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XIII Seminário Nacional de Gestão e Uso da Água
IV Reunião de Estudos Ambientais
II Encontro Nacional de Engenharia Hídrica
Palestra-DebateEcossistemas lacustres: desafios
e potencialidades
João P. VIEIRA Sobrinho
Lab. Ictiologia - FURG
Dra. Idel Milani
RECURSOS HIDRICOSOferta e Demanda Frente ao Desenvolvimento
Sustentável
Palestra-DebateEcossistemas lacustres: desafios e
potencialidades
João P. VIEIRA
Lab. Ictiologia - FURG
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Ecossistemas lacustres: desafios e potencialidades
PelotasESTUÁRIOS
ECÓTONOS
Ecologia de peixes
ECOLOGIA DE PEIXES
Foco: Ecossistemas Límnicos;
• Lagoa Mangueira
• Lagoa Mirim.
• Canal São Gonçalo
• Relação entre habitat aquático e a biota;
Ecossistemas lacustres: desafios e potencialidades
Ecossistemas lagunaresPeixes + ½ AmbienteEspécies Invasoras +
Hidrovia
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Ecossistemas Lacustes : desafios e potencialidades
ÁGUA
ÁGUA
ÁGUA
A água é a força motriz da natureza
Ecossistema (grego oikos = casa + sistema: sistema onde se vive)
Conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades
Formação
de água
BILHÕES DE ANOS
4,6 BA 3,8 BA
2,7 BA
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4
4,6 BA
MA
Na água e porque tem água
Últimos 15 minutos do segundo tempo
3,8 BA
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Gagarin, 1961
PLANETA ÁGUA
PLANETA TERRAA terra éAzul
3/4
97,5%Oceanos
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6
97,5% está nos oceanos
e
2,5 % é água-doce
Dos 2,5% de água-doce
68,7% Glaciais e Geleiras
30,1% Aqüíferos e Subterrânea
0,8% “Permafrost”
Wikipédia, a enciclopédia livre.A etimologia de PERMAFROST vem de PERMANENTE + “FROST” (inglês para congelado). É constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados
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0,4% >>>0,001% água
0%
20%
40%
60%
80%
100%
67,4% Lagos
77,5% = (Lagos (67,4%) + Rio (1,6%) + Banhados (8,5%))
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0,006%
95.582 Km3
Lagoa dos Patos
LagoaMirim
- A planície costeira doextremo sul do pais édominada pelo sistemalagunar Patos-Mirim quedrena bacias de 200.000km 2
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LagoaMirim
Lagoa dos Patos
- Uma estreita (700m)comunicação com ooceano despeja a águadoce no mar, e leva água domar para as lagoas
- Processos hidrológicos ea hidrodinâmica controlamos hábitats aquáticos eterras úmidas ao redor dosistema lagunar
Cenário Ambiental
Fotos: Imagens captadas com intervalo superior a 30 dias mostram o efeito do grande volume de chuva que caiu sobre o Sul do país entre novembro e dezembro de 2009. Na cena mais recente é possível ver que a água formou uma faixa contínua de alagamento entre a Lagoa dos Patos e a Lagoa Mirim. Crédito: Nasa/Modis Rapid Response team.
Direitos ReservadosAo utilizar este artigo, cite a fonte usando este link: Fonte: Apolo11 -http://www.apolo11.com/clima.php?posic=dat_20091207-085749.inc
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El Niño
La Niña
Anonalia de PrecipitaçãoAssociada ao Evento de El Niño
Lagoa dos Patos
LagoaMirim
Os eventos ENOS regulam as anomalias de chuva e de vazão dos rios no sistema Patos-Mirim.
