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Contabilidade do Japão

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Japão é um país insular da Ásia Oriental. Localizado no Oceano Pacífico, a leste do Mar do Japão. Os caracteres que compõem seu nome significam "Origem do Sol", razão pela qual o Japão é às vezes identificado como a "Terra do Sol Nascente“.

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Como grande potência econômica, possui a terceira maior economia do mundo em PIB nominal e a quarta maior em poder de compra. É também o quarto maior exportador e o quarto maior importador do mundo, além de ser o único país asiático membro do G8.

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O país mantém uma força de segurança moderna e ampla, utilizada para auto-defesa e para funções de manutenção da paz. O Japão possui um padrão de vida muito alto (10º maior IDH), com a maior expectativa de vida do mundo (de acordo com estimativas da ONU e da OMS) e a terceira menor taxa de mortalidade infantil. O país também faz parte do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Européia.

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho, vamos abordar a contabilidade gerencial japonesa (japanese management accounting), os procedimentos típicos das empresas japonesas.

É inegável que as empresas do Japão desenvolveram-se espetacularmente, em termos de competitividade, a partir do final da segunda guerra mundial. Segundo Morgan e Weerakoon (1990), a contabilidade praticada por elas vem desempenhando um importante papel para esta situação.

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A profissão contábil japonesa teve influência relativamente pequena sobre relatórios financeiros, devido à importância das fontes governamentais de autoridade. O Instituto Japonês de Contadores Públicos Certificados (JICPA) foi um membro fundador da International Accounting Standards Committe (IASC), mas este último teve pouco efeito sobre os relatórios financeiros japoneses até a década de 1990. A principal razão para isto é que o IASC originalmente procurou implementar seus padrões por meio dos esforços mínimos dos organismos nacionais de profissionais de contabilidade.

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No entanto, de 1993 a 1995, houve um presidente japonês do IASC e isso coincidiu com maior influência internacional no Japão. Em 2001, um setor privado padrão foi criado, em parte, a fim de cooperar com a nova International Accounting Standards Board. A longo prazo, mais óbvias influências internacionais sobre relatórios financeiros japoneses são as dos EUA sobre a Lei de Valores Mobiliários e da Alemanha sobre o Código comercial original. A influência dos EUA tem diminuído o espaço para a influência do IASC/B.

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A profissão contábil japonesa, como dito antes teve influência relativamente pequena sobre os relatórios financeiros em comparação com o governo, e tem uma influência muito menor do que os profissionais anglo-saxões (Sakagami et al., 1999). O Instituto Japonês de Contadores Públicos Certificados (JICPA) foi criado pela Lei Contabilistas Certificados em 1948 (embora não houvesse um corpo predecessor estabelecido por uma lei de1927).. O JICPA é, portanto, de origem bastante recente e é muito pequeno comparado aos órgãos profissionais anglo-saxões.

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CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE JAPONESA

Os principais elementos da contabilidade no Japão que a diferem da ocidental são o uso de um custo alvo (target cost), a pouca utilização de medidas de curto prazo e a pequena atenção dada aos rateios do overhead.

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Talvez a mais relevante diferença entre a contabilidade japonesa e a ocidental seja o conceito de custo alvo utilizado pelos japoneses. Consiste em se fixar o custo necessário ao produto para bom desempenho no mercado, criando uma meta para a redução de custos. Assim, esforços da gerência operacional no sentido da redução dos custos são determinados por decisões estratégicas e estão intimamente ligados a elas, Morgan (l993) diz que o controle dos custos dos produtos é levado novamente ao centro do processo gerencial com o uso do custo alvo.

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PRINCÍPIOS CONTÁBEIS NO JAPÃO J-GAAP: Princípios Gerais

Princípios Contábeis BADC para empresas de negócios estabelecido um amplo conjunto de "princípios gerais". O conjunto de princípios gerais inclui os seguintes sete princípios, que cobrem todos os aspectos da contabilidade e relatórios:

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FORMA VERDADEIRA E APROPRIADA O princípio da imagem verdadeira e apropriada é o princípio mais

importante dos princípios gerais constantes princípios contábeis para as empresas. Os Princípios de Contabilidade, dizem que uma empresa deve fornecer visão verdadeira e justa sobre as suas condições financeiras e resultados operacionais.

O conceito de visão verdadeira e justa não significa verdade absoluta sobre as empresas. As demonstrações financeiras são um produto de gestão de julgamentos e estimativas. O princípio da imagem verdadeira e apropriada exige a verdade sobre os quadros comparativos das empresas.

Então, o que é visão verdadeira e justa? Os Princípios de Contabilidade para empresas de negócios não definem o significado da visão verdadeira e justa. Forma verdadeira e apropriada é bastante definida operacionalmente, mas é pensado para ser realizado através do cumprimento de todos os outros princípios inferiores contábeis.

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ESCRITURAÇÃO ORDENADA O princípio da contabilidade ordenada exige que uma

empresa deve manter livros contábeis precisos em ordem. Além disso, embora não diretamente, o princípio da contabilidade ordenada exige que todos os tratamentos contábeis que a empresa executa devem ser precisos.Neste contexto, o princípio da contabilidade ordenado implica a mesma filosofia do princípio da imagem verdadeira e apropriada.

Livros contábeis precisos são aqueles que fornecem para os registros contábeis em ordem, completa e verificável.

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DISTINÇÃO ENTRE CAPITAL E LUCROS O princípio da distinção entre capital e lucros requer que

uma empresa deve distinguir o capital e lucros, especialmente excedentes de capital e seus lucros não distribuídos.

