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1 1. Sumário 01) Verbo Infinitivo Sumário .............................. 4 Flexão do infinitivo ...................................................... 4 02) Voz passiva Sumário .................................... 7 02) Pontuação Sumário ...................................... 8 **CUIDADO COM ORAÇÃO RESTRITIVA........ 13 03) Concordância Verbal ..................................... 34 04) Pronome relativo Sumário ......................... 38 05) Colocação Pronominal Sumário ............... 44 06) Orações Sumário ........................................ 49 07) Conectores Sumário ................................... 56 08) Partícula “SE” Sumário............................... 79 09) Partícula “QUE” Sumário .......................... 83 10) Ter / Haver / Existir Sumário .................... 86 11) Aspectos de Verbo Sumário.................... 87 12) Equivalência De Estrutura Verbal Sumário 89 13) Transitividade Verbal Sumário ................ 96 14) Classificação do Sujeito e do predicado Sumário ....................................................................... 100 Diferenças entre o complemento nominal e o adjunto adnominal. ............................................. 102 CN X ADJ. ADNOMINAL ....................................... 102 15) Identificação do Sujeito Sumário .......... 114 16) Condordância Nominal Sumário ............ 122 17) Casos mais comuns CESPE Sumário ..127 18) Outras estruturas Sumário .................... 134 19) Uso de Preposição Sumário ................... 137 20) Tipologia Textual Sumário ...................... 139 21) Acentuação gráfica Sumário ................. 152 22) Crase Sumário......................................... 161 23) Regência Sumário .................................. 166 24) Redação Oficial Sumário ......................... 184 25) Casos Facultativos Sumário .................. 199 26) Casos Obrigatórios Sumário ................. 201 27) Casos Proibidos Sumário ....................... 202 28) Semântica Sumário ................................ 203 29) Interpretação de Texto Sumário ........... 215 30) Dicas Locução verbal Sumário ............. 219 32) Dicas homônimos Sumário ................... 223 33) Coesão e Coerência Sumário ................. 242 34) Fonética e Fonologia Sumário .............. 248 35) Separação de silabas Sumário............. 266 36) Emprego De Classes Gramaticais Sumário ....................................................................... 282 Artigo ↑ Sumário ................................................ 282 Numeral ↑ Sumário ............................................. 284 Pronome ↑ Sumário ............................................ 287 Substantivo ↑ Sumário ....................................... 300 Adjetivo ↑ Sumário .............................................. 304 Verbo ↑ Sumário ................................................. 307 Advérbio ↑ Sumário ............................................ 310 Preposição ↑ Sumário ........................................ 316 Conjunção ↑ Sumário ......................................... 321 Interjeição ↑ Sumário.......................................... 325 37) Ortografia Sumário .................................. 327 EO EI (espontâneo espontaneidade) ....... 327 IO EI (sério seriedade) ................................ 327 OAR / UAR E (perdoar perdoe continuar continue) .................................................................... 327 AIR / OER /UIR I ( atrair atrai doer doi possuir possui) ...................................................... 327 EAR (penteio- penteias penteia- penteamos penteais penteiam ................................................ 327 MARIO (mediar ansiar - remediar intermediar incendiar - odiar) = verbo odiar............................. 327

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1

1. ↑ Sumário 01) Verbo Infinitivo ↑ Sumário .............................. 4

Flexão do infinitivo ...................................................... 4

02) Voz passiva ↑ Sumário .................................... 7

02) Pontuação ↑ Sumário ...................................... 8

**CUIDADO COM ORAÇÃO RESTRITIVA ........ 13

03) Concordância Verbal ..................................... 34

04) Pronome relativo ↑ Sumário ......................... 38

05) Colocação Pronominal ↑ Sumário ............... 44

06) Orações ↑ Sumário ........................................ 49

07) Conectores ↑ Sumário ................................... 56

08) Partícula “SE” ↑ Sumário ............................... 79

09) Partícula “QUE” ↑ Sumário .......................... 83

10) Ter / Haver / Existir ↑ Sumário .................... 86

11) Aspectos de Verbo ↑ Sumário .................... 87

12) Equivalência De Estrutura Verbal ↑ Sumário

89

13) Transitividade Verbal ↑ Sumário ................ 96

14) Classificação do Sujeito e do predicado ↑

Sumário ....................................................................... 100

Diferenças entre o complemento nominal e o

adjunto adnominal. ............................................. 102

CN X ADJ. ADNOMINAL ....................................... 102

15) Identificação do Sujeito ↑ Sumário .......... 114

16) Condordância Nominal ↑ Sumário ............ 122

17) Casos mais comuns CESPE ↑ Sumário .. 127

18) Outras estruturas ↑ Sumário .................... 134

19) Uso de Preposição ↑ Sumário ................... 137

20) Tipologia Textual ↑ Sumário ...................... 139

21) Acentuação gráfica ↑ Sumário ................. 152

22) Crase ↑ Sumário ......................................... 161

23) Regência ↑ Sumário .................................. 166

24) Redação Oficial ↑ Sumário ......................... 184

25) Casos Facultativos ↑ Sumário .................. 199

26) Casos Obrigatórios ↑ Sumário ................. 201

27) Casos Proibidos ↑ Sumário ....................... 202

28) Semântica ↑ Sumário ................................ 203

29) Interpretação de Texto ↑ Sumário ........... 215

30) Dicas Locução verbal ↑ Sumário ............. 219

32) Dicas homônimos ↑ Sumário ................... 223

33) Coesão e Coerência ↑ Sumário ................. 242

34) Fonética e Fonologia ↑ Sumário .............. 248

35) Separação de silabas ↑ Sumário ............. 266

36) Emprego De Classes Gramaticais ↑

Sumário ....................................................................... 282

Artigo ↑ Sumário ................................................ 282

Numeral ↑ Sumário ............................................. 284

Pronome ↑ Sumário ............................................ 287

Substantivo ↑ Sumário ....................................... 300

Adjetivo ↑ Sumário .............................................. 304

Verbo ↑ Sumário ................................................. 307

Advérbio ↑ Sumário ............................................ 310

Preposição ↑ Sumário ........................................ 316

Conjunção ↑ Sumário ......................................... 321

Interjeição ↑ Sumário .......................................... 325

37) Ortografia ↑ Sumário .................................. 327

EO EI (espontâneo – espontaneidade) ....... 327

IO EI (sério – seriedade) ................................ 327

OAR / UAR E (perdoar – perdoe continuar –

continue) .................................................................... 327

AIR / OER /UIR I ( atrair – atrai doer – doi

possuir – possui) ...................................................... 327

EAR (penteio- penteias – penteia- penteamos –

penteais – penteiam ................................................ 327

MARIO (mediar – ansiar - remediar – intermediar

incendiar - odiar) = verbo odiar ............................. 327

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35 Uso Dos Porquês ↑ Sumário ..................... 347

