para
recuperação ambiental das áreas degradadas pela obra.
Elabora do Projeto Executivo de Recuperação de Área Degradada: projeto detalhada de cada área a
ser recuperada.
Especificidades Metodológicas: detalhamento das soluções de projeto recomendadas pela NE.
Monitoramento: estabelecimento de indadores de acompanhamento válidos para o 1º, 2º, 3º e 4º anos pós o
plantio das áreas.
Indicadores do 1º ano pós o plantio
Taxa de sobrevivência de mudas plantadas;
Desenvolvimento das mudas (diâmetro a altura do coleto – DAC) por espécie;
Percentagem de cobertura do solo pelas espécies herbáceas de interesse.
Além disto, devem ser observados os seguintes aspectos:
Estado fitossanitário (ocorrência de pragas e/ou doenças), indicando o número de mudas atacadas;
Uso pela fauna (como presença de ninhos ou espécies se alimentando);
Avaliação da regeneração natural;
Ocorrência de processos erosivos, informando o tipo de erosão (laminar, sulcos, voçorocas) com
dimensionamento quando aplicável;
No caso de existência de estruturas de controle de drenagem pluvial, deverá ser observada a eficiência
das mesmas.
Estado físico das cercas, quando existentes.
Indicadores do 2º e 3º anos pós o plantio
Além dos indicadores citados na primeira fase, deve ser avaliada também a fenologia (floração e
frutificação), a presença de outras formas de vida (lianas, epífitas) e, no caso dos indivíduos
regenerantes, a avaliação dos processos de dispersão – se oriundos de espécies do entorno ou das
espécies presentes no plantio.
Indicadores do 4º ano pós o plantio
Além dos indicadores das fases anteriores, também deverão ser avaliadas a fauna, a presença de
estratos na vegetação (indivíduos de sub-bosque, de dossel e emergentes) e tomadas medidas de
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Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Diâmetro à Altura do Peito – DAP dos indivíduos arbóreos.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, fevereiro de 2015.
9º Relatório Socioambiental Periódico, abril de 2015. Análise de conformidade:
O programa tem avançado, mas defasado em relação ao originalmente proposto. Os resultados de áreas recuperadas
ao final do ano agrícola de 2013/2014 ficaram em 77% das áreas inicialmente programadas. No entanto, existe a
possibilidade de recuperação das metas, tendo em vista que os resultados obtidos no segundo ano de implantação
foram muito melhores que os obtidos no primeiro ano. Além disto, os próximos anos poderão se beneficiar das
lições aprendidas e do aprimoramento dos procedimentos.
O planejamento de plantios para o ano agrícola 2014/2015, bem como o cronograma do PRAD até outubo de 2018
foi definido. Para o ano de 2014/2015 são previstos 95,45ha de plantios em vários sítios, de maneira que as
atividades sejam mais efetivas do que o verificado no ano anterior.
O Parecer PAR 02001.000415/2015-93 COHID/IBAMA analisou as atividades deste programa apresentadas no 6º
Relatório de Consolidação Semetral, sendo que as principais observações foram as seguintes:
Os indicadores de avaliação do programa não estão apresentando consistência suficiente para avaliar o seu
andamento. O 6º RC havia proposto novos parâmetros de avaliação com atualizaçãode planilhas de objetivos e
metas, relatórios gerenciais e avaliação de relatórios consolidados. Esta mudança deverá ser apresentada no
próximo relatório semestral.
Os projetos de recuperação deverão atender ao termo de referência expedido pelo IBAMA. Os projetos devem
atender ao formato do TR e incorporar considerações e recomendações das Notas Técnicas 5700/2013 e
5945/2013.
Os projetos de recuperação com plantio arbóreo deverão solicitar o quantitativo a ser concedido para fins de
liberação de crédito de reposição florestal.
Apresentar o planejamento atualizado do ano agrícola 2014/15.
O Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes, de fevereiro de 2015,
que apresenta um relato consolidado do programa (Capítulo 3.2), atende apenas parcialmente as recomendações do
referido parecer do IBAMA. Desta forma, o próximo relatório a ser apresentado ao IBAMA, que seja uma
complementação do relatório final ou um relatório consolidado periódico deverá rever a apresentação dos resultados
e atender as observações do PAR 02001.000415/2015-93 COHID/IBAMA.
Avaliação de resultados:
O lançamento de solo orgânico é realizado na sequência da conformação topográfica; inicialmente o lançamento do
solo orgânico foi realizado de maneira extensiva em toda a área a ser recuperada, no entanto, este procedimento foi
revisto após a adoção do conceito de revegetação com nucleação.
O programa está atingindo os objetivos listados no PBA.
3.3. Programa de Capacitação de Mão de Obra
Este Programa não fazparte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela NE nos RSAP
até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.
3.4. Programa de Saúde e Segurança
Progresso reportado pela Norte Energia:
Ver Seções 6.3.2 a 6.3.5 e Capítulo 7.0 do Relatório.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º RSAP, período de janeiro a março de 2015.
Análise de conformidade:
O programa estabelece diretrizes contínuas que são acompanhadas pela Supervisão da Obra Principal realizada pela
NE/BIOCEV. Além dessas diretrizes, cada programa legal previsto na legislação traz seu respectivo cronograma
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Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
(PPRA, PCMAT, PCMSO e outros). Para avaliação do atendimento desses programas a NE avalia mensalmente o
nível de atendimento de compromissos legais por parte das empresas.
A partir do 8º RSAP os dados das montadoras passaram a fazer parte do conjunto de informações reportadas e
analisadas pela NE, o que garante o aumento da abrangência do programa para as demais empresas que compõem a
Obra Principal.
Avaliação de resultados:
Resultados avaliados nos Capítulos 6.0 e 7.0.
3.5. Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores
Este Programa não fazparte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela NE nos RSAP
até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.
3.6. Programa de Desmobilização de Mão de Obra
Progresso reportado pela NE:
No período de janeiro a março de 2015 foram realizadas adequações no escopo desse programa junto ao IBAMA
através da NE-DS-SSE-117-0 – Justificativas. Neste período, foi pactuada, através de reuniões, a inserção das
empresas montadoras no escopo do programa 3.6. As empresas executoras passaram a disponibilizar as atualizações
dos histogramas de mão de obra, sendo elas; CCBM – Consórcio Construtor Belo Monte (Obras Civis); ISOLUX –
Montagem das Linhas de Transmissão, ANDRITZ – (Montagem Eletromecânica da Unidade de Pimental), além do
CMBM – Consórcio Montador Belo Monte (Montagem Eletromecânica da Unidade Belo Monte).
Essas empresas também passaram a incluir em sua rotina de desmobilização, uma pesquisa de intensão de retorno ao
local de origem para cada funcionário desmobilizado.
No período foi iniciada a elaboração do PTD – Plano de Trabalho Detalhado. Foram realizados contatos com
instituições buscando firmar parcerias, entre elas o SINE (Sistema Nacional de Emprego) de Altamira.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
Conforme apresentado no relatório enviado ao IBAMA, houve alteração no período originalmente planejado para a
formação do Reservatório do Xingu, passando para junho de 2015. Desta forma, houve adequações no cronograma
original das obras, estendendo-se ou deslocando-se no tempo, algumas atividades construtivas e, por conseguinte, a
alocação de mão de obra necessária para realizá-las e a desativação de alguns elementos de infraestrutura de suporte
às construções já implantadas. Além disso, no segundo semestre de 2014 foi registrada a formalização de
modificações no cronograma original para alguns marcos relevantes da implantação das obras civis principais da
UHE Belo Monte, trazendo reflexos diretos para o histograma de mão de obra e a postergação do processo de
desmobilização.
Nesse contexto, foi elaborada pelo IBAMA a NT NE-DS-SSE-117-0, contemplando as justificativas técnicas para a
necessidade de readequação do Programa de Desmobilização de Mao de Obra.
Avaliação de resultados:
Esse Programa se encontra em fase de planejamento e até o presente momento não há resultados a serem
apresentados.
É esperado que ao final do primeiro semestre de 2015 seja concluído o Plano de Trabalho. Esse documento exercerá
o papel de guia do processo de desmobilização, sua discussão e pactuação com o principal empregador, a
formalização de parcerias com instituições relevantes para maximizar as oportunidades de reinserção da mão de obra
desmobilizada nos mercados local e regional.
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Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
4. Plano de Atendimento à População Atingida
4.1. Programa de Negociação e Aquisição de Terras e Benfeitorias na Área Rural
4.1.1. Projeto de Regularização Fundiária Rural
Progresso reportado pela NE:
O empreendedor vem dando os encaminhamentos necessários e de base ao projeto de regularização, preparando
instrumentos jurídicos e procedendo de forma a garantir o êxito da estratégia. No período foi dada continuidade as
seguintes atividades: (i) manutenção de equipe permanente de advogados em Altamira e Vitória do Xingu para
assistência aos interferidos; (ii) aquisição de imóveis para a implantação da UHE Belo Monte. Também foi realizada
reunião com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
O projeto encontra-se com andamento adequado ao proposto no cronograma do PBA. As atividades de regularização
fundiária são bastante complexas e vem sendo desenvolvidas conforme normas legais e exigências dos órgãos
públicos envolvidos.
A NE justificou que “a estrutura fundiária na área do empreendimento apresenta imóveis em sua maioria com
situação jurídica não regularizada, com documentos que variam de protocolo, títulos provisórios, recibos simples e
sem documentação. Apenas um percentual de 24,74% dos imóveis interferidos possuem escritura. Neste cenário,
diante das especificidades e da complexidade da situação dominial das áreas rurais da região, optou-se por
priorizar a aquisição dos imóveis interferidos e, em momento futuro, regularizar a propriedade em nome da Norte
Energia, assim como dos imóveis que tiveram as áreas desmembradas e remanescentes em nome dos seus titulares.”
Avaliação de resultados:
O Quadro 4.1.1 apresenta os avanços do programa desde o início de sua implantação até dezembro de 2014:
Quadro 4.1.1 - Ações realizadas no âmbito do projeto de Regularização Fundiária até dezembro de 2014 ÂMBITO UN PREVISTO REALIZADO
imóvel 1.881 1.158
imóvel 1.881 1.881
imóvel - 367
ocupação 259 259
ocupação 1.325 1.325
Páginas Rasterizadas un 1.451.385 1.451.385
Processos un 18.261 18.261
Livros Fundiários un 44.735 44.735
Peças Técnicas (plantas e
memoriais descritivos)un 35.900 35.900
ocupação 2.595 2.595
ocupação 2.180 1.830
TE
RM
O D
E C
OM
PR
OM
ISS
O (
TC
/IN
CR
A) Rasterização e compilação do acervo fundiário
da Unidade Avançada de Altamira (UAA-
INCRA), visando a geração de acervo técnico
digital para inserção no Sistema SISTERLEG-
ACERVO já disponível no site do Programa
Terra legal.
Cadastro Físico e Fundiário e aplicação de Censo Ocupacional em
Projetos de Assentamentos do Programa de Reforma Agrária do Governo
Federal - PA's Assurini, Morro dos Araras, Ressaca, Itapuama, Canoé e
parte das Glebas Públicas Federais Assurini e Ituna.
Determinações de vértices e Georreferenciamento de Lotes e aplicação
de Censo Ocupacional em Projetos de Assentamentos do Programa de
Reforma Agrária do Governo Federal - PA's Assurini, Morro dos Araras,
Ressaca, Itapuama, Canoé e parte das Glebas Públicas Federais Assurini e
Ituna.
AÇÕES REALIZADAS
INS
TA
LA
ÇÃ
O D
O
EM
PR
EE
ND
IME
NT
O
Instrução de processos com a documentação disponibilizada pelos
vendedores e respectivos levantamentos cartoriais para aquisição de
propriedades rurais visando a instalação do empreendimento.
Georreferenciamento de ocupações territoriais rurais a serem adquiridas para
instalação do empreendimento.
Instrução de processos com a documentação disponibilizada pelos
vendedores e respectivos levantamentos cartoriais para aquisição de
propriedades rurais visando a relocação assistida de famílias
interferidas.
AC
OR
DO
DE
CO
OP
ER
AÇ
ÃO
TÉ
CN
ICA
(A
CT
/MD
A)
Georreferenciamento e cadastro fundiário de ocupações territoriais
rurais com destaque para as ocupações localizadas em quatro blocos no
entorno da TI-Paquiçamba, totalizando 36.566 hectares que tiveram suas
planilhas ODS lançadas e homologadas no Sistema SisterLeg-GEO, do
Programa Terra Legal do MDA/Serfal.
Cadastro Fundiário, Georreferenciamento e coleta de documentos
comprobatórios voltado para a regularização fundiária das glebas públicas
federais denominadas: Tubarão, Bacabal, Primavera, Cachoeirinha e parte do
Projeto Integrado de Colonização Altamira Trecho TAI (Altamira - Itaituba) e
Gleba Conspara, com área total prevista aproximada de 127.000 (cento e
vinte e sete mil) hectares. ACT/MDA
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Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
A Tabela a seguir apresenta a relação das aquisições de áreas do mês de março/2015:
Tabela 4.1.1-1 - Aquisições no período de 01/03 a 26/03/2015 – Estruturas da UHE Belo Monte Situação fundiária Total %
Com registro aparente de propriedade 45 47
Sem registro aparente de propriedade 44 46
Com registro aparente de propriedade,
porémobjeto de espólio
7 7
Subtotal 96 100
Fonte: 9º RSAP (abril de 2015).
No período não houve elaboração de contratos de aquisição de áreas para atendimento de relocação assistida.
Com relação à Aplicação do Censo Ocupacional, o INCRA solicitou o acréscimo de mais 566 parcelas que
demandam georreferenciamento, conforme apresentado na Tabela abaixo. Segundo informações do 9º RSAP, a
Norte Energia está adequando o TR para a contratação dos serviços.
Tabela 4.1.1-2 – Parcelas que demandam georreferenciamento, segundo solicitação do Incra PAs Parcelas
Itapuana 436
Assurini 05
Ressaca 75
Morro das Araras 25
Total 541
Glebas Parcelas
Assurini 05
Ituna 20
Total 25
Fonte: 9º RSAP (abril de 2015).
A NE encaminhou CE solicitando prorrogação de prazo do instrumento formalizado com INCRA. Em atendimento a
solciitação do INCRA, a Norte Energia encaminhou uma análise dos resultados alcançados. Por enquanto a
Companhia aguarda o retorno do INCRA.
4.1.2. Projeto de Indenização e Aquisição de Terras e Benfeitorias
Progresso reportado pela NE:
No período de janeiro a março de 2015 foi dada continuidade as atividades de cadastro fundiário, físico-patrimonial
e socioeconômico, laudos de avaliação patrimonial. Foram realizadas 187 negociações com interferidos e foram
efetuados pagamentos de 322 indenizações. Dentre outras atividades relatadas no período foram: (i) reunião com a
Comunidade do Atracadouro da Balsa da Transassurini; e, (ii) reunião com o Movimento dos Atingidos por
Barragens (MAB).
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
O projeto encontra-se com execução segundo o proposto no PBA, principalmente no que se refere à elegibilidade da
população atingida. As alternativas de solução dos diferentes casos atende às necessidades e expectativas da
população.
Avaliação de resultados:
Segundo informações do 9º RSAP, as negociações e liberação das áreas interferidas se encontram em estágio final.
Os principais resultados do período foram:
Realização do Cadastro Fundiário, Físico Patrimonial e Socioeconômico
Dos 1882 imóveis interferidos, restam ser cadastrados somente 02 (dois) áreas, que serão interferidos pela
LT 13.8kV, cujo projeto se encontra em fase final de revisão.
Laudos de Avaliação Patrimonial (Avaliação de Terras e Benfeitorias)
Dos 1882 imóveis interferidos, restam ser avaliados somente 02 (dois) processos, que serão interferidos
pela LT 13.8kV, cujo projeto se encontra em fase final de revisão.
Realização de Negociações com Interferidos
Foram aceitas 155 propostas de aquisição/liberação de áreas;
9
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Foram ajuizadas 32 propostas para aquisição/liberação de áreas.
Desocupações de Propriedades
Foram realizadas 217 desocupações de áreas.
4.1.3. Projeto de Reassentamento Rural
Progresso reportado pela NE:
As atividades realizadas no período de janeiro a março de 2015 foram:
Visitas às famílias atingidas;
Realização de reunião com 01 (uma) nova família interessada no RRC;
Início de prospecção de novas áreas para RRC no mês de janeiro;
Licenciamento ambiental da área adquirida em andamento;
Reuniões para apresentação do pré-projeto da área adquirida às 90 famílias optantes pelo RRC;
Elaboração do projeto executivo da primeira área de RRC em andamento.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
O projeto de RRC teve avanço importante em 2014 com os trabalhos efetivos de implementação de um projeto no
Travessão 27.
Com a conclusão do reassentamento rural coletivo em Vitória do Xingu e dos demais reassentamentos
(Reassentamento em Área Remanescente - RAR e Relocação Assistida) em julho de 2015, as mudanças das famílias
serão efetivadas até esta data, não comprometendo o cronograma de enchimento dos reservatórios.
Avaliação de resultados:
Segundo o 9º RSAP, os principais resultados desse programa no período foram:
Visitas às famílias atingidas
Até o mês de setembro de 2013, haviam sido desenvolvidos trabalhos com as famílias que se encontravam
nas seguintes estruturas do empreendimento: acessos, canais, reservatório intermediário, canteiros e
jusante esquerda. De acordo com o cadastro socioeconômico, 50% das famílias residentes (542) foram
trabalhadas com modalidades variadas de indenização.
Estima-se que na nova frente de aquisições, atualmente em andamento nas margens D+E do Reservatório
Xingu e ilhas, outras 150 famílias residentes possam vir a ser público para o reassentamento. Portanto,
expressa-se em 75% a execução dessa atividade.
Realização de reuniões
Foi realizada 01 (uma) reunião no mês de março, com o objetivo principal de apresentação do
reassentamento rural coletivo (RRC) e escolha dos lotes pelos participantes. Secundariamente, foram
feitos esclarecimentos quanto ao enquadramento nesta modalidade e de outras dúvidas.
Identificação de áreas passíveis de receber os projetos de reassentamento ou projetos de assentamento já
instalados que possam recepcionar as famílias a serem remanejadas
50% das famílias com perfil de público para o Reassentamento Rural Coletivo (RRC), nas áreas
Reservatório Intermediário, Canais e outras estruturas, já optaram por alguma forma de indenização.
A Relocação Assistida foi ampliada para todo o público potencial do projeto de reassentamento, após o
início das negociações nas áreas do Reservatório Xingu e Ilhas tem havido maior adesão das famílias às
modalidades ofertadas.
Levantamento de informações junto aos órgãos federais e estadual de terras
Existem famílias oriundas de projetos de assentamento federal que serão reassentadas em um RRC
específico, conforme orientação do INCRA, ou beneficiárias de Carta de Crédito. Em reunião com a
equipe INCRA-Altamira ficou acordado que será identificada a melhor ocasião para dar início às consultas
quanto à situação dessas famílias junto aos órgãos federais.
Apresentação do pré-projeto de reassentamento
A Nota Técnica NM263-4.1.3-46-NT-001 Projeto de Reassentamento Rural encaminhada à NE em
10
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
31/01/2013 apresentava as propostas de: parcelamento da área (lotes, estradas, reserva legal e área de
preservação permanente), infraestrutura para os lotes e para a área comunitária e apoio à produção. Foi
definido pelo empreendedor o conjunto da infraestrutura a ser disponibilizada para cada família optante
para a modalidade de reassentamento.
A revisão do projeto foi apresentada em dezembro de 2014, considerando a área com os dois sítios
arqueológicos identificados. Houve necessidade de readequação do projeto na gleba B, assim como de seu
sistema viário. Após as correções, a Norte Energia aprovou a nova conformação da área do RRC.
Licenciamento ambiental da área adquirida
O processo para a obtenção de licença prévia (LP) se encontra em andamento (material protocolado na
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMA de Altamira no dia 21/03/2014, com o n°
2014/0000007906). Ainda no 1º semestre de 2014, foi realizada reunião entre a WorleyParsons e a SEMA
sobre o andamento do processo. No mês de julho, foram realizadas reuniões na Prefeitura de Vitória do
Xingu, com o intuito de iniciar as tratativas referentes ao licenciamento ambiental da área de RRC. Em
agosto, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo (SEMAT) de Vitória do Xingu identificou que
a atividade “assentamento rural” está incluída em suas atribuições legais e elaborou Termo de Referência
(TR) contendo as condições e os requisitos que deverão ser providenciados para esta finalidade.
Após o reparcelamento da Gleba B, foi elaborado o Plano de Controle Ambiental (PCA) e encaminhado no
mês de dezembro à SEMAT de Vitória do Xingu, conforme TR emitido pelo órgão. Com o novo
parcelamento e traçado viário, houve necessidade de revisão e novo protocolo no órgão ambiental do
município.
Foi emitida pela SEMAT de Vitória do Xingu uma notificação sobre o andamento do licenciamento
ambiental, sob a numeração 014/2015, solicitando o envio de documentos complementares, no prazo de 30
dias.
Reuniões para apresentação do pré-projeto da área adquirida
Até o mês de março de 2015, 90 famílias optaram pelo reassentamento coletivo. Elas foram devidamente
informadas de forma individual sobre o pré-projeto, estando cientes das características do RRC. Parte
dessas famílias está acompanhando as visitas às novas áreas a serem adquiridas pela Norte Energia.
Organização de critérios gerais de distribuição de lotes e de grupos de Atividades
Em atividade realizada no dia 18/03/2015, houve uma reunião com os primeiros 28 optantes por esta
modalidade. Essa reunião foi realizada na área do RRC, onde foram apresentados às famílias os mapas da
área, a localização dos lotes, a relação de equipamentos sociais, as datas de início das obras, a relação de
toda a infraestrutura de cada lote e, por fim, definiu-se que a escolha dos lotes pelas famílias seria pelo
método de sorteio.
Realização de obras para instalação do reassentamento
Foram elaborados e encaminhados os TRs e projetos básicos para contratação de empresa responsável pela
execução das obras de infraestruturas essenciais previstas. A responsabilidade pelo detalhamento do
projeto executivo e planilhas dos quantitativos está sob a atribuição da empresa de engenharia KNIJNIK,
contratada pela Norte Energia para essa finalidade.
Monitoramento e Avaliação
Foi iniciada em março de 2015 a atividade de monitoramento.
4.1.4. Projeto de Reorganização de Áreas Remanescentes
Progresso reportado pela NE:
No período de janeiro a março de 2015 foram realizadas as seguintes atividades:
Realização de 01 estudo de viabilidade de imóvel em área remanescente;
Reuniões com 08 famílias de atingidos para esclarecimentos e visita à área de interesse;
Definição de estratégia de ocupação do Reassentamento em Área Remanescente;
Realização de vistoria para o estudo de viabilidade de imóvel;
Visitas às áreas remanescentes com as famílias interessadas.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
11
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Análise de conformidade:
O projeto encontra-se com andamento adequado ao proposto no PBA, com os estudos para viabilizar a regularização
fundiária de novos lotes sendo finalizados.
Segundo informações do relatório enviado ao IBAMA, “com a finalização do processo de opção pelas famílias, em
março de 2015, com base nas próprias avaliações que identificam quais benfeitorias devem ser reposicionadas,
além de outras adequações necessárias nas áreas com remanescentes viáveis, será iniciada a implementação destas
recomposições, com finalização até julho de 2015. Para estas famílias, considerando que não será necessária a sua
relocação, não haverá transtornos à sua recomposição visto que a implantação de melhorias se dará antes do
enchimento do reservatório.”
Para os RARs, considerando que já foram definidas as premissas de projetos nestas novas áreas para a
implementação das obras necessárias com início para fevereiro de 2015, as famílias optantes por estas áreas deverão
estar reassentadas até julho de 2015, ou seja, antes do início do enchimento dos reservatórios, em tempo hábil para
que sejam adequadamente reassentadas para minimização de desconfortos a esses moradores.
Avaliação de resultados:
O desenvolvimento deste Projeto acompanha diretamente a execução das aquisições e negociações em andamento
no Projeto de Negociação e Aquisição de Terras e Benfeitorias da Área Rural (4.1.2). O processo de aquisição,
conforme o planejamento previsto para a implantação do empreendimento, iniciou-se pelas áreas destinadas ao
Reservatório Intermediário e estruturas necessárias para implantação e operacionalização da UHE Belo Monte.
Até 31 de janeiro de 2015 haviam sido adquiridas 1.721 propriedades. No total tinham sido elaborados 201 Estudos
de Viabilidade Técnica e Econômica das Áreas Remanescentes, sendo 122 propriedades localizadas nas áreas de
abrangência do reservatório Intermediário e canteiro de obras e 79 (setenta e nove) localizadas no reservatório do rio
Xingu. Os estudos indicaram a soma de 52 imóveis considerados viáveis, sendo que em 11 propriedades as obras de
readequação foram realizadas. As opções de permanência ou não nos imóveis a serem adquiridos estão em
andamento.
As obras de infraestrutura dos lotes criados para reassentamento rural individual (RAR) estão em fase de licitação e
existem atualmente 38 lotes disponíveis, e 33 famílias optantes pelo reassentamento rural individual.
Para os imóveis interferidos pelo Reservatório Xingu, num total de 41 (quarenta e um) considerados viáveis pela
avaliação de remanescentes, estão sendo adotados os mesmos procedimentos: identificação de necessidade de
reposicionamento das benfeitorias, bem como readequação de acessos e outras infraestruturas necessárias para a
permanência das famílias proprietárias.
Em relação à formação de blocos de terras pela reorganização de fragmentos de áreas resultantes da aquisição total
de imóveis, foram reorganizados 110 fragmentos que vieram a constituir 21 (vinte e um) blocos de terras parcelados
em 38 (trinta e oito) lotes com área mínima de 75 ha. Foram executados os serviços de levantamento topográfico e
cadastral dos blocos de terras que produziram bases cartográficas em relação à demarcação de determinadas
variáveis.
Segundo o 9º RSAP, os principais resultados desse programa no período de janeiro a março de 2015 foram:
Avaliação das áreas remanescentes e sua viabilidade
Foi realizado 01 (um) estudo de viabilidade de imóveis no mês de fevereiro.
Reuniões com grupo de atingidos para esclarecimento
Adotando os procedimentos determinados nos meses anteriores, a Norte Energia encaminhou 08 famílias
optantes pelo reassentamento em áreas remanescentes (02 em janeiro, 05 em fevereiro e 01 em março). Os
interessados foram atendidos e visitaram a área de interesse com a equipe técnica da WorleyParsons. Todas
as visitas têm como objetivo a ampliação do conhecimento dos lotes disponibilizados e suas características
e, ainda, a formalização da escolha dos lotes.
Composição do Banco de Terras
Nos meses de janeiro a março de 2015 não foram disponibilizados novos imóveis com remanescentes. A
composição do banco de terras depende da disponibilidade de novos fragmentos resultantes das
aquisições.
12
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Poderão vir a existir novos blocos de terras a partir de novos remanescentes a serem disponibilizados pela
Norte Energia, localizados nas margens direita e esquerda do Reservatório Xingu.
Reestruturação de fragmentos e oferta de novos lotes
Pela razão acima, a Norte Energia não disponibilizou blocos de imóveis com remanescentes no trimestre.
Aguarda-se definição sobre a realização dos demais estudos.
4.1.5. Projeto de Reparação
Progresso reportado pela NE:
As ações de reparação foram iniciadas em dezembro de 2014, com a realização de visitas técnicas, de vistorias
técnicas, ações de planejamento participativo das atividades e reuniões de planejamento participativo.
No período de janeiro a março de 2015 foram atualizadas as informações e concluído o Diagnóstico Participativo de
beneficiários que não haviam realizado todo o processo. Essa atividade contemplou 46 (quarenta e seis) pessoas.
Também foram realizadas visitas para a realização do Diagnóstico a 10 (dez) novos beneficiários.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
O projeto esta sendo implementado conforme cronograma adotado a partir do 2º Relatório Consolidado de
Andamento do PBA e do Atendimento de Condicionantes.
Os resultados efetivos deste Projeto estão associados ao compromisso da continuidade do processo participativo
iniciado e da implantação das ações de reparação. Como atividade precedente do processo de mudança das famílias
estima-se que as ações de reparação terão sua conclusão até março/2016.
Avaliação de resultados:
Esse projeto tem apresentado resultado positivo em relação às ações participativas do público-alvo e a identificação
de projetos consensados no grupo. Até dezembro de 2014, havia um total 334 beneficiários em atendimento por este
Projeto.
Até o momento foram definidos 2 (dois) projetos resultantes do processo participativo: (i) Criação de galinha caipira
em sistema semiconfinado; (ii) Implementação de roças consorciadas, com culturas de curto, médio e longo prazo.
Os projetos se encontram em fase de implantação, com elaboração de Termo de Referência para contratação e Plano
de Ação elaborados.
No período de janeiro a março de 2015, o Processo de Diagnóstico Participativo contemplou a finalização das etapas
do diagnóstico junto a 46 pessoas, sendo que a situação identificada foi a seguinte:
25 destes casos foram considerados como não enquadrados nas ações de compensação social do Projeto de
Reparação, pois não residem na propriedade adquirida, deixaram a propriedade sob o cuidado de terceiros e/ou
venderam a propriedade. Além disso, existem dois casos de falecimento dos beneficiários;
07 tiveram seu processo de diagnóstico concluído, tendo sido considerados beneficiários e estão incluídos nos
projetos em desenvolvimento com 05 opções por Galinha Caipira e 02 opções por Peixe; e,
14 beneficiários terão sua situação analisada nos próximos períodos. No período foram iniciadas as visitas para a
realização do Diagnóstico com 10 novos beneficiários, sendo identificado que 4 beneficiários que não se
enquadram na compensação social do Projeto de Reparação.
4.2. Programa de Recomposição das Atividades Produtivas Rurais
4.2.1. Projeto de Apoio à Pequena Produção e à Agricultura Familiar
Progresso reportado pela NE:
As atividades realizadas no período de janeiro a março de 2015 foram:
Foi dada continuidade às visitas às famílias relocadas (termo de adesão, atendimento social e de assessoria
técnica de produção animal pela ATES). No total ocorreram 234 visitas técnicas às famílias;
08 perfis de entrada;
34 visitas técnicas sociais;
90 visitas do médico veterinário;
02 reuniões dos Grupos de Mulheres;
13
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Realização de 04 cursos e 08 palestras, distribuídos em quatro setores;
Acompanhamento das Unidades de Produção;
Acompanhamento das Unidades Demonstrativas – UDs;
Conclusão e emissão do Plano de Assistência Técnica e Social.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
O projeto encontra-se com andamento adequado ao proposto no cronograma do PBA. Avaliação de resultados:
Até janeiro de 2015, apenas o processo de auto reassentamento ou relocação assistida tem encaminhado famílias
para o atendimento de ATES, sendo que das 335 cartas de crédito já tinham sido negociadas, 207 famílias receberam
visitas técnicas da equipe do projeto e 155 estavam sendo atendidas regularmente. Também têm sido atendidas 05
famílias pertencentes à Associação Estrela que Brilha, do município de Vitória do Xingu.
Os principais resultados do período em avaliação foram:
Visitas às famílias de relocação assistida
No trimestre jan-mar 2015, os atendimentos da equipe de ATES totalizaram 234 visitas técnicas, além de
57 visitas não concretizadas e 08 perfis de entrada;
Atendimento Social
O serviço de assistência social realizou, durante o trimestre, diversos encaminhamentos, atendimentos aos
beneficiários no escritório da Worley Parsons e 34 visitas técnicas sociais às propriedades (06 em janeiro,
15 em fevereiro e 13 em março). Adota uma abordagem específica da família, visando identificar suas
dificuldades após a relocação. Esclarece também os direitos da população rural e os encaminhamentos
necessários para que sejam acessadas as políticas públicas em vigor.
Em março, as ações de campo foram fortalecidas pela realização de palestras abordando o tema Cidadania
e Benefícios Sociais, das quais os agricultores participaram e discutiram dúvidas referentes a seus direitos
em relação à previdência social.
Atendimento Médico Veterinário
Foram realizadas, no trimestre, 90 visitas técnicas de atendimento médico veterinário (18 em janeiro, 25
em fevereiro e 47 em março).
Outras Ações de ATES
Cultura do Urucum: entrega de semestes a sete agricultores; Reuniões dos Grupos de Mulheres de
Medicilândia, realização de curso e palestras realizados nos setores (no mês de março, foi dada
continuidade às ações referentes à capacitação, com a realização de cursos e palestras, totalizando 12
atividades distribuídas em 04 setores: Vitória do Xingu (12/03/2015), Altamira-Brasil Novo (17/03/2015),
Medicilândia I (24/03/2015) e Anapu-Pacajá (26/03/2015))
Unidade de Produção de Manivas de Mandioca: em março de 2015, foi realizada a primeira coleta de
material para distribuição aos agricultores da relocação. Foram retiradas cerca de 25 mil manivas e
distribuídas para 13 agricultores, que terão na propriedade variedades de mandioca com um bom potencial
para a produção de farinha e poderão produzir manivas, beneficiando os demais agricultores interessados
no material.
Parcerias com a EMATER-PARÁ:
No trimestre, foi dada continuidade às ações do convênio, com as visitas de acompanhamento das
atividades desenvolvidas nas unidades demonstrativas.
1ª UD – Cultivo Protegido Integrado com Avicultura: durante o mês de janeiro, ocorreram 04 visitas
técnicas para acompanhar as atividades em andamento. Para início da criação de aves, a Emater entregou
ao beneficiário 100 (cem) pintos da raça caipirão. Em fevereiro, foram realizadas a primeira e a segunda
colheitas, esta última registrada e acompanhada pela Norte Energia, Emater e equipe de ATES. Os
produtos foram comercializados na feira municipal de Altamira.
