FACULDADE REDENTOR
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA
JAMILLE DE ARAUJO CURI
ALTERAÇÕES ASSINTOMÁTICAS DE ORELHA MÉDIA E SUA RELAÇÃO COM O DESEMPENHO ESCOLAR EM ALUNOS DO
1º ANO DO CENTRO EDUCACIONAL REDENTOR (CER) – ITAPERUNA/RJ
Itaperuna
2015
JAMILLE DE ARAUJO CURI
ALTERAÇÕES ASSINTOMÁTICAS DE ORELHA MÉDIA E SUA RELAÇÃO COM O DESEMPENHO ESCOLAR EM ALUNOS DO
1º ANO DO CENTRO EDUCACIONAL REDENTOR (CER) – ITAPERUNA/RJ
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Redentor como parte do requisito para a obtenção do título de Bacharel em Fonoaudiologia.
Orientadora: Maria Esther de Araujo
Itaperuna
2015
FOLHA DE APROVAÇÃO
Autor (a): JAMILLE DE ARAUJO CURI
Título: ALTERAÇÕES ASSINTOMÁTICAS DE ORELHA MÉDIA E SUA
RELAÇÃO COM O DESEMPENHO ESCOLAR EM ALUNOS DO 1º ANO DO
CENTRO EDUCACIONAL REDENTOR (CER) – ITAPERUNA/RJ
Natureza: Trabalho de conclusão de curso
Objetivo: Título de Bacharel em Fonoaudiologia
Instituição: Faculdade Redentor
Área de concentração: Fonoaudiologia com ênfase em Audiologia
Aprovada em: ___ /___ /___
Banca examinadora:
_______________________________________
Profº (a) M.Sc. Maria Esther Araujo
M.Sc. Gestão Ambiental – UNESA
Instituição: Faculdade Redentor
_______________________________________
Profº (a) Claudiane Henriques Balbi
Especialista em Audiologia
Instituição: Faculdade Redentor
________________________________________
Profº (a) M. Sc. Carolina de Freitas do Carmo
M.Sc. Ciências da saúde – Saúde da Criança e do Adolescente – UFMG
Instituição: Faculdade Redentor
AGRADECIMENTOS
Primeiramente quero agradecer à Deus, pois sem Ele eu nada seria, por
me abençoar e iluminar todos os meus caminhos sempre, por me dar forças
para continuar à caminhar e por me fazer ser uma pessoa melhor a cada dia.
Aos meus pais Jamil e Ivaneth e ao meu irmão Jamil Junior que
estiveram sempre presentes ao meu lado, em todos os momentos, me
apoiando em cada decisão, não me deixando desistir nunca e me fazendo
acreditar que sempre sou capaz.
À minha orientadora Prof.a M.Sc. Maria Esther Araujo , pela paciência,
pelas sugestões dadas, pela competência como profissional, por toda sua
orientação dada ao longo dessa jornada.
À Prof.a M.Sc. Carolina de Freitas do Carmo pela paciência, pelo apoio e
por todas as sugestões dadas.
Aos queridos professores e supervisores, por terem contribuído com
tanto conhecimento para o nosso crescimento como profissionais e como seres
humanos.
Às minhas amigas por tudo que fizeram e fazem por mim e que
estiveram presentes em todos os momentos durante esses quatro anos de
faculdade, às amigas que a faculdade me deu que levarei sempre comigo, por
me acompanharem e estarem presentes durantes esses anos.
Ao Centro Educacional Redentor por me permitir adentrar para a
realização da minha pesquisa.
A todos, meus sinceros agradecimentos.
(Alexandre K. Ono)
LISTA DE SÍMBOLOS
RA – Reflexo acústico
TAE – Triagem auditiva escolar
PA – Processamento auditivo
PAC – Processamento auditivo central
mTVP – Músculo tensor do véu palatino
mEVP – Músculo elevador do véu palatino
mSF – Músculo salpingofaringeo
mTT – Músculo tensor do tímpano
OMS – Otite média secretora
OMCS – Otite média crônica secretora
SUMÁRIO
SEÇÃO I: REVISÃO DA LITERATURA 8
1 INTRODUÇÃO 9
2 ALTERAÇÕES DE ORELHA MÉDIA 13
2.1 OTITE MÉDIA AGUDA 13
2.2 OTITE MÉDIA CRÔNICA 14
2.2.1 Otite média serosa ou secretora 14
3 REFLEXO ACÚSTICO ELEVADO EM CRIANÇAS COM AUDIÇÃO NORMAL.17
4 ALTERAÇÕES CONDUTIVAS E RENDIMENTO ESCOLAR 18
5 TRIAGEM AUDITIVA ESCOLAR 20
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS23
APÊNDICES26
SEÇÃO II: ARTIGO CIENTÍFICO 29
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO 30
RESUMO 31
ABSTRACT 32
INTRODUÇÃO 33
MATERIAIS E MÉTODOS35
RESULTADOS 36
DISCUSSÃO 40
CONCLUSÃO 42
REFERÊNCIAS 44
APÊNDICES46
ANEXOS 51
9
1 INTRODUÇÃO
A orelha é formada por três grandes partes: a orelha externa, a orelha
média e a orelha interna. A orelha externa é constituída pelo pavilhão auricular,
e pelo meato acústico externo, sendo responsável por captar as ondas sonoras
vindas do meio em que estamos (DIAS, et al, 2011).
A orelha média é constituída pela membrana timpânica, tuba auditiva e
por três ossículos, respectivamente, martelo, bigorna e estribo. Quando há a
movimentação da membrana timpânica, há a movimentação dos ossículos que
são articulados entre si e suspensos por ligamentos e músculos (músculo
estapédio, e músculo tensor do tímpano), deste modo, passando as
informações de frequência e amplitude do som (DIAS, et al, 2011).
Os músculos existentes na orelha média se contraem quando há uma
estimulação da membrana timpânica por energia sonora captada pela orelha
externa. Essa contração da musculatura em decorrência da estimulação sonora
é denominada reflexo acústico (RA), protege a orelha interna contra sons
intensos, sendo esta uma das funções da orelha média (DIAS, et al, 2011).
A tuba auditiva é um ducto que comunica a orelha média à nasofaringe,
tendo como suas principais funções, a proteção contra secreção, a drenagem
de secreção da orelha média e a ventilação da mesma, para igualar sua
pressão com a pressão atmosférica, sendo esta, a função mais importante,
pois a audição é melhor quando essas pressões são semelhantes
(SPERANCINI, et al, 2007).
A orelha interna, é constituída pela cóclea e labirinto, sendo o labirinto
responsável pelo nosso equilíbrio e a cóclea é a principal responsável pela
função auditiva, e os nervos, responsáveis por transmitirem a informação para
o cérebro (DIAS, et al, 2011).
O sistema auditivo é o conjunto dessas estruturas sensoriais e conexões
centrais responsáveis pela audição, sendo o maior e principal meio de
comunicação entre os seres humanos (SANTOS, et al, 2009).
10
A audição interfere de forma significativa no desenvolvimento cognitivo,
emocional e social da criança. Deste modo, é necessário que o funcionamento
do sistema auditivo, desde sua parte periférica, (orelha externa, média e
interna) até sua parte central (via auditiva central) , seja perfeito, para que todo
o desenvolvimento da capacidade auditiva ocorra dentro dos parâmetros de
normalidade (SANTOS, et al, 2009).
O processo de aprendizagem de leitura e escrita é um dos principais
momentos na vida escolar de uma criança. Pesquisas vêm comprovando que
alterações auditivas interferem de forma significativa neste processo, causando
retardos no desempenho acadêmico e trazendo inúmeras consequências no
processo de desenvolvimento da linguagem (OSÓRIO, 1999).
Problemas relacionados à audição são muito comuns na primeira
infância, exatamente na fase de aquisição de linguagem. Desta maneira é
importante a sistematização de programas educativos, preventivos e curativos
da surdez, para amenizar e /ou evitar possíveis sequelas auditivas que podem
comprometer o rendimento escolar (OSÓRIO, 1999).
A triagem auditiva escolar (TAE) pode ser definida como o processo de
avaliar um grande número de indivíduos onde detecta precocemente os
possíveis comprometimentos de orelha média em crianças, visando prevenir
dificuldades de aquisição da fala e do desenvolvimento da linguagem, uma vez
que ambos estão diretamente ligados à audição. Com a finalidade de identificar
precocemente e serem encaminhados a uma avaliação otorrinolaringológica e
audiológica completa (SANTOS, et al, 2009).
Dentre todos os testes audiológicos utilizados em triagem auditiva, o
mais utilizado é a imitância acústica que consiste em dois testes objetivos, a
timpanometria e a pesquisa de reflexo acústicos. Ambos são testes objetivos,
ou seja, não dependem da resposta do paciente e possibilitam verificar as
condições de orelha média e do arco reflexo acústico. Devido a grande
incidência de problemas relacionados à orelha média, as medidas de imitância
acústica são muito importantes (SANTOS, et al, 2009).
A timpanometria verifica o grau de mobilidade do sistema tímpano-
ossicular, decorrente da variação de pressão do ar no meato acústico externo.