No Japão, é enfatizado que o salário deve ser distribuído às partes interessadas, como acionistas e autoridades fiscais. Do ponto de vista da determinação do rendimento distribuível, a distinção deve ser feita com clareza entre o capital e o lucro não distribuível.

Do ponto de vista histórico, no momento em que os Princípios Contábeis para Empresas de Negócios são promulgadas, a distinção entre o capital e o lucro era tão vaga que poderia causar diversas fraudes financeiras.

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APRESENTAÇÃO CLARA O princípio da apresentação clara exige que uma empresa

deva apresentar claramente as suas condições financeiras e resultados operacionais de uma maneira que as demonstrações financeiras não enganem os usuários. Este princípio aplica-se a exibição do corpo das demonstrações financeiras e de divulgação em notas explicativas às demonstrações financeiras.

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CONTINUIDADE O princípio da continuidade exige que uma empresa não

mude as suas políticas contábeis, sem motivos justificáveis. Se uma empresa alterar as suas políticas contábeis, as razões justificáveis e os efeitos sobre as demonstrações contábeis devem ser divulgadas.

Geralmente, na prática, as razões justificáveis para alterações contábeis têm sido amplamente discutido. Portanto, o princípio da continuidade tem sido criticado por sua aplicação menos rígida.

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CONSERVADORISMO O princípio do conservadorismo, ou princípio da prudência,

exige que uma empresa para fazer escolhas contábeis e estimativas prudentes quando os eventos futuros fariam efeitos negativos sobre as suas condições financeiras. O princípio, no entanto, proíbe escolhas contábeis também prudentes e estimativas. O princípio do conservadorismo é muitas vezes criticada por seu viés unilateral de efeitos desfavoráveis ganhos. Muitos contabilistas dizem que o princípio distorce a neutralidade da contabilidade.

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CONSISTÊNCIA No Japão, uma empresa prepara muitas vezes mais de um

conjunto de demonstrações financeiras para diversos fins, incluindo fins de aprovação dos acionistas, estendendo-se créditos, e apresentação das declarações fiscais. O princípio da consistência exige que uma empresa mantenha um conjunto de registros contábeis para fins diferentes e não distorcer registros contábeis por intenção da administração.

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O princípio da materialidade é apresentado nas Notas Complementares aos princípios de contabilidade para empresas de negócios, e não está incluído no conjunto de princípios gerais. No entanto, entende-se que o princípio da materialidade é tão importante como outros sete princípios gerais.

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DIFERENÇAS ENTRE AS NORMAS CONTÁBEIS JAPONESAS E AS NORMAS INTERNACIONAIS IFRS

O Comitê de Padrões Contábeis do Japão (ASBJ) e o IASB firmaram o “Acordo de Tóquio” em agosto de 2007 para acelerarem a convergência do Japão às normas internacionais. Foi proposto que diferenças importantes fossem eliminadas até o fim de 2008 e que outras diferenças restantes eliminadas até 30 de junho de 2011.

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JGAAP | IFRS O período anterior e o atual consolidado devem ser apresentados

comparativamente A informação comparativa por no mínimo um período anterior, deve evidenciar todos os valores que constam nas demonstrações financeiras.

É obrigatório apenas a apresentação do Balanço, DFC, e Resultados Abrangentes no Consolidado e não há DMPL. BP, DRE, DFC, DMPL e notas. (IAS1-8.)

Itens relacionados a ganhos ou perdas extraordinários são mostrados por categoria, conforme sua natureza. Nenhum ganho ou perda poderá ser apresentado como item extraordinário na Demonstração de Resultados Abrangentes (se apresentado).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS As técnicas de contabilidade praticadas no Japão não diferem

significativamente da contabilidade tradicional ocidental. No entanto, a utilização destas técnicas é bastante diferenciada.

Talvez a diferença mais relevante, em termos formais, seja o grande emprego do custo alvo, em contrapartida ao grande uso do custo padrão, principalmente nos Estados Unidos.

Empresas japonesas geralmente não se interessam por sistemas complexos, no estilo do ABC. Os sistemas contábeis japoneses são mais simples, com rateios que não primam pela rigidez teórica. Muitas vezes, nem os custos dos produtos são calculados com exatidão, e sim estimados. Isto mostra-se, de certa forma, incoerente com a utilização do custo alvo, já que, sem uma medição correta, não se pode estar certo do atingimento da meta.

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Porém, pensa-se que deve haver o retomo desta informação, através do controle dos custos. Como não se encontrou nada operacional para este controle, em termos de métodos, a contabilidade japonesa não será utilizada para o objetivo deste trabalho, que é o de quantificar monetariamente as perdas da empresa através de sistemas de custos.

Os japoneses compreenderam que as maiores reduções potenciais de custos originam-se no estágio de projeto do produto, e não na fase da produção. Assim, dedicam seus esforços de redução de custos, através do custo alvo, principalmente nesta fase do ciclo de vida do produto.

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Curiosidade

A bandeira japonesa parece ser simples, porém o círculo vermelho trás o significado do nascer do sol, já que o Japão é considerado a terra do sol nascente.

A bandeira do Japão tem um formato retangular branco com um grande disco vermelho (representando o sol) no centro, e é oficialmente denominada Nisshōki "bandeira do sol" em japonês, embora seja mais comumente conhecida como Hinomaru ''disco solar".

Como o Japão Fica no extremo leste (se você estiver olhando para um mapa do mundo) ele é o primeiro país onde o sol nasce, já que o sol nasce no leste. Depois do sol nascer lá no dia 13 por exemplo, nós só veremos o sol do mesmo dia 13 depois de 12 horas. Por isso ele é chamado de "Terra do Sol Nascente" e sua bandeira representa o Sol nascente.