2ª UD – Mandioca em área mecanizada: No mês de janeiro, a equipe de ATES esteve na unidade para
acompanhar o andamento das atividades, onde as manivas de mandioca foram plantadas. Em visita no mês
14
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
de fevereiro, verificou-se a necessidade de limpeza e capina da área, que foi realizada com auxílio de
roçadeira mecanizada. Em março foi realizada a adubação.
Elaboração do Plano de Assistência Técnica e Social
O Plano de Assistência Técnica e Social foi concluído e emitido em 24/02/2015 (NM263-4.2-46-RT–001).
4.2.2. Projeto de Recomposição das Atividades Produtivas de Áreas Remanescentes
4.2.3. Projeto de Recomposição das Atividades Comerciais Rurais
4.2.4. Projeto de Reestruturação de Extrativismo Vegetal
4.2.5. Projeto de Apoio à Cadeia Produtiva do Cacau
4.2.6. Projeto de Fomento à Produção de Hortigranjeiros
Estes Projetos 4.2.2 a 4.2.5 não fazem parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela
NE nos RSAP até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.
4.3. Programa de Recomposição da Infraestrutura Rural
4.3.1. Projeto de Recomposição da Infraestrutura Viária
4.3.2. Projeto de Recomposição da Infraestrutura de Saneamento
4.3.3. Projeto de Relocação de Cemitérios
Estes Projetos 4.3.1 a 4.3.3 não fazem parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela
NE nos RSAP até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.
4.4. Programa de Negociação e Aquisição de Terras e Benfeitorias na Área Urbana
4.4.1. Projeto de Regularização Fundiária Urbana
4.4.2. Projeto de Indenização e Aquisição de Terras e Benfeitorias Urbanas
Estes Projetos 4.4.1 e 4.4.2 não fazem parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela
NE nos RSAP até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.
4.4.3. Projeto de Reassentamento Urbano
Progresso reportado pela NE:
As atividades realizadas no período de janeiro a março de 2015 foram:
Realização de 08 reuniões do Grupo Força Tarefa, em conjunto com o Programa de Interação Social e
Comunicação (7.2);
Atualização constante do banco de dados;
Realização dos “Encontros para Sistematização de Experiências”;
Acompanhamento de 1.049 famílias para ratificação da escolha do lote;
Realização de 5.888 atendimentos nos Plantões Sociais;
Controle e fiscalização de novas ocupações: total de 61 casos no período;
Elaboração de proposta de atividades de desenvolvimento econômico;
Acompanhamento das negociações com a população interferida, totalizando 3.417 efetivadas até o momento,
do total de 5.241 famílias cadastradas;
Assinatura do Termo de Compromisso de Atendimento;
Realização de Articulação Institucional;
Visitas a 1.117 famílias para preparação da mudança e atualização do cadastro;
Realização de 1.562 mudanças: 1.138 para os RUCs, 363 mudanças de indenização e 61 mudanças para aluguel
social;
Realização de 31 mudanças de famílias indígenas;
Entrega de 2.599 exemplares do Manual do Proprietário às famílias reassentadas;
Assinatura de 2.599 Termos de Acesso ao Imóvel;
Acompanhamento de 02 casos especiais;
Acompanhamento de 02 famílias em condições de vulnerabilidade social;
Registro de 3.967 demandas por solução de problemas construtivos das unidades habitacionais;
Realização de vistoria das unidades habitacionais;
Realização de 08 reuniões de pós-ocupação nos novos bairros;
Realização de 39 reuniões técnicas (incluindo as do Grupo Força Tarefa) referentes ao acompanhamento das
15
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
etapas de reassentamento;
Solenidade de entrega da 2.500ª casa à família pela Norte Energia;
Vistoria para o controle e a fiscalização de novas ocupações;
Visitas às famílias (pré-mudança a pós-ocupação).
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
Na análise das atividades propostas pelo PBA, verifica-se que o projeto está sendo implementado conforme
proposto. O processo de mudança tem sido executado de maneira planejada e dialogada com a população. Preve-se
que a execução do reassentamento completo deverá ser alcançada conforme cronograma ajustado.
O prazo para acompanhamento social das famílias para a etapa de consolidação do reassentamento foi estendido até
setembro de 2015 (RUCs Jatobá, São Joaquim, Casa Nova, Água Azul e Laranjeiras) e setembro de 2016 (RUC
Pedral) em função dos prazos de negociação com as famílias.
Avaliação de resultados:
Os principais avanços no trimestre em avaliação foram:
Mobilização e Participação Social (Produto 5)
Durante o trimestre, em continuidade ao previsto no Plano de Mudança, foram acompanhadas 88 famílias
em visita ao RUC Jatobá, 372 famílias ao RUC São Joaquim, 92 famílias ao RUC Casa Nova e 497 ao
RUC Água Azul, totalizando 1.049 famílias acompanhadas para ratificação da escolha do lote.
Plantão Social de Atendimento (Produto 8)
Foram realizados 5.888 atendimentos no trimestre nas seis unidades de Plantão Social.
Controle e Fiscalização (Produto 11)
Foi dada continuidade às vistorias mensais aos 38 setores que compõem a ADA, objetivando identificar
novas ocupações. No total foram identificadas 1.016 novas ocupações.
Reuniões para preparação da mudança (Produto 25)
Para preparação para a mudança foi visitado no trimestre o total de 1.117 famílias.
O avanço desta atividade no cronograma indica que 63,39% do total de 4.100 famílias previstas para
reassentamento coletivo tiveram acompanhamento social no processo de transferência da ADA para os
novos bairros.
Pagamento das indenizações (Produto 26)
Até o dia 20 de março, foram realizadas 818 indenizações do total de 3.417 negociações efetivadas
(65,17% de 5.241 famílias cadastradas).
Escolha das unidades habitacionais por grupo de vizinhança (Produto 27)
No trimestre, foram reassentadas 518 famílias com mudanças vinculadas (194 em janeiro, 194 em
fevereiro e 130 em março). Até a presente data, foram realizadas 1.045 mudanças vinculadas.
Preparação das famílias para utilização das novas unidades habitacionais (Produto 28)
Até o momento, foram entregues 2.599 exemplares do Manual do Proprietário, correspondentes a 63,39%
do total de 4.100 famílias previstas para reassentamento.
Além disso, foram realizadas no período 08 reuniões de pós-ocupação com os moradores dos novos
bairros (duas em cada bairro), onde são transmitidas informações sobre o uso e a manutenção da moradia
(economia de água, ventilação para evitar mofo, evitar o entupimento de vaso sanitário etc.), e os
moradores tem a oportunidade de fazer solicitações, como a instalação de equipamentos sociais de lazer e
segurança.
Transferência das famílias e desocupação da área (Produto 30)
Desde o início da transferência das famílias para o RUC Jatobá, em 14/01/2014, até o dia 20/03/2015,
foram transferidas 980 famílias, totalizando 3.959 pessoas.
Com as mudanças iniciadas em 05 de maio de 2014, até o presente período foram transferidas 767 famílias
16
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
para o RUC São Joaquim, totalizando 2.699 pessoas no novo bairro.
Com as mudanças iniciadas em 15 de outubro de 2014, até a presente data foram reassentadas 385 famílias
no RUC Casa Nova, o que perfaz um total de 1.364 pessoas.
No RUC Água Azul, cujas mudanças foram iniciadas em 8 de janeiro de 2015, até no presente período
foram reassentadas 467 famílias, o que perfaz um total de 1.732 pessoas.
A liberação das famílias de índios citadinos para optarem pela proposta de reassentamento do RUC Jatobá
(Ofício 165/2014/DPDS/FUNAI-MJ, de 28 de fevereiro de 2014/Processo Funai nº 08620.2339/2000-
UHE Belo Monte) propiciou o seguinte quadro: foram efetivadas 31 mudanças de famílias indígenas
durante o trimestre, totalizando 247 famílias reassentadas até a presente data.
No acompanhamento social das famílias, deu-se continuidade à rotina dos protocolos instituídos.
No período, além das 1.138 mudanças para os RUCs, foram realizadas 363 mudanças de indenização e 61
mudanças para aluguel social, totalizando 1.562 mudanças.
Assinatura do Termo de Acesso ao Imóvel (Produto 31)
Até o momento, foram assinados 2.599 Termos de Acesso ao Imóvel, correspondentes a 63,39% do total
de 4.100 famílias previstas para reassentamento.
Acompanhamento da demolição dos domicílios liberados (Produto 34)
Desde janeiro de 2014 até 20 de janeiro de 2015, foram efetivadas 1.611 demolições, o que representa
31,33% dos 5.141 cadastros físicos realizados na ADA.
Acompanhamento de casos especiais (Produto 35)
No trimestre, dentre as 1.138 mudanças para os RUCs, houve registro de apenas 02 famílias com
necessidade de acompanhamento social específico no momento da mudança (sem registro no mês de
março).
Acompanhamento das famílias em caso de vulnerabilidade social (Produto 38)
No trimestre, foram registrados 02 casos de famílias em condição de vulnerabilidade social em janeiro,
sem ocorrências em fevereiro e março.
Vila Santo Antônio (Produto 46)
O processo da última família com pendência de negociação, que não havia concordado com as tratativas de
solução empreendidas pela Norte Energia e teve seu processo judicializado, está em fase de finalização.
4.4.4. Projeto de Reparação
Progresso reportado pela NE:
No período jan-mar 2015 foram desenvolvidas ações na execução do Diagnóstico Rápido Participativo (DRP),
como:
Validação das ações de reparação, com base nos resultados do DRP junto aos moradores do novo bairro
Jatobá;
Reunião com o Grupo de Interface – GTI;
Reuniões devolutivas nos novos bairros São Joaquim e Casa Nova;
Foi realizada a discussão e elaboração do Termo de Referência para a contratação de empresa executora das
ações de reparação nos reassentamentos urbanos;
Foi desenvolvido o planejamento dos trabalhos a serem realizados no próximo período, contemplando as
reuniões, oficinas e etapas de mobilização do público.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
O programa teve seu cronograma alterado acordado com o IBAMA. É prevista a conclusão da implantação das
ações de reparação até dezembro de 2015.
Avaliação de resultados:
O projeto 4.4.4 tem apresentou avanços em 2014 com a realização de reunião de planejamento participativo (DRP)
com as famílias dos Reassentamentos RUC Jatobá, RUC São Joaquim e RUC Casa Nova, realização de oficinas
temáticas, formação de grupos de trabalho (GT), e realização de reuniões devolutivas de apresentação dos resultados
do DRP.
17
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Os projetos se encontram em fase de planejamento das ações para implantação das ações de reparação. No RUC
Jatobá, onde o processo está avançado, foram elencados dois projetos até o momento: (i) Construção de 1 (um)
barracão de usos múltiplos para o desenvolvimento de atividades relacionadas à identidade sociocultural; (ii)
Viabilização de feira "diferenciada" com o objetivo de reconstruir os modos de vida pré-existentes a partir de novas
práticas.
As atividades de reparação estão em pleno atendimento, conforme o cronograma apresentado e a evolução nas ações
já implementadas no Reassentamento Jatobá, tendo passado pelas etapas de Planejamento, DRP, Reuniões
Devolutivas, apresentação/aprovação dos resultados do DRP e sugestões de reparação e com o inicio da
implementação com a elaboração de projeto executivo e definição da área. Tal evolução, também pode ser percebida
nos Reassentamentos São Joaquim e Casa Nova na etapa de validação dos resultados, dentro do cronograma do
processo de mudança.
No âmbito das atividades do Diagnóstico Rápido Participativo – DRP, foram apontados os seguintes resultados Noé
período jan-mar 2015:
A reunião de validação das ações de reparação e resultados do DRP contou com a participação de 149
moradores do novo bairro Jatobá.
Foi apresentado e validado pelos presentes, o local proposto pela Norte Energia, para a implantação do
Barracão de Usos Múltiplos, com a apresentação da área proposta e o Projeto Preliminar das instalações.
As Reuniões devolutivas contaram com a participação de 148 moradores do novo bairro São Joaquim e 153
moradores do bairro Casa Nova. Os resultados apresentados e as ações propostas foram aprovadas pelos
moradores, sendo:
Bairros São Joaquim e Casa Nova: (I) As ações constantes do bloco I contarão com a contribuição do
Projeto de Reparação, aproveitando a atividade de organização das famílias para a reconstituição dos
modos de vida sob novas bases, inclusive com a formação de uma associação para a gestão do
reassentamento, o que possibilitará uma aproximação organizada junto ao poder público e as
instituições responsáveis pela disponibilização de serviços; (II) Neste bloco foram apresentadas as
ações previstas no âmbito dos Projetos 4.4.3; 5.1.7; 7.3 e 4.6.2. Os participantes disseram que
atendem as expectativas quanto ao lazer; educação; saúde, estruturas religiosas e ações sociais
(Plantão Social; CRAS e os atendimentos emergenciais); (III) As ações do bloco III foram
evidenciadas; deverão atuar no sentido de reconstituir os arranjos existentes na comunidade de
origem, no que diz respeito às práticas da identidade e vínculos socioculturais da população, na
expressão de suas práticas culturais nas diversas esferas, cultural, ambiental, nas práticas de produção
e convivência e, também, institucional.
Realização de Planejamento das ações que serão executadas em Abril/2015: Primeira Fase - Reunião
GT de Interfaces; Segunda Fase - Mobilização Água Azul / Reunião de Planejamento – Água Azul /
Oficinas DRP – Água Azul; Terceira Fase - Mobilização São Joaquim / Reunião para apresentação e
aprovação da área do Barracão de Usos Múltiplos (São Joaquim).
4.5. Programa de Recomposição das Atividades Produtivas Urbanas
4.5.1. Projeto de Recomposição das Atividades Comerciais, de Serviços e Industriais Urbanas
Este Projeto não faz parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela NE nos RSAP
até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.
4.5.2. Projeto de Recomposição das Atividades Oleiras e Extrativas de Areia e Cascalho
Progresso reportado pela NE:
As atividades realizadas no período de janeiro a março de 2015 foram:
Atualização dos processos minerários registrados junto ao DNPM;
Até dezembro de 2014, com o final das negociações, todos os proprietários das 96 (noventa e seis) unidades
produtivas cadastradas optaram pela indenização da atividade, em detrimento do processo de recomposição da
atividade.
Quanto a Regularização da atividade, não houve qualquer ação do DNPM no sentido de deferir o requerimento
para autorização da pesquisa de argila na margem esquerda do rio Xingu protocolado pela Norte Energia S.A.
Ações de gestão estão sendo realizadas junto ao DNPM para que sejam publicados os alvarás de autorização
para pesquisa mineral relativos aos requerimentos protocolados pela Norte Energia.
18
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
Segundo a lista das atividades previstas pelo PBA já foram executadas a maior parte das ações previstas. Considera-
se que o projeto está sendo implementado conforme proposto no PBA.
Ressalta-se que o desenvolvimento das atividades no âmbito do Projeto 4.5.2 está condicionado, por um lado, à
condução das negociações com os oleiros parceiros e, por outro lado, aos trabalhos de avaliação judicial da situação
dos areeiros.
Avaliação de resultados:
Como parte da atualização dos processos minerários e de seu acompanhamento, a Norte Energia protocolou
requerimentos de alvará para autorização de pesquisa mineral para argila nas imediações de Altamira. O objetivo
dessa ação era buscar a titulação de áreas com potencial para conter depósitos minerais de argila e, assim, regularizar
a atividade oleira. Da parte do DNPM, somente houve manifestação a respeito de duas áreas que interferem com
processos identificados como prioritários. As demais solicitações de áreas que venham a interferir com processos
que entrarão em licitação deverão ser indeferidas. As áreas que somente interferem com o bloqueio do reservatório
deverão ser deferidas quando for homologada a poligonal de bloqueio definitivo do reservatório da UHE Belo
Monte. É importante ressaltar que a atividade contínua de acompanhamento dos títulos minerários está prevista no
Projeto de Acompanhamento dos Títulos Minerários (10.2.1).
Em relação à atualização dos processos minerários registrados junto ao DNPM:
Em fevereiro, o acompanhamento da evolução das áreas junto ao DNPM foi descontinuado por parte do
Projeto de Acompanhamento dos Direitos Minerários, porém, não houve ação por parte do DNPM no
sentido de deferir ou indeferir os requerimentos protocolados pela Norte Energia, visando à regularização
das áreas dos oleiros;
No transcorrer do mês de março, houve o cancelamento por parte do DNPM-PA dos licenciamentos para
explotação de areia, até então pertencentes à ASSARRIXI, XXXXXXXX e Serafim Materiais de
Construção. Consequentemente, os afetados ingressaram com recurso judicial contestando o cancelamento
dos títulos.
Não houve alteração da situação das áreas requeridas pela Norte Energia para a recomposição dos oleiros,
mesmo com o empenho da equipe.
O quadro de áreas junto ao DNPM é apresentado no quadro a seguir:
O processo de negociação com oleiros proprietários foi concluído, sendo que 100% deles optaram pela indenização,
em detrimento da recomposição da atividade. Também foram realizados 12 cursos de cooperativismo, realizados em
6 módulos e 4 reuniões de conscientização para formação de cooperativa que culminou na criação de uma
cooperativa de oleiros de Altamira. Os oleiros trabalhadores foram atendidos com capacitações, conforme indicado
no PBA, e ainda terão acesso a mais uma rodada de capacitação.
No mês de janeiro, houve solicitação por parte dos trabalhadores para que fosse estendido a eles o benefício da
indenização, tal como ocorreu com os oleiros titulares, sob a alegação de que a atividade dos oleiros trabalhadores
não seria viável sem os titulares. Foi emitida a NT13, abordando o assunto, para ser apresentada ao IBAMA,
justificando uma compensação aos oleiros produtores, para auxiliar na recomposição da atividade oleira ou a outra
atividade já desenvolvida por eles, no período das cheias, uma vez que para este público no PBA consta apenas a
capacitação. Em fevereiro e março, foi dado prosseguimento às tratativas com os oleiros produtores, no sentido de
definir qual benefício será estabelecido para a categoria (recomposição ou indenização).
19
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
No que se refere aos areeiros, não foram identificados impactos na extração de areia e cascalho no leito do rio
Xingu, haja vista que essa atividade já ocorre normalmente no período chuvoso, com cotas do rio muito próximas ao
que se estabelecerá com o reservatório, sem a necessidade de adaptação de maquinário. Os portos de areia também
não sofrerão impactos, pois deverão permanecer em sua atual localização. Não obstante, como resposta a uma ação
judicial iniciada por parte dos areeiros, e no bojo de acordo entabulado em 05/12/14 nos autos do processo, foi
determinado judicialmente que a Norte Energia realize um cadastro da categoria, que será realizado no primeiro
semestre de 2015, em atendimento aos termos acordados. No período foi dada continuidade ao trabalho de avaliação
dos impactos do futuro reservatório sobre a atividade areeira, promovido pela ação ajuizada pela ASSARRIXI.
4.5.3. Projeto de Implantação de Estaleiro em Vitória do Xingu
Este Projeto não faz parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela NE nos RSAP
até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.
4.6. Programa de Acompanhamento Social
4.6.1. Projeto de Acompanhamento e Monitoramento Social das Comunidades do Entorno da Obra e das
Comunidades Anfitriãs
Progresso reportado pela NE:
No período de janeiro a março de 2015 foram realizadas as seguintes atividades:
Reunião com representantes do novo bairro Casa Nova, com o levantamento de demandas e melhorias indicadas,
além da composição de uma associação intitulada “Cuide bem do Casa Nova”.
Levantamento de famílias na 5ª Campanha de Campo, com aplicação de formulários nas áreas rurais e urbanas,
tendo como público famílias residentes no Trecho de Vazão Reduzida (TVR) e famílias optantes por
Reassentamento Urbano Coletivo na área Urbana de Altamira. Essa atividade contemplou nesse período um total
de 625 famílias levantadas.
Foi dada continuidade nas atividades de triagem de famílias no 3º Mutirão do Cadastro Único na área urbana de
Altamira, nos novos bairros Jatobá e São Joaquim.
A avaliação dos casos de vulnerabilidade foi realizada com base nas metodologias de Casos Notáveis e o IDF,
sendo encaminhadas as demandas de atendimento e apoio técnico para o Projeto de Atendimento Social e
Psicológico e demais Programas que integram o Projeto Básico Ambiental (PBA). No total já foram detectadas
445 famílias em situação de vulnerabilidade social, desde o início dos encaminhamentos.
Elaboração de relatórios de análises das condições socioeconômicas das famílias residentes nas localidades
pesquisadas nas Campanhas de Campo. O relatório retrata o perfil e a percepção das famílias em relação ao
empreendimento e as condições de vida.
Considerando o volume de mudanças que tem sido realizada para os novos bairros na sede do município de
Altamira, iniciaram-se em março/2015 testes para adiantamento da coleta de dados junto a essas famílias, já que
esses levantamentos são realizados após 3 meses de mudança da família. Foram avaliadas 230 famílias que se
mudaram para o novo bairro Água Azul em janeiro/2015.
Visita social na Comunidade São Francisco das Chagas no município de Vitória do Xingu, com objetivo de
acompanhar e monitorar o processo de intervenção do empreendimento na vida da comunidade.
Continuidade no 3º Mutirão do Cadastro Único nos novos bairros Jatobá e São Joaquim no município de
Altamira.
Visita Social Mensal à família da antiga Vila Santo Antônio, que se encontra em situação temporária na
localidade de Leonardo da Vinci no município de Vitória do Xingu.
Levantamento e coleta de dados junto a famílias que foram remanejadas para o novo bairro Água Azul em
janeiro/2015.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
O projeto está sendo implementado conforme proposto no PBA e com o cronograma revisado e aprovado pelo
IBAMA.
As atividades de monitoramento estão levando a resultados satisfatórios de acompanhamento, tanto em relação à
população rural optante por relocação assistida como à população urbana e aos casos de vulnerabilidade.
Foi evidenciado que o banco de dados agrega informações sobre a população interferida de forma que seu
acompanhamento será realizado satisfatoriamente.
20
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Avaliação de resultados:
Este Projeto está acompanhando e monitorando os impactos gerados pelo empreendimento, no que concerne aos
seus objetivos. Foram mais de 14 mil pessoas incluídas no banco de dados. Deste arsenal de dados, pode-se
conhecer e diagnosticar vulnerabilidades.
Os principais avanços do período foram:
A realização das coletas de dados da 5ª Campanha possibilitou o levantamento de 625 famílias em 4 grupos
distintos, sendo i) Comunidades Rurais totalmente afetadas pela formação dos reservatórios (13); ii)
Comunidades localizadas próximas aos canteiros de obras e alojamentos e vilas do empreendimento (143); iii)
População/Comunidade da Zona Urbana de Altamira totalmente ou parcialmente afetada pela formação dos
reservatórios (463) e iv) Comunidades Rurais parcialmente afetadas pela formação dos reservatórios (6).
O 3º Mutirão do Cadastro Único nos novos bairros Jatobá e São Joaquim em Altamira resultou num total de 264
famílias repassadas, das quais 45 já recebem o Bolsa Família, 29 não possuem perfil para o Cadastro Único, 136
foram triadas para a inserção no Cadastro, outras 54 famílias estavam ausentes, houve recusa ou os imóveis
estavam alugados.
Com relação à identificação e encaminhamento dos casos de vulnerabilidade social, consta um total até o
momento de 445 famílias, sendo que 437 famílias apresentaram demanda social ao Projeto 4.6.2 e somente 8
famílias possuem encaminhamentos para outros projetos.
Os levantamentos em relação ao cálculo do Índice de Desenvolvimento Familiar (IDF) das famílias levantadas
nas campanhas têm sido atualizados periodicamente, constando um total de 338 famílias vulneráveis
encaminhadas pelo IDF e um total de 1.031 recomendações.
Das 230 famílias remanejadas para ao novo bairro Água Azul em Janeiro/2015 e que foram levantadas, tem-se
164 famílias já levantadas na 1ª Campanha (71,30%). As outras 66 famílias (28,70%) são famílias que foram
visitadas, porém estavam fora do perfil das famílias para levantamento (18 – 27,27%), famílias não residentes
conforme o Cadastro Socioeconômico (CSE) (17 – 25,76%) e famílias não encontradas no CSE (31 – 46,97%).
4.6.2. Projeto de Atendimento Social e Psicológico da População Atingida
Progresso reportado pela NE:
No período de janeiro a março de 2015 foram realizadas as seguintes atividades:
No Núcleo de Atendimento Social de Altamira e de Belo Monte foram realizadas 10 (dez) reuniões semanais
(em cada unidade) para planejamento das visitas com a equipe técnica;
Realização de reuniões com as Secretarias Municipais de Assistência Social – SEMAS dos municípios de
Medicilândia, Anapu e Senador José Porfírio para o encaminhamento de famílias com a necessidade de
atendimento social por parte das municipalidades.
Acompanhamento, recebimento e avaliação das Prestações de Contas dos convênios firmados (DS-C-
0038/2012-1 e DS-C-0039/2012-1) com as Secretarias Municipais de Assistência Social dos municípios de
Altamira e Vitória do Xingu.
Continuidade no desenvolvimento de Atividades de atendimento Social e Psicológico às comunidades
interferidas e ao migrante:
Considerando todo o período de desenvolvimento do Projeto, foram recebidas 488 solicitações de visitas
de atendimentos às pessoas/famílias consideradas em situação de extrema vulnerabilidade social e/ou risco
pessoal (casos notáveis), encaminhadas pelo Projeto 4.6.1 e 368 famílias em situação de vulnerabilidade
social, com baixo IDF (pontuação entre 0 e 0,4999), sendo 37 famílias do Projeto 4.2.1 e 57 famílias do
Projeto 4.4.3. Também ocorreram 17 solicitações de situações denominadas casos especiais, 01 solicitação
ocorreu por demanda espontânea e 20 solicitações denominadas casos notáveis, encaminhadas pela
SEMUTS de Altamira, totalizando 988 solicitações para atendimentos.
O desenvolvimento das atividades de atendimento social nesse trimestre resultou na realização de 467
visitas de atendimento às comunidades interferidas, sendo que 279 foram realizadas pelo Núcleo de
Atendimento Social de Altamira, 175 pelo Núcleo de Atendimento Social de Belo Monte/Vitória do Xingu
e 13 por meio do Atendimento Móvel.
No caso específico relacionado ao atendimento ao público migrante, verificou-se durante toda a execução
do Projeto o atendimento de 557 migrantes no município de Altamira e 65 no município de Vitória do
Xingu, sendo que destes 15 atendimentos ocorreram no mês de janeiro, 36 em fevereiro e 15 no mês de
março. O encaminhamento desse público para o atendimento social tem sido realizado por meio do Projeto
7.1, demandas espontâneas, unidades de atendimento social dos municípios e órgãos públicos de outras
esferas governamentais.
21
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Foram realizadas as análises de desempenho dos atendimentos realizados por meio das Casas de
Acolhimento e dos Núcleos de Atendimento nos municípios de Altamira e Vitória do Xingu. Essas
análises devem subsidiar a proposta de aditamento dos convênios nos respectivos municípios.
Acompanhamento das visitas às famílias que vivem na condição de aluguel social, às remanejadas para o
novo bairro Jatobá e em propriedades adquiridas pela Norte Energia.
Realização de 27 visitas técnicas nos Núcleos de Atendimento Social localizados nos municípios de
Altamira e Vitória do Xingu.
Acompanhamento de visita às famílias que vivem em condição de aluguel social, nos reassentamentos
urbanos e em propriedades rurais adquiridas pelo empreendedor.
Acompanhamento das atividades de Esporte, Cultura e lazer, nos novos bairros Jatobá e São Joaquim no
evento de inauguração da quadra poliesportiva.
Acompanhamento da realização do curso “Cozinha Brasil”, nos novos bairros Casa Nova e Água Azul.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
O projeto está sendo conduzido de forma adequada, registrando e localizando as situações mais delicadas e
vulneráveis da população interferida. Está sendo feito acompanhamento constante das equipes que executam o
projeto assim como das unidades e convênios estabelecidos com as prefeituras locais. O projeto está sendo
implementado conforme proposto no PBA.
Avaliação de resultados:
Os principais avanços no período foram:
Foram realizadas no trimestre 467 visitas de atendimentos, sendo, destas, 106 visitas nas quais as famílias foram
localizadas, entrevistadas e, conforme a necessidade, receberam (ou não) encaminhamentos psicológicos e
socioassistenciais para a rede pública de serviços, programas e projetos nos municípios da AID. Quanto às
demais, 47 foram visitas de busca para localizar famílias não encontradas na primeira visita e 313 foram visitas
de retorno para acompanhamento dos encaminhamentos à rede de serviços nas áreas da assistência, saúde e
educação, realizadas pelas equipes dos Núcleos de Atendimento Social às Comunidades Interferidas de Altamira
e Vitória do Xingu e 01 família não foi localizada.
Em relação ao público migrante, registrou-se a realização de 622 atendimentos a migrantes realizados no
período de setembro/2012 a março/2015.
Acompanhamento do 3º Mutirão do Cadastro Único nos novos bairros Jatobá e São Joaquim em Altamira,
resultando num total de 264 famílias.
Analisando o status do atendimento prestado às pessoas/famílias, pertencentes às Comunidades Interferidas,
consideradas em situação de vulnerabilidade social e/ou risco pessoal, de um total de 988 solicitações de
atendimento, 784 (79,35%) famílias foram entrevistadas e atendidas, o responsável familiar foi entrevistado e
suas vulnerabilidades identificadas. Além disso, outras 188 (19,02%) estão em andamento (famílias foram
visitadas, mas não encontradas), o que perfaz um total de 972 (99,38%) famílias visitadas para a realização do
primeiro atendimento. De um total de 988 solicitações, 16 (1,61%) ainda não pôde ser atendida, pois o
responsável familiar, no momento da visita encontrava-se impossibilitado para receber a equipe.
As atividades desenvolvidas nos novos bairros Jatobá e São Joaquim em relação as ações de esporte, cultura e
lazer, propiciaram o atendimento a 1.948 pessoas, sendo 1.517 no Jatobá e 431 no São Joaquim.
A oferta do Curso “cozinha Brasil” nos novos bairros Casa Nova e Água Azul resultaram na participação de 88
pessoas.
4.7. Programa de Restituição / Recuperação da Atividade de Turismo e Lazer
4.7.1. Projeto de Recomposição das Praias e Locais de Lazer
4.7.2. Projeto de Reestruturação das Atividades Produtivas de Turismo e Lazer
Estes Projetos 4.7.1 e 4.7.2 não fazem parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela
NE nos RSAP até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.
22
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
4.8. Programa de Recomposição/Adequação dos Serviços e Equipamentos Sociais
4.8.1. Projeto de Recomposição/Adequação da Infraestrutura e Serviços de Educação
Progresso reportado pela NE:
No período de janeiro a março de 2015 foi dada continuidade as seguintes atividades:
Foi realizada a capacitação de docentes no município de Senador José Porfírio;
Foram realizadas reuniões junto as Secretarias Municipais de Educação de Vitória do Xingu e Brasil Novo, a
fim de discutir e definir os conteúdos do 4º ciclo de capacitações que será ofertado ao corpo docente.
Em relação ao acompanhamento socioeconômico dos equipamentos sociais, foi dada continuidade ao
acompanhamento periódico das obras que estão em andamento.
Foram realizadas reuniões e dadas respostas por meio de ofícios enviados aos Municípios / Secretaria Municipal
de Altamira e de Vitória do Xingu, tratando sobre os projetos de reforma das escolas, solicitação de construção
de salas de aulas e apoio a transporte escolar.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
O projeto está sendo implementado conforme proposto no PBA e posteriores revisões aprovadas pelo IBAMA,
inclusive com análise de suficiência dos equipamentos já construídos.
Avaliação de resultados:
Quanto aos equipamentos educacionais, foram construídas 51 (cinquenta e uma) salas pré-moldadas nos quatro
municípios da AID, como se observa no Quadro 4.8.1 - 1.
Quadro 4.8.1 - 1 – Número de salas pré-moldadas
MUNICÍPIO Nº DE ESCOLAS Nº DE SALAS
Altamira 04 40
Vitória do Xingu 02 04 (*)
Brasil Novo 02 05
Senador José Porfírio 02 04
Total 10 53 (*)
Quanto às obras de reforma, ampliação e construção, a situação até janeiro de 2015 pode ser constatada no Quadro
4.8.1 – 2.
Quadro 4.8.1 - 2 – Acompanhamento das Obras de Educação
ANDAMENTO CONCLUÍDAS EM
ANDAMENTO
EM
CONTRATAÇÃO
EM ELABORAÇÃO
(PROJETO)
Altamira 17* 1 7 7
Vitória do Xingu 19 0 0 0
Anapu 5 0 2 0
Brasil Novo 8 0 0 0
Senador José Porfírio 5 0 0 1**
Total 54 1 9 8
Até janeiro de 2015 tinham sido disponibilizadas aos municípios 222 salas de aula, dentre ampliações, construções e
as salas do Plano de Ação. Este número de salas tem a capacidade para atender até 11.088 alunos. As escolas
receberam doações de equipamentos para as salas construídas ou ampliadas, sendo os mobiliários destinados às salas
de apoio pedagógico, carteiras escolares por modalidade de ensino nos padrões estabelecidos pelo MEC/FNDE,
salas administrativas, equipamentos para cozinha e refeitório.
Destaca-se que resultados da análise de suficiência de vagas apontaram que algumas obras de escolas previstas no
PBA não se fizeram necessárias diante das reais demandas dos municípios. No que se refere às escolas localizadas
na ADA, os levantamentos em campo e interações com as Secretarias Municipais de Educação apontaram que
alguns equipamentos de educação não necessitarão ser reconstruídos por estarem desativados e/ou serem objeto de
indenização.