O padrão de normalidade é encontrado em indivíduos com função de orelha
11
média normal em que não há alteração, os timpanogramas são classificados
como do tipo “A”. Quando há indícios da presença de secreção na orelha
média, os timpanogramas mais usualmente encontrados são os do tipo “B”,
comum no caso otite média. Já os portadores de disfunção tubária, apresentam
curvas do tipo “C”. Os timpanogramas do tipo “As” ou “Ar” correlacionam-se
com os casos de rigidez no sistema tímpano ossicular. E os timpanogramas do
tipo “Ad”, são normalmente encontrados em portadores de desarticulação da
cadeia ossicular (ALMEIDA, 1999).
Já a medida do reflexo acústico do músculo do estribo é a menor
intensidade capaz de desencadear a contração do músculo estapédio. Em
crianças com perfil de orelha média normal, ou seja, curva do tipo A, este limiar
estaria com média de 85 ou 83dB, para tons puros, e 65dB para ruído de
banda larga (LOBO, 1999 & DIAS, et al, 2011).
Limiares de reflexo acústico elevados podem estar relacionados às
alterações no processamento auditivo central, com falhas em algumas de suas
habilidades, entre elas, localização, atenção seletiva, reconhecimento de fala
no ruído e seletividade, já que, a contração do músculo estapediano e as
habilidades do PAC estão envolvidas pela ação do Complexo Olivar Superior
(LOBO, 1999 & CARVALHO, 2004 & MENEGUELO, 2001).
Dentre as alterações mais encontradas na timpanometria, a mais
frequente é a otite média e disfunção da Tuba Auditiva, que são patologias
normalmente encontradas em crianças em idade escolar. PERFIL C e B.
Estudos revelam que 90% das crianças desenvolvem otite média na idade
escolar (SANTOS, et al, 2009).
A disfunção tubária é uma obstrução da tuba auditiva, podendo ser de
dois tipos: funcional ou mecânica. Alguns fatores alteram o desenvolvimento da
tuba como: alergias, hipertrofias, inflamações e fatores de desenvolvimento,
causando a ausência de ventilação na orelha média. Essa ausência leva à
formação de líquido em seu interior, deste modo, pode vir a desenvolver uma
otite média secretora. Pois, quanto maior o tempo em que a orelha média
permanecer sem ventilação, maior é a chance de se desenvolver uma otite
(NETO, 2005).
12
A otite média é a inflamação da cavidade da orelha média, independente
da sua etiologia ou da sua patogênese. Essa inflamação da orelha média pode
envolver também outros três espaços pneumatizados: mastóide, ápice petroso
e células perilabirínticas, devido à proximidade entre eles (NETO, 2005).
Em crianças a otite média pode ser explicada pela imaturidade do
sistema imunológico e também pela imaturidade estrutural e funcional da tuba
auditiva (SANTOS, et al, 2009).
A otite média pode ser classificada de acordo com a duração de seus
processos: a otite média aguda e a otite média crônica; ou também pelo tipo de
líquido que está contido na orelha média: a otite média serosa, descrita como
inflamação da orelha média com a presença de secreção serosa ou mucóide,
na vigência de membrana timpânica íntegra ( SANTOS, et al, 2009).
Quadros de crianças com otite média vem a desencadear uma perda
auditiva do tipo condutiva, normalmente de grau leve a moderado, podendo
produzir um abafamento no som e a criança terá grande dificuldade para ouvir
e consequentemente terá dificuldade na comunicação e na aprendizagem
(SANTOS, et al, 2009).
Portanto, é muito importante realizar uma avaliação audiológica
complementar, com o exame audiométrico para diagnosticar perdas
sensorioneurais e perdas condutivas, a fim de iniciar o tratamento adequado, e
a reabilitação, quando necessária, para evitar futuros problemas de
aprendizagem escolar (NETO, 2005).
13
2 ALTERAÇÕES DA ORELHA MÉDIA EM CRIANÇAS
A orelha pode-se dividir em três partes, orelha externa, média, e interna,
sendo na orelha média onde há o maior índice de desenvolvimento de
patologias na infância, entre elas a mais frequente é a otite média (PEREIRA,
et al, 1998).
A orelha média é composta basicamente pela membrana timpânica, tuba
auditiva e por três ossículos, sendo eles, martelo, bigorna e estribo. A tuba
auditiva com sua função de ventilar, drenar e equalizar a orelha média, protege
a mesma de mudanças bruscas de pressão (BEVILACQUA, et al, 2012).
Existem vários músculos que estão relacionados com a tuba auditiva, entre
eles estão o músculo tensor do véu palatino (mTVP), o músculo elevador do
véu palatino (mEVP), o músculo salpingofaríngeo (mSF) e o músculo tensor do
tímpano (mTT), e por meio das contrações destes ocorre a abertura da tuba,
aumentando a pressão da nasofaringe (BEVILACQUA, et al, 2012 & NETO,
2005).
A estrutura da tuba auditiva em crianças quando comparada à de um
adulto, é mais horizontalizada, sua musculatura ainda não se encontra
completamente desenvolvida, sendo ainda hipotônica e possui uma menor
extensão ístmica, o que a torna mais propensa a desenvolver um refluxo nasal.
Na criança a tuba tem em torno de 18mm de comprimento, já no adulto tem em
média de 31 à 38mm (NETO, 2005).
Deste modo, podemos concluir que são muitos os fatores pelos quais há
maior índice de otite média em crianças (NETO, 2005).
2.1- Otite Média Aguda
A otite média aguda é uma infecção virótica ou bacteriana da orelha
média, é um processo autolimitado, ou seja, sem tratamento, a orelha média
tende a voltar às suas funções normais de audição (NETO, 2005).
Normalmente essa infecção se dá pela infecção das vias aéreas
superiores, ocorrendo uma hiperemia, edema da mucosa, e se esse processo
evoluir pode ocorrer também um acúmulo de fluido na orelha média, tornando-
14
se purulenta, desenvolvendo então uma infecção bacteriana (FROTA, 2003 &
NETO, 2005).
Os sintomas são variados, e entre eles estão, a otalgia, sendo o sintoma
mais comum entre os pacientes, e encontramos também a hipoacusia, a
sensação de plenitude auricular e ruídos (NETO, 2005).
2.2- Otite Média Crônica
Otite média crônica ou Otite média recorrente é um processo inflamatório da
mucosa da orelha média com três episódios de otite média aguda em 6 meses
ou quatro episódios em um ano (NETO, 2005 & PEREIRA, et al, 1998).
Geralmente decorrente de uma otite média aguda prévia, podendo ter
outras etiologias como a disfunção tubária, trauma, otite média serosa,
tumores, doenças sistêmicas, entre outros (NETO, 2005 & OTORRINOUSP,
Otite média crônica).
O seu desenvolvimento se dá de forma lenta, destrutiva e persistente e é
classificada em três formas, Otite média crônica com membrana timpânica
perfurada, Otite média crônica silênciosa e timpanosclerose (OTORRINOUSP,
Otite média crônica).
A Otite média crônica com perfuração pode ser classificada de 4 formas:
Otite média crônica simples, Otite média crônica supurativa, Otite média
crônica colesteatomatosa e Otite média crônica tuberculosa (OTORRINOUSP,
Otite média crônica).
2.2.1- Otite Média Serosa ou Secretora
A otite média serosa ou secretora também pode ser nomeada como:
otite média efusional (OME) e otite média mucoide, sendo uma inflamação
crônica da orelha média, e uma das causas mais comum de perda condutiva
em crianças, se tornando cada vez mais frequente (NETO, 2005 & KATZ, et al,
1999).
“A otite média secretora (OMS) é definida como a presença de fluido na orelha média sem sinais e sintomas de infecção aguda. É acompanhada por perdas
15
condutivas, episódicas e variáveis, que podem varias de grau leve à moderado, não ultrapassando 50dB.” (SAES, et al, 2007).
As secreções de orelha média podem ser encontradas de 3 tipos:
purulenta, que é o pus na orelha média; serosa, que é aquosa; e a mucosa, é
mais espessa que a secreção serosa. É importante ressaltar que a OMS pode
ser a evolução de uma OMA (NETO, 2005).
Alguns fatores aumentam a incidência da otite média na infância, dentre
eles estão, o período mais curto de aleitamento materno, o ingresso precoce
em creches e a convivência com grande número de crianças na mesma
creche/escola (FERREIRA, et al, 2007).
A maioria das crianças que apresentam otite média secretora não
apresentam sintomas. Neste caso, são percebidos na maioria das vezes pelos
pais e professores, pois apresentam uma perda auditiva condutiva,
constatando uma maior dificuldade de aprendizagem. Quando apresentam
sintomas, são acompanhados de otalgia (NETO, 2005).
Através de várias características comportamentais como aumentar o
volume do rádio ou da televisão, dificuldade de ouvir em ambientes ruidosos,
curto tempo de atenção, solicita sempre a repetição do que foi dito, entre
outras, podemos reconhecer a dificuldade de audição em algumas crianças
(FERREIRA, et al, 2007 & ANDRADE, et al, 2003).
As causas de OMS são variáveis, sendo a disfunção tubária, com ou
sem presença de infecção de vias aéreas superiores, a causa mais básica da
OMS, pois com essa disfunção a orelha média não recebe a ventilação
adequada para o seu funcionamento. Além desse fator, outros também podem
contribuir para sua instalação, tais como, rinopatia alérgica, imunodeficiência,
hipertrofia das adenoides, adenoidite recidivante, tumores da rinofaringe, fenda
palatina, entre outros (SAFFER, et al, 2000 & FROTA, 2003).
