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Circuito de Crédito e Consumo Portugal Plano Estratégico, Operacional e Financeiro Versão 1.1 - não revista Preâmbulo O presente documento pretende apresentar em detalhe um conjunto de informações úteis para implementação do projecto- piloto que visa testar, no mercado nacional, um novo instrumento de financiamento da economia, em particular, das micro, pequenas e médias empresas preferencialmente congregadas nos clusters de actividade definidos no Programa Operacional dos Factores de Competitividade. Foram realizados um conjunto de reuniões e apresentações durante Novembro e Dezembro de 2011 a potenciais parceiros para obter um primeiro feedback sobre a “ideia”. Por uma questão de confidencialidade não estão referidos todos os contactos estabelecidos. As entidades referidas no presente documento não têm actualmente vinculação formal ou informal ao projecto. O projecto está a ser acompanhado oficialmente por tutor de Montepio Geral (projectos de micro crédito) com vista a complementar a verba para co-financiamento. O promotor gostaria também de agradecer ao Miguel, Vanessa, Armando e Marco pelos conhecimentos e motivação transmitida. Esta versão não se encontra, até ao momento, fundamentada com dados reais a obter através de estudo de mercado e outras metodologias correntes de recolha e tratamento de dados.

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Circuito de Crédito e Consumo PortugalPlano Estratégico, Operacional e

FinanceiroVersão 1.1 - não revista

Preâmbulo

O presente documento pretende apresentar em detalhe um conjunto de informações úteis para implementação do projecto-piloto que visa testar, no mercado nacional, um novo instrumento de financiamento da economia, em particular, das micro, pequenas e médias empresas preferencialmente congregadas nos clusters de actividade definidos no Programa Operacional dos Factores de Competitividade.

Foram realizados um conjunto de reuniões e apresentações durante Novembro e Dezembro de 2011 a potenciais parceiros para obter um primeiro feedback sobre a “ideia”. Por uma questão de confidencialidade não estão referidos todos os contactos estabelecidos. As entidades referidas no presente documento não têm actualmente vinculação formal ou informal ao projecto.

O projecto está a ser acompanhado oficialmente por tutor de Montepio Geral (projectos de micro crédito) com vista a complementar a verba para co-financiamento. O promotor gostaria também de agradecer ao Miguel, Vanessa, Armando e Marco pelos conhecimentos e motivação transmitida.

Esta versão não se encontra, até ao momento, fundamentada com dados reais a obter através de estudo de mercado e outras metodologias correntes de recolha e tratamento de dados.

1 Plano Estratégico

O objectivo do plano estratégico do C3P – Circuito de Crédito e Consumo Portugal – é estabelecer os conceitos fundamentais que servirão de base á definição das metodologias e objectivos a concretizar nos planos operacional e financeiro.

1.1 Missão e VisãoO C3 pretende estabelecer-se no mercado nacional como uma ferramenta complementar ao financiamento das transacções correntes da economia formal. Pretende-se envolver um conjunto de entidades que credibilizem o instrumento que, todavia, será gerido por uma plataforma tecnológica independente sujeita a supervisão

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e enquadramento legal a definir em conformidade com a expansão prevista. Ao conjunto de entidades utilizadoras (na maioria, as empresas e IPSS), propõem-se a reunião destas numa associação a qual deverá solicitar parecer ao Ministério da Solidariedade e Segurança Social com vista à obtenção de estatuto de mutualidade. A plataforma tecnológica poderá ser gerida directamente pela estrutura administrativa da associação na fase do projecto-piloto, mas recomenda-se a criação de uma entidade independente para gestão tecnológica, findo os 24 meses de experiência.

O Circuito de Crédito e Consumo tem como missão auxiliar, através de um sistema de contas garantidas, o normal funcionamento da economia em períodos de recessão mas também criar novas oportunidades de crescimento económico apoiando por exemplo a actividade empreendedora (fundo de maneio) ou facilitar a prestação de serviços às empresas, promovendo uma maior integração progressiva para o emprego.

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Como não acreditamos no Circuito de Crédito e Consumo como uma finalidade em si, pensamos que este projecto deverá ter como objectivo principal a entrega de valor aos seus membros e um perfil de investimento/retorno conservador, canalizando este esforço para uma maior competitividade da economia local e dos clusters exportadores.

Aportando-se de qualquer dogmatismo ideológico, o C3 não pretende ser um sistema competitivo ou alternativo ao corrente conjunto de instrumentos bancários e não bancários. Igualmente o sistema não pretende promover a informalização da economia mas sim uma maior estabilidade nas relações económicas. Por exemplo, a possibilidade de reconversão de créditos, com determinados parâmetros, permitirá a um conjunto de empresas regularizarem os pagamentos de IVA não dedutível ao Estado.

O C3 é um sistema de transacções aberto, no sentido em que, através da gestão de um fundo próprio resultante de quotização dos membros participantes (associados efectivos ou associados pontuais), permite satisfazer a procura de bens e serviços actualmente não disponíveis na rede de subscritores. Por outro lado o fundo tem uma componente estratégica que visa investir a médio e longo prazo em start-up projects que substituir esta necessidade de aquisição externa, sempre que critérios de viabilidade económica e financeira suportem estes investimentos.

Por fim, o C3 pretende assumir-se como um sistema mutualista em que o risco financeiro é minimizado através de um registo centralizado das operações, da cedência de liquidez devidamente parametrizada e da prestação de garantias individualizadas contratadas a uma entidade externa e a médio prazo eventualmente complementada uma entidade prestadora de garantias a criar especificamente para os seus membros. A confidencialidade das transacções é como tal a trave mestra de funcionamento de todo o sistema.

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1.1.1 Definição do problema e da oportunidade

É díficil refutar a eficiência do sistema monetário centralizado em termos teóricos. Diversos papers redigidos por investigadores de bancos centrais criticaram a ineficiência dos sistemas complementares através da análise custo benefício. Muitas das experiencias do passado tiveram dificuldades em expandir-se e algumas delas não duraram mais que dez anos. Com excepção da experiência do WIR Bank na Suíça. Dois factores essenciais para o sucesso/sobrevivência dos projectos serão detalhados neste documento: a tecnologia e o sistema de garantias.

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Perante a actual crise financeira constatamos porém a insuficiência da análise uni dimensional do conceito de eficiência do sistema monetário centralizado enquanto sistema de informação (de preços) perfeito. Assistimos assim, na última década, à desestruturação do tecido económico das economias locais com menor grau de densificação dos seus clusters de actividade.

As novas teorias, inspiradas pelas ciências naturais, ecologia e biologia, propõem a introdução de um novo parâmetro de análise de sustentabilidade dos sistemas financeiros e monetários: a resiliência, definida como a capacidade de absorver choques sistémicos mediante um sistema “insulado” mas não isolado. Em biologia, o conceito de resiliência resulta da conjugação do conceito de diversidade e mutualidade entre espécies, que criam entre si, ao longo do tempo, o que podemos, em economia, denominar de externalidade positiva – um benefício superior à soma dos esforços

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individuais. Este deve ser um factor a reflectir quando ponderamos sobre a necessidade de reforçar a competitividade da economia nacional.

O C3 poderá ser, em termos práticos, definido como um sistema cambial “não territorial” baseado no princípio jurídico da livre associação, da livre entrada e saída de membros, da não discriminação de membros e da abertura à sociedade civil e meio económico envolvente.

O sucesso (económico, visto que a utilidade prática e final é sempre discutível e subjectiva) das redes sociais e profissionais da internet é um exemplo do sucesso do conceito de networking quando bem aplicado. Diversas corporações têm utilizado ao longo das décadas e à escala global este conceito como a receita essencial ao crescimento e posicionamento dos seus negócios. A grande debilidade da pequena e média empresa portuguesa tem sido a sua incapacidade de gerar valor através do conceito de rede. O C3 pretende, em conjunto com outros instrumentos financeiros e não financeiros, suplantar este desafio e esta tradicional mentalidade do estereótipo de empresário português.

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1.1.1.1 Aspectos económicos e monetários

1.1.1.1.1 LocaisO comércio tradicional, de rua, no centro das cidades representa o paradigma perfeito e mais visível de como um simples sistema de trocas locais poderia promover maior sustentabilidade e sobrevivência de diversos estabelecimentos agora encerrados que não conseguiram por si definir estratégias adequadas de manutenção da sua carteira de clientes. O exemplo mais citado a nível mundial, são os Toronto Dollars, em que um conjunto de comerciantes apoiado por um fundo gerido pelos serviços postais emitem vales certificados (“Toronto Dollars”) que podem ser adquiridos, por exemplo por turistas. Estes vales, em vez do dinheiro tradicional irão circular por mais tempo na economia local e gerar portanto mais receita comercial e produto interno, até que algum dos comerciantes decida reconvertê-los, num posto de correios, sujeito a uma pequena taxa de desconto. Este tipo de experiência pode ser facilmente reproduzido, sem necessidade de grandes apetrechos metodológicos e técnicos, por exemplo, sob gestão de uma junta de freguesia.

1.1.1.1.2 NacionaisPodemos considerar, pela sua dimensão e localização, Portugal tem um espaço económico interessante à implementação de um Circuito de Crédito e Consumo. Os clusters e pólos de actividade nacionais têm uma fraca densidade em comparação, por exemplo, com os clusters dos países do norte da Europa. O presente documento identifica o cluster agro-industrial e o cluster do turismo como prioritários, sendo que porém, nada impede que, ocorram experiências paralelas no tempo, e para as quais seria necessário montar diferentes equipas de trabalho. Se considerarmos um processo encadeado de experiências, poderemos beneficiar da experiência acumulada e evitar a repetição de diversos erros não previstos.

1.1.1.1.3 União EuropeiaO actual quadro político de indefinição da Zona Euro, se por um lado representa uma ausência de respostas e soluções para os problemas das empresas e dos consumidores europeus, por outro lado não impede a livre iniciativa da sociedade civil e dos empresários organizados solicitarem aos Estados enquadramento legal específico e a credibilização (mediante apoio formal dos sistemas de garantias) dos novos modelos descentralizados de financiamento da economia.

Os mentores deste projecto acreditam numa solução progressiva de complementaridade entre uma ou várias moedas vocacionada para as transacções internacionais – euro – e moedas ou sistemas locais de pagamento baseados em clusters de empresas e consumidores.

1.1.1.1.4 GlobalizaçãoAs grandes corporações (por exemplo, de fast food) já hoje utilizam complexos sistemas internos de pagamentos entre as suas subsidiárias que reduzem ou eliminam a necessidade de crédito bancário à tesouraria. Por outro lado, dentro do sistema bancário e financeiro são inúmeras a plataformas de “clearing”, isto é, câmaras de

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compensação que permitem extraordinárias poupanças e um nível de eficiência máximo na actividade operacional.

O C3P prevê integrar-se na dinâmica global de outros sistema de pagamento e financiamento alternativos à economia de diferentes países, cujas experiências serão dadas no capítulo seguinte. Com sistema “logístico” de garantias e tecnologia adequada é possível a expansão destes sistemas numa lógica não territorial mas de relações económicas à escala global, por exemplo, a nível da Comunidade de Países de expressão portuguesa.

1.1.1.2 Aspectos sociais e demográficos

1.1.1.2.1 Emprego e vida activaO desemprego constitui um factor de desagregação do tecido social gerador de instabilidade e onde as energias de uma sociedade não se encontram organizadas para a prossecução de um objectivo comum: a melhoria do bem-estar dos seus cidadãos. O C3, a par de outras experiências do passado, a nível europeu, pretende ser agente promotor das relações económicas e do emprego, criando sistemas de incentivos lógicos para os seus subscritores. O princípio base do Circuito é que qualquer agente, individuo ou empresa, que realiza um produto e o transfere para outro agente, deve de imediato ter a sua conta creditada pelo valor acordado da transacção, e tê-lo disponível para qualquer aquisição dentro da rede de associados, reduzindo ou eliminando os prazos médios de pagamento (TMP).

O C3, como será detalhado, funcionará como um sistema organizado e complementar de vouchers electrónico, vales que serão emitidos, aceites e irão circular continuamente na rede C3. Por princípio, não serão concedidas contas de crédito antecipado a consumidores finais e empregados, no projecto-piloto, pelo que estes terão de os obter através do trabalho (às empresas) ou por aquisição, directa e exclusivamente à plataforma de gestão do C3. Serão proibidas e o software permite identificar, mediante algoritmos, quaisquer práticas, ilícitas, de account-trading.

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1.1.1.2.2 Sistemas de segurança socialO Fundo de gestão do Circuito de Crédito e Consumo, proposto no modelo deste projecto, é gerado e acumulado pelos seus membros. Uma das finalidades deste fundo é constituir, não apenas um sistema de reserva técnico de médio e longo prazo e de suporte às transacções, mas também providenciar um conjunto de serviços (de saúde, apoio social, etc.) e certificados (complementos de reforma e planos poupança), gerido financeiramente, de acordo com os princípios éticos e jurídicos no código mutualista.

As condições de resgate de fundos, deverão também contemplar a satisfação de necessidades de bens (e serviços) de consumo ou investimento, não disponíveis actualmente na rede, mediante uma taxa e um valor limite mensal, e o apoio de uma equipa de brokers especializados (empresas associadas ao C3 ou empregados da plataforma)

1.1.1.3 Aspectos tecnológicos e científicos

1.1.1.3.1 Oportunidade tecnológicaNeste momento existem disponíveis no mercado, para além de soluções comerciais, software open source, pronto a utilizar e com dezenas de entidades utilizadoras em todo o mundo, há praticamente uma década. O código do programa Cyclos pode ser modificado, de acordo com as necessidades de cada projecto local e a assistência técnica, que refira-se, é de âmbito facultativo, está concentrada num conjunto de programadores a operar em Montevideo e Porto Alegre. Esta equipa é financiada pela Social Trade Organization. O programa Cyclos é uma solução adequado para projectos-piloto e é possível a migração para bases de dados Oracle (as mais usados pelo sistema financeiro). Existem outras soluções de software de compensação de créditos baseadas em módulos drupal (Linux).

O Cyclos (www.cyclos.org) é um software que tem praticamente todas as funções de um homebanking tracional e módulos de interligação com cartões, telemóveis e outros meios de comunicação das operações. O projecto C3P propõe a criação a curto prazo de um módulo de interligação com a SIBS, inicialmente, apenas para uso da funcionalidade “pagamento de serviços” (compra e carregamento de créditos no software cyclos) mas no futuro com opções standard de acesso a uma conta.

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1.1.1.3.2 Expansão do conceito de redeA Google e o Facebook têm desenvolvido dentro da sua rede, sistemas próprios de pagamentos. O C3 é um sistema de pagamentos distinto destes, no sentido em que, os créditos podem ser adquiridos com moeda corrente mas também podem ser emitidos através de uma simples relação de débito e crédito, sem necessidade de existência de fundos iniciais de quaisquer das partes intervenientes na transacção.

O C3 é um sistema electrónico de pagamentos tal como o o Bitcoins. De facto, o Bitcoins é um sistema de pagamentos peer-to-peer que tem gerado os seus próprios meios sem recurso a input inicial. A lógica do C3 é totalmente diferente: o Circuito funciona exclusivamente com empresas e consumidores “reais” da economia “real”, com número de contribuinte e actividade registada nos serviços de Finanças.

O Linkedin é uma plataforma que serviria de exemplo ao sistema de alojamento de páginas profissionais e empresariais do C3. O software proposto está a desenvolver este tipo de módulos.

1.1.1.4 Aspectos ambientais e de sustentabilidade ecológica

1.1.1.4.1 Sustentabilidade, resiliência e diversidadeComo referido anteriormente, o sucesso da iniciativa C3 está fundamentado, em termos científicos, metodológicos experimentais e tecnológicos. Os autores e investigadores dos sistemas complementares abordam os aspectos da economia monetária das empresas de forma inovadora e abrangente, não se limitando a uma abordagem tradicional da análise custo benefício. Não se propõe, de todo, um regresso aos sistemas cambiais do passado, delimitados geograficamente, mas uma combinação e “upgrade” de sistemas de pagamento, muitos dos quais hoje usamos sem nos aperceber, desde vouchers de hipermercados ou as “milhas” de passageiro frequente, os tradicionais vales emitidos ou mesmo a um nível mais formal as letras e livranças empresariais, cuja legislação remonta a 1934!