23
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Em relação à quantidade de salas de aula necessárias para as cinco áreas de RUC, em agosto de 2014 foi realizada
reunião com a SEMED, SEPLAN, Norte Energia e a empresa projetista, na qual foram apresentados os projetos
básicos das escolas dos RUCs. Na ocasião, a Prefeitura aprovou os projetos básicos e, a partir de então, a Norte
Energia desenvolveu os projetos executivos, que se encontram em fase final de contratação das obras. Cabe destacar
que, para atendimento à população reassentada, a Norte Energia tem disponibilizado transporte escolar para os
estudantes que residem nos novos bairros até que as escolas previstas sejam concluídas, não comprometendo, assim,
a frequência dos alunos durante o ano letivo nas escolas já matriculadas.
Em relação aos cursos de capacitação para o corpo docente dos municípios da AID, em 2013 houve 109
participantes, e em 2014, foram concluídos 3 ciclos onde participaram: 315 participantes - 1º ciclo; 331 participantes
- 2º ciclo; e, 312 participantes - 3º ciclo. No trimestre foi realizada capacitação para docentes no município de
Senador José Porfírio, com o temo “Educação Especial: Avaliação e Planejamento”. Participaram da atividade 49
pessoas, sendo professores, coordenadores, diretores e técnicos da Secretara de Educação e Assistência Social do
município.
Quanto ao acompanhamento socioeconômico dos equipamentos sociais, foi dado suporte na entrega da obra da
EMEF Ricardo Junior no município de Anapu, com o repasse da obra à municipalidade em Janeiro/2015. Outras
ações foram: (i) Acompanhamento dos serviços de reforma da EMEF Geraldo Emídio Bezerra (Altamira), os quais
foram finalizados e estão em processo de entrega para a municipalidade; (ii) Acompanhamento da reforma na EEEM
Polivalente (Altamira) que está em andamento. No momento estão sendo reformados 05 blocos, nos quais se
realizam os serviços de assentamento do forro em PVC e de revestimento cerâmico interno, a pintura interna e
externa, e o plantio de grama. A entrega de 03 blocos, para a 10ª URE do município de Altamira ocorreu nesse
trimestre.
4.8.2. Projeto de Recomposição dos Equipamentos Religiosos
Estes Projetos 4.7.1 e 4.7.2 não fazem parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela
NE nos RSAP até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.
5. Plano de Requalificação Urbana
5.1. Programa de Intervenção em Altamira
5.1.6. Projeto de Diretrizes para o Planejamento Integrado
5.1.7. Projeto de Reassentamento Altamira
5.1.8. Projeto de Parques e Reurbanização da Orla
5.1.9. Projeto de Saneamento
5.2. Programa de Intervenção em Vitória do Xingu
5.2.19. Projeto de Saneamento (Vitória do Xingu)
5.3. Programa de Intervenção em Belo Monte e Belo Monte do Pontal
5.3.19. Projeto de Saneamento (Belo Monte e Belo Monte do Pontal)
O andamento dos Projetos 5.1.6 a 5.3.19 está reportado na Seção 6.1.2 do Relatório.
6. Plano de Articulação Institucional
6.1. Programa de Integração e Articulação Institucional
6.2. Programa de Fortalecimento da Administração Pública
6.3. Programa de Apoio à Gestão dos Serviços Públicos
6.4. Programa de Incentivo à Capacitação Profissional e o Desenvolvimento de Atividades Produtivas
Estes Projetos 6.1 a 6.4 não fazem parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela
NE nos RSAP até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento. Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a
periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser exigido nas etapas de implantação concomitante à
operação e de operação.
7. Plano de Relacionamento com a População
7.1. Programa de Orientação e Monitoramento da População Migrante
7.2. Programa de Interação Social e Comunicação
7.3. Programa de Educação Ambiental de Belo Monte
Estes Projetos 6.1 a 6.4 não fazem parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela
NE nos RSAP até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento. Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a
periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser exigido nas etapas de implantação concomitante à
operação e de operação.
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Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
7.4. Programa de Monitoramento de Aspectos Socioeconômicos
Progresso reportado pela NE:
No período de janeiro a março de 2015 foram realizadas as seguintes atividades:
Elaboração e emissão de ofícios com a renovação de solicitação de dados e/ou autorização para acesso e coleta
de dados necessários à construção dos indicadores que alimentam o Programa;
Foi dada continuidade nas atividades de captação de dados referentes aos 32 indicadores. Também foram
realizados nesse período a digitação, crítica e checagem dos dados;
Finalização da 5ª campanha dos censos populacionais de Leonardo da Vinci, Belo Monte em Vitória do Xingu e
Vila Izabel, Belo Monte do Pontal em Anapu;
A implantação do sistema de dados está em andamento, sendo que foi iniciada a entrada de dados na área de
produção, assim têm sido realizadas reuniões periódicas com a equipe de programadores e de criação do sistema
operacional;
Visita às escolas da área urbana e rural dos municípios da AID para o levantamento na evolução das matrículas e
demandas por vaga, sendo realizada a captação de dados em 133 escolas públicas (135 prédios visitados), sendo
84 (86 prédios) urbanas e 49 rurais;
Levantamento junto às Secretarias Municipais de Meio Ambiente da AID sobre o número de novas construções
e de loteamentos;
Finalização da campanha do censo populacional nas localidades no município de Vitória do Xingu e Anapu.
Coleta de dados na 5ª Unidade Regionalizada (UNRE) do Xingu em Altamira e nas Secretarias Municipais de
Meio Ambiente sobre a evolução do número de novas construções e de loteamentos;
Realização de coleta de dados do número de atendimento em assistência social no CRAS dos 5 municípios da
AID e no CREAS implantados nos municípios de Altamira, Anapu e Brasil Novo.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
O Projeto está sendo desenvolvido de acordo com as diretrizes do PBA aprovado pelo IBAMA. A Norte Energia tem
apresentado esforços no sentido de obter todos os dados necessários para os estudos previstos, sendo que a empresa
tem buscado aprofundar os contatos institucionais e formalizar a solicitação e coleta de alguns dados secundários.
Em síntese, os objetivos gerais e específicos e metas do Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos
previstos no PBA estão sendo cumpridos até o momento. Após a revisão dos indicadores definidos no PBA, todos os
procedimentos de coleta, crítica, checagem e construção de bancos de dados foram estabelecidos e colocados em
prática, por meio de uma equipe técnica que garantiu a parceria e formalização de todas as coletas de dados
primários. Dessa forma, com relação aos resultados dos três indicadores dos sistemas de alerta, da dimensão
Educação, Saúde e Segurança Pública, está sendo possível o seu monitoramento e atuação, quando necessário.
Avaliação de resultados:
A coleta e análise dos dados e as atividades rotineiras do Programa 7.4 tem ocorrido de acordo com o previsto no
cronograma. Todos os procedimentos de planejamento e execução da obtenção das informações, crítica, checagem,
alimentação e depuração dos bancos de dados foram realizados e as eventuais indisponibilidades ocorridas durante
esse período foram revertidas.
Alguns resultados destacados no Relatório Final Consolidado foram:
Os indicadores socioeconômicos analisados mostram, de maneira geral, que a interferência do empreendimento
é verificada com maior intensidade em Altamira, e em seguida em Vitória do Xingu, visto que se tratam dos
municípios onde as principais obras se concentram. Como se verá ao longo do presente relatório, destaque-se
que não necessariamente os efeitos são negativos, visto que, com a dinamização da economia, houve inúmeros
ganhos tanto para a administração pública, com o aumento de arrecadação e repasses, quanto para a população,
com maior número de empregos e aumento de renda. Isto poderá ser percebido nos dados de evolução de frota
de veículos ou na Pesquisa de Condições de Vida PCV), dentre outros. Além disso, a própria infraestrutura teve
incremento, seja em equipamentos de saúde ou de educação que foram ampliados para atender o afluxo
populacional momentâneo. Mas, passado o pico das obras, tais equipamentos ficarão como legado para os
municípios em geral, notadamente em Altamira. Além disso, obras em infraestrutura viária e de saneamento
tiveram de ser realizadas e igualmente são legados do empreendimento.
25
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Nos demais municípios, a interferência é percebida em menor intensidade, principalmente por não se verificar
afluxo populacional, como incialmente os estudos aventavam. De qualquer maneira, obras em infraestrutura
foram igualmente realizadas e permanecerão mesmo após o final do empreendimento.
Mesmo para os demais impactos previstos, a Norte Energia teve de realizar inúmeras ações. Nesse sentido, na
área de segurança pública há um convênio com a Secretaria Estadual, com a doação de equipamentos que
incrementaram a infraestrutura das polícias civil e militar, igualmente a doação de veículos para instituições
voltadas à promoção social, assim como inúmeras atividades de qualificação dos profissionais de órgãos
públicos, inclusive os ligados à gestão.
Como resultado dessas ações, pôde-se garantir, por exemplo, a suficiência de vagas nos três níveis de ensino, a
Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio em Altamira, e praticamente na totalidade dos
demais municípios da AID, sendo que a educação era um dos aspectos mais importantes a ser monitorado. Como
se poderá ver no detalhamento do monitoramento, somente há pequenos déficits pontuais de vagas (uma a duas
turmas), na Educação Infantil em Vitória do Xingu e em Senador José Porfírio. Todavia, não se trata de afluxo
populacional, mas motivado principalmente pela mudança na legislação, visto que a atualização da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB, do Ministério da Educação (MEC) tornou obrigatória a pré-
escola, desde 2013.
Ressalte-se que, no caso de Vitória do Xingu, essa situação se origina no próprio déficit de atendimento à
demanda pré-existente no município, visto que a Norte Energia construiu em 2012 quatro salas de aula para a
EMEI Domingas Fortunato, o que representou a disponibilização de mais 136 vagas para esse nível de ensino.
Vale destacar que a população na faixa etária que afluiu à sede municipal desde 2012 não chegou à centena
(mais especificamente 96 alunos). Assim, mesmo que a totalidade dessa população fosse matriculada, ainda
assim haveria um saldo de 40 (quarenta) vagas. Somado a isso, a prefeitura construiu mais uma sala de aula, em
2013, o que acrescentou mais 34 (trinta e quatro) vagas à disposição nessa escola. Portanto, o déficit de 11
(onze) vagas se dá por conta da população local que se matriculou na escola e não se relaciona ao afluxo
populacional por conta do empreendimento.
Em Senador José Porfírio, tanto as projeções do IBGE quanto a realizada por este Programa, que se utiliza de
informações complementares relacionadas ao empreendimento, apontam para uma queda de população.
Portanto, o aumento de matrículas na Educação Infantil daquele município não se relaciona ao afluxo
populacional ou mesmo ao crescimento vegetativo de população.
8. Plano de Saúde Pública
8.1. Programa de Incentivo à Estruturação da Atenção Básica de Saúde
Progresso reportado pela NE:
No período de janeiro a março de 2015 foi dada continuidade as seguintes atividades:
Realização de palestras trimestrais de educação em saúde;
Continuidade nas obras e no recebimento de equipamentos destinados às Unidades Básicas de Saúda das RUCs
(UBS Jatobá/ UBS São Joaquim e UBS Laranjeiras);
Continuidade das obras de construção e de recebimento de equipamentos e materiais do Hospital Geral de
Altamira, do Hospital de Anapu e do Hospital da Vila de Trabalhadores;
Conclusão do processo de contratação da empresa para construir o Hospital Municipal de Vitória do Xingu;
Entrega das chaves de duas salas do São Rafael para o HGA para o gestor municipal realizar reuniões com as
equipes e comissões de transição do hospital;
Realizada reunião com o Grupo de Trabalho (GT) de interface entre os programas, planos e projetos para tratar
das devolutivas do Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) realizados nos reassentamentos São Joaquim e Casa
Nova;
Participação na devolutiva do DRP nos Reassentamentos Urbano Coletivo São Joaquim e Casa Nova;
Interlocução com o Secretário de Saúde para agendamento e participação de reunião com comissão de
moradores do RUC Casa Nova para discussão de pauta de reinvindicações na área da saúde.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
As atividades executadas estão em conformidade com o programado no PBA e em acordo com o cronograma
atualizado, com eventuais desacordos com os prazos.
As obras dos hospitais de Altamira, o de Anapu e da Vila de Trabalhadores foram concluídas em 2014. Resta apenas
a obra do hospital de Vitória do Xingu, cuja obra foi contratada, O atraso desta obra ocorreu pela falta do Projeto
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Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Executivo e do terreno para construção, que estava sob responsabilidade da Prefeitura. Essa demanda foi resolvida
recentemente, em decorrência da solicitação feita pelo município junto à Norte Energia no sentido de assumir a
contratação da empresa para elaboração do Projeto Executivo e a transferência de recursos para compra do terreno.
A obra tem previsão de entrega para dezembro de 2015. Entretanto, nesse período, o antigo hospital foi reformado e
ampliado para dezesseis leitos e encontra-se em pleno funcionamento, inclusive realizando cirurgias, verificando-se,
portanto, que a população do município em questão não foi submetida a impactos adicionais derivados da alteração
no cronograma originalmente previsto para a entrada em operação do hospital de Vitória do Xingu.
Avaliação de resultados:
No total foram implantadas na AID acrescida do município de Pacajá, 30 (trinta) Unidades Básicas de Saúde
(UBSs), seis Núcleos de Vigilância em Saúde (NUVs), um Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), um Centro de
Diagnóstico, a sede de uma Secretaria Municipal de Saúde e três hospitais.
Foram concluídas as obras de todas as UBSs, Secretaria de Saúde, CAPS e NUVS previstas e/ou pactuadas com as
administrações municipais, à exceção das três UBSs localizadas nos bairros de reassentamentos urbano coletivo
(RUCs), que não estavam previstas no PBA e foram incluídas como resultado de acordo entre a Norte Energia e o
município de Altamira. A população já reassentada vem sendo assistida por dois postos de saúde em instalações
provisórias instaladas e em funcionamento nos RUCs Jatobá e São Joaquim.
Em relação ao Hospital da Vila dos Trabalhadores do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) – Vila Residencial
Belo Monte (Vitória do Xingu), a unidade está em funcionamento desde 11 de novembro de 2014, que se soma aos
Centros para Atendimento aos Trabalhadores (CATs) dos canteiros de obras para assistência à saúde dos
trabalhadores e os familiares que residem na Vila. Esses estabelecimentos de saúde contam com atendimento
médico, acomodações com um total de 52 (cinquenta e dois) leitos e uma unidade de emergência bem equipada. Na
cidade de Altamira, o CCBM contratou 52 (cinquenta e dois) leitos do Hospital Santo Agostinho para assistência aos
seus trabalhadores e familiares.
Em relação ao Hospital Geral de Altamira (Mutirão), a obra civil foi concluída e entregue ao Município, obedecendo
ao Termo de Compromisso firmado entre a Norte Energia, Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (SESPA) e
Prefeitura de Altamira. A Norte Energia, por intermédio da Gerência de Saúde, acompanhou sistematicamente todas
as etapas da obra de construção do Hospital Geral de Altamira. Atualmente, com a proximidade de sua conclusão,
esse acompanhamento se tornou diário, com o objetivo também de acelerar e finalizar as instalações dos
equipamentos estruturantes. Essa obra é considerada uma das condicionantes da área da saúde mais importante e
requer um planejamento diferenciado em todos os níveis de execução, principalmente nesta fase de instalação de
equipamentos. Em março de 2015 foram realizadas as seguintes atividades: (i) Instalação e treinamento de 13
equipamentos; (ii) Instalação de 02 equipamentos que não necessitam de treinamento; (iii) Instalação de 02
equipamentos, cujo treinamento está agendado para o próximo mês; e (iv) 02 mobiliários montados.
Estão ainda pendentes as entrega de dois hospitais que se encontram em andamento:
Hospital Municipal de Anapu: Obra da área de ampliação concluída e a da reforma em fase final. Realizado em
06 de janeiro de 2015, visita técnica ao Hospital Municipal de Anapu para avaliar a continuidade dos serviços e
atividades ofertadas à população. Observou-se que tanto os pacientes quanto a equipe aprovaram as novas
instalações e que as atividades e serviços estão sendo realizados de forma satisfatória segundo a equipe.
Hospital Municipal de Vitória do Xingu: Segundo a Prefeitura, o Projeto Executivo havia sido elaborado e se
encontrava em análise pela SESPA. Devido às dificuldades para aprovação do Projeto junto à Vigilância
Sanitária, a Norte Energia assumiu junto à Prefeitura de Vitória do Xingu a responsabilidade de contratar a
mesma empresa que elaborou o Projeto Executivo do Hospital de Anapu para replicar o mesmo projeto para a
unidade municipal de Vitória do Xingu, já devidamente aprovado pela Vigilância Sanitária e Bombeiros,
alterando apenas a fachada e o projeto estrutural para se adequar à topografia do terreno. Entretanto, por se tratar
de uma obra inteiramente nova, a Vigilância Sanitária solicitou alguns ajustes, que aumentou em cerca de
500 m² a área do prédio a ser construído. A obra foi contratada em dezembro de 2014, devendo ser iniciada logo
após a legalização do terreno, por parte da Prefeitura com previsão de conclusão e entrega de 12 meses após o
início das obras. Um fato positivo nesse período foi a reforma e ampliação (dezesseis leitos) do antigo hospital,
realizada pelo município. Essa unidade está em pleno funcionamento, inclusive realizando cirurgias;
Hospital São Rafael – Materno Infantil – Após a mudança completa das atividades do Hospital São Rafael para o
HGA, serão dados os devidos encaminhamentos entre os entes envolvidos para a sua definição.
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Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
8.2. Programa de Vigilância Epidemiológica, Prevenção e Controle de Doenças
Progresso reportado pela NE:
No período de janeiro a março de 2015 foram realizadas as seguintes atividades:
Continuidade do monitoramento dos principais agravos transmissíveis e emissão de boletim epidemiológico;
Apoio à Divisão Técnica do 10º Centro Regional de Saúde na coleta e análise dos indicadores do Sistema de
Pactuação (SISPACTO) avaliando as metas alcançadas no ano de 2014;
Coleta de dados da planilha de atualização dos atendimentos e ações realizadas nos Reassentamentos Urbano
Coletivo (RUC) Jatobá, São Joaquim e Casa Nova;
RUC JATOBÁ E SÃO JOAQUIM: Coleta dos dados da planilha de atualização dos atendimentos e ações
realizadas nos Reassentamento Urbano Coletivo (RUC) Jatobá e São Joaquim.
HANSENÍASE: Apoio ao Município de Altamira na elaboração da apresentação que será utilizada na abertura
da campanha de hanseníase, com as atividades a serem realizadas em 2015 e participação no evento de
lançamento da campanha de hanseníase em Altamira.
LEISHMANIOSE: Reunião com o Coordenador de Endemias de Anapu para avaliar a situação da Leishmaniose
Tegumentar Americana.
DENGUE: (i) Programação técnico-operacional das atividades que deverão ser realizadas no controle da dengue,
abrangendo combate ao vetor, vigilância epidemiológica, capacitação para os profissionais da assistência,
supervisões e treinamentos a serem realizados nos municípios da AID Belo Monte e Pacajá; (ii) Reunião com a
equipe técnica do município de Altamira para avaliar os resultados parciais da investigação dos casos de dengue
ocorridos em Altamira; (iii) Capacitação em manejo clínico de dengue para médicos e enfermeiros do município
de Brasil Novo, para os profissionais do Hospital de Pacajá e para os colaboradores do serviço de enfermagem,
laboratório e diretor clínico do Hospital Santo Agostinho em Altamira;
MALÁRIA: Coleta e análise de dados para construção do Boletim Epidemiológico mensal das doenças
transmissíveis. Fonte das informações: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (SIVEP–Malária) e
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-Net).
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
A meta desse programa era que ele deveria ser estruturado para responder em tempo oportuno à totalidade das
demandas epidemiológicas que surgissem na região, com objetivo de contribuir para melhoria da vigilância
epidemiológica realizada pelos órgãos de saúde da área de influência do empreendimento, e intensificar as ações de
monitoramento e controle de vetores na AID.
As atividades relativas ao Programa de Vigilância Epidemiológica, Prevenção e Controle de Doenças estão alinhadas
com a política de saúde do MS, os objetivos gerais e específicos do Programa em questão apresentado no PBA e, por
conseguinte, fazendo frente, adequadamente, ao rol de impactos previstos no Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
para serem gerados na região de inserção da UHE Belo Monte, em função da implantação do empreendimento, e que
poderiam ser tempestivamente prevenidos, mitigados e/ou monitorados por este Programa.
Avaliação de resultados:
O Programa de Vigilância Epidemiológica, Prevenção e Controle de Doenças tem obtido uma sequência contínua
nas atividades desenvolvidas que ocorrem com regularidade, principalmente no que se refere ao monitoramento das
doenças transmissíveis, alcançando resultados bastante satisfatórios. Na fase atual, desenvolve as atividades de apoio
às municipalidades da AID e as ações de prevenção, controle e registro de doenças transmissíveis.
O boletim epidemiológico dos municípios da AID contempla o monitoramento dos principais agravos
transmissíveis, que são de interesse epidemiológico para a região. São monitorados também, a ocorrência de casos
de febre amarela, raiva, hantavirose, leishmaniose visceral, doença de chagas aguda e outras doenças ou surtos que
possam vir a ocorrer na AID da UHE Belo Monte. A divisão técnica da 10ª RPS mantém a rotina de informação
semanal de casos doenças/agravos que possam ter ocorrido nos municípios, através da notificação positiva/negativa
feita por via telefone ou e-mail.
O Ministério da Saúde reforçou o financiamento para as ações de controle da dengue, com repasse anual de
incentivo extra de recurso no Bloco do Piso Variável de Vigilância em Saúde dos Municípios. Foi elaborada pelo
Ministério da Saúde uma nova estratégia para o enfrentamento da dengue, visando à capacitação de profissionais na
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Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
assistência aos casos suspeitos, iniciada em dezembro de 2014, com treinamento de médicos e enfermeiros para o
manejo clínico adequado e instalação do protocolo de atendimento nos serviços de saúde.
O 10º Centro Regional de Saúde emitiu no final de fevereiro, por intermédio do Setor de Endemias, o Informe
Epidemiológico 001/2015. Os dados são relativos aos nove municípios que compõe o 10º CRS, no período de 01 de
janeiro a 10 de fevereiro de 2015. O primeiro levantamento de 2015, divulgado como informe epidemiológico do
setor de endemias do 10º CRS, registrou redução de casos notificados de dengue em todos os municípios. O
Município de Senador José Porfírio registrou a maior incidência no período analisado, com 146 notificações, o que
representa 45,9% dos casos notificados na regional. No total, foram registrados 318 casos suspeitos em 2015, contra
698 no mesmo período em 2014. Para intensificar as medidas de vigilância, a Gerência de Saúde da Norte Energia
programou junto aos municípios, por intermédio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA), uma campanha
de orientação de medidas preventivas, seguindo a temática do Ministério da Saúde “O perigo aumentou, e a
responsabilidade de todos também”. Inserções comerciais estão sendo veiculadas na emissora de TV local, assim
como a distribuição de 20 mil folders aos municípios, além de faixas com mensagens educativas.
Foi apresentada a situação epidemiológica da dengue nas últimas 10 semanas epidemiológicas (fevereiro a março de
2015) de notificação na AID Belo Monte e Pacajá em 2015, onde foram notificados 149 casos e 332 no ano anterior.
O ano de maior registro foi em 2011 com 883 notificações. A distribuição dos casos confirmados e notificados por
município de residência, se destacaram em Altamira e Senador José Porfírio, tendo o primeiro registro de 237 casos
suspeitos e o segundo com 185 casos. No ano de 2015 não houve registro de casos graves de dengue.
8.3. Programa de Ações para Controle da Malária
Progresso reportado pela NE:
No período de janeiro a março de 2015 foram realizadas as seguintes atividades de rotina:
Coleta e análise de dados para construção do Boletim Epidemiológico mensal de Malária. Fonte das
informações: SIVEP – MALÁRIA e SINANNET;
Reunião com coordenadores do PACM nos Municípios da AID;
Mobilização dos municípios da AID e Pacajá e Coordenação Estadual da Malária, para participarem da 13ª
avalição da Malária do PACM e Apoio financeiro para o deslocamento e hospedagem do Coordenador Estadual
de Malária e o Diretor dos Programas de Controle de Vetores, assim como o local e a logística necessária para
realização da 13ª avaliação do PACM;
Reunião com o Coordenador de Endemias do 10º CRS, coordenadores municipais do PACM e Assessor do MS,
para apresentação dos indicadores epidemiológicos de malária e histórico das ações já desenvolvidas até o
momento;
Capacitação dos técnicos de enfermagem e agentes de endemias do DSEI na oficina de Vigilância, Diagnóstico e
Tratamento de Malária, com carga horária de 40 horas;
Controle da distribuição de MILD;
Repasse de informações técnicas aos municípios, prestando esclarecimentos quanto ao controle da malária.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
9º Relatório Final Socioambiental Periódico - RSAP – Abril de 2015.
Análise de conformidade:
Os objetivos, metas e atividades planejadas no PACM estão sendo cumpridos regularmente e com êxito. Esse fato
possivelmente está relacionado com a condução do processo, que contou com a presença dos gestores das três
esferas de governo, em parceria com a Norte Energia, desde a elaboração, avaliações e ajustes para melhor eficiência
e efetividade deste Programa. Essa dinâmica se refletiu na melhoria do acesso às medidas de controle, baseado no
monitoramento sistemático das informações, que possibilitaram a focalização das ações, tornando-as mais efetivas.
Avaliação de resultados:
Os principais resultados obtidos pelo Plano de Ação e Controle da Malária foram:
Altamira - Teve um grande aumento em número de exames devido a obrigatoriedade da realização do exame
para o diagnóstico da malária no processo de admissão dos trabalhadores da UHE Belo Monte. Isso demonstra
que o serviço está ativo com busca de sintomáticos e assintomáticos, com a realização de inquéritos objetivando
Eliminar a transmissão.
Anapu – A situação da malária em Anapu é estável, com uma tendência decrescente, passando pelo processo de
préeliminação/eliminação e, dessa forma, reorganizando as estratégias de trabalho do programa, com foco na
vigilância e prevenção da doença. No período de janeiro a março de 2015 não houve registro de transmissão.
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Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
AID Belo Monte e Pacajá – A AID Belo Monte e Pacajá registraram redução de 89,4% e 70,5% de casos de
malária respectivamente, enquanto os dados relativos ao mesmo período levando em consideração apenas a AID
Belo Monte registrou redução bem maior (98,8% e 95,8%). Em janeiro e fevereiro de 2015 a região apresentou
111 casos de malária, dos quais 103 foram em Pacajá. O percentual de variação de redução de casos nos meses
de janeiro e fevereiro de 2015, quando comparado com 2014, demonstra redução na variação expressiva na AID
de Belo Monte e Pacajá. Em 2011 foram registrados 2.596 casos de malária, contra 111 no mesmo período. No
ano de 2014 foram registrados 268 casos, o que representa uma variação de redução de 58,6% quando
comparado com 2015.
Senador José Porfírio – Não apresentou casos de malária em 2015 e, durante o ano de 2014, a partir do segundo
semestre, nos meses de setembro, outubro e dezembro, não foram registrados casos de autóctones de malária. O
município vem apresentando bons resultados no desenvolvimento do Plano de Ação e Controle da Malária,
estando no processo de pré-eliminação/eliminação e, dessa forma, reorganizando as estratégias de trabalho do
programa, com foco na vigilância e prevenção da doença.
Vitória do Xingu – Teve metade dos meses de 2014 sem registro de casos de malária. No mês de janeiro de
2015, foi atribuída ao município a autoctonia de um caso por outro município de notificação, com procedência
não esclarecida.
Brasil Novo – Desde julho de 2013 não foram apresentados casos de malária com transmissão autóctone no
município de Brasil Novo.
Vale destacar que todos os municípios da AID de Belo Monte e Pacajá contam com diagnóstico e tratamento da
malária em diversas unidades de saúde incluindo unidades de emergência 24 horas. O DSEI – Altamira tem como
referência a unidade de urgência e emergência do Hospital Municipal São Rafael, onde há o serviço de controle da
malária funcionando 24 horas.
O aporte financeiro da Norte Energia foi fundamental para reforçar a estrutura e capacidade operacional dos
municípios, do DSEI Altamira e da SESPA, por intermédio da 10ª RPS, que se destaca no processo de capacitação,
planejamento, monitoramento e avaliação do trabalho.
Ressalta-se que os exames de malária realizados nos últimos três anos superaram os demais anos do período
analisado. Altamira e Vitória do Xingu tiveram grande aumento em número de exames devido a obrigatoriedade da
realização do exame para o diagnóstico da malária no processo de admissão dos trabalhadores da UHE Belo Monte.
9. Plano de Valorização do Patrimônio
9.1. Programa de Estudo, Preservação, Revitalização e Valorização do Patrimônio Histórico, Paisagístico e
Cultural
9.2. Programa de Arqueologia Preventiva
9.3. Programa de Salvamento do Patrimônio Paleontológico
Estes Programas 9.1 a 9.3 não fazem parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela
NE nos RSAP até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.
10. Plano de Acompanhamento Geológico/Geotécnico e de Recursos minerais
10.1. Programa de Monitoramento da Sismicidade
Progresso reportado pela NE:
O Programa de Monitoramento de Sismicidade está devidamente implantado e vem se desenvolvendo conforme as
diretrizes estabelecidas no PBA 10.1, com a rede sismográfica instalada compreendendo 3 estações, denominadas
ATM1, BM01 e BM02, que estão em pleno funcionamento.
O Programa estabelece que durante o monitoramento da sismicidade, antes do enchimento e formação dos
reservatórios, só há necessidade de uma estação sismológica em funcionamento, desde que os resultados desta
estação estejam correlacionados com outras estações sismológicas regionais. No caso da UHE Belo Monte são três
as estações em funcionamento.
É importante destacar que o monitoramento da fase pré-enchimento está devidamente consolidado para solicitação
do pedido da LO do empreendimento. Já os dados e resultados a serem obtidos, durante a fase de pós-enchimento
dos reservatórios (continuidade do monitoramento conforme cronograma), serão fundamentais para se avaliar e
detectar a possibilidade da ocorrência de sismos induzidos na região de influência da UHE Belo Monte, conforme
premissas estabelecidas no EIA/RIMA que foram dissertadas, resumidamente, no item 10.1.1 do presente relatório.
Durante o segundo semestre de 2014, foi estabelecido um plano de ação para solucionar os problemas de
30
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
transmissão de dados que estavam ocorrendo com frequência nas estações sismográficas instaladas.
As visitas periódicas nas 3 estações sismológicas instaladas continuarão a ser realizadas objetivando garantir in loco
a integridade física e a manutenção e operação dos seus equipamentos. Destaca-se que estas visitas se mostraram
muito eficientes e ajudam na integração entre todas as equipes envolvidas no monitoramento da sismicidade,
acarretando uma eficiência ainda maior no alcance dos objetivos e metas do Programa.
A realização de palestra de esclarecimento, em relação aos aspectos gerais do Programa de Monitoramento da
Sismicidade, junto à comunidade de Altamira e arredores, em atendimento às recomendações propostas pelo
IBAMA, no parecer 168/2012, datado de 22/12/2012, no âmbito do Fórum de Acompanhamento Social dos Meios
Físico e Biótico, foi temporariamente cancelada. Isso se deve a Comissão dos Meios Físico e Biótico priorizar os
temas relacionados ao meio biótico, destacando-se as atividades realizadas no CEA – Centro de Estudos Ambientais
da Norte Energia. Além disso, conforme mencionado no Quinto e Sexto RCs, durante a revisão do cronograma do
presente Programa, foi discutido e consolidado que tais campanhas só seriam estabelecidas caso ocorressem sismos
induzidos na região do empreendimento, ou alguma demanda específica da comunidade em função de sismos
artificiais (detonações). Vale destacar, ainda, que o tema referente à sismicidade é de entendimento complexo e pode
gerar situações de alarde e de preocupação infundadas, junto à comunidade de Altamira e região, considerando-se
que não se espera quaisquer sismos induzidos na fase atual do empreendimento.
Progresso reportado em reunião durante a vistoria:
Conforme reunião realizada em 14/05/2015 durante a missão de monitoramento, foi informado que as atividades do
programa continuam praticamente sem alterações durante os meses de janeiro a março de 2015. Durante o restante
do ano de 2015 a grande expectativa do programa será o acompanhamento dos enchimentos dos reservatórios do Rio
Xingu e Intermediário.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, fevereiro de 2015.
Reunião durante a vistoria de campo de 11 a 15 de maio de 2015. Análise de conformidade:
As atividades do presente programa estão dentro do prazo, em conformidade com o proposto no PBA.
Avaliação de resultados:
A partir das informações relatadas e com base nas reuniões técnicas realizadas com a equipe da Leme Engenharia
durante as missões de monitoramento pode-se afirmar que o Programa apresentou falhas nos registros dos dados
sismográficos, mas que por enquanto não comprometem a sua confiabilidade conforme foi atestado pelo próprio
Laboratório Nacional. Infelizmente. Foram adotadas medidas para minorar o problema e estas medidas foram
efetivas, resultando na melhora no desempenho dos equipemantos e no aproveitamento das informações coletadas. A
rede de sismógrafos está implantada, funcionando e disponível para acompanhar o enchimento do reservatório.
Sendo assim, consideramos que o programa está atingindo os objetivos listados no PBA.
Conforme consta no Parecer PAR 02001.05036-2014-17 COHID-IBAMA, o IBAMA considera que o programa vem
sendo executado de acordo com planejado no PBA, com exceção das dificuldades enfrentadas para transmissão dos
dados coletados nas estações simológicas. Porém, a NE adota medidas alternativas para adequar estes problemas e
não gerar prejuízo no atingimento dos objetivos do programa.
10.2. Programa de Acompanhamento das Atividades Minerárias
Progresso reportado pela NE:
A primeira etapa do projeto foi marcada pela solicitação junto ao DNPM, do bloqueio provisório da área de
interferência da UHE Belo Monte, conforme previsto na legislação pertinente, tendo sido realizado em fevereiro de
2011. O atendimento ao pleito da Norte Energia gerou uma poligonal que foi definida em função das variáveis
construtivas e socioambientais do empreendimento de Belo Monte. A partir do bloqueio, os processos minerários
interferentes com a citada poligonal foram identificados e passaram a ser objeto de monitoramento com o objetivo
de acompanhar o “status” e registrar os eventos identificados em cada processo.