NOVA ORTOGRAFIA .............................................. 350

DICAS COMO A CESPE COBRA!!! ↑ Sumário

.................................................................................... 355

PAG. 8 QUESTÃO 5 ................................................ 355

*** CUIDADO “prejuízo” a assertiva está errada ,

mas a questão está CERTA. .................................. 355

assertiva está certa, questão “ERRADO” ............. 355

“está certa a afirmação” assertiva certa, questão

“CERTA” .................................................................... 355

Assertiva errada, questão “ERRADA” ................... 355

Acentuação gráfica .................................................. 355

Pronome .................................................................. 355

Verbo ....................................................................... 355

Conjunções .............................................................. 356

Sentido palavras ...................................................... 356

Coesão e coerência ................................................. 356

Reescritura de frase ................................................ 356

Vírgulas .................................................................... 356

Interpretação Texto (tem que estar correta em

relação ao textoe não em relação ao consenso da

sociedade.) .............................................................. 356

Correspondência oficial .......................................... 357

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1- A Fonologia estuda: - as sílabas (divisão silábica) - os encontros vocálicos - os dígrafos - ortografia - acentuação gráfica

2- A Morfologia estuda: - classes gramaticais - estrutura e formação de palavras

3- A Sintaxe estuda: - período simples

- período composto - concordância verbal e nominal - regência verbal e nominal - colocação pronominal

4-A Semântica estuda: - sinônimos - antônimos - parônimos - homônimos -hiperônimos

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01) Verbo Infinitivo ↑ Sumário

FLAVIA RITA CESPE

Flexão do infinitivo Regras Básicas

Condições: - Sujeito Próprio ↓ Infinitivo Flexionado - Sujeito Explícito↑ - suj. idêntico e oculto Infinitivo com ou sem flexão (suj. contextual)

1ª regra: Emprega-se o infinitivo impessoal quando se deseja designar um fato, ação de forma vaga – sem sujeito e sem tempo. Ex.: Correr (SUJ. OR.) fortalece (3ª SING.) os músculos das pernas. Jesus mandou amar o próximo.

2ª regra.: Emprega-se obrigatoriamente o infinitivo flexionado quando este possuir sujeito próprio. Ex.: Vovó comprou uns docinhos para seus netinhos (suj.plural) comerem à noite. Não saia (vocês) da empresa antes de os diretores (suj.plural) assinarem o contrato. (ele/ela) Deixou a sala sem serem (inf. Flex.) analisadas as cláusulas do acordo (suj.plural).

3ª regra.: Emprega-se facultativamente quando sujeito é idêntico ao sujeito da oração que o precede. (Emprega-se preferencialmente o infinitivo não flexionado quando o sujeito deste for igual ao sujeito da oração anteposta e vier oculto / elíptico - contextual). a- Os chefes fizeram tudo para (os chefes) sair / saírem bem na foto. **Preferência para a não flexão b- Tu estas doente apesar de (tu não apresentares – flex. obrig.) (tu) não apresentar

febre. (Se o suj. estiver explicito o verbo fica flexionado, oculto e idêntico facultativo preferência não flexionado) c- Eles deixaram a sala sem (eles resolverem) resolver o problema. d- (nós)Terminamos o projeto mais cedo para (suj. idêntico desinencial) enviarmos /

enviar ao chefe.

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Clivagem identificação de um mineral. Influxo Ato de influir. Influência.

SUJEITO ORACIONAL Fumar e Beber (suj. oracional) é terminantemente proibido.(mesmo tendo 2 suj. oracional o verbo mantem-se na 3ª pess. Do sing.) É fundamental que você compareça à reunião É importante .... Sabe-se(PA) que Rômulo não gosta de Paulo. Convém que não se atrase para a entrevista.

Algo convém a alguém.

Núcleos do sujeito no infinitivo.

O verbo fica no singular. – Andar e nadar faz bem à saúde. – Ver-te e não te querer é improvável, é impossível. (Skank – adaptado) Obs.: Se os infinitivos vierem determinados ou se forem antônimos, o verbo ficará no plural: O andar e o nadar fazem bem à saúde. / Rir e chorar se alternam no ser humano. 1 Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, 4 é o fermento do crescimento econômico e social de um país.

1.(MPU)- analista 2010) A forma verbal “é” (L. 4) está flexionada no singular porque, na oração

em que ocorre, subentende-se “inovar” (L1) como sujeito. (CERTO)

Inovar sujeito (função substantiva) – suj. oracional

↓ infinitivo

Forma verbal do verbo { INFINITIVO (substantivo)-suj. OD, OI, CN, AG.

Passiva, Aposto, Predicativo, Vocativo.

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PARTICÍPIO (adjetivo) –adj adnominal

GERUNDIO (advérbio)adj. Adverbial }

Flexão do infinitivo Loc. Verbal apenas o auxiliar varia o infinitivo não se flexiona. Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir, continuar,... As pessoas têm que avaliar o futuro ... avaliarem ...

**Em caso de período composto, quando a 2ª oração for introduzida pela preposição a, a flexão do inf. Será facultativo.

Os mais velhos (suj.) incentivam os mais novos (suj.) a deixar (deixarem) o lar. (oração com sujeitos diferentes.)

CASO (DEFAMAVOS) 3ª Sing.

**Caso (DEFAMAVOS) –deixar, fazer, mandar, ver, ouvir, sentir (DEFAMAVOS) + infinitivo Se suj. for pronome a flexão será proibida. Se o suj. for nome a flexão será facultativa. Deixou os meninos dormir / dormirem. (Ele)Deixou-os dormir. Deixou as mães pensarem. Deixou-as pensarem

**CESPE ** ( ) Seria possível sem prejuízo para a norma substituir o pronome oblíquo as.

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02) Voz passiva ↑ Sumário 01) (1 forma se pode trocar um pelo outro)

Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical....

A decisão do governo não foi justificada por ninguém. ...substituir a expressão “foi justificada” por “se justificou”. (V) (equivalência passiva sintética e analítica), tempo verbal (se justifica), palavra atrativa,

Voz passiva sintética e analítica são formas equivalentes do ponto de vista semântico e estrutural.

Fique atento a colocação pronominal Seria expresso o tema do acordo. Expressaria-se o tema do acordo. (fut. Do pretérito) (F) Expressar-se-ia ...

Tempo verbal Ninguém foi encontrado no local. Não se encontrava ninguém no local. (F) Não se encontrou... (mesmo tempo verbal)

Concordância (não pode trocar para a voz ativa. Ainda não foram discutidos os projetos do governo. ...se discutiu...(F) (concordância ...se discutiram...)