Se não há o bom funcionamento da tuba auditiva, consequentemente
não haverá a regulação da pressão interna e externa do corpo, através da
ventilação, que é uma das funções da tuba auditiva, ocasionando um acúmulo
de secreção, ou seja, OMS (KATZ, et al, 1999).
16
Crianças portadoras de síndromes, que apresentam alterações
estruturais na membrana timpânica, têm mais chances de desenvolver uma
OMCS (SAFFER, et al, 2000).
O diagnóstico é feito primeiramente através da Otoscopia com a
visualização do líquido e em seguida a impedanciometria e a audiometria. Em
relação à membrana timpânica, será observada a sua posição, se existem
retrações ou abaulamentos, sua mobilidade, e sua cor. Quando se encontra
alguma alteração na mesma, esta pode estar opaca, com a cor amarelada ou
azul, o que indica efusão na orelha média (NETO, 2005).
Crianças com OMS geralmente não apresentam alterações cocleares,
porém algumas apresentam grandes perdas auditivas devido às doenças;
neste caso, faz-se necessário a realização da audiometria para melhores
diagnósticos e futuros tratamentos (NETO, 2005).
A realização da timpanometria é de suma importância, mostrando a
presença de fluido na orelha média. Nos casos de otite média serosa mais
avançados, a realização da timpanometria é de grande utilidade, pois mostrará
uma curva relativamente plana, ou seja, curva do tipo B, e nos casos menos
severos mostrará apenas um deslocamento para pressões negativas do pico
de máxima admitância (KATZ, et al, 1999).
O tratamento pode ser através de medicação descongestionante e até
mesmo cirúrgico, sendo o seu principal objetivo reverter o grau da perda
auditiva, e prevenir acometimentos maiores de orelha média, podendo levar ao
desenvolvimento de OMC. Após o tratamento cirúrgico, faz-se necessário o
acompanhamento audiológico e imitanciométrico para ajudar no controle da
eficiência do mesmo (NETO, 2005).
Os casos de OMS decorrentes de um quadro de infecção das vias
aéreas superiores podem se curar espontaneamente; Neste caso, não se faz
necessário o tratamento (NETO, 2005).
17
3 REFLEXO ACÚSTICO ELEVADO EM CRIANÇAS COM AUDIÇÃO NORMAL
O reflexo acústico é considerado uma contração involuntária dos
músculos da orelha média quando estão expostos a um estímulo sonoro. O
limiar do reflexo acústico é considerado o som mais fraco capaz de fazer com
que esses músculos se contraiam, e essa contração ocorre em ambas orelhas,
mesmo quando somente um lado é estimulado (LOBO, 1999).
A avaliação do reflexo acústico tem se tornado muito importante no
diagnóstico de alterações do sistema nervoso auditivo central, já que a
contração do músculo estapediano e as habilidades do PAC estão envolvidas
pela ação do Complexo Olivar Superior (PINOTTI, 2009).
Neste caso, uma disfunção do sistema nervoso auditivo central pode
levar à alterações do reflexo acústico estapediano, como por exemplo: podem
estar presentes em níveis de intensidade aumentados, com os limiares
superiores à 90dB ou até mesmo ausentes em algumas frequências, podendo
assim, estar relacionado à algumas falhas nas habilidades envolvidas no PA,
como localização, atenção seletiva, reconhecimento de fala no ruído e
seletividade de frequência (PINOTTI, 2009).
Além de alterações de processamento auditivo central, alterações no
reflexo acústico podem acarretar em outros prejuízos também, como por
exemplo na inteligibilidade da fala, já que o fato do músculo estapediano se
contrair à estímulos sonoros tem relação direta com a captação dos sons da
fala, o que criaria condições de melhor codificação da informação
(MENEGUELLO, 2001).
Portanto, as medidas do reflexo acústico associadas às medidas de
imitância acústica são de extrema importância no processo de avaliação a
respeito de orelha média; podendo servir a fim de encaminhar os mesmos a
uma avaliação complementar, e prevenir futuras alterações ou até mesmo
disfunções do Processamento Auditivo (MENEGUELLO, 2001).
18
4 ALTERAÇÕES CONDUTIVAS E RENDIMENTO ESCOLAR
Desde o nascimento todos nós estamos expostos a um meio cheio de
estímulos que poderão influenciar no nosso comportamento, sendo a escola
um dos principais ambientes responsáveis por esse processo (SILVA, et al,
1999).
A dificuldade de aprendizagem é um fato que ocorre desde o início do
século, porém nos últimos anos a queixa de baixo rendimento escolar
aumentou nos consultórios de médicos e fonoaudiólogos (SIQUEIRA, et al,
2011).
“O mau desempenho escolar (MDE) pode ser definido
como um rendimento escolar abaixo do esperado para
determinada idade, habilidades cognitivas e escolaridade.”
(SIQUEIRA, et al, 2011).
Este mau desempenho pode estar relacionado a inúmeras etiologias, dentre
elas, as alterações auditivas (SIQUEIRA, et al, 2011).
A perda auditiva condutiva pode ser considerada como uma sensação de
abafamento do som, trazendo prejuízos na quantidade e qualidade do som que
é captado pela orelha (SILVA, 1999).
A perda auditiva condutiva em crianças traz alterações muito maiores do
que em adultos, pois, as crianças não desenvolveram todos os aspectos da
fala corretamente, então precisam ouvir bem para distinguí-los. Já nos adultos,
desenvolveram todas as estratégias para a interpretação da fala corretamente
(SILVA, et al, 1999).
A deficiência auditiva vem acarretando profundos impactos no
desenvolvimento da aprendizagem nas crianças, necessitando ser
diagnosticada o mais rápido possível. Com a diminuição da capacidade de
audição, várias funções podem estar afetadas, tais como: cognitiva, social e
emocional. (OSÓRIO, 1999).
Crianças que apresentam otite média serosa, normalmente irão desenvolver
uma perda auditiva do tipo condutiva de grau leve à moderado, geralmente
desenvolvida na faixa etária escolar. É visível as limitações na comunicação e
na aprendizagem, associadas à esta patologia. Este caso vem sendo um dos
19
principais problemas de saúde pública no país (MONDELLI, et al, 2010 &
ARAUJO, et al, 2002 ).
O fluido na orelha média desenvolvido pela Otite média produz um certo
ruído na mesma que interfere na percepção da fala, consequentemente
interferindo no seu desempenho escolar (OSÓRIO, 1999).
Normalmente as dificuldades de aprendizagem não são vistas associadas
às alterações auditivas. Na maioria das vezes essas alterações passam
despercebidas por pais e professores, geralmente associam-se à outros fatores
individuais (OSÓRIO, 1999).
Estudos realizados para detectar problemas auditivos poderão informar e
conscientizar toda a população sobre as consequências, escolares trazidas
pelas alterações auditivas nessa faixa etária, sendo necessária a identificação
precoce das mesmas, a fim de obter um bom prognóstico (OSÓRIO, 1999).
20
5 TRIAGEM AUDITIVA ESCOLAR
Um programa de Triagem Auditiva Escolar (TAE) tem como principal
objetivo examinar um grande número de indivíduos que não apresentam
sintomas aparentes, a fim de encaminhá-los a um exame audiométrico
complementar, para identificar as alterações e minimizar os problemas que a
perda auditiva pode acarretar (SILVA, 1999).
A imitanciometria é realizada pelo imitanciômetro, responsável por medir o
nível de pressão sonora em uma cavidade fechada, neste caso, a orelha
média. É um dos exames utilizados na triagem auditiva escolar, por ser rápido
e objetivo, sendo constituída pela timpanometria e a pesquisa do reflexo
acústico (FROTA, 2003).
A timpanometria irá identificar o grau de mobilidade do sistema tímpano-
ossicular, de acordo com a variação de pressão no meato acústico externo, e
as condições funcionais da orelha média (FROTA, 2003).
Nos indivíduos que apresentam função de orelha média normal, será
encontrado o timpanograma do tipo “A”, no qual mostrará um pico de máxima
admitância em torno de 0 daPa. Os timpanogramas do tipo “B”, normalmente
são encontrados em indivíduos com fluido na orelha média, associando à otite
média, estes não apresentam pico. Os indivíduos que apresentam mau
funcionamento da tuba auditiva, irão apresentar timpanograma do tipo “C”, no
qual o pico de máxima admitância está deslocado para pressões negativas. Os
portadores de rigidez na membrana, apresentarão timpanograma do tipo “Ar”
ou “As”. Já os indivíduos que apresentam desarticulação da cadeia, ou até
mesmo uma flacidez na membrana, serão classificados como timpanograma do
tipo “Ad” (SANTOS, et al, 2011).
21
Fonte: online, 2015
O reflexo acústico é caracterizado pela contração do músculo estapédio,
quando há um estímulo muito intenso, de 70 à 90 dB acima do limiar tonal
(FROTA, 2003).
O limiar do reflexo acústico é caracterizado pela menor intensidade em que
o músculo irá desencadear a sua contração, consequentemente protegendo as
estruturas da orelha interna contra sons de altos níveis (MENEGUELLO, et al,
2001).
Deste modo, podemos concluir que a triagem com imitância acústica é
necessária para a identificação de indivíduos com alterações de orelha média,
sendo de suma importância que seja realizada por um profissional que tenha
experiência na área, ou seja, por um fonoaudiólogo audiologista (ORÓRIO,
1999).
22
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando que as alterações de orelha média são capazes de
produzir uma perda quantitativa na emissão sonora, crianças em fase de
desenvolvimento de linguagem e aprendizagem sofrem grandes prejuízos.