Em dezembro de 2012 a Norte Energia encaminhou ao DNPM, requerimento de alteração na área do bloqueio
provisório no sentido de promover um recorte na poligonal original com uma redução de 4.080,75 hectares, situada
no leito do rio Xingu, no entorno da cidade de Altamira. Tal pleito foi atendido com a publicação do ato
31
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
administrativo no DOU em 22/04/2013. A efetivação da alteração da área de bloqueio conforme solicitado deverá
reduzir as futuras demandas por indenizações, em função da diminuição do número de processos interferentes.
No período de outubro a dezembro de 2014 as principais atividades realizadas foram as seguintes:
Acompanhamento da atualização e andamento dos processos minerários, sendo que no período de julho a
dezembro de 2014 acontenceram 73 (setenta e três) eventos, sendo 10 (dez) referentes a novos requerimentos
(Novos Processos de Requerimento de Pesquisa e Requerimento de Licenciamento), oito indeferimentos de
requerimentos ou exclusão da poligonal de bloqueio (Processos Excluídos) e 55 (cinquenta e cinco)
procedimentos de rotina administrativa. Cumpre esclarecer que os novos requerimentos protocolizados
mencionados correspondem àqueles que foram registrados junto ao DNPM no segundo semestre de 2014. Além
disso, alguns processos aparecem tanto na coluna de "incluídos", como naquela de "excluídos" (DNPM
850.574/2014 e 850.575/2014), significando, nos casos citados, que houve indeferimento de plano, pelo
DNPM, motivado por interferência total com processo prioritário. Vale ressaltar que no período de 01/07/2014
até 31/12/2014 foram protocolizados junto à superintendência do DNPM, em Belém, 10 (dez) novos
requerimentos, sendo sete para pesquisa mineral e três de autorização de registro de licença, que interferem
com a poligonal de bloqueio provisório, conforme quadro anterior. De forma geral, se observa que os
requerimentos de pesquisa protocolizados têm por objetivo, em sua grande maioria, substâncias minerais de uso
imediato na construção civil, em especial argila, areia e cascalho, de acordo com a legislação em vigor. Vale
ressaltar que, dentre os requerimentos de pesquisa protocolizados, três deles (ID's 155, 156 e 163 -
850.574/2014, 850.575/2014 e 851.059/2014) são de titularidade da Norte Energia e se referem às áreas de
interesse para a implementação do Projeto de Recomposição das Atividades Oleiras e Extrativas de Areia e
Cascalho, constante do PBA da UHE Belo Monte. Observa-se, ainda, que o número de novos requerimentos
protocolizados no segundo semestre de 2014 é pouco expressivo e reflete a indisponibilidade de novas áreas
para tal, tendo em vista que todo o entorno dos sítios construtivos já é objeto de processos minerários
anteriores.
Realização de acordos com os titulares dos processos minerários tem se desenvolvido normalmente, apesar da
pequena demanda, até agora registrada. Sua evolução no cronograma indica a porcentagem de 78,9% já
executada em relação ao seu total, que tem previsão de término para dezembro de 2015.
Transformação do bloqueio provisório em definitivo; Ao longo do semestre em questão foram realizadas duas
reuniões na sede do DNPM em Brasília (09/08/14 e 09/10/14) tendo como objetivo a definição espacial da
futura poligonal de bloqueio definitivo. As versões apresentadas foram bem recebidas pelo órgão, assim como
as justificativas que deverão ser apresentadas, conforme previsto no Parecer PROGE nº 500, que normatiza o
tema. O formato da poligonal vem sendo definida levando-se em consideração as suas interferências com os
diversos programas ambientais em desenvolvimento pelos meios físico, biótico e socioeconômico para a UHE
Belo Monte e com aspectos construtivos estabelecidos pelo setor de engenharia da obra, por meio de realização
de reuniões internas de integração da Norte Energia, na sede da Norte Energia em Brasília (09/08/14, 09/10/14
e 24/11/14), como também em Altamira (PA) em 18/09/14. A conclusão deste processo, inclusive com a
consolidação do mapa final de bloquei, está prevista para o fim do ano de 2015.
Conforme reunião realizada em 14/05/2015 durante a missão de monitoramento foi informado que as atividades do
programa continuam praticamente sem alterações durante os meses de janeiro a março de 2015. A evolução dos
processos minerários continuou a serem acompanhados, os processos minerários de interesse para construção da
UHE tiveram continuidade e a questão da transformação do bloqueio de áreas provisório em definitivo não evoluiu
de maneira significativa.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, fevereiro de 2015.
Reunião durante a vistoria de campo de 11 a 15 de maio de 2015.
Análise de conformidade:
As atividades do Programa têm sido realizadas de maneira a não prejudicar o cronograma aprovado pelo IBAMA em
março de 2012.
Avaliação de resultados:
A NE havia assumido uma posição no programa por meio da reavaliação da poligonal provisória, o que levou a
liberação de algumas áreas para outras atividades e o bloqueio de outras áreas que passaram a interessar ao
empreendimento. No entanto, a continuidade do processo com a definição da poligonal definitiva de bloqueio dos
direitos minerários foi postergada para o fim de 2015 em razão da dificuldade de compatibilizar todos os interesses
envolvidos, incluindo necessidades da obra de Belo Monte, das mineradoras e dos programas ambientais conduzidos
pela própria NE.
32
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
10.3. Programa de Monitoramento da Estabilidade das Encostas Marginais e Processos Erosivos
Progresso reportado pela NE:
Até o fim de 2014 foram realizadas 11 (onze) campanhas trimestrais - três durante o ano de 2012, quatro em
2013 e quatro em 2014 -, sendo que a consolidação dos dados e resultados obtidos é apresentada ao longo do
conteúdo deste documento. Vale destacar que, conforme estabelecido nas metas do PBA, estas 11 (onze)
campanhas trimestrais possibilitaram, para a fase do Programa antes do enchimento dos reservatórios, uma
caracterização geológico-geotécnica das encostas marginais e dos processos erosivos instalados ou que podem
ser potencialmente desenvolvidos. As atividades do programa são concentradas nas atividades de
geoprocessamento (elaboração de mapas temáticos e analíticos geotécnicos), investigação e instalação de
monitorores, incluindo o acompanhamento da evolução de feições de erosão, terraplanagem e outros aspectos
relevantes para o controle de erosão na região e consolidação das informações.
De 5 a 17/01/2015 foram realizadas as atividades referentes à Inspeção Trimestral 12 e ao monitoramento das
condições de erosão e de estabilidade das encostas marginais.
Atualização do banco de dados com as informações obtidas durante a Inspeção Trimestral 12.
Durante o mês de março, considerando as informações obtidas durante a Inspeção Trimestral 12, foi verificado
que as novas informações não mostram necessidade de atualização do mapa geológico-geotécnico adotado no
âmbito do Programa em tela. No entanto, será considerada uma atualização no referido mapa, de acordo com os
detalhamentos efetuados no âmbito do Programa de Controle da Estanqueidade (10.4).
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, fevereiro de 2015.
9º Relatório Socioambiental Periódico – RSAP, abril de 2015. Análise de conformidade:
O andamento do programa encontra-se de acordo com o proposto no PBA, sendo ajustado segundo as necessidades e
justificativas técnicas.
Conforme consta no Parecer PAR 02001.05036-2014-17 COHID-IBAMA, o IBAMA considera que as atividades do
programa vêm sendo executado de acordo com planejado no PBA, a saber:
Geoprocessamento, fotointerpretação e preparo de mapas base
Mapeamento geológico-geotécnico e caracterização dos processos e instabilização
Investivação e instalação de monitores
Acompanhamento e interpretação dos resultados das investigações
Estudo das medidas de proteção das encostas marginais
Inspeção, levantamento e leitura de instrumentos
Monitoramento das condições de erosão e de estabilidade das encostas marginais
Monitoramento das áreas revegetgadas no âmbito do PRAD
O parecer recomenda que a NE apresente uma proposta de mitigação de eventuais impactos na afetação de fundação
de obra civis em decorrência do enchimento do reservatório do Xingu, tendo em vista que na região dos igarapés
Altamira e Ambé as condições geotécnicas do terreno são suscetíveis de causar risco pela elevação da umidade do
solo.
Avaliação de resultados:
Avalia-se que o Programa está atingindo os objetivos listados no PBA. Os enchimentos dos reservatórios do Rio
Xingu e Intermediário representam os momentos a partir dos quais o programa irá ganhar importância, pois será
agora que teremos as alterações nas condições hidrogeológicas e geotécnicas decorrentes da elevação do nível
d’água superficial e do nível freático.
10.4. Programa de Controle da Estanqueidade dos Reservatórios
Progresso reportado pela NE:
No 6º RC encaminhado para o IBAMA foi informado que o programa havia concluído as atividades referentes ao
estudo da região do Kararaô e havia acertado uma série de atividades para o atendimento das novas recomendações
apresentadas pelo IBAMA, através do Ofício 02001.000868/2014-39 CGENE/IBAMA, com vista ao estudo da
região do Graben do Macacão. As observações referentes a este assunto foram apresentadas no 6º RSAP nos
seguintes termos:
33
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Região do Kararaô
Apesar do IBAMA não ter aprovado a conclusão do Programa de Controle de Estanqueidade dos Reservatórios,
entende-se que as solicitações e recomendações apresentadas pelo próprio órgão ambiental sanaram de forma
definitiva os atrasos existentes no seu cronograma original, já que as atividades estabelecidas exclusivamente para a
região do Kararaô foram definitivamente canceladas. O entendimento técnico que a nova conformação do
Reservatório Intermediário realmente excluiu qualquer possibilidade de surgimento de processos de fuga d’água na
referida região do Kararaô ficou plenamente consolidado.
Graben do Macacão
As novas recomendações apresentadas pelo IBAMA, através do Ofício 02001.000868/2014-39 CGENE/IBAMA,
estabelecem que o foco principal do Programa deve ser o surgimento de problemas de estanqueidade a partir das
fundações, tanto em rocha quanto em solo, das estruturas civis previstas, principalmente aquelas referentes aos
diques a serem construídos na região do Graben do Macacão. Tais premissas estão estreitamente relacionadas aos
projetos de engenharia previstos para o empreendimento. O oficio estabelece uma série de recomendações conforme
relatado a seguir:
Realizar uma investigação mais detalhada da região do Graben do Macacão e acompanhar, juntamente com a
equipe de engenharia, as soluções de estanqueidade propostas para que não ocorra fuga de água do reservatório;
Relatar, acompanhar e investigar novas áreas que tragam preocupação para a equipe de engenharia no que tange
à estanqueidade, que eventualmente sejam identificadas no decorrer do detalhamento das estruturas que
formarão o reservatório Intermediário;
Manter as atividades de monitoramento após a implantação dos reservatórios e caso algum processo de fuga de
água se instale na região, medidas de controle deverão ser adotadas para mitigar os eventuais impactos
negativos;
Apresentar análise se o fluxo de água que percolará por cada um dos diques será significativo e avaliar quais
serão os impactos sobre as áreas adjacentes ao Reservatório Intermediário.
Para atendimento de cada uma destas recomendações solicitadas pelo órgão ambiental, foi estabelecido, junto à
equipe técnica de engenharia da Norte Energia, um plano de integração para definição e elaboração de um
cronograma das atividades a serem desenvolvidas. Este cronograma contempla as atividades (ações) definidas e
executadas pela engenharia da obra, referentes aos estudos geológico-geotécnicos necessários na região do Graben
do Macacão para garantia da segurança e estabilidade das estruturas de barramento a serem construídas na região
(diques 6C, 8A e 8B e de suas fundações ao longo dos limites do Reservatório Intermediário). Ressalta-se que os
estudos de engenharia definiram que os problemas geológico-geotécnicos a serem avaliados na região do Graben do
Macacão abrangem as áreas contempladas pelos diques 6C, 8A e 8B, sendo que as regiões próximas, onde se
observa no mapa geológico a presença de rochas areníticas (diques 6A e 6B), não requerem este aprofundamento de
estudo. As recomendações apresentadas pelo IBAMA, por meio do Ofício 02001.000868/2014-39 CGENE/IBAMA,
estabelecem que o foco principal do Programa deva enfatizar a possibilidade do surgimento de problemas de
estanqueidade (fluxos de água) a partir das fundações, tanto em rocha quanto em solo, das estruturas civis
implantadas, principalmente aqueles referentes aos diques a serem construídos na região do Graben do Macacão.
Tais premissas estão estreitamente relacionadas aos projetos de engenharia previstos para o empreendimento, fato
este que indica a necessidade de um estreito relacionamento e integração técnica entre os setores de meio ambiente e
de engenharia, tanto da Norte Energia quanto das empresas envolvidas na elaboração e execução dos projetos de
engenharia e, também, da empresa que é responsável pela execução deste Programa de Controle da Estanqueidade
dos Reservatórios.
Para atendimento dessas diretrizes, foi realizado um planejamento integrado de ações, onde o Quadro 10.4 - 1, a
seguir, apresenta as atividades que compõem o novo cronograma detalhado do Programa de Controle da
Estanqueidade dos Reservatórios, que foi totalmente revisado e adequado. Verifica-se que o plano de ação planejado
se fundamenta, basicamente, no acompanhamento técnico das atividades realizadas pela engenharia da obra,
principalmente na região do Graben do Macacão. A engenharia da obra realizará estudos detalhados para
caracterização das condições geológico-geotécnicas de fundação, tanto em rocha quanto em solo, para implantação
dos diques do Reservatório Intermediário e estabelecerá a definição e adoção de medidas de tratamento mais
adequadas para garantia da estanqueidade e da segurança das referidas estruturas.
34
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
O Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, fevereiro de 2015,
apresenta uma grande quantidade de informações para demonstrar que tanto o Ofício 02001.000868/2014-39
CGENE/IBAMA, quanto o plano de atividades decorrentes, envolvendo as áreas de engenharia e geologia da
projetista, construtora, NE e consultorias especializadas para implantação do PBA, foram efetivamente atendidos.
Os principais aspectos que merecem ser comentados com relação ao atendimento do ofício e implantação do plano
são os seguintes:
Investigação detalhada: os estudos geológico-geotécnicos realizados para a caracterização do Graben do
Macacão, região que engloba os diques 6C, 8A e 8B, consistiram na execução de 37 (trinta e sete) furos de
sondagens e 20 (vinte) linhas geofísicas (caminhamentos elétricos). Estas atividades consistiram de duas etapas
distintas: a primeira etapa, realizada nos meses de março e abril de 2014, denominada de estudos iniciais, foi
composta pelo planejamento executivo de 24 (vinte e quatro) furos de sondagens mistas e 14 (quatorze) linhas
de geofísica. Seus dados e resultados foram avaliados pela Junta de Consultores da obra nas áreas de geologia e
geotecnia, que determinou a necessidade de execução de uma segunda etapa de investigações para
complementação na caracterização geológico-geotécnica da referida região. Esta segunda etapa, chamada de
estudos complementares, consistiu na execução de mais 13 (treze) furos de sondagens e 6 (seis) linhas de
geofísica, as quais foram realizadas nos meses de setembro e outubro de 2014. A associação e a análise técnica
de todos os dados e resultados das investigações geológico-geotécnicas mencionadas acima propiciaram à Junta
de Consultores a definição de alternativas de engenharia para tratamento dos materiais (solo e rocha) de
fundação para controle de percolação de água tanto nas áreas abrangidas pelas estruturas construídas (diques
6C, 8A e 8B), quanto para as barreiras naturais (proeminências topográficas) que compõem o perímetro da
margem direita do Reservatório Intermediário na região do Graben do Macacão.
Aspectos geológicos de interesse para o projeto de engenharia: Os dados e resultados dos estudos geológico-
geotécnicos realizados mostraram que a geologia que caracteriza a região do Graben do Macacão é complexa e
composta, principalmente, por arenitos, diamictitos e migmatitos cortados por falhas estruturais relevantes,
como, por exemplo, a falha Catijuba, que limita o Graben na sua porção norte (dique 6C), indicando uma região
que sofreu intensa atividade tectônica. As condições geológico-geotécnicas das fundações dos diques 6C, 8A e
8B, do ponto de vista do controle de percolação, as características de maior relevância da fundação são a
permeabilidade e a possível erodibilidade dos solos envolvidos. As soluções a serem adotadas terão de
combinar a impermeabilização efetiva a montante com a implantação, de forma geral, de um sistema de
drenagem a jusante, principalmente nos talvegues existentes a jusante dos referidos diques. No caso do espigão
de arenito, situado na área do Graben do Macacão, poderá vir a ser também implantado um dreno de jusante,
encaixado na calha da drenagem ali existente.
35
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Soluções de engenharia adotadas para o problema da permeabilidade e erodibilidade dos solos de fundação: O
Projeto de Engenharia especificou que o reforço do controle de percolação nas regiões das ombreiras direita do
Dique 6C, ao longo de toda fundação do Dique 8B e na ombreira do Dique 8A, será realizado por meio da
implação de um “Cut-Off” (trincheira de vedação) impermeabilizante com profundidade e largura de base
variáveis, conforme as características geológico-geotécnicas das fundações nos locais.
Soluções de engenharia adotadas para o problema da erosão pelo embate das ondas no reservatório
intermediário: A encosta montante do Espigão de Arenito, formada por solos de arenito, estão sendo realizados
estudos em detalhe, já que a zona de oscilação do Reservatório Intermediário, com embate de ondas, pode
ocasionar erosões nas encostas. É importante observar que a questão dessas erosões dentro do Reservatório
Intermediário não deve se limitar à região do espigão. Uma avaliação de todo o seu perímetro deverá ser feita
pelo Consórcio Projetista, de modo a definir as áreas a serem tratadas, sejam elas em sedimento ou em solo de
alteração de migmatito. Frente a esta questão, está em fase de consolidação, pelo Consórcio Projetista, uma
proposição de proteção contra erosão da encosta montante do espigão, com o uso de Rip Rap a partir da
elevação 92,50 m até a elevação 98,50 m e instalação de um acesso de serviço na El 100,00 m.
Integração entre as equipes de engenharia e meio ambiente para relatar, acompanhar e investigar novas áreas
que tragam preocupação para a equipe de engenharia no que tange à estanqueidade: As atividades que estão
sendo executadas atualmente na região do Graben do Macacão pela engenharia da obra (projetista, construtora
e a própria Norte Energia) estão sendo acompanhadas pela empresa executora do presente Programa e pelo
setor de meio ambiente da Norte Energia, visando sanar e dirimir quaisquer questionamentos técnicos
referentes à estanqueidade dos reservatórios da UHE Belo Monte. A estanqueidade do reservatório não é tratada
apenas como uma questão de cunho ambiental, mas também, e principalmente, como questão de engenharia.
Por este motivo, toda a região do Reservatório Intermediário tem sido investigada sobre os vários aspectos
técnicos, não tendo sido observada, até então, nenhuma outra região que trouxesse preocupação à equipe de
engenharia relacionada aos problemas de estanqueidade do reservatório que sejam semelhantes às
características geológicas e espeleológicas observadas na região do Kararaô (presença de cavidades
subterrâneas em rochas areníticas da Formação Maecuru) e até mesmo do Graben do Macacão (rochas
areníticas), e que se enquadrem integralmente no contexto técnico deste Programa.
Instrumentação dos diques: O monitoramento dos 28 (vinte e oito) Diques que estão sendo construídos ao longo
dos limites do Reservatório Intermediário, está sendo implantada uma série de equipamentos de instrumentação
durante a sua fase de construção, tais como marcos superficiais, medidores de vazão, marcos fixos, piezômetros
elétricos, piezômetros de tubo aberto, placas de recalque magnética, medidores triortogonais e pinos de
deslocamento. Os quantitativos de equipamentos de instrumentação são variados e definidos pelos projetos de
engenharia, sendo que são dependentes das dimensões geométricas de cada um dos Diques em construção e das
características geológico-geotécnicas da região onde os mesmos estão assentes. Dessa forma, o
acompanhamento/monitoramento das estruturas de barramento será contínuo, por meio dos equipamentos de
instrumentação instalados (medidas de controle adotadas), sendo que seus dados e resultados serão fornecidos
pela equipe técnica responsável por esta atividade, que ficará alocada no empreendimento durante o período de
operação da UHE Belo Monte. Já as medidas de controle propriamente ditas a serem adotadas dependerão de
cada caso específico e serão determinadas também pelo setor de engenharia da obra a partir dos resultados
obtidos pela instrumentação dos Diques, caso haja realmente necessidade (manutenção da segurança dos
barramentos e, consequentemente, de problemas que possam vir a ocorrer com o ambiente externo).
Adicionalmente, informa-se que este acompanhamento junto à equipe da engenharia foi estabelecido no âmbito
do presente Programa até março de 2018,
Análise de fluxo de água de percolação pelos diques: Os 28 (vinte e oito) Diques em construção ao longo do
limite do Reservatório Intermediário estão sendo desenvolvidas análises de percolação e dimensionamento dos
seus sistemas de drenagem interna pelo setor de engenharia do Consórcio Projetista do empreendimento,
conforme prática corrente em projetos executivos de usinas hidrelétricas que comportem barramentos de terra
e/ou de terra/enrocamento. Todos os Diques que o sistema de drenagem interno é composto basicamente por
filtro vertical, tapete drenante, trincheiras drenantes e saídas de drenagem, solução habitualmente adotada para
estruturas de terra com as dimensões daquelas verificadas para os Diques em questão. As dimensões
geométricas e os quantitativos destas estruturas do sistema de drenagem interno são variados e definidos caso a
caso, em função da robustez de cada um dos Diques e das suas condições geológico-geotécnicas caracterizadas
em cada local de construção.
36
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
No período de janeiro a março de 2015 foram destacadas as seguintes atividades:
Foi elaborada e revisada a versão final do Sétimo Relatório Consolidado do PBA 10.4.
Foram realizados contatos técnicos com a equipe da engenharia da Norte Energia para verificação do
andamento e desenvolvimento da execução dos tratamentos de fundação definidos pela projetista da obra em
relação a possíveis problemas de estanqueidade detectados na região do Graben do Macacão (atividade 7 do
Cronograma de Andamento). Como informado pela engenharia da Norte Energia, as atividades de campo na
região do Graben do Macacão estão se desenvolvendo conforme estabelecido no projeto.
Foi disponibilizado pelo IBAMA o parecer 02001.005036/2014-17 COHID/IBAMA referente ao conteúdo do
Sexto Relatório Consolidado, onde o órgão ambiental não solicita qualquer tipo de adequação ou consideração
nas atividades que estão sendo desenvolvidas atualmente no Programa de Controle de Estanqueidade dos
Reservatórios.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, fevereiro de 2015.
9º Relatório Socioambiental Periódico – RSAP, abril de 2015.
Análise de conformidade:
Devido aos problemas citados, não foi possível manter o cronograma acordado com o IBAMA, de forma que o
desenvolvimento do Programa não apresenta conformidade com o previsto originalmente no PBA. No entanto,
foram mantidos entendimento com o IBAMA para a modificação do programa e atendimento dos seus objetivos.
O novo cronograma do programa, conforme apresentado no 6º Relatório Consolidado, contempla atividades até o
fim do ano de 2016. Durante os anos de 2104 e 2015 haverá a integração das equipes de engenharia da obra e do
programa ambiental para análise das informações levantadas e das providencias adotadas. No fim de 2015 toda a
instrumentação considerada necessária estará instalada. Os resultados do acompanhamento serão apresentados a
cada 6 meses em relatórios parciais. As atividades exigidas pelo IBAMA e as propostas pela NE estão sendo
realizadas conforme previsto e os resultados atendem as preocupações que haviam sido levantadas anteriormente.
O Parecer Técnico 02001.05036-2014 COHID-IBAMA, que analisou a informações apresentadas pelo NE até o
Sexto Relatório Consolidado apenas relata as atividades realizadas com vistas ao atendimento do programa, mas sem
emitir juízo conclusivo ou novas exigências. O IBAMA relata que o 7º Relatório Consolidado e os demais relatórios
devem estabelecer uma análise conjunta de todos os dados e resultados de cada um dos diques, dando atenção maior
àqueles situados na região do Graben do Macacão.
Avaliação de resultados:
Avalia-se que o Programa está atingindo os objetivos listados no PBA e os novos objetivos elencados em razão do
detalhamento do conhecimento e das preocupações sobre a geologia da região.
11. Plano de Gestão dos Recursos Hídricos
11.1. Programa de Monitoramento Hidráulico, Hidrológico e Hidrossedimentológico
Progresso reportado pela NE:
O Programa é dividido em três subprogramas ou projetos, no caso o Projeto de Monitoramento
Hidrossedimentológico, o Projeto de Monitoramento de Níveis e Vazões e o Projeto de Monitoramento da Largura,
Profundidade e Velocidade em Seções do TVR.
Projeto de Monitoramento Hidrossedimentológico
As atividades de monitoramento, inerentes a este projeto, são contínuas após a instalação da rede de monitoramento
hidrossedimentométrica. Os dados e resultados obtidos e consolidados, a cada semestre, são apresentados e
atualizados nos Relatórios Consolidados, por meio de quadros, gráficos, figuras e textos dissertativos, dentro de um
mesmo padrão de apresentação, com o intuito de otimizar as análises de dados incrementais obtidos a cada período
monitorado.
O Projeto de Monitoramento Hidrossedimentológico vem se desenvolvendo, conforme previsto no cronograma, com
suas atividades sendo cumpridas regularmente, sem o registro de eventos que possam causar o comprometimento ao
seu pleno andamento e atendimento aos objetivos. As campanhas para a medição de descarga líquida e sólida,
previstas inicialmente no PBA para iniciarem em outubro/11, tiveram início um ano antes do programado e vêm se
desenvolvendo normalmente, não havendo atrasos ou pendências. As atividades relacionadas com as fases de pré-
enchimento e pós-enchimento precisaram ser revistas de acordo com o cronograma da obra para o reservatório do
Rio Xingu.
37
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
Projeto de Monitoramento de Níveis e Vazões
O Projeto de Monitoramento de Níveis e Vazões vem se desenvolvendo conforme previsto no cronograma, com suas
atividades sendo cumpridas regularmente, sem o registro de eventos que possam causar o comprometimento ao seu
pleno andamento e atendimento aos objetivos. Ressalta-se que as medições de nível e vazão líquida se iniciaram um
ano antes do programado.
As principais atividades relatadas para o período foram a seguintes:
Acompanhamento das campanhas de campo
Analise dos dados recebidos das estacoes hidrométricas
Continuidade na avaliação e consolidação mensal dos dados
O conhecimento das alterações dos níveis, vazões, velocidades e profundidades obtido por meio de pelo menos dois
anos de monitoramento já realizado, têm subsidiado a aferição de modelo de cálculo de remanso e consequente
variabilidade nas superfícies de inundação, norteando as orientações de medidas de drenagem urbana e de
urbanização previstas no âmbito do Plano de Reurbanização da cidade de Altamira. Outros programas ambientais
também utilizam das informações hidrológicas e hidráulicas dos igarapés de Altamira e do rio Xingu, obtidos pelo
monitoramento nos pontos estratégicos localizados em cada região do empreendimento, para análise e correlações
com os impactos previstos no EIA e que suscitaram a proposição dos programas e projetos do PBA.
Projeto de Monitoramento de Largura, Profundidade e Velocidade em Seções do TVR
O presente Projeto vem se desenvolvendo normalmente dentro dos prazos estipulados a partir da readequação
aprovada para o seu cronograma e escopo. Lembrando que através do Ofício 02001.009681/2013-10
DILIC/IBAMA, datado de 17/07/13, o IBAMA estabeleceu a aprovação das adequações que foram propostas.
As atividades realizadas no período compreenderam:
Monitoramento Permanente: Levantamento da calha fluvial do Rio Xingu – TVR, Levantamento do perfil da
linha d’água no Rio Xingu – TVR, Levantamento do perfil da linha d’água no Rio Bacajá, Levantamento
contínuo no nível de água na Estação Mangueiras, Coletas de sedimentos e Medições de vazões afluentes ao
TVR.
Monitoramento Sazonal: Levantamento da calha fluvial do Rio Bacajá, Medição da largura e profundidade em
trechos críticos para a navegação, Vistoria multidisciplinar no TVR.
Simulação Matemática do TVR: A modelagem matemática fluvial do Trecho de Vazão Reduzida (TVR) a ser
implementada, com domínio compreendido entre o barramento principal e o rio Bacajá, tem como objetivo
identificar eventuais interferências para as condições de navegação dos ribeirinhos, considerando a vazão
crítica de 700 m3/s (mês de outubro), que corresponde à menor vazão afluente ao TVR, definida pelo
Hidrograma de Consenso e apresentado pela Resolução nº48 (ANA, 2011). De acordo com o que foi
apresentado no item de levantamento dos pontos críticos para a navegação, 5 pontos críticos prioritários foram
selecionados:
Percata;
Landi;
Curupira;
Kaituka;
Três Pancadas.
Os trabalhos referentes à modelagem matemática fluvial da hidrodinâmica foram iniciados em junho de 2014.
O processo de modelagem inclui não somente a simulação do escoamento sobre o terreno, mas todo um
conjunto de ações necessárias para estruturar o modelo computacional e proceder com a simulação das vazões
de interesse, tais como preparação da base topográfica, zoneamento da malha conforme a rugosidade da
superfície e calibração do modelo a partir dos dados de monitoramento de vazões e respectivos níveis de água.
O modelo bidimensional utilizado na modelagem fluvial do trecho de interesse do rio Xingu e rio Bacajá é o
BASEMENT-2013. O programa é composto por algoritmos de solução numérica que, em simulações
bidimensionais, são baseados em equações de águas rasas. As equações de águas rasas são utilizadas
normalmente em estudos sobre os movimentos de ondas (cheias em rios etc.) e escoamentos cuja dimensão
horizontal é muito maior que a profundidade.
Dois cenários de vazão foram utilizados nas simulações do modelo matemático. O cenário para a vazão de 700
38
Quadro 4.0.b
Andamento dos Planos, Programas e Projetos do PBA da UHE Belo Monte
m3/s, que corresponde à menor vazão afluente ao TVR, definida pelo Hidrograma de Consenso para o mês de
outubro e o cenário para a vazão de 1116 m3/s, correspondente à vazão média mensal naturalmente afluente ao
rio Xingu no mês de outubro. A análise comparativa entre estes dois cenários estudados possibilitou o
prognóstico da variação em termos de redução de lâmina de água e consequentemente, das condições de
navegabilidade no período de menor vazão a ser mantida no TVR em função do Hidrograma de Consenso.
Os resultados da modelagem nos pontos de atenção no rio Xingu (Curupira, Kaituká, Três Pancadas e Landir)
confirmaram a expectativa, indicada no EIA, de que a variação no nível de água em decorrência da redução da
vazão de 1116 m3/s, recorrente no TVR, para 700 m3/s não é significantemente suficiente para inviabilizar a
navegação na região da Volta Grande. Portanto, as primeiras análises têm demonstrado que as condições atuais
de navegabilidade para as principais rotas de navegação no período de estiagem são semelhantes, tanto para a
vazão de 700 m3/s quanto para a vazão de 1116 m3/s. Particularmente para a rota que passa pela cachoeira
Kaituká, que atualmente é navegável apenas no inverno, foi verificada uma rota paralela na mesma região e que
já vem sendo utilizada no verão. Esta referida alternativa de rota foi verificada pela modelagem que indicou ser
navegável também para condição de 700 m3/s.
Em relação à região da corredeira Percata, situada no rio Bacajá, ressalta-se que estudos hidrológicos realizados
no âmbito dos “Estudos Complementares do Bacajá” de 2011, em atendimento ao Ofício 302/2009 e Parecer
Técnico 21/2009 da FUNAI, sobre o possível impacto da redução de vazões na Volta Grande do Xingu sobre o
rio Bacajá, identificaram que a mesma é potencialmente crítica para a navegação, sendo consideradas as
diferenças entre a situação natural e a condição após início da operação da UHE, com a adoção do Hidrograma
de Consenso.
Baseado nestes estudos e com os novos levantamentos de campo executados, ficou consolidada a criticidade
deste trecho, no que se refere a sua navegabilidade. Adicionalmente, no âmbito destes estudos, foram realizados
levantamentos topobatimétricos complementares para o detalhamento e refinamento da modelagem matemática
na referida região da Percata, com o intuito de melhor caracterizar este trecho.
Os resultados da modelagem matemática subsidiaram a discussão de alternativas de mitigação, para garantia
das condições de navegabilidade após o início de operação da UHE Belo Monte e a adoção do Hidrograma de
Consenso. Proposições de alternativas de intervenção, especialmente para a região da corredeira Percata, no rio
Bacajá, são apresentadas no contexto do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande (Plano 14),
incorporadas ao tema que trata especificamente do componente das condições de navegabilidade no TVR.
Na reunião realizada em 14/05/2015 durante a missão de monitoramento para tratar dos programas ambientais para o
meio físico não foram relatadas atividades de maior relevância para a continuidade deste programa. As atividades do
programa continuam praticamente sem alterações durante os meses de janeiro a março de 2015.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, fevereiro de 2015.
Reunião durante a vistoria de campo de 11 a 15 de maio de 2015.
Análise de conformidade:
As atividades do Programa têm sido realizadas conforme cronograma aprovado pelo IBAMA em março de 2012.
Avaliação de resultados:
O programa atinge os objetivos listados no PBA, obtendo e interpretando as informações produzidas e fornecendo
elementos para o detalhamento dos demais programas correlatos.
11.2. Programa de Monitoramento dos Igarapés Interceptados pelos Diques
Progresso reportado pela Norte Energia:
Monitoramento hidrológico
A NE não informou qualquer evolução na análise do projeto de monitoramento hidrológico, mas interrompeu a
obtenção de informações de vazões nos igarapés Paquiçamba, Ticaruca, Cobal, Cajueiro e Turiá.