Loc. Verbal apenas o auxiliar varia o infinitivo não se flexiona. Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir, continuar,... (a transitividade do verbo auxiliar é a mesma do verbo Principal) Volta-se (IIS) a falar(VTI) em (...) Volta-se (PA) a pedir (VTD) apoio no país Apoio volta a ser pedido no país. Sabe-se, que o governo é corrupto. (+ formal) Sabemos ... (- formal, traços de subjetividade) Sei... (1ª singular, visão pessoal, particular) **1ª pessoa do plural e 3ª p. são equivalentes do ponto de vista argumentativo.**

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Se trata de (VTI) + OI (de um corte epistemológico) Distinção importante:

VTD + SE (PA)

VTDI + SE (PA)

VI, VL, VTI + SE (IIS) Índice de indeterminação do suj.

TERMO REGIDO POR PREPOSIÇÃO JAMAIS EXERCERÁ A FUNÇÃO DE NÚCLEO

DE SUJEITO.

Ex.: No trecho “assim se faz um livro” L 26, a expressão “um livro” exerce a

função de sujeito. (CERTO)

VTD + SE (PA) + suj. (um livro)

02) Pontuação ↑ Sumário a) Ordem Indireta (Sujeito (S) + Verbo ou Locução Verbal (V ou LV) + Objeto direto (OD) + Objeto

indireto (OI) + Adjunto Adverbial (AA - termo que se refere ao verbo e – entre muitos valores semânticos – traduz lugar, modo, tempo, causa, condição, concessão, conformidade, finalidade, meio e instrumento;)

b) Aposto c) Vocativo d) Termos semelhantes e) Coordenadas Sindéticas; ( coordenadas aditivas não apresentam vírgulas) f) Coordenadas adjetivas explicativas g) Coordenadas substantivas apositivas h) Coordenadas adverbiais ordem indireta

As coordenadas sindéticas aditivas [e, ou e nem] Não devem ser usadas com vírgulas, exceto nestes casos: a) Quando a conjunção [e] e o [nem] vierem, várias vezes, repetidos, constituindo aquilo que, em figura de linguagem, chama-se polissíndeto:

● Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! ● Ela não era bela, nem elegante, nem culta. b) Quando as orações ligadas pela conjunção [e] tiverem os sujeitos

diferentes:

● O menino não se mexeu, e Paulo desejou matá-lo. ● À noite não acabava, e às vezes a miséria se reproduzia.

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c) Quando se deseja como recurso estilístico, realçar a oração iniciada pela conjunção [e], ocasião em que a pausa é mais forte:

● Deitara-se cedo, e sonhou. ● Em todo caso repugnava-lhe a idéia de recuar, e foi andando.

Oração coordenada sindética adversativa: transmite uma ideia de oposição à oração anterior. É obrigatório o uso de vírgulas antes das orações coordenadas sindéticas adversativas. São utilizadas conjunções coordenativas adversativas ou locuções conjuncionais coordenativas adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, nada obstante, antes, ainda assim, etc.

Exemplos:

Usa-se a vírgula para separar orações coordenadas (aditivas) iniciadas pela conjunção [e] com valor adversativo, ou seja, igual a [mas]:

● Tivera a felicidade entre as mãos, e (mas) a deixara fugir.

Eu queria ir à festa, mas minha mãe não deixou.

Gostava de ter sido aeromoça, contudo não tive essa oportunidade.

Emprega-se [mas] sempre no começo da oração; as demais podem vir ora no início da oração, ora após um dos seus termos:

• Vá onde quiser, mas fique morando conosco.(mas somente antes da 2ª oração)

● Vá onde quiser, porém fique morando conosco.(demais conj. Pode deslocar na oração)

● Vá onde quiser, fique, porém, morando conosco.

Oração coordenada sindética alternativa: transmite uma ideia de alternância em relação à

oração anterior. É obrigatório o uso de vírgulas entre orações coordenadas sindéticas

alternativas. Caso haja apenas uma oração coordenada sindética alternativa o uso da vírgula é

opcional. São utilizadas conjunções coordenativas alternativas ou locuções conjuncionais

coordenativas alternativas: ou, ou...ou, já…já, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem…nem, etc.

Exemplos:

Faça o que o juiz manda ou irá preso. (facultativa)

Ora você gosta de mim, ora não gosta. (obrigatória)

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Quer festeje hoje, quer festeje amanhã, não irei ao seu aniversário. (obrigatória)

Oração coordenada sindética conclusiva: transmite a conclusão de uma ideia expressa na

oração anterior. É obrigatório o uso de vírgulas antes das orações coordenadas sindéticas

conclusivas. São utilizadas conjunções coordenativas conclusivas ou locuções conjuncionais

coordenativas conclusivas: logo, pois, portanto, assim, por isso, por consequência, por

conseguinte, consequentemente, de modo que, desse modo, então, etc.

Exemplo:

Reprovei na quinta série, portanto não seremos mais da mesma turma.

Ela fez um belíssimo trabalho, por isso será contratada novamente.

Nós presenciamos o acidente; seremos, pois, chamados para depor. (entre vírgulas após o

verbo, deslocada da oração)

Pois (introduzindo uma conclusão) vem sempre posposto a um termo da oração a que pertence e, portanto, isolado por vírgulas: • Não obedece à ordem, é, pois, um rebelde.

Oração coordenada sindética explicativa: transmite a explicação de uma ideia expressa na

oração anterior. É obrigatório o uso de vírgulas antes das orações coordenadas sindéticas

explicativas. São utilizadas conjunções coordenativas explicativas ou locuções conjuncionais

coordenativas explicativas: que, porque, porquanto, pois, na verdade, isto é, ou seja, a saber, etc.

Exemplos:

Não consegui ir trabalhar hoje, pois estava tudo alagado.

Sai cedo da festa, porque precisava dormir.

Existem dois tipos de porquês: o coordenativo explicativo e o subordinativo casual. Antes do explicativo sempre use a vírgula, pois ele introduz uma oração explicativa precedida por uma pequena pausa.

Como reconhecer o [porque] explicativo? Toda vez que você puder substituí-lo pela palavra que ele será explicativo:

● Não faça isso, (que, pois) porque estamos aqui para ouvi-lo. ● Não corra, porque (que, pois) você pode cair.

Já o porquê que introduz a oração causal não pode ser substituído pelo que e, neste caso, a vírgula é facultativa.

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Pois (introduzindo uma explicação) vem, sempre, após a vírgula que introduz a oração: O exame era difícil, pois nem sequer havíamos estudado.

Vírgula após pois (explicativo) só se houver outra oração intercalada na seqüência da frase:

● Os meninos jogaram bem, pois, como fora combinado, dariam tudo de si.

Para intercalar termos e expressões num período simples:

«Tentei tudo, isto é, quase tudo.»

«Paulo não pode vir, ou melhor, recusou-se a vir.»

b) Usa-se vírgula para separar as orações coordenadas: adversativas, conclusivas e explicativas.:

Alguns estudiosos do Direito esforçaram-se muito, mas não conseguiram aprovação no último exame da OAB. (Adversativa).