Portanto, se já hoje são utilizados inúmeros sistemas de pagamento e no C3 existem garantias que permitem manter uma paridade com o euro, não nos parece, que após

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uma fase inicial de adaptação, haja alguma dificuldade dos membros aderentes em beneficiar das funcionalidades da plataforma.

1.1.1.4.2 Eco comunidadesUm dos problemas que se tem colocado a grupos de jovens e menos jovens que decidem reinventar o conceito de comunidade seja urbana ou mais isolada, é como estabelecer as bases para um sistema de trocas comerciais seguro e adequado às suas necessidades. Muitas destas comunidades vêm-se na necessidade de reinventar o conceito de dinheiro e moeda. Constata-se que o principal factor que garante a manutenção destes sistemas é a confiança estabelecida previamente entre o pequeno número de participantes da comunidade.

Para reproduzir estas experiências a um nível empresarial, com dimensão, diversidade e transacções, é indispensável recriar o factor de confiança (“crédito”) baseando toda a actividade no reconhecimento formal de entidades públicas (como será identificado com exemplos da prefeitura de Porto Alegre ou do governo do Uruguai, uma entidade prestadora de garantias (no caso do Sardex – Itália) e o envolvimento progressivo da sociedade civil (universidades, media, associações empresariais e de desenvolvimento local)

1.1.1.4.3 Eco empresaO objectivo essencial do C3 é promover junto dos seus aderentes relações comerciais que a médio e longo prazo se traduzam em factores de competitividade e eficiência. É de certo modo incompatível o desenvolvimento de redes empresariais em que a actuação de determinadas empresas poderá causar determinado tipo de externalidades que a curto ou médio prazo contribua para a degradação de valor e de novas oportunidades de negócio. Neste sentido, mais do que empresas com maior ou menor sentido de protecção do meio ambiente, o que se pretende são empresas que possam acrescentar valor com o seu posicionamento na cadeia de valor acrescentado da rede.

Uma eco empresa, em termos de participação no C3, tem uma elevada propensão a consumir na rede e/ou vender produtos e serviços na rede.

1.1.2 Metodologia C3A metodologia C3 não é mais do que um compêndio e aperfeiçoamento de uma série de modelos (de 1.ª, 2ª e 3ª geração) de sistemas complementares de trocas. A principal novidade do C3 é assemelhar-se a um micro sistema cambial onde as empresas podem fazer pagamentos parciais em créditos e em determinadas condições podem reconverter os mesmos em moeda corrente.

O método C3 patenteado pela Social Trade permite calcular o valor exacto dos saldos cada conta no sistema, considerando uma taxa de desconto e outras variáveis.

http://www.sumobrain.com/patents/wipo/Commercial-credit-circuit/WO2011135412.html

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“[0064] The C3 model offers new forms of credit, which are not based on lending money, but on supplying a local means of exchange that is not charged with interest.”

1.1.2.1 Sistemas barter e LETS – Local Exchange Trading SystemsOs sistemas barter (comércio recíproco multilateral) e as Local Exchange Trading Systems (Sistemas locais de comércio) são a forma mais básica de sistematização dos registos das transacções comerciais, independentemente do sistema tecnológico utilizado (que pode ser de tipo papel ou electrónico).

As barters têm inspiração anglo-saxónica e são entidades com fins lucrativos. Já as LETS têm uma componente mais social e menos informal.

Em 2002, na Argentina, assistiu-se a uma explosão deste tipo de sistema, baseado em papel, chegando a ter vários milhões de utilizadores organizados em clubes locais de “Trueque”. Este sistema foi descredibilizado com a introdução de papel inflacionário e acusações de corrupção dos líderes locais, poucos anos mais tarde.

1.1.2.2 Sistemas de moeda complementarEm diversas cidades da Europa Ocidental (excluindo a mediterrânica), Japão e Estados Unidos tem-se desenvolvido experiências de pequena dimensão desde os anos 80, envolvendo sobretudo o comércio e a produção local, e em determinados modelos com vocação social (apoio a idosos, aprendizagem, etc.). O leitor poderá consultar a bibliografia em anexo para conhecer em detalhe estas experiências.

1.1.2.3 C3

1.1.2.3.1 Ciência e investigaçãoO Circuito de Crédito Comercial (termo original) é uma metodologia patenteada pela STRO- Social Trade Organization, com sede na Holanda. A metodologia é de livre acesso porém deverá ser consultada a STRO, caso se pretende modificar esta metodologia

1.1.2.3.2 Experimentação do C3Em 2003 a STRO chegou a acordo com a prefeitura de Porto Alegre e MFIs (instituições de micro finanças) locais para adoptar o projecto ao espaço económico daquela cidade, o que permitiu desenvolver o programa Cyclos em contexto real, contando actualmente com cerca de 1000 utilizadores.

1.1.2.3.3 Social Trade organizationA STRO tem trabalhado no sentido de desenvolver e aplicar no terreno métodos monetários e de apoio ao empreendedorismo rural em territórios desfavorecidos, nomeadamente na América Central e do Sul. A Social Trade Organization tem sido informada das movimentações do promotor do projecto C3P, bem como da metodologia adaptada ao nosso contexto jurídico e organizacional. O papel da Social Trade na Europa, tem se mantido como agente promotor do movimento. Em particular na Holanda, presta assistências a LETS de inúmeras cidades.

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O projecto C3P vê a STRO como elemento que poderá pontualmente prestar serviços de assistência técnica e programação informática, conforme a evolução do mesmo.

1.1.2.3.4 Bernard Lietaer (Bio)Bernard Lietaer é um investigador e conferencista conceituado com formação académica em Engenharia no MIT e começou a trabalhar nos anos 70 em programação de sistemas de pagamento em multi-divisas para grandes corporações. Mais tarde colaborou como assessor para diversos governos em matéria de política e estratégia cambial. Nos anos 80 obteve grande sucesso ao criar um fundo de investimento baseado numa divisa virtual – Gaia Project. Chegou a presidente da “SIBS” da Bélgica e é considerado co-fundador do Euro.

1.1.3 Casos de estudo internacional – modelos e breve historial

1.1.3.1 WIR Economic Circle

O WIR, que em alemão, significa “nós” e também “círculo”, foi criado por um conjunto de empresários suíços nos anos 30, como forma de solucionar os problemas de liquidez, e promover a continuidade e desenvolvimento de relações económicas locais. Em pouco mais de um ano, atingiu cerca de 3000 membros. Dois anos após a sua fundação o WIR passou a ser supervisionado pelo Banco Central da Suíça. O modelo baseou-se num sistema flexível de garantias que poderiam ser constituídas com a entrega de apólices de seguros, escrituras e outros títulos.

Actualmente o WIR tem mais de 80.000 membros, cobre ¼ da economia, e tem sido considerado por alguns com o segredo mais bem guardado para a estabilidade económica da Suíça. Os membros do WIR revelam orgulho e há um clima de febre e entusiasmo em participar em transacções em WIR. Muitos estabelecimentos têm nas suas vitrines o logótipo do WIR e respectiva percentagem aceite nas compras

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Fonte: Tobias Studer .WIR Update

1.1.3.2 C3 UruguaiEm 2009 o governo do Uruguai formalizou o apoio ao projecto C3 Uruguay que está operacionalizado sob a forma de lojas de pagamento Red Pagos (cartões) e sistema de pagamento por telemóvel. O principal objectivo do governo, para além da promoção do crescimento económico, é combater a evasão fiscal e a economia informal.

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1.1.3.3 Banco PalmasO Banco Palmas e outras instituições brasileiras têm vindo a ser reconhecidas em papers e palestras das entidades de supervisão bancária como elementos importantes na dinamização das economias locais marginalizadas do sistema financeiro. No entanto, em documentos oficiais, consideram estas entidades como gestoras de meios de pagamento da economia social e, portanto, fora do espectro da Supervisão Prudencial.

1.1.3.4 SardexO Sardex tem tido um sucesso considerável na ilha da Sardenha. Com cerca de 400 utilizadores e reconhecimento da comunidade académica local, foi anunciado, em Dezembro de 2011 a entrada da Digital Investments – por intermédio da Pixel Advisors – com uma participação sob a forma de “seed capital”. O Sardex orientou-se desde cedo para formalizar uma parceria local a nível financeiro com a FinSardenha. A equipa do Sardex está a criar o seu próprio “mod” do Cyclos e prevê abrir o circuito ao consumidor final ainda este ano.

Fonte: dPixel Adivsors website

1.1.3.5 Circuito CompRasO Circuito Compras é, ao fim de quase uma década, um portal dinâmico de e-commerce da cidade de Porto Alegre. A legislação brasileira permite que as ofertas comerciais estejam visíveis directamente ao público (o que não aconteceria na Europa, devido a restrições da Directiva de E-commerce). O CompRas é um instrumento adicional de promoção comercial da prefeitura, num cenário, onde as cidades brasileiras competem fiscalmente entre si.

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1.1.4 Posicionamento Institucional face ao Público-alvo

1.1.4.1 PME’s elegíveis para garantia mútua (créditos e permutas)

Como referido, para um “Circuito de Crédito e Consumo” ter existência no contexto nacional e europeu, mais do que um projecto de investimento e um financiador, é indispensável uma entidade credibilizadora de todo o sistema. Uma grande empresa ligada ao sector da distribuição poderia ser uma entidade que garantiria de imediato, através do seu capital circulante - existências, todo o sistema, sob a forma de garantias reais. Esta entidade estaria de qualquer forma sujeita à variação da procura por parte dos consumidores finais.

Face à actual estrutura de instrumentos financeiros da economia portuguesa a opção que parece mais lógica e eficiente é promover o instrumento C3 junto das entidades que estão já elegíveis para garantia mútua. Os contactos estabelecidos, quer em Portugal, quer em Espanha (projecto paralelo) permitiram concluir o desinteresse por parte do sector segurador em ser parceiro do projecto C3, pelo menos na actual conjuntura.

1.1.4.2 Empresários em nome individual (permutas)

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Um sistema de transacções minimamente equilibrado deverá considerar a participação de outras empresas que, em princípio terão dificuldades no acesso a uma garantia ou seguro de crédito, mas que ainda assim desejem participar no Circuito.

Este segmento de pequenos prestadores de serviços é muito importante na medida em que a sua propensão para consumir e/ou vender na rede é muito próxima dos 100%, garantindo automaticamente uma maior fluidez dos meios pagamento dentro da rede, e como tal reduzindo a necessidade de reconversões ou emissões adicionais.

1.1.4.3 Start-ups (permutas)

As gestoras de participações sociais, capitais de risco e outros investidores verão com muito interesse as suas participadas beneficiarem da redução das necessidades de fundo de maneio através do instrumento de financiamento C3. O Circuito apresenta-se como uma solução que inibe, de certa forma, o moral hazard por parte do empresário/promotor que muitas vezes constitui um factor de desinteresse ou impedimento a um investimento efectivo. Por outro lado aumenta a capacidade do investidor em diversificar a sua carteira de projecto com o mesmo montante inicial de fundos.

Por outro lado, o C3 vai criar um fundo próprio que vai necessitar de uma entidade gestora e profissionais especializados na procura de novas oportunidades de investimento em favor do desenvolvimento da rede inicial. Podemos referir que o C3 constitui, para além de um círculo virtuoso de pagamentos e recebimentos, um círculo de aceleração e reciclagem de fundos e investimentos.

1.1.4.4 Consumidores finais e exportação (bónus)É um factor de sucesso e diferenciador de outros modelos, nomeadamente, o barter, a presença activa de consumidores finais e exportadores no Circuito. Para operacionalizar este objectivo deveremos encarar este consumidor como um prosumer, ou seja, empregado por conta de outrem, ou agente prestador de serviços a uma empresa já existente na rede.

Ainda durante o projecto-piloto dever-se-ão executar as acções necessárias (programação de módulo e protocolo com a SIBS) para a possibilidade de carregamento das contas C3 no terminais de Multibanco e ou Payshops e eventualmente agências de câmbio (em termos formais estas entidades designam-se por Instituições de Moeda Electrónica).

Os consumidores finais e a exportação são o elo de ligação entre o fim e início e entre diversas cadeias de valor acrescentado actualmente existentes na economia.

1.1.4.5 Investidores de crowdfunding (bónus)As entidades de Crowdfunding nacionais contactadas revelaram interesse no C3 como agentes potenciais para complementar as fontes, quer de financiamento, quer de

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novos membros para a rede. Muito simplesmente, é oferecido um incentivo quer a entidade de crowdfunding quer ao subscritor, sendo os fundos canalizados imediatamente para a rede sob a forma de créditos bonificados.

Da mesma forma o fundo C3 deverá considerar a carteira de oportunidades das diversas plataformas de crowdfunding no sentido de satisfazer a médio prazo as necessidades de bens e serviços dos membros da rede.

1.1.4.6 Desempregados, reformados e outros com fonte de rendimento mensal permanente (bónus)

Este grupo específico de consumidores (concretamente, os que recebem uma prestação mensal fixa do Estado) pode, mediante determinadas parcerias com entidades ligadas à Segurança Social e ao IEFP, ser uma fonte importante de membros activos na rede C3. As entidades parceiras (Estado) receberiam uma garantia adicional destes fundos serem total ou parcialmente vocacionados para o pagamento de taxas e impostos (em euros) por parte das empresas do Circuito.

1.1.4.7 Associações e IPSS (créditos, permutas e bónus)As associações e IPSS, nomeadamente, as que são subsidiadas em parte pelo Orçamento de Estado poderão ser também interessantes para o circuito, pelo mesmo motivo referido no parágrafo anterior. Acresce o facto de que estas são também alvos susceptíveis de uma gama de bens e serviços de consumo final mas também intermédio.

1.1.5 ValoresO Circuito de Crédito e Consumo, pela sua natureza é uma instituição sem fins lucrativos. Porém, como qualquer outra entidade financeira, deve ser gerida por profissionais a tempo inteiro, devidamente qualificados e remunerados, e com capacidade financeira para recorrer a outsourcing que poderá variar desde a programação de um módulo java específico a uma assessoria jurídica especializada de carácter pontual. O negócio do C3 deve também gerar uma remuneração certa para o investidor numa perspectiva conservadora e de distribuição de valor para os seus membros associados.

1.1.5.1 Mutualismo: prestação de serviços recíprocos e ausência de fim lucrativo A proposta mais saliente, em termos de forma jurídica, mas sobretudo valores é natural a adopção dos princípios do mutualismo, consagrados pelo código mutualista.

“Definição de Mutualismo

Sistema privado de protecção social que visa o auxilio mútuo em situações de carência ou de melhoramento das condições de vida dos associados, como forma voluntária de realização do ideal da solidariedade. Estes objectivos genéricos de protecção social solidarista são promovidos por instituições mutualistas, geralmente de tipo associativo e inscrição facultativa, ditas Mutualidades ou Associações de Socorros Mútuos, que se especializam consoante as modalidades de protecção a

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realizar. Este sistema é fundamentalmente caracterizado pela ausência de espirito lucrativo.” – União das Mutualidades Portuguesas

A proposta apresentada neste documento é uma versão moderna da proposta redigida e implementada em França há cerca de 160 anos e que depois deu origem a todo o movimento cooperativo francês e europeu. Note-se que, em França, existem cerca de 3.000 cooperativas em funcionamento.

Em Portugal, o Montepio Geral é a maior e mais associação mutualista e dispõe por exemplo de um portal de produtos e serviços que não se confina apenas à área da saúde ou da educação.

1.1.5.2 Ecologia e sustentabilidadeO mutualismo é um conceito ambíguo; em termos de aplicação pode referir-se a um fenómeno natural ou a um conceito ancestral da sociedade. O projecto C3 pretende contribuir no domínio financeiro para reequilibrar um sistema global crítico definido por quatro forças do modelo Time Compacting Machine de Bernard Lietaer.

1.1.5.3 Patriotismo: promoção e defesa dos recursos nacionaisNão obstante ter como objectivo integrar-se com outros sistemas complementares nacionais a médio e longo prazo, o C3P, tem uma profunda inspiração patriótica, não apenas no sentido territorial, mas acima de tudo nos recursos que hoje a nossa economia dispõe, por exemplo, em “cérebros”, que, fruto da ineficiência (a)cíclica do actual modelo económico, constituem um stock de oportunidades em desvalorização.