Conforme já constava dos relatórios anteriores, a solicitação de encerramento do projeto foi apresentado ao
IBAMA como parte da Nota Técnica NT_SFB_No026_PMIID_16_08_2013_LEME. No entanto, o Ofício
02001.013712/2013-037 DILIC/IBAMA, de 06/1/2013, informou que a Nota Técnica não apresentava subsídios
suficientes para uma avaliação consistente, pois se baseava apenas em dados hidrológicos e estatísticos e
solicitava que a proposta das vazões remanescentes fosse instituída a partir de uma análise integrada de todos os
dados e resultados referentes a todos os monitoramentos implantados pelo Programa (fenologia, hidrologia, usos
de água, qualidade da água superficial e ictiofauna). Em atendimento às considerações do IBAMA foi elaborada
a Nota Técnica NT_SFB_N°36_PMIID_13_12_2013_LEME, com conteúdo também apresentado no âmbito do
39
5º RC, que reapresentou os valores de vazões remanescentes estabelecidos no 4º RC (ver Quadro a seguir),
embasados na análise integrada com todos os outros monitoramentos previstos no Programa.
Monitoramento dos padrões fenológicos
Na 9ª missão de monitoramento, foi informado que foi executada a 4ª campanha trimestral do monitoramento
fenológico em março de 2015, conforme o cronograma.
Monitoramento da ictiofauna
Em janeiro de 2015 foi realizada a décima terceira campanha de monitoramento da ictiofauna, sendo que nos
meses seguintes (fevereiro e março) foram concluídas as atividades de processamento e triagem das amostras
coletadas.
Monitoramento da Qualidade da água
Foi realizada a campanha trimestral da qualidade da água (janeiro 2015) na região dos igarapés interceptados
pelos diques.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc):
Reunião na semana de inspeção (11 a 15 de maio de 2015);
9º RSAP, período de janeiro a março de 2015.
Parecer Técnico N° 5.036/2015 – COHID/IBAMA de 24 de fevereiro de 2015 (Análise do 6° Relatório
Consolidado de Andamento do Projeto Básico Ambiental e das Condicionantes da Licença de Instalação Nº
795/2011).
Análise de conformidade:
Monitoramento hidrológico
Segundo a NE, está claramente constatado que o objetivo e meta estabelecidos para o monitoramento
hidrológico deste Programa foram plenamente atendidos, tendo sido solicitado junto ao IBAMA a sua conclusão.
O IBAMA ainda não se manifestou novamente com relação aos argumentos levantados pela NE para o
encerramento do programa e definição das vazões remanescentes nos igarapés.
Monitoramento dos padrões fenológicos
No último parecer do IBAMA que avaliou o andamento do PBA (Parecer Técnico N° 5.036/2015 –
COHID/IBAMA de 24 de fevereiro de 2015), referente ainda ao 6º Relatório Consolidado, o órgão ambiental
não fez comentários ou recomendações ao monitoramento fenológico deste programa.
No 7º Relatório Consolidado, a Norte Energia considerou que estão em atendimento o objetivo específico e as
metas deste componente do programa. Ressalta-se apenas que a empresa executora do monitoramento não
informou avanços em relação à meta de correlacionar os padrões fenológicos com os modos de polinização e
dispersão das espécies, conforme estipula o PBA. O IBAMA ainda não emitiu um parecer de avaliação desse
relatório.
Ainda no referido relatório, a Norte Energia propôs que este monitoramento fenológico passasse a ser tratado
dentro do Projeto de Monitoramento das Florestas de Terra Firme, com o encerramento do presente programa.
Monitoramento da ictiofauna e Monitoramento da Qualidade da água
O Programa está em conformidade com os objetivos propostos no PBA.
Avaliação de resultados:
Monitoramento hidrológico
Concluiu-se que as variações encontradas entre os valores das vazões remanescentes definidas nos distintos
Relatórios Consolidados ao longo do monitoramento dos igarapés interceptados pelos diques eram esperadas.
Nos primeiros Relatórios Consolidados, os resultados do monitoramento foram exibidos de forma descritiva,
suas análises não possuíam representatividade estatística e, portanto, as vazões remanescentes foram propostas
de forma provisória. O Quarto RC já apresentou séries históricas e cálculos hidrológicos, o que permitiu uma
proposta de vazões remanescentes para os igarapés interceptados pelos diques, comparáveis com o adotado em
outros empreendimentos e com as recomendações das agências de recursos hídricos estadual (SEMA) e federal
(ANA). No âmbito do Quinto RC foi apresentada uma tentativa de análise integrada dos monitoramentos
realizados neste PBA, na qual foram destacados os resultados obtidos nos monitoramentos da ictiofauna,
fenologia, usos da água e qualidade da água superficial quando as vazões estavam iguais ou menores que as
vazões remanescentes determinadas. A análise mostrou que os componentes ambientais dos igarapés já
convivem com períodos restrição de vazão ainda maiores que as vazões remanescentes determinadas.
Monitoramento dos padrões fenológicos
Em relação ao monitoramento fenológico, foram ou estão sendo realizadas as atividades necessárias para que os
40
objetivos e metas do PBA sejam alcançados, tais como: realização de estudos florísticos e fitossociológicos para
avaliar a composição e a estrutura de comunidades vegetais em um dos igarapés interceptados pelos diques;
determinação de padrões fenológicos de cinco espécies-alvo; documentação da flora dos igarapés interceptados
pelos diques, complementando as coleções botânicas.
Este componente do programa monitora um total de 31 indivíduos de seis espécies (Anacardium giganteum,
Alexa grandiflora, Aspidosperma excelsum, Patinoa paraensis, Sapium marmieri e Swietenia macrophylla), à
jusante e à montante do igarapé Paquiçamba.
Não foram apresentados novos resultados deste estudo.
Segundo o 7º Relatório Consolidado (fevereiro de 15), a análise de três campanhas do monitoramento não
revelou padrões definidos das fenofases para nenhuma das espécies, à jusante e à montante, principalmente
quando comparadas a temperatura e precipitação médias mensais em Altamira. A falta de padrões observada
pode estar relacionada a: 1) alteração do ambiente por pastagens, agricultura e outros; e 2) ausência de
polinizadores, o qual não foi observado em nenhuma campanha para as espécies estudadas.
Monitoramento trimestral da qualidade da água
Em janeiro de 2015 foram registradas 4 não conformidades quanto à Resolução CONAMA 357/2005, em duas
variáveis, pH (IGTIC, IGCAJ e IGCO) e oxigênio dissolvido (IGTIC);
Monitoramento da Ictiofauna
O monitoramento da ictiofauna não está entre os Projetos críticos e os resultados obtidos no período serão
apresentados no 1º Relatório após a Licença de Operação.
11.3. Programa de Monitoramento das Águas Subterrâneas
Progresso reportado pela NE:
Projeto de Monitoramento da Dinâmica das Águas Subterrâneas
Considerando os objetivos deste projeto, podemos citar como já alcançadas as seguintes metas: o detalhamento da
caracterização geológica e hidrogeológica dos aquíferos nas áreas de interesse; complementação do inventário de
poços tubulares na cidade de Altamira e proximidades; instalação e manutenção da rede de monitoramento para fins
do Projeto de Dinâmica e Qualidade das Águas Subterrâneas.
Outras metas estão atreladas ao desenvolvimento contínuo das atividades em desenvolvimento: caracterização dos
níveis de água dos aquíferos nas áreas de interesse e suas variações antes, durante e após o enchimento dos
reservatórios; cadastramento de poços na área de influência do empreendimento visando gestão adequada dos
recursos hídricos; identificação das possíveis interferências do empreendimento na elevação do nível d’água/cargas
hidráulicas do lençol freático/aquíferos profundos; identificação de áreas críticas na cidade de Altamira, devido ao
risco associado à elevação do lençol freático, tanto no que se refere aos aspectos de instabilização das encostas
marginais, quanto aos aspectos de vulnerabilidade à contaminação; fornecimento de subsídios para orientação das
comunidades e gestores governamentais na tomada de decisões para planejamento, execução e gestão de programas
relacionados aos recursos hídricos subterrâneos.
O Projeto tem como atividade contínua as campanhas trimestrais de medições de nível de água na rede de
monitoramento implantada, visando o acompanhamento da dinâmica das águas subterrâneas. Até o fechamento do
Sexto RC foram realizadas 8 campanhas de campo, a saber: 2 leituras trimestrais durante o ano de 2012, 4 leituras
trimestrais durante o ano de 2013 e mais 2 leituras trimestrais realizadas em 2014.
No período de outubro a dezembro de 2014 a principal atividade relatada pela NE foi:
Leitura Trimestral 10, sendo realizada a avaliação dos dados e confecção de gráficos e alimentação do banco
de dados.
É importante destacar que o monitoramento da dinâmica das águas subterrâneas, por meio da malha amostral
implantada para o presente Projeto, completou dois ciclos hidrológicos completos (2013 e 2014), possibilitando uma
caracterização detalhada do comportamento (variações) dos níveis de água dos aquíferos, principalmente na zona
urbana de Altamira, na fase anterior ao enchimento dos reservatórios da UHE Belo Monte, Portanto, é fundamental
ressaltar que o presente Projeto tem se desenvolvido de acordo com as premissas e diretrizes estabelecidas no PBA,
em pleno atendimento a suas metas e objetivos, construindo uma linha base confiável para identificação de impactos
sobre a dinâmica hídrica subterrânea na fase pós-formação dos reservatórios.
Os resultados obtidos nos pontos de monitoramento das águas subterrâneas, localizados no TVR, subsidiarão e
permitirão no âmbito do Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande, a identificação e caracterização de
possíveis alterações hídricas advindas da adoção do Hidrograma de Consenso, cobrindo o intervalo de tempo que
41
considera tanto o período de construção e implantação, quanto o início de operação da UHE Belo Monte.
No período de janeiro a março de 2015 foram realizadas as seguintes atividades
Continuidade na realização do acompanhamento do monitoramento trimestral (11º campanha), bem como
atualização do banco de dados;
Manutençao dos poços de monitoramento;
Continuidade na atualização dos diagramas e gráficos;
Realização de reuniões.
Projeto de Monitoramento da Qualidade das Águas Subterrâneas
No período de outubro a dezembro de 2014 a principal atividade relatada pela NE foi:
Coleta Trimestral 10, sendo realizada a avaliação dos dados e confecção de gráficos e alimentação do banco de
dados.
Os dados apresentados evidenciam a influência sazonal natural do rio Xingu. A formação dos reservatórios pode
acarretar impactos positivos e negativos. Como impactos positivos podem ser citados: maior circulação e recarga da
água subterrânea (que deverá infiltrar a partir do lago em direção à zona saturada); aumento da disponibilidade e
facilidade de acesso à água subterrânea (em função da maior proximidade da zona saturada à superfície) e
subirrigação na Área de Preservação Permanente (com aumento da biomassa nesta faixa).
Como principais impactos negativos citam-se: risco de contaminação das águas dos aquíferos (no caso da água dos
reservatórios apresentar qualidade comprometida); aumento do risco de contaminação pela infiltração de poluentes,
pois haverá a diminuição da espessura da zona não saturada que representa a principal proteção dos aquíferos;
eventual risco geotécnico a fundações e baldrames de obras civis (em geral a partir da subida capilar na zona não
saturada) e formação de áreas alagadas ou brejos que podem contribuir com o desenvolvimento de insetos e mau
cheiro.
Os dados obtidos durante as coletas trimestrais, realizadas até o momento, não mostram nenhuma fonte de
contaminação relacionada diretamente à implantação do empreendimento. Os dados das análises físico-químicas
das águas mostram que o principal foco de contaminação é a questão do saneamento in situ, isto é, utilização de
fossas e sumidouros ou fossas negras que resultam na infiltração de efluentes domésticos nos aquíferos. Esta carga
contaminante de grande volume e com ampla persistência migra através da zona vadosa e alcança a zona saturada.
A análise dos resultados obtidos nos ciclos hidrológicos de 2012 a 2014 (período monitorado) mostra que as águas
freáticas apresentam contaminação localizada, como pode ser confirmado pelos resultados das primeiras análises de
amostras de águas de outubro de 2012, que são mantidas de forma bastante coerente até o fim do ano de 2014.
No período de janeiro a março de 2015 as atividades relatadas foram:
Continuidade na realização do monitoramento trimestral, bem como atualização do banco de dados;
Continuidade na manutenção da rede de monitoramento instalada;
Realização de reuniões;
Continuidade das atividades referentes à 11ª campanha trimestral, com recebimento dos laudos das análises
laboratoriais e início da atualização do banco de dados.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, fevereiro de 2015.
9º Relatório Socioambiental Periódico – RSAP, abril de 2015.
Análise de conformidade:
As informações recolhidas no 9º RSAP e nas reuniões realizadas durante a 9º missão de monitoramento permite
afirmar que o programa e seus projetos vêm sendo executados adequadamente e dentro do previsto no PBA.
Além disto, merece ser destacado que o Parecer PAR 02001.000286/2015-33 COHID/IBAMA, que avaliou as
atividades e resultados do programa até o 6º Relatório de Consolidação não fez novas recomendações ou exigências.
O referido parecer fez apenas um relato dos aspectos que considerou mais relevante, a saber:
As áreas com cotas topográficas menores que 100 metros (na área urbana de Altamira) são as que mais
apresentam variações dos níveis no diferentes períodos do ano, sendo os níveis mais baixos verificados em
42
dezembro e os mais elevados em março a maio.
Impactos positivos do enchimento do reservatório: maior circulação e recarga da água subterrânea,
aumento da disponibilidade e facilidade de acesso à água subterrânea e subirrigação na APP.
Impactos negativos do enchimento do reservatório: risco de contaminação das águas do aqüífero, aumento
do risco de contaminação pela infiltração de poluente, eventual risco geotécnico a fundações e baldrames
de obras civis e formação de áreas alagadas ou brejos que podem contribuir com o desenvolvimento de
insetos e mau cheiro.
A questão mais importante para o abastecimento da cidade com água subterrânea não é quantitativo, mas
sim qualitativo, pois foi verificado que o aqüífero livre está contaminado pela influencia antrópica.
Os sistemas aqüíferos profundos seriam suficientes para abastecer 150.000 habitantes (considerando um
consumo médio de 200 litros por habitante por dia).
Avaliação de resultados:
Com base nas informações registradas no relatório analisado e aquelas obtidas em reuniões com técnicos da Norte
Energia, avalia-se que o Programa e seus dois projetos vêm cumprindo seus objetivos.
11.4. Programa de Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água
Progresso reportado pela Norte Energia:
11.4.1 - Projeto de Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água Superficial
No período de dezembro de 2011 a janeiro de 2015 foram realizadas 14 campanhas do monitoramento trimestral
na área de influência do empreendimento;
Entre janeiro e março foram realizadas as 38ª, 39ª e 40ª campanhas mensais de campo de amostragem nos
corpos d’água.
11.4.2 - Projeto de Monitoramento e Controle de Macrófitas Aquáticas
Realização da 14ª campanhas do Projeto de Monitoramento e Controle de Macrófitas Aquáticas (janeiro de
2015);
Em janeiro de 2015 foi realizado o tombamento de dezessete exsicatas de espécimes de macrófitas aquáticas
coletadas em campanhas anteriores pelo projeto no Herbário Flor, pertencente ao Departamento de Botânica
da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis;
Em março de 2015 doze exsicatas coletadas na campanha de janeiro de 2015 foram doadas ao Herbário do
Departamento de Botânica da Universidade Federal de São Carlos;
Continuidade na realização das análises físicas e químicas das amostras de água e sedimentos coletados;
Identificação das macrófitas aquáticas amostradas durante o período;
Tabulação e tratamento dos dados obtidos nas campanhas realizadas;
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Reunião na semana de inspeção (11 a 15 de maio de 2015);
9º RSAP, período de janeiro a março de 2015.
Análise de conformidade:
O Programa está em conformidade com os objetivos propostos no PBA.
Avaliação de resultados:
11.4.1 - Projeto de Monitoramento Limnológico e de Qualidade da Água Superficial
Monitoramento mensal (Entorno dos canteiros de obra e também abrange vias de acesso e locais próximos aos
trajetos das linhas de transmissão projetadas):
No mês de janeiro foram registradas desconformidades nos pontos: IGPAQ M1, Vila residencial J, PACPIM M,
ETEPIM, RX07 e PTO2. Em fevereiro foram registrados desconformidades nos pontos: IGATU, IGSA/SEBM,
PACBM J, PACBM M, PT03, ETEPIM, PACPIM M, Captação, Jusante lançamento ETE, PCIBM, RX07,
RXTP, PTO2, PTO3, Vila residencial J, Vila residencial M e IGPAQ M1. Em março foram observadas
desconformidades nos pontos: Captação (BR 230), IGSA/SEBM, Jusante Lançamento ETE, PACBM M,
PACBM J, PCIBM, RX07, RXTP, PTO2, PTO3, RX22, SEPIM, Vila residencial J, Pimental e IGPAQ M1.
Os principais parâmetros que apresentaram valores em desconformidade foram cor verdadeira, turbidez,
Escherichia coli e fosforo total.
Monitoramento trimestral
Durante o monitoramento trimestral foram registradas algumas conformidades no mês de janeiro 2015 nos
seguintes pontos de coleta: BAC03, ICTIC, IGCAJ, IGCO e TUC01 (pH); PAN02, IGTIC e TUC01 (oxigênio
dissolvido).
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Sedimento
Não conformidades em relação à legislação foram observadas apenas para o NTK nos pontos IGCHOCAI e
IGCAJ, localizados nos igarapés Chocaí e Cajueiro.
Comunidade fitoplanctônica
Na coleta realizada em janeiro de 2015, os gêneros mais abundantes observados em todos os pontos nas áreas
monitoradas foram Aulacoseira e Tabellaria, pertencentes à classe Bacillariophyceae.
Comunidade zooplanctônica
Na coleta realizada em janeiro de 2015, os organismos do filo Rotifera foram mais abundantes nas áreas
monitoradas, com dominância das espécies Brachionus caudatus e Bdelloidea sp. Exceções foram observadas na
área a montante do reservatório do Xingu, na qual houve predominância de Protozoários (45 % do total), mas
com proporções também significativas de Rotifera (42 % do total), bem como nos igarapés localizados na área
do Reservatório Intermediário, na qual houve predominância de Copepoda (77 % do total);
A maior riqueza total de espécies (33) e a maior diversidade (2,909 bits/indivíduo) foram observadas no ponto
RX 20, localizado no rio Xingu, na área do Trecho de Vazão Reduzida/Volta Grande.
Comunidade Bentônica
Na coleta realizada em janeiro de 2015, os táxons que dominaram as amostragens foram Chironomidae e
Oligochatea;
A maior riqueza total de táxons foi observada no ponto IGCO (igarapé Cobal) (13 táxons), sendo que a maior
diversidade de táxons foi observada no ponto localizado no igarapé Aturiá (1,508 bits/org.).
11.4.2-Projeto de Monitoramento e Controle de Macrófitas Aquáticas
Desde o início do monitoramento em dezembro de 2011 até a campanha de janeiro de 2015 foram identificadas,
no total, 152 espécies de Macrófitas;
Em janeiro de 2015 foram identificadas 75 espécies, sendo que destas, 39 não haviam sido observadas nas
campanhas anteriores, em grande parte plantas com hábito emergente ou anfíbio;
A família que apresentou maior ocorrência na campanha de janeiro de 2015 foi Cyperaceae (41 no total), seguida
da família Poaceae, com 23 ocorrências;
Na campanha de janeiro de 2015 verificou-se que dois pontos apresentaram níveis graves de infestação: um
correspondente à lagoa localizada próxima ao igarapé Paquiçamba, com ocorrência maciça da espécie flutuante
fixa Eichhornia azurea, e outro localizado em uma ilha na foz do igarapé Tucuruí (TVR 09), com ocorrência
maciça da espécie Echinochloa polystachya;
No estudo da fauna associada os organismos dominantes na grande maioria dos estandes de macrófitas foram
Oligochaeta e Chironomidae;
Na campanha de janeiro de 2015, as biomassas mais significativas foram observadas para Echinochloa
polystachya (família Poaceae) no ponto TVR 09, para Eichhornia azurea (família Pontederiaceae) na lagoa
próxima ao igarapé Paquiçamba, e de Paspalum repens (família Poaceae) no ponto RESSACA, localizada na
comunidade da ilha da Ressaca. 11.5. Programa de Monitoramento do Microclima Local
Progresso reportado pela Norte Energia:
O Programa de Monitoramento do Microclima Local, por meio da operação de três estações climatológicas,
monitora os principais parâmetros meteorológicos, com o objetivo de subsidiar a compreensão e interpretação das
possíveis alterações futuras, em escala local, em decorrência da formação dos reservatórios da UHE Belo Monte.
As estações climatológicas previstas neste Programa foram instaladas levando-se em consideração a distribuição
espacial de todo o empreendimento, de forma a monitorar os parâmetros meteorológicos previstos nas áreas de
maior interesse, principalmente os reservatórios Intermediário e Xingu, tanto na fase anterior, quanto na fase
posterior ao enchimento.
O Quadro apresenta as coordenadas de localização para as três estações climatológicas implantadas, incluindo a
estação climatológica Altamira, que foi devidamente instalada junto à estação do INMET em janeiro/2013. Já as
estações de Belo Monte e Pimental foram instaladas em junho/2012.
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As estações climatológicas são compostas dos seguintes equipamentos automáticos:
Sensor climatológico compacto / Tipo: sensor compacto com registro de: Velocidade e Direção dos Ventos,
Umidade Relativa do Ar, Pressão Barométrica e Temperatura do Ar;
Pluviógrafo / Tipo: tipping-bucket.
As estações climatológicas dispõem ainda de equipamentos convencionais que permitem a leitura das variáveis
climatológicas por meio de observador, como forma de aferir os resultados dos equipamentos automáticos e também
cobrir possíveis falhas caso ocorram problemas com os equipamentos de registro automático.
Os equipamentos convencionais que permitem a leitura por observador são:
Pluviômetro convencional do tipo Ville de Paris;
Anemômetro convencional, instalado em torre própria;
Heliógrafo (registro da insolação);
Abrigo meteorológico, contendo termômetro de máxima e mínima do ar, psicrômetro de bulbo seco e de bulbo
úmido, evaporímetro de Piché e termohigrógrafo (temperatura e umidade relativa do ar);
Barômetro (pressão atmosférica);
Tanque evaporimétrico tipo Classe A: dotado de poço tranquilizador, micrômetro e termômetro de máxima e
mínima da água.
Os instrumentos convencionais das estações climatológicas têm observações registradas por leituristas às 9:00, 15:00
e 21:00h diariamente, conforme recomendações da WMO (World Meteorological Organization).
As atividades relatadas para o período foram as seguintes:
Os dados das estacoes climatológicas de Pimental, Belo Monte e Altamira, que são coletados 3 vezes/dia por
meio da anotação de leiturista e disponibilizados através dos boletins scaneados de campo e planilhas digitadas,
via INTRANET. Os dados automáticos das três estações climatológicas, registrados de hora em hora nas PCDs
(Plataformas de Coleta de Dados), foram disponibilizados na INTRANET.
Na reunião realizada em 14/05/2015, durante a missão de monitoramento, foi informado que as atividades do
programa continuam praticamente sem alterações durante os meses de janeiro a março de 2015.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento de Condicionantes, fevereiro de 2015.
Reunião durante a vistoria de campo de 11 a 15 de maio de 2015.
Análise de conformidade:
O programa e seus projetos vêm sendo executados adequadamente.
O Parecer PAR. 02001.000286/2015-33 COHID/IBAMA relata que o programa esta sendo executado normalmente. Avaliação de resultados:
Com base nas informações registradas nos relatórios trimestrais, obtidas em reuniões com técnicos da Norte Energia
e obtidas em campo, avalia-se que o Programa vem cumprindo seus objetivos.
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12. Plano de Conservação dos Ecossistemas Terrestres
Progresso reportado pela Norte Energia:
É informado no 6º Relatório Consolidado que este pacote de trabalho encontra-se encerrado.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
6º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao período entre janeiro e junho de 2014 (julho de
2014);
Parecer Técnico N° 1.553/2014 – COHID/IBAMA de 17 de abril de 2014 (Análise do 5° Relatório Consolidado
de Andamento do Projeto Básico Ambiental e das Condicionantes da Licença de Instalação n.º 795/2011).
Análise de conformidade:
De acordo com o Parecer Técnico N° 1.553/2014 – COHID/IBAMA (17 de abril de 2014), a implantação dos
módulos RAPELD foi considerada concluída no Parecer Técnico 7.244/2013.
Avaliação de resultados:
Os resultados dos monitoramentos da flora e da fauna realizados nos módulos RAPELD são apresentados nas
seções correspondentes a cada projeto de monitoramento deste relatório.
12.1. Programa de Desmatamento e Limpeza das Áreas dos Reservatórios
Progresso reportado pela Norte Energia:
Este programa é dividido em três projetos:
12.1.1 - Projeto de Desmatamento;
12.1.2 - Projeto de Delineamento da Capacidade do Mercado Madeireiro e Certificação de Madeira;
12.1.3 - Projeto de Demolição e desinfecção de Estruturas e Edificações.
A seguir será apresentado e discutido o andamento dos projetos 12.1.1 e 12.1.2, considerados mais críticos:
12.1.1. Projeto de Desmatamento
De acordo com o 9º RSAP, foram suprimidos no período 39,64 ha (ASVs 708/2012 e 723/2012) referentes às
obras civis. Desde junho de 2011, as atividades totalizaram 6.544,62 ha, o que corresponde a 99,7% do total
previsto. As atividades concentram-se em sua maioria no sítio Bela Vista, nas obras destinadas aos diques do
Reservatório Intermediário, nas áreas referentes à cota de alagamento com elevação 50–55, na abertura de
acessos e em áreas de bota-fora.
Já em relação aos reservatórios, foram executados até o momento 6.233,83 ha (45,73%) do total previsto
(13.632,32 ha). No Reservatório Xingu, suprimiram-se 2.868,49 ha (59,26%) dos 4.840,29 ha previstos e, no
Reservatório Intermediário, foram suprimidos 3.365,34 ha (38,27%) dos 8.792,23 ha previstos.
No Reservatório Xingu, duas empresas estão realizando a supressão da vegetação (Consórcio Lei e Naturasul).
No 1º trimestre, o qual é caracterizado pela elevada pluviosidade, as atividades se concentraram ao longo da
margem direita do Rio Xingu. Nas ilhas, os trabalhos foram significativamente reduzidos a partir da 2ª
quinzena de fevereiro, visto que, com a elevação do nível do rio, estas áreas ficaram inacessíveis. Houve
retirada de toras e resíduos grossos das ilhas já trabalhadas.
No Reservatório Intermediário, além das empresas que já participavam da supressão (DWE, CKTR e LAEC),
foram contratadas mais três novas empresas: Forest, FX Minas e Penha. Esta última já participava da atividade
de supressão nas obras civis.
Deu-se continuidade à fiscalização da operação em todas as áreas de supressão dos reservatórios, para avaliação do atendimento aos critérios normativos voltados para segurança ocupacional, operacionais com vista
ao atendimento ao POS (Plano Operacional de Supressão) e acompanhamento do andamento das diferentes
fases operacionais para medição das áreas.
Neste período, a atividade de queima de resíduos finos nas áreas do Reservatório Xingu foi interrompida.
Foi introduzida a utilização do equipamento VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) para auxiliar na medição e
monitoramento de todas as áreas de supressão dos reservatórios. Essa ferramenta vem permitindo o
aprimoramento quali-quantitativo no acompanhamento das atividades de supressão, permitindo a análise visual
de alta resolução com periodicidade mensal.
As equipes de resgate de flora acompanham as frentes de supressão. Foi realizado alinhamento com as
empreiteiras sobre a importância do programa de salvamento e com relação à comunicação.
Na 9ª missão de monitoramento, foram feitas vistorias nas áreas de supressão e pátios de estocagem nos lotes D
(empresa CKTR), G (FX Minas) e H (empresa Penha). Verificou-se que as atividades de supressão estão, de
forma geral, sendo executadas conforme o POS e que os pátios estavam organizados. A supressão realizada
pelas novas empresas contratadas estava apresentando um bom rendimento.
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12.1.2. Projeto de Delineamento da Capacidade do Mercado Madeireiro
Em reunião na 9ª missão de monitoramento, a Norte Energia informou que todas as atividades deste projeto
tiveram andamento no período.
Em 26 de março de 2015, a Norte Energia encaminhou as CE N° 74, 75 e 76/2015 - DS às diferentes diretorias
do IBAMA (DILIC, DBFLO e DIPRO) solicitando sua consideração à Nota Técnica N° 23/2014 - SBF, a qual
propõe medidas para dar celeridade ao processo de destinação da madeira gerada pela UHE Belo Monte.
No entanto, em 06 de maio de 2015, ou seja, fora do período abrangido pelo presente relatório, houve uma
reunião com o IBAMA, na qual foram indeferidas as propostas apresentadas pela Norte Energia, tais como:
comercialização da castanheira, inexigência de reposição florestal, substituição de DOF por termo de doação
quando para fins sociais, e o “circuito interno” sem vistoria para emissão de AUTEX.
Foi relatado que a empresa vencedora do leilão da fitomassa lenhosa, SIDEPAR, havia encerrado suas
atividades. Tratativas estavam sendo feitas com outra empresa vencedora, CKRT, para a elaboração de contrato
visando à produção de carvão. Estava prevista a realização de testes de rendimento do carvão, que estavam
dependentes de autorização do IBAMA.
Quanto à Serraria Mogno, persiste um impedimento no Sistema DOF do IBAMA para recebimento de madeira
em tora e conversão para o serrado, ou seja, não é possível emitir DOF para a madeira serrada que a Norte
Energia produz. O empreendedor informou que, por isso, estava dependente de favor do IBAMA para viabilizar
o transporte de madeira para fins sociais. Foi dessa maneira que se logrou efetivar doações de madeira para a
prefeitura de Brasil Novo (para construção de pontes), ao IDEFLOR (para cochos e barcaças para cacau) e à
SEMAT de Senador José Porfírio (para construção de posto de fiscalização).
No 1º trimestre de 2015, a doação de toras à AIMAT permaneceu interrompida, mesmo após a renovação das
AUMPFs em fevereiro de 2015. Essa doação fora iniciada em abril de 2014 e interrompida em agosto do
mesmo ano. Foi informado na 9ª missão que a serraria beneficiária não pôde retomar suas atividades por falta
de equipe e por necessidade de renovação de LO.
Foi feita a contratação de mais três funcionários para a equipe da Norte Energia executora deste projeto.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc):
Inspeção de campo e reuniões realizadas entre 12 e 15 de maio de 2015 (9ª missão de monitoramento)
9º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre janeiro e março de 2015 (abril de
2015)
7º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao período entre julho e dezembro de 2014
(fevereiro de 2015)
Parecer Técnico N° 5.036/2015 – COHID/IBAMA de 24 de fevereiro de 2015 (Análise do 6° Relatório
Consolidado de Andamento do Projeto Básico Ambiental e das Condicionantes da Licença de Instalação Nº
795/2011)
Ata da reunião realizada entre a Norte Energia e o IBAMA em 06 de maio de 2015 (NE-Ibama-Madeira-010-06-
05-2015)
CE N° 74, 75 e 76/2015-DS, de 26 de março de 2015
Apresentação (em Power Point) ao IBAMA sobre o andamento do Projeto de Delineamento da Capacidade do
Mercado Madeireiro (31 de março de 2015)
Inspeção de campo e reuniões realizadas entre 24 e 27 de fevereiro de 2015 (8ª missão de monitoramento)
Nota Técnica N° 23/2014 - SFB, de 14 novembro de 2014
Análise de conformidade:
12.1.1. Projeto de Desmatamento
No Parecer Técnico N° 5.036/2015 – COHID/IBAMA de 24 de fevereiro de 2015), referente ainda ao 6º
Relatório Consolidado, o IBAMA informa que este projeto será analisado por parecer especifico.
No 7º Relatório Consolidado, a Norte Energia considerou que o objetivo do projeto está em atendimento e que
uma meta está concluída e 10 metas estão em atendimento.
12.1.2. Projeto de Delineamento da Capacidade do Mercado Madeireiro
No Parecer Técnico N° 5.036/2015 – COHID/IBAMA de 24 de fevereiro de 2015, referente ainda ao 6º
Relatório Consolidado, o IBAMA informa que este projeto será analisado por parecer especifico.
Conforme informado anteriormente, de acordo com o PBA, este projeto seria iniciado no 2º trimestre de 2012,
porém o mesmo foi antecipado para o 4º trimestre de 2011. Seu término, por sua vez, estava previsto para o
último trimestre de 2013. Na versão de outubro de 2012 do Plano Estratégico, é apresentado um novo
cronograma para este projeto até o 2º semestre de 2015, o qual acabou não sendo seguido, principalmente
devido a dificuldades de se atender à legislação referente aos procedimentos de transporte da madeira. Somente
no início de abril de 2014, iniciou-se a retirada de madeira dos pátios da UHE Belo Monte em função da
doação para a AIMAT. No momento, o projeto tem seguido um cronograma de metas para os diferentes tipos
de materiais gerados. A Norte Energia informou na 8ª missão que o projeto se estenderá até o final de 2017. A
interface com o IBAMA tem sido intensa, o qual está ciente das dificuldades inerentes à própria legislação afeta
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ao assunto e que não tem feito recomendações ao projeto em seus últimos pareceres.