Portanto, faz-se necessária a realização de uma triagem auditiva escolar
(TEA) com a presença do profissional fonoaudiólogo, para que haja uma
identificação precoce das alterações auditivas, evitando que haja
comprometimento no processo de ensino-aprendizagem.
23
REFERÊNCIAS
1- ALMEIDA, R. N. Processos de medidas da imitância acústica. 1999.
Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em audiologia clínica) –
CEFAC, Rio de Janeiro. 30p.
2- ARAUJO. S. A. et al.; Avaliação auditiva em escolares. Rev. Bras. Otorrinolaringologia, São Paulo; v. 68, n. 2, mar./abr. 2002.
3- BEVILACQUA, M. C. et al.; Sistema auditivo periférico. In: BONALDI,
L. V. Tratado de audiologia. 1. Ed. São Paulo: Santos editora, 2012. P 3-14.
4- CARVALHO, R. M. M. & SOARES, J. C.; Efeito do estímulo facilitador no
limiar de reflexo acústico. Rev. Bras. Otorrinolaringologia, São Paulo; v.70, n.
2, mar./abr. 2004.
5- DIAS, A. M. N. et al.; Anatomia e Fisiologia do Órgão da audição e do equilíbrio. In: SANTOS, T. M. M. et al. Prática da Audiologia Clínica.8. Ed. São
Paulo: Editora Coortez, 2011. P 11-28.
6- DIAS, A. M. N. et al.; Medidas de imitância acústica. In: RUSSO, I. C.
P. et al. Prática da Audiologia Clínica. 8. Ed. São Paulo: Editora Cortez, 2011.
p. 183-216.
7- FERREIRA, M. S. et al.; Limiares de audibilidade em altas freqüências
em crianças com história de otite média secretora bilateral. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, São Paulo; v. 73, n. 2, mar/abr,2007.
8- FROTA, S. Etiologias das perdas auditivas e suas características audiológicas. In: KÓS, A. O. A. e KÓS, M. I. Fundamentos em fonoaudiologia.
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24- SILVA. S. C. C. Triagem auditiva escolar: Programa de orientação. 1999. Monografia de Conclusão do Curso (Especialização em Audiologia
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tom sonda de 226 e 1000 Hz em neonatos. Audiol., Commum. Res, São
Paulo; v.18, n.2, abr./jun, 2013.
28
APÊNDICE II
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
JAMILLE DE ARAUJO CURI, identidade nº 21.535.158-6, declaro para os
devidos fins sob as penas previstas pela lei, de acordo com o Código Penal
Brasileiro, e na lei 9610/1998, que o trabalho que versa sobre: ALTERAÇÕES
ASSINTOMÁTICAS DE ORELHA MÉDIA E SUA RELAÇÃO COM O
DESEMPENHO ESCOLAR EM ALUNOS DO 1º ANO DO CENTRO
EDUCACIONAL REDENTOR (CER) – ITAPERUNA/RJ é de minha única e
exclusiva autoria, estando a FACULDADE REDENTOR autorizada a divulgá-
lo, mantendo cópia em biblioteca, sem ônus referentes a direitos autorais, por
se tratar de exigência parcial para certificado do CURSO DE GRADUAÇÃO EM
FONOAUDIOLOGIA.
Itapeuna, __________ de ____________________ de ______________
________________________________________Assinatura
_________ / _________ / __________
_______________________________Ciente
29
SEÇÃO II
ARTIGO CIENTÍFICO
Este manuscrito foi redigido de acordo com as normas do periódico International Archives of Otorhinolaryngology. Disponível em: http://www.internationalarchivesent.org/content/edicoes_anteriores.asp Acesso em: 23 de Novembro de 2015.
30
Alterações assintomáticas de orelha média e sua relação com o desempenho escolar em alunos do 1º ano do Centro Educacional Redentor (CER) – Itaperuna/RJ
Asymptomatic middle ear changes and its relationship with the academic
performance in students of one year of the Centro Educacional Redentor
Triagem auditiva escolar e desempenho escolar
School hearing screening and school performance
Jamille de Araujo Curi1, Maria Esther Araujo2
1 Acadêmica em Fonoaudiologia; Faculdade Redentor, Itaperuna, Rio de
Janeiro, Brasil.2 Fonoaudióloga; Mestre em Gestão Ambiental (área de pesquisa: Educação em saúde)
Trabalho realizado no curso de Fonoaudiologia, Faculdade Redentor –
Itaperuna (RJ), Brasil.
Endereço para correspondência:Rua Irineu Ferreira Pinto, 374
Cond. Elisa, Rua 8, casa 452
Ponta Grossa – Maricá - RJ
Área: Audiologia.
Tipo de manuscrito: Pesquisa de campo.
Fonte de auxilio de pesquisa: Não.
Conflito de Interesses: Não.
31
RESUMO
Introdução: A função auditiva interfere de forma significativa no
desenvolvimento da criança. Desta forma, se houver alguma alteração auditiva
ao longo da vida da criança, a mesma pode vir a desenvolver possíveis
comprometimentos de linguagem e até mesmo de aprendizagem na fase
escolar. Entretanto, alterações de orelha média em crianças são muito comuns,
principalmente na fase de alfabetização. E para auxiliar no diagnóstico das
alterações de orelha média, é realizada uma triagem auditiva escolar.
Objetivo: Traçar uma relação dos possíveis comprometimentos auditivos de
orelha média com os problemas de aprendizagem e rendimento escolar em
crianças da alfabetização. Métodos: Foram analisados 11 (onze) escolares
matriculados no 1º ano do ensino fundamental com faixa etária entre 6 (seis) e
9 (nove) anos que se encontram em processo de alfabetização. Os
procedimentos realizados compreenderam anamnese adaptada, timpanometria
e pesquisa do reflexo acústico. Resultados: Das crianças sem queixa de
dificuldade escolar, 67% não apresentam alterações timpanométricas e 33%
apresentam reflexo ipsilateral elevado. Das crianças com queixa de dificuldade
escolar, 25% apresentam perfil timpanométrico alterado com reflexo ipsilateral
ausente, 62% apresentaram reflexo ipsilateral elevado e apenas 13%
apresentaram reflexo ipsilateral compatível com normoacusia. Conclusão: A
maioria das alterações de orelha média são assintomáticas e podem acarretar
em uma perda quantitativa na emissão sonora e alterações no processamento
auditivo central. Em crianças em processo de alfabetização, isso pode gerar
grandes prejuízos, comprometendo o desempenho escolar dessas crianças.
Descritores: Audiologia; Timpanometria; Aprendizagem
32
ABSTRACT
Introduction: The auditory function is our primary means of communication,
interfering significantly in the emotional, social and child's cognitive
development. Thus if there is any hearing loss over the child's life, you may
develop possible language impairments and even in the learning phase school.
However, middle ear disorders in children are very common, especially in
literacy phase. And to help in the diagnosis of middle ear disorders, a school
hearing screening is performed. Objective: To describe a list of possible
auditory middle ear troubles to the problems of learning and attainment in
children's literacy. Methods: We analyzed eleven (11) school enrolled in the 1st
year of primary school aged between six (6) and Nine (9) that are in the process
of literacy. The procedures conducted comprised adapted anamnesis,
tympanometry and acoustic reflex. Results: In the group of the children without
complaints of school difficulties, 67% doesn’t have hearing disorder and 33%
had high ipsilateral reflex. Children with complaints of school difficulties, 25%
have tympanometric profile changed with absent ipsilateral reflex, 62% showed
high ipsilateral reflex and only 13% had ipsilateral reflex compatible with normal
hearing. Conclusion: Most changes in middle ear are asymptomatic and may
result in a quantitative loss in noise emission and changes in central auditory
processing. In children in the literacy process, this can lead to large losses,
compromising the academic performance of these children.
Keywords: Audiology; Tympanometric; Learning
33
INTRODUÇÃO
A orelha é responsável por captar, interpretar e decodificar todo o som
vindo do meio externo. A mesma é formada por três grandes partes: orelha
externa, média e interna, sendo necessário que haja um funcionamento perfeito
entre elas para que a comunicação ocorra de forma efetiva1,2.
A orelha média tem como função: a proteção, drenagem e ventilação de
secreção, através da tuba auditiva e também proteção da orelha interna contra
estímulos intensos através da contração do músculo estapédio, sendo
denominada reflexo acústico1,3.
A audição é o nosso principal meio de comunicação, interferindo de
forma significativa no desenvolvimento emocional, social e cognitivo da criança.
Sendo assim, se houver alguma alteração auditiva ao longo da vida da criança,
a mesma pode vir a desenvolver possíveis comprometimentos de linguagem e
até mesmo de aprendizagem na fase escolar2,4.
A perda auditiva condutiva pode trazer grandes prejuízos para a criança,
pois a mesma ainda não desenvolveu todos os aspectos da fala corretamente.
Há um abafamento do som, impedindo que o mesmo chegue de forma
adequada até a orelha interna onde será interpretado2.
Dentre as alterações auditivas encontradas na infância, a mais comum é
a otite média, que pode ser dividida em otite média aguda e otite média
crônica, sendo a otite média aguda uma infecção que pode ser virótica ou
bacteriana, e a otite média crônica uma inflamação da orelha média com 3
episódios de otite média aguda em seis meses ou quatro em 1 ano, podendo
34
ser de forma serosa, que no caso é a forma mais complicada, pois a criança
não apresentará sinais nem sintomas de infecção aguda2,5,6.
