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Incentivos a pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica: uma abordagem conceitual Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Contábeis e Atuariais NORMAS E PRÁTICAS CONTÁBEIS Incentivos a pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica: uma abordagem conceitual Prof. Dr. José Carlos Marion Mestrando Leandro Esperança Faccini São Paulo, 27 de Março de 2014.

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NORMAS E PRÁTICAS CONTÁBEIS

Incentivos a pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica: uma abordagemconceitual

Prof. Dr. José Carlos Marion

Mestrando Leandro Esperança Faccini

São Paulo, 27 de Março de 2014.

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SUMÁRIO

1. Introdução;

2. Lei 11.196/05 (Lei do Bem);

3. Benefícios fiscais da Lei do Bem;

4. Resultados obtidos;

5. Definições e abrangência do CPC 04 – Ativos Intangíveis;

6. Incentivos fiscais no desenvolvimento de intangíveis;

7. Uso dos incentivos – estruturação e cálculo;

8. O imbróglio jurídico – serviços de terceiros na Lei do Bem;

9. Os incentivos fiscais na apuração de IRPJ/CSLL;

10. Conclusão.

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1. Introdução

Manual de Frascati

Em 1963, especialistas da OECD – Organisation for Economic Co-Operation

and Development se reuniram na Villa Falconieri, um belo palácio Europeu

em Frascati, na Itália para discutir uma metodologia e indicadores para

entender e acompanhar as atividades de P&D.

A versão original do manual foi lançada há quase 50 anos e até hoje é utilizado como referência para assuntos sobre P&D.

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1. Introdução

Histórico do marco legal brasileiro da P&D e inovação.

A legislação brasileira de inovação é recente e tem origem na década de

90. Até então, a legislação cobria simplesmente atividades de C&T -

Ciência e Tecnologia.

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1. Introdução

Marcos da legislação em nosso país:

Criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (FNDCT) pelo Decreto-Lei 719 de 1969;

Lei nº 8661 de 02 de junho de 1993, considerada a primeira legislação a

respeito de inovação; e

Lei 11.196 de 29 de julho de 2005 que introduziu os incentivos fiscais

para desenvolvimento das atividades de P&D no país.

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1. Introdução

Nota-se ao longo da história que o crescimento dos países passa pelo

investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

O governo federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e

Inovação (MCTI), criou um mecanismo através da Lei do Bem para

incentivar os investimentos em inovação por parte do setor privado.

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1. Introdução

A intenção do governo federal era de incentivar a pesquisa, desenvolver

novas tecnologias no país e aproximar as empresas das universidades e

institutos de pesquisa, potencializando os resultados em P&D.

Nesta apresentação veremos como a Lei do Bem tem sido aplicada, quais

benefícios foram gerados até o momento e se a intenção do governo

federal realmente colaborou com o desenvolvimento de P&D no país.

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2. Lei 11.196/05 (Lei do Bem)

Objetivo da Lei do Bem:

A Lei do Bem segue os objetivos da Lei da Inovação (n.º 10.973/04), uma

das alterações da lei que é considrada pioneira (nº 8.661/93) e, objetiva o

fortalecimento do desenvolvimento e implementação de inovação

tecnológica por parte das empresas.

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2. Lei 11.196/05 (Lei do Bem)

Pré-Requisitos para obter os incentivos fiscais da Lei do Bem:

i. Empresas em regime no Lucro Real;

ii. Empresas com Lucro Fiscal;

iii. Empresas com regularidade fiscal (emissão da CND ou CPD-EN);

iv. Empresas que invistam em Pesquisa e Desenvolvimento.

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2. Lei 11.196/05 (Lei do Bem)

O conceito de Pesquisa e Desenvolvimento de Inovação Tecnológica émuito amplo, logo, surgem mais dúvidas:

O que é considerado inovação?

Quais os critérios que as empresas terão que cumprir para obter osincentivos Fiscais da Lei do Bem?

O que define atividades de Pesquisa eDesenvolvimento de Inovação Tecnológica?

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2. Lei 11.196/05 (Lei do Bem)

Devido a amplitude do conceito, o governo ao criar a Lei do Bem, utilizou-

se dos conceitos obtidos no Manual de Frascati para definir o que

realmente faz e não faz parte de Pesquisa e Desenvolvimento.

Com isso, chegou-se à definição de P&D subdividida em três grupos:

i. Pesquisa básica ou fundamental;

ii. Pesquisa aplicada; e

iii. Desenvolvimento experimental.

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2. Lei 11.196/05 (Lei do Bem)

Considera-se inovação tecnológica:

“a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a

agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou

processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de

qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no

mercado”.

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3. Benefícios fiscais da Lei do Bem

Redução no IR e CSLL

Dedução de até 34% no Imposto de Renda e Contribuição Social sobre

o Lucro Líquido.

Redução de 50% no IPI

Na compra de equipamentos exclusivos destinados à P&D.

Amortização/Depreciação

Amortização acelerada dos dispêndios para aquisição de bens intangíveispara P&D e Depreciação imediata dos equipamentos comprados paraP&D.

