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PALAVRA DO PRESIDENTE Prezados Associados, É chegado os Festejos Juninos e convidamos toda a Família Asafapeana para comemorarmos juntos, com a mesma alegria e hospitalidade de sempre. Logo pela manhã traremos muitos informes e fare- mos uma prestação de contas do exercício 2014. Neste Informativo incluímos muitos assuntos de interesses gerais e própria da categoria. Compareçam! Atenciosamente, Miguel Feliciano. ASAFAPE - FUNDADA EM 6 DE FEVEREIRO DE 1972 - INFORMATIVO: ANO XVI - Nº 23 - MAIO 2015 Contato ASAFAPE Sandra: (81)8863.5521 Gorete: (81)8863.4775 Portaria: (81)8863.4776 Sede Caruaru: (81)3721.1293 0800 - 0819310 [email protected] [email protected] Prezado(a) Colega, A família ASAFAPE convida V. Sª. para participar do nosso Café da Manhã Junino, regado a muito forró e comidas típicas, que será realizado no dia 14/06, em nossa sede. Desde já agradecemos! Convênio com a Asafape Visando dar mais comodidade aos filiados que viajam até Caruaru, o Sindifisco firmou parceria com a Associação dos Auditores Fiscais do Tesouro Estadual (Asafape). O convênio dá um desconto de 20% nos valores dos serviços prestados. Localizada às margens da BR-104, no km 60, no Loteamento Parque da Cidade, a Asafape conta com quartos com ar-condicionado, minicampo, piscina e uma área de convivência. Para maiores informações, ligar para a Asafape através do telefone (81) 3721-1293.

Informativo 23 1

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PALAVRA DO PRESIDENTE Prezados Associados,

É chegado os Festejos Juninos e convidamos toda a Família Asafapeana para comemorarmos juntos, com a mesma alegria e hospitalidade de sempre. Logo pela manhã traremos muitos informes e fare-mos uma prestação de contas do exercício 2014. Neste Informativo incluímos muitos assuntos de interesses gerais e própria da categoria.

Compareçam!Atenciosamente,

Miguel Feliciano.

ASAFAPE - FUNDADA EM 6 DE FEVEREIRO DE 1972 - INFORMATIVO: ANO XVI - Nº 23 - MAIO 2015

Contato ASAFAPE

Sandra: (81)8863.5521Gorete: (81)8863.4775Portaria: (81)8863.4776

Sede Caruaru: (81)3721.12930800 - 0819310

[email protected]@facebook.com

Prezado(a) Colega,

A família ASAFAPE convida V. Sª. para participar do nosso Café da Manhã Junino,

regado a muito forró e comidas típicas, que será realizado no dia 14/06, em nossa sede.

Desde já agradecemos!

Convênio com a Asafape

Visando dar mais comodidade aos filiados que viajam até Caruaru, o Sindifisco firmou parceria

com a Associação dos Auditores Fiscais do Tesouro Estadual (Asafape). O convênio dá um

desconto de 20% nos valores dos serviços prestados.

Localizada às margens da BR-104, no km 60, no Loteamento Parque da Cidade, a Asafape conta com quartos com ar-condicionado, minicampo,

piscina e uma área de convivência.

Para maiores informações, ligar para a Asafape através do telefone (81) 3721-1293.

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Informativo ASAFAPE - Maio de 2015

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FIM DA CONTRIBUIÇÃO DE INATIVOS AGUARDA ACORDO PARA ENTRAR NA PAUTA DA

CÂMARAProposta, que está pronta para ser votada pelo

Plenário desde 2010, enfrenta resistência do governo por envolver perda de arrecadação.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 555/06, que acaba com a contribuição previdenciária de servidores públicos aposentados, já foi alvo de mais de 600 requerimentos de deputados pedindo sua inclusão na pauta de votações do Plenário da Câ-mara dos Deputados. Apesar de ter sido aprovada por uma comis-são especial em agosto de 2010, a PEC é vista como “pauta bomba” por envolver perda de arrecadação para o governo federal e nunca chegou à Ordem do Dia do Plenário – período da sessão em que ocorrem as votações. O texto aprovado na comissão especial, de auto-ria do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTBSP), propõe não o fim imediato da contribuição dos inativos, como prevê o texto original da PEC 555, mas, sim, sua redução gradual. “Queríamos acabar com a cobrança dos inativos logo após a aposentadoria, mas, como sabemos que a área econômica do governo é radical-mente contra a extinção, propusemos o fim gradual”,explica Faria de Sá.