O exame da OAB tem sido cada vez mais exigente, portanto é necessário um estudo continuado para solidificar o conteúdo das disciplinas. (Conclusiva).

Ultimamente deve ter havido pouca concentração nos estudos, pois os resultados têm sido desanimadores. (Explicativa).

“No entanto, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial que a afirmação da cidadania se completou”: Mas, apenas depois da Segunda Guerra Mundial é que a cidadania solidificou-se. O conector "mas" é o único que não admite a vírgula após Ele.

A história constitucional brasileira está repleta de referências difusas à segurança pública, mas, até a Constituição Federal de 1988 (CF), esse tema não era tratado em capítulo 4 próprio nem previsto mais detalhadamente no texto constitucional A correção gramatical do texto seria prejudicada caso se suprimisse a vírgula antes da conjunção “mas” (R.2). JUSTIFICATIVA – Nesse caso, a vírgula é obrigatória, pois

separa oração coordenada adversativa.

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c) Usa-se a vírgula para separar a oração subordinada adverbial de sua principal. (Oração subordinada adverbial indica uma circunstância em relação à oração principal.) Exemplos:

Circunstância de causa: .

Não cheguei a tempo para a aula, porque choveu torrencialmente na serra.

“Porque” pode ser substituído por: uma vez que, visto que, pois que.

Circunstância de concessão:

Embora seja possível, é improvável uma terceira guerra mundial.

É improvável uma terceira guerra mundial, embora seja possível.

É improvável, embora seja possível, uma terceira guerra mundial. Admite ideia contrária à ideia expressa na oração principal.

A conjunção “embora” pode ser substituída por: ainda que, mesmo que e outras. d) Usa-se a vírgula para separar a oração reduzida do infinitivo, do gerúndio ou do particípio. Exemplos:

Ao perder a chave, mantenha a calma. (ou Mantenha a calma, ao perder a chave).

Perdida a chave, não se desespere.

Perdendo a chave, não se desespere

* Há neste grupo somente uma exceção: o fato de que as orações subordinadas apositivas são regidas pelo uso da vírgula ou pelos dois pontos: Apenas tenho um desejo, que você volte em breve.

* Já as subordinadas adjetivas explicativas aparecem sempre demarcadas pela vírgula: Machado de Assis, | que é autor de Dom Casmurro|, tornou-se canonizado. Or. subordinada adjetiva explicativa

As orações condicionais são antecedidas por vírgula.

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As orações subordinadas condicionais se realizam de três formas:

Realização impossível

Representa uma hipótese irrealizável: verbo da oração principal e da subordinada representam

ação completa, isto é, tempo perfectum:

«Se a prova tivesse sido hoje, eu teria me preparado melhor.» (pretérito imperfeito do

subjuntivo e futuro do pretérito do indicativo)

Realização possível Tanto o verbo da oração principal quanto o da subordinada estão em ação incompleta. É possível que se dê a ocorrência do fato:

«Se ela me chamasse, eu iria correndo.»

«Podem dizer o que quiserem, contanto que não mintam.» (principal -> condicional)

«Sem que obtenhas o visto no passaporte,não viajarás.» (condicional -> principal)

Representa um desejo e esperança (situações indefinidas, não claras: frases reticenciosas e exclamativas)

«- Ah, iria, se eu pudesse!...»

**CUIDADO COM ORAÇÃO RESTRITIVA

O histórico dos crimes cibernéticos, por sua

14vez, remonta à década de 70, quando, pela primeira vez, foi

15definido o termo hacker, como sendo aquele indivíduo que, (sem vírgula antes do que, logo restritiva) 16 dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão de

17sistemas operacionais privados e a difusão de pragas virtuais.

13 A oração “que, dotado (...) pragas virtuais” (R. de 15 a 17) é de natureza restritiva.

Explicação ou restrição Retirada Troca Sentido O jornalista1, Roberto Teixeira dos Santos 2, estava no local do crime 3, mas 4, segundo testemunhas 5, não registrou fatos , cenas ou imagens 6 que comprometessem o rapaz.

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(F ) 1 e 2 especificam (restrige) o termo antecedente restringindo-o. (F) Nenhuma entrada de índice remissivo foi encontrada.) aposto (LEMBRETE: VIRGULA E RESTRIÇÃO NÃO COMBINA)

( V ) 1 e 2 podem ser substituídos por parênteses. (V)

(V ) 3 poderia ser substituído por “;” e isto melhoraria a coesão textual. (V) (Ponto E Vírgula Pode Separar As Orações Coordenadas)

( F ) 4 e 5 isolam um seguimento de natureza explicativa. (F)

(F ) 6 a colocação de uma virgula antes do “que” melhoraria a correção gramatical e o sentido. (F) (RESTRITIVA EXPLICATIVA)

A) O menino, de quinze anos, assinou o texto. Expl. aposto Os pais, responsáveis pelos filhos, educam. Expl. aposto O governo, que investe a em turismo, deve ser valorizado. Expl. or. adj. Expl. aposto

Explicação = (entre vírgulas) conj. Unitário ou generalização (um / todos)

Meu irmão, que é médico, chegou. (só há um irmão e ele é medico)

Meus irmãos, que são médicos chegaram. (todos os irmãos são médicos

Restrição = (sem vírgulas) parte de um conj. (Um dos / Alguns dos)

Meu irmão que é médico chegou. (mais de um irmão e um deles é medico)

Meus irmão que são médicos chegaram. (mais de um irmão e um alguns deles são médicos)

Meu pai, que é médico, chegou. (um pai e ele é médico.)(vírgula obrigatória pois temos um só pai)

** cuidado com determinadas frases que não é possível generalizar pelo fato de ser único. ** restrição é um “tipo de”.

B) Expressões de natureza explicativa podem vir entre vírgulas, parênteses ou travessões. O Brasil, a China – país em abertura- o Canadá e outras nações assinaram o acordo. Brigam muito, por isso querem o divórcio. Brigam muito: querem o divórcio. - É usual usar (:) entre orações coordenadas sem conector. - Os dois pontos entre orações coordenadas, normalmente, marcam relação de Explicação ou conclusão. - Não pode ser trocado por conectores (mas) consecutivos.

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C) O ponto e vírgula só pode ser usado para separar orações coordenadas, Ele

será mais adequado que a vírgula sempre que já - houver vírgula no interior das orações. - houver ideia de oposição - houver simetria entre as orações. - as orações estiverem agrupadas. Pedro me ama; José, não. (a vírgula é possível, mas, causa perda de coerência) { , ,} ;{ , ,}

D) O sistema eleitoral será de tal,ordem que o poder (...) 1- Conj. Consecutiva Adverbial depois da Principal vírgula

facultativa(pode-se colocar uma vírgula depois de ordem) O Brasil, se houvesse mais investimento, cresceria.

