XVIII Exposição de Experiências Municipais em SaneamentoDe 4 a 9 de maio de 2014 - Uberlândia - MG
RECURSOS HUMANOS E DESAFIOS PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO
Patrícia Campos Borja, Dra., DEA/UFBA
Luiz Roberto Santos Moraes, PhD, DEA/UFBA
Lafayette Dantas da Luz, PhD, DEA/UFBA
Virgínia Silva Neves, MSc, IFBA
Marion Cunha Dias Ferreira, MSc, IFBA
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAEscola Politécnica
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
INTRODUÇÃO
O Plano Nacional de Saneamento Básico:
- avançou nos aspectos relativos à concepção de princípios, diretrizes, metas e na incorporação de dois grandes eixos de investimentos (estruturais e estruturantes);
- no entanto, as ações relacionadas ao fortalecimento da gestão pública e à sustentabilidade das ações e serviços ainda merecem reflexão, aprendizados e aperfeiçoamento.
- Destaque: necessidade de formação e capacitação dos recursos humanos para fazer frente ao desafio de conceber, projetar, implantar, operar, manter e avaliar ações e serviços públicos de saneamento básico.
OBJETIVO
• O trabalho tem por objetivo discutir a área da Engenharia Ambiental e/ou Sanitária (ESA), apresentando e discutindo o cenário do ensino no País e os desafios visando a formação de profissionais para a universalização do saneamento básico.
METODOLOGIA
Para elaboração do trabalho foi realizada revisão bibliográfica e documental, bem como pesquisa sobre os cursos na área da ESA no País junto a home page do Ministério da Educação-MEC (BRASIL. MEC, 2013).
Variáveis pesquisadas: nome do curso, instituições que ofertam os cursos, estado (e população), município, região, tipo de curso (público ou privado), número de vagas por ano, carga horária, média de sua conclusão em anos, nota ENAD, número de professores, data criação, data reconhecimento e duração média do curso.
RESULTADOSCENÁRIO DO ENSINO NA ÁREA DE ENGENHARIA AMBIENTAL
E/OU SANITÁRIA NO BRASIL
Cursos Número
de cursos
% Número
de vagas
%
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA 142 49,3 16.961 47,6 ENGENHARIA AMBIENTAL 128 44,4 17.299 48,5
ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL 11 3,8 693 1,9 ENGENHARIA AMBIENTAL E ENERGIAS RENOVÁVEIS
3 1,0 350 1,0 ENGENHARIA AMBIENTAL E URBANA 2 0,7 205 0,6
ENGENHARIA SANITÁRIA 2 0,7 130 0,4
Total 288 100,0 35.638 100,0
Percentual de vagas na área da ESA por categoria de instituição.Brasil, 2013. n=35.638
Fonte: BRASIL/ MEC, 2013.
Cursos de graduação por categoria administrativa relacionadosà área de Engenharia Sanitária e/ou Ambiental. Brasil, 2013
Número de cursos na área de Engenharia Sanitáriae Ambiental por região do Brasil (n= 288). Brasil, 2013
Cursos Vagas Região Número % de cursos Vagas % de vagas
Sudeste 143 50,0 16.767 47,0
Sul 56 19,0 4.682 13,1
Nordeste 42 15,0 4.819 13,5
Norte 24 8,0 2.115 5,9
Centro-Oeste 17 6,0 1.695 4,8
Várias (EAD) 6 2,0 5.560 15,6
Total 288 100 35.638 100,0
Número de vagas ofertadas na área de Engenharia Sanitáriae Ambiental por região e natureza da instituição. Brasil, 2013. n = 35.638
Número de município com cursos na área de Engenharia Sanitáriae/ou Ambiental por região. Brasil, 2013. n= 169
Percentual de cursos ofertados na área de Engenharia Sanitáriae Ambiental, por faixa populacional do município e categoria
da instituição de ensino. Brasil, 2013. n = 282
Número de cursos ofertados na área da ESA por faixa populacional de municípios e categoria da instituição de ensino. Brasil, 2013. n = 282
Categoria da
instituição
Faixa Populacional (2012)
< 250.000 >250.000 Total
N % N % N %
Privada 71 59,2 121 74,7 192 68,1
Pública 49 40,8 41 25,3 90 31,9
Total 120 100,0 161 100,0 282 100,0
Pearson chi2 = 7.6462 Pr = 0,006
Número de cursos de ESA por um milhão de habitantes, segundo estados brasileiros. Brasil, 2013
Número de vagas em cursos na área da ESA por 10 mil habitantes nos estados brasileiros
Número de vagas na área da ESA por 10 mil habitantes, segundo regiões brasileiras. 2013
Número de cursos ofertados na área de Engenharia Sanitáriae Ambiental por faixa Produto Interno Bruto (PIB) per capita e
categoria da instituição de ensino. Brasil, 2013. n = 282
Categoria de instituição de ensino PIB per capita
Privada % Pública % Total %
< 20.000 76 39,6 54 60,0 130 46,1
20.000 – 30.000 46 24,0 23 25,6 69 24,5
>30.000 70 36,5 13 14,4 83 29,4
Total 192 100,0 90 100,
0 282
100,00
Pearson chi2 = 15.6939 Pr = 0,000
CONCLUSÃO
• O ensino na área da ESA tem sido ampliado nas últimas décadas no Brasil. Porém, o aumento prometido pelo governo federal do ensino público e a ampliação do seu alcance no território do País é uma realidade muito distante para essa área, já que, cerca de, 83% das vagas são ofertadas por IES privadas e ainda persistem as assimetrias intra e inter-regionais.
CONCLUSÃO
• Embora a formação na área da Engenharia Ambiental e/ou Sanitária tenha se ampliado nas últimas décadas no Brasil, muito ainda tem que ser feito para enfrentar os desafios colocados em relação ao meio ambiente, às águas e ao saneamento ambiental.
CONCLUSÃO
• Os currículos e projetos pedagógicos dos cursos devem ser melhor concebidos e a implementação dos mesmos deve ser acompanhada e avaliada pelo Ministério da Educação, universidades, professores, estudante, profissionais e pela sociedade brasileira.
CONCLUSÃO
Dentre os desafios que estão colocados para a área da ESA no Brasil podem ser citados:
• o aumento das vagas ofertadas nas universidades públicas; • a melhor distribuição das vagas entre regiões e a interiorização do
ensino; • a melhoria da qualidade do ensino, o que envolve contratação e
capacitação de professores, melhoria das condições de trabalho e salário; laboratórios, bibliotecas, assistência estudantil, intercâmbios, etc.;
• o combate à evasão escolar, de forma a garantir a eficiência e efetividade do gasto público;
• a adequação do projeto político pedagógico dos cursos e o perfil do profissional à crescente complexidade das questões relacionadas ao saneamento básico, ao meio ambiente e às políticas públicas relacionadas à área.
Tais desafios, só serão enfrentados com uma política pública construída democraticamente pelos diversos atores sociais.
Muito obrigado!
AGRADECIMENTOS Os autores agradecem a o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico –
CNPq e a VALE S.A, pelo apoio financeiro para o desenvolvimento da Pesquisa A Engenharia Sanitária e Ambiental Brasileira, Sociedade e Ambiente (Processo: 455191/2012-3), por meio da Chamada CNPq/VALE S.A. Nº 05/2012 – Forma-Engenharia.
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