A proposta acolhida pela comissão determina que a contribuição dos inativos terá o seu valor reduzido em 20% a cada ano após o titular do benefício completar 61 anos, deixando de ser cobrada quando o aposen-tado completar 65 anos. “Quem já está aposentado vai pagar a previdência para quê? Vai receber outraaposentadoria? Não. Então não existe lógica em ter a contribuição do aposentado para Previdência Social”, completa o parlamentar. O texto de Faria de Sá se sobrepôs na comissão especial ao parecer do antigo relator, deputado Luiz Alberto (PTBA), que propunha a isenção total somente aos 70 anos, com a redução anual da contribuição em 10% também a partir dos 61 anos.

Negociação

Embora tenha tido o relatório rejeitado, Luiz Alberto acredita que sua proposta é a que mais tem chances de acordo com o Executivo para aprovação. “Na con-juntura econômica atual, fica difícil encaminhar mes-mo a minha proposta. Mas ainda acho que pode haver chance de negociação a partir do meu relatório”, diz Luiz Alberto. Atualmente, a contribuição previdenciária de aposentadorias e pensões do serviço público é de 11% sobre a parcela que ultrapassa o teto previdenciário do INSS, hoje fixado em R$ 4.390,24. O fim da contribuição de inativos atingiria todos os aposentados e pensionistas do serviço público, em todos os níveis de governo (federal, estadual e mu-nicipal).

Reportagem – Murilo SouzaEdição – Marcelo OliveiraFonte: Agência Câmara Notícias

NOVO ENDEREÇO NA SUBSEDE DE CARUARU - SINDIFISCO

Visando oferecer uma melhor prestação de serviços aos filiados, a subsede de Caruaru do Sindifisco-PE funciona agora em um novo endereço. A sala fica localizada no Shopping Difusora (Av. Agamenon Magalhães, 444, Maurício de Nassau), sala 610. O espaço foi adquirido pelo Sindifisco no fim de 2014 (autorizado em Assembleia Geral Ordinária) e, depois das adequações necessárias, já está funcionando no novo prédio. Entre as novidades, em breve dois computadores com acesso à internet estarão disponíveis aos filiados.

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Informativo ASAFAPE - Maio de 2015

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Aniversariantes do mês

Maio

Rosa Maria de Abreu e Santos 03/05 Abílio Florêncio de Morais 05/05João Vieira da Rocha 05/05Benedito Severino dos Santos 07/05Eduardo Jorge dos Santos Vieira 07/05Roberval Alves de Oliveira 07/05Gerôncio Sebastião da Silva 09/05Luiz Pereira da Silva 09/05João Batista Filho 13/05Darci da Mata Ribeiro Vasconcelos 16/05Odon Euflasino de Andrade 18/05Lenira Tenório de Brito 24/05Jaime Pereira de Lima 27/05João Fonseca de Lima 27/05Inah Torres Moura 31/05

Abril

Braz Alves de Magalhães 01/04Maria Nair de Mendonça Travasso 01/04Moisés de Lemos 07/04Nelson Rufino de Melo 08/04Adriano Savio Alves da Silva 09/04José Manoel da Silva 09/04Nylcéia de Andrade Cavalcanti 09/04Marcelo Candeia Simões 15/04Antonio Onival Fernandes 17/04Maria Edileuza dos S. Bezerra 20/04Almir Leite de Sá 22/04Alcides Gomes Guimarães 24/04Luiz Moura de Magalhães 24/04Robson Martins de Abreu Silva 28/04Cristiano Henrique Aragão 29/04Sebastião Ferreira Barros 29/04

LEVY AFIRMA QUE CARGA TRIBUTÁRIA ATRAPALHA O PAÍS

No entanto, ele ressaltou que nem todo o imposto é ruim, e que corte de gastos tem que ser feito com cuidado