2- Se a or. Adverbial estiver antes da principal ou intercalada, a vírgula será obrigatória.

E) Confundem, e (...) , o povo(CV)

1- Não se separa por vírgula: Suj. x predicado, verbo x complemento, nome CN / Adj. Adnominal.

2- Entre os constituintes diretos da oração pode haver termos intercalados entre vírgulas (aposto, explicações).

Os sinais de pontuação servem para dar sentido aos textos escritos.

Alterações na pontuação podem modificar o sentido de um texto.

Os homens 1, as mulheres 3 – com menos frequência – 2 , os adolescentes e as crianças são 4, ao mesmo tempo 5 , críticos e receptivos às mudanças 6 , que 7 , de modo geral 8 , são vistas como assustadoras quando não estamos preparados.

1 (V ) As vírgulas usadas em 1 e 2 têm a mesma justificativa. (separa enumeração, mesma classe gramatical)

2 ( V ) os travessões poderiam ser substituídos por vírgulas ou parênteses....(Vírgulase a explicação não der ambiguidade)

3 ( F ) tirar a vírgula em 4 (ou entre vírgula ou sem vírgulas “advérbio”)

4 ( F ) tirar 6 (“ or adj. Explicativa”)

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5 ( V ) tirar 7 e 8 (para CESPE o adjunto adverbial deslocado mesmo de grande extensão é facultativo)

6 (V ) colocar vírgula antes de quando (or. Subord.. adverbial no final da frase facultativa)

O governo investiu no setor, no entanto a população (,no entanto,) ainda não viu resultados.

1 ( F ) colocar uma vírgula após no entanto.(o conector coordenativo no início da segunda oração “somente uma vírgula antes do conector” – se deslocado na oração o conector deve vir entre vírgulas “interior de oração”

2 ( C ) substituir a vírgula por “;” (orações coordenadas pode ser separado por ”ponto e vírgula” ou “ponto final”.

3 ( ) colocar o termo ainda entre vírgulas. (adj adverbial independente da extensão pode ser separado por vírgulas)

NÃO SE USA VÍRGULAS

1 Entre Sujeito E Predicado.

Quem ama não trai.

As pessoas que investem no futuro (or. Adj. Restritiva se separar por vírgulas fica incoerente) apresentam postura mais otimista diante da vida.

3 Entre verbo e complemento.

O governo discute propostas de médio e longo prazo.

3 Entre nome e complemento ou adjunto adniminal.

A atual crise política brasileira 2 divulgada pela imprensa 1 prejudicará a imagem do país no exterior.

1 ( E ) Apenas uma vírgula em 1. (separaria o sujeito do predicado)

2 ( F )Colocar um par de vírgulas (2 – 1) sem alterar o sentido e a correção. (gramaticalmente possível , mas altera o sentido – Restritiva para explicativa)

3 ( V ) Apenas uma vírgula após “país” para dar mais ênfase a expressão adverbial.

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CASOS DE VÍRGULA NA ORAÇÃO

1 Isolar aposto. 2 Isolar vocativo. 3 Isolar expressões explicativos 4 separar expressões enfáticas ou retificativas. Quanto ao projeto, já o divulgamos. (caráter enfático) Já divulgamos o projeto. 5 Separar itens de enumeração. 6 Isolar complementos pleonástico 7 Separar local de data. 8 Indicar Zeugma ou Elipse 9 Indicar deslocamento de adjunto adverbial . (sempre facultativo – desde que não altere o sentido da frase) 10 Indicar deslocamento de conjunção coordenativa. ( porém, portanto, contudo, entretanto, por isso, no entanto, assim, então, logo...- deve vir no interior de oração) O Brasil é um país rico, a população, no entanto, passa fome)

VÍRGULA ENTRE ORAÇÕES

1 Separar orações coordenadas sindéticas ou assindéticas, Penso, logo existo. 2 VÍRGULA ANTES DO CONECTOR “E”

Mesmo Sujeito Não Se Usa Vírgula O governo investe em educação e demonstra seus projetos.

Sujeitos distintos O governo investe em educação, e o país evolui.

Valor adversativo O governo prometeu investir em educação, e (mas) não cumpriu.(facultativo)

Polissíndeto Ela chorava, e pedia, e implorava pela volta do amigo. (mesmo suj., mas caráter obrigatório de vírgula)

3 Isolar or. Subord. Apositiva

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Os brasileiros querem apenas uma coisa: que (conj. Integrante) o governo cumpra suas promessas. Quem tem interesse no setor adquire experiência com a prática. As demais orações substantivas não podem ser separadas de sua or. Principal por vírgula. 4 isolar or. Subord. adjetiva explicativa A menina, que tinha 10 anos, não se feriu. A expressão introduzida pelo pronome “que” restringe, delimita o termo antecedente ( F ) (apenas explica) existe apenas 1 garota de 10 anos.

A retirada das vírgulas não implica erro gramatical , mas altera o sentido do texto. ( V ) Os políticos brasileiros, que são corruptos, não merecem apoio do povo. O autor adota uma postura generalista ao afirmar no texto, que nenhum político brasileiro merece apoio do povo. ( v ) (todos os políticos brasileiros são corruptos) A retirada das vírgulas não implica erro gramatical, mas altera o sentido do texto. ( V ) 5 Isolar or. Subor. Adverbial anteposta ou intercalada à principal. Quando o governo resolver o caso, (Subor. Adverbial temporal) a população ficará tranquila. (a or. Sub. Adv. poderá ser colocada para o final da frase) Os cidadão, embora não entendam o processo, estão sempre disposto a questioná-lo. (a or. Sub. Adv. Não poderá ser colocada para o final da frase porque tem um pronome que retoma de forma anafórico o termo processo – deslocando-o para o final perde-se a coesão textual da frase) O governo resolveria o problema se quisesse. . (a or. Sub. Adv. Não poderá ser colocada para o inicio da frase, sem devidas alterações “,”. 6 Isolam-se as orações interferentes por vírgulas. O pai, dizia ele, não o apoiava.

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PONTO E VÍRGULA. ↑ Sumário

Não pode ser usado para separar orações subordinadas e em períodos simples.

Pontuação

1 - Ponto (.)

Quando utilizar o ponto simples:

a) Para indicar o fim de um período simples, de uma frase com sentido completo.

Nada mais tenho a dizer.

b) Para abreviar:

Sr. (Senhor) a.C. (antes de Cristo) num. (numeral) adj. (adjetivo) etc. (et cetera)

Significa "e outras coisas". Observe que como já possui o conectivo "e", não é necessário escrever "e etc.", nem precisa ser precedido por vírgula, embora seja aceito por alguns gramáticos que argumentam que o termo se tounou um item enumerativo.