As otites são muito mais frequentes em crianças pelo fato de sua tuba
auditiva ser mais horizontalizada e hipotônica quando comparada à de um
adulto, o que os tornam mais vulneráveis a esse tipo de infecção5.
Em relação ao reflexo acústico, limiares elevados em perfis de orelha
média normal, podem estar relacionadas às disfunções no processamento
auditivo central, com falhas em algumas de suas habilidades, entre elas,
localização, atenção seletiva, reconhecimento de fala no ruído e seletividade, já
que, a contração do músculo estapediano e as habilidades do PAC estão
envolvidas pela ação do Complexo Olivar Superior3,7,8.
Para auxiliar no diagnóstico das alterações de orelha média, é realizado
o teste de Imitância Acústica, que consiste na timpanometria e pesquisa do
reflexo acústico. É um teste rápido, fácil e objetivo, comumente utilizado em
triagem de escolares. A triagem auditiva deve ser realizada a fim de examinar,
detectar e encaminhar os indivíduos que falharem na testagem, para uma
avaliação com um otorrinolaringologista e audiologista9,10.
Para uma identificação precoce de alterações auditivas, é necessária a
realização de uma triagem auditiva escolar, com a presença do fonoaudiólogo,
a fim de encaminhar os indivíduos, evitando possíveis comprometimentos no
processo de ensino - aprendizagem2.
O presente estudo apresentará uma análise comparativa dos resultados
das avaliações auditivas e desempenho escolar de dois grupos de crianças de
6 a 9 anos, em processo de alfabetização. A análise possibilitará uma maior
35
compreensão sobre os aspectos auditivos que devem ser considerados
relevantes no processo ensino - aprendizagem, objetivando traçar uma relação
dos possíveis comprometimentos auditivos de orelha média com os problemas
de aprendizagem e rendimento escolar em crianças da alfabetização.
MATERIAIS E MÉTODOS
Com base na pesquisa de revisão bibliográfica, foi realizada uma
pesquisa aplicada, aprovada pelo CEP da Faculdade Redentor (042925/2015),
tendo como público alvo os alunos do Centro Educacional Redentor – CER em
Itaperuna/RJ, matriculados no 1º ano do ensino fundamental. Esses alunos
possuem faixa etária entre 06 (seis) e 09 (nove) anos e se encontram em
processo de alfabetização. A coleta de dados direta, contou com a aplicação de
um formulário semiestruturado, contendo questões abertas e fechadas, além
das informações dos relatórios de desempenho escolar por meio de entrevista
com os professores, possibilitando uma análise tanto quantitativa quanto
qualitativa dos resultados apresentados.
Nesta pesquisa a amostra constituiu-se de 11 (onze) crianças, de ambos
os gêneros. No primeiro momento, os responsáveis preencheram o formulário
contendo questões quanto ao desempenho auditivo, comportamento escolar,
desenvolvimento de linguagem, entre outras consideradas relevantes para o
estudo. No segundo momento foram ouvidos os professores que atuam
diretamente com essas crianças, destacando-se aspectos ligados ao
comportamento e desempenho escolar.
36
Após análise, do formulário e da entrevista com os professores, a
amostra foi dividida em 02 (dois) grupos: um com rendimento escolar
insatisfatório (Grupo A) e outro com rendimento escolar satisfatório (Grupo B).
Dentro de cada um desses grupos foi realizada a triagem auditiva
composta pela timpanometria e reflexo estapediano, para avaliar as funções da
orelha média. Neste caso foi utilizado o impedanciômetro portátil
MT10/Interacoustic. Em seguida, foi realizada a análise comparativa entre os
resultados da triagem e o desempenho escolar das crianças do Grupo A e do
Grupo B, conferindo a hipotética relação das alterações auditivas com o
rendimento escolar.
RESULTADOS
Tendo por base as informações presentes na anamnese respondida pelo
responsável, identificou-se 03 (três) crianças sem queixa de dificuldade de
aprendizagem e 08 (oito) crianças com queixa de dificuldade de aprendizagem.
As mesmas foram divididas em dois grupos distintos: Grupo A (desempenho
escolar insatisfatório) e grupo B (desempenho escolar satisfatório). O gráfico I
ilustra os resultados.
37
Gráfico I – Divisão em grupos por desempenho escolar
27%
73%
Grupo A Grupo B
Fonte: autoria própria
Foram realizadas 11 (onze) timpanometrias e encontradas 09 (nove)
crianças com perfil timpanométrico normal, e 02 (duas) crianças com perfil
timpanométrico alterado. O gráfico II ilustra esses resultados.
Gráfico II – Perfil timpanométrico
82%
18%
Perfil timpanométricoNormal Alterado
Fonte: autoria própria
38
Em relação ao reflexo estapediano ipsilateral, 06 (seis) crianças
apresentaram reflexo igual ou acima de 100 dB, 02 (duas) reflexo ausente e 03
(três) apresentaram valores considerados compatíveis com audição
normal/normoacusia. O gráfico III ilustra esses resultados.
Gráfico III – Reflexo estapediano ipsilateral
55%
18%
27%
Reflexo estapediano ipsilateralReflexo ipsilateral igual ou acima de 100dBReflexo ipsilateral ausenteReflexo compatível com normoacusia
Fonte: autoria própria
Das 08 (oito) crianças com queixa de dificuldade de aprendizagem, 05
(cinco) apresentaram reflexo estapediano ispilateral igual ou acima de 100 dB,
e 02 (duas) apresentaram perfil timpanométrico alterado, com ausência de
reflexo estapediano ipsilateral. Apenas 01 (uma) apresentou reflexo ipsilateral
compatível com normoacusia. O gráfico IV ilustra esses resultados.
39
Gráfico IV – Queixa de Dificuldade de Aprendizagem com Alterações
nas Funções da OM.
62%
25%
13%
Crianças com queixa de dificuldade de aprendizagem com alterações nas funções
da OM.
Reflexo ipsilateral = ou > que 100dB Perfil timpanométrico alteradoReflexo ipsilateral compatível com normoacusia
Fonte: autoria própria
Das 03 (três) crianças que apresentaram um desempenho escolar
satisfatório, 01 (uma) apresentou reflexo estapediano ipsilateral igual ou acima
de 100 dB, e 02 (duas) apresentaram reflexo estapediano ipsilateral
compatível com normoacusia. Nesse grupo, não foram encontrados resultados
timpanométricos alterados. O gráfico V ilustrará os resultados obtidos.
40
Gráfico V – Desempenho escolar satisfatório e função de OM
33%
67%
Desempenho escolar satisfatório e função de OM
Reflexo estapediano = ou> que 100dB, sem alterações timpanométricasReflexo ipsilateral normal, sem alterações timpanométricas
Fonte: autoria própria
DISCUSSÃO
Neste estudo foram realizados alguns procedimentos de triagem auditiva
que avaliam o sistema auditivo periférico, detectando precocemente alterações
auditivas que podem interferir no processo de ensino-aprendizagem da criança.
No procedimento foram realizados exames imitanciométricos, mais
precisamente a timpanometria e o reflexo estapediano ipsilateral.
De acordo com a análise da pesquisa, no Grupo B, composto por
crianças que não apresentaram queixa de dificuldade de aprendizagem, ou
seja, desempenho escolar satisfatório, apenas uma possui o reflexo
estapediano ipsilateral acima de 100 dB e, neste grupo, não foram encontradas
alterações timpanométricas. De acordo com SANTOS2, para que haja um bom
41
desempenho escolar é necessário que haja um funcionamento adequado da
função auditiva, para que o processo de ensino-aprendizagem ocorra de forma
efetiva2.
No que se refere à criança que apresentou reflexo ipsilateral elevado,
porém com função timpanométrica normal, ou seja, timpanometria do tipo A,
autores como MENEGUELO8 & LOBO7, relatam que limiares elevados em
perfis de orelha média normal, podem estar relacionados às falhas em algumas
de suas habilidades do Processamento Auditivo Central, porém quando leves,
sendo bem estimulados podem vir a ter um bom desempenho escolar7,8.
No Grupo A, composto por crianças com queixa de dificuldade de
aprendizagem, ou seja, desempenho escolar insatisfatório, foram encontradas
62% de crianças com reflexo ipsilateral elevado. Como foi dito anteriormente,
de acordo com os autores MENEGUELO8 e LOBO7, o reflexo elevado pode ser
indicativo de disfunção no Processamento Auditivo Central, e essa disfunção
pode acarretar em falhas nas habilidades do PA, entre elas, localização,
atenção seletiva, reconhecimento de fala no ruído e seletividade, trazendo
grandes prejuízos ao desempenho escolar7,8.
Nesse grupo, foram encontrados os perfis timpanométricos alterados
(25% de crianças), associados à ausência de reflexo ipsilateral. Dentre essas
alterações, tivemos: perfil timpanométrico do tipo B, no qual normalmente são
encontrados em indivíduos com presença de fluido na orelha média,
comumente associada à otite média crônica e também, perfil timpanométrico
do tipo Ar, no qual normalmente são encontrados em indivíduos portadores de
rigidez no sistema tímpano-ossicular 2.
42
Essas alterações timpanométricas ocasionam perdas auditivas
condutivas, levando a inúmeros prejuízos à criança em fase de alfabetização
pois ocorre um abafamento do som, fazendo com que o mesmo não chegue de
forma adequada até a orelha interna, impedindo a distinção correta dos
fonemas2,10.
