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FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO IVAI
UNIVALE
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
CONTABILIDADE: IMPORTÂNCIA PARA AS EMPRESAS
PROFESSOR: NILTON FACCI
EMAIL: [email protected]
CONTABILIDADE E TRIBUTOSPORQUE E COMO A CONTABILIDADE É
INFLUENCIADA PELA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA?
PORQUE E COMO A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA E INFLUENCIADA PELA CONTABILIDADE?
Contabilidade de Quem???: UM MUNDO....Segundo o IBGE, 93% das empresas não adotam o Lucro
Real como forma de apurar o Imposto de Renda, sendo 75% optantes pelo Simples e 18% optantes pelo Lucro Presumido. Apenas 7% portanto estão no Lucro Real.
Estes 7% respondem por 85% da arrecadação.Ainda, segundo o IBGE, em 2008, podem existir
aproximadamente 10 milhões de empreendimentos informais, ou seja, não possuíam qualquer registro e, por isso, deixavam de contribuir para qualquer órgão governamental. O número de empresas legalizadas existentes era de 4,7 milhões.
As empresas que adotam o Lucro Presumido já estão apresentando contabilidade há bastante tempo.
ContabilidadeJustificativaFundamentação LegalDefiniçõesNBC T relacionadas e Formalidades da EscrituraçãoAplicabilidadePrincípios Fundamentais de ContabilidadePlano de ContasImportância do Profissional Contábil no ProcessoConclusões
Contabilidade ObrigatóriaJustificativa formal (1):O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de
contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
(Artigo 1179 – Código Civil – Lei 10.406/02).
Contabilidade Obrigatória:Justificativa formal (2):
Lei 10406 (Código Civil) no artigo 970 afirma que está dispensado de contabilidade SOMENTE o pequeno empresário.
Faturamento até R$ 36.000,00 no ano.Chamado de Micro Empresa
Individual (MEI). LC 123/06, Artigo 68.
Contabilidade: Importância para a empresa.JustificativaA contabilidade completa é instrumento de
defesa da sociedade, constituindo a melhor ferramenta para a apuração dos direitos e deveres dos sócios, para a concessão de crédito por parte das instituições financeiras, bem como sendo fundamental para dirimir eventuais litígios decorrentes da atividade empresarial
Contabilidade: ConceitoFrancisco D’Auria assim à define: “... a
ciência que estuda, registra e controla o patrimônio e as mutações que nele operam os atos e fatos administrativos, demonstrando no final de cada exercício social o resultado obtido e a situação econômico-financeira da entidade”.
D’AURIA Francisco. Contabilidade Noções Preliminares.Nacional,1962.
Contabilidade Tributária: Objetivos:Os principais objetivos da contabilidade
podem ser elencados da seguinte forma segundo Oliveira et al. (2002)
1) Apurar com exatidão o resultado tributável – ou do lucro real – de determinado exercício fiscal, com base na legislação pertinente, para cálculo e formação das provisões contábeis destinadas ao pagamento dos tributos incidentes sobre o lucro da entidade;
Contabilidade Tributária: Objetivos2) O registro contábil das provisões relativas
aos tributos a recolher, em obediência aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, pois como parte integrante do sistema de informações da empresa, a Contabilidade Tributária tem a responsabilidade de informar, correta e oportunamente, o valor das diversas provisões para recolhimento dos tributos, de acordo com o princípio contábil da competência de exercícios;
Contabilidade Tributária: Objetivos3) Escrituração dos documentos fiscais em
livros fiscais próprios ou registros auxiliares, para apurar e determinar o montante do tributo a ser recolhido dentro do prazo após encerramento do período de apuração;
Contabilidade Tributária: Objetivos4) Preenchimento de guias de recolhimento,
informando ao Setor Financeiro e de Contas a Pagar da entidade sobre o valor e os prazos de recolhimento, além de emitir e providenciar a entrega aos respectivos órgãos competentes dos formulários estabelecidos pela legislação pertinente;
Contabilidade Tributária: Objetivos5) Orientação fiscal para todas as unidades
da empresa (filiais, fábricas, departamentos) ou das sociedades coligadas e controladas. A correta orientação fiscal e tributária para as demais unidades ou empresas pode representar relevantes economias com os impostos. Ex: o local da instalação da fábrica, ou mesmo o local de origem de determinadas matérias-primas, pode significar menor carga tributária;
Contabilidade Simplificada (???)O alcance e a interpretação do artigo 27A LC 123 introduziu a expressão
contabilidade simplificada e sua adoção opcional. Não se pode confundir a adoção opcional da contabilidade como alternativa a não adoção de nenhuma contabilidade.
A opção é em relação à contabilidade completa (que até então era a única existente).
Contabilidade: porque Simplificada?Fundamentação Legal (continuação)Resolução 10 do Comitê Gestor do SN estabelece os
livros fiscais e contábeis obrigatórios, mas não exige o Livro Registro de Saídas e coloca como principal elemento para fiscalização o Livro Caixa (livro de Movimentação Financeira).