Gostamos de tablets, smartphones, notebooks e etc. (Errado) Gostamos de tablets, smartphones, notebooks etc. (Certo) Gostamos de tablets, smartphones, notebooks, etc. (Aceito)

Quanto ao uso de reticências com etc. (etc...), devemos optar ou pelo uso do etc., ou pelo uso das reticências:

Gostamos de tablets, smartphones, notebooks etc... (Errado) Gostamos de tablets, smartphones, notebooks etc. (Certo) Gostamos de tablets, smartphones, notebooks... (Certo) Lembre-se que "etc." refere-se a "e outras coisas", então não use para pessoas, pois obviamente não são coisas. Para pessoas utilize "et al." (abreviatura de et alii, que significa "e outros").

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2 – Ponto de Interrogação (?)

Quando utilizar a ponto de interrogação:

a) Para realizar perguntas.

Você quer perguntar alguma coisa ?

b) Pode-se utilizar desta pontuação para indicar diversos sentimentos (surpresa, indignação, expectativa):

Os alagoanos elegeram Renan Calheiros ? (indignação)

Lula não sabia do mensalão ? (indignação) Você está me pedindo em casamento ? (surpresa) Ganhamos na loto ? (expectativa) O seu time finamente venceu ? (Ironia)

3 – Ponto de Exclamação (!)

Quando utilizar o ponto de exclamação:

a) Para expressar sentimentos tais como: empolgação, súplica, reclamação, surpresa, horror:

Vamos sair do Brasil ! (empolgação)

Por favor, votem direito ! (súplica)

Mais rápido, amor ! (reclamação)

Que negócio grande ! (surpresa)

Que horror ! (horror)

b) Para interjeições e locuções interjetivas:

"Oh! Meu Deus! É só você e eu".

"Eu te amo, porra!"

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c) Depois de vocativos:

Você consegue, garoto!

Se liga, pivete!

OBS1: Para expressar, ao mesmo tempo, questionamento e admiração, pode-se usar interrogação e exclamação juntos.

Que coisa, não?!

OBS2: Para intensificar ainda mais a situação ou os sentimentos expressos, pode-se repetir várias vezes estes sinais de pontuação.

-Você topa, mesmo???

-Topo sim!!!

4 - Reticências (…)

Quando utilizar as reticências:

a) Para suprimir trechos:

Era uma vez (...) e viveram felizes para sempre.

b) Para indicar continuidade de pensamento ou de enumerações:

Eu gostei do novo técnico, mas dos novos jogadores... E veio uma sensação de alegria, euforia, felicidade...

5 - Parênteses ( )

Quando utilizar os parênteses:

a) Para indicar uma explicação.

E Deus disse: Moshé Moshé, erés codó! (Eretz Kadóch – terra santa).

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b) Na indicação de fontes bibliográficas.

E disse a Moisés: tira os sapatos, pois estás em terra santa (Êxodo 3:5).

c) Para isolar um comentário ou pensamento.

Votarei nulo (político nenhum me representa).

6 - Aspas (“ ”)

Quando utilizar aspas:

a) Para destacar transcrições:

Dessa música todos lembram:“Para nooossa alegria!” (Galhos secos, banda Êxodos).

b) Para destacar uma frase escrita ou dita por alguém.

É como ele sempre diz: “Só querem saber do venha a nós e nada do ao vosso reino”.

c) Para indicar expressões estrangeiras, neologismos, arcaísmos, gírias, apelidos ou para dar ênfase a qualquer expressão:

Dei um "joinha" e "printei". (arcaísmo e neologismo)

Também foi preso Luiz Romão, o “Macarrão”. (apelido)

A plateia respondeu com um sonoro "não". (destacar expressão)

Já treinamos bastante, agora "let's rock". (expressão extrangeira)

d) Para indicar ironia.

Apertando várias vezes o botão, o elevador entra em “modo de urgência”. (Esse modo não existe realmente. Alguém pode dizer isso para criticar os impacientes que apertam o botão várias vezes na esperança de que seja mais rápido. Explicação necessária para pessoas com SIEI - "Síndrome da Incapacidade de Entender Ironia".)

e) Para relativizar o sentido de uma expressão.

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A raça humana que é mais "inteligente", destrói seu próprio meio.

7 - Travessão (-)

Quando utilizar travessão:

a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo:

– Ôh mainha, leva eu pro circo? (Junim)

– Não sinhô! Quem quiser lhe ver venha aquin. (Dona Zefa)

– Armaria mainha, nãm! (Junim)

b) Separar orações intercaladas, como se fossem vírgulas:

Quanto à água no copo – disse o oportunista – enquanto vocês discutiam, eu a bebi.

c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra:

Gostaria de agradecer a pessoa mais importante para mim – eu.

d) Expressar comentário ou opinião do autor do texto:

Quem já teve chance – e o privilégio – de presenciar filhotes de animais brincando, sabe como são divertidos.

8 – Dois pontos (:)

Quando utilizar os dois pontos:

a) Para fazer uma citação ou introduzir uma fala:

Ela foi vaiada porque declarou: “Me impressionou como a tecnologia pode ajudar os portadores de deficiência”.

O policial disse:

- Mãos para cima!

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E ele respondeu:

- Cintura solta, da meia volta, dança kuduro.

b) Para indicar explicação, esclarecimento ou resumo do que foi dito:

- É o país do carnaval, bunda e futebol: é o Brasil. (resumo) - Lá estava a feliz família: alegres, risonhos, vivendo sua rotina. (explicação)

c) Antes de orações apositivas:

Viverás para Deus com uma condição: que morra para o mundo. (A oração subordinada apositiva tem a função de aposto, indica uma explicação. No exemplo dado, "morrer para o mundo" explica qual é a condição citada.)

d) Quando se quer indicar uma enumeração:

- O Brasil não progride porque só lhe interessa: carnaval, bunda e futebol.

e) Na introdução de exemplos, notas e observações:

Obs.: Não use linguagem coloquial em correspondências oficiais.

f) Em invocações de correspondências:

Prezados Senhores:

Convido-lhes para o meu aniversário dia 30 de Fevereiro.

g) Em citações e referências:

Parafraseando Jesus: nem sempre sua sede será de água, sua fome será de pão, sua nudez será de roupas e sua prisão será de algemas.

É como diz um probérbio Chinês: "um sábio não diz que sabe, um tolo não sabe o que diz".

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9 – Ponto e Vírgula (;)

Quando utilizar o ponto e vírgula:

a) Para separar itens:

Os cinco solas da reforma:

I – Só a escritura sagrada é veículo de revelação;

II – Só Jesus Cristo salva, mas nenhum outro(a);

III – Só o Espírito Santo nos leva a Deus, só a sua graça;

IV – A salvação vem pela fé dada pela graça;

V – Glória somente a Deus, a nada ou ninguém mais.

b) Este sinal de pontuação pode ser usado para evitar o excesso de vígulas quando for preciso separar orações coordenadas que já possuem vírgulas:

Ela não comentou nada, apenas olhou nos meus olhos, sentou-se ao meu lado; queria ficar comigo.