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a política econômica brasileira não pode contar com su-cessivos aumentos da carga tributária. “Os recursos entregues para a gestão do governo são limitados”, afirmou em painel do evento promovido pelo TCU. “Não se pode trabalhar com a premissa de con-tinuar aumentando essa carga tributária permanente-mente, 15 anos da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse no evento do Tribunal de Contas da União. Levy ressaltou, no entanto, que o maior risco que o Brasil corre é o fiscal. “Não se pode também entrar em uma trajetória de que todo imposto é ruim, que tenho de baixar imposto sem pensar no lado do gas-to”, acrescentou. “Temos de permanentemente avaliar a qualidade do gasto”. Na avaliação do ministro, é importante adotar mecanismos para avaliar como o dinheiro público está sendo gasto, criar métricas para verificar o que foi gasto e se os objetivos foram alcançados. De acordo com Levy, já existem mecanismos para essa avaliação dentro do Ministério da Fazenda e a pasta começa a se preparar para avaliar a qualidade do gasto. “Você sabe que não vai poder gastar irrespon-savelmente e deixar a conta para o próximo. Se você

começa a ter desequilíbrio fiscal, a situação vai dete-riorar, a começar pela inflação”, completou. O ministro defendeu o fato de o Brasil perseguir uma meta de superávit primário e não nominal, como ocorre em alguns países de acordo com o ministro, o fato de a equipe econômica do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff ter manifestado a inten-ção de estabilizar e reduzir a dívida bruta mostra que há preocupação também com o resultado nominal. “As pessoas tiveram o bom senso de usar o superávit primário como indicador porque governo tem controle do resultado. Você pode colocar indicadores [para o nominal], mas são muito menos flexíveis”, afirmou. Levy salientou ainda que colocar restrições fortes no resultado nominal deixaria a política econômica muito mais suscetível a questões externas. “Usar o superávit primário tem a ver com o bom senso de proteger os gastos. Você teria que fazer aper-tos muito mais fortes do que hoje”, completou. Para Levy, estabelecer um teto para a dívida pública tam-bém tiraria flexibilidade da política econômica. “Os Estados Unidos tiveram downgrade por questão do teto da dívida ser muito rígido” lembrou o ministro. /Estadão Conteúdo

Fonte: DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS - DCI | 08 de maio de 2015

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Informativo ASAFAPE - Maio de 2015

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ANULAÇÃO DE CASOS FRAUDADOS NO CARF AFETARIA EMPRESAS SÓ NO LONGO PRAZO

Mesmo se a Operação Zelotes resultasse em cancela-mento de decisões, as ações seriam julgadas novamente. Depois disso, contribuintes ainda poderiam discutir as dívi-das na Justiça comum. [Roberto Dumke]

São Paulo - A eventual anulação de decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), por conta da Operação Zelotes que investiga a cor-rupção de conselheiros do órgão, não deve produzir efeitos imediatos para as empresas. Se o cancelamento dos julgamentos de fato ocor-resse, o que ainda pode estar longe de se concretizar, especialistas ouvidos pelo DCI dizem que a conse-quência mais provável seria o recomeço do trâmite dos casos dentro do tribunal administrativo. Depois, diante de uma derrota, as empresas ainda poderiam recorrer à Justiça comum. “O fato de a fraude ter ocorrido não implica na presunção absoluta de que o crédito é realmente devi-do pela empresa”, comenta o tributarista do BCBO Ad-vogados Associados, Rodrigo Rigo Pinheiro. Ou seja, se de fato o conselheiro recebeu vantagem para mu-dar sua decisão no Carf, deve haver novo julgamento da questão. Isso ocorre porque é no tribunal administrativo que são julgados eventuais erros nos autos de infração do fisco. Enquanto o débito não passa pelo tribunal, é como se a dívida tributária não estivesse reconhecida ainda. “Se um auto de R$ 1 bilhão é lançado incorre-tamente, o próprio Estado pode cancelá-lo, por en-tender que houve falha”, afirma o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Roberto Fragoso.

Garantia

Também por isso, para discutir a autuação fiscal no Carf, a empresa não precisa dar garantia da dívida fiscal. O mesmo não ocorre no Judiciário, que exige que a empresa ofereça bem, dinheiro ou seguro como garantia do débito. Essa necessidade de arranjar uma garantia para continuar discutindo a questão, segundo Rigo, seria um dos impactos palpáveis frente ao reconhecimento da dívida pelo Carf. Contudo, os especialistas ainda não estão trabal-hando com a perspectiva de que essas dívidas serão reconhecidas com tanta facilidade. Do ponto de vista técnico, identificar e compro-var que houve fraude em determinados julgamentos seria uma tarefa complicada. Os 74 casos investiga-dos pela Operação Zelotes representam apenas uma pequena parcela (0,7%) dos cerca de 112 mil casos que tramitam pelo Carf.