A Resolução 28 do CGSN estabelece que a apresentação da contabilidade (simplificada ou não) substitui o Livro Caixa.
O artigo 14 da LC determina que considera-se isento de IRPJ os lucros distribuídos até o limite de isenção (mesmo adotado para o lucro presumido), mas também concede que se faça distribuição maior caso o lucro contábil seja demonstrado, o que configura uma vantagem na adoção da contabilidade.
ContabilidadeFundamentação Legal (continuação)LC 123, artigo 29: A exclusão de ofício das
empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL dar-se-á quando:
IX – for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% do ingresso dos recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividades.
X – for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para industrialização ou comercialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividades.
Contabilidade: Para que?No âmbito das Leis comerciais, falimentares
e societárias: as empresas que não adotarem contabilidade regular poderão ter seus administradores responsabilizados por crimes de falência fraudulenta, sonegação de informações, crime contra a economia popular, de concorrência desleal, dentre outros. Além disso, a contabilidade regular é o único meio de proteção da sociedade para a averiguação do desempenho de um empreendimento, sob o ponto de vista social, da geração de empregos, da aplicação do dinheiro dos impostos, da implementação dos projetos de financiamento, bem como avaliação do retorno do investimento, por parte de fornecedores, terceiros interessados, instituições financeiras, dentre outros.
Contabilidade: Normas ProfissionaisRESOLUÇÃO CFC Nº. 1.121/08 Aprova a NBC T 1 – Estrutura Conceitual para
a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis.
A Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 19.13, aprovada pela Resolução CFC 1.115/07, publicada no DOU de 19.12.2007 define, nas disposições gerais
Resolução CFC n.º 1.055/05 e alterações posteriores, do PRONUNCIAMENTO TÉCNICO PME – CONTABILIDADE PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. (Alterações de 4 de dezembro de 2009)
ContabilidadeFormalidades da EscrituraçãoAlém da observância das NBC T citadas, a
empresa deverá escriturar as receitas, despesas e custos com base no regime de competência.
Caso o contribuinte opte pelo recolhimento dos tributos e contribuições com base na receita efetivamente recebida (o que no momento não é permitido), deverá efetuar ajustes extra-contábeis para a apuração, tomando como base os valores contabilizados.
Resolução CFC nº 563/83
APROVA A NBC -T- 2 – DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
2.1.5.1 – Observado o disposto no “caput”, admite-se:
a)A escrituração do “Diário” por meio de partidas mensais;
b)A escrituração resumida ou sintética do “Diário”, com valores totais que não excedam a operações de um mês, desde que haja escrituração analítica lançada em registros auxiliares.
Contabilidade: Permissões
Contabilidade SimplificadaPrincípios Fundamentais de ContabilidadeOs princípios fundamentais de contabilidade
representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade.
São princípios fundamentais:1. Da Entidade2. Da Continuidade3. Da Oportunidade4. Do Registro pelo Valor Original5. Da Atualização Monetária6. Da Competência (Vale a pena lembrar)7. Da Prudência
Contabilidade: Algumas alteraçõesBalanço Patrimonial Ativo Circulante Circulante Disponível Caixa Bancos C/Movimento Bancos Conta Aplicações Créditos Duplicatas a Receber (-)Duplicatas Descontadas (-) Provisão p/Cred.Liq.Duvidosa Títulos a Receber Bancos c/Vinculada Adiantamentos a Terceiros Tributos a Recuperar Depósitos Vinculados Aplicações Temporárias
ContabilidadeBalanço Patrimonial Estoques Despesas Antecipadas Premios de Seguros a Vencer Encargos Financeiros a Vencer Outros Valores e Bens
ATIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Clientes (-)Provisão p/Cred.Liq.Duvidosa Bancos C/Vinculada Títulos a Receber Créditos Sócios e Diretores Créditos Coligadas e Controladas Adiantamentos a Terceiros Empr.e Depositos Compulsórios Títulos e Valores Mobiliários Depósitos para Investimentos Participações Soc. Não Permanentes (Curto ou Longo Prazo???)
Contabilidade Balanço Patrimonial INVESTIMENTOS Investimentos Participações Societárias Obras de Arte Imóvel não de Uso Marcas e Patentes (-)Depreciação Acumulada (-)Provisão para Perdas IMOBILIZADO Terrenos Construções Instalações Máquinas e Equipamentos Móveis e Utensílios Veículos Ferramentas (-)Depreciação Acumulada Benfeitorias em Imóveis Terceiros (-)Amortização Acumulada Construções em Andamento
ContabilidadeBalanço Patrimonial Diferido (????) Gastos Pré-Operacionais Gastos de Implantação Sistemas Gastos Desenvolvimento Produtos (-)Amortização Acumulada
ContabilidadeBalanço Patrimonial Passivo Circulante Circulante Fornecedores Obrigações Trabalhistas Obrigações Fiscais e Sociais a Rec. Adiantamentos de Clientes Empréstimos e Financiamentos Arrendamento Mercantil a Pagar Aluguéis a Pagar Lucros e Dividendos a Pagar Debêntures Provisões Trabalhistas
ContabilidadeBalanço Patrimonial PASSIVO NÃO CIRCULANTE Exigível a Longo Prazo Empréstimos Bancários Financiamentos a Pagar Títulos a Pagar Debêntures Provisões para Riscos Fiscais Resultados de Exercícios Futuros (???) Receitas de Exercícios Futuros (-)Custos e Despesas de Exercícios Futuros
ContabilidadeBalanço Patrimonial PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social (-) Capital a Integralizar Reservas de Capital Reserva de Ágio Doações e Subvenções Reservas de Reavaliações (???) Reavaliação do Ativo Próprio (???) Reavaliação de Ativos Coligadas (???) Reservas de Lucros Reserva Legal Reserva Estatutária Outras Reservas de Lucros (-)Ações em Tesouraria Lucros ou Prejuízos Acumulados (???)