1.1.5.4 Descentralização: formação, delegação e promoção da autonomia

No design do modelo C3 ficou desde logo presente a preocupação de definir um cunho descentralizado inspirado pelas metodologias “empreender em rede” e “empreender em equipa”. Querendo também afastar-se dos actuais modelos de Master-Franchise,

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cujas preocupações muitas vezes não são o cliente final, mas um conjunto de obrigações mensais, o C3P solicita o envolvimento activo das associações empresariais locais, associações de desenvolvimento e outros líderes locais que acreditem na motivação e sucesso do projecto.

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Não se pretende, de forma alguma, desviar as responsabilidades, da futura equipa gestora e administrativa da plataforma tecnológica C3. Face aos modelos de expansão comercial existentes, o C3 tem preferência em investir em fortes parcerias, que serão explicitadas adiante, e um serviço helpdesk 24 horas online e telefone, e uma forte personalização e atenção às necessidades dos empresários que decidem assumir o compromisso de se associarem à rede. Propõe-se, com os devidos incentivos, a delegação progressiva de diversas competências ligadas à formação e acompanhamento local dos membros às associações e entidades que assim o desejarem.

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1.2 Análise de Mercado: oportunidades e ameaçasO mercado onde o Circuito de Crédito e Consumo irá operar situa-se na confluência entre os serviços de financiamento não-bancário (factoring, confirming, barter, etc) e o e-commerce em geral.

1.2.1 Análise da conjunturaA presente análise da conjuntura reporta a dados publicados por diversas entidades até ao mês de Janeiro de 2012.

1.2.1.1 Crescimento económicoO Boletim Económico de Inverno do Banco de Portugal relata que a contracção (de 1.6%) da actividade económica no ano de 2011 se deve essencialmente à queda da procura interna compensada ligeira subida das exportações.

Nos Indicadores de Conjuntura de Janeiro de 2012, o BdP informa que “quer o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial da atividade económica quer o indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial do consumo privado ( …) diminuíram ligeiramente face ao mês anterior.

1.2.1.2 Inflação

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1.2.1.3 Política monetáriaSegundo o mesmo documento “No mercado monetário, as taxas de juro Euribor voltaram a registar uma redução até meados de janeiro, ligeiramente mais acentuada nos prazos mais curtos. No dia 16 de janeiro, as taxas de juro para os prazos de um, três, seis e doze meses situavam-se, respetivamente, em 0.83, 1.22, 1.50 e 1.83 por cento. Face a 30 de novembro, estes valores representam uma redução de 38 e 25 p.b. nos prazos de um e três meses, respetivamente, e de 20 p.b. nos prazos de seis e doze meses.”

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1.2.1.4 Enquadramento fiscal e OEDe acordo com a Síntese da Execução Orçamental da Direção Geral do Orçamento de Dezembro de 2011, a receita fi scal do Estado aumentou em termos homólogos 5.7 por cento no período de janeiro a novembro deste ano, valor que representa uma ligeira aceleração face aos 5.2 por cento verificados até outubro. Esta aceleração refletiu essencialmente a evolução da cobrança dos impostos diretos que aumentou 8.5 por cento até ao fi nal do mês de novembro, com destaque para a manutenção de uma taxa de crescimento elevada da receita do IRC e para uma aceleração significativa da coleta do IRS. A despesa corrente primária do Estado diminuiu 5.9 por cento entre janeiro e novembro de 2011

face ao mesmo período do ano anterior (-6.7 por cento até outubro). Esta evolução resulta, designadamente,da redução muito expressiva das remunerações certas e permanentes (-7.1 por cento), das transferências correntes (-5.4 por cento) e dos subsídios (-53.0 por cento). O défice do Estado em contabilidade pública ascendeu a

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€9902 milhões até novembro, o que compara com o valor de €12952 milhões verifi cado no mesmo período do ano anterior.

1.2.1.5 Emprego

1.2.1.6 InvestimentoRelativamente ao investimento, consta-te se uma destruição progressiva da capacidade produtiva, pelo menos em termos contabilísticos, o que poderá se reflectir seriamente no PIB da próxima década. O projecto C3 pretende contribuir para o aumento da poupança e do investimento nacional a médio prazo.

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Fonte: Banco de Portugal

1.2.1.7 Sector financeiro: factoring e soluções de tesouraria Segundo o Banco de Portugal “a diminuição dos empréstimos bancários concedidos ao setor privado não financeiro traduziu a redução da taxa de variação anual dos empréstimos a sociedades não financeiras (de -1.0 para -1.8 por cento), bem como a da taxa correspondente aos empréstimos a particulares (de -1.6 para -1.9 por cento). Por sua vez, esta última refletiu tanto a redução dos empréstimos a particulares para aquisição de habitação, como a dos empréstimos a particulares para consumo e outros fins, tendo as suas taxas de variação anual diminuído 0.3 e 0.7 p.p para -1.3 e -4.7 por cento, respetivamente.”

1.2.1.8 Sector financeiro: seguros de crédito e garantia mútuaO relatório de estabilidade financeira do BdP (Novembro de 2011) aponta como principais conclusões: “a materialização dos riscos sobre a estabilidade financeira intensificou-se substancialmente, quer a nível mundial quer em Portugal, refletindo a deterioração do enquadramento macroeconómico e financeiro, num contexto de generalização das tensões nos mercados de dívida soberana da área do euro. Este agravamento das condições económicas e financeiras repercutiu-se numa deterioração da rendibilidade do sistema bancário português, bem como numa maior materialização do risco de crédito e de mercado. No curto prazo, esta tendência de agravamento dos riscos deverá persistir. No entanto, no quadro do Programa de Assistência Económica e Financeira, existem diversos instrumentos que permitem mitigar o impacto destes choques sobre o sistema financeiro português, nomeadamente em termos de eventuais necessidades adicionais de capital. Para além disso, a desalavancagem do sistema financeiro português está a ser acompanhada de forma permanente pelo Banco de Portugal, de modo a assegurar um processo ordenado e gradual, não comprometendo o financiamento da economia portuguesa.(….)

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Fonte: relatório da Garantia Mútua , Universidade Católica

1.2.2 A Procura de financiamento de tesouraria: Principais indicadoresSegundo o BdP “a análise dos mapas de estabilidade fi nanceira permite concluir que os riscos subjacentes ao sistema bancário português e ao seu enquadramento macroeconómico e financeiro se situam em níveis bastante elevados face aos respetivos referenciais históricos, destacando-se os riscos relativos ao enquadramento macroeconómico e financeiro doméstico e à situação financeira de particulares e empresas. A necessidade de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos e financeiros, que inclui o processo de consolidação orçamental, deverá exercer uma forte pressão descendente sobre a procura interna no curto prazo.”

Leitura: valores mais afastados do centro implicam maior risco

Fonte: BdP

1.2.2.1 Sectores principais

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1.2.2.2 Mercado alvo

O relatório da Competitividade da AIP (2011) constata a necessidade de “Ultrapassar a fase de “arquipélago” que caracteriza a actuação das empresas no seu relacionamento e desenvolver verdadeiras redes de partilha de informação e de capacidades entre empresas e entre estas e outros parceiros (universidades, centros de investigação e tecnologia,etc.)” O projecto C3 pretende constituir-se também como um sistema de informação (preços) e promover desta forma os objectivos mencionados na carta magna da competitividade da AIP.

A PME Investimentos publicou um estudo completo relativo à oferta de crédito às PME com referência comparativa aos anos de 2002 e 2007. Segundo este estudo as empresas portuguesas são as que tinham, à data, maior necessidade de financiamento, dentro da União Europeia.

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Dados disponibilizados pela Ficha informativa do SBA da Comissão Europeia informam haver em Portugal cerca de 40.000 pequenas e 5.500 médias empresas que serão o mercado alvo principal da iniciativa piloto do C3.

O mesmo relatório identifica o acesso ao financiamento como uma das principais dificuldades das PMEs nacionais:

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Fonte: Comissão Europeia - SBA

1.2.2.3 Tendências De acordo com o Inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito de Janeiro de 2012 “Os bancos reportaram uma redução da procura de empréstimos durante o quarto trimestre”. Continuando a citar “Esta redução terá continuado a ser mais intensa no caso dos particulares, em especial nos empréstimos para habitação, do que no caso das empresas. Em relação às empresas, a redução da procura terá estado essencialmente concentrada nos empréstimos a longo prazo, aos quais,de acordo com os resultados do inquérito, estão a ser aplicados critérios de concessão mais restritivos do que aos empréstimos a curto prazo. A contribuir para a redução da procura por parte das empresas terá estado a diminuição das necessidades de financiamento para investimento, bem como para o financiamento de fusões e aquisições ou re-estruturação empresarial. Em sentido contrário, a procura por parte das empresas terá sido sustentada por um aumento das necessidades de financiamento para re-estruturação da dívida. No caso dos particulares, a diminuição da confiança dos consumidores, a deterioração das perspectivas para o mercado da habitação e a retração nas despesas de consumo de bens duradouros terão estado entre os fatores que mais contribuíram para a redução da procura. Para o primeiro trimestre de 2012, os bancos inquiridos perspetivam, em média, a aplicação de critérios mais restritivos na concessão de empréstimos a empresas e particulares. Para o mesmo período, os bancos antecipam que a procura de empréstimos por

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parte das empresas permanecerá estável.”

1.2.2.4 OportunidadesO C3 deverá concentrar-se na sua fase experimental nos sectores vocacionados para a satisfazer a procura interna, como referido anteriormente, visto que o financiamento bancário terá tendência a focalizar-se nas empresas exportadoras.“Num cenário de perspetivas de forte contração da procura interna e do rendimento permanente, é expectável um abrandamento da procura de crédito, sobretudo por parte dos particulares, assim como um forte movimento de reafetação do crédito entre empresas e setores de atividade. Adicionalmente, a adversidade atual e futura do enquadramento económico conduz a um aumento do risco do tomador de crédito e a um maior rigor e, por consequência, maior seletividade na aprovação de empréstimos. O princípio essencial é o de promover um processo gradual e ordenado de desalavancagem do sistema bancário que não comprometa, antes redirecione, o fi nanciamento para os setores e empresas mais competitivos da economia.”

1.2.3 Concorrência: Oferta de serviços de pagamento e financiamento de tesouraria

O impacto de Basileia II tem e a desalavancagem progressiva dos bancos tem vindo a restringir a oferta de financiamento de tesouraria às PME´s:

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O estudo de mercado de crédito da PME Investimentos citado anteriormente apresenta como principal conclusão o “alargamento efectivo dos prazos contratuais” dos empréstimos e restruturação da dívida:

A SIBS, por força da sua rede de terminais de pagamento e ATM´s, deverá constituir a médio prazo um parceiro (directo ou indirecto) de expansão da rede C3. O Banco de Portugal publicou em Julho de 2007 um estudo o sobre o sistema de pagamentos em Portugal: “Os marcos mais relevantes no desenvolvimento dos instrumentos e sistemas de pagamentos em Portugal foram:1. a fundação da SIBS em 1983; 2 . a criação do serviço Multibanco em 1985; 3. a introdução da possibilidade de efectuar pagamentos de serviços na rede Multibanco em 1989; 4. o início da compensação

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electrónica interbancária dos Cheques em 1989; 5. o início da compensação electrónica interbancária das Cobranças Interbancárias de Efeitos em1989; 6. a implementação do sistema de Transferências Electrónicas Interbancárias em 1992; 7. a criação do Porta Moedas Multibanco em 1995; 8. a entrada em funcionamento do SPGT em 1996; 9. a extinção da Compensação Tradicional em 1998;10. a ligação do SPGT ao TARGET em 1999; 11. a disponibilização do Sistema de Débitos Directos em 2000; 12. a normalização do Cheque e a entrada em funcionamento da Circulação Interbancária de Imagens de Cheques, tendo sido extintos os Centros de Troca Física de documentos, em 2003; 13. a interligação com as operações internacionais processadas através da PE-ACH – Pan-European Automated Clearing House – através do STEP2 da EBA em 12 de Abril de 2005.”

Estrutura da SIBS

Fonte: BdP

Evolução dos instrumentos de Pagamentos

Fonte: BdP

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1.2.3.1 Segmentos e grupos financeiros nacionais e estrangeiros

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Fonte: PME Investimentos

1.2.3.2 Concorrentes directos

Recentemente o BES criou um novo produto de apoio à tesouraria denominado de BES Express Bill. Este instrumento permite às empresas antecipar créditos não vencidos junto dos seus clientes, não havendo obrigatoriedade, porém destes, serem clientes do BES. No Bes Express Bill os clientes não pagam IVA e imposto de selo nestas operações, como acontece no factoring tradicional

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Em 2010 surge a Redebarter.com, a primeira plataforma nacional dedicada ao comércio recíproco multilateral baseando-se a execução de transacções na sua plataforma no conceito fiscal de permuta empresarial.

A nível de factoring podemos identificar a Eurofactor e a Coface como players principais para além da oferta específica dos 5 grandes bancos para este segmento.

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1.2.3.3 TendênciasEm 2011 a actividade de factoring assistiu a um crescimento na ordem dos 9% evidenciando uma maior resposta à procura de financiamento alternativo ao crédito bancário.

1.2.3.4 AmeaçasA capacidade de investimento dos bancos em plataformas tecnológicas mais avançadas e baseadas em Oracle, bem como em campanhas de marketing massivas, constitui uma ameaça a este projecto. Ameaça que apenas pode ser suprimida por um crescimento rápido de uma rede C3 diversificada e auto-suficiente.

1.2.4 Clientes: Segmentação de mercado: dimensão, sectores e regiões

Podemos constatar que o crédito bancário se encontra polarizado pelas regiões do grande Porto e da grande Lisboa. O Objectivo do projecto C3 é a cobertura a 100% do território nacional mediante o estabelecimento de parcerias com entidade locais ligadas ao associativismo empresarial e a projectos de desenvolvimento económico.

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Fonte: PME Investimentos

1.2.4.1 Estudo de mercado (inquérito de preferências)A elaborar e incluir em versões futuras deste documento

1.2.4.2 Grau de penetração e quota de mercado pretendida

1.2.4.2.1 Projecto-piloto 2 anosO projecto-piloto tem como objectivo alcançar 2.000 membros empresariais num período de 24 meses, conforme a tabela de projecção de receitas em anexo.

1.2.4.2.2 Objectivo a 5 anosApós o período experimental o projecto deverá avançar por módulos independentes vocacionados para outros clusters, ou seja, com estrutura tecnológica e administrativa idêntica à inicial. Algumas empresas poderão eventualmente pertencer a diversas redes em simultâneo sendo que o software actual permite gerir a necessária interligação das diversas redes.

1.2.5 Colaboradores: Mercado de trabalho

1.2.5.1 Competências necessárias

1.2.5.1.1 InformáticaA equipa administrativa da plataforma de gestão do Circuito de Crédito e Consumo deverá incluir um informático especializado em atendimento presencial e telefónico ao cliente via Web e telefone e com alguns conhecimentos de programação java, bases de dados e redes. Será responsável também por efectuar requisições ocasionais e gerir contactos com fornecedores correntes, nomeadamente de alojamento, segurança e programação. Deverá elaborar propostas de melhoria da plataforma, analisar as sugestões e reclamações dos membros utilizadores. As habilitações mínimas

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requeridas são o 12.º ano de escolaridade na vertente de curso profissionalizante na área de informática e pelo menos 6 meses de experiência profissional a nível de front-office (contacto com clientes)

1.2.5.1.2 Financeiras

Preferencialmente com experiência bancária a nível de back-office de pelo menos um ano, deverá ter sólidos conhecimentos em análise financeira, dinâmicas sectoriais e domínio prático e conceptual dos diversos meios de financiamento tradicionais vocacionados para as PME. Deverá também possuir facilidade de contacto com o cliente e proceder a inventários nas instalações do mesmo, não sendo no entanto obrigatórias competências comerciais de elevado nível. É requerida licenciatura nas áreas financeiras e/ou de gestão, e tenha conhecimentos apurados de modelos de risco de actividade bancária.

Será para além do designer do sistema interno de garantias do C3, o elo de conexão, no domínio de operações correntes, com a entidade de gestão do fundo C3 e da entidade prestadora de garantias.

1.2.5.1.3 Administrativas e Comerciais.Um administrativo será responsável pelo agendamento dos contactos comerciais a realizar pelo promotor do C3 e das deslocações para apoio técnico do informático, abertura e fecho de escritório, recepção de clientes, recepção e filtragem de chamadas, organização dos arquivos de contabilidade, finanças, segurança social e de recursos de humanos. Será também responsável por organizar a informação relativa ao processo de cada membro aderente antes de ser analisa pelo financeiro. Deverá ter experiência profissional mínima de 1 ano nestas competências.