Desse grupo, apenas uma criança apresentou reflexo estapediano
ipsilateral dentro dos padrões esperados para uma normoacusia.
CONCLUSÃO
A partir da análise dos resultados obtidos na pesquisa, podemos concluir
que a maioria das alterações de orelha média são assintomáticas, e podem
produzir alterações em suas funções, que acarreta em grandes prejuízos às
crianças em processo de alfabetização. Além disso, levando em consideração
o que diz na literatura, a ausência de reflexo estapediano ou sua presença em
limiares elevados podem indicar alterações no processamento auditivo central,
que requer atenção dos fonoaudiólogos que atuam com esse perfil de público.
A triagem auditiva escolar (TAE) é um exame de baixo custo, rápido e
eficaz, capaz de avaliar alterações de orelha média, incluindo respostas de
reflexo estapediano. Essas condições possibilitam examinar um grande número
de indivíduos exigindo a presença do profissional fonoaudiólogo, qualificado
para esse tipo de triagem, que deve atuar em parceria com a escola e a família
para obtenção de resultados satisfatórios, que contribuam para melhoria do
processo ensino-aprendizagem.
As crianças que apresentaram maior percentual de falhas na triagem
são as mesmas que apresentaram maior queixa de dificuldade de
43
aprendizagem. Os exames foram entregues aos responsáveis e as crianças
que apresentaram alterações na triagem foram encaminhadas para uma
avaliação completa.
Portanto, a identificação precoce de possíveis alterações auditivas
possibilita uma intervenção, diminuindo assim os prejuízos envolvidos no
desempenho escolar da criança.
44
REFERÊNCIAS
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limiar de reflexo acústico. Rev. Bras. Otorrinolaringologia, São Paulo; v.70, n.
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4- OSÓRIO, M. A. M. Dificuldade de aprendizagem e perdas auditivas leves
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clínica) – CEFAC, Goiânia, 1999. 22p
5- FUNDAÇÃO OTORRINOLARINGOLOGIA, Otite média, Disponível em:
<http://www.forl.org.br/pdf/seminarios/seminario_34.pdf>
6- OTORRINOLARINGOLOGIA USP, Otite média Crônica, Disponível em:
<http://www.otorrinousp.org.br/imagebank/seminarios/seminario_74.pdf>
7- LOBO, M. B. Contribuição das medidas básicas do reflexo acústico à
prática clínica. 1999. Monografia de Conclusão do Curso de Especialização
em audiologia clínica – CEFAC, Porto Alegre. 80p.
45
8- MENEGUELLO. J. et al.; Ocorrência de reflexo acústico alterado em
desordens do processamento auditivo. Rev Bras Otorrinolaringologia. v. 67,
n.6, nov./dez. 2001.
9- FROTA, S. Etiologias das perdas auditivas e suas características
audiológicas. In: KÓS, A. O. A. e KÓS, M. I. Fundamentos em fonoaudiologia.
2. Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan s.a, 2003. P 123-140.
10- SILVA. S. C. C. Triagem auditiva escolar: Programa de orientação.
1999. Monografia de Conclusão do Curso (Especialização em Audiologia
Clínica) – CEFAC, Porto Alegre. 34p.
46
APÊNDICES
Apêndice I - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Apêndice II – ANAMNESE ADAPTADA
47
APÊNDICE I
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Prezado participante,
Você está sendo convidado(a) a participar da pesquisa ALTERAÇÕES ASSINTOMÁTICAS DE ORELHA MÉDIA E SUA RELAÇÃO COM O DESEMPENHO ESCOLAR EM ALUNOS DO 1º ANO DO CENTRO EDUCACIONAL REDENTOR (CER) – ITAPERUNA/RJ, desenvolvida por Maria Esther Araujo / Jamille de Araujo Curi discente de graduação em fonoaudiologia da Faculdade Redentor, sob orientação da Professora Maria Esther Araujo.
Sobre o objetivo central O objetivo central do estudo é: relacionar possíveis comprometimentos auditivos de orelha média com os problemas de aprendizagem em crianças em período de alfabetização.
Por que o participante está sendo convidado (critério de inclusão)O convite à sua participação se deve ao fato de que seu filho encontra-se em período de alfabetização e a pesquisa se dá pela investigação do perfil timpanométrico das crianças neste período do ensino fundamental.A participação da criança é voluntária, isto é, ela não é obrigatória, e dependerá da autorização de um responsável. Você tem plena autonomia para decidir se quer ou não participar, bem como retirar sua participação a qualquer momento. Você não será penalizado de nenhuma maneira caso decida não consentir sua participação, ou desistir da mesma. Contudo, ela é muito importante para a execução da pesquisa.Serão garantidas a confidencialidade e a privacidade das informações por você prestadas.
Mecanismos para garantir a confidencialidade e a privacidadeQualquer dado que possa identificá-lo será omitido na divulgação dos resultados da pesquisa, e o material será armazenado em local seguro.A qualquer momento, durante a pesquisa, ou posteriormente, você poderá solicitar do pesquisador informações sobre sua participação e/ou sobre a pesquisa, o que poderá ser feito através dos meios de contato explicitados neste Termo.
Identificação do participante ao longo da pesquisaCaso a Instituição queira que seu nome seja divulgado na pesquisa a mesma solicitará que seu nome ou de sua instituição conste do trabalho final.
Procedimentos detalhados que serão utilizados na pesquisa O trabalho trata-se de uma pesquisa realizada no Município de Itaperuna, no estado do Rio de
Janeiro, com estudantes da alfabetização do Centro Educacional Redentor, após a autorização da direção da escola. Trata-se de uma amostra que será dividida em 2 grupos: um com baixo rendimento escolar e outro com alto rendimento escolar. Dentro de cada um desses grupos será realizada timpanometria. Para isso, os procedimentos serão divididos em 04 (quatro) momentos:- No primeiro momento, será analisada a anamnese adaptada preenchida pelos pais, contendo questões quanto ao desempenho auditivo, comportamento escolar, desenvolvimento de linguagem, entre outras consideradas relevantes para o estudo.- No segundo momento as crianças serão distribuídas em 2 grupos (alto desempenho e baixo desempenho).- No terceiro momento será realizada a triagem auditiva escolar, composta pela timpanometria e reflexo estapediano, para avaliar as funções da orelha média. Será utilizado o impedanciômetro portátil MT10/Interacoustic.
48
-No quarto momento será realizada a análise comparativa entre os resultados da triagem e o desempenho escolar das crianças do grupo A e grupo B, conferindo a hipotética relação das alterações aditivas com o rendimento escolar.Tempo de duração da entrevista/procedimento/experimentoO tempo de duração desse processo é de aproximadamente 30 minutos.
Guarda dos dados e material coletados na pesquisaAs entrevistas serão transcritas e armazenadas, em via original e em arquivos digitais, mas somente terão acesso às mesmas a pesquisadora e sua orientadora. Ao final da pesquisa, todo material será mantido em arquivo, por pelo menos 5 anos, conforme Resolução 466/12 e orientações do CEP/ENSP.
Explicitar benefícios diretos (individuais ou coletivos) ou indiretos aos participantes da pesquisaO benefício (direto ou indireto) relacionado com a sua colaboração nesta pesquisa é o de que pelas avaliações que serão realizadas, será possível saber se o baixo rendimento escolar está associado à alguma alteração auditiva.
Previsão de riscos ou desconfortos A pesquisa é considerada como de baixo risco, pois será aplicada a avaliação audiológica timpanométrica e a análise do desempenho e comportamento escolar, comportamento auditivo, percepção, memória, atenção auditiva e desenvolvimento de linguagem. Porém, toda pesquisa possui riscos potenciais, maiores ou menores, de acordo com o objeto de pesquisa, seus objetivos e a metodologia escolhida. Seu filho pode passar por um risco de constrangimento, de dano emocional, risco social e ou risco físico decorrente a procedimentos para realização de exames.
Sobre divulgação dos resultados da pesquisaOs resultados serão divulgados em palestras dirigidas ao público participante, relatórios individuais para os entrevistados, banners, artigos científicos bem como na monografia apresentada à Faculdade Redentor.
Observações:Ressalta-se que os participantes da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano previsto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação no estudo, além do direito à assistência integral, têm direito à indenização, conforme itens III.2.0,IV.4.c, V.3, V.5 e V.6 da Resolução CNS 466/12.
Este termo será redigido em duas vias, sendo uma para você e outra para o pesquisador, com ambas assinaturas apostas na última página.Em caso de dúvida quanto à condução ética do estudo, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Redentor. O Comitê de Ética é a instância que tem por objetivo defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. Dessa forma o comitê tem o papel de avaliar e monitorar o andamento do projeto de modo que a pesquisa respeite os princípios éticos de proteção aos direitos humanos, da dignidade, da autonomia, da não maleficência, da confidencialidade e da privacidade.
___________________________________________Nome e Assinatura do Pesquisador – (pesquisador do campo)
Contato com o(a) pesquisador(a) responsável:Nome: _________Maria Esther Araujo________Tel: ______________21 982414508___________ e-mail: [email protected]________
Itaperuna ___/ ___ / 2015.
Declaro que entendi os objetivos e condições de minha participação na pesquisa e concordo em participar.