Quando criança, roubava queimado; moço, roubava armado; agora, adulto, político formado.

Vote em qualquer um; fique, depois, arrependido.

c) Para separar antítese.

Muitos querem; poucos podem.

Uns mandam; outros trabalham.

d) Para dar maior pausa a conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, etc.)

O time estava completo; porém, perdeu o jogo.

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10 - Vírgula (,)

Quando utilizar a vírgula:

10.1 - Em estruturas específicas.

a) Para separar os nomes dos locais de datas:

Salvador, 11 de julho de 2009.

b) Em correspondências, após a saudação.

Atenciosamente,

Com amor,

10.2 - A vírgula no interior da oração.

a) Para separar termos com mesma função sintática:

Há um partido ladrão, traidor e enganador. (vírgula separando predicativos)

A criança brincou, correu, pulou e dormiu. (vírgula separando verbos.)

b) Para separar o vocativo:

Brasileiro, deixe de se orgulhar dessa sua "experteza".

c) Para separar o aposto:

O João, brasileiro típico, jogou seu lixo pela janela do carro.

d) Após termos deslocados:

1. Complemento do verbo deslocado:

Ela viu uma forte paixão naqueles olhos.

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Uma forte paixão, ela viu naqueles olhos.

O complemento do verbo pode ser um objeto direto ou indireto. No exemplo acima, o verbo ver pede um complemento direto - quem vê, vê algo. Quando o complemento do verbo for deslocado, utilize vírgula.

OBS: Nunca separe o sujeito do verbo nem o verbo de seu complemento na ordem direta:

Ela, viu uma forte paixão naqueles olhos. (ERRADO)

Ela viu, uma forte paixão naqueles olhos. (ERRADO)

Ela viu, uma forte paixão, naqueles olhos. (ERRADO)

2. Antecipação de adjunto adverbial:

Ela viu uma forte paixão naqueles olhos.

Naqueles olhos, ela viu uma forte paixão. Ela viu, naqueles olhos, uma forte paixão.

OBS: É facultativo o uso de vírgulas em adjuntos pequenos (no máximo três palavras curtas), pois podem prejudicar a linearidade do texto. Entretanto, quando presente, fornece ênfase:

Infelizmente o juiz marcou pênalti.

Infelizmente, o juiz marcou pênalti. (com ênfase)

Lá em cima vimos o pênalti. (facultativa, adjunto curto)

Sentados na arquibancada, vimos o pênalti. (obrigatória, adjunto longo)

Na ordem direta, em geral, não se usa vírgula para separar o adjunto adverbial. Mas esta pode ser usada para fornercer ênfase, como em:

Limpamos e cozinhamos todo santo dia.

Limpamos e cozinhamos, todo santo dia. (com ênfase)

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e) Para separar conjunção, termo explicativo e termos que servem como conectivos. (mas, contudo, logo, por exemplo, ou seja, aliás, etc.)

Nós viajaremos para Madrid, aliás, para Barcelona.

f) Para indicar um elemento elíptico no período:

Uma disse que era um urso, a outra disse que era um lobo.

Uma disse que era um urso, a outra, que era um lobo.

g) Quando um complemento pleonástico estiver antecipado.

O presente, eviei-o por correio. (Objeto Direto Pleonástico)

10.3 A vírgula entre orações:

a) Para separar oração intercalada.

Nenhuma pesquisa, que saibamos, explorou tal assunto.

Então publique um artigo, respondi prontamente.

Obs.: Orações intercaladas (ou interferentes), são independentes e acrescentam esclarecimento, observação, ressalva, etc. Pode-se usar outro sinal de pontuação para realizar este isolamento: o travessão.

b) Para separar o paralelismo de provérbios.

Ladrão de tostão, ladrão de milhão.

c) Para isolar elementos repetidos:

Estou morto, morto de cansado. Eu vou ficar, ficar com certeza maluco beleza.

A massa, a massa foi amassada.

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d) Em oração subordinada adjetiva:

I. Explicativa – Ficam isoladas por vírgula.

A cena do Hulk espancando o "deus" Loki, que ocorre no filme, é muito hilária.

II. Restritiva – Proibido anteceder com vírgula.

O Iron Man é o herói que mais me cativou no filme.

e) Orações subordinadas substantivas são separadas por vírgula nos seguintes casos:

I) Quando antepostas à principal.

"É necessário que pensem rápido." (principal: É necessário)

"Que pensem rápido, é necessário."

II) Subordinada substantiva apositiva pode estar após dois pontos (comum) ou após vírgula.

Há uma lei principal na vida: que devemos ser felizes. Há uma lei principal na vida, que devemos ser felizes.

f) Subordinadas adverbiais: A pontuação obedece às mesmas regras dos adjuntos adverbiais:

Tomará uma atitude quando mudar.

Tomará uma atitude, quando mudar. (ênfase, facultativo)

Quando mudar, tomará uma atitude. (deslocada, obrigatório)

Tomará, quando mudar, uma atitude. (deslocada, obrigatório)

g) Para separar orações coordenadas:

I. Assindéticas (não ligadas por conectivos).

Todos comeram, beberam, dividiram a conta, deu tudo certo.

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II. Sindéticas (ligadas por conectivos - a conjunção [e] é um caso a parte):

Penso, logo desisto.

A oração foi perfeita, pois Deus a conduziu.

OBS0: No início de período , é facultativo usar vírgula após conjunção, exceto no caso do [mas].

Jamais vi um ovni. Portanto não acredito. Jamais vi um ovni. Portanto, não acredito. Jamais vi um ovni. Mas conheço quem viu. Jamais vi um ovni. Mas, conheço quem viu. (Errado)

OBS1: Aditivas – Não são antecedidas por vírgula: conjunções [e, nem, ou, mas] com valor aditivo. Eu e ele vimos. Nem eu nem ele vimos. Não apenas eu mas também ele vimos. Não apenas eu, mas também ele vimos. (Errado)

OBS2: Adversativas – Conjunções adversativas [mas, porém, contudo...] são antecedidas por vírgula. Ficam entre vírgulas apenas quando deslocadas ou seguidas de expressão intercalada. Comprarei, mas quero um desconto. Comprarei, mas, quero um desconto. (Errado) Comprarei; quero, porém, um desconto. (adversativa deslocada) Comprarei, mas, sem desconto, não pago à vista.

OBS3: Alternativas – Conjunções [ora...ora, ou...ou] ficam separadas por vírgulas. Estava sempre ora trabalhando, ora estudando. Tenho que conseguir, ou serei um fracassado.