No primeiro ano o promotor do C3 irá acumular estas funções administrativas. O promotor deverá ter uma sólida experiência comercial de contacto directo a nível de administração e gerência de Médias Empresas. Deverá também definir o plano comercial e de parcerias, elaborar o orçamento anual em coordenação com os restantes departamentos, assegurar o funcionamento eficiente e a melhoria contínua de todos os sistemas de apoio à actividade da plataforma, sejam estes internos ou contratados em regime de outsourcing.

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1.2.5.2 Disponibilidade

1.2.5.2.1 Quadro legal e modelo contratualTodos empregados do C3 serão contratados a prazo pelo período de 1 ano, automaticamente renovável por iguais períodos, e terão as regalias vigentes no código de trabalho e a respectiva inscrição na segurança social e o pagamento encargos sociais pela entidade patronal (associação).

1.2.5.2.2 Selecção e recrutamentoO processo de selecção e recrutamento será realizado através da publicação de anúncio, análise curricular e entrevista de selecção. O projecto C3 dará, naturalmente, preferência a candidaturas que revelem algum background e conhecimento de sistemas complementares de financiamento às empresas. A constituição da equipa final de gestão do projecto deverá merecer a aprovação por maioria dos membros associados constituintes do Circuito enquanto não forem eleitos os corpos dirigentes definitivos da associação mutualista.

1.2.6 Parcerias e fornecedores

1.2.6.1 Seguros de crédito e garantia mútuaO Sistema Nacional de Garantia Mútua é considerado um parceiro natural e indispensável a lógica de expansão da rede C3. Para tal já foram desenvolvidos contactos de apresentação havendo oportunidade de desenvolver contactos em determinadas condições transmitidas ao promotor do projecto pela administração da SPGM.

Fonte: Relatório da garantia Mútua – Universidade Católica

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1.2.6.2 Publicidade e ImagemO projecto C3 definirá um orçamento para o design de uma imagem e merchandising atractivo mas de certa forma minimalista para distribuir nas suas sessões de apresentação e de formação a empresários.

1.2.6.3 Alojamento Web e criação de site institucionalÉ necessário contratar alojamento em ambiente seguro para arquivar a base de dados do Cyclos. Existem diversas opções no mercado a preços inferiores a 100 euros anuais. A variável fundamental que alterará este preço será o cálculo de número de utilizadores em simultâneo que o sistema poderá aceitar e o tempo de log-in inactivo.

É possível contratar o alojamento com pré-instalação do Cyclos directamente à Social Trade, não tendo sido apresentado porém, por esta entidade, o respectivo preçário deste serviço.

Não sendo uma prioridade inicial do projecto, deverá encetar-se contactos com serviços de webdesign com vista a criação de um site elaborado informativo na internet onde poderá aceder-se directamente à interface do Cyclos. Numa fase inicial recomenda-se a construção de uma simples “frontpage” em HTML e eventualmente algumas sub-páginas complementares.

Como já foi referido ambiciona-se criar uma estrutura de páginas profissionais e empresariais onde cada membro pode adicionar conexões, à medida das suas necessidades, visualizar e adquirir mediante um simples click os bens e serviços publicados pelos restantes membros.

1.2.6.4 Material e consumíveis de escritório Se bem que numa fase inicial do projecto não seja indispensável o arrendamento de um espaço próprio, que suporte a recepção de associados, torna-se útil elaborar um orçamento de consumíveis de escritório. O promotor do irá ceder ao projecto um Computador de secretária, impressora e scanner em bom estado de funcionamento.

O projecto procurará um parceiro que se pretenda associar à rede que preste serviços de arrendamento de espaço de coworking com acesso a sala de reuniões. Em princípio esse parceiro já está identificado mas aguarda que o projecto obtenha um parceiro de implementação.

1.2.6.5 Deslocações e estadiasO projecto C3 tem em vista a realização de uma série de conferências e sessões de formação fora do espaço metropolitano da Grande Lisboa, previamente organizadas em colaboração com associações locais, e para as quais será necessária a presença de um ou mais membros da equipa de gestão do projecto.

Do mesmo modo, pretende-se definir à partida parceiros (rent-a-car e unidades hoteleiras) que permitam reduzir as necessidades de financiamento do projecto em euros, sempre que possível. Pelo mesmo motivo este parceiros irão ter um

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acompanhamento especializado de brokerage no sentido de reutilizarem os respectivos créditos.

1.2.7 Legislação e forma jurídica

PARECER “C3” (Constituição Brasileira)

“Em consulta formulada pela Presidência da INSTRODI, foram abordadas considerações a respeito da viabilidade jurídica da metodologia do Circuito de Capital e Consumo – C3 – face ao OrdenamentoJurídico vigente no Brasil. (…)

A garantia constitucional da liberdade de associação (art. 5º, XVII) é a certeza de que um direito mínimo está garantido, constituindo um instrumento de defesa à pretensão dos indivíduos de construir pessoas jurídicas de qualquer natureza, convergindo interesses e vontades para alcançar determinado fim.

Quanto à questão tributária, não há nenhum óbice às transações internas praticadas no âmbito do C3, desde que cada associado, como contribuinte, pague seus tributos sempre que ocorrer o respectivo fato gerador, e desde que o faça de maneira lícita e desde que não haja simulação envolvida.”

1.2.7.1 Portugal (MinFin, BdP)Tal como é importante um forte envolvimento institucional no projecto C3 é também necessário um correcto enquadramento jurídico, ainda que em fase embrionária e experimental. Foram identificadas e estudadas as diversas opções disponíveis a nível da União Europeia e Portugal, para além da tradicional Sociedade por Quotas. O mentor do projecto acredita que o Circuito pode integrar-se na modalidade jurídica do mutualismo sem adulterar os princípios fundamentais e originais da metodologia.

1.2.7.2 Legislação sobre depósitos e IME’sUm sistema avançado de pagamentos, na fase posterior ao projecto, deverá merecer algum tipo de supervisão prudencial. Foi estudada a possibilidade de migrar a unidade tecnológica do C3 para uma Instituição de Moeda Electrónica. A SIBS é uma IME com estatuto especial. A Payshop e as agências de câmbio estão aquiparadas a IME’s. A IME do C3 prestaria serviços exclusivamente à Associação Mutualista C3.

A vantagem em constituir uma IME provém do facto destas entidade puderem gerir as entregas como se de depósitos efectivamente se tratassem e estarem equiparadas aos bancos em diversas operações, na prática, com possibilidade emitir moeda de curso legal, operando em todo espaço europeu (ao contrário das Caixas Económicas mutualistas) na directiva mais recente da U.E.

“As instituições de moeda electrónica devem possuir, em permanência, fundos próprios pelo menos iguais a 2% do total das responsabilidades resultantes

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da moeda electrónica em circulação ou do montante médio dos últimos seis meses, consoante o que for mais elevado. “ Art. 9.º Decreto-Lei n.º 42/2002 de 2 de Março

Directiva 2000/46/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 18 de Setembro de 2000 relativa ao acesso à actividade das instituições de moeda electrónica e ao seu exercício, bem como à sua supervisão prudencial

Artigo 8.o

Derrogações

1. Os Estados-Membros podem permitir que as suas autoridades competentes dispensem as instituições de moeda electrónica da aplicação de algumas ou de todas as disposições da presente directiva e da aplicação da Directiva 2000/12/CE quando:

a) A totalidade das actividades dessa instituição abrangidas pelo n.o 3, alínea a), do artigo 1.o da presente directiva produza um montante total de responsabilidades financeiras resultantes da moeda electrónica em circulação que não exceda, normalmente, 5 milhões de euros e, nunca, 6 milhões de euros; ou

b) A moeda electrónica emitida por essa instituição seja aceite como meio de pagamento apenas pelas filiais da instituição que realizem funções operacionais ou outras funções acessórias relacionadas com a moeda electrónica emitida ou distribuída pela instituição, pela empresa-mãe da instituição, ou por quaisquer outras filiais dessa empresa-mãe; ou

c) A moeda electrónica emitida por essa instituição seja aceite em pagamento apenas por um número limitado de empresas, que possam distinguir-se claramente:

i) Pela sua localização nas mesmas instalações ou noutro local de área limitada,

ii) Pela sua estreita relação financeira e comercial com a instituição emitente, tal como um sistema comum de comercialização ou distribuição.

O Banco de Portugal comunicou ao promotor do C3, em ofício 21.02.2012 que não foi ainda transposta a directiva da EU que permite, entre outros aspectos, reduzir o capital social mínimo de 1 Milhão de Euros para 125 mil euros para constituição uma IME.

1.2.7.3 Associativismo, Mutualismo e MSSSO Ministério da Solidariedade e Segurança Social é a entidade a quem compete a atribuição de estatuto de IPSS às mutualidades, o que permite entre outros benefícios fiscais directos, a consignação de IRS. O pedido deve ser feito ao Director-Geral dos serviços sociais do MSSS anexando os respectivos estatutos da futura associação, devidamente subscritos, por pelo menos 10 (mas aconselha-se um mínimo de 100) associados. Existem para além das mutualidades de ordens profissionais associações que por exemplo gerem uma farmácia social e outros equipamentos de uso comum.

1.2.7.4 Legislação das Permutas empresariaisContinuando o estudo de todas as alternativas legais à prossecução do projecto, constatamos que não há impedimento a considerar o sistema C3 como uma plataforma de permutas empresariais. A Redebarter.com opera com base neste conceito, para finalidades de cálculo de IVA não dedutível:

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Fonte: Lobo e Palma

1.2.7.5 Legislação do Comércio On-lineAs plataformas de comércio on-line a operar em Portugal utilizam os denominados “tickets” como estratégia de promoção de comércio entre os seus clientes. Esta estratégia visa superar imposição legal de separação das actividades financeiras (sistemas de pagamento) da actividade corrente de e-commerce.

O C3, não incorre em ilegalidade se não operar exactamente no espectro de e-commerce. A oferta de produtos e serviços não é publicada em domínio aberto na internet e não existe política de publicidade em sites externos. O modelo de negócio do C3 não se baseia em actividade de angariação comercial tradicional mas por meio de parcerias estratégicas e campanhas member-get-a-member. Por último não há qualquer obrigatoriedade de aceitação de créditos entre os membros como moeda de curso legal, pelo que as operações registadas na plataforma resultariam sempre em função da confiança dos intervenientes no sistema de garantias em vigor, ou seja, na capacidade do sistema liquidar as operações em caso de default, sem efeitos inflacionários sobre a massa monetária em circulação interna (emissão de crédito adicional).

1.2.7.6 União Europeia

1.2.8 Tecnologia disponível – vantagens e desvantagens

1.2.8.1 Comercial Durante a investigação deste projecto foi contactada uma empresa em Inglaterra que vende sistemas de transacção de tipo barter, não tendo sido no entanto solicitado orçamento específico. O preçário por utilizador está disponibilizado no sítio da internet.

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1.2.8.2 Livre – CES, Cyclos, DrupalO CES – Community Exchange Systems – com sede na África do Sul, oferece uma plataforma simplificada para registo online de transações. Este sistema está vocacionado para comunidades de pequenos utilzadores.

O módulo do Drupal para divisas complementares apesar de simples, oferece a possibilidade de integração rápida com um universo infindável de módulos Drupal, de entre os quais se destaca o Magento, solução open source para criação e gestão de websites de e-commerce personalizados.

O Cyclos oferece ferramentas complexas, como por exemplo a gestão de diversos grupos de utilizadores e diferentes divisas numa só base de dados, a definição de taxas e outros parâmetros altamente customizáveis. Para além das funcionalidades descritas na apresentação e a detalhar neste relatório, existe neste momento um módulo que permite a integração Joomla o que poderá facilitar a criação rápida de páginas pessoais

1.3 Análise institucional: identificação das forças e fraquezas do modelo de negócio

1.3.1 Programa de crédito Para uma adequada implementação do sistema C3 torna-se indispensável uma prévia definição dos plafonds e períodos de crédito a atribuir consoante o segmento da PME, o seu nível de risco, e a fase de execução do próprio projecto. Em anexo junta-se um mapa que pretende projectar as receitas do Circuito com base em 4 segmentos fundamentais de clientes: Médias, Pequenas Micro e Consumidores finais, sendo que os últimos poderão ter acesso a crédito sob determinadas garantias, mas não poderão convertê-los para euros em qualquer circunstância.

1.3.1.1 Desenvolvimento de Gamas de produtos As três vertentes em que o C3-P se propõem a operar são as seguintes: crédito automático no momento da transacção do bem e serviço, crédito antecipado, sujeito a prestação de garantia, e aquisição de crédito bonificado com euros ou outra moeda de curso legal. Quaisquer das vertentes pressupõe a utilização a curto prazo dos créditos para compras na rede sendo as contas dos intervenientes das operações creditadas e debitadas segundo o método das partidas dobradas.

Para evitar o excesso de meios de pagamento no sistema em função do volume de transacções é proposto o rácio de 20x para calibração de liquidez do sistema. Este rácio resulta das experiências estudadas de sistemas de moeda complementar na Alemanha.

1.3.1.2 PricingDentro de cada segmento definido é ainda necessário definir os níveis de risco para cálculo de taxas e comissões de gestão de conta e prestação de garantia. Este tipo de análise é facilitada com dados já disponíveis quando a garantia é financeira e fornecida por entidade externa e credível.

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1.3.1.3 Política de créditoO programa de crédito e o pricing devem reger-se por princípios abrangentes e que derivam não apenas de análises financeiras tradicionais mas sobretudo do grau de integração provável do novo membro na rede, traduzido pela sua capacidade e propensão a ser um membro dinâmico quer em termos de volume e frequência de transacções, quer em termos de maximização do número de conexões internas e capacidade de trazer novos associados igualmente dinâmicos para a plataforma.

1.3.1.4 Retenção e Fidelização de clientesTer sistemas de avaliação e interpretar os resultados relativos à utilização e informação qualitativa sobre o grau de satisfação dos aderentes é um passo para programar acções, baseadas em incentivos específicos, com vista à retenção e fidelização de clientes, sempre que se conclua que estes são de facto importantes estabilizadores e dinamizadores potenciais da expansão da rede. Para tal o programa Cyclos integra já um módulo que permite aferir e comunicar o nível de satisfação de cada transacção individual, em vários parâmetros, e espera-se que este módulo, mantendo-se simples possa constituir uma fonte de comunicação entre membros e entre estes e os gestores da plataforma.

1.3.1.5 SustentabilidadeNão enveredando por qualquer dogmatismo relativamente a aspectos metodológicos e tecnológicos os membros da equipa administrativa do C3 deverão saber interpretar resultados e tendências com vista a redefinição de estratégias e calibração do instrumentos de medição e controlo enunciados adiante.

1.3.1.6 Criação de sistema de Indicadores de produtividade e gestãoO projecto C3 visa criar um sistema interno de indicadores que reúna os dados principais dos diversos sistemas que pretende implementar e avaliar a capacidade de melhorar a eficiência de utilização de recursos ao longo do tempo e permita responder em tempo real a eventuais desvios na utilização dos vários inputs iniciais.

1.3.1.7 Gestão de tempo e tarefas dos colaboradoresTodos os profissionais do projecto-piloto terão uma agenda semanal pública onde registarão as tarefas, procedendo-se à respectiva análise entre o previsto e executado.

1.3.2 Estrutura associativa e administraçãoConforme mencionado, prevê-se a eleição de corpos dirigentes, nomeadamente o presidente da associação, vogais, tesoureiro e presidente da mesa da assembleia, sem direito a remuneração, ou propostas para o efeito, no período experimental do projecto. Recomenda-se a eleição de uma associação empresarial para o cargo, ou uma empresa representantiva, sendo que, pelo facto de a rede se encontrar em crescimento, dever-se á realizar uma segunda eleição logo que a rede supere os 500 associados.

1.3.2.1 Liderança e visãoA direcção da associação deverá monitorizar regularmente (sob a forma de relatórios de gestão mensal e reuniões quinzenais) a actividade de gestão corrente da equipa

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administrativa, nomeadamente o relatório e contas anual e solicitações de alterações procedimentais, enquanto não for orçamentada verba para contratação de empresas de consultoria especializada nesta função.

A direcção da associação deve transmitir indicações quanto à necessidade de mudança da orientação estratégica da gestão, sempre que assim o entender ou lhe seja transmitida por outros associados, se necessário com alterações estatutárias aprovadas em assembleia geral.