Além disso, os advogados entendem que as de-cisões dos tribunais são muito bem fundamentadas do ponto de vista jurídico. Para Fragoso, a anulação só seria possível se houvesse uma divergência “gritante”. Mas como há várias correntes de argumentação pelas quais cada conselheiro pode seguir, não seria tão sim-ples fazer essa separação. O sócio do Silveiro Advogados, Alberto Brentano, aponta que poderia haver suspeita se diante de uma linha de jurisprudência consagrada, surgisse votação em sentido oposto. “Isso seria um sinal”, diz ele. Para eventual cancelamento, também seria pre-ciso avaliar o placar da votação, já que a corrupção de um único conselheiro, entre os seis que compõe cada colegiado, em tese, poderia não influenciar o re-sultado. Para Brentano, uma situação que daria margem para eventual ato de corrupção seria a de empate, por três votos a três. Nesse casos, o presidente da corte, sempre funcionário do fisco, é obrigado a se posicio-nar, para dar um voto de minerva. Nessa situação, ele pode inclusive pedir vista do caso, para ganhar tempo.

Futuro

Diante das perdas que chegam a no mínimo R$ 6 bilhões com as fraudes no Carf, cerca de três vezes mais que os R$ 2,1 bilhões da Operação Lava Jato, o termo dos advogados é que o tribunal seja desmon-tado. Seriam várias ameaças. O fim da paridade das turmas, com três conselheiros dos contribuintes e três da Fazenda, seria uma das mudanças negativas. Na última semana, o Ministério Público Federal (MPF) fez sugestão nesse sentido. Desde que a Zelotes foi deflagrada, o Carf suspen-deu seu calendário de julgamentos por tempo indeter-minado. Além disso, o Ministério da Fazenda colocou em audiência pública proposta de mudança do regi-mento interno do órgão. Brentano destaca que o conjunto de medidas bus-ca resgatar o prestígio do tribunal diante das denún-cias. Entre as sugestões de mudança também está a redução do número de turmas de 36 para 18. “Com isso diminuem as chances de corrupção”, afirma ele. No dia 29 de abril, também destaca foi publicado decreto (8.441), fixando remuneração aos advogados dos contribuintes, e exigindo dedicação exclusiva ao Carf. “Não sei se as grandes cabeças vão aceitar isso. Meu medo é que o tribunal se esvazie”, afirma Rigo.

Fonte: DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS - DCI | 08 de maio de 2015

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CÂMARA RECEBE APELOS PARA PROTEGER MPESEntidade propõe que os empreendimentos de menor porte sejam excluídos do aumento dos encargos com as desp-esas do auxílio-doença de 15 para 30 dias. [Abnor Gondim]

Mello quer que relator da MP 665 exclua as MPEs da nova exigência. Foto: Agência Brasil

Brasília - Após forte pressão e inúmeros embates, a Câmara concluiu ontem a aprovação da primeira medida provisória do ajuste fiscal - a MP 665. A maté-ria, que segue para o Senado, dificulta o acesso dos trabalhadores ao seguro-desemprego e ao abono sa-larial. Esse clima vai se repetir na próxima semana na votação da MP 665, que aumenta o custo das em-presas com auxílio-doença de 15 para 30 dias. A Fe-nacon, entidade das firmas contábeis, quer as micro e pequenas empresas excluídas desse novo ônus. O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), repetiu o gesto de quarta-feira (6) à noite e agradeceu à base aliada pela aprovação do texto como veio da comissão mista. Ele agradeceu inclusive a deputados da oposição que votaram contra a indi-cação de seus partidos e “a favor do País”, segundo Guimarães. “Não retiramos, não atacamos os direitos dos trabalhadores, mas aperfeiçoamos”, declarou. Enquanto muitos deputados saíam do Plenário, após votar o último pedido de alteração à medida provisória, parlamentares da oposição continuavam a criticar o posicionamento do governo. “Quem está com pressa de ferrar o trabalhador é que está com pressa de acabar a votação. Vão para o aeroporto, peguem o avião e peçam perdão ao povo brasileiro”, ironizou o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT).

Texto-base Os deputados aprovaram anteontem o texto-base para a MP 665. Pelo texto aprovado, a carência para o primeiro pedido de seguro-desemprego é de 12 meses de trabalho nos 18 meses anteriores à demissão. No segundo pedido, essa carência cai para 9 meses; e nos demais, para 6 meses ininterruptos de trabalho.