Oscilação Antártica influencia a freqüência e a intensidade de frentes frias que favorecem a ocorrências de ventos que forçam a intrusão da cunha salina no ELP
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Região Da Bacia Patos/Mirim Está Sujeita A Grande Variabilidade De Precipitação
El Niño
La Niña
Chuva na Bacia da Lagoa dos Patos
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Barra do estuário
3 Km
Camarão rosa (Farfantepeneaus pauliensis )
Impacto da Chuvas nas Capturas de Camarão
Capturas X 100 (ton./ano)Chuvas X 10 (mm/ano)
Castello & Möller (1978)
AN
OM
ALI
A
Capturas anuais
Chuvas (Julho-Dezembro)
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13
0
100
200
300
-100
-200
CHUVA
-30-20-10
010203040
NÍVEL DA ÁGUA
mm
m
A
NO
MAL
IAS
AG
O96
OU
T96
DE
Z96
FE
V97
AB
R97
JUN
97
AG
O97
OU
T97
DE
Z97
FE
V98
AB
R98
JUN
98
AG
O98
OU
T98
DE
Z98
FE
V99
AB
R99
JUN
99
AG
O99
OU
T99
DE
Z99
FE
V00
AB
R00
JUN
00
AG
O00
OU
T00
DE
Z00
FE
V01
AB
R01
JUN
1
AG
O01
OU
T01
DE
Z01
FE
V02
AB
R02
JUN
02
AG
O02
Bacia de drenagem (94 estações)Rio Grande (1 estação)
EN LN
Chuvas Regionais Afetama Hidrodinâmica Estuarina
Parceria comUFPR
0
100
200
-100
CHUVA
mm
SALINIDADE
5
15
25
35
AG
O96
OU
T96
DE
Z96
FE
V97
AB
R97
JUN
97
AG
O97
OU
T97
DE
Z97
FE
V98
AB
R98
JUN
98
AG
O98
OU
T98
DE
Z98
FE
V99
AB
R99
JUN
99
AG
O99
OU
T99
DE
Z99
FE
V00
AB
R00
JUN
00
AG
O00
OU
T00
DE
Z00
FE
V01
AB
R01
JUN
1
AG
O01
OU
T01
DE
Z01
FE
V02
AB
R02
JUN
02
AG
O02
-30-20-10
010203040 NÍVEL DA ÁGUA
m
EN LN
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Ave
rage
num
ber
of in
divi
dual
s (+
SE
)
A O D F A J A O D F A J A O D F A J A O D F A1996 1997 1998 1999 2000
0
100
200
300
Estuarino-Residentes
0
200
400 Estuarino-Dependentes
El Niño(chuvas torrenciais)
Garcia et al. 2003. Estuarine, Coastal and Shelf Sciences, 57: 489-500
Impacto da Precipitação nas Abundância de Peixes Estuarinos de Importância Econômica
peixe-rei
tainha
LIMNIFICAÇÃO
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40 anos é pouco para séries temporais
The Devil is wise because it's old
Fotos: Imagens captadas com intervalo superior a 30 dias mostram o efeito do grande volume de chuva que caiu sobre o Sul do país entre novembro e dezembro de 2009. Na cena mais recente é possível ver que a água formou uma faixa contínua de alagamento entre a Lagoa dos Patos e a Lagoa Mirim. Crédito: Nasa/Modis Rapid Response team.
Direitos ReservadosAo utilizar este artigo, cite a fonte usando este link: Fonte: Apolo11 -http://www.apolo11.com/clima.php?posic=dat_20091207-085749.inc
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Foto cedidaFoto cedidaALMALM
Dados ALMDados ALM
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“Limnificação”“Limnificação”
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A ausência da salinização nesse A ausência da salinização nesse reservatório tornou viável o cultivo reservatório tornou viável o cultivo do arroz e garantiu o abastecimento do arroz e garantiu o abastecimento hídrico urbano e industrial da hídrico urbano e industrial da cidade de Rio Grande, onde vivem cidade de Rio Grande, onde vivem cerca de 200 mil pessoas. cerca de 200 mil pessoas.