1.3.2.2 Monitorização do investimento e performanceConstituindo-se os associados fundadores como fiadores/avalistas do investimento inicial do projecto competirá a estes a avaliação da performance da equipa administrativa e proceder a qualquer alteração na composição da equipa, remuneração ou horário de trabalho, em função da velocidade de execução dos objectivos do projecto, conforme acordado nos objectivos contratutais de cada um dos profissionais. A direcção representará formalmente a associação nas reuniões e comunicações com o núcleo de investidores e gestor do fundo de reserva, podendo fazer-se acompanhar pelo profissional da área financeira.

1.3.2.3 Assessoria à gestão A equipa do projecto, liderado pelo promotor do C3, pode recorrer pelos seus meios a aconselhamento externo sob a forma de assegurar o crescimento da rede e o cumprimento dos objectivos. Pode fazer propostas à direcção no sentido de disponibilizar verba, caso destes serviços serem onerados.

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1.3.2.4 Assessoria jurídicaA disponibilização de assessoria jurídica não pode ser vetada pela direcção sempre que tenham sido ultrapassados os prazos e procedimentos regulamentados para os casos de incumprimento e contencioso por parte de membros associados. Propõe-se que a médio prazo (seis meses) seja contratualizada assistência permanente com entidade especializada em recuperação e negociação de créditos. Esta entidade será, preferencialmente, membro aderente e consumidor na rede C3.

1.3.2.5 Consultoria de mercadoA equipa administrativa do C3 pode solicitar verbas para estudos de mercado sempre que a sua agenda esteja totalmente preenchida com compromissos de natureza comercial ou de promoção, com vista à expansão da rede e avaliação de satisfação dos membros.

1.3.2.6 Responsabilidades não executivas e isençãoA direcção da associação e o seu presidente devem imiscuir-se das metodologias de trabalho escolhidas pelas profissionais sempre que estas respeitem os princípios gerais do C3P. A direcção e o seu presidente devem efectuar as suas comunicações à gestão por escrito, em reunião previamente marcada, ou fora dos horários de trabalho, de modo a não perturbar o normal ritmo de produção.

1.3.2.7 Participação na definição de objectivos operacionaisOs planos comerciais, de marketing, etc., bem como os orçamentos anuais e extra-ordinários têm de ser discutidos com o presidente e a direcção antes de serem apresentados formalmente à assembleia. Os associados podem apresentar moções com propostas alternativas para os objectivos quantitativos e qualitativos do projecto ou de investimentos a financiar pelo fundo de reserva.

1.3.2.8 Perspectivas de evolução e formalização institucionalCompete ao presidente e outros membros da direcção desenvolver esforços no sentido da aprovação do estatuto de mutualidade, e procurar ampliar a base de investidores sempre que se justifique. A direcção deve representar a associação na negociação com altas instituições e formalizar os protocolos propostos com as entidades parceiras (SPGM, SIBS, Gestor de Fundos, etc.).

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1.3.3 Gestão de Recursos Humanos

1.3.3.1 Organigrama

1.3.3.2 QualificaçõesAs qualificações dos profissionais deverão estar ao nível da licenciatura, no caso do promotor/gestor e do financeiro e do 12.º ano com vertente profissionalizante relativamente ao administrativo e ao informático.

1.3.3.3 Experiência profissional dos colaboradoresÉ requerida experiência profissional no mínimo de 6 meses. Todos os profissionais deverão ter autonomia suficiente para gerir um escritório, as obrigações sociais, e formação em atendimento presencial e telefónico de clientes.

1.3.3.4 Formação inicial e contínuaAntes da plataforma entrar em funcionamento será dada formação teórica, sobre a metodologia do Circuito de Crédito Comercial, e prática, focalizada no Cyclos.

1.3.3.5 Remunerações e incentivosAs remunerações dos empregados serão definidas de acordo com a experiência profissional de cada elemento, sendo imposto um limite de 1.000 euros mensais brutos para os licenciados e 750 euros mensais brutos para os não licenciados. Os profissionais contratados terão um esquema especial de incentivos baseado em unidades internas de conta de acordo com o seu desempenho quantitativo e qualitativo que não deverá no entanto exceder os 25% do salário base no primeiro ano e os 50% do salário base no segundo ano do projecto-piloto. A atribuição de incentivos fica sujeita a monitorização da direcção da associação e é redefinida trimestralmente.

1.3.3.6 Plano de Promoções Com o crescimento da carteira de membros C3, os profissionais contratados inicialmente terão a possibilidade de progredir na carreira assumindo funções de coordenação directa com parceiros e fornecedores com autonomia para negociar contratos de outsourcing permanentes ou pontuais. Com a experiência adquirida

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durante a fase piloto e mediante a abertura de novos escritórios e respectivas plataformas tecnológicas regionais/sectoriais, estes profissionais deixarão de exercer funções operacionais a tempo inteiro, delegando estas competências a uma nova equipa de profissionais, devendo assim ser convidados para cargos de direcção nacional e general management.

1.3.3.7 Manuais de posto de trabalhoCompete a cada um dos profissionais desenvolver na sua área de actuação e em paralelo com as suas responsabilidades quotidianas, um manual detalhado do seu posto de trabalho que será utilizado para acções de formação enquadradas no lançamento de novos projectos de vertente sectorial ou regional.

1.3.3.8 Modelo de avaliaçãoA direcção da associação terá como responsabilidade reportar aos restantes associados, as conclusões da avaliação do desempenho dos profissionais. Esta avaliação deverá ser redigida trimestralmente e mencionar os incentivos a atribuir em conformidade com os resultados. A avaliação deverá considerar a taxa de actividade e cumprimento das tarefas agendas semanalmente, aspectos qualitativos das tarefas executadas, o grau de satisfação no atendimento (dados obtidos pelo cyclos), e o cumprimento das metas quantitativas, quer em termos de angariação de membros, quer em volume crédito e de transacções efectuadas na plataforma.

1.3.3.9 Sistema de análise e relatórios de produtividadeÉ da competência dos elementos da direcção construírem um modelo próprio para tratamento e apresentação de dados relativos a performance individual de cada profissional. Os profissionais devem resumir quantitativa e qualitativamente as agendas semanais de trabalho executado no fim de cada semana, disponibilizar a agenda da semana seguinte à direcção e compilar dados estatísticos do Cyclos relativos aos aspectos mencionados no parágrafo anterior.

1.3.4 Gestão administrativaA equipa administrativa da plataforma C3 tem como objectivo prioritário no primeiro trimestre adoptar e costumizar um conjunto de sistemas baseados em software open source para optimização do planeamento, execução e apresentação das suas tarefas diárias bem como a gestão de recursos e de contactos. Estas soluções deverão ser seleccionadas definitivamente a partir do portal www.sourceforge.net.

1.3.4.1 Sistema de gestão por processosDevido á dimensão do projecto recomenda-se uma organização por processos que poderão ter de ser coordenados e executados por mais de um departamento/profissional. O plano operacional contempla identifica os processos elementares e respectivas responsabilidades individuais.

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Fonte: – tecproit.com.br

1.3.4.2 Sistema de comunicação interna e parceirosO software de arquivo das comunicações deve ser costumizado para incluir campos específicos e caixas de listagem para classificação da informação relativa a cada parceiro e fornecedor. O histórico de contactos, reuniões, notas e documentos online e digitalizados (propostas, contratos, encomendas, etc.) devem estar visíveis para os membros da direcção, os quais deverão registar-se na plataforma.

1.3.4.3 Sistema de comunicação – atendimento geral a clientesNa escolha de um CRM para gerir os contactos com os membros e potenciais aderentes à rede C3 deve ter-se em consideração a possibilidade deste software comunicar dados com o Cyclos, mediante um módulo a contratar e desenvolver. Segundo as últimas informações, a STRO está a desenvolver um sistema IVR – atendimento telefónico automático, que poderá auxiliar o helpdesk do C3P na estruturação dos seus guiões de atendimento.

1.3.4.4 Sistema de informação e indicadores de gestãoPara além da informação contabilística obrigatória (das associações mutualistas) o escritório do C3 irá produzir e publicar informação contabilística mensal estandardizada (sob a forma de balancetes) bem como disponibilizar a mesma informação organizada funcionalmente pelos segmentos de custos e proveitos definidos no plano financeiro. No final de cada mês o gestor do projecto reunirá com a direcção para apresentar os resultados e eventuais desvios face ao orçamento programado no projecto de investimento. Deverá, quando necessário, apresentar orçamentos retificativos e novos mapas correctivos das projecções de custos e proveitos.

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1.3.4.5 Sistema de gestão de recursos (ERP)A actividade do projecto C3 será sobretudo capital humano intensivo. Em todo caso, sugere-se o registo adequado dos recursos físicos adquiridos, utilizados e necessários, para além dos mapas de imobilizações da contabilidade. Deverá comunicar-se à direcção qualquer perda ou desgaste material que implique novos investimentos a curto prazo. O funcionário administrativo ficará responsável por verificar o perfeito funcionamento e disponibilidade de todo o material de escritório, merchandising, etc. O informático deverá comunicar-lhe prontamente quaisquer deficiências nos sistemas que impliquem despesas adicionais em software ou assistência técnica externa.

1.3.4.6 Relatórios e orçamentos (frequência, conteúdos)

1.3.4.6.1 Receitas e proveitos: Por cliente, segmento, produto, região, etc

1.3.4.6.2 Despesas e custos: por processo, custos por departamento

1.3.4.6.3 Em euros e em liquidez interna

O plano financeiro, incluído neste relatório, irá definir em detalhe estes aspectos técnicos.

1.3.4.7 Contabilidade Geral AnalíticaO financeiro será responsável pela elaboração da contabilidade, em programa de software devidamente certificado para o efeito, bem como a gestão de tesouraria e fornecedores. A contabilidade deverá ser elaborada de acordo com o código mutualista, logo que a associação obtenha aquele estatuto.

1.3.4.8 Sistema de controlo e fiscalizaçãoO presidente da direcção será responsável por executar ou delegar responsabilidades no domínio da supervisão da actividade operacional de gestão do Circuito. Esta actividade implica que seja agendado um dia, preferencialmente, ao fim de semana, para que o supervisor possa visitar as instalações e aceder a toda informação que julgar necessária. Este supervisor não pode ser membro nem tomar parte, directa ou indirecta, da rede de transacções. Progressivamente esta tarefa pode ser automatizada por via informática. Deverá ter-se em consideração os parâmetros de fiscalização da autoridade legal de fiscalização de estabelecimentos em Portugal - ASAE.

1.3.4.9 Auditoria externaAnualmente é proposta uma auditoria externa aos sistemas de informação da plataforma C3, nomeadamente a nível contabilístico e financeiro. Enquanto não for disponibilizada verba para a contratação de profissionais legalmente autorizados para exercer esta actividade, a metodologia e a execução da auditoria é da responsabilidade da presidência da direcção da associação que emitirá uma acta em conformidade.

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1.3.4.10 Processo de revisão dos sistemasOs sistemas informáticos adoptados devem ser alvo de revisão semestral, nomeadamente nos parâmetros de eficiência/sobrecargas no uso da CPU, na fiabilidade, medida em termos de estabilidade, na facilidade de utilização e compreensão das funcionalidades (user-friendly) e na expansibilidade, medida na possibilidade de costumizações e modulizações adicionais.

A decisão de adoptar novos programas de software deve ter sempre a possibilidade de migração de dados e funcionalidades para sistemas mais complexos, seguros e optimizáveis.

O informático elaborará um relatório semestral de revisão de sistemas e propostas de melhoria analisando directamente e recolhendo opiniões dos outros utilizadores

1.3.5 Fundo de reserva

1.3.5.1 Objectivo geralO fundo de reserva do Circuito de Crédito e Consumo será constituído em Euros. Agregará as quotizações mensais e as aquisições de créditos bonificados. O objectivo do fundo é atingir um rácio de cobertura sobre o montante de créditos em circulação nunca inferior a 1/6 (16,6%). A dois anos e para um volume de créditos de 2 milhões de unidades o fundo tem como objectivo alcançar os 360.000 euros.

1.3.5.2 Entidade gestoraO fundo será gerido por entidade juridicamente distinta da associação ou da unidade gestora da plataforma C3. De momento não foi efectuada uma proposta formal a uma entidade bancária ou sociedade gestora de capitais. Ao estabelecer este contacto deverá ser negociada uma comissão de gestão que não deverá no entanto exceder 1,5% ao ano.

Em alternativa propõe-se a constituição imediata ou a médio prazo de uma sociedade gestora de fundos de investimento mobiliário, que deverá ser constituída por uma equipa diferente da gestora da plataforma tecnológica.

1.3.5.3 Relatórios e movimentosA entidade gestora obriga-se a prestar em tempo real informação sobre todos os depósitos efectuadas na conta do fundo, bem como a proceder a liquidações a membros da rede quando assim solicitado pelo escritório do Circuito. O financeiro será o profissional responsável pela emissão das ordens de pagamento, seguindo os parâmetros autorizados para reconversão de créditos.

1.3.5.4 Sistema de pagamentos e recebimentosNuma fase inicial o sistema de pagamentos e recebimentos do fundo será baseado numa conta bancária, em nome da associação, e no sistema de débitos directos da SIBS. Como tal, haverá um delay máximo de 24 horas, caso o membro não disponha de conta bancária no mesmo banco da associação.

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1.3.5.5 Conexão com CyclosNo prazo máximo de 3 meses deverá estar pronto o módulo que permitirá comunicar com o cyclos os câmbios efectuados por cada membro, em tempo real.

1.3.5.6 Conexão com SIBSNo prazo máximo de 6 meses deverá estar contratado com a SIBS ou outra entidade, o acesso ao sistema de pagamentos de serviços do Multibanco, que permitirá aos membros, em poucos minutos, aquirirem créditos bonificados na rede. Para determinados segmentos estarão autorizados levantamentos automáticos com plafond limite mensal e sujeitos a uma taxa de desconto. Estes plafonds estão detalhados na projecção de receitas e dependem fundamentalmente do segmento e da posição na cadeia de valor acrescentado do membro em questão. Os consumidores finais não tem opção de reconverter os seus créditos em dinheiro.

1.3.5.7 Política de investimentoEmbora o fundo seja gerido autonomamente, a política de investimento é definida pela assembleia geral da associação e publicada em acta. O fundo de investimento pode investir em obrigações do tesouro e outros títulos de dívida pública. É vedado o investimento no mercado secundário de acções, opções e outros derivados, bem como no mercado imobiliário. É permitido o investimento no mercado primário desde que o emitente seja membro da rede. Esta imposição estatutária não pode ser alterada sem aprovação de 2/3 da assembleia. Em parceria com Capitais de Risco, e promotores de empreendedorismo a Associação irá investir em projectos start-up focalizados para satisfazer a médio prazo, a procura de bens e serviços ainda não disponíveis na rede. A Associação não deverá investir mais do que 5% do capital disponível em cada projecto start-up. A associação deverá contratar coberturas, sempre que possível, que permitam cobrir parcialmente o risco destes investimentos.

O objectivo final do fundo de reserva é a capitalização de médio e longo prazo dos seus membros e consequente reforço dos rácios financeiros dos seus balanços.

1.3.5.7.1 Relatório de execuçãoA entidade gestora deverá apresentar relatórios trimestrais destacando, em síntese, a performance global do fundo e anexando informação detalhada relativa ao progresso de cada um dos novos investimentos.

1.3.5.8 Política de acumulação e reconversões

1.3.5.8.1 Regras de quotizaçãoA proposta de quotização está identificada no mapa de projecção de receitas. Propõe-se quotas que podem variar entre os 20 e os 50 euros mensais. As quotas pagas são automaticamente convertidas em créditos bonificados prontos a utilizar para aquisições na rede. A responsabilidade de verificação do pagamento, possíveis atrasos e respectivos pedidos de regularização de quotas é do financeiro.

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1.3.5.8.2 Relatório de execuçãoO financeiro elaborará mensalmente o relatório identificando o volume de quotização pago e em dívida, bem como as reconversões concedidas, anexando as autorizações que forma concedidas extra-ordinariamente pela direcção da associação.

1.3.5.9 Regras de cashing-out

De seguida apresenta-se a lista para a qual podem ser concedidas liquidações extraordinárias de créditos (para além do plafond permitido) e que têm de ser subscritas pelo presidente da associação. (O pedido é efectuado pelo membro ao departamento financeiro.)