O relator, senador Paulo Rocha (PT-PA), negociou esses novos prazos com o governo, que, no texto orig-inal da MP, previa carência de 18 meses nos dois anos anteriores à demissão. Rocha também alterou a medida provisória quanto ao abono salarial, que será pago ao empregado que comprovar vínculo formal de trabalho de no mínimo 90 dias, e não mais 180 dias, como queria a equipe econômica do governo. O valor do abono salarial seguirá a mesma regra do décimo terceiro, ou seja, só será pago integralmente a quem trabalhar o ano inteiro. Se trabalhou só cinco meses, por exemplo, receberá apenas 5/12 do abono.

Seguro-defeso Quanto ao seguro-defeso, Paulo Rocha lembrou que o texto original da MP previa três anos para a concessão da carteira de pescador artesanal. O seu relatório dá prazo de um ano. O benefício passa a ser concedido pela Previdência Social e não mais pelo Ministério do Trabalho, o que, segundo ele, dá ao ben-efício a condição de seguro especial. “Com isso, corrigem-se distorções, porque haverá abatimentos em cadastros para tirar da categoria aqueles que não são pescadores”. Em relação à MP 664, a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis (Fenacon) en-caminhou pedido de emenda à para que as micro e pequenas empresas continuem responsáveis pelo pagamento do auxílio-doença conforme regime atual, 15 dias e não por 30 dias, como sugere a a segunda matéria do ajuste fiscal que será avaliada na Câmara dos Deputados. A mais recente revisão da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, da Lei Complementar 147, de agosto de 2014, especifica que toda nova obrigação que atingir os pequenos negócios deverá especificar o tratamento diferenciado sob pena de não ser aplicada ao segmento. Segundo informou a assessoria da Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE) ao DCI, “a pasta vê como positiva a aplicação do tratamento diferen-ciado para as micro e pequenas empresas como prevê o artigo 179 da Constituição e a Lei 147/14. O texto ainda tramita no Congresso e ainda pode passar por alterações.” O deputado Jorginho Mello (PR-SC), presidente da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Em-presa, recebeu o pleito da Fenacon e afirmou que vai interceder junto ao relator da matéria, o deputado Car-los Zarattini (PT-SP) para incluir a alteração. “As pequenas e micros empresa já têm dificuldades de se manter com a legislação atual e não podem ser ainda mais oneradas”, afirmou Mello.

Fonte: DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS - DCI | 08 de maio de 2015

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AGU: INVESTIGAÇÃO DA LAVA-JATO PODE AFETAR 51 MIL EMPRESAS

Luís Inácio Adams acredita que fornecedoras das 23 empreiteiras investigadas estão em risco.[Germano Oliveira]

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams - An-tonio Batalha/Firjan

SÃO PAULO — O Advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, disse nesta quinta-feira, em São Paulo, estar preocupado com o fechamento de pelo menos 51 mil empresas que dependem das 23 empreiteiras investigadas pela Operação Lava-Jato, que podem a ter as atividades extintas em função do envolvimento com as irregularidades no escândalo da Petrobras. — O governo está comprometido em potencializar os instrumentos de combate à corrupção. Está bus-cando fortalecer as instituições para que se elimine a corrupção como realidade do país, criando um estado mais eficiente para a sociedade e para o cidadão bra-sileiro. Mas o que não é possível é que a dinâmica da implementação dessa legislação de combate à corrup-ção leve ao fechamento em série de diversas empre-sas. No caso da Lava-Jato, o conjunto de 23 empresas que são objeto de investigação compõe um quadro de 51 mil CNPJs, que são empresas fornecedoras, são investidores, prestadores de serviços, empresas que seriam afetadas pela restrição ou fechamento das 23 empreiteiras. É óbvio que elas vão se recuperar de-pois, mas persiste o trauma do fechamento das em-presas — disse Adams. Segundo o chefe da Advocacia Geral da União (AGU), a empresa tem que ser objeto de preocupação do Estado, embora ele prefira que as empresas se adaptem às novas leis de combate à corrupção. — Muitos me acusaram de estar defendendo as empresas. Eu defendo a preservação da atividade empresarial como um todo. Se a empresa, tendo os instrumentos para fazer essa mudança, não o faz ou não deseja fazer, vai sofrer as consequências da lei. Vai ser punida. Fechar os olhos para esse impacto, no entanto, se torna um verdadeiro absurdo — disse Adams, durante seminário promovido pelo jornal Valor, que debateu a Lei Anticorrupção, a 12.846, im-plantada em janeiro do ano passado.Para Adams, o grande desafio no caso da Lei de

