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Houve um tempo em que Deus havia deixado de proteger Israel dos
inimigos, por causa dos pecados dos reis e do povo.
Nesse tempo, muitos judeus moravam em Susa. Um deles se chamava
Mardoqueu, ele tinha uma filha adotiva, muito bonita, chamada Ester.
As suas terras foram invadidas e o povo dispersado. Aconteceu a
diáspora (a formação de comunidades judaicas fora do território da
Palestina).
O rei de Susa chamava-se Assuero e reinava desde a Índia até a Etiópia. Ele
mandou trazer todas as jovens solteiras até o palácio para escolher uma rainha. Ester foi levada com as
outras jovens.
Quando Assuero viu Ester, ficou encantado com sua beleza e a escolheu para ser a rainha. Ester não disse ao rei
que era judia.No palácio, o rei tinha um ministro chamado Amã que era superior aos
outros.
Amã detestava Mardoqueu, porque quando ele passava, Mardoqueu era o único que não se ajoelhava, pois
era judeu e só podia se ajoelhar perante Deus.
Amã teve um plano para acabar com os judeus, e disse ao rei: “Há no teu
reino um povo estranho que não seguem as leis”. E Amã convenceu o rei a assinar uma lei, dando ordem ao
povo de que matassem todos os judeus e ficassem com seus bens.
O rei deu a Amã o seu anel real, para que fosse selada a lei.
E em todas as províncias onde a lei do rei chegava havia entre os judeus grande luto, com jejum e choro.
Então, vieram as servas de Ester, e os seus camareiros, e contaram que
Mardoqueu estava chorando nas portas do palácio.
Mardoqueu mandou dizer a Ester tudo o que tinha acontecido e pediu a ela que
defendesse o seu povo junto ao rei.
Ester teve medo, pois todos os que fossem até a presença do rei, sem ser
chamados, poderiam ser mortos.
Mas Mardoqueu mandou dizer a Ester: “Não imagine que escapará só você
entre todos os judeus. Quem sabe se não foi para isso que se tornou
rainha?”
Então Ester mandou dizer a Mardoqueu que ajuntasse todos os judeus e
jejuassem por ela durante três dias.
Depois de jejuar por três dias, Ester arrumou-se com o vestido e as jóias mais bonitas e foi ao rei. Quando o rei viu a rainha Ester. Disse-lhe: “O
que quer rainha Ester?
Amã ficou todo contente, pois nem imaginava que Ester fosse judia. Amã e o rei foram ao banquete da rainha.
Ao sair dali, Amã viu novamente Mardoqueu e sentiu muita raiva dele.
Até a metade do meu reino eu te daria.” E Ester pediu ao rei que ele e Amã fossem a um banquete que ela
havia preparado para eles.
E mandou fazer uma forca, pensando em enforcá-lo. Nesta
noite, o rei perdeu o sono e lembrou-se de Mardoqueu que,
através de Ester, havia salvado a sua vida.
Nisso, Amã estava vindo ao palácio para pedir ao rei que o deixasse
enforcar Mardoqueu. Então o rei lhe perguntou: “ O que fazer a um
homem que o rei quer honrar?”
Então Amã pensando tratar-se dele mesmo, disse: Pra este homem,
tragam a veste real que o rei costuma vestir, como também o cavalo em que o rei costuma montar, e coloquem a
coroa real em sua cabeça.
E gritem diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar! O
rei gostou da sugestão e mandou Amã, fazer isso a Mardoqueu.
No outro dia , num outro banquete de Ester o rei perguntou: “Qual é o teu desejo? Até a metade do meu reino, eu te daria”. Ester disse:”
Se achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei , deixe-me viver
e também o meu povo, porque fomos condenados à morte”.
O rei Assuero perguntou a Ester: “ Quem condenou seu povo a
morte”?
E Ester respondeu: “o homem o inimigo e opressor é Amã”.
Muito bravo , o rei levantou e foi pensar.
Amã foi até a rainha Ester rogar pela sua vida e acabou caindo prostrado
sobre o sofá em que ela estava.
Nessa hora o rei entrou e, vendo aquilo, condenou Amã a morrer na
mesma forca que fez para Mardoqueu.
O rei não podia revogar uma lei que havia sido selada com o
anel real. Então, escreveu outra lei, dando aos judeus o direito de se defenderem. Os judeus
venceram.
E esse dia, que seria de tristeza, acabou em festa. O rei deu o
cargo e o anel real de Amã para o judeu Mardoqueu, bem como
todos os seus bens.
Mardoqueu, foi estimado pela multidão de seus irmãos,
sempre procurando o bem de seu povo.