Nome do participante: _________________________ Assinatura: _________________________________
49
APÊNDICE II
ANAMNESE
IDENTIFICAÇÃO
Data:___________________________________________________________Nome:__________________________________________________________Data de nascimento:_______________________________________________Endereço:_______________________________________________________Telefones de contato: ( )__________________________________________Profissão:_______________________________________________________Nome do responsável:_____________________________________________Grau de parentesco:_______________________________________________
1) Desempenho escolar
a) Apresenta alguma dificuldade na aprendizagem escolar? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes
b) É concentrado (a)?( ) sim ( ) não ( ) às vezes c) É agitado (a)?( ) sim ( ) não ( ) às vezes d) É desatento em casa ou na escola?( ) sim ( ) não ( ) às vezes
2) Desempenho auditivo:
a) Apresentou algum quadro de otite?( ) sim ( ) não
- No caso positivo, mais de 1 episódio ao ano?( ) sim ( ) não
b) É alérgico ou respirador bucal? ( ) sim ( ) não
c) Já fez algum exame auditivo? ( ) sim ( ) não
- No caso positivo, apresentou alguma alteração?( ) sim ( ) não ( ) não lembro
d) Responde rapidamente quando é chamado?
50
( ) sim ( ) não ( ) às vezes
e) Pede para repetir o que escuta com frequência?( ) sim ( ) não ( )às vezes
f) Ouve TV e som com volume aumentado?( ) sim ( ) não ( ) às vezes
3) Desempenho da linguagem
Apresenta alguma troca de som na fala?g) ( ) sim ( ) não ( ) às vezes
h) Apresenta alguma troca de letra na escrita?( ) sim ( ) não ( ) às vezes
i) Apresenta um bom vocabulário na comunicação falada?( ) sim ( ) não ( ) às vezes
J) Fala de uma forma que todos entendem?( ) sim ( ) não ( ) às vezes
l) Fala muito rápido?( ) sim ( ) não ( ) às vezes
Declaro que as informações acima prestadas são totalmente verdadeiras.
____________________________________Assinatura
Data: ____/ ____/ 2015.
52
ANEXO I
FONOAUDIOLOGIATRIAGEM AUDITIVA EM CRIANÇAS
NOME: ----------------------------------------------------------------- IDADE:--------
ESCOLA: -------------------------------------------------------------- SÉRIE: -------
EXAMINADOR: -------------------------------------------------------------------------
MEATOSCOPIA: Normal ( ) Cerume ( ) Atípica ( )
TIMPANOMETRIAOD OETipo A ( )Tipo B ( )Tipo C ( )Tipo Ad ( )Tipo Ar ( )
Tipo A ( )Tipo B ( )Tipo C ( )Tipo Ad ( )Tipo Ar ( )
REFLEXO ESTAPEDIANO500Hz 1000
Hz2000 Hz 4000 Hz
ODOE
Data: ____ / _____ / _____
-------------------------------------------------Fonoaudióloga
53
ANEXO II
FONOAUDIOLOGIA - ENCAMINHAMENTO
Com base nos resultados obtidos pela triagem auditiva, encaminho o (a)
____________________________ para uma avaliação audiológica completa.
RESULTADOS:
Timpanometria:
OD _____ OE _____
Reflexo Estapediano Ipsi lateral:
OD ( ) Presente ( ) Ausente
Data: ____ / ____ / _____
-------------------------------------------------Fonoaudióloga
54
ANEXO III
Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia (IAORL) é um jornal
internacional dedicado à otorrinolaringologia-cirurgia de cabeça e pescoço,
audiologia e fonoterapia.
IAORL é publicada a cada três meses e apoia a Organização Mundial da
Saúde (OMS) e do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas
(ICMJE) política em matéria de registro de ensaios clínicos. Por isso a partir de
agora só vamos aceitar para publicação, artigos de ensaios clínicos que foram
dados um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos
avaliados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, os links para o qual
estão disponíveis no ICMJE (http://www.icmje.org/). O número de identificação
deve ser dado no final do resumo.
IAORL reserva o direito de publicação exclusiva de todos os manuscritos
aceitos. Nós não iremos considerar qualquer manuscrito publicado
anteriormente nem sob revisão por outra publicação. Uma vez aceito para
revisão, os manuscritos não devem ser apresentados em outros lugares.
Transferência de direitos autorais para IAORL é um pré-requisito da
publicação. Todos os autores devem assinar um termo de transferência de
direitos autorais.
Os autores devem revelar qualquer relação financeira (s) no momento da
apresentação, e qualquer divulgação deve ser atualizada pelos autores antes
da publicação. A informação que poderia ser percebido como potencial conflito
(s) de interesse deve ser indicado. Esta informação inclui, mas não está
limitado a, subvenções ou financiamento, emprego, filiações, patentes,
55
invenções, honorários, consultorias, royalties, opções de ações / propriedade,
ou testemunho de especialistas.
Categorias de Artigos
A revista publica os tipos de artigos a seguir definidos. Ao apresentar seu
manuscrito, por favor, siga as instruções relevantes para a categoria do artigo
aplicável.
Pesquisa Original
Original, em profundidade, as investigações de ciências clínicas e básicas que
visam mudar a prática clínica ou a compreensão de um processo de doença.
Tipos de artigos incluem, mas não estão limitados aos ensaios clínicos, antes e
depois de estudos, estudos de coorte, estudos de caso-controle, estudos
transversais, e avaliações de teste de diagnóstico. Componentes de pesquisas
originais são:
A página do título, incluindo o título do trabalho e nome completo de todos
os autores, títulos acadêmicos (não mais do que três), afiliações
institucionais e locais. Designar um autor como o autor correspondente.
Também indicam onde o documento foi apresentado, se for o caso.
Um resumo estruturado de até 250 palavras com os títulos: Introdução,
Objetivo, Métodos, Resultados e Conclusão.
O corpo do manuscrito deve ser dividido em: introdução com objetivo (s);
método; resultados; discussão; conclusão; referências.
Manuscrito de comprimento não superior a 24 páginas (exclusivos da
página título e resumo).
56
Estudos envolvendo seres humanos e animais deve incluir o número de
protocolo de aprovação do Comitê de Ética da respectiva em Pesquisa da
instituição a partir do qual a pesquisa é afiliada.
Revisões Sistemáticas (incluindo meta-análises)
Avaliações críticas da literatura e fontes de dados sobre temas clínicos
importantes em otorrinolaringologia-cirurgia de cabeça e pescoço. As revisões
sistemáticas que reduzem viés com procedimentos explícitos para selecionar,
avaliar e analisar estudos são altamente preferido sobre narrativas tradicionais.
A avaliação pode incluir uma meta-análise, ou síntese estatística dos dados
separados, mas semelhantes aos estudos que conduzem a uma síntese
quantitativa dos resultados agrupados. Os componentes de uma revisão
sistemática são:
A página do título, incluindo o título do trabalho e nome completo de todos
os autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e locais. Designar
um autor como o autor correspondente. Também indicam onde o
documento foi apresentado, se for o caso.
Um resumo estruturado de até 250 palavras com os títulos: Introdução,
Objetivos, Dados Síntese e Conclusão.
O corpo do manuscrito deve ser dividido em: introdução; revisão de
literatura; discussão; Comentários finais; referências.
Manuscrito comprimento não superior a 24 páginas (exclusivos da página
título e resumo).
57
Relatos de Casos
Relatos de Casos não serão mais aceitos para apresentação, com início em
2015. Os manuscritos submetidos até dezembro de 2014 serão revisados e
publicados, se aprovados.
Atualizar manuscritos
O manuscrito é uma atualização que explora um assunto particular,
desenvolvido a partir de dados atuais, com base em trabalhos publicados
recentemente.
A página do título, incluindo o título do trabalho e nome completo de todos
os autores, títulos acadêmicos, afiliações institucionais e locais. Designar
um autor como o autor correspondente. Também indicam onde o
documento foi apresentado, se for o caso.
Um resumo estruturado de até 250 palavras com os títulos: Introdução,
Objetivos, Dados Síntese e Conclusão.
O corpo do manuscrito deve ser dividido em: introdução; revisão de um
assunto particular; discussão; Comentários finais; referências.
Manuscrito comprimento de não mais de 15 páginas (exclusivos da página
título e resumo).
Cartas ao editor e artigos de opinião
Apenas por convite do Conselho Editorial. Comprimento do Manuscrito: não
mais de 2 páginas.
Forma e preparação de manuscritos
58
Preparação do Manuscrito
Correta preparação do manuscrito vai agilizar o processo de revisão e
publicação. Os manuscritos devem estar em conformidade com os usos Inglês
aceitável.
Arquivos necessários para a submissão (cada tópico deve começar em uma
nova página):
Folha de rosto
resumo
Manuscrito (texto principal, lendas referências, e figura)
Figura (s) (quando apropriado)
Mesa (s) (quando apropriado)
De acordo com avaliação duplo-cego, as informações do autor / institucional
deve ser omitido ou cego desde o após a apresentação: Manuscrito, Figura (s),
mesa (s), Resposta aos colaboradores.
O resumo deve ser seguido por três a seis palavras-chave em Inglês,
selecionados a partir da lista de Descritores (mesh) criados por National Library
of Medicine e disponível em
http://www.nlm.nih.gov/mesh/2013/mesh_browser/MBrowser .html.
Abreviações
Não use abreviações no título ou no resumo. Ao utilizar as abreviaturas no
texto, indicam a abreviatura entre parênteses após a primeira ocorrência e usar
a abreviatura sozinha para todas as ocorrências subsequentes.