Combate à Corrupção é a concorrência com outras legislações, como a lei da improbidade, a legislação de defesa da concorrência, a legislação do Tribunal de Contas da União (TCU), gerando uma sobreposição da atuação desses órgãos sobre a mesma matéria, “criando uma verdadeira babel de línguas que muitas vezes não se entendem”. O chefe da AGU disse também que a burocracia no Brasil estimula a corrupção. — O escopo da formação do processo de corrup-ção está na sobreposição de entidades de órgãos na regulação da atividade empresarial. Como exemplo, no processo de licenciamento ambiental. Só recente-mente viemos a regular a sobreposição, com a Lei Complementar 140, para eliminar essa sobreposição. No passado, havia uma sobreposição que forçava a necessidade das empresas a fazerem múltiplas inter-locuções com diversos entes da federação. Isso se dá ainda em várias áreas da administração pública, o que é um motor claro nas ações corruptivas. Quanto mais necessidade você tem de resolver os impasses com o Estado, que se sobrepõe em diversos órgãos, mais a busca de atalhos por empresários acontece, como é o caso do processo corruptivo. Recentemente liberei um parecer sobre o assunto na questão do licenciamento ambiental. O processo de geração de energia que era liberado com três ou quatro anos, desrespeitando legislação do Conama, que prevê um ano, e isso invia-bilizava o investimento. Já o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Valdir Simão, informou que o órgão foi procura-do por quatro empreiteiras envolvidas no escândalo da Lava-Jato, interessadas em negociar acordos de leniência, mas adiantou que não pode revelar o nome das empresas interessadas nos acordos. — O Tribunal de Contas da União (TCU) precisa se manifestar favoravelmente à realização dos acordos de leniência. Somente após essa etapa é que vamos negociar as bases de eventual acordo com as empre-sas que já manifestaram interesse nos acordos de leniência. Simão disse que as empresas desejam evitar ser-em declaradas inidôneas e com isso serem impedidas de continuar a se relacionar com a União. — Essa é a punição mais grave. Então vamos ana-lisar caso a caso e só vamos fechar acordos se houver reparação do dano público e quando estiver preser-vado o interesse público no processo. As empresas também precisam confessar os crimes e apresentar documentos que auxiliem nas investigações.

Fonte: O Globo | 07/05/2015

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SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS É SETE VEZES MAIOR QUE A CORRUPÇÃO Nenhum assunto rivaliza com as notícias sobre cor-rupção na cobertura e no destaque dados pela mídia, um sinal da importância devidamente atribuída ao problema pelos cidadãos. Males de proporções maiores, porém, continuam na sombra. A sonegação de impostos, por exemplo, tem sete vezes o tamanho da corrupção, mas recebe atenção mínima da sociedade e do noticiário. Deixa-se de recolher 500 bilhões de reais por ano aos cofres públicos no País, calcula o presidente do Sindi-cato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, Heráclio Camargo. O custo anual médio da corrupção no Brasil, em valores de 2013, corresponde a 67 bilhões anuais, informa José Ricardo Roriz Coelho, diretor-titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, com base em cálculos recentes. Para alertar a sociedade da importância de se com-bater a sonegação, Camargo, inaugurou na quarta-feira 18, em Brasília, um sonegômetro e uma instalação de-nominada lavanderia Brasil. Na inauguração, o medidor mostrava um total sonegado de 105 bilhões desde janei-ro, dos quais 80 bilhões escoados por meio de operações de lavagem ou manipulação de recursos de origem ilegal para retornarem à economia formal com aparência lícita. Em um exemplo citado pelo Sindicato, um comer-ciante simula a compra de 50 milhões de litros de com-bustível, adquire só 10 milhões de litros físicos e obtém, mediante pagamento, notas fiscais falsas no valor de 40 milhões. Ele negociou de fato só aqueles 10 milhões, mas trouxe para a economia formal os 40 milhões de origem ilícita por meio desse mecanismo de lavagem, sem recolher os impostos devidos. Tanto a parcela superfaturada, os re-cursos de propinas, tráfico de drogas, de armas e de pes-soas, contrabando, falsificações, corrupção e renda sonegada precisam retornar à economia com aparên-cia de origem lícita, para as atividades criminosas prosseguirem. A livre atuação no Brasil das empresas off shores, ou registradas em paraísos fiscais, agrava a sonegação. Há laços fortes do País com esses redutos de burla dos fiscos dos estados nacionais, na prática nossos grandes parceiros comerciais. A principal razão é o tratamento preferencial dado ao capital externo, subtaxado quando da sua remessa de lucros ao exterior, afirma-se no site Tax Justice Network. “Todos os países que não taxam ganhos de capital, ou o fazem com base em alíquota inferior a 20% são considerados paraísos fiscais no Brasil. Ironicamente, esse país tem diversas situações de ganhos de capital taxados em menos de 20%.” Não é bem assim, explica a Receita Federal. “A definição de paraíso fiscal na leg-islação brasileira não leva em conta apenas a tributação de ganhos de capital, mas sim a tributação da renda. A tributação da renda das pessoas físicas é de 27,5% e das pessoas jurídicas é de 25% de imposto de renda, mais 9% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.” Mas a taxação de ganhos de capital, “em regra de 15%”, é baixa em termos mundiais e o trânsito do dinheiro é fa-cilitado pela parceria comercial com os paraísos fiscais. Pessoas físicas recorrem também aos paraísos fiscais para não pagar impostos sobre os seus ganhos, lícitos ou