Contabilidade Demonstração do Resultado do Exercício Receita Bruta de Vendas e Serviços Receitas de Vendas Receita de Serviços (-) Deduções da Receita Bruta Vendas Canceladas Abatimentos e Descontos Impostos Sobre Vendas (IPI ???) (=) Receita Líquida (-) Custo dos Produtos Vendidos (-) Custo das Mercadorias Vendidas (-) Custo dos Serviços Vendidos (=) Lucro Bruto
Contabilidade Demonstração do Resultado do Exercício (-) Despesas Operacionais Despesas com Vendas Despesas Administrativas Despesas Financeiras Resultado Participações Sociais (=) Lucro/Prejuízo Operacional (+) Outras Receitas ( -) Outras Despesas (=) Resultado do Exercício Antes Provisões (-) Provisão para CSLL (-) Provisão para IRPJ (=) Resultado do Exercício Após Tributos (-) Participações e Contribuições (=) Lucro Líquido do Exercício
ContabilidadeImportância do Profissional Contábil no
ProcessoRecentemente foi editada a Resolução 30 do
Comitê Gestor do Simples Nacional, que trata da fiscalização, onde se pode observar alguns aspectos relativos à contabilidade e sua importância:
Artigo 6º par. 4º: “... deverão ser consideradas as receitas de todos os estabelecimentos...”
Artigo 9º - “Aplicam-se à ME e à EPP optantes pelo Simples Nacional todas as presunções de omissão de receita existentes nas legislações de regência dos tributos incluídos no Simples Nacional”.
ContabilidadeConclusõesComo a maioria das empresas são as optantes pelo
SIMPLES NACIONAL, mesmo admitindo que a LC 123 seja um avanço na vida de muitas empresas e precisa ser melhorada, como toda a lei nova que traz uma grande mudança. É papel do contabilista atuar no sentido de orientar os contribuintes sobre os benefícios e os eventuais prejuízos.
A contabilidade, é a fonte de apuração dos resultados, inclusive para a apuração dos lucros e sua posterior distribuição, sem a incidência de imposto de renda.
Temos agora o desafio para a adoção de padrões internacionais de contabilidade que fazem exigências bem maiores em termos de contabilidade.
ContabilidadeConclusões
Atualmente 107 países adotam o padrão internacional, cujas normas são editadas pelo International Standards Board (IASB). No Brasil a expectativa é
que nos próximos anos seja efetivado o processo de convergência que irá inserir o país na lista de usuários do IFRS – International Financial Reporting
Standards.A criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, pela Resolução CFC
1055/05 pode ser considerada uma das ações mais efetivas nesse processo. Além do CFC, o Comitê é composto pela Associação Brasileira das Companhias
Abertas – ABRASCA, pela Associação dos Analistas Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais – APIMEC, pela Fundação Instituto de
Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras – FIPCAFI, pela Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA e pelo Instituto dos Auditores Independentes do
Brasil – IBRACON.
Contabilidade Importância do Profissional Contábil no Processo
Decisório
Nenhuma empresa que esteja ativa existe (pelo menos por determinação legal) sem uma contabilidade regular.
QUE ATITUDES TOMAR PARA DEMONSTRAR ESSA IMPORTÂNCIA?
QUAIS OS REGISTROS CONTÁBEIS????? MINISTÉRIO DA FAZENDA - SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 15 de 18 de Fevereiro de 2011 ASSUNTO: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL e
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ.
EMENTA: BASE DE CÁLCULO. ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO. AJUSTES DECORRENTES DA LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA. EFEITOS TRIBUTÁRIOS. Os ajustes no cálculo da depreciação de bens do ativo imobilizado determinados pelo art. 183, § 3º, inciso II, da Lei nº 6.404, de 1976, com as alterações introduzidas pelo art. 1º da Lei nº 11.638, de 2007, e pelo art. 37 da Lei nº 11.941, de 2009, não terão efeitos para fins de apuração da base de cálculo da Contribuição Social para o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica sujeita ao Regime Tributário de Transição (RTT), devendo ser considerados, para fins tributários, os métodos e critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007.
... ENTÃO AQUEÇAMOS OS MOTORES.....