1.3.5.9.1 Pagamento de impostos

1.3.5.9.2 Importações por brokerNa fase inicial do projecto o gestor acumulará as funções de broker. Posteriormente empresas na rede executaram esta função, sem necessidade de intervenção central . O broker do C3 terá direito a um prazo máximo de 1 mês para satisfazer encomendas de valor não superior a 10.000 euros, antes de se proceder à reconversão dos créditos. Exceptuam-se obviamente encomendas “exóticas” que não façam parte do processo produtivo da empresa em questão.

1.3.5.9.3 “Importações” directas pelo clienteO membro tem direito a procurar fora da rede o bem ou serviço que necessita e a solicitar a verba respectiva, quando tiver disponível plafond. Os plafonds mensais são apenas libertados após o membro apresentar o comprovativo da compra efectuada fora da rede.

1.3.6 Sistema de Garantias

1.3.6.1 Objectivo geralO Sistema de Garantias é a trave mestra de funcionamento do Circuito de Crédito e Consumo. O promotor do projecto recomenda um modelo de parceria com o Sistema Nacional de Garantia e a sua entidade gestora, a SPGM. Uma série de economias de custos e sinergias resultarão desta parceria. Em primeiro lugar, ambas as entidades operam no mesmo mercado: as PME´s. Em segundo lugar a legislação consultada aponta para que os instrumentos de garantia existentes devam apoiar os instrumentos de financiamento complementares ou alternativos aos empréstimos bancários, como está explicitado na legislação relativa á Contra Garantia.

1.3.6.2 Tipologia de garantiasPara uma melhor compreensão das alternativas, configura-se a seguinte lista de tipos de garantias que o C3 pode considerar. Algumas destas são de difícil operacionalização em contexto massivo e apresentam custos adicionais para além de uma comissão de garantia mútua.

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1.3.6.2.1 Garantias financeiras

1.3.6.2.1.1 Acções e quotas próprias

1.3.6.2.1.2 Seguros de crédito

1.3.6.2.1.3 Garantia mútua

1.3.6.2.1.4 Garantia bancária

1.3.6.2.1.5 Avales

1.3.6.2.1.6 Apólices de seguros

1.3.6.2.1.7 Participações financeiras

1.3.6.2.1.8 Depósitos a prazo

1.3.6.2.1.9 Fundos de pensões

1.3.6.2.2 Garantias contratuais

1.3.6.2.2.1 Contrato permuta e contrato promessa de compra e venda de bens e serviços

1.3.6.2.2.2 Criação de “armazém virtual”

1.3.6.2.3 Garantias reais

1.3.6.2.3.1 Imóveis

1.3.6.2.3.2 Existências

1.3.6.2.3.3 Modelo do “Banco alimentar e loja solidária”

1.3.6.3 Parceiro financeiro: seguro de crédito e garantia mútuaEste capítulo pretende identificar os segmentos de empresas da futura rede C3 que poderão ser apresentado ao parceiro financeiro como uma oportunidade comercial. Em paralelo o Circuito compremete-se a desenvolver e propor modelos de garantias

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alternativas para os segmentos não atractivos para o mercado de garantias com base na tipologia apresentada anteriormente.

1.3.6.3.1 Segmentos-alvoOs segmentos alvo para contratação de garantias externas são todas as médias empresas e a maioria das pequenas empresas seleccionadas para o Circuito. Estimou-se um objectivo a 24 meses de 120 médias e 600 pequenas empresas participarem no C3 com linhas de crédito a variar entre os 60.000 e os 300.000 euros e uma taxa de utilização efectiva de 50% sobre o montante disponibilizado (saldo vivo)

1.3.6.3.2 Volume de facturação em garantiasO volume de facturação em garantias, em função dos parâmetros indicados anteriormente, estimado como receita potencial do parceiro, está calculado de cerca de 350.000 euros. Para mais detalhes consultar a projecção de receitas.

1.3.6.4 Conexão com CyclosO presente plano estratégico pretende definir um prazo máximo de 3 meses para ser estabelecida uma conexão dos sistemas electrónicos do parceiro de forma a automatizar uma série de operações. Em concreto, o Cyclos deve comunicar ao fundo que proceda ao pagamento da comissão de garantia (em euros) ao parceiro após receber a comunicação (electrónica) de que o pedido de garantia foi autorizado pelo mesmo. Até essa data, os pedidos de garantia mútua serão formalizados em papel junto do escritório do C3. Se for necessária documentação adicional ou visitas à empresa, para análise ou re-abertura de processo de atribuição da garantia essa será uma responsabilidade do parceiro.

1.3.7 Gestão tecnológica

1.3.7.1 Parceiro tecnológicoAo iniciar a investigação para o projecto foram de imediato estabelecidos contactos com a Social Trade Organization no sentido de conhecer o seu posicionamento e o tipo de assistência disponibilizada no território nacional. A vantagem de manter o código original do Cyclos consiste na facilidade em receber actualizações de novos módulos que estão a ser produzidos em Montevideo e Porto Alegre. O promotor do projectou encetou contactos com alguns potenciais parceiros tecnológicos em Portugal, não recebendo até ao momento nenhuma resposta.

Na ausência de um parceiro tecnológico oficial que providencie uma oferta integrada no domínio da programação, assistência técnica e alojamento, a plataforma poderá ser instalada contratando um serviço de alojamento tradicional com armazenamento de bases de dados MySQL e segurança de nível SSL. Existem diversos packs cujo valor varia fundamentalmente na disponibilização do n.º de conexões simultâneas.

1.3.7.2 Parceiro de alojamentoO orçamento para alojamento será disponibilizado no plano financeiro.

1.3.7.3 Estrutura do Servidor Apresenta-se nesta lista os aspectos a considerar no alojamento do Cyclos:

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1.3.7.3.1 Sistema Operativo

1.3.7.3.2 Espaço em disco e desfragmentação

1.3.7.3.3 Antivirus e Firewall

1.3.7.3.4 Base de dados MySQL

1.3.7.3.5 Servidor Apache Tomcat

1.3.7.3.6 Certificado SSL/TLS

1.3.7.3.7 Acesso Web

1.3.7.3.8 Acesso WAP

1.3.7.3.9 Sistema de SMS

1.3.7.3.10 Configuração de email

1.3.7.3.11 Sistema webPOS

1.3.7.3.12 Número de ligações simultâneas

1.3.7.3.13 Política de segurança

1.3.7.4 Personalização do software CyclosNo domínio da costumização do Cyclos, os aspectos a considerar são os seguintes:

1.3.7.4.1 Criação e denominação de grupos

1.3.7.4.2 Transacções iniciais do sistema

1.3.7.4.3 Limites e regras de contas e grupos

1.3.7.4.4 Categorias do mini-portal de e-commerce/ligação com o Magento

1.3.7.5 Serviço de Help Desk internoPara além de prestar apoio às dúvidas dos membros na utilização do software, o informático será também responsável por esclarecer presencialmente, ou por via

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telefónica, questões informáticas da equipa de gestão do projecto. Esta informação deve ser arquivada convenientemente de forma a constituir uma base de dados para utilizações futuras

1.3.7.6 Apoio ao cliente – área informáticaNo sistema de atendimento do C3 as chamadas serão filtradas pelo técnico administrativo que deverá ter formação suficiente para esclarecer questões teóricas do modo de funcionamento do Circuito de Crédito. Para questões mais complexas, a nível do software, a chamada deverá ser reencaminhada para o informático. Se a questão não for resolvida por telefone, o técnico pode agendar a visita mediante o pagamento de uma taxa de deslocação.

1.3.7.7 Manutenção do servidorO informático terá responsabilidades de identificar quaisquer anomalias no acesso ao servidor do Cyclos e proceder aos respectivos contactos com o fornecedor sempre que necessário. O informático é responsável por obter backups com frequência diária ou infra-diária de todas as informações contidas no servidor. O informático deve efectuar por sua conta, ou contratar serviços que permitam testar pontualmente a segurança do servidor.

Num prazo máximo de 3 meses deverá estar elaborado um plano de contingência que permita responder a períodos prolongados de limitações no acesso ao servidor principal, bem como responder a picos de utilização horária. Neste modelo é sugerido contratar um serviço de alojamento em mais do que um servidor ou fornecedor de alojamentos.

Por fim deverá ser assegurada por todos os meios a confidencialidade e inviolabilidade dos dados dos membros e dos movimentos registados. A segurança informática é um dos aspectos chave do projecto C3.

1.3.7.8 Tradução do manual PT-BrFruto do acordo ortográfico apenas alguns termos técnicos terão de ser modificados para uma compreensão mais rápida do menu de ajuda ao utilizador do programa Cyclos.

1.3.7.9 Manuais e guias on-line Portugal (STRO.uy)Existe uma série documentação online para qual foi solicitada autorização à Social Trade para traduzir e adaptar para contexto português.

1.3.7.10 Módulos específicos para Portugal (SIBS, garantias)Recapitulando, os módulos que irão ser criados para Portugal são os seguintes:

(1) Módulo de conexão com a SIBS (débitos directos e pagamentos de serviços);

(2) módulo de comunicação com o parceiro de garantias,

(3) módulo de interligação de contas com o Fundo de Reserva.

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1.3.8 Financiamento

1.3.8.1 Modelo de co-financiamento

Conforme será detalhado no plano financeiro pretende-se reunir, para além dos associados, fundadores do Circuito de Crédito e Consumo um espectro alargado de investidores institucionais:

1.3.8.1.1 Financiamento bancário (Montepio Geral)

1.3.8.1.2 Investidor líder do projecto

1.3.8.1.3 Associações e Programa Compete

1.3.8.1.4 Sócios fundadores – participações suplementares

1.3.8.1.5 Crowdfunding

1.3.8.2 Cobertura do fundo de reserva e sistema de garantias

O técnico financeiro do projecto irá adoptar desde o primeiro mês do projecto estratégias de actuação no domínio da:

1.3.8.2.1 Análise de sensibilidade e rácios de cobertura

1.3.8.2.2 Modelo de scoring / rating

1.3.8.2.3 Condições para accionamento do fundo e garantias

1.3.8.2.4 Recuperação de créditos

1.3.9 Gestão de tesouraria

1.3.9.1 Central de comprasÉ da competência do técnico financeiro sistematizar a informação relativa a fornecedores e encomendas regulares e extraordinárias. Salvo excepções justificadas, devem ser sempre solicitados um mínimo de 3 orçamentos a diferentes fornecedores. O financeiro deve ter capacidade de prever as necessidades de fundo de maneio efectivas e comunicar ao gestor do C3 a eventual insuficiência ou excesso de fundos em tesouraria.

1.3.9.2 Pagamentos a fornecedoresAs contas a pagar são regularizadas em em duas datas de cada mês, sendo as ordens

de pagamento efectuadas exclusivamente por via electrónica. Apenas o técnico financeiro e o presidente da associação terão acesso a movimentar a conta bancária de tesouraria. Será concedido um cartão de crédito para despesas de deslocação com plafond limite de 500 euros, sendo expectável a utilização de apenas metade daquele valor.

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1.3.9.3 Análise de desviosA análise de desvios e adopção de medidas correctivas é realizada em reunião quinzenal com a presença do financeiro, do gestor e do presidente da associação.

1.3.9.4 Orçamento mensalO orçamento mensal deve ser comunicado ao presidente com uma semana de antecedência. Em caso de alterações relativamente ao projecto de investimento inicial, estas devem merecer aprovação do presidente. O financeiro poderá ver rejeitadas as suas reformulações até 3 versões antes de solicitar reunião tripartida extraordinária.

1.3.9.5 Política de comprasAs aquisições de imobilizado devem-se cingir ao estritamente necessário ao funcionamento de um escritório com 3 posições de trabalho a tempo inteiro. Não estão previstas aquisições de viaturas podendo haver no entanto eventuais ajudas de custo para os elementos que utilizem viatura pessoal (como referido, dar-se à primazia aos transportes públicos de longa distância e o rent-a-car será usado quando absolutamente necessário). Recorda-se que é objectivo prioritário angariar progressivamente, como membros da rede, os fornecedores básicos da actividade operacional do C3 de forma a obter o máximo de economia em fundo de maneio e reduzir assim as necessidades de investimento total do projecto-piloto.

1.4 Estratégia de implementação; proposta de ValorJá foram caracterizados os stakeholders do Circuito. Neste capítulo será apresentado para cada um o conjunto de benefícios que irão aceder ao participarem no projecto.

1.4.1 Matriz: inovação de mercado

1.4.1.1 Factores de crescimentoO projecto C3 enquadra-se como uma inovação de mercado, na medida em que está a ser importada um produto e serviço experimentado com sucesso fora do território nacional (mercado alvo). Assim, apontam-se como factores de crescimento a ausência de concorrência directa de um serviço que combina marketing e financiamento num só pacote (oferta ou “vendas”), para além do acesso a um portal diversificado de produtos e serviços na óptica do consumidor (procura ou “compras”)

O principal factor de crescimento é claramente a capacidade de construir um conjunto de parcerias que permita credibilizar o projecto, reduzindo o esforço comercial que seria necessário dispender, quer em termos monetários, quer energéticos (capital humano) em campanhas publicitárias massivas, vendas door-to-door ou acções de telemarketing. Combinar parcerias-chave com participação em conferências e eventos públicos e garantir acções de formação gratuitas a empresários em parceria com associações locais é uma responsabilidade a tempo inteiro do promotor do projecto C3.

Page 62: Circuito de crédito e consumo portugal

1.4.2 Focalização: solução de tesouraria - modelo WIR

O modelo WIR oferece a possibilidade técnica de serem efectuados pagamentos parcelados em duas divisas diferentes: o WIR e o franco suíço.

O projecto C3 pretende focalizar-se na virtualização deste modelo, visto que na projecto piloto, não haverá a possibilidade legal de abertura de contas em euros no Cyclos. Basicamente os membros comprometem-se a registar em tempo real no software as suas compras e vendas que irão pagar mais tarde em euros, com a garantia de poderem fechar estes movimentos na data de liquidação da factura.

Os créditos disponibilizados entre os membros podem ser reutilizados imediatamente em compras a pronto dentro da rede, e os membros deficitários tem um incentivo a vender mais dentro da rede, ganhando assim novos clientes e fidelizando outros.

1.4.2.1 Factores de sucessoOs factores de sucesso prováveis do sistema C3 serão a multiplicidade de meios de pagamento oferecida. O programa, sendo robusto em funcionalidades, oferece uma interface atractiva. Os utilizadores poderão enviar créditos mediante simples SMS, se não tiverem consigo um computador, smartphone ou tablet com acesso a internet, e futuramente mediante atendimento telefónico IVR a base de membros potenciais será expandida. O projecto C3 tem em vista concretizar uma parceria com um operador móvel de comunicações que dará uma forte visibilidade em troca de contrapartidas que o sistema C3 pode oferecer a este parceiro: uma comissão percentual por cada carragamento de créditos na rede C3 e a possibilidade dos créditos serem consumidos também em comunicações.

Page 63: Circuito de crédito e consumo portugal

1.4.3 Modelo de parcerias associativas “Empreender em Rede”A Glocal, sediada em Vila Real, elaborou um manual onde demonstra como estratégias de cooperação empresarial, no caso, em determinadas produções frutícolas, pode ter óptimos resultados na geração de valor no mercado. O projecto C3 pretende responder também as carências de financiamento provocadas por factores de interioridade e desertificação mediante parceiros promotores locais que poderão ser associações de desenvolvimento, empresariais, câmaras municipais e juntas de freguesia.

1.4.3.1 Motivação: factores de sucessoO Circuito de Crédito e Consumo pretende utilizar as novas tecnologias de informação e comunicação a um novo patamar: o desenvolvimento harmonioso do território nacional, o emprego de recursos não utilizados desde as cadeias iniciais de valor até ao consumidor final. Considerando a situação actual do país e das perspectivas de financiamento da economia o Circuito pretende concentrar-se nos sectores produtivos da economia agro-industrial e do turismo de cidade e rural. A organização de um Portal dinâmico e o apelo ao sentimento de orgulho poderão ser os factores chave de sucesso.

1.4.4 Potenciais parceiros operacionais (STRO, SIBS, Montepio, Gatewit, IwayTrade, SPGM, Coface)De seguida apresentamos a lista de reuniões e apresentações efectuadas e previstas, resumindo algumas conclusões obtidas das mesmas.