não. No caso das 8.667 contas de brasileiros descobertas no HSBC da Suíça (4.º maior número de correntistas no mundo), Camargo vê “com certeza indícios de conexão com paraíso fiscal, porque essas contas eram secretas, só vazaram porque um ex-funcionário do HSBC divulgou a sua existência. Há indícios a serem investigados pelas autoridades brasileiras, de evasão de divisas e crime de sonegação fiscal.” Os impostos mais sonegados são o INSS, o ICMS, o imposto de renda e as contribuições sociais pagas com base nas declarações das empresas. Os impostos indi-retos, embutidos nos produtos e serviços, e o Imposto de Renda retido na fonte, incidentes sobre as pessoas físi-cas, são impossíveis de sonegar. A pessoa jurídica cobra os tributos, mas algumas vezes não os repassa ao governo. Quem tem mais, deve pagar mais, estabelece a Constituição, em um preceito tão desobedecido quanto o do Imposto sobre Grandes Fortunas, à espera de regula-mentação. Nesse assunto, o Brasil está na contramão. A partir de 2012, com a piora da economia e da arrecadação, países europeus que haviam concedido desonerações tributárias e cortado gastos, voltaram a aumentar o im-posto de renda nas alíquotas mais altas e elevaram os im-postos sobre propriedade, diz a professora Lena Lavinas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Aqui, não conseguimos fazer isso porque o IPTU não é arrecadado pela União, mas pelos municípios, então você não mexe na propriedade. Impostos que tratam da concentração da renda, do patrimônio, deveriam estar nas mãos da União. A reforma tributária, segundo algumas visões do Direito, é tratada como uma questão de simpli-ficação. Não é o caso, muito pelo contrário, tem que com-plexificar mais, dentro de uma estrutura adequada em ter-mos de progressividade, de taxar realmente o patrimônio, os ativos, essa coisa toda.” A estrutura do nosso sistema tributário, diz a profes-sora, “é uma tragédia, regressiva, picada, os impostos não vão para as mãos que deveriam ir. Por que não se consegue repensar o IVA, o ICMS? Porque são dos es-tados. Impostos e medidas que poderiam favorecer uma progressividade, não se consegue adotar, por conta do nosso caráter federativo.” A sonegação é uma possibilidade aberta para as em-presas pela estrutura tributária, conforme mencionado acima, e quando pegas, são beneficiadas pela discrição das autoridades. Também nesse quesito, o Brasil segue na contramão. Nos Estados Unidos, por exemplo, os próprios políticos tratam de alardear os nomes das em-presas flagradas em irregularidades. Por que o Brasil, não dá publicidade aos nomes dos grandes sonegadores, o que possivelmente contribuiria para desestimular o não recolhimento de tributos e im-postos? Segundo Camargo, há divulgação, mas ela não é satisfatória. “Existe um sítio na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional que enseja a consulta dos CNPJs ou CFPs dos devedores, mas sem informar quais são os va-lores devidos. Não temos uma cultura de transparência no Brasil. Essas restrições são inaceitáveis e nós deve-mos caminhar para uma maior transparência, com a divul-gação dos nomes e respectivos valores devidos.”Fonte: Carta Capital | 30/03/2015