No 7° Relatório Consolidado, consta um histórico do desenvolvimento deste projeto desde o seu início,
informando as alterações feitas em seus objetivos e metas, e apresentando de forma clara aqueles que foram
cancelados, com o aval do IBAMA, e as novas metas demandadas pelo mesmo. Assim, três objetivos
específicos do PBA foram cancelados e três novos inseridos, todos os quais foram considerados em
atendimento pela Norte Energia. Em relação às metas, uma foi considerada concluída e cinco erroneamente
canceladas. Na realidade, estas tiveram sua redação alterada, porém continuam vigentes. Sete outras metas
foram incluídas ao longo da execução do projeto, das quais quatro foram consideradas concluídas, duas estão
em atendimento e uma ainda não foi iniciada. A Norte Energia continua envidando esforços para atender às
metas de destinação do material lenhoso gerado, ainda que os avanços continuem sendo lentos. Algumas metas,
como “apoiar o desenvolvimento de pesquisas para atividades de reflorestamento com espécies apropriadas
para a região” e “promover estudos para o aproveitamento mais racional e intensivo de madeiras”, não têm sido
tratadas e tampouco cobradas pelo IBAMA.
Avaliação de resultados:
12.1.1. Projeto de Desmatamento
Foi feito um rearranjo das parcelas do Reservatório Intermediário que já estavam distribuídas entre as três
empresas contratadas. O objetivo é acelerar as atividades para que toda a área prevista para supressão esteja
finalizada até outubro de 2015.
O acompanhamento das vazões do Rio Xingu e o direcionamento das frentes de serviço para pontos específicos
nas ilhas e nas margens, associados à mudança de metodologias de trabalho, garantiram a continuidade do
serviço, mesmo no período chuvoso. Em função das dificuldades apresentadas com a elevação do nível do rio,
foram priorizadas neste período as atividades do Reservatório Intermediário.
A título de comparação, os valores acumulados de área suprimida até o 7º Relatório Consolidado (fevereiro de
2015) e o 9º RSAP (abril de 2015) foram, respectivamente, de 6.504,98 ha e 6.544,62 ha para as obras civis e de
5.307,10 ha e 6.233,83 ha para os reservatórios.
Devido aos índices de precipitação inferiores ao esperado no início de 2015, foi possível ter uma produtividade
maior que a planejada para o período. Comparando com a área suprimida no 1º trimestre de 2014 (344 ha), a
área executada em 2015 foi muito superior (aproximadamente 970 ha).
Na 8ª missão de monitoramento (fevereiro de 2015), a Norte Energia informou que até aquele momento, haviam
sido suprimidos aproximadamente 55% do Reservatório do Xingu e 34% do Reservatório Intermediário. O 9º
RSAP informa que esses valores aumentaram para 59,3% e 38,3%, respectivamente, correspondendo a 45,7%
dos dois reservatórios juntos.
Ainda assim, a situação permanece preocupante, visto que cerca de 7.408 ha ainda deverão ser suprimidos até
setembro e outubro de 2015, valor muito superior ao que foi executado em todo o ano de 2014 (5.307 ha). Por
outro lado, deve-se considerar que mais três empresas de supressão foram contratadas, as quais começaram a
atuar entre fevereiro e março de 2015, e têm apresentado um bom rendimento.
12.1.2. Projeto de Delineamento da Capacidade do Mercado Madeireiro
De acordo com informações providas pela Norte Energia em reunião da 9ª missão de monitoramento, a madeira
gerada pelo empreendimento encontrava-se distribuída em 125 pátios de estocagem de madeira (toras, mourões
e resíduo grosso). Desses, 21 pátios já possuem AUMPF (ca. 62,6 mil m³ de toras e mourões) e para 59 já foram
enviados requerimentos ao IBAMA.
Não foi apresentada nova estimativa de volume gerado, sendo que o 7º Relatório Consolidado (fevereiro de
2015) informava que o volume total de madeira em toras e mourões armazenada era de mais de 150 mil m³,
além de 500 mil m³ de volume de estoque de resíduo grosso.
Tampouco foi atualizado o volume utilizado internamente pelo empreendimento. Até o 7º Relatório
Consolidado (fev/15), esse valor era de 11,6 mil m³.
Informou-se que foram consumidos 4.300 m³ de toras na serraria Mogno e 1.500 m³ na serraria Ipê.
Até dezembro de 2014, haviam sido destinadas à AIMAT 1.033 toras de 23 espécies, totalizando um volume de
1,9 mil m³. O volume total previsto inicialmente para doação era de 18 mil m³. O restante da doação não deve
ser realizado por problema citados anteriormente.
A Norte Energia informou que o indeferimento pelo IBAMA às proposições feitas por meio da Nota Técnica N°
23/2014 – SFB (novembro de 2014) dificulta enormemente a tentativa de priorizar o uso das toras geradas mais
recentemente, evitando que se deteriorem, principalmente as do grupo IV, pois os procedimentos para obter
autorização do IBAMA levam pelo menos seis meses.
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12.2. Programa de Conservação e Manejo da Flora
Progresso reportado pela Norte Energia:
Este programa está dividido em três projetos, descritos abaixo.
12.2.1. Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Flora
Na 9ª missão de monitoramento, a Norte Energia informou que foi dada continuidade às atividades rotineiras
deste projeto, como o salvamento da flora nas frentes de supressão, a triagem e identificação do material
botânico resgatado, a realocação e o monitoramento de epífitas e hemiepífitas, a montagem de exsicatas, a
produção de mudas, doações de material botânico, contratação e treinamento de equipes.
Em fevereiro, foi realizada a 2ª campanha de monitoramento da realocação das epífitas e hemiepífitas (do lote
introduzido em novembro de 2014).
12.2.2. Projeto de Formação de Banco de Germoplasma
Foi informado em reunião da 9ª missão de monitoramento que tem sido dada continuidade às atividades
rotineiras deste projeto, como a coleta de sementes e propágulo das matrizes, a produção de mudas, a destinação
de material coletado e produzido.
12.2.3. Projeto de Monitoramento das Florestas de Terra Firme
Em reunião da 9ª missão, foi informado que a 9ª campanha trimestral do monitoramento fenológico foi realizada
em março de 2015 nos oito módulos RAPELD, conforme previsto.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc):
Inspeção de campo e reuniões realizadas entre 12 e 15 de maio de 2015 (9ª missão de monitoramento)
9º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre janeiro e março de 2015 (abril de
2015)
7º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao período entre julho e dezembro de 2014
(fevereiro de 2015)
Parecer Técnico N° 5.036/2015 – COHID/IBAMA de 24 de fevereiro de 2015 (Análise do 6° Relatório
Consolidado de Andamento do Projeto Básico Ambiental e das Condicionantes da Licença de Instalação Nº
795/2011)
Análise de conformidade:
No último parecer do IBAMA que avaliou o andamento do PBA (Parecer Técnico N° 5.036/2015 –
COHID/IBAMA de 24 de fevereiro de 2015), referente ainda ao 6º Relatório Consolidado, o órgão ambiental
não fez comentários ou recomendações a este programa.
No 7º Relatório Consolidado, a Norte Energia considerou que os objetivos específicos e metas dos projetos deste
programa estão ou em atendimento ou concluídos. O IBAMA ainda não emitiu parecer de avaliação desse
relatório
Avaliação de resultados:
12.2.1. Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Flora
Considera-se que as atividades executadas e em execução no âmbito deste projeto estão contribuindo para o
alcance dos objetivos e metas estabelecidos no PBA, como minimizar o impacto relativo à perda da diversidade
genética, estabelecer rede de parcerias entre instituições regionais e nacionais, manter banco de mudas, etc.
Não foram apresentados resultados referentes ao 1º trimestre de 2015.
12.2.2. Projeto de Formação de Banco de Germoplasma
Considera-se que as atividades executadas e em execução no âmbito deste projeto estão contribuindo para o
alcance dos objetivos e metas estabelecidos no PBA, como constituir banco de germoplasma para conservar os
recursos genéticos da região, minimizar o impacto da perda de germoplasma vegetal, fomentar atividades de
produção de mudas do Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Flora e monitorar as matrizes
selecionadas.
Não foram apresentados resultados referentes ao 1º trimestre de 2015.
12.2.3. Projeto de Monitoramento das Florestas de Terra Firme
Foram e estão sendo realizadas as atividades necessárias para que os objetivos e metas do PBA sejam
alcançados, tais como: avaliação da composição florística e estrutural das áreas de monitoramento,
documentação da flora das Florestas de Terra Firme formando coleções botânicas disponíveis para a
comunidade cientifica, avaliação da fenologia de espécies selecionadas, contribuição para o conhecimento
científico florístico e ecológico sobre as comunidades vegetais das Florestas de Terra Firme na região da UHE,
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caracterização químico-física dos solos das áreas de estudo; medição periódica do nível de água nas parcelas de
monitoramento.
Não foram apresentados resultados referentes ao 1º trimestre de 2015.
O 7º Relatório Consolidado informava que as florestas monitoradas no âmbito deste projeto apresentaram maior
recrutamento que mortalidade, indicando que a região apresenta fragmentos florestais com alto grau de
regeneração. Até o momento, não foi possível detectar um padrão de correlação entre a variação da comunidade
e a variação ambiental. A tendência esteve, em maior parte, na fertilidade do solo, porém poucas parcelas
demostraram correlação para tal variável.
12.3. Programa de Conservação da Fauna Terrestre
Progresso reportado pela Norte Energia:
O Programa é dividido em nove (09) subprogramas:
12.3.1. Projeto de Afugentamento da Fauna Terrestre
O Projeto de Afugentamento da Fauna Terrestre (PAFT) realiza o acompanhamento das frentes de supressão da
vegetação, promovendo o afugentamento da fauna terrestre, a fim de diminuir o risco de vida aos indivíduos
encontrados. As atividades do PAFT ocorrem desde o início das obras construtivas do empreendimento, em junho de
2011.
Segundo a conference call realizada no dia 21/05/2015 com as equipes da NE e da Arcadis, as atividades de
afugentamento transcorreram normalmente, não tendo sido implementadas alterações nas metodologias já
estabelecidas.
Durante o período foi emitido o parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o
Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes. Segundo o parecer, referente às atividades
realizadas entre novembro de 2013 e maio de 2014, no que diz respeito ao atendimento à condicionantes 2.6 da
autorização de captura, coleta e transporte de material biológico 108/2012 e retificações, todos os itens foram
atendidos.
As ações desenvolvidas no âmbito deste projeto têm se mostrado eficientes no cumprimento de seus objetivos de
mitigação dos impactos resultantes da supressão, caminhando em sintonia com o Projeto de Salvamento e
Aproveitamento Científico da Fauna e o Projeto de Desmatamento.
12.3.2. Projeto de salvamento e aproveitamento científico da fauna
O Projeto de Salvamento e Aproveitamento Científico da Fauna (PSACF) contempla o acompanhamento das frentes
de supressão de vegetação na área de influência da UHE Belo Monte e o emprego de ações de manejo direcionadas
ao salvamento de indivíduos de baixa mobilidade ou de mobilidade comprometida, diretamente afetados pelas
atividades.
De acordo com o PBA, constituem objetivos gerais deste projeto: acompanhar as equipes de desmatamento durante
a implantação da UHE Belo Monte; realizar o salvamento e aproveitamento científico da fauna afetada pela
instalação das estruturas de apoio às obras, principais e pelas atividades de desmatamento, como também pela
formação dos reservatórios; e realizar o manejo específico da fauna silvestre do resgate, no sentido de relocação,
solturas e envio para instituições de ensino, pesquisa e zoológicos, com a devida autorização dos órgãos ambientais
competentes. Considera-se para atingir estes objetivos o salvamento de espécimes da fauna de vertebrados terrestres
(anfíbios, répteis, aves e mamíferos) e de invertebrados (Hymenoptera, Apoidea). Os animais resgatados são
encaminhados a bases móveis de resgate. Posteriormente, é avaliada a possibilidade de soltura imediata ou da
necessidade de manutenção provisória em cativeiro para tratamento médico-veterinário. Para cada animal resgatado
são anotados os dados referentes à localização (coordenadas geográficas, talhão, parcela e unidade de trabalho) e
demais informações pertinentes. O tempo de permanência dos animais nas acomodações de transporte é sempre o
menor possível, ficando sob a responsabilidade do biólogo de campo a análise das condições ambientais para o
transporte.
Segundo a conference call realizada no dia 21/05/2015 com as equipes da NE e da Arcadis, as atividades previstas
no Projeto de Salvamento e Aproveitamento Cientifico da Fauna foram mais produtivas que o usual para o período
chuvoso, e a partir do dia 15 de maio adicoinou-se mais uma equipe, totalizando 18 grupos em atividade. Foram
resgatados mais 12.000 animais, totalizando 184.000 até o momento.
Durante o período a que se refere este relatório foi emitido o parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-
IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes. Segundo o
parecer, referente às atividades realizadas entre novembro de 2013 e maio de 2014, no que diz respeito ao
atendimento à condicionantes 2.6 da autorização de captura, coleta e transporte de material biológico 108/2012 e
retificações, todos os itens foram atendidos.
Os resultados consolidados apresentados no período indicam que o Projeto segue dentro do previsto, atende às
condicionantes e vem atingindo os objetivos propostos.
50
12.3.3. Projeto para Mitigação de Impactos pela perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento
As ações desse projeto visam mitigar os impactos por perda de indivíduos da fauna por atropelamento durante a
implantação da UHE Belo Monte. As ações foram realizadas nas vias de acesso que foram ampliadas e esfaltadas e
onde houve a intensificação do tráfego de veículos, notadamente os travessões 27 e 55 e na rodovia Transamazônica
BR230, entre os sítios construtivos da UHE Belo Monte e Altamira. As atividades de monitoramento periódico se
encerraram em junho de 2013, atendendo assim às condicionantes 2.1 e 2.2 da Licença de Instalação (LI) 795/2011
e, ao item 1.53 do ofício n° 510/2011/DILIC/IBAMA.
Os dados de monitoramento coletados ao longo do período de dois anos, desde o dia 04/02/2011 até o dia
26/02/2013, a partir de campanhas semanais realizadas continuamente na BR230 e nos travessões T27 e T55, foram
apresentados no 4o Relatório Consolidado, encaminhado ao IBAMA em 30/08/2013.
Segundo o 8o RSAP e o Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento des Condicionantes da
UHE Belo Monte, após três anos de realização, este projeto atendeu seu objetivo, suas metas e cronograma das
ações propostas no PBA, encerrando todas as suas atividades no âmbito do PBA da UHE Belo Monte.
Durante o período a que se refere a presente análise de conformidade, foi emitido o parecer técnico
02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e
Condicionantes pelo Órgão Licenciador. Segundo as recomendações apresentadas no documento, e tendo em vista
que o fator gerador do impacto, o aumento do tráfego de veículos nos travessões e na BR 230 devido às obras, ainda
persiste, que o número de atropelamentos é elevado e que a efetividade das medidas mitigadoras deve ser avaliada e
comprovada, o Órgão Licenciador solicita que o monitoramento, tanto na BR 230 quanto nos travessões, seja
retomado. Sugere-se que sejam estabelecidas campanhas de monitoramento, com periodicidade bimestral, até o final
das obras, para que se possam avaliar as medidas de mitigação. Para o monitoramento, deve-se tomar como base a
metodologia de amostragem de atropelamento de fauna estabelecida na IN 13 de 19 de julho de 2013, inclusive no
que diz respeito à apresentação de dados conforme a tabela anexa nesta IN. Também deverá ser dado o
prosseguimento ao monitoramento das passagens de fauna com regularidade.
Durante a conference call realizada no dia 21/05/2015 por esta auditoria, foi informado pela NE que a retificação de
autorização paa que seja dada continuidade às atividades de monitoramento das referidas vias já foi emitida, o plano
de trabalho já foi elaborado e enviado ao IBAMA, e as atividades de monitoramento serão retomadas, com
periodicidade bimestral, a partir de julho de 2015. Segundo a NE, novas medidas de mitigação nos travessões
poderão ser implementadas, caso sejam constatados novos pontos de impacto durante a continuação do
monitoramento.
12.3.4. Projeto de Controle de Endemias Transmissíveis à Fauna Silvestre
O objetivo do Projeto de Controle de Endemias Transmissíveis à Fauna Silvestre (PCETFS) é o monitoramento de
doenças endêmicas que ocorrem neste grupo, buscando subsídios para medidas de manejo e conservação da mesma
na região. Desde a sua implantação, em novembro de 2011, as atividades vêm sendo desenvolvidas conforme
orientações do PBA, contemplando a coleta de material sorológico de animais domésticos e selvagens, bem como a
avaliação clínica destes. As coletas em animais silvestres acompanharam as atividades do Projeto de Salvamento e
Aproveitamento Científico da Fauna (PSACF).
Durante as atividades do projeto, desde sua implementação (novembro/2011 a junho/2014) foram coletadas amostras
de 587 animais entre silvestres (N = 341) e domésticos (N = 246). A colheita de amostras sanguíneas de mamíferos
silvestres vem sendo realizada com indivíduos resgatados nos Sítios Canais e Diques, Bela Vista, Pimental, Belo
Monte, Reservatórios Intermediário e Xingu, em interface com o Projeto de Salvamento e Aproveitamento
Científico da Fauna (PSACF). O 8o RSAP e no Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento des Condicionantes da UHE
Belo Monte apresentam as análises dos resultados consolidados obtidos durante a execução do Programa, avaliando
a situação das endemias no que diz respeito à fauna doméstica e silvestre e sua prevalência nas diversas áreas do
empreendimento, bem como interações com populações humanas. São apresentadas também as ações de educação
ambiental, os resultados integrados com o estudo de etnoecologia realizado com o cachorro do mato vinagre, e as
possiveis interfaces do programa com o PAN da fauna do Xingu.
Os resultados obtidos no levantamento sorológico e etnoecológico são regularmente repassados à coordenação dos
Planos de Ação Nacionais, a fim de atender objetivos específicos e auxiliar na redução da vulnerabilidade das
espécies selvagens. A interlocução entre programas e projetos ambientais, bem como esferas governamentais tem
sido feita de modo a garantir a longevidade das ações em benefício da conservação. Segundo informado em todos os relatórios (RSAP e RC’s emitidos até o presente), as metas do PCETFS vêm sendo
cumpridas e no decorrer de três anos de monitoramento considera-se que a amostragem aende às metas deste
projeto, tendo sido possível constatar-se que as doenças prevalentes na região do empreendimento já se encontravam
presentes em toda a região de inserção da UHE Belo Monte. No que diz respeito à recomendação feita pelo órgão ambiental de apoiar as campanhas de vacinação antirrábica no
Parecer no. 1553/2014_COHID/IBAMA a respeito do quinto relatório consolidado do PBA da UHE Belo Monte, a
Norte Energia encaminhou, em 30/12/2014, uma NT (NT_SFB_No. 031_
Endemias_Animais_Domésticos_22_12_14) que trata de “Uma abordagem alternativa à vacinação de animais
51
domésticos nas áreas amostrais de controle de endemias transmissíveis à fauna silvestre” , onde são apreentadas as
discussões e tratativas para a consolidação de parcerias e o desenrolar das ações ao longo do projeto.
As atividades relacionadas a este projeto estão dentro do cronograma previsto.
Durante o período foi emitido o parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o
Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes. Segundo as recomendações apresentadas no
documento, e considerando a alta ocorrência de doenças como cinomose e parvovirose em animais domésticos na
região, o Órgão Licenciador recomenda que a NE envide esforços para dar continuidade à articulação de parcerias
com entidades públicas no intuito de apoiar campanhas de vacianção de animais domésticos.
Segundo comunicado durante a conference call realizada em 21/05/2015, a NE enviou ao IBAMA a Nota Técnica
031/2014, através do documento CE 0367/2014-DS, referente à recomendação de articulação de parcerias e apoio a
campanhas vacinação de animais domésticos, tratando de uma abordagem alternativa. O documento argumenta que
a implantação de uma campanha de vacinação em massa na região apenas se mostraria eficaz caso fossem
considerados todos os cães errantes (sem proprietário), e caso os municípios intalassem canis vinculados ao CCZ,
além de uma estrutura básica de atendimetno veterinário. Considerando todos os aspectos locais envolvidos, o
documento pondera que, dada a baixa probabilidade de controle dos vírus, não havendo impacto significativo na
saúde animal ou na conservação da biodiversidade, pode-se optar pela não intervenção. Assim, conclui que as
campanhas de vacinação não se apresentam como medidas eficientes de controle e mitigação, ao mesmo tempo em
que medidas direcionadas à população humana apresentam resultados mais expressivos, no que diz respeito à
conscientização. O documento argumenta ainda que a prevalência de patógenos não se agravou na região como
decorrência do empreedimento, mas afirma que a interlocução com os órgãos públicos de saúde continua sendo
buscada. Desta forma, entende que as recomendações dos pareceres técnicos encontram-se em atendimento, visto
que as medidas de mitigação e controle de vírus foram articuladas e vêm sendo executadas. Através do Parecer
Técnico emitido no Ofício OF 02001.003768/2015-45 COHID/IBAMA, emitido em abril de 2015, conclui-se que as
recomendações feitas pelo Órgão Licenciador referentes a este projeto encontram-se em atendimento, concluindo
que não compete ao empreendedor o papel desempenhado pelas entidades públicas.
12.3.5. Projeto de Levantamento e Monitoramento de Invertebrados Terrestres
Segundo informado pela NE durante a conferene call realizada no dia 21/05/2015, as atividades de monitoramento
previstas no período, realizadas nos módulos RAPELD, referentes à 7a campanha, foram conduzidas segundo o
cronograma. Os resultados apontam uma abundância mais elevada que o usual, que a equipe da NE atribui à menor
intensidade da estação chuvosa. O material coletado está sendo identificado na UFPA (campi Belém e Altamira) e no
INPA. Não houve registros novos para a área ou de espécies novas para a ciência.
Durante o período a que se refere este relatório foi emitido o Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-
IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes. As atividades
de coleta de material biológico do Projeto de Levantamento e Monitoramento de Invertebrados Terrestres estão
respaldadas pela Autorização de Coleta, Captura e transporte de material Biológico 251/2013 e retificações. A
condicionante 2.3 desta autorização determina que sejam enviados relatórios semestrais contendo a lista de espécies
registradas durante o monitoramento, destacando as ameaçadas nos níveis estadual, nacional e internacional, as
endêmicas, raras, novos registros para a área, novos registros para a ciência, bioindicadoras, de importância
cinegética ou econômica, e as invasoras ou de risco epidemiológico. Além disso, o relatório deve conter o
detalhamento da captura, marcação e biometria, esforço, eficiência amostral, comparação entre as áreas e estações,
tabela com os exemplares capturados e áreas, fitofisionomias, coordenadas e outros dados referentes à captura,
tabelas de dados brutos e cartas de recebimento de material científico por instituições de pesquisa, caso se aplique.
Segundo o parecer emitido pelo Órgão Licenciador, referente às atividades realizadas entre novembro de 2013 e
maio de 2014, a condicionante foi considerada atendida para invertebrados terrestres.
12.3.6. Projeto Monitoramento da Herpetofauna
Segundo o resumo de atividades apresentado pela NE no 9o RSAP, entre os meses de fevereiro e março foram
executadas as atividades de campo referentes à sétima campanha em todos os módulos RAPELD, amparadas pelas
autorizações de captura, coleta e transporte de material biológico no 40/2012 e 4 respectivas retificações e 251/2013
e as 6 respectivas retificações. Durante o período a que se refere o RSAP, foi emitido o relatório consolidado para a
solicitação de LO.
Conforme informado pela NE durante a conference call realizada no dia 21/05/2015, as atividades de
monitoramento previstas no período, realizadas nos módulos RAPELD, encontram-se de acordo com cronograma.
Foi registrada uma abundância mais elevada que o usual, que a equipe da NE atribui à menor intensidade da estação
chuvosa. Não houve registros de espécies novas para a ciência. Foram registradas 15 novas espécies para a área,
sendo 9 anfíbios e 6 répteis, com destaque para a rãzinha Alobates magnussoni, originalmente descrita para a Bacia
do Rio Tapajós. O novo registro amplia a distribuição da espécie.
Durante o período a que se refere este relatório foi emitido o parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-
IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes. As atividades
de coleta de material biológico deste projeto estão respaldadas pela Autorização de Coleta, Captura e transporte de
52
material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização determina que sejam enviados
relatórios semestrais contendo a lista de espécies registradas durante o monitoramento, destacando as ameaçadas nos
níveis estadual, nacional e internacional, as endêmicas, raras, novos registros para a área, novos registros para a
ciência, bioindicadoras, de importância cinegética ou econômica, e as invasoras ou de risco epidemiológico. Além
disso, o relatório deve conter o detalhamento da captura, marcação e biometria, esforço, eficiência amostral,
comparação entre as áreas e estações, tabela com os exemplares capturados e áreas, fitofisionomias, coordenadas e
outros dados referentes à captura, tabelas de dados brutos e cartas de recebimento de material científico por
instituições de pesquisa, caso se aplique. Segundo o parecer emitido pelo Órgão Licenciador, referente às atividades
realizadas entre novembro de 2013 e maio de 2014, a condicionante foi considerada atendida para a herpetofauna.
12.3.7. Projeto de Monitoramento da Avifauna
As atividades deste Projeto iniciaram-se em 2011, com a formação das equipes, parcerias com instituições científicas
e solicitação da autorização para início das atividades de campo (CE NE no 633/2011). Em 09 de fevereiro de 2012
a ACCTMB 40/2012 foi emitida pelo órgão ambiental, garantindo o início das atividades. Segundo o resumo de
atividades apresentado pela NE no 9o RSAP, foram executadas as atividades de campo referentes à sétima campanha
de monitoramento, com destaque para os registros de harpia e uiraçu-falso, cujo registro e monitoramento
contribuiem também para o Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Endêmicas e Ameaçadas de
Extinção da Fauna da Região do Baixo e Médio Xingu. As atividades de monitoramento da avifauna foram
amparadas pelas autorizações de captura, coleta e transporte de material biológico no 40/2012 e 4 respectivas
retificações e 251/2013 e 6 respectivas retificações, além da licença de anilhamento. Foram feitos mais de 2500
registros de aves em redes de neblina, considerando os dados obtidos até a 7a campanha. Durante o período a que se
refere o RSAP, foi emitido o relatório consolidado para a solicitação de LO.
Foi informado pela NE, durante a conference call realizada no dia 21/05/2015, que as atividades de
monitoramento previstas no período, realizadas nos módulos RAPELD encontram-se de acordo com cronograma.
Foi registrada uma abundância mais elevada que o usual, que a equipe da NE atribui à menor intensidade da estação
chuvosa. Não houve registros de espécies novas para a ciência. Destacam-se 11 registros novos para a região, como
resultado do monitoramento, incluindo o joão-do-norte, Synallaxis cabanisi, o beija-flor-brilho-de-fogo, Topaza
pella e o caraxué, Turdus nudigenis.
Durante o período a que se refere este relatório foi emitido o parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-
IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes. As atividades
de coleta de material biológico deste projeto estão respaldadas pela Autorização de Coleta, Captura e transporte de
material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização determina que sejam enviados
relatórios semestrais contendo a lista de espécies registradas durante o monitoramento, destacando as ameaçadas nos
níveis estadual, nacional e internacional, as endêmicas, raras, novos registros para a área, novos registros para a
ciência, bioindicadoras, de importância cinegética ou econômica, e as invasoras ou de risco epidemiológico. Além
disso, o relatório deve conter o detalhamento da captura, marcação e biometria, esforço, eficiência amostral,
comparação entre as áreas e estações, tabela com os exemplares capturados e áreas, fitofisionomias, coordenadas e
outros dados referentes à captura, tabelas de dados brutos e cartas de recebimento de material científico por
instituições de pesquisa, caso se aplique. Segundo o parecer, referente às atividades realizadas entre novembro de
2013 e maio de 2014, a condicionante foi considerada atendida para a avifauna.
As atividades do PMA vêm sendo cumpridas de acordo com o cronograma proposto. Para cumprimento de parte dos
objetivos e metas apontados no PBA para este projeto, as atividades de monitoramento deverão continuar por dois
anos na fase pós-enchimento dos reservatórios, conforme preconizado nos pareceres nº 7.244/2013 e nº 1553/2014
do IBAMA e na Instrução Normativa nº 146/2007.
12.3.8. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Terrestres
O Projeto de Monitoramento de Mamíferos Terrestres foi iniciado no ano de 2012 após emissão da autorização
40/2012 – IBAMA (09/02/2012). Até o momento foram realizadas sete campanhas de campo, sendo monitorados os
oito módulos RAPELD.
Segundo o resumo de atividades apresentado pela NE no 9o RSAP, foram executadas as atividades de campo
referentes às 7a campanha de monitoramento, em todos os módulos RAPELD.
Foi informado pela NE, durante a conference call realizada no dia 21/05/2015, que as atividades de
monitoramento previstas no período, realizadas nos módulos RAPELD encontram-se de acordo com cronograma.
Foi registrada uma abundância mais elevada que o usual, que a equipe da NE atribui à menor intensidade da estação
chuvosa. Não houve registros de espécies novas para a ciência. Destacam-se os registros de uma onça (Panthera
onca), avistada, e ainda o registro de macaco-da-noite, Aotus, no módulo 3.
Durante o período a que se refere este relatório foi emitido o parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-
IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes. As atividades
de coleta de material biológico deste projeto estão respaldadas pela Autorização de Coleta, Captura e transporte de
material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização determina que sejam enviados
relatórios semestrais contendo a lista de espécies registradas durante o monitoramento, destacando as ameaçadas nos
53
níveis estadual, nacional e internacional, as endêmicas, raras, novos registros para a área, novos registros para a
ciência, bioindicadoras, de importância cinegética ou econômica, e as invasoras ou de risco epidemiológico. Além
disso, o relatório deve conter o detalhamento da captura, marcação e biometria, esforço, eficiência amostral,
comparação entre as áreas e estações, tabela com os exemplares capturados e áreas, fitofisionomias, coordenadas e
outros dados referentes à captura, tabelas de dados brutos e cartas de recebimento de material científico por
instituições de pesquisa, caso se aplique. Segundo o parecer, referente às atividades realizadas entre novembro de
2013 e maio de 2014, a condicionante foi considerada atendida para a mastofauna.
Todos os objetivos apontados para Projeto vêm sendo cumpridos.
12.3.9. Projeto de Monitoramento de Quirópteros
O Projeto de Monitoramento de Quirópteros (PMQ) foi iniciado em 2011 com a formação das equipes e elaboração
de documentos para obtenção da autorização de coleta e captura de morcegos, emitida pelo IBAMA em 09 de
fevereiro de 2012 (ACCTMB 40/2012).
Foi informado pela NE, durante a conference call realizada no dia 21/05/2015, que as atividades de monitoramento
previstas no período, realizadas nos módulos RAPELD encontram-se de acordo com cronograma. Foi registrada
uma abundância mais elevada que o usual, que a equipe da NE atribui à menor intensidade da estação chuvosa. Não
houve registros de espécies novas para a ciência. Destaca-se o registro da espécie Mesophylla macconelli, nova para
a área, durante o monitoramento.
Durante o período a que se refere este relatório foi emitido o parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-
IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes. As atividades
de coleta de material biológico deste projeto estão respaldadas pela Autorização de Coleta, Captura e transporte de
material Biológico 251/2013 e retificações. A condicionante 2.3 desta autorização determina que sejam enviados
relatórios semestrais contendo a lista de espécies registradas durante o monitoramento, destacando as ameaçadas nos
níveis estadual, nacional e internacional, as endêmicas, raras, novos registros para a área, novos registros para a
ciência, bioindicadoras, de importância cinegética ou econômica, e as invasoras ou de risco epidemiológico. Além
disso, o relatório deve conter o detalhamento da captura, marcação e biometria, esforço, eficiência amostral,
comparação entre as áreas e estações, tabela com os exemplares capturados e áreas, fitofisionomias, coordenadas e
outros dados referentes à captura, tabelas de dados brutos e cartas de recebimento de material científico por
instituições de pesquisa, caso se aplique. Segundo o parecer, referente às atividades realizadas entre novembro de
2013 e maio de 2014, a condicionante foi considerada atendida para a quiropterofauna.
As atividades do Projeto vêm sendo cumpridas de acordo com o cronograma proposto e atendendo a todos os
objetivos/metas do PBA. O monitoramento deverá continuar, mantendo-se os métodos e os ambientes (pedrais,
módulos e cavernas) na oitava (julho-agosto/2015) campanha. Após o enchimento dos reservatórios, as atividades
vão ser direcionadas também aos pedrais da região do TVR.
Em atendimento aos objetivos e metas do PBA, alguns dados já foram usados para as determinações apontadas nesse
relatório, principalmente no que se refere ao aumento do conhecimento das comunidades dos pedrais e cavernas nas
áreas da UHE Belo Monte. Após a formação do reservatório, com o estabelecimento de um novo marco, poder-se-á
comparar os dados das fases pré e pós-enchimento para avaliação dos habitats de adensamento populacional.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc):
Conference call realizada em 21 de maio de 2015, com as equipes da Norte Energia, Biota, Arcadis/Naturae e
Leme engenharia.
9o Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de janeiro a março de 2015.
Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de
Atendimento ao PBA e Condicionantes.
Autorização de captura, coleta e transporte de material biológico 108/2012 e retificações.
Autorizações de captura, coleta e transporte de material biológico no 40/2012 e 4 respectivas retificações e
251/2013 e as 6 respectivas retificações.
NT_SFB_No. 031_ Endemias_Animais_Domésticos_22_12_14) - “Abordagem alternativa à vacinação de
animais domésticos nas áreas amostrais de controle de endemias transmissíveis à fauna silvestre”.
Parecer Técnico emitido no Ofício OF 02001.003768/2015-45 COHID/IBAMA, referente à análise da Nota
Técnica 031/2014.
Relatório Técnico RT_06_EstudoComp_Nyctinomops_10_03_15_BIOTA.
Relatório Tecnico RT_06_EstudoComp_Roedores_10_031_2015_BIOTA.
Análise de conformidade:
12.3.1. Projeto de Afugentamento da Fauna Terrestre
As atividades realizadas, segundo apresentado no 9o RSAP, e na Conference Call com as equipes técnicas
encontram-se de acordo com o previsto no PBA.