1.4.4.1 Reuniões efectuadas

Audax-ISCTE -14 NovACL e APBA- pitch : 18NovCaixa Agrícola - 16 NovPrivate Equity CFH - 21 Nov (FEI-pVCi Stro (representante em Lisboa, CEO) - 17 e 28 Nov, 12 Dez. STRO (CEO) Fevereiro e AbrilIapmei (gestor do Finicia) - 2 dezSantaCasaEmpreende (SCE)- 2 DezAIP - 5 Dez e Fevereiro AHRESP 6 Dez AECC - Cascais - 7 DezMontepio Geral - Tutor SCE – 13 Dez; 26 Dezembro e 6 Janeiro e FevereiroPPL Crowdfunding Portugal – 27 Dez.Rede barter – Novembro e MarçoJunta de Freguesia Dafundo – 4 de Janeiro e FevereiroCCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal – dia 4 de JaneiroSPGM – dia 9 de JaneiroANIMAR (Prof. Roque Amaro) – dia 11 de JaneiroINVEST Lisboa – 28 de Dezembro e 6 de JaneiroConclusões:

A AIP demonstrou interesse inicial no projecto, em resultado da sua prioridade na procura de soluções de financiamento à economia no triénio 2011-13

Page 64: Circuito de crédito e consumo portugal

O Montepio demonstrou interesse em analisar financeiramente o projecto disponibilizando um tutor do gabinete de micro crédito

A Social Trade informou ter interesse em encontrar um parceiro nacional A SPGM manifestou abertura para analisar um plano mais estruturado (… outros

dados são confidenciais) Foi efectuada uma proposta de parceria para estudo de mercado junto da

Redebarter.com O IAPMEI aconselhou a desenvolver um plano de negócios e apresentá-lo a

investidores A SONAE gostaria de receber uma proposta mais concreta sobre a sua participação

no projecto para poder analisar O PPL Crowdfunding manifestou disponibilidade em colaborar na captação de

membros consumidores/empresários e investidores, dentro dos parâmetros da sua estrutura

1.4.4.2 Outros potenciais parceiros/ Reuniões previstasAPED – Associação Portuguesa de Empresas de distribuição

SONAE – investment management

COFACE

Montepio Geral – Dep, Novos Negócios e Dep.MarketingDirector geral da Segurança Social -MSSS (enquadramento no mutualismo)PME Investimentos FGTC - Fundo de Garantia para Titularização de CréditosPrograma Compete – POFC - e respectivos gestores dos pólos de competitividadeInovcapital (não enquadrável como financiador)União das Mutualidades Portuguesas União das Misericórdias PortuguesasDNA CascaisGraal (bancos tempo)Fundação Calouste GulbenkianACECOAANTRALANJEFPBAGestventure - conferência dia 6 Dez"Compro o que é Nosso" (AEP)UDIPSS (União Distrital das IPSS de Lisboa)MINHA TERRA (Federação das associações de desenvolvimento local)CASES – Cooperativa António Sérgio para a Economia SocialAPDC – Associação Portuguesa Direito ao Crédito

1.4.5 Valor acrescentado

1.4.5.1 Economia – vantagens macroeconómicasPara além das vantagens imediatas, o projecto contribui, em termos macro-económicos, para uma maior coesão económica (clusters) e social (emprego), e aumenta o Investimento em capital fixo (através da redução das necessidades de

Page 65: Circuito de crédito e consumo portugal

fundo de maneio em euros das empresas aderentes. Os impactos sobre os seguintes agregados económicos poderão ser estimados através de um trabalho de investigação académica e com recurso análise de dados históricos das matrizes input-output disponibilizadas pelo Departamento de Prospectiva e Planeamento, construções de cadeia de valor acrescentado de Markov, e Teoria da Filas:

1.4.5.1.1 Consumo

1.4.5.1.2 Poupança

1.4.5.1.3 Investimento

1.4.5.1.4 Emprego

1.4.5.1.5 Competitividade e Clusters

Listamos de seguida um conjunto de parâmetros e entidades que poderão ser monitorizados no sentido de calcular o valor total estimado do benefício em participar na rede C3:

Page 66: Circuito de crédito e consumo portugal

1.4.5.2 Membros associados activos

1.4.5.2.1 Empresas e IPSS

1.4.5.2.1.1 Vendas

1.4.5.2.1.2 Rácios do balanço

1.4.5.2.1.3 Ciclo produtivo

1.4.5.2.1.4 Poupança financeira (juros)

1.4.5.2.1.5 Fundo de maneio

1.4.5.2.1.6 Liquidez

1.4.5.2.2 Consumidores

1.4.5.2.2.1 Bónus (desconto comercial)

1.4.5.2.2.2 E-commerce

1.4.5.2.2.3 Poupança e investimento pessoal

1.4.5.3 Associações, promotores e parceiros

1.4.5.3.1 Associações

1.4.5.3.1.1 Dinamização de recursos associados

1.4.5.3.2 Promotores e incubadoras

1.4.5.3.2.1 Dinamização de recursos e criação novos negócios

1.4.5.3.3 Capital de risco e business angels

1.4.5.3.3.1 Protecção do investimento

1.4.5.3.3.2 Sinergias entre start-ups

1.4.5.3.4 Crowdfunding

1.4.5.4 Parceiro de garantias/seguro

1.4.5.4.1 Sinergia comercial – seguro de crédito

1.4.5.4.2 Economias de custos

1.4.5.4.3 Oportunidade de mercado

1.4.5.5 Financiador /Investidor

1.4.5.5.1 Taxa de retorno do capital

1.4.5.5.2 Promoção da imagem institucional

Page 67: Circuito de crédito e consumo portugal

1.4.5.5.3 Responsabilidade económica e social

1.4.5.5.4 Prémios em inovação financeira

1.4.5.5.5 Expansão internacional do modelo

Page 68: Circuito de crédito e consumo portugal

1.5 Objectivos gerais e Principais ActividadesEste último capítulo do plano estratégico pretende consolidar a informação já prestada em termos dos objectivos gerais e das principais actividades a implementar no Circuito de Crédito e Consumo Portugal.

1.5.1 Objectivos gerais

1.5.1.1 Objectivo inicial

1.5.1.1.1 Modelo Business-to-Business

1.5.1.1.2 Modelo Consumer-to-Business

1.5.1.1.3 Moeda electrónica

1.5.1.2 Objectivo Final

1.5.1.2.1 Compensação de créditos

1.5.1.2.2 Dinamização económica

1.5.1.2.3 Promoção de clusters

1.5.2 Principais actividades

1.5.2.1 Planeamento e estratégia

1.5.2.2 Promoção comercial

1.5.2.2.1 Associações

1.5.2.2.2 Promotores

1.5.2.2.3 Crowdfunding

1.5.2.2.4 Base dados

1.5.2.3 Gestão tecnológica

1.5.2.4 Sistema de garantias

1.5.2.5 Fundo de reserva

1.5.2.6 Comércio electrónico (miniportal)

1.5.2.7 Brokerage

1.5.2.8 Análise estratégica (falhas do circuito)

1.5.2.9 Contencioso e recuperação de créditos

1.5.2.10 Controlo e auditoria

Page 69: Circuito de crédito e consumo portugal

2 Plano Operacional – INDICE APENAS (06-05-2012)

2.1 Instalação da infra-estrutura

2.1.1 Escritório

2.1.2 Alojamento Web e servidor cyclos

2.2 Modelos documentais

2.2.1 Estatutos

2.2.2 Proposta de adesão

2.2.3 Contrato de adesão

2.2.4 Rescisão contratual

2.2.4.1 Processo de rescisão

2.2.5 Contrato de parceria

2.2.6 Guia de utilizador Cyclos

2.2.6.1 Principais funcionalidades

2.3 Plano comercial

2.3.1 Objectivo quantitativo

2.3.1.1 Sectores

2.3.1.2 Regiões

2.3.2 Modelo de scoring

2.3.2.1 Requisitos da sociedade de garantia / seguradora

2.3.2.2 Requisitos internos

2.3.3 Análise de clusters

2.3.3.1 Matrizes input-output

2.3.3.2 Cadeias de markov

Page 70: Circuito de crédito e consumo portugal

2.4 Plano de marketing

2.4.1 Canais de promoção

2.4.1.1 Bases de dados do financiador

2.4.1.2 Bases de dados das associações

2.4.1.3 Redes sociais e profissionais Internet

2.4.2 Recursos

2.4.2.1 Recursos próprios - Promotor C3

2.4.2.2 Empreender em Rede – associações

2.4.2.3 Sites de comércio electrónico – Magento Portugal

2.4.2.4 Crowdfunding

2.4.3 Estudo de mercado (inquérito)

2.4.3.1 Objectivo quantitativo

2.4.3.2 Prazos de realização

2.4.3.3 Análise de resultados

2.5 Plano de formação semanal

2.5.1 Formação em grupo

2.5.2 Formação personalizada

2.5.3 Formação teórica

2.5.4 Formação prática (cyclos)

2.5.5 Documentos de apoio

Page 71: Circuito de crédito e consumo portugal

2.6 Brokerage e transacções

2.6.1 Princípio do “utilizador – broker”

2.6.2 Sistemas de incentivo ao brokerage descentralizado

2.6.3 Member-get-a-member

2.6.3.1 Objectivo: vendas e membros

2.6.3.2 Parceiros de execução

2.6.3.3 Comissões comerciais

2.6.4 Leilões Cyclos

2.6.4.1 Objectivos: vendas e membros

2.6.4.2 Parceiros de execução

2.6.4.3 Comissões comerciais

2.6.5 Modelo Wir virtual

2.6.5.1 Arbitragem (transacções por triangulação)

2.6.5.2 Exemplo de modelo WIR

2.6.6 Módulo de interligação com sites de comércio electrónico

2.7 Plano de Expansão

2.7.1 Acção 1: Agro-industrial e Turismo

2.7.1.1 Objectivos de expansão e taxa de sucesso pretendida

2.7.1.2 Recompensas para Parceiros

2.7.1.3 Mercado alvo: sectores e regiões

2.7.1.4 Estratégia de execução (formações em sala)

2.7.1.5 Acompanhamento e helpdesk

Page 72: Circuito de crédito e consumo portugal

2.7.2 Acção 2: Comércio e Serviços

2.7.2.1 Objectivos de expansão e taxa de sucesso pretendida

2.7.2.2 Recompensas para Parceiros

2.7.2.3 Mercado alvo: sectores e regiões

2.7.2.4 Estratégia de execução (formações em sala)

2.7.2.5 Acompanhamento e helpdesk

2.7.3 Acção 3: Emprego e Terceiro sector

2.7.3.1 Objectivos de expansão e taxa de sucesso pretendida

2.7.3.2 Recompensas para Parceiros

2.7.3.3 Mercado alvo: sectores e regiões

2.7.3.4 Estratégia de execução (formações em sala)

2.7.3.5 Acompanhamento e helpdesk

2.7.4 Acção 4: Empreendedorismo

2.7.4.1 Objectivos de expansão e taxa de sucesso pretendida

2.7.4.2 Recompensas para Parceiros

2.7.4.3 Mercado alvo: sectores e regiões

2.7.4.4 Estratégia de execução (formações em sala)

2.7.4.5 Acompanhamento e helpdesk

Page 73: Circuito de crédito e consumo portugal

2.8 Cronograma de objectivos

2.8.1 mensal

2.9 Cronograma de actividades

2.9.1 Por semanas

2.10 Processamento de contencioso e recuperação de créditos

2.10.1 Períodos de carência e contencioso

2.10.2 Parceiro jurídico e de recuperação de crédito

3 Plano Financeiro

3.1 Modelo financeiro

3.1.1 Ciclo invertido da produção

3.1.2 Modelo de co-financiamento

3.1.2.1 Investidor institucional

3.1.2.2 Perfil dos financiadores

3.1.3 Redistribuição de resultados

Page 74: Circuito de crédito e consumo portugal

3.2 Proveitos e Receitas

3.2.1 Volume de transacções

3.2.2 Proveitos operacionaisReceitas por segmento

3.2.2.1 Comissões de parceria

3.2.2.2 Financial advisoring

3.2.2.3 Publicidade selectiva

3.2.2.4 Comissão administrativa novos pedidos de crédito

3.2.2.5 Comissão de brokerage (leilões)

3.2.2.6 Comissão member-get-a-member

3.2.2.7 Demurrage fees

3.2.3 Facturação externa - seguros de crédito / garantia mútua

3.2.4 Proveitos financeiros

3.2.4.1 Rendimento do fundo de reserva

3.2.4.2 Rendimento do fundo de tesouraria

Page 75: Circuito de crédito e consumo portugal

3.3 Custos e despesas

3.3.1 Investimento inicial

3.3.1.1 Pesquisa de fornecedores e preços

3.3.2 Custos operacionais - Orçamento mensal

3.3.2.1 Pesquisa de fornecedores e preços

3.3.2.2 Despesas de escritório

3.3.2.3 Despesas de deslocação

3.3.2.4 Assistência técnica / informática

3.3.2.5 Alojamento e manutenção de servidor

3.3.2.6 Co-promoção (associações)

3.3.2.7 Plano de amortizações

3.3.2.8 Custos com o pessoal; Massa salarial

3.3.3 Custos financeiros

3.3.3.1 Financiamento de médio prazo

3.3.3.2 Finaciamento de tesouraria

Page 76: Circuito de crédito e consumo portugal

3.4 Pressupostos

3.4.1 Inflação

3.4.2 Taxas de juro

3.4.3 Velocidade de circulação

3.4.4 Capital humano e salários

3.4.5 Taxa de crescimento mensal de membros

3.4.6 Créditos: Evolução mensal dos montantes de linhas de crédito

3.4.7 Poupanças: Regras de quotização para fundo de reserva

3.4.8 Taxa de retorno para o investidor/Spread do empréstimo

3.4.9 Taxa de retorno do fundo de reserva

3.4.10 Custos de Cobertura de risco do investimento do fundo

3.4.11 Bónus

3.4.12 Málus

3.4.13 Taxa de levantamentos sobre o fundo de reserva (2%)

3.4.14 Taxa de juro sobre créditos - Demurrage Fee mensal

3.4.15 Taxas de Credit Clearing (Transacções / velocidade circulação)

3.4.16 Sistema de incentivos a transacções - devolução de fee´s

3.4.17 Taxa de retenção mensal de clientes

3.4.18 Periodo de carência

3.4.19 Periodo de pré-contencioso

3.4.20 Taxa de incumprimento e accionamento de garantias

Page 77: Circuito de crédito e consumo portugal

3.5 Mapas previsionais

3.5.1 Projecção mensal 24 meses

3.5.2 Projecção anual 5 anos

3.5.3 Análise Gráfica

3.5.4 Break-even

3.5.5 Payback period

3.5.6 Liquidez do sistema

3.6 Financiamento e necessidades de fundo de maneio

3.6.1 Investimento inicial

3.6.1.1 Orçamento

3.6.2 Necessidades de Fundo de maneio

3.7 Principais indicadores financeiros

3.7.1 Rácio de liquidez

3.7.2 Rácio de solvabilidade

3.7.3 Rácio de cobertura de crédito por garantias

3.7.4 Margem bruta das vendas

3.7.5 Excedente bruto de exploração

3.7.6 Rentabilidade

Page 78: Circuito de crédito e consumo portugal

3.8 Análise de Sensibilidade e Cenários

3.8.1 Variação nos Pressupostos

3.8.2 Variações nas necessidades de fundo de maneio

3.8.3 Variação nos indicadores financeiros

3.8.4 Variação nos resultados e prazos (break-even e payback)

3.8.5 Análise gráfica

3.8.6 Políticas de mitigação dos desvios

3.8.7 Políticas de correcção de desvios

3.9 Plano de contingência

3.9.1 Margens de segurança dos indicadores financeiros

3.9.2 Margens de segurança do sistema de indicadores de gestão

3.9.3 Normas de liquidação do sistema

3.9.4 Saída voluntária de membros

3.9.5 Expulsão de membros

3.9.6 Distribuição de lucros e prejuízos

4 Bibliografia e websites consultados

4.1 Metodologia de planeamento

4.1.1 Guia do Empreendedorismo

4.1.2 Empreendedorismo – João Sauerbronn – 2011-12

4.1.3 FAQS sobre empreendedorismo em Portugal - GEM

4.1.4 Empreendedorismo a caminho da sociedade de conhecimento: o auto-emprego nos diplomados do Instituto Superior Técnico – (coordenação) Rui Duarte Moura - UAL