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Informativo ASAFAPE - Maio de 2015

EXPEDIENTE

I - RESPONSÁVEL PELA EDIÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Marília de Lemos Araújo

RENAN JÁ ANTECIPA OPOSIÇÃO ÀS MEDIDAS DO AJUSTE NO SENADO

No PSDB, Serra quer debater com bancada texto que sair da Câmara. por Maria Lima e Cristiane Bonfanti

Renan conversa com Cunha: senador critica medi-das por não cortarem gastos - André Coelho

BRASÍLIA - Vencida a batalha da Câmara, o vice-presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e outros articuladores do governo já começam a preparar o terreno para a votação do pacote de ajuste fiscal no Senado. Embora haja confiança dos governistas de que as dificuldades com a bancada do PT serão menores, com dissidên-cias isoladas, o maior problema será administrar a oposição ferrenha do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele tem feito críticas diárias ao pacote por cortar investimentos e direitos trabalhistas, sem reduzir gastos e a máquina. Em reunião nesta quinta-feira com uma frente de 50 entidades sindicais, Renan foi aplaudido várias vezes ao repetir que as medidas serão bastante debatidas e que ele se colocará contra qualquer retrocesso para os trabalhadores. — Enquanto o Executivo castiga os trabalhadores em busca de R$18 bilhões, nós, do Legislativo, demos nossa contribuição para o ajuste, que não pode ser chamado de ajuste fiscal, mas ajuste tra-balhista, com a aprovação da emenda que vai gerar uma economia de R$ 4 bilhões por ano (referindo-se à PEC da Bengala) — disse Renan na solenidade de promulgação da PEC. Se na Câmara o PT hesitou em apoiar as MPs, o líder do partido no Senado, Humberto Costa (PE), vai tentar fechar questão. Ele diz que o relator Paulo Rocha (PT-PA) já flexibilizou o que foi possível e isso acalmou os petistas, com exceção de Paulo Paim (RS), adversário do ajuste, que vai apresentar quatro emendas. Mas Paim diz ter aliados no PT: — Tenho conversado com o Lindbergh (Farias) e o Walter Pinheiro, que se aproximam mais da minha posição e me disseram que assinariam as emendas comigo.Na oposição, o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), diz que o partido vai votar fechado contra as

medidas do ajuste, com exceção do senador José Serra (SP), que quer discutir o texto que vier da Câ-mara com a bancada. — Vamos fazer um trabalho para unificar a ban-cada. O Serra tem a preocupação com questões mac-roeconômicas, mas tem uma hora que temos que ter uma posição em defesa da sociedade — disse Cunha Lima.

Levy defende tripé do ajuste Serra argumentou que nessas questões não se trata de ficar contra ou a favor do governo e citou o economista José Roberto Afonso, que disse que o ajuste passa mais por corte de investimentos do que de custeio. — O que tem em pauta é corte de investimento. Vou trocar ideia com a bancada, que pode até liberar ou unificar uma posição —disse Serra. Em um debate sobre os 15 anos da Lei de Respon-sabilidade Fiscal, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) voltou a fazer apelos para sensibilizar os parlamen-tares. Ele afirmou que o maior risco que o Brasil corre é de um desequilíbrio fiscal. O ministro lembrou que o governo não gera dinheiro, que os recursos são limi-tados e não se pode continuar aumentando perma-nentemente a carga tributária. E ressaltou que “não se pode entrar numa trajetória de que todo imposto é ruim, de que tem de baixar imposto sem pensar o que está acontecendo do lado do gasto”. — Para a economia, se não tiver equilíbrio, você tem custos crescentes e entra num impasse fiscal que é ruim para a sociedade e a atividade econômica Se começa a haver desequilíbrio, todo o cenário começa a se deteriorar, a começar pela inflação — advertiu. Levy considerou que a votação da MP 665 repre-sentou a primeira etapa do “tripé do ajuste fiscal”, que inclui a MP 664 (que altera as regras de benefícios previdenciários) e o projeto de lei que eleva as alíquo-tas da tributação sobre a folha de pagamento das em-presas.

Fonte: O Globo | 08/05/2015