As condicionantes 2.3 das autorizações de captura, coleta e transporte de material biológico 40/2012 e 4 respectivas
retificações e 251/2013 e as 6 respectivas retificações, e 2.6 da autorização 108/2012 IBAMA - 5a Retificação são
54
cumpridas durante a execução das atividades. Todas as atividades foram desenvolvidas segundo a metodologia
proposta no Plano Básico Ambiental, e o Projeto vem atingindo os objetivos propostos.
12.3.2. Projeto de salvamento e aproveitamento científico da fauna
As atividades realizadas, segundo apresentado no 9o RSAP, e na Conference Call com as equipes técnicas
encontram-se de acordo com o previsto no PBA.
As condicionantes 2.3 das autorizações de captura, coleta e transporte de material biológico 40/2012 e 4 respectivas
retificações e 251/2013 e as 6 respectivas retificações, e 2.6 da autorização 108/2012 IBAMA - 5a Retificação são
cumpridas durante a execução das atividades.
As atividades foram desenvolvidas segundo a metodologia proposta no Plano Básico Ambiental, e os objetivos vêm
sendo plenamente atingidos. O andamento do Projeto se dá em conjunto com o Projeto de Afugentamento da Fauna
Terrestre.
12.3.3. Projeto para Mitigação de Impactos pela perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento
Este projeto atende a condicionante 2.21 da Licença Prévia – LP no 342/2010, que solicitou a apresentação de um
Programa para Mitigação de Impactos pela Perda de Indivíduos da Fauna por Atropelamento, as condicionantes 2.1
e 2.2 da Licença de Instalação (LI) 795/2011 e, também, ao item 1.53 do ofício n° 510/2011/DILIC/IBAMA que a
encaminhou. Em 18/07/12 foi emitida pelo IBAMA a autorização de captura, coleta e transporte de material
biológico no 110/2012, com validade até 01/06/17. O atendimento à condicionante 2.3 da autorização para captura,
coleta e transporte de material biológico no 110/2012 (retificada em 13/05/13), foi apresentado no 4o Relatório
Semestral Consolidado, encaminhado ao IBAMA em 30/08/2013. Foi dada continuidade ao acompanhamento
mensal dos trechos críticos e das estruturas de mitigação implantadas (pontos com sinalização e redutores de
velocidade, passagens de fauna, galerias pluviais e ações disciplinadoras de trânsito), como forma de avaliar a
efetividade dos mesmos. Também foi realizada a última campanha de atividades de educação ambiental durante o
segundo semestre de 2014. Segundo o 8o RSAP e o Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e
Atendimento des Condicionantes da UHE Belo Monte, após três anos de realização, este projeto atendeu seu
objetivo, suas metas e cronograma das ações propostas no PBA, encerrando todas as suas atividades no âmbito do
PBA da UHE Belo Monte.
No parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de
Atendimento ao PBA e Condicionantes recomenda-se que o monitoramento, tanto na BR 230 quanto nos travessões,
seja retomado, em campanhas com periodicidade bimestral, até o final das obras, para que se possam avaliar as
medidas de mitigação, tomando como base a metodologia de amostragem de atropelamento de fauna estabelecida na
IN 13 de 19 de julho de 2013. Também deverá ser dado o prosseguimento ao monitoramento das passagens de fauna
com regularidade.
A retificação de autorização para que seja dada continuidade às atividades de monitoramento das referidas vias já foi
emitida, o plano de trabalho já foi elaborado e enviado ao IBAMA, e as atividades de monitoramento serão
retomadas pela NE, com periodicidade bimestral, a partir de julho de 2015.
12.3.4. Projeto de Controle de Endemias Transmissíveis à Fauna Silvestre
O 9o RSAP e a reunião realizada através de conference call com as equipes da NE e Biota indicam que as atividades
previstas neste Projeto vêm sendo realizadas de forma contínua e dentro do cronograma, conforme previsto. O
Ofício OF 02001.007620/2014/07 DILIC/IBAMA, de 15 de julho de 2014, que apresenta a análise do 5o RC,
recomenda que a Norte Energia envide esforços para dar continuidade à articulação de parcerias com as entidades
públicas no intuito de apoiar campanhas de vacinação nos animais domésticos, principalmente para cinomose e
parvovirose. A NE protocolou, em 30/12/2014, uma NT (NT_SFB_No. 031_
Endemias_Animais_Domésticos_22_12_14) que trata de “Uma abordagem alternativa à vacinação de animais
domésticos nas áreas amostrais de controle de endemias transmissíveis à fauna silvestre” , onde são apreentadas as
discussões e tratativas para a consolidação de parcerias e o desenrolar das ações ao longo do projeto. Através do
Parecer Técnico emitido no Ofício OF 02001.003768/2015-45 COHID/IBAMA, emitido em abril de 2015, conclui-
se que as recomendações feitas pelo Órgão Licenciador referentes a este projeto encontram-se em atendimento,
concluindo que não compete ao empreendedor o papel desempenhado pelas entidades públicas.
As atividades relacionadas a este projeto estão dentro do cronograma previsto.
12.3.5. Projeto de Levantamento e Monitoramento de Invertebrados Terrestres
As atividades do PLMIT estão sendo desenvolvidas de acordo com a ACCTMB 251/2013 – 5a Retificação. O
cumprimento da condicionante específica 2.3 desta autorização é atendido neste documento.
O 9o RSAP e a conference call realizada com a equipe da NE e da Arcadis/Naturae indicam que as atividades
previstas no âmbito deste projeto encontram-se conforme o cronograma previsto. Até o momento, 7 campanhas
foram realizadas, e as atividades de laboratório visando à identificação taxonômica encontram-se em andamento.
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Segundo o Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado
de Atendimento ao PBA e Condicionantes, a condicionante 2.3 da Autorização de Coleta, Captura e transporte de
material Biológico 251/2013 e retificações teve todos os seus itens atendidos para invertebrados terrestres.
12.3.6. Projeto Monitoramento da Herpetofauna
As atividades do PMH estão sendo desenvolvidas de acordo com a ACCTMB 251/2013 – 5a Retificação.
A 7a Campanha, prevista para o período em questão nos Módulos RAPELD, foi realizada em fevereiro de 2015,
conforme o cronograma, em todos os Módulos. Todas as autorizações encontram-se em dia. Foram registradas
espécies novas para os módulos, mas não novas para a ciência. O projeto está sendo conduzido conforme o previsto
no PBA.
Segundo o Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado
de Atendimento ao PBA e Condicionantes, a condicionante 2.3 da Autorização de Coleta, Captura e transporte de
material Biológico 251/2013 e retificações teve todos os seus itens atendidos para a herpetofauna.
12.3.7. Projeto de Monitoramento da Avifauna
A 7a campanha prevista para o período nos Módulos RAPELD foi realizada conforme o cronograma, em todos os
Módulos, em fevereiro de 2015. Todas as autorizações encontram-se em dia. Foram registradas novas espécies para
os módulos, mas não espécies novas para a ciência. O Projeto está sendo conduzido conforme o previsto no PBA.
Segundo o Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado
de Atendimento ao PBA e Condicionantes, a condicionante 2.3 da Autorização de Coleta, Captura e transporte de
material Biológico 251/2013 e retificações teve todos os seus itens atendidos para a avifauna.
12.3.8. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Terrestres
Segundo apresentado no 9o RSAP, e comunicado pelas equipes da NE e da Arcadis/Naturae, a 7a campanha prevista
para o período nos Módulos RAPELD foi realizada conforme o cronograma, em todos os Módulos, em fevereiro de
2015. Todas as autorizações encontram-se em dia. Foram registradas novas espécies para os módulos, totalizando
agora 48 espécies de mamiferos de médio e grande porte, que, no entanto, já haviam sido detectadas em outros
Projetos (resgate e salvamento da fauna). Não foram registradas espécies novas para a ciência. O Projeto está sendo
conduzido conforme o previsto no PBA.
Segundo o Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado
de Atendimento ao PBA e Condicionantes, a condicionante 2.3 da Autorização de Coleta, Captura e transporte de
material Biológico 251/2013 e retificações teve todos os seus itens atendidos para a mastofauna terrestre.
12.3.9. Projeto de Monitoramento de Quirópteros
A 7a campanha prevista para o período foi realizada nos Módulos RAPELD M1, M2, M4 e M4, nas cavernas Cama
de Vara, Kararaô, Pedra da Cachoeira e Leonardo da Vinci, nos pedrais Sossego, Pedra do Navio, Cachoeira do
Mucura, Barra do Vento e Araras. Todas as autorizações encontram-se em dia, e não foram registradas espécies
novas para a ciência.
Segundo o Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado
de Atendimento ao PBA e Condicionantes, a condicionante 2.3 da Autorização de Coleta, Captura e transporte de
material Biológico 251/2013 e retificações teve todos os seus itens atendidos para a quiropterofauna.
Avaliação de resultados:
Com relação ao atendimento da condicionante 2.3 da Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material
Biológico 251/2013 e Retificações, o IBAMA considera, no Parecer Técnico N° 1.553/2014 – COHID/IBAMA de
17 de abril de 2014 (Análise do 5° Relatório Consolidado de Andamento do Projeto Básico Ambiental e das
Condicionantes da Licença de Instalação n.º 795/2011), que todos os itens foram atendidos.
No Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de
Atendimento ao PBA e Condicionantes, o IBAMA recomenda que seja retomado o monitoramento do
atropelamento nos Travessões e na BR 230, tendo sido comunicado pela NE que este será retomado em junho de
2015, segundo plano de trabalho enviado ao Órgão Licenciador e conforme as recomendações.
No mesmo Parecer Técnico, e conforme discutido no seminário sobre o 6o RC, realizado entre os dias 6 e 8/10/2014,
o IBAMA recomenda que a modelagem de ocorrência das espécies seja feita com base nas variáveis ambientais
coletadas nos Módulos RAPELD, e não nos dados de abundância, riqueza e diversidade. Conforme comunicado pela
equipe da LEME e da NE durante a Conference Call realizada, e já apresentado no 7o RSAP, as co-variáveis
ambientais estão sendo utilizadas como base para a modelagem, especialmente no que diz respeito à fauna
subterrânea.
O andamento dos Projetos que compõem o programa durante o quarto trimestre de 2014, segundo apresentado no 8o
56
RSAP, no Relatorio Final Consolidado, e pela equipe da NE e executoras, encontra-se de acordo com o proposto no
PBA. O Programa está atingindo os objetivos listados no PBA, no que diz respeito ao afugentamento, resgate e
salvamento da fauna e monitoramento dos diferentes grupos taxonômicos.
12.4. Programa de Avaliação e Monitoramento da Fauna Subterrânea
Progresso reportado pela Norte Energia:
Este Programa atende à condicionante específica 2.3 da ACCTMB 251/2013. Conforme a Conference Call realizada,
verificou-se que foram feitas todas as campanhas de monitoramento previstas até o momento para 2015 (Abrigo do
Igarapé, Abrigo do Mangá, Bat-Loca, Cama de Vara, Kararaô, Leonardo da Vinci, Nova Kararaô, Pedra da
Cachoeira e Pedra do Navio). A caverna do China ficou sem monitoramento, pois o acesso foi proibido pelo
proprietário da área. O material coletado está sendo identificado na UFPA.
O banco de dados referente ao projeto foi atualizado de forma constante durante seu andamento. Está em
atendimento a condicionante específica 2.3 da ACCTMB 251/2013 – 5ª Retificação, sendo que todos os exemplares
de invertebrados coletados na sétima campanha foram depositados no Museu de Zoologia da UFPA. Segundo o
Parecer Técnico N° 02001.005036/2014-17 – COHID/IBAMA, este programa será avaliado segundo parecer
específico.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Conference call realizada em 21 de maio de 2015, com as equipes da Norte Energia, Biota, Arcadis/Naturae e
Leme engenharia.
RL-DS-001-806-020-13Fev15 – Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de
condicionantes, emitido em fevereiro de 2015.
9o Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de janeiro a março de 2015,
emitido em abril de 2015.
Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de
Atendimento ao PBA e Condicionantes.
Análise de conformidade:
Segundo comunicado pela NE durante a conference call, todas as campanhas previstas foram realizadas seguindo as
metodologias propostas no PBA. O andamento da triagem de material segue conforme o esperado, com algumas
dificuldades de identificação no que diz respeito a táxons mais específicos.
Avaliação de resultados:
Segundo vem sendo apresentado nos RSAP e Relatórios Consolidados, o objetivo geral da fase anterior ao
enchimento dos reservatórios foi concluído com êxito antes mesmo da execução das últimas campanhas previstas
para o primeiro e terceiro trimestres de 2015. Após sete campanhas distribuídas em três anos de inventários
consecutivos da fauna subterrânea de 11 cavidades, distribuídas na AID da UHE Belo Monte, foi possível se
constatar a alta similaridade existente entre as diferentes cavidades, bem como determinar a riqueza da fauna
cavernícola na região. Foi também possível constatar-se que a dinâmica populacional dos grupos alvo não obedece a
padrões específicos sazonais.
Considera-se que os resultados obtidos e apresentados até o momento vêm preenchendo os objetivos propostos no
PBA, encontrando-se dentro do cronograma.
12.5. Programa de Registro e Armazenamento Cartográfico, Fotográfico e Acervo de Elementos
Espeleológicos
Progresso reportado pela Norte Energia:
O Programa de Registro e Armazenamento Cartográfico, Fotográfico e Acervo de Elementos Espeleológicos foi
integralmente realizado no período compreendido entre o segundo trimestre de 2012 até o segundo trimestre de
2013, conforme preconizado em seu cronograma aprovado pelo IBAMA, em junho de 2012, através da emissão do
Ofício 154/2012/COHID/CGENE/DILIC/IBAMA.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Conference call realizada em 21 de maio de 2015, com as equipes da Norte Energia, Biota, Arcadis/Naturae e
Leme engenharia.
RL-DS-001-806-020-13Fev15 – Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de
condicionantes, emitido em fevereiro de 2015.
9o Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de janeiro a março de 2015,
emitido em abril de 2015.
Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de
Atendimento ao PBA e Condicionantes.
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Análise de conformidade:
As atividades realizadas no âmbito deste programa foram executadas de acordo com o PBA e com o novo
cronograma aprovado pelo Ofício 411/2012/COHID/CGENE/DILIC/IBAMA de 12 de julho de 2012.
Avaliação de resultados:
Foi reiterada pela Executora que todas as atividades deste programa foram desenvolvidas e executadas durante o
período previsto no cronograma original que foi acordado com o IBAMA. Destaca-se que o IBAMA encaminhou o
Ofício 02001.000666/2014-97 DILIC/IBAMA, datado do dia 23/01/2014, no qual informa que o conteúdo deste
Programa será comentado, posteriormente, em um Parecer técnico específico, sem especificar data da apresentação
deste Parecer. No Parecer Técnico N° 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA o órgão ambiental reafirma que o
programa será avaliado por meio de parecer específico.
12.6. Programa de Compensação Ambiental
Progresso reportado pela Norte Energia:
12.6.1 Projeto de Criação de Unidades de Conservação
12.6.2 Projeto de Apoio às Ações de Implantação e Manejo de Unidade de Conservação Já Existente
De acordo com o 9º RSAP, em 05 de janeiro de 2015, o IBAMA deferiu a solicitação da Norte Energia de
prorrogar o prazo para a assinatura do TCCA junto ao ICMBio para 11 de março de 2015, por meio do Ofício
N° 02001.000031/2015-71- CCOMP/IBAMA.
No dia 15 de janeiro de 2015, a Norte Energia encaminhou a CE N° 38/2015 - DS ao diretor de áreas protegidas
da Secretaria de Estado e Meio Ambiente do Pará solicitando o agendamento de reunião para iniciar tratativas
visando à assinatura do Termo de Compromisso (TCCA). A Norte Energia aguarda desde novembro de 2014
um ofício dessa instituição.
Em 11 de fevereiro de 2015, a Norte Energia recebeu o Ofício N° 88/2015 – CGFIN/DINPLAN/ICMBio (de
30/01/2015) solicitando seu posicionamento quanto à modalidade da compensação (direta ou indireta). Em
resposta, a Norte Energia informou ao ICMBio em 03 de março de 2015, por meio da CE N° 50/2015-DS, que
optava pela modalidade indireta.
Em 10 de março de 2015, foi recebido o Ofício N° 237/2015 - CGFIN/DIPLAN/ICMBio com o
encaminhamento do TCCA e o Plano de Execução Financeira.
Em 12 de março de 2015, a Norte Energia solicitou prorrogação por mais 60 dias para assinatura do TCCA por
meio da CE N° 064/2015 - DS.
Em 24 de março de 2015, o Conselho de Administração da Norte Energia aprovou assinatura do TCCA entre
Norte Energia e ICMBio.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Inspeção de campo e reuniões realizadas entre 12 e 15 de maio de 2015 (9ª missão de monitoramento)
9º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre janeiro e março de 2015 (abril de
2015)
7º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao período entre julho e dezembro de 2014
(fevereiro de 2015)
Parecer Técnico N° 5.036/2015 – COHID/IBAMA de 24 de fevereiro de 2015 (Análise do 6° Relatório
Consolidado de Andamento do Projeto Básico Ambiental e das Condicionantes da Licença de Instalação Nº
795/2011)
Oficio N° 02001.000031/2015-71 - CCOMP/IBAMA de 05 de janeiro de 2015
Ofício N° 02001 012671-2014-42 - CCOMP/IBAMA de 06 de novembro de 2014
Ofício N° 02001.012176/2014-33 - CCOMP/IBAMA de 23 de outubro de 2014
Análise de conformidade:
A prorrogação dos prazos deste programa já havia solicitada ao IBAMA em14 de fevereiro de 2012 por meio da
CE N° 60/2012, considerando que, para o atendimento às metas estabelecidas, era pré-requisito que o CCAF
deliberasse e apontasse as unidades de conservação a serem contempladas com os recursos de compensação
ambiental e que, até aquele momento, o referido fórum deliberativo ainda não havia se pronunciado.
Em resposta a essa solicitação, o IBAMA encaminhou o Ofício Nº 118/2012/CGENE/DILIC/IBAMA de 23 de
fevereiro de 2012, informando que a Norte Energia seria comunicada quando da realização da reunião do CCAF
e respectiva deliberação. A partir dessa manifestação, ações decorrentes e previstas no cronograma do PBA
permaneceram suspensas aguardando novas orientações do órgão licenciador. Por esse motivo, os cronogramas
do PBA não puderam ser seguidos. Durante 2013 e 2014, o IBAMA realizou algumas solicitações por meio de
pareceres técnicos, às quais foram atendidas pela Norte Energia.
Com a manifestação do CCAF somente no último trimestre de 2014, a Norte Energia tem se mobilizando para
atender aos ofícios enviados pelo IBAMA e dar continuidade a este programa. No entanto, tem sido necessário
58
solicitar prorrogações aos prazos determinados pelo IBAMA, devido ao andamento lento das tratativas.
A Norte Energia considerou no 7° Relatório Consolidado que, no âmbito do Projeto de Criação de Unidades de
Conservação, seu único objetivo está em atendimento e que três de suas metas foram concluídas, uma está em
atendimento e duas não foram iniciadas. Quanto ao Projeto de Apoio às Ações de Implantação e Manejo de
Unidade de Conservação Já Existente, a Norte Energia considerou que o atendimento de seu único objetivo
específico não tinha sido iniciado, bem como de quatro de suas metas. Apenas uma meta foi considerada em
atendimento. O IBAMA ainda não emitiu parecer de avaliação desse relatório.
No último parecer do IBAMA que avaliou o andamento do PBA (Parecer Técnico N° 5.036/2015 –
COHID/IBAMA de 24 de fevereiro de 2015), referente ainda ao 6º Relatório Consolidado, o órgão ambiental
não fez comentários ou recomendações a este programa.
Avaliação de resultados:
12.6.1. Projeto de Criação de Unidades de Conservação
12.6.2 Projeto de Apoio às Ações de Implantação e Manejo de Unidade de Conservação Já Existente
De acordo com os Ofícios N° 02001.012176/2014-33 - CCOMP/IBAMA e N° 02001.012671-2014-42 -
CCOMP/IBAMA, somente 5% do recurso referente à compensação ambiental da UHE Belo Monte foram
destinados para a criação e a implantação de UCs na região do empreendimento. Serão três UCs estaduais:
Refúgio da Vida Silvestre Tabuleiro do Embaubal, UC de proteção integral na região da Terra do Meio e UC de
proteção integral na Volta Grande do Rio Xingu.
As tratativas com o ICMBio têm ocorrido e assinatura do TCCA estava prestes a ser efetuada. Os prazos
estabelecidos pelo órgão ambiental não têm sido suficientes e a Norte Energia tem solicitado prorrogações.
A Norte Energia ainda aguarda pronunciamento por parte da SEMA-PA para dar andamento ao TCCA e Plano
de Trabalha no âmbito estadual.
Segundo o 9º RSAP, foi elaborado mapa da situação fundiária da proposta de UC para Volta Grande do Xingu
e foi concluído o mapa de uso e ocupação do solo utilizando imagens de radar aerotransportado para
atualização do grau de conservação da poligonal da UC proposta.
13. Plano de Conservação dos Ecossistemas Aquáticos
13.1. Programa de Monitoramento da Flora
Progresso reportado pela Norte Energia:
Este programa é composto por dois projetos, descritos abaixo.
13.1.1. Projeto de Monitoramento das Florestas Aluviais
Em reunião da 9ª missão de monitoramento, a Norte Energia informou que a 7ª campanha trimestral de
monitoramento fenológico foi realizada em março de 2015 nos módulos RAPELD, conforme previsto.
13.1.2. Projeto de Monitoramento das Formações Pioneiras
Na 9ª missão, foi informado que a 7ª campanha trimestral do monitoramento fenológico do componente
arbustivo-arbóreo, de iniciativa própria da Norte Energia, foi realizada em março de 2015, conforme o previsto.
Além disso, executou-se a 14ª campanha trimestral do monitoramento fenológico das Podostemaceae em março
de 2015, de acordo com o previsto.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período (campo, relatório IBAMA, etc):
Inspeção de campo e reuniões realizadas entre 12 e 15 de maio de 2015 (9ª missão de monitoramento)
9º Relatório Socioambiental Periódico (RSAP), referente ao período entre janeiro e março de 2015 (abril de
2015)
7º Relatório Consolidado de Andamento do PBA, referente ao período entre julho e dezembro de 2014
(fevereiro de 2015)
Parecer Técnico N° 5.036/2015 – COHID/IBAMA de 24 de fevereiro de 2015 (Análise do 6° Relatório
Consolidado de Andamento do Projeto Básico Ambiental e das Condicionantes da Licença de Instalação Nº
795/2011)
Análise de conformidade:
No último parecer do IBAMA que avaliou o andamento do PBA (Parecer Técnico N° 5.036/2015 –
COHID/IBAMA de 24 de fevereiro de 2015), referente ainda ao 6º Relatório Consolidado, o órgão ambiental
não fez comentários ou recomendações a este programa.
No 7º Relatório Consolidado, a Norte Energia considerou que os objetivos específicos e metas dos projetos do
programa ou estão em atendimento ou estão concluídos. O IBAMA ainda não emitiu parecer de avaliação desse
relatório.
59
Avaliação de resultados:
13.1.1. Projeto de Monitoramento das Florestas Aluviais
Foram ou estão sendo realizadas as atividades necessárias para que os objetivos e metas do PBA sejam
alcançados, tais como: avaliação da composição florística e estrutural das áreas de monitoramento e ampliação
do conhecimento científico florístico e ecológico sobre as comunidades vegetais das Florestas Aluviais na região
da UHE.
Não foram apresentados resultados referentes ao 1º trimestre de 2015.
O 7º Relatório Consolidado (fevereiro de 2015) relatou que a floresta analisada por este projeto apresentou
maior recrutamento que mortalidade, indicando que se trata de uma área antropizada com alto grau de
regeneração. Entendeu-se que a mortalidade encontrada nos módulos está relacionada à antropização da área e
aos alagamentos em função do período de alta vazão do Rio Xingu.
13.1.2. Projeto de Monitoramento das Formações Pioneiras
Foram ou estão sendo desenvolvidas as atividades necessárias para que os objetivos e metas do PBA sejam
alcançados, tais como: realização de estudos fitossociológicos e fenológicos dos grupos objeto de estudo,
documentação da fenologia das espécies-alvo, ampliação do conhecimento da composição florística e estrutural
das áreas de estudo.
Não foram apresentados resultados referentes ao 1º trimestre de 2015.
O componente arbustivo-arbóreo tem sido monitorado, desde o final de 2011, em seis parcelas distribuídas em
três ilhas. Assim, quatro campanhas anuais foram realizadas até o final de 2014. O componente Podostemaceae
tem sido monitorado sob o ponto de vista fenológico, desde novembro de 2011, em seis parcelas distribuídas em
três ilhas. Assim, até o final de 2014, haviam sido realizadas 14 campanhas trimestrais de medição, totalizando
mais de dois ciclos completos, o que permitiu identificar os padrões fenológicos das espécies monitoradas.
13.2. Programa de Conservação e Manejo de Hábitats Aquáticos
Progresso reportado pela Norte Energia:
As ações desse Projeto visam à organização de informações de maneira sistemática mediante a implantação de um
banco de dados, de modo que seja efetivada a integração das informações de distribuição das espécies da fauna
aquática em um sistema geo-referenciado. Esta integração permitirá elaborardo um mapas integrados dos hábitats
aquáticos da área de inserção do empreendimento de modo a indicar práticas de manejo e conservação.
Primariamente, tais dados são oriundos dos projetos de monitoramento de quelônios, mamíferos aquáticos,
crocodilianos, avifauna aquática e semiaquática, ictiofauna e flora, de modo a elaborar mapas dos principais hábitats
reprodutivos, tróficos e áreas de vida. Secundariamente, dados brutos são obtidos dos projetos de monitoramento de
qualidade das águas superficiais e níveis e vazões, para compor a matriz abiótica das análises integradas realizadas.
O Programa tem interface com Projetos dos seguintes Programas: Conservação da Ictiofauna, Conservação da Fauna
Aquática (mamíferos aquáticos, avifauna e crocodilianos), Conservação e Manejo de Quelônios, Monitoramento da
Flora (florestas aluviais e formações pioneiras), Monitoramento Limnológico e de Qualidade de Água (limnologia e
macrófitas); Monitoramento Hidráulico, Hidrológico e Hidrossedimentológico (níveis e vazões).
A análise dos resultados, especialmente para a elaboração de mapas integrados foi realizada, e os mapas preliminares
foram apresentados no 6o RC. Aa identificação de práticas de manejo para os hábitats aquáticos que serão
organizadas em projetos executivos específicos, está sendo realizada.
O Relatorio Final Consolidado de Andamento do PBA e Atendimento às Condicionantes sumariza os resultados
obtidos até o momento, com base no uso do software ECOPATH, que utiliza as interações tróficas entre os principais
compartimentos identificados para um ecossistema.
Os primeiros resultados das análises de integração dos ecossistemas aquáticos, apresentados no 5o RC, mostraram o
elevado nível de aplicação na utilização desse software para a realização de análise integrada dos componentes do
ecossistema aquático do rio Xingu, com os dados levantados pelos monitoramentos no âmbito do PBA. Assim, do
ponto de vista de manejo e como forma de mitigar impactos, estão sendo organizados os dados das campanhas do
ano de 2013 para a construção dos modelos para o segundo ciclo hidrológico.
Durante a conference call realizada com a equiope da LEME e da NE em 21/05/2015, e segundo os documentos
examinados, os resultados deste programa foram ainda empregaodos na elaboração do Plano de Gerenciamento
Integrado da Volta Grande do Xingu (PL_SFB_No. 001_PGIVG_25-02-20-LEME), de fevereiro de 2014, como um
dos componentes socioambientais.
Durante o período a que se refere o presente relatório foi emitido o parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-
IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes. Neste, o Órgão
Licenciador informa que o Programa de Conservação e Manejo de Hábitats Aquáticos é analisado através de parecer
específico.
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Progresso verificado em reunião:
As metas indicadas no Programa foram cumpridas, uma vez que este se caracteriza pela execução de atividades de
forma contínua, por se tratar, numa primeira fase (até o primeiro trimestre de 2014), da organização sistemática de
dados oriundos dos monitoramentos em andamento, no âmbito dos Programas de Conservação da Ictiofauna, Fauna
Aquática, Quelônios, Flora, Limnologia e Qualidade da Água, Monitoramento Hidráulico, Hidrológico e
Hidrossedimentológico. Os dados estão sendo analisados com o uso do programa Ecopath, e há uma sobreposição
com o Plano de gerenciamento Integrado da Volta Grande, apresentado no documento PL_SFB_No.
001_PGIVG_25-02-20-LEME.
Os primeiros resultados aguardam ainda a avaliação do IBAMA, que será dada através de parecer específico.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Conference call realizada em 21 de maio de 2015, com as equipes da Norte Energia, Biota, Arcadis/Naturae e
Leme engenharia.
9o Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de janeiro a março de 2015.
RL-DS-001-806-020-13Fev15 – Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de
condicionantes, emitido em fevereiro de 2015.
Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de
Atendimento ao PBA e Condicionantes.
Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu (PL_SFB_No. 001_PGIVG_25-02-20-LEME), de
fevereiro de 2014.
Análise de conformidade:
Segundo o Parecer Técnico N° 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório
Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes, este Programa será avaliado por meio de parecer específico.
Segundo comunicado pela equipe da NE durante a conference call, o projeto está em conformidade com os objetivos
e cronograma propostos no PBA.
Avaliação de resultados:
O projeto apresenta resultados preliminares, em análise pelo Órgão Licenciador, resultantes da análise conjunta de
todos os dados obtidos pelos diferentes Programas. Os resultados estão conforme com o previsto no PBA. Os
resultados previstos consistem na determinação de áreas prioritárias para a conservação e o manejo, com base em
dados do meio físico e de variação espacial das espécies e populações dos grupos da fauna aquática a que se refere o
projeto. A confirmação da importância destas áreas para a manutenção das populações da fauna aquática será de fato
permitida após consolidação e análise integrada final dos dados, com consequente identificação de práticas de
manejo para os hábitats aquáticos, conforme cronograma do Programa.
13.3. Programa de Conservação da Ictiofauna
Progresso reportado pela Norte Energia:
Segue o andamento dos seis (06) Projetos deste Programa no período de janeiro a março:
13.3.1. Projeto de Investigação Taxonômica
Realização da 13ª campanha (março de 2012 a janeiro de 2015);
Processamento e tombo das amostras biológicas do inventário taxonômico, monitoramento da ictiofauna e
resgate da ictiofauna;
Triagem dos espécimes coletados na 12ª campanha de monitoramento da ictiofauna e tombamento;
Preparação de manuscritos referentes à descrição de novas espécies de peixes;
Elaboração de fichas de identificação e mapas de distribuição;
Elaboração do plano de trabalho estratégias para atendimento do pd 06 dos princípios do Equador.
Em abril de 2015 o gênero Pseudancistrus sp. foi identificado como Pseudancistrus asurini (Silva, Roxo
& Oliveira, 2015);
Alguns indivíduos das espécies Pituna xinguensis e Plesiolebias altamira, encontradas somente ilha
Arapujá (ADA) e estão sendo mantidas nos aquários do Laboratório de Aquicultura e Peixes Ornamentais;
No dia 15/05 uma equipe da ictiofauna iniciou uma campanha de busca ativa fora da ADA/AID para
procurar as espécies com distribuição restrita na área do empreendimento.
13.3.2. Projeto de Resgate e Salvamento da Ictiofauna
Realização de capacitação das equipes de trabalho;
Realização de reuniões de alinhamento e integração;
Elaboração do Plano Estratégico para as ações de resgate da ictiofauna na ensecadeira da margem direita
do canal central, trecho de vazão reduzida, e enchimento dos reservatórios intermediário e Xingu.
61
13.3.3. Projeto de Aquicultura de Peixes Ornamentais
Realização de atividades de acompanhamento das instalações do novo laboratório de peixes ornamentais;
Aquisição de materiais e equipamentos para o laboratório da UFPA;
Transferência de toda estrutura do laboratório do C.E.A. para o laboratório de peixes ornamentais da
UFPA;
Realização de atividades de treinamento e acompanhamento das atividades da funcionária contratada para
o Laboratório de Aquicultura de Peixes Ornamentos do Xingu;
Planejamento das atividades de coletas de peixes que serão destinados ao projeto e à conservação ex-situ
em função de seu suposto endemismo à Volta Grande do Xingu.
13.3.4. Projeto de Monitoramento da Ictiofauna
No período de março de 2012 a janeiro de 2015 foram realizadas 15 campanhas de monitoramento da
ictiofauna;
A equipe da Neotropical realizou monitoramento móvel embarcado, downloading de bases fixas,
manutenção das bases de rádio e de telemetria acústica, análise parcial, manutenção e instalação de
sistemas de ancoragem, manutenção dos equipamentos eletrônicos e periféricos, incorporação e análise
parcial das informações nos bancos de dados e elaboração do relatório mensal de atividades;
No mês de janeiro foi realizado downloading dos dados na estação fixa localizada no Parque Nacional da
Serra do Pardo;
Foi realizada a manutenção no sistema de detecção acústica na Ilha do Bacabal, pois alguns cabos foram
danificados pela passagem de balsas no local, mas sem danos ao receptor;
Um sistema de flutuador da zona 4 (ILHTAB) foi reinstalado devido a danos causados por colisão de
embarcação; os demais sistemas foram revisados concluindo todas as substituições e reinstalações
necessárias para o arranjo atual da rede de monitoramento;
Na zona de monitoramento 7 no rio Iriri foram substituídos os cabos de ancoragem, a poita e o flutuador
devido a corrosão dos cabos de aço;
O flutuador foi substituído por um de maior tamanho para facilitar a visualização por embarcações em
passagem pelo local.