No entanto, a construção da Eclusa alterou, de No entanto, a construção da Eclusa alterou, de forma drástica, a estrutura e a função da Lagoa forma drástica, a estrutura e a função da Lagoa Mirim e Canal São Gonçalo, criando uma Mirim e Canal São Gonçalo, criando uma barreira ao processo de salinização e, barreira ao processo de salinização e, conseqüente, para o recrutamento e a migração conseqüente, para o recrutamento e a migração das espécies marinhadas espécies marinha--estuarinas de importância estuarinas de importância econômica para a pesca. econômica para a pesca.
Conflito
� Controle hídrico sobre o nível e salinidade da Lagoa Mirim (Eclusa) gera alteração histórica da composição ictiofauna (BURNS et al., 2006)
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30 spp
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
31 32 33 34 35 36 37 38Age (years)
Num
ber
of c
ases
Idade de Idade de M. furnieriM. furnieri capturada na Lagoa capturada na Lagoa Mirim em Dezembro de 2006. N = 17.Mirim em Dezembro de 2006. N = 17.
Mais velhas Mais velhas que a Eclusaque a Eclusa
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� A Eclusa alterou a PRODUÇÃO PESQUEIRA da Lagoa Mirim?
�
�
1975
1994
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
ANOS
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
TO
NE
LAD
AS
MACHADO PIEDRAS IBAMA
Variações Inter-Anuais
Aumento no registro das capturas
Variação anual da composição da captura
1975
1994
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
ANOS
0
20
40
60
80
100
% E
M P
ES
O
TRAIRA JUNDIA PINTADO PEIXE-REI VIOLA
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Currently, the global fishing fleet is estimated to be 250% larger than needed to catch what the ocean can sustainably produce.
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CorrelaçãoCorrelação
NívelNível x Captura/mêsx Captura/mês
ProblemasProblemas
1.1. Origem Origem dos dados;dos dados;
2.2. Qualidade Qualidade dos dados;dos dados;
3.3.Valor do Valor do Produto;Produto;
4.4. Tipo de Tipo de pescaria;pescaria;
5.5. Ecologia.Ecologia.
�PRODUÇÃO PESQUEIRA
�
�
�
� ��
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
ANOS
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
TO
NE
LAD
AS
MIRIM MIRIM E MANGUEIRA�
(Fonte: CEPERG-IBAMA/Estima, 2004)
Também não se tem controle do Também não se tem controle do esforço de pescaesforço de pesca
pescadorpescador
IndústriaIndústriaIBAMAIBAMA
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CorrelaçãoCorrelação
NívelNível x Captura/mêsx Captura/mês
ProblemasProblemas
1.1. Origem Origem dos dados;dos dados;
2.2. Qualidade Qualidade dos dados;dos dados;
3.3.Valor do Valor do Produto;Produto;
4.4. Tipo de Tipo de pescaria;pescaria;
5.5. Ecologia.Ecologia.
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Ecossistemas Aquáticos: desafios e potencialidades
L
T
E
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GRANDES OBRAS E GRANDES MUDANÇAS
ECLUSA + MOLHES DA BARRA + NEVEGAÇÃO
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Aristichthys nobilis
Hypophthalmichthys molitrix
Ctenopharyngodon idellus
Cyprinus carpio carpio
Garcia et al. (2004)
Espécies de “água-doce”que escapam de sistemasde cultivo nas margens erizipscicultura.Ex. Carpas
Viveiros
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A OCORRÊNCIA DO A OCORRÊNCIA DO MEXILHÃOMEXILHÃO--DOURADO DOURADO Limnoperna fortunei Limnoperna fortunei (Dunker, 1857)(Dunker, 1857) NO NO
SISTEMA SÃO SISTEMA SÃO GONÇALOGONÇALO--MIRIM, RS, MIRIM, RS, BRASIL: UMA ESPÉCIE BRASIL: UMA ESPÉCIE
INVASORA.INVASORA.