4.1.5 Guia Prático do Capital de risco – Como elaborar um Plano de Negócios: O Seu Guia Para Um Projecto de Sucesso

4.1.6 Gestão por Processos – Diferença entre visão por departamento e visão por processo – tecproit.com.br

4.1.7 Empreender em Rede – Glocal -2011

4.1.8 Guia do Empreendedorismo - SEDES -2007

Page 79: Circuito de crédito e consumo portugal

4.1.9 Manual do microcrédito ANDC

4.1.10 Micro Empreendedorismo em Portugal – José Portela (coord) – 2008

4.1.11 Rácios de Gestão – Ana Craveiro – Instituto Politécnico de Coimbra – 2006

4.1.12 TIC e Empreendedorismo – o papel das redes sociais – IPV – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego

4.1.13 Business model canvas poster

4.2 Ciência e investigação

4.2.1 The future of money - Bernard Lietaer

4.2.2 Community Currency Guide

4.2.3 Complementary Currencies: State of the Art – IJCCR

4.2.4 Getting the message out – John Rogers – IJCCR

4.2.5 Desenvolvimento Integral com métodos monetários – InStroDI

4.2.6 Social Trade Experts Program – Van Hilten

4.2.7 Moeda Prefeitura – InStroDI

4.2.8 Process of designing and implementing a Complementary currency system – Stephen DeMeulenaere

4.2.9 Principios y características básicas del método C3 – STRO.uy

4.2.10 Drupal V4 First Steps – Community currency – from good idea to sustainable system

4.2.11 Modelos de input-output y cadenas de Markov – Werner Peschek – MaMaEuSch

4.2.12 Teoria das Filas – Luciano Cajado Costa –Univ.Federal do Maranhão

4.2.13 Modelização da influência dos ciclos económicos na tomada de decisão em sistemas de produção flexíveis através de Cadeias de Markov encadeadas – Cláudia Teixeira Leite –FEP-UP – 2009

4.2.14 The Ecology of Money – Bernard Lietaer

4.2.15 Interest and Inflation Free money – Margrit Kennedy – 1995

4.2.16 A review of The End of Money and The Future of Civilisation – Tom Greco – 2009

4.2.17 Guia Rápida de Uso Cyclos – C3 Uruguay

Page 80: Circuito de crédito e consumo portugal

4.2.18 Money – understanding and creating alternatives to legal tender – Thomas H. Greco Jr- 2001

4.2.19 The Mystery of Money – behind greed and scarce – Bernard Lietaer – 2000

4.2.20 The natural economic order – Silvio Gesell -1918

4.2.21 Proudhon’s solution of the social problem – (Ed.) Heny Cohen – 1927

4.2.22 Strohalm’s Innovative approaches to development – STRO – 2004

4.2.23 WIR and the Swiss National Economy – Tobias Studer - 1998

4.3 Documentos legais

4.3.1 Regime jurídico das Cooperativas de Crédito Agrícola Mútuo Decreto-Lei n.º 24/91 alterado pelo Decreto-Lei 142/2009

4.3.2 Código Comercial Português – actualizado até DL 76-A/2006

4.3.3 Decreto-Lei 317/2009 Enquadramento comunitário em matéria de serviços de pagamento

4.3.4 Parecer 1999/C 189/07 do BCE relativo às instituições de moeda electrónica

4.3.5 Anteprojecto de Diploma legal de transposição da Directiva 2009/110/CE relativa ao acesso à actividade das IME – Banco de Portugal

4.3.6 Parecer COM/2008/84 do BCE relativo à actividade das IME

4.3.7 Directiva 2009/110/CE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa ao acesso à actividade das IME…, que altera as Directivas 2005/60/CE e 2006/48/CE e revoga a Directiva 2000/46/CE

4.3.8 Decreto-Lei N.º 74/99 – estatuto do mecenato

4.3.9 Resolução do Parlamento Europeu sobre a Economia Social (bancos cooperativos) 2008/2250 (INI)

4.4 Publicações institucionais

4.4.1 Small Business Act: Ficha Informativa 2010 – Comissão Europeia

4.4.2 Relatório de Inverno 2011 – Banco de Portugal

4.4.3 Blue Book – Estatísticas sobre sistemas e instrumentos de pagamento 2005-2009 – ECB -

4.4.4 Relatórios dos sistemas de pagamentos 2010 – Banco de Portugal

4.4.5 Garantia Mútua em Portugal: Relatório final – Universidade Católica - 2011

4.4.6 Linha de Apoio ao crédito comercial – Coface

Page 81: Circuito de crédito e consumo portugal

4.4.7 Factoring em Portugal – 2007

4.4.8 Preçário 2011 – Eurofactor

4.4.9 Preçário 2011 – Popular Factoring

4.4.10 Lista de Instituições de moeda electrónica a operar em Portugal

4.4.11 Programa Operacional Temático de Factores de Competitividade

4.4.12 Regulamento do Sistema de Apoio a Acções Colectivas – QREN

4.4.13 Estrutura e dinâmica das sociedades não financeiras em Portugal – Banco de Portugal – 2010

4.4.14 Análise sectorial das sociedades não financeiras em Portugal – Banco de Portugal – Setembro de 2011

4.4.15 Análise sectorial das indústrias alimentares - Banco de Portugal – Outubro de 2011

4.4.16 Análise sectorial do alojamento, restauração e similares Banco de Portugal – Novembro de 2011

4.4.17 Análise da Conjuntura – AIP - Novembro de 2011

4.4.18 Mediador do crédito – Informação sobre produtos, institutos jurídicos e conceitos relacionados com o crédito – Banco de Portugal – 2011

4.4.19 Move PME – Comunicação final do presidente da AIP – 2011

4.4.20 Conjuntura Económica – CIP – Novembro de 2011

4.4.21 Análise de Mercado de Financiamento das PME – PME Investimentos

4.4.22 DPP Insights Timeline – A Economia Portuguesa no contexto global – N.º 3 2011

4.4.23 Sistema de matrizes Input-output 2005 para Portugal – DPP

4.4.24 European Framework of guarantee systems/schemes - Fundación ETEA para el Desarrollo y la Cooperación – 2006

4.4.25 Agro-based clusters in developing countries – staying competitive in a globalized economy – FAO – 2010

4.4.26 Manual da Garantia Mútua – 2007

4.4.27 Estudo de avaliação do sistema de micro-crédito em Portugal – Universidade Católica / Quaternaire Portugal

4.4.28 Mutualismo – União das Mutualidades Portuguesas

4.4.29 O novo acordo de Basileia - IAPMEI

Page 82: Circuito de crédito e consumo portugal

4.4.30 Cooperar para melhor competir – Pólos de Competitividade e Tecnologia e outro clusters –Programa Compete

4.4.31 Cluster Agro-industrial do Ribatejo – ANIMAFORUM

4.4.32 A economia Portuguesa a longo prazo: um processo de cenarização DPP - Vol.18 2011

4.4.33 Minuta de garantia bancária - BES

4.4.34 Sistema Fiscal Português – AICEP

4.4.35 Mutual Guarantee Institutions and small business finance – Banca d’Italia – Eurosistema – 2009

4.4.36 Sistema de matrizes Input-output 2008 para Portugal – DPP - 2011

4.4.37 Metodologias para a avaliação da relação entre competitividade económica e produtividade de recursos naturais – DPP – 2011

4.4.38 Turismo 2015: Um pólo de competitividade e tecnologia – Turismo de Portugal

4.4.39 PROVERE - Programas de Valorização de Económica de Recursos Endógenos – das ideias à acção: visão e parcerias - DPP

Page 83: Circuito de crédito e consumo portugal

4.5 Websites

4.5.1 Portal do mutualismo

4.5.2 Findhorn Ecovillage

4.5.3 Crom Alternative Exchange

4.5.4 The Liquidity Network

4.5.5 Feasta

4.5.6 Coface

4.5.7 Sol Project

4.5.8 Bes Express Bill

4.5.9 Brixton Pound

4.5.10 Cyclos Project Site

4.5.11 Portal da Empresa – Directório de associações

4.5.12 IAPMEI- Temas A-Z

4.5.13 Compete

4.5.14 Rede Barter

4.5.15 Sardex

4.5.16 Circuito Compras

4.5.17 C3 Uruguai

4.5.18 WIR – modelos contratuais

4.6 Artigos científicos (papers)

4.6.1 Portugal 2020 empreendedorismo e capital de risco - Francisco Banha

4.6.2 The Signaling role of municipal currencies in local development, R. Jayaraman, M.Oak- 2003

4.6.3 Commercial Credit Circuit (C3) – Bernard Lietaer with STRO

4.6.4 As cooperativas de crédito ou a Banca de proximidade – David Frois

4.6.5 A bigger bang for your buck – STRO

4.6.6 Crédito Agrícola em Portugal – Instituto Politécnico de Santarém (colecção)

4.6.7 Community assessment – Stephen DeMeulenaere

Page 84: Circuito de crédito e consumo portugal

4.6.8 Community Economic Mapping - – Stephen DeMeulenaere

4.6.9 El fin del dinero – Felipe Morandé e Matias Tapia

4.6.10 Reciprocal Exchange Networks – James Stodder

4.6.11 Complementary Credit Networks and Macro-economics stability – James Stodder

4.6.12 Complementary currencies – Mutual credit currency systems and the challenge of globalization – Clare Lascelles

4.6.13 Complementary currencies and the Chiemgauer project – Margrit Kennedy

4.6.14 Cooperativismo – Um horizonte possível – Rui Namorado

4.6.15 O desempenho social das cooperativas de crédito portuguesas – Paula Cabo et al – Escola Superior Agrária e CIMO

4.6.16 Funny Money: 10 perfectly legal currencies

4.6.17 Barter companies forge path toward alternative currencies - Clarence Lee - ICON international Inc.

4.6.18 Attractors versus virtual money – Krzysztof Lewandowski

4.6.19 As leis do comércio electrónico – tentativa de desconstrução de um complexo puzzle – Hugo Lança Silva

4.6.20 Circuits of commerce – Viviana A.Zelizer

4.6.21 Emissores não bancários de moeda electronica – abordagens regulatórias para proteger os recursos dos clientes – Nota Focus n.º 63/2010 – CGAP

4.6.22 Uses and Abuses of Gresham's Law in the History of Money – Robert Mundell – 1998

4.6.23 A Destatização do dinheiro Friedrich Hayek – 1978

4.6.24 O comércio electrónico em Portugal – Grupo 1 Turma M03 – ISEG

4.6.25 Marketing without Exchange of Money Jack G.Kaikati -1982

4.6.26 As Leis do comércio electrónico – Manuel Lopes Rocha et all – 2000 Edições Centro Atlântico

4.6.27 New Money: A Creative opportunty for Business – Thomas H.Greco, Jr.

4.6.28 Optimum Currency Areas – Robert A.Mundell -1997

4.6.29 Risk Sharing and Quasi-Credit – Marcel Facchamps -1998

4.6.30 The New Theory of Optimum currency areas - George S.Tavlas – 2001

Page 85: Circuito de crédito e consumo portugal

4.6.31 New strategies for structuring society from a cashflow paradigm – Shann Turnbull – 1992

4.6.32 Clusters e sectores – Documento de trabalho n.º 3 – Plano Tecnológico

4.6.33 Evolução dos indicadores sócio-económicos (2000-2006) – Tiago Gouveia – Instituto Politécnico de Coimbra

4.6.34 Replacing Money: another currency for local economic development and income generation – Georgina Gómez – 2006

4.6.35 Complementary currency systems and the New Economic paradigm – Stephen DeMeleunaere, Strohalm

4.6.36 Aproaches and solutions supporting collaboration in networks – Martin Ollus

4.6.37 Achieving growth in a Wider Europe - Understanding the Emergence of industrial networks – UCL, ESRC, Sussex European Institute & SPRU – 2003

4.6.38 Clusters of innovation – regional foundation of USA Competitiveness – Michael Porter

4.6.39 E Se Portugal não tivesse aderido à União Económica e Monetária – Manuel de Pinho – tese de mestrado - Universidade de Minho – 2010

4.6.40 Notafilia – moedas comunitárias – 4 Vols. – Armando Garcia 2010-2011

4.6.41 A competitividade do cluster do vinho em Portugal – Deolinda Alberto

4.6.42 Comércio Recíproco – Wikipédia

4.6.43 Cooperativas Multiativas e redes de cooperação – Antônio Cruz

4.6.44 Digital Coin in Brief – Paul Grignom – 2009

4.6.45 Dual Currency Economies as multiple-payment systems – Ben Craig e Christopher Waller -2000

4.6.46 A Economia Portuguesa e o alargamento da União Europeia - Augusto Mateus e associados – 2004

4.6.47 Financial Stability: A case for complementary currencies – Margrit Kennedy

4.6.48 Moedas comunitárias – factores de sucesso – Armando Garcia 2011

4.6.49 A changing Money system – Margrit Kennedy

4.6.50 Options for managing systemic bank crisis – Bernard Lieater – 2008

4.6.51 Determinantes regionais da sobrevivência e mortalidade das Empresas – o Caso português – Paulo Reis Mourão e Adilson Oliveira

4.6.52 The Impact of open source software in firm value – Dilan Aksoy – 2011

Page 86: Circuito de crédito e consumo portugal

4.6.53 E-barter versus fiat money: will central banks survive? Working paper 197 Bank of England – 2003

4.6.54 O modelo MODEM e a avaliação regional do impacto de políticas públicas – Ana Maria Dias – DPP – 2010

4.6.55 Recommended good practices for vulnerable populations – microlinks Wiki

4.7 Artigos e revistas

4.7.1 Info Shop Portugal 2010 Guia das comunidades

4.7.2 PME News – OJE

4.7.3 Trocar notícias - Dezembro de 2008 – Banco de tempo

4.7.4 Hungarian Currency supported by European co-op law – Community Currency Guide

4.7.5 Segurem as PME – Setembro de 2011 - Pedro Teixeira

4.7.6 C3: Quase-moeda, comércio social, open-money e sistemas de troca baseados na internet

4.7.7 Revista Dirigir – Microcrédito e Microempresas – n.108 -2009

4.7.8 Garantia Mútua – Suplemento Vida Económica - Dezembro 2010

4.7.9 Inovação e Empreendedorismo na Universidade – CIENCINVESTE

4.7.10 PME Líder 2011- Suplemento DE

4.7.11 Info Mutualidades Portuguesas – revista mensal

4.7.12 Revista Qualidade – garantia mútua – Diário de Notícias – Janeiro de 2010

4.7.13 O Clube de trueque argentino –Cynthia Benoist e Ângelo Ferreira de Sousa

4.7.14 Entrevista a Muhammad Yunus – Rádio Renascença - 2006

Page 87: Circuito de crédito e consumo portugal

4.8 Apresentações

4.8.1 Innovative strategies for financing Employment - Bernard Lietaer

4.8.2 Complementary Currency and Exchange – Thomas Greco

4.8.3 Complementary Currencies to improve and empower communities – Thomas Greco

4.8.4 Capital de giro para pequenas empresas – Camilo Ramada – STRO

4.8.5 Bes Express Bill – apresentação a clientes

4.8.6 Bes Express Bill – evolução dos sistemas de pagamento B2B

4.8.7 O comércio electrónico – génese e evolução; perspectiva jurídica

4.8.8 Dyndy Launch Cultos - November 2010

4.8.9 Panorama do empreendedorismo em Portugal – Rui Baptista – IST

4.8.10 OECD Study on high growth SME’s, innovation… Portugal – 2008

4.8.11 Pólos de Competitividade – Somar para Multiplicar – Compete 2009

4.8.12 Nersant – Prioridades estratégicas 2007-2013

4.8.13 Marcos regulatórios y supervisión de los sistemas de garantia SPGM 2009

4.8.14 Empreender em Portugal – Rumo a um empreendedorismo sustentando – Patrícia Jardim Palma – ISCSP

4.8.15 Barter, auction and technology: implications for cash management –Campbell R. Harvey –NBER / Duke University -2001

4.8.16 Financiamento de projectos empresariais e apoio ao empreendedorismo – PME Investimentos – 2005

4.8.17 The micro credit experience in Portugal – Garval - 2011

4.8.18 Proyecto C3 Uruguay

4.8.19 Reinventing Money – Thomas Greco

4.8.20 Relações entre fiscalidade e contabilidade ( inclui regime de permutas) – Carlos Lobo e Clotilde Palma

4.8.21 Complementary Currency and Exchange – The state fo the movement

4.8.22 Herramientas innovadoras para el desarrollo regional en Europa – STRO

4.8.23 WIR cooperative overview

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