59
Autoria
O crédito de autoria deve ser baseado em critérios estabelecidos pelo Comitê
Internacional de Editores de Revistas Médicas:
(1) contribuições substanciais para a concepção e design, aquisição de dados,
ou análise e interpretação dos dados;
(2) a elaboração do artigo ou revisão crítica para importante conteúdo
intelectual; e (3) aprovação final da versão a ser publicada.
Referências
Os autores são responsáveis pela integridade, precisão e formato de suas
referências. As referências devem ser numeradas consecutivamente em
algarismos arábicos no texto. Todos os autores deverão ser listados em pleno
até o número total de seis; por sete ou mais autores, liste os três primeiros
autores seguidos de "et al." Não deve haver mais de 90 referências para
artigos originais e não mais do que 120 para revisões sistemáticas ou artigos
de atualização. Consulte a Lista de Periódicos Indexados no Index Medicus
para abreviaturas de nomes de diário, ou acessar a lista pelo
http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html. Exemplos de referências são dadas
aqui abaixo. Para mais informações, por favor consulte:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK7256/.
Exemplos
Revistas: Autor | Título do artigo | Jornal Título | Data de Publicação |
Número de volume | Edição Número | Paginação. Huttenhower C, D
60
Gevers, Knight R, et al. Estrutura, função e diversidade do microbioma
humano saudável. Nature 2012; 486 (7402): 207-214
Dissertações e teses: Autor | Título | Tipo de Conteúdo | Local de
Publicação | Publisher | Data de Publicação | Paginação. Baldwin KB. Um
método exploratório de recuperação de dados a partir do prontuário
eletrônico para a avaliação da qualidade dos cuidados de saúde
[dissertação]. Chicago: University of Illinois, em Chicago, Centro de
Ciências da Saúde; 2004: 116
Livros: Autor / Editor de | Título | Edição | Local de Publicação | Publisher |
Data de Publicação. Valente M, Hosford-Dunn H, Roeser RJ. Tratamento
Audiologia. 2a ed. Nova Iorque: Thieme; 2008
Capítulos de livros: Autor do capítulo | Título do capítulo | In: Editor (s) do
livro | Título do capítulo | Local de Publicação |Publisher | Data de
Publicação | Paginação. Vilkman E. Um estudo sobre as modalidades de
segurança e saúde no trabalho para os profissionais da voz e fala na
Europa. In: Dejonckere PH, ed. Voz Ocupacional: Cuidado e cura. Haia:
Kugler Publicações; 2001: 129-137
Material eletrônico: para artigos de tomada inteiramente a partir da
Internet, siga as regras mencionadas acima e adicionar no final do
endereço de web site. Ex: AMA: ajudar os médicos a ajudar os pacientes
[internet]. Chicago: American Medical Association; c1995-2007 Disponível
em: http://www.ama-assn.org/. Acessado em 22 de fevereiro de 2007
61
Figuras
As figuras devem ser enviadas separadamente. Inclua o número da figura na
caixa de descrição.
Figura e Legendas
Forneça uma legenda para cada figura. Liste as legendas (espaço duplo) de
uma página de texto separado, após a página de referência. Até 8 fotos serão
publicadas sem custos para os autores; fotos coloridas serão publicadas a
critério do editor. Submissões aceitáveis incluem o seguinte: JPG, GIF, PNG,
PSD, TIF ou. O Sistema de Gestão de Publicações aceita apenas imagens de
alta definição com as seguintes características:
Largura até 1000 px e DPI igual ou superior a 300;
Os formatos de imagem deve ser, preferencialmente, TIF ou JPG;
O tamanho máximo de imagem deve ser de 8 MB;
Se os valores têm várias partes (por exemplo, A, B, C, D), cada parte deve
ser contado como uma imagem separada do número total permitido.
Tabelas e gráficos
As tabelas devem ser numeradas consecutivamente em algarismos arábicos
em que aparecem no texto, com um título conciso, mas auto-explicativo, sem
elementos sublinhados ou linhas dentro dele. Quando as tabelas têm muitos
dados, preferem apresentar gráficos (em preto e branco). Se houver
abreviaturas, um texto explicativo deve ser fornecido na margem inferior da
tabela ou gráfico.
62
Apêndices
Apêndices só serão publicados on-line, e não na revista impressa, e pode
incluir figuras ou tabelas que aumentam o valor do manuscrito adicionais.
Apêndices devem ser submetidos on-line com o resto do manuscrito e
rotulados como tal. Os questionários serão considerados como apêndices
Manuscrito online submetido
Todos os manuscritos devem ser submetidos ao
http://mc.manuscriptcentral.com/iaorl, que dá acesso ao sistema de submissão
ScholarOne Manuscritos onde a submissão do artigo é feito pelos autores e o
processo de avaliação é feita pelos colaboradores do nosso editorial placa em
um processo cego, onde os nomes dos autores não são exibidos em qualquer
instância. O sistema irá pedir o seu ID de usuário e senha se você já tiver se
registrado. Se você ainda não tiver se cadastrado, clique no link "Criar Conta" e
faça seu cadastro. Caso você tenha esquecido sua senha, clique no link
apropriado e o sistema gerará um e-mail automático com a informação.
O autor (s) deve manter uma cópia de todo o material enviado para publicação
porque o editor não pode se responsabilizar por qualquer material perdido.
Após a submissão, o sistema oferece a opção de salvar uma cópia de seu
manuscrito em formato PDF para o seu controle.
A revista recomenda que os autores apresentem seus manuscritos eletrônicos
escritos em Microsoft Word. No "Manuscrito Preparando" passo uma tela que
simula o processador de texto será exibida, onde é possível "copiar e colar",
incluindo tabelas.
63
Obrigatório
Ética e Divulgação Financeira: O manuscrito será atribuído a um editor para
solicitação de revisão por pares e avaliação editorial Somente após este
formulário foi submetido pelo autor correspondente.
Confidencialidade do paciente
Para manuscritos contendo fotografias de uma pessoa, enviar um comunicado
por escrito da pessoa ou tutor, ou enviar uma fotografia que não irá revelar a
identidade da pessoa (cobrir os olhos é insuficiente para proteger a identidade
do paciente).
Usando material previamente publicado e Ilustrações
Por manuscritos contendo ilustrações e / ou materiais reproduzidos de outra
fonte, a permissão do detentor dos direitos de autor, ilustrador médico, ou a
fonte de publicação original deve ser obtido e submetido ao escritório editorial.
Política IRB e estudo de animais
Para todos os manuscritos que relatam os dados de estudos envolvendo
participantes humanos, revisão e aprovação formal, ou revisão formal e
renúncia (isenção), por um conselho de revisão institucional adequado (IRB) ou
comitê de ética é necessária e deve ser descrita na seção de métodos com o
nome completo da entidade revisão. Toda a investigação clínica requer
avaliação formal, incluindo relatos de casos, séries de casos, ficha médica
avaliações e outros estudos observacionais. Para experiências envolvendo
64
animais, indicar o protocolo de manejo dos animais na secção de Métodos,
incluindo a aprovação por uma comissão institucional.
Duplicados ou submissão redundantes
Os manuscritos são considerados com o entendimento de que eles não tenham
sido publicados anteriormente e não estão sob consideração por outra
publicação. Se o autor deseja explicitamente a revista de considerar publicação
duplicada, ele ou ela deve apresentar o pedido, por escrito, para o Editor com
uma justificação adequada.
Prazos
As submissões serão devolvidas ao autor pelo escritório editorial e uma versão
corrigida deve ser representada no prazo de 30 dias. Os trabalhos não
representados dentro desse tempo serão retirados da conta.
Manuscritos revistos devem seguir as mesmas instruções e deve ser
apresentado no prazo de 30 dias a contar da data da revisão.
Manuscritos aceitos enviados ao editor serão escritos e as provas serão
enviadas por e-mail para o autor correspondente. Se as provas não forem
aprovadas e recebidas no prazo de 2 dias úteis, o artigo não será publicado.
Os revisores devem enviar as suas observações no prazo de 20 dias.
Idioma Inglês
O uso adequado do idioma Inglês é um requisito para publicação em IAORL.
Autores que desejam melhorar a gramática e ortografia em seus artigos podem
querer consultar um serviço profissional. Muitas empresas fornecem edição
substantiva através da web. Alguns exemplos são os seguintes:
65
www.journalexperts.com
www.editage.com
Por favor, note que IAORL não tem nenhuma afiliação com essas empresas e
uso do serviço não garante o seu manuscrito será aceito
O Prêmio Mérito Científico IAORL
O Prêmio Mérito Científico IAORL é concedido todos os anos para até três
revisões sistemáticas (meta-análise) melhores publicadas a cada ano na
revista. Os prêmios de 2015 manuscritos serão selecionados a partir de artigos
publicados em edições 1-4 de volume de 19, com base na novidade, o impacto,
a qualidade dos dados e o número de downloads online pelos leitores da
revista.
O comitê de julgamento consiste no conselho editorial, assistido por
comentários recebidos através do processo de revisão por pares. O julgamento
dos trabalhos será publicado após a edição número 4 do volume 19. O
resultado será comunicado aos vencedores e publicado oficialmente no volume
de 20 de IAORL.
Todos os autores e co-autores receberão certificados de prêmio e o primeiro
autor de cada uma das três manuscritos selecionados receberão $ 1.000
(USD).