BRBR
UYUY
CENÁRIOS DE DISTRIBUIÇÃO DO CENÁRIOS DE DISTRIBUIÇÃO DO MEXILHÃO DOURADO Limnoperna MEXILHÃO DOURADO Limnoperna
fortunei (DUNKER 1857) NO fortunei (DUNKER 1857) NO COMPLEXO LAGUNAR PATOSCOMPLEXO LAGUNAR PATOS--MIRIM, MIRIM,
RS RS –– BRASILBRASIL
CAPITOLI, COLLING & BEMVENUTICAPITOLI, COLLING & BEMVENUTI
VetoresVetores
Água de lastroÁgua de lastro
LarvasLarvas
BarcosBarcos
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# 1# 1
# 2# 2
#3 & #4#3 & #4
• #1 Arroio Pelotas (Capítoli et. al.,2005);
• #2 Canal São Gonçalo (Burns et.al.,2005);
•#3 Lagoa Mirim (Langone 2005);
• #4 Reserva do Taim (Burns et.al.,2006)
# 5 CORSAN 2006# 5 CORSAN 2006
# 5# 5
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Como o Mexilhão-Dourado chegou na Lagoa Mirim?
2002
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O desenvolvimento O desenvolvimento da Hidrovia do da Hidrovia do Mercosul significará a Mercosul significará a retomada da retomada da navegação na Lagoa navegação na Lagoa Mirim e deixa a região Mirim e deixa a região a um passo de se a um passo de se tornar um grande pólo tornar um grande pólo econômico. econômico.
No entanto a No entanto a necessidade de necessidade de dragagem em vários dragagem em vários pontos da hidrovia pontos da hidrovia deve trazer efeitos deve trazer efeitos adversos a biota deste adversos a biota deste sistema. sistema.
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A dragagem é um processo que pode gerar estresse A dragagem é um processo que pode gerar estresse para as áreas de desova dos peixes, interferindo, para as áreas de desova dos peixes, interferindo, também, na turbidez, e em todos os processos também, na turbidez, e em todos os processos ecológicos da coluna da água.ecológicos da coluna da água.
É um dos principais vetores de transporte do É um dos principais vetores de transporte do Mexilhão Mexilhão
Com as mudanças climáticas globais a Geografia do Mundo está mudando: O Ártico esta degelando e o Lago Chade (África) perdeu 95% de sua área
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Com as mudanças climáticas globais a Geografia do Mundo está mudando: O Ártico esta degelando e o Lago Chade (África) perdeu 95% de sua área
Nível da Lagoa Mirim
Limnificação
Direitos ReservadosAo utilizar este artigo, cite a fonte usando este link: Fonte: Apolo11 -http://www.apolo11.com/clima.php?posic=dat_20091207-085749.inc
Drenagem de banhados
Retilinização dos canais
Zona de criação dos peixes
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Quase terminando!!!!
�O valor da natureza só será apreciado e incorporado no momento em que todo o ambiente for considerado como um único
sistema interativo
Anne Whiston Spirn (1995)
Desenvolvimento Sustentável
Cabo de guerra entre o Econômico e o Ecológico
Com os demais atores de braços cruzados – Assistindo
AGÊNCIA LAGOA MIRIM
COMITÊ GESTOR(Coordenadores dos módulos e 1
coordenador Institucional)
Módulo 2: Hidrodinâmica e transporte de sedimentos
Módulo 1: Parâmetros sócio-ambientais e uso da terra
Módulo 3: Fauna de entorno
Módulo 5: Biodiversidade aquáticaMódulo 6: Recursos pesqueiros
Módulo 8: Modelagem numérica e conceitual integrada
BANCO DE DADOS DIGITAL, ACESSÍVEL COM INFORMAÇÕES PREGRESSAS E OBTIDAS COM O PROJETO
Módulo 7: Qualidade da água/sedimentos
ESTUDO AMBIENTAL INTEGRADO DA BACIA DA
LAGOA MIRIM
Módulo 4: Vegetação de entorno
ALM
UFPEL
FURG
EMBRAPA
UCPEL
UFRGS