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4. Resultados obtidos

Ano Base 2006

Houve 130 empresas pleiteantes dos Incentivos Fiscais, que dispenderam

cerca de R$ 2 bilhões em seus projetos de P&D.

A renúncia fiscal gerada para as empresas com suas atividades de P&D foi

da ordem de R$ 229 milhões de reais.

Fonte: www.mct.gov.br

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4. Resultados obtidos

Ano Base 2007

Foram recebidos 332 formulários das empresas e consideradas

beneficiárias 300 empresas.

Os gastos em P&D atingiram R$ 5,10 bilhões e a renúncia fiscal das

atividades em P&D atingiu R$ 884 milhões neste ano.

Fonte: www.mct.gov.br

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4. Resultados obtidos

Ano Base 2008

Foram recebidos 552 formulários e consideradas beneficiárias 460

empresas.

O investimento em P&D alcançou R$ 8,80 bilhões, sendo os setores de

Eletro-Eletrônica, Mecânica/Transporte e Alimentos os maiores

demandantes. A renúncia fiscal elevou-se para R$ 1,58 bilhão.

Fonte: www.mct.gov.br

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4. Resultados obtidos

Ano Base 2009

Foram recebidos 635 formulários e 542 foram consideradas beneficiárias

dos incentivos fiscais à inovação tecnológica. O gasto do setor produtivo

com P&D alcançou R$ 8,33 bilhões, sendo os setores de

Mecânica/Transporte, Eletro-Eletrônica e Químico os maiores

demandantes. O valor dos incentivos fiscais concedidos com base na Lei

do Bem foi da ordem de R$ 1,38 bilhão de reais.

Fonte: www.mct.gov.br

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4. Resultados obtidos

Ano Base 2009

Apesar do crescimento no número de empresas cadastradas como

beneficiárias de incentivos fiscais à inovação tecnológica, acredita-se que

os reflexos da crise econômica mundial concorreram para o

desaquecimento no volume de desembolsos destinados à P&D pelas

empresas no período.

R$8,80 bilhões em 2008 e R$8,33 bilhões em 2009.

Fonte: www.mct.gov.br

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4. Resultados obtidos

Ano Base 2010

Foram recebidos 875 formulários que, em relação ao ano anterior,

representa um aumento da ordem de 38% e 639 foram classificadas como

beneficiárias dos incentivos fiscais à inovação tecnológica. Se observados

apenas os gastos das 639 firmas cujos formulários foram aprovados pelo

MCTI, os gastos foram de R$ 7,1 bilhões e a renúncia fiscal foi de R$ 1,7

bilhão.

Fonte: www.mct.gov.br

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4. Resultados obtidos

Ano Base 2010

Os setores de mecânica e transportes, eletrônica, química, metalurgia,

software, alimentos e bens de consumo, são os que geraram maiores

demandas pelos incentivos fiscais da Lei do Bem e, por consequência,

considerados os setores que mais investiram em pesquisa tecnológica e

desenvolvimento de inovação tecnológica, no exercício de 2010.

Fonte: www.mct.gov.br

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4. Resultados obtidos

Ano Base 2011

Foram recebidos 962 formulários que, em relação ao ano anterior,

representa um aumento da ordem de 10% e 767 foram classificadas como

beneficiárias dos incentivos fiscais à inovação tecnológica. Se observados

apenas os gastos destas empresas, eles foram de R$ 6,84 bilhões e a

renúncia fiscal foi de R$ 1,40 bilhão.

Fonte: www.mct.gov.br

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4. Resultados obtidos

Ano Base 2011

Os setores de mecânica e transportes, eletro-eletrônica e petroquímica,

são os que geraram maiores demandas pelos incentivos fiscais da Lei do

Bem e, por consequência, considerados os setores que mais investiram

em pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, no

exercício de 2011.

Fonte: www.mct.gov.br

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4. Resultados obtidos

Ano Base 2012

Foram recebidos 1.042 formulários que, em relação ao ano anterior,

representa um aumento da ordem de 8% e 787 foram classificadas como

beneficiárias dos incentivos fiscais à inovação tecnológica. Se observados

apenas os gastos destas empresas, eles foram de R$ 5,34 bilhões e a

renúncia fiscal foi de R$ 1,04 bilhão.

Fonte: www.mct.gov.br

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4. Resultados obtidos

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5. Definições e abrangência do CPC 04 – Ativos Intangíveis

Ativo intangível:

Ativo de capital que não tem existência física, cujo valor é limitado pelosdireitos e benefícios que antecipadamente sua posse confere aoproprietário;

(Kohler, citado em Iudícibus – Teoria da Contabilidade, página 203)

É um ativo não monetário identificável sem substância física.

(CPC 04 (R1), item 8)

“Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos em uma quantia fixa ou determinável de dinheiro.”

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5. Definições e abrangência do CPC 04 – Ativos Intangíveis

As entidades frequentemente despendem recursos ou contraem

obrigações com a aquisição, o desenvolvimento, a manutenção ou o

aprimoramento de recursos intangíveis como conhecimento científico ou

técnico, projeto e implantação de novos processos ou sistemas, licenças,

propriedade intelectual, conhecimento mercadológico, nome, reputação,

imagem e marcas registradas (incluindo nomes comerciais e títulos de

publicações).