13.3.5. Projeto de Incentivo à Pesca Sustentável
No período de abril de 2012 a janeiro de 2015 foram realizados seis cursos de capacitação.Os cursos foram
escolhidos a partir da lista de demandas apresentados pela comunidade. Os cursos já oferecidos foram:
Mergulho Autônomo, Gestão Compartilha dos Recursos Pesqueiros, Legislação Pesqueira e Educação
Ambiental, Tecnologia do pescado: conservação e beneficiamento, Piloto de embarcação: Pescador
Profissional – POP e Aquicultura em tanques-rede que resultaram na qualificação de 159 pescadores da
região do Xingu;
Continuidade no monitoramento da atividade pesqueira por meio dos desembarques pesqueiros;
Cadastro dos pescadores e das embarcações de pesca;
Realização de visitas para a caracterização e georeferenciamento dos principais pesqueiros em uso pelos
pescadores;
Processo de desligamento dos colaboradores que realizaram o desembarque pesqueiro nos portos nas nove
localidades onde ocorre o monitoramento da pesca pela FADESP e recontratação para dar continuidade ao
monitoramento pela empresa Quality (não houve interrupção de coleta de dados).
13.3.6. Projeto de Implantação e Monitoramento de Mecanismo para Transposição de Peixes
No período de janeiro a março de 2015 as escavações foram concluídas, encontrando-se em andamento
atividades de aterro e concretagem dos difusores e do Canal de Saída;
Em relação aos equipamentos, a montagem do trecho 1 da tubulação do sistema de água de atração
encontra-se concluída e está em andamento a fabricação de sistemas hidromecânicos, equipamentos e
demais trechos daquela tubulação;
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Reunião na semana de inspeção (11 a 15 de maio de 2015);
9º RSAP, período de janeiro a março de 2015.
62
Análise de conformidade:
Os Projetos do Programa de Conservação da Ictiofauna estão em conformidade com os objetivos propostos no PBA.
Avaliação de resultados:
13.3.1. Projeto de Investigação Taxonômica
Até o presente momento foram registradas 458 espécies, 52 espécies (11% da riqueza total) foram identificadas
como endêmicas para a bacia do rio Xingu;
52 (cinquenta e duas - 11% da riqueza total) foram identificadas como endêmicas para a bacia do rio Xingu e 26
espécies novas para a ciência (5,67% da riqueza total) em processo de descrição científica;
Considerando os dados acumulados desde o início do PBA e a revisão continuada da bibliografia disponível, das
21 espécies consideradas no 6º Relatório Consolidado como endêmicas da Volta Grande do Xingu (VGX), 11
espécies foram registradas somente na ADA/AID do empreendimento;
13.3.2. Projeto de Resgate e Salvamento da Ictiofauna
Não teve ações de resgate entre fevereiro de 2015 a abril;
13.3.3. Projeto de Aquicultura de Peixes Ornamentais
Elaboração do Plano de Trabalho para execução desta nova etapa do projeto e dos estudos complementares sobre
espécies supostamente endêmicas.
13.3.4. Projeto de Monitoramento da Ictiofauna
O monitoramento móvel foi realizado a jusante e a montante de Altamira, até o Parque Nacional da Serra do
Pardo. Neste monitoramento foram registradas as espécies: pacu (Myloplus rhomboidales, n = 3), curimata
(Prochilodus nigricans, n = 1) e pirarara (Phractocephalus hemioliopterus, n = 1).
Nas bases de telemetria acústica foi registrada a presença de pirararas (Phractocephalus hemioliopterus, n=2),
curimatás (Prochilodus nigricans, n=1), filhote (Brachyplatystoma filamentosum, n=1) e surubins
(Pseudoplatystoma punctifer, n=4). Esses registros foram semelhantes aos obtidos em períodos anteriores;
No período de fevereiro foram registrados 07 códigos das seguintes espécies-alvo: pirarara (Phractocephalus
hemioliopterus, n = 2), curimata (Prochilodus nigricans, n = 2), filhote (Brachyplatystoma filamentosum, n = 1)
e surubim (Pseudplatystoma punctifer, n = 2), todos estes registros são próximos aos já registrados em períodos
anteriores. Em monitoramentos móveis foram registrados 2 indivíduos e 3 foram registrados nas bases fixas;
Para o período de março nos arquivos de monitoramentos fixos e móveis foram registrados indivíduos
pertencentes a 4 espécies: pirarara (Phractocephalus hemioliopterus, n = 1), curimata (Prochilodus nigricans, n
= 1), filhote (Brachyplatystoma filamentosum, n = 1) e surubim (Pseudplatystoma punctifer, n = 1).
Os locais de registro são todos próximos aos locais de soltura onde estes indivíduos já haviam sido registrados
em períodos anteriores.
13.3.5. Projeto de Incentivo à Pesca Sustentável
Pesca de consumo
Esforço, produção e composição
No período de abril de 2012 a janeiro de 2015, foram registrados 29.068 desembarques de peixes de consumo.
Deste total, 28.225 referem-se a viagens realizadas exclusivamente para a captura de pescado onde participaram
em média 1,52 pescadores (DP=0,71), com duração média de 2,21 dias (DP=1,74);
A produção total de peixes de consumo alcançou 1.853,33 toneladas de pescado. A produção total anual em 2012
(abr-dez) foi de 775 t, em 2013 (jan-dez) de 640 t e em 2014 (jan-dez) foi de 425 t;
Na composição específica das capturas de consumo do rio Xingu, destacam-se as pescadas e tucunarés (20% da
produção cada), os pacus (10% do total) e os aracus e curimatãs (6% do total cada).
Rendimento (CPUE) das pescarias
O rendimento médio geral de uma pescaria de consumo foi de 18,70 kg.pescador-1.dia-1 (DP=16,76), sendo
18,90 kg.pescador-1.dia-1 em 2012 (DP=17,30), 18,25 kg.pescador-1.dia-1 (DP=15,87), em 2013, e 19,33
kg.pescador-1.dia-1 (DP=17,36), em 2014;
A inspeção visual gráfica da série dos dados por área de pesca mostra que somente houve queda de rendimentos
nos pesqueiros do trecho IRIRI, área bem distante das obras da UHE Belo Monte. Nos outros trechos a CPUE da
pesca de consumo se mantém estável ou apresenta leve tendência positiva;
Pesqueiros mais utilizados
Até o momento foram contabilizados 910 pontos de pesca distintos utilizados para todas as modalidades de
63
pesca;
Na análise feita entre os meses de abril a dezembro de 2012 a 2014, encontrou-se que em três desses pesqueiros
a produção e o número de viagens apresentaram tendência decrescente, ao longo dos anos;
Valoração econômica da pesca
Para a pesca de peixes de consumo, a receita total bruta declarada alcançou R$ 9.975.482,00 no período de abril
de 2012 a janeiro de 2015, sendo R$ 3.801.856 desde abril, em 2012, R$ 3.550.999 em 2013 e 2.525.097em
2014. As maiores receitas correspondem à comercialização nos portos de São Félix do Xingu (24%) e Altamira
(22%), do total.
Pesca Ornamental
Esforço, produção e composição
No período de abril de 2012 a janeiro de 2015 foram registrados 2.497desembarques de peixes ornamentais.
Deste total, 2.445 referem-se a viagens exclusivamente para a captura de peixes onde participaram em média
1,48 pescadores (DP=0,68) com duração média de 2,57 dias (DP=2,57);
A produção total de peixes ornamentais para o período alcançou 290.251 unidades. A produção total anual em
2012 foi de 92.132 unidades, em 2013 de 92.394 e 2014 foi de 101.453 unidades. A maior produção foi
desembarcada nos portos de Altamira, com 94% do total, seguida pelos desembarques de Belo Monte, com 4%,
e São Félix do Xingu, com 2%;
A composição específica dos desembarques de peixes ornamentais registrou a ocorrência de 33 categorias de
peixes. O acari amarelinho é a espécie mais importante, com 44% do total, seguida do acari pão e do acari picota
ouro com 9% do total da produção, cada. O acari bola azul e o acari tigre de listra representaram 5% da
produção total, cada.
Rendimento (CPUE) das pescarias
O rendimento geral médio de uma pescaria de peixes ornamentais no período de abril de 2012 a janeiro de 2015
resultou em 60 unidades.pescador-1.dia-1 (DP= 70,59);
Os trechos de maiores rendimentos médios da pesca ornamental para as rabetas que atuam com compressor são
os pesqueiros do BESP (91 unidades.pescador-1.dia-1) e VGX (69 unidades.pescador-1.dia-1).
Pesqueiros mais utilizados
Para realizar o monitoramento pontual da pesca foram selecionados os dois pesqueiros (Quartel e Arapujá) mais
utilizados pela frota ornamental, nos trechos próximos ao empreendimento;
Para o pesqueiro Quartel, localizado nas proximidades da cidade de Altamira, o número de viagens e produção
apresentam tendência decrescente, porém a CPUE tem tendência crescente. No caso de Arapujá, a produção e
número de viagens de pesca diminuíram em 2013, porém a CPUE foi similar estatisticamente para todos os
anos.
Valoração econômica da pesca
A receita total bruta declarada da atividade resultou em R$ 1.413.315 no período de abril de 2012 a janeiro de
2015, sendo R$ 322.558 registrados em 2012; R$ 473.994 em 2013 e R$ 607.682 em 2014. As maiores receitas
correspondem à comercialização nos portos de São Félix do Xingu (54%) e Altamira (44%);
Para as principais espécies ornamentais capturadas, o preço de primeira comercialização no período de 2010 a
2015, apresentou tendências de aumento, estes variaram de 21% a 111% para espécies como acari pão, acari
picota ouro e acari aba laranja. O preço das espécies acari amarelinho e acari tigre de listra sofreram poucas
alterações.
Fortalecimento da organização social
O curso de piscicultura em tanques-rede foi ministrado na Vila de Belo Monte nos dias 11 e 12 de dezembro de
2014, com a participação de trinta pescadores que residem na região e desejam desenvolver a atividade;
Nos dias 18 e 19 de março de 2015, foi ministrado em Altamira (parte teórica) e Vitória do Xingu (parte prática)
o curso de piscicultura em viveiros escavados, contando com a participação de 25 pessoas dos municípios de
Altamira, Senador José Porfírio e Anapu;
Em abril de 2015 foram oferecidos os cursos: piscicultura em viveiros escavados, para interessados residentes
nos municípios de Vitória do Xingu e Anapu e Vila de Belo Monte. Os dois cursos foram cancelados por
ausência de participantes.
13.3.6. Projeto de Implantação e Monitoramento de Mecanismo para Transposição de Peixes
Ainda não há resultados documentados para este Projeto.
64
13.4. Programa de Conservação da Fauna Aquática
Progresso reportado pela Norte Energia:
O Programa é dividido em três (03) subprogramas:
13.4.1. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Aquáticos e Semi-Aquáticos
Em 18/09/13 foi emitido o parecer técnico DILIC/IBAMA nº 6404/2013, sobre a solicitação de ajustes da
metodologia de monitoramento de mustelídeos e crocodilianos nas parcelas aquáticas do RAPELD, comunicando à
NE que os monitoramentos deveriam ser mantidos por mais um ciclo hidrológico completo, para obter subsídios
adicionais na avaliação do pedido de dispensa de amostragem nas parcelas aquáticas.
De acordo com o parecer 1553 emitido em 15 de julho de 2014 pelo IBAMA, com base nos resultados apresentados
no 5o RC não é mais necessário realizar o monitoramento de mustelídeos aquáticos nos módulos RAPELD, devido
ao pequeno número de registros.
O relatório apresentado pela Norte Energia para o IBAMA (RL-DS-001-806-020-13Fev15 – Relatório Final
Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de condicionantes, emitido em fevereiro de 2015) apresenta
uma nova proposta de monitoramento para o projeto, durante a fase pós-enchimento do reservatório, com base nos
resultados obtidos após três ciclos hidrológicos completos. Para os mustelídeos, que ocorrem em toda a área de
amostragem, a NE considera a variação da frequência de registros das espécies está associada aos pulsos do ciclo
hidrológico. Para os cetáceos foi observado que a densidade de registros aumentou e, para sirênios não foi observado
variação na densidade de registros ao longo do período monitorado. Como os cetáceos e sirênios ocorrem apenas a
jusante da UHE Belo Monte, onde serão criadas duas Unidades de Conservação, e não estão, segundo reportado,
sujeitos à pressão de caça, a NE afirma que o monitoramento dos mustelídeos seria suficiente e adequado, para a
identificação de possíveis impactos que venham a ocorrer com o início da operação da UHE Belo Monte, e solicita
que após o enchimento dos reservatórios, sejam monitorados por mais dois anos (IN 146/2007), apenas os
mustelídeos na AID do empreendimento, durante os períodos de cheia e seca, de cada ciclo hidrológico.
Durante a Conference Call realizada com as equipes da NE e LEME em 21/05/2015, verificou-se que as campanhas
previstas para o início de 2015 encontram-se dentro do cronograma. Também foi comunicado pela equipe da NE que
parte dos resultados do monitoramento de mustelídeos encontra-se submetido à publicação em uma revista
especialiazada do setor elétrico.
De acordo com o parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório
Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes, todos os itens da condicionante 2.3 da autorização de
captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 459/2013 para este Projeto foram atendidos no 6o Relatório
Consolidado.
13.4.2 Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e Semi-Aquática
Durante a conference call realizada com as equipes da NE e LEME, foi comunicado pela NE que as campanhas
previstas para 2015 encontram-se dentro do cronograma.
Com base nos resultados e nas análises apresentados no Relatório Final Consolidado, considerando o fato de que há
um padrão relacionado ao ciclo hidrológico na frequência de registros das espécies, e a a futura criação de Unidades
de Conservação nas áreas da AII que foram identificadas como prioritárias para a conservação da avifauna, a NE
solicitou ao IBAMA que após o enchimento dos reservatórios, seja monitorado por mais dois anos (IN 146/2007),
apenas a avifauna aquática e semiaquática na Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, durante os
períodos de cheia e seca, de cada ciclo hidrológico.
De acordo com o parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório
Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes, todos os itens da condicionante 2.3 da autorização de
captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 459/2013 para este Projeto foram atendidos no 6o Relatório
Consolidado.
13.4.3 Projeto de Monitoramento de Crocodilianos
Durante a conference call realizada com as equipes da NE e da LEME no dia 21/05/2015, foi comunicado que as
campanhas previstas para 2015 encontram-se dentro do cronograma.
Assim como para os mustelídeos e a avifauna aquática e semiaquática, foi verificado que também existe um padrão
na frequência de registros de crocodilianos e, que está associado às fases do ciclo hidrológico. Também foi
verificado que durante os três anos de monitoramento (fase pré-enchimento), houve uma diminuição na densidade de
crocodilianos. Tal fato pode estar associado ao comportamento dos crocodilianos que aprendem a evitar ruídos e
distúrbios nos seus ambientes, se afastando e/ou fugindo para áreas mais remotas. De acordo com os especialistas
contratados pela NE para a realização do monitoramento, a realização de campanhas com intervalos regulares de
dois meses, conforme proposto no PBA da UHE Belo Monte, pode interferir no comportamento de crocodilianos
que ocupam trechos específicos do rio, refletindo negativamente nas contagens.
Segundo reportado pela NE, a partir dos dados coletados durante os três anos de monitoramento, foi possível definir
as principais áreas de intensidade de registros e, na Área 4, a maior concentração de registros se deu no arquipélago
do Tabuleiro do Embaubal, na AII do empreendimento, onde serão criadas duas Unidades de Conservação.
Sendo assim, dado o padrão da frequência de registros dos crocodilianos da perturbação causada pela alta frequência
65
dos monitoramentos e da não necessidade de se continuar o monitoramento na região do Tabuleiro do Embaubal, a
NE solicita ao IBAMA no Relatório Final Consolidado que após o enchimento dos reservatórios, os crocodilianos
sejam monitorados por mais dois anos (IN 146/2007), apenas na Área de Influência Direta (AID) do
empreendimento, durante os períodos de cheia e seca, de cada ciclo hidrológico.
De acordo com o parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório
Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes, todos os itens da condicionante 2.3 da autorização de
captura, Coleta e Transporte de Material Biológico 459/2013 para este Projeto foram atendidos no 6o Relatório
Consolidado.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Conference call realizada em 21 de maio de 2015, com a equipe da Norte Energia, Biota, Arcadis/Naturae e
Leme engenharia.
9o Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de janeiro a março de 2015.
RL-DS-001-806-020-13Fev15 – Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de
condicionantes, emitido em fevereiro de 2015.
Parecer Técnico N° 1.553/2014 – COHID/IBAMA de 17 de abril de 2014 (Análise do 5° Relatório Consolidado
de Andamento do Projeto Básico Ambiental e das Condicionantes da Licença de Instalação n.º 795/2011).
Parecer técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de
Atendimento ao PBA e Condicionantes.
Análise de conformidade:
13.4.1. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Aquáticos e Semi-Aquáticos
Todas as condicionantes da autorização IBAMA no. 459/2013 foram atendidas no 6o Relatório Consolidado e seus
anexos. Os resultados apresentados, bem como o reportado durante a Conference Call, indicam que o andamento do
Projeto e a realização das campanhas relacionadas ao ciclo hidrológico encontram-se de acordo com o previsto no
PBA. As análises apresentadas estão de acordo com os objetivos do Projeto, e permitem detectar padrões sazonais,
de uso do espaço, e dos aspectos prioritários para a conservação deste grupo dentro da área do empreendimento, para
mustelídeos, cetáceos e sirênios. Aguarda-se ainda parecer do IBAMA quanto à porposta de monitoramento
apresentada pela NE para o período pós-enchimento.
13.4.2 Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e Semi-Aquática
Segundo o Ofício 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, de 15 de dezembro de 2014, o IBAMA considera que
todas as condicionantes da autorização IBAMA no. 459/2013 foram atendidas no 5o Relatório Consolidado e seus
anexos. Todas as condicionantes da autorização IBAMA no. 459/2013 foram atendidas no 6o Relatório Consolidado
e seus anexos. Os resultados apresentados, bem como o reportado durante a Conference Call, indicam que o
andamento do Projeto e a realização das campanhas relacionadas ao ciclo hidrológico encontram-se de acordo com o
previsto no PBA. As análises apresentadas estão de acordo com os objetivos do Projeto, e permitem detectar padrões
sazonais, de uso do espaço, e dos aspectos prioritários para a conservação deste grupo dentro da área do
empreendimento, para a avifauna aquática e semi-aquática. Aguarda-se ainda parecer do IBAMA quanto à porposta
de monitoramento apresentada pela NE para o período pós-enchimento.
13.4.3 Projeto de Monitoramento de Crocodilianos
Todas as condicionantes da autorização IBAMA no. 459/2013 foram atendidas no 6o Relatório Consolidado e seus
anexos. Os resultados apresentados, bem como o reportado durante a Conference Call, indicam que o andamento do
Projeto e a realização das campanhas relacionadas ao ciclo hidrológico encontram-se de acordo com o previsto no
PBA. As análises apresentadas estão de acordo com os objetivos do Projeto, e permitem detectar padrões sazonais,
de uso do espaço, e dos aspectos prioritários para a conservação deste grupo dentro da área do empreendimento, para
as quatro espécies de crocodilianos presentes na área do empreendimento.
Avaliação de resultados:
13.4.1. Projeto de Monitoramento de Mamíferos Aquáticos e Semi-Aquáticos
Foram realizadas até o momento todas as atividades previstas no cronograma físico do PBA para os anos de 2012,
2013 e 2014, bem como para o primeiro trimestre de 2015. Os resultados mostram que as atividades realizadas
representam uma contribuição impotante ao conhecimento do uso do Rio Xingu e demais corpos d’água por
mamíferos aquáticos, e deverão no futuro subsidiar ações para a conservação destas espécies na região. O projeto
transcorre de acordo com o cronograma previsto, seguindo a metodologia proposta no PBA.
13.4.2 Projeto de Monitoramento da Avifauna Aquática e Semi-Aquática
No primeiro semestre de 2014 foram realizadas a campanha 9 e a 10, abrangendo duas fases do ciclo hidrológico do
rio Xingu, nos cinco compartimentos determinados para o monitoramento. No terceiro e quarto trimestres foram
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realizadas a 11a e 12a campanhas de campo nos transectos aquáticos. As campanhas previstas para 2015 encontram-
se de acordo com o cronograma. O relatorio final consolidado apresenta dados e análises referentes a todas as
campanhas realizadas até o final de 2014, delineando os principais aspectos relacionados à distribuição, diversidade,
uso do habitat, ambientes importantes para a nidificação, alimentação e áreas prioritárias para a conservação da
avifauna aquática na área do empreendimento. Os resultados apresentados mostram que o projeto transcorre de
acordo com o cronograma previsto, seguindo a metodologia proposta no PBA.
13.4.3 Projeto de Monitoramento de Crocodilianos
No primeiro semestre de 2014 foram realizadas a nona (enchente) e a décima (cheia) campanhas de campo, nos
cinco compartimentos. Também foi realizada a quarta campanha (cheia) de monitoramento de crocodilianos nos
módulos RAPELD. No terceiro trimestre foram realizadaa a 11a e 12a campanhas nos compartimentos.
Os resultados apresentados no 8o RSAP e no relatório final consolidado mostram que o projeto transcorre de acordo
com o cronograma previsto, seguindo a metodologia proposta no PBA. As análises apresentadas detectam as áreas
de distribuição das quatro espécies de crocodilianos, e aspectos relacionados à biologia destas na área do
empreendimento, representando uma contribuição importante para a manutenção das espécies na região.
13.5. Programa de Conservação e Manejo de Quelônios
Progresso reportado pela Norte Energia:
Para a realização dos estudos com quelônios, foram adotadas três áreas de monitoramento, além do reservatório
intermediário, previsto para ser formado a partir do ano de 2016.
Conforme informado pela NE em relatórios anteriores, o arranjo institucional previsto no Plano Básico Ambiental
(PBA) acabou por gerar a sobreposição de ações de pesquisa e manejo, interferindo no adequado desenvolvimento
dos mesmos. Com o objetivo de tornar as ações do Programa mais efetivas foi feita uma análise dos produtos e
resultados de cada projeto e foi proposta uma reestruturação dos mesmos, mantidos os objetivos específicos que
compõem o programa e o atendimento às condicionantes de licenciamento do empreendimento. Foi encaminhada ao
IBAMA, por meio de Nota Técnica (NT 016-2012_30.03.2012_PCMQ_VS), uma solicitação de adequação no
escopo do PCMQ, que passaria a contar com dois projetos: o Projeto Pesquisa sobre Ecologia de Quelônios (PPEQ)
e o Projeto de Manejo de Quelônios de Belo Monte (PMQBM), eliminando assim, as sobreposições de atividades
entre os três projetos originalmente descritos, com vista a obter maior eficiência das ações em campo e excelência
dos resultados.
A proposta de reestruturação do PCMQ foi novamente apresentada ao IBAMA em 10/12/12, durante o seminário de
análise do segundo relatório consolidado, que contou com representantes da DILIC e DBFLOR. Na ocasião ficou
acordado que os resultados do Projeto Estudos Bioecológicos passariam a ser apresentados de maneira consolidada
no relatório do Projeto Pesquisa sobre Ecologia de Quelônios.
No 5o RC a Norte Energia solicita ao Ibama uma orientação quanto à adequação do escopo solicitada na Nota
Técnica acima referida.
No Ofício 02001.007620/2014/07DILIC/IBAMA, de 15 de julho de 2014, onde é apresentado o parecer do órgão
sobre o 5o RC, é informado que até o momento a análise dos projetos relativos a quelônios da UHE Belo Monte
estava a cargo do PQA (DBFLO). Segundo comunicado no documento, o acompanhamento de tais projetos passa a
ficar sob responsabilidade da DILIC para que se possa ter um acompanhamento mais eficaz de seu andamento.
Portanto, para que seja dado prosseguimento à análise da referida Nota Técnica, o IBAMA que esta seja
encaminhada novamente à DILIC.
A Nota Técnica NT_SFB_No013_Quelônios_09_07_14_LEME, solicitando a reestruturação dos Projetos que
compõem o Programa de Manejo e Conservação de Quelônios Aquáticos, foi novamente encaminhada ao IBAMA
em julho de 2014.
Durante o período a que se refere este relatório foi emitido o Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-
IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de Atendimento ao PBA e Condicionantes. Neste parecer é
feita uma análise da Nota Técnica no. 013 de 2014, com a proposta de reestruturação e ajustes nos projetos que
compõem este programa.
Segundo a análise do IBAMA, a reestruturação proposta é pertinente e necessária. No entanto, ressalta que alguns
pontos devem ser observados:
1. A disponibilização da nova base permanente de fiscalização deverá ser mantida como ação
prioritária, com o envio do projeto executivo ao IBAMA o quanto antes.
2. Deve ser mantido o apoio logístico e financeiro à prefeitura de Senador José Porfírio, conforme o
Termo de Cooperação
3. Caso sejam constatados impactos decorrentes da deposição de sedimentos nas praias do Juncal e
Embaubal, como consequência da implantação de Belo Monte, devem ser implementados projetos de
monitoramento e contenção de sedimentos.
4. Manter a ação “controlar fluxo de embarcações para tráfego nas áreas delimitadas e
identificadas: distribuir folheto informativo; promover reuniões com pilotos de embarcações e
cooperativas”, excluindo-se as atividades de responsabilidade da Capitania dos Portos.
Sendo assim, o Programa deverá conter dois projetos: Projeto Pesquisa sobre Ecologia de Quelônios e Projeto de
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Manejo e Conservação de Quelônios de Belo Monte. Nos relatórios anteriores, incluindo o Relatório Final
Consolidado, os resultados do antigo “Projeto de Estudos Bioecológicos” já vinham sendo apresentados em conjunto
com os do “Projeto de Pesquisa sobre Ecologia de Quelônios”, posto que em apresentação ao IBAMA em 10/12/12,
durante o seminário de análise do segundo relatório consolidado, que contou com representantes da DILIC e
DBFLOR, foi feita a proposta de reestruturação do Programa. Na ocasião ficou acordado que os resultados do
Projeto Estudos Bioecológicos (13.5.1) passariam a ser apresentados de maneira consolidada no relatório do Projeto
Pesquisa sobre Ecologia de Quelônios (13.5.2), uma vez que os estudos bioecológicos propriamente ditos somente
serão realizados após o enchimento e estabilização dos reservatórios.
As atividades de coleta de material biológico para o Projeto de Estudos Bioecológicos e para o Projeto sobre
Ecologia de Quelônios estão respaldadas pela AACTMB no. 379/2013, 1a retificação. Todos os itens da
condicionante 2.3 desta autorização foram considerados atendidos na análise apresentada no Parecer Técnico
02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA.
As atividades de coleta de material biológico para o Projeto Manejo de Quelônios de Belo Monte estão respaldadas
pela AACTMB no. 064/2012 e retificações. Todos os itens da condicionante 2.4 desta autorização foram
considerados atendidos na análise apresentada no Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA.
Segundo informado durante a conference call realizada em 21/05/2015, as metas dos projetos encontram-se
atendidas ou em atendimento, tendo como resultados as primeiras análises relativas ao uso das áreas pelas tartarugas,
tracajás e pitiús, os hábitos alimentares, a genética e a radiotelemetria.
Também conforme ressaltado pelo Órgão Licenciador na avaliação da NT, como aspectos importantes a serem
considerados na reestruturação dos projetos, a NE informa que estão sendo feitas as ações de educação ambiental
nos portos, e dado andamento à contrução da base de ficalização, bem como o apoio à prefeitura de Senador José
Porfírio, segundo o termo de cooperação.
São apresentados abaixo os resultados considerando o último parecer do IBAMA, agrupando os projetos de estudos
Bioecológicos e de Ecologia de Quelônios em um só:
13.5.1 Projeto de Pesquisa sobre Ecologia de Quelônios
Todas as metas deste projeto que deveriam ser cumpridas antes do enchimento dos reservatórios foram atendidas,
com a determinação de padrões da distribuição espacial e temporal; determinação da estrutura das populações;
identificação das áreas de maior intensidade de uso; estabelecimento da relação entre a distribuição de quelônios e
variáveis ambientais; monitoramento da movimentação dos quelônios via telemetria; estudo dos hábitos alimentares;
avaliação da qualidade das praias de desova; análise da proporção sexual dos adultos e filhotes e caracterização
genética.
Para o período pós-enchimento dos reservatórios este projeto prevê o monitoramento dos animais translocados para
o reservatório Intermediário, para verificar a capacidade de adaptação ao novo hábitat formado pelo
empreendimento e o monitoramento de outros quelônios que potencialmente colonizem o lago pelos parâmetros de
população e atributos da história natural de cada espécie.
O monitoramento dos tracajás translocados para o reservatório intermediário será realizado através do sistema de
satélites ARGOS durante 1 ano, tempo médio de duração da bateria. O monitoramento dos quelônios que podem
colonizar os reservatórios será realizado durante dois anos após o enchimento dos reservatórios, conforme a IN
146/2007.
A NE solicitou, no relatório final consolidado, que o IBAMA autorize a realização do projeto por mais dois anos
após o enchimento dos reservatórios, no Reservatório do Xingu, Reservatório Intermediário e Trecho de Vazão
Reduzida, e propõe que após estes dois anos seja elaborado um relatório considerando o status de atendimento dos
objetivos e metas, e da necessidade de continuação deste projeto. Durante a conference call realizada em 21/05/2015, a NE informou sobre os resultados já obtidos através do
monitoramento de 10 tartarugas e 10 tracajás através de transmissores via satélite.
13.5.3. Projeto de Manejo de Quelônios
Durante a Conference Call realizada, a equipe da NE informou que as atividades de manejo continuam a ser
desenvolvidas em colaboração com a SEMAT, no período reprodutivo de 2014/2015. A participação das
comunidades nas ações de manejo tem sido feita através da implantação de chocadeiras artificiais nas propriedades
dos moradores que participam do programa. No Tabuleiro do Embaubal, as atividades de manejo comunitário foram
realizadas com os alunos de escolas publicas em Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Atendendo à interface
com o PEA, foram ainda ministradas palestras de educação ambiental no período. Houve um aumento da
produtividade com relação ao período reprodutivo de 2013, graças às ações de manejo.
Escopo da verificação do andamento do Programa no período:
Conference call realizada em 21 de maio de 2015, com a equipe da Norte Energia, Biota, Arcadis/Naturae e
Leme engenharia.
9o Relatório Socioambiental Periódico (RSAP) e seus anexos, referente ao período de janeiro a março de 2015,
emitido em maio de 2015.
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RL-DS-001-806-020-13Fev15 – Relatório Final Consolidado de Andamento do PBA e do Atendimento de
condicionantes, emitido em fevereiro de 2015.
Parecer Técnico 02001.05036/2014-17 COHID-IBAMA, referente à análise do 6o Relatório Consolidado de
Atendimento ao PBA e Condicionantes.
Nota Técnica NT_SFB_No013_Quelônios_09_07_14_LEME, solicitando a reestruturação dos Projetos que
compõem o Programa de Manejo e Conservação de Quelônios Aquáticos.
Análise de conformidade:
13.5.1 Projeto de Pesquisa sobre ecologia de quelônios
Todas as metas deste projeto que deveriam ser cumpridas antes do enchimento dos reservatórios foram atendidas a
partir da realização das seguintes atividades: determinação de padrões da distribuição espacial e temporal;
determinação da estrutura das populações; identificação das áreas de maior intensidade de uso; estabelecimento da
relação entre a distribuição de quelônios e variáveis ambientais; monitoramento da movimentação dos quelônios via
telemetria; estudo dos hábitos alimentares; avaliação da qualidade das praias de desova; análise da proporção sexual
dos adultos e filhotes; caracterização genética.
Após três anos de realização deste projeto, o objetivo geral, que é de fornecer subsídios técnico-científicos para
orientar ações de manejo e conservação das espécies de quelônios aquáticos na região do empreendimento, vem
sendo realizado com êxito. Deu-se continuidade ao acompanhamento dos animais marcados através de transmissores
por satélite.
13.5.3. Projeto de Manejo de Quelônios
As atividades encontram-se de acordo com as metas previstas para o projeto, com o acompanhamento contínuo das
desovas nas praias e manejo dos ninhos, realizados de forma integrada com atividades de educação ambiental. Todas
as ações previstas encontram-se dentro do cronograma do PBA, cumprindo as metas a que se destina o projeto,
inclusive no que diz respeito à integração com os outros dois projetos que compõem este Programa.
Foi mantido o apoio à prefeitura de Senador José Porfírio, através do acordo de cooperação, e desenvolvidad
atividades de educação ambiental destinadas a orientar as embarcações no Tabuleiro do Embaubal.
Avaliação de resultados:
O Programa e seus três projetos vêm atingindo os objetivos listados no PBA, com o aumento do conhecimento sobre
as três espécies alvo no que diz respeito à sua ecologia alimentar, reprodutiva e ao uso do ambiente. Vêm sendo
realizadas as atividades de acompanhamento da reprodução e manejo dos ninhos, de forma conjunta com as ações
educativas e de conscientização. As comunidades locais estão sendo envolvidas no projeto, sempre que possível.
14. Plano de Gerenciamento Integrado da Volta Grande do Xingu
14.1. Programa de Acompanhamento das Atividades Minerárias
14.1.1 Projeto de Monitoramento da Atividade Garimpeira
Este Programa não faz parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela NE nos RSAP
até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.
14.2. Programa de Monitoramento das Condições de Navegabilidade e das Condições de Vida
14.2.1. Projeto de Monitoramento do Dispositivo de Transposição de Embarcações
14.2.2. Projeto de Monitoramento da Navegabilidade e das Condições de Produção
14.2.3. Projeto de Monitoramento das Condições de Vida das Populações da Volta Grande
14.2.4. Projeto de Recomposição da Infraestrutura Fluvial
Este Programa não faz parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela NE nos RSAP
até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.
15. Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno dos Reservatórios – PACUERA
Este Programa não faz parte do pacote de projetos críticos, cujo acompanhamento será reportado pela NE nos RSAP
até que o IBAMA emita a LO para o empreendimento.
Na LO espera-se que o órgão defina o tipo e a periodicidade do Relatório de Andamento dos Programas a ser
exigido nas etapas de implantação concomitante à operação e de operação.