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Consumo das famílias dá sinais de desaceleração em 2011 Dos sete componentes avaliados apenas um não sofreu baixa. O item Momento para Duráveis subiu 11,5 pontos em comparação ao mês anterior. O entusiasmo das famílias em consumir diminuiu e os sinais de desaceleração já podem ser visto no início deste ano. De acordo com a pesquisa ICF (Intenção de Consumo das Famílias) realizada pela Fecomércio Tocantins e CNC (Confederação Nacional do Comércio) a intenção de consumo dos palmenses caiu 5,3% em relação a dezembro. Este mês o índice alcançou 132,7 pontos, uma queda de 10,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. A queda foi mais acentuada entre as famílias com renda acima 10 salários mínimos. A maior parte dos itens avaliados apresentou recuo de dezembro para janeiro. É o caso de Perspectiva Profissional (instabilidade) e Acesso ao Crédito (maior queda). Os dois tiveram pontuação menor que 100. O índice, calculado a partir de entrevistas com mais de 500 famílias palmenses, vai de zero a 200 pontos. Resultados abaixo de 100 pontos são considerados pessimistas e desempenhos acima deste nível são otimistas. Os outros cinco componentes do índice também tiveram queda neste período: Emprego Atual (-0,4%), Perspectiva Profissional (-13,3%), Renda Atual (-4,3%), Consumo Atual (-9,5%) e Perspectiva de Consumo (- 6,0%).

Consumo Familiar - Tocantins

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Consumo das famílias no Tocantins dá sinais de desaceleração em 2011. Estudo da Fecomércio - Tocantins.

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Consumo das famílias dá sinais de desaceleração em 2011

Dos sete componentes avaliados apenas um não sofreu baixa. O item Momento para Duráveis subiu 11,5 pontos em comparação ao mês anterior.

O entusiasmo das famílias em consumir diminuiu e os sinais de desaceleração já podem ser visto no início deste ano. De acordo com a pesquisa ICF (Intenção de Consumo das Famílias) realizada pela Fecomércio Tocantins e CNC (Confederação Nacional do Comércio) a intenção de consumo dos palmenses caiu 5,3% em relação a dezembro.

Este mês o índice alcançou 132,7 pontos, uma queda de 10,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. A queda foi mais acentuada entre as famílias com renda acima 10 salários mínimos.

A maior parte dos itens avaliados apresentou recuo de dezembro para janeiro. É o caso de Perspectiva Profissional (instabilidade) e Acesso ao Crédito (maior queda). Os dois tiveram pontuação menor que 100. O índice, calculado a partir de entrevistas com mais de 500 famílias palmenses, vai de zero a 200 pontos. Resultados abaixo de 100 pontos são considerados pessimistas e desempenhos acima deste nível são otimistas.

Os outros cinco componentes do índice também tiveram queda neste período: Emprego Atual (-0,4%), Perspectiva Profissional (-13,3%), Renda Atual (-4,3%), Consumo Atual (-9,5%) e Perspectiva de Consumo (- 6,0%).

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Para a CNC, o efeito sazonal de fim de ano explica as oscilações entre um mês e outro na intenção de consumo dos brasileiros. Em relação ao Acesso ao Crédito, o Tocantins não é o único estado a sofrer baixa. De acordo com informações do Portal do Consumidor, o Banco do Brasil anunciou que diminuiu de 25% pra 22% sua previsão para crescimento do crédito do consumidor, ao longo de 2011.

O presidente em exercício da Fecomércio Tocantins, Anselmo da Silva Moraes, explica que uma das razões para a baixa na intenção de consumo é o reflexo do ambiente de aumento das taxas de juros e a possível elevação do preço do crédito. De acordo com ele, o crédito irá continuar, mas de maneira atenuada. "No início do ano há muitas dívidas e a intenção de consumir é naturalmente menor. Mas o tocantinense ainda é capaz de absorver crédito”, lembrou.

Sobre emprego

A pesquisa indicou ainda que, em relação a segurança do emprego, comparando com o mesmo período do ano passado, as famílias palmenses estão mais tranquilas neste início de ano. Para 2011, 68,8% das famílias entrevistadas disseram se sentir mais seguras no emprego, enquanto em janeiro de 2010 era 54,4%.

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Por outro lado, a perspectiva profissional para os próximos seis meses não é uma das melhores. De acordo com a pesquisa, ao ser questionado se acha que terá alguma melhoria nos próximos meses, o responsável pelo domicílio está menos otimista que no ano passado. Enquanto em 2010 o ponto positivo foi de 69% para 22,7% negativo, este início de ano, a perspectiva profissional negativa superou.

Moraes explica que o Tocantins sofre neste momento a inconstância natural de qualquer estado que passa por mudanças. “2011 começou com nova fase no governo federal e também estadual, o que leva muitos se sentirem inseguros, mas não vejo esta situação como preocupante, até porque estamos apenas iniciando um ano e é natural a ansiedade”, ressalta.

Prova disso é a situação da renda, que cresceu em comparação ao mesmo período do ano passado. Este mês 68,8% dos palmenses entrevistados disseram que a renda está melhor que em janeiro de 2010, enquanto apenas 4,6% acham pior e 26,4%

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consideram igual ao ano passado. Há um ano, quando questionados sobre esse item, 62,4% achavam sua renda melhor, 14,1% consideravam pior que ano anterior e 22,5% diziam que a renda se mantinha estável.

Para Moraes, apesar da expectativa instável que novos governos trazem para as famílias, é possível afirmar concretamente que a renda do tocantinense tem melhorado. “A insegurança pode existir, é natural, mas o fato é que não estamos vivendo momentos preocupantes, e sim otimistas, os dados mostram isso”, avalia o presidente em exercício. Ele lembra ainda que o comércio do Tocantins tem se destacado no cenário otimista e certamente se manterá firme. “Aos poucos as coisas vão se adequando e as pessoas vão percebendo que as mudanças não devem interferir no desempenho do comércio e na intenção de consumo das famílias”, ressalta.

Informações: Valéria Campelo – Fecomércio Tocantins – 63 3219-9128 / 84033720