(CPC 04 (R1), item 9)

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5. Definições e abrangência do CPC 04 – Ativos Intangíveis

“Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de pesquisa

de projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa (ou da

fase de pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como

despesa quando incorridos.”

(CPC 04 (R1), item 54)

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5. Definições e abrangência do CPC 04 – Ativos Intangíveis

São exemplos de atividades de pesquisa:

a. atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento;

b. busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de

pesquisa ou outros conhecimentos;

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5. Definições e abrangência do CPC 04 – Ativos Intangíveis

São exemplos de atividades de pesquisa:

c. busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos,

processos, sistemas ou serviços; e

d. formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis

para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços

novos ou aperfeiçoados.

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6. Uso dos incentivos – estruturação e cálculo

Modus operandi no uso dos incentivos:

Verificar se a pesquisa ou o projeto atendem aos requisitos de inovação

da Lei do Bem;

Registrar os desembolsos em contas específicas na contabilidade;

Elaborar uma pasta física ou eletrônica com todas as memórias e

documentos dos desembolsos incluídos no incentivo; e

Controlar a adição da amortização/depreciação dos bens cuja a

dedutibilidade fiscal tenha sido antecipada.

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7. Incentivos fiscais no desenvolvimento de intangíveis

CETIP S.A. – Mercados Organizados

PROJETO: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 2012

RELAÇÃO DE PROJETOS DE INOVAÇÃO TECNOLOGICA

Descrição R$

5.516.351,83 Recursos próprios 1.760.561,97

Recursos de terceiros 3.755.789,86

1.328.195,74

TOTAL 6.844.547,57

Descrição R$

Beneficio Temporario 5.516.351,83 Exclusão 100% dos gastos com desenvolvimento

Exclusão permanente conforme decreto 5.798/2006 3.309.811,10 Exclusão com 60% do valor acima apurado

Exclusão permanente homologação 796.917,44 Exclusão 60% gastos com apoio tecnicos

Exclusão permanente incremento de pesquisadores 1.368.909,51

Total Exclusão beneficio fiscal P&D 2012 10.991.989,89

Dedução do IRPJ e CSLL 34% 3.737.276,56

Dispêndio com pesquisa técnica e desenvovimento tecnológico

Dispêndio com apoio técnico (homologação)

Exclusão 20% por incremento do nº de pesquisadores

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8. O imbróglio jurídico – serviços de terceiros na Lei do Bem

Em 2008 o coordenador-geral de inovação tecnológica do MCTI, Reinaldo

Danna, declarou:

"a renúncia fiscal da Lei do Bem é para a empresa fazer pesquisa no Brasil

ou contratar parte dessas atividades tecnológicas apenas com as

universidades, institutos de pesquisas, consultores pessoa física e micros e

empresas de pequeno porte, conforme definição da Lei Complementar

123, e não junto outras empresas“.

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8. O imbróglio jurídico – serviços de terceiros na Lei do Bem

Ocorre que o Art. 17 , inciso I, da Lei do Bem, informa que a pessoa

jurídica poderá usufruir do incentivo fiscal da "dedução, para efeito de

apuração do lucro líquido, de valor correspondente à soma dos dispêndios

realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e

desenvolvimento de inovação tecnológica classificáveis como despesas

operacionais pela legislação do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica -

IRPJ ou como pagamento na forma prevista no § 2o deste artigo".

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8. O imbróglio jurídico – serviços de terceiros na Lei do Bem

A legislação do IRPJ por sua vez, em seu Art. 349, informa que "serão

admitidas como operacionais as despesas com pesquisas científicas ou

tecnológicas, inclusive com experimentação para criação ou

aperfeiçoamento de produtos, processos, fórmulas e técnicas de

produção, administração ou venda (Lei nº 4.506, de 1964, art. 53)".

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9. Os incentivos fiscais na apuração de IRPJ/CSLL

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10. Conclusão

Em minha opinião, a Lei do Bem ampliou mais do que substituiu os

investimentos privados em pesquisa, desenvolvimento e inovação no país.

Nota-se que as empresas que se utilizam do benefício fiscal da Lei do Bem

já investiam em PD&I mesmo antes desta legislação específica.

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10. Conclusão

Na prática, a Lei do Bem atinge efetivamente um número reduzido de

empresas que não chega a 1.000, já que somente empresas optantes pelo

Lucro Real podem submeter os formulários a avaliação do MCTI.

Estes fatos comprovam que o incentivo do Governo Federal não atinge os

pequenos pesquisadores que carecem de investimentos para o

desenvolvimento de suas pesquisas e sim somente grandes empresas

capazes de se financiarem.

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10. Referências bibliográficas

GRIZENDI, Eduardo. Manual de inovação para empresas brasileiras de TIC. São Paulo:Publit Soluções Editoriais , 2012.

Manual de Frascati. 6ª ed., 2002. São Paulo: F.Iniciativas, 2011.

http:// www.mct.gov.br

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Obrigado.

Leandro Esperança [email protected]