OBS4: Conclusivas – Conjunções [logo, então, assim, portanto, pois] são antecedidas por vírgulas. São seguidas por vírgula apenas se houver termo

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deslocado. Quando o [pois] tem valor conclusivo, sempre deve estar entre vírgulas. Ele não se importa, logo é um insensível. Ele não se importa, logo, sem dúvidas, é um insensível. Não se importa, é, pois, um insensível. (pois com valor de portanto)

OBS5: Explicativas – Conjunções [que, porque, porquanto, pois] são antecedidas por vírgula. Quando o [pois] tem valor explicativo, não é seguido por vírgula (exceção se houver termo ou oração deslocada). Tente sempre, porque você é capaz. Tente sempre, pois você é capaz. (pois com valor de porque) Tente, pois, quando chegar a hora, você conseguirá.

A conjunção [e] geralmente não está acompanhada do uso da vírgula, mas existem exceções:

I. Quando as orações possuem sujeitos diferentes.

O silêncio engoliu o ego, e a escuridão engoliu o silêncio.

Conheça (tu) a si e ao inimigo, e ninguém vencerá a ti.

II. Quando houver repetição da conjunção (polissíndeto).

E canta, e dança, e imita, e tudo faz.

III. Quando possuir valor não aditivo:

Treinou tanto, e foi reprovado. ( e com valor adversativo) Treinou tanto, mas foi reprovado.

IV. Quando houver aposto, termo ou expressão deslocados ou intercalados, o e estará acompanhado por vírgula.

O presidente, líder do Executivo da Banânia, e seus 40 ladrões afundaram o país. (aposto)

O atacante cobrou o pênalti e, implacável, converteu. (adjunto deslocado)

Tendo decidido, e nada mudaria tal decisão, desistiu. (oração intercalada)

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V. Quando necessário pausa respiratória. Neste caso, a vírgula tem valor entoativo, não sintático.

A cidade de Salvador é uma das capitais que está localizada na região Nordeste do Brasil, e é também a capital cultural do país.

Vírgula em Orações Reduzidas

Em geral, nas orações reduzidas, o uso da vírgula obedecerá às regras acima. Ao estender a oração reduzida fica mais fácil saber qual regra aplicar. Nem sempre é possível realizar este procedimento, neste caso, basta analisar se a oração configura subordinação e qual tipo é (substantiva, adjetiva ou adverbial) e aplicar as regras para orações subordinadas descritas acima. I) Oração reduzida de gerúndio: Quando possuir valor de oração coordenada aditiva, deve estar isolada por vírgula.

Liguei para o Palácio, tentando contactar o presidente. (valor aditivo) Liguei para o Palácio e tentei contactar o presidente.

Jogando granadas, você matará aquelas aranhas. Caso jogue granadas, você matará aquelas aranhas. (Oração Subordinada Adverbial, regra 10.3f - deslocada) O monstro, guardando a entrada, foi obterado. O monstro, que guardava a entrada, foi obterado. (Oração Sub. Adjetiva Explicativa, regra 10.3d.I)

II) Oração reduzida de particípio:

A comida indicada pelo garçom estava ruim. A comida que o garçom indicou estava ruim. (Oração Sub. Adjetiva Restritiva, regra 10.3d.II - sem vígulas)

A lista de comidas, descrita no cardápio, é ruim. A lista de comidas, que o cardápio descreve, é ruim. (Oração Sub. Adjetiva Explicativa, regra 10.3d.I)

Terminadas as provas, todos passaram. Quando terminaram as provas, todos passaram. (Oração Sub. Adverbial, regra 10.3f)

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III) Oração reduzida de infinitivo:

A vender tudo, ele está disposto. (Oração Sub. Substantiva, regra 10.3e.I - deslocada)

Aquela, a dançar no palco, namorou comigo. Aquela, que dança no palco, namorou comigo. (Oração Sub. Adjetiva Explicativa, regra 10.3d.I) Fui um dos poucos a apreciar a dança. Fui um dos poucos que apreciou a dança. (Oração Sub. Adjetiva Restritiva, regra 10.3d.II - sem vírgulas)

Vendi tudo para alimentar os pobres. Vendi tudo para que alimentasse os pobres. (Oração Sub. Adverbial, regra 10.3f - vírgula facultativa) Vendi, para alimentar os pobres, tudo. (Oração Sub. Adverbial, regra 10.3f - deslocada)

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03) Concordância Verbal

Devemos ter cuidado em escrever os verbos das seguintes formas:

a. Houve decisões favoráveis às minorais (Haver = existir: o haver fica no singular).

b. Pode haver decisões favoráveis às minorias (o auxiliar é contaminado pela impessoalidade do verbo haver e fica no singular por isso).

c. Trata-se de novos projetos de lei. (o verbo TRATAR-SE é impessoal e deve, por isso, não ser precedido de nenhuma palavra que pareça sujeito e deve ser empregado apenas no singular).

d. Mantiveram-se os artigos polêmicos (=os artigos polêmicos foram mantidos – portanto, há plural).

e. Precisa-se de revisões constantes. (como não é possível reescrever a frase, o verbo ficou no singular).

f. A revisão da lei e do decreto ocorreu em meio à polêmica. (há uma revisão para os dois).

g. A revisão da lei e a do decreto ocorreram em meio à polêmica. (notem que há dois artigos, o que indica sujeito composto que leva o verbo para o plural).

Emprego de pronomes relativos

só empregue ONDE, como relativo, se este pronome fizer menção a lugar físico.

Exemplos:

Foi em Brasília onde o grupo se reuniu.

Foi na década de 80 onde [em que, quando] o Brasil conheceu seu rock urbano.

É em Brasília aonde o grupo irá para fazer o protesto. [se há verbo de movimento e ideia de lugar físico, empregamos AONDE].

Regência Verbal

Exemplos:

As pessoas visam a um país melhor.

As pessoas visam ter um país melhor. (seguido de verbo, não há preposição A).

sição.

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Exemplo:

A reforma implicou descontentamento.

Exemplo:

Motoristas não obedecem às Leis de Trânsito.

Emprego da Crase

Exemplo: a partir desta ideia, definiremos os termos.

tes de masculino.

Exemplo: tudo será divulgado a prazo.

“toda”, “uma” etc.).

Exemplo: a cada ano, diminuem os recursos naturais.

inos: esta, essa, ela.

Exemplo: dia a dia, face a face etc.

definido feminino também flexionado no plural.

Exemplos:

Não vou a festas./Não vou às festas.

10

medida que, às vezes, à vista, à proporção que, à direita, à luz de etc.

Uso da vírgula e de outras pontuações

ra separar adjunto adverbial descolado (início ou meio da frase).

Exemplos:

No Brasil, ainda há muita tolerância em relação à corrupção.

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Não sabemos, no Brasil, fazer uso do voto.

quando estes forem oração subordinadas adverbiais reduzidas.

Exemplos:

O MP entrará com uma ação, objetivando corrigir o desvio legal.

O MP entrará com uma ação. Objetivando corrigir o desvio legal. [erro]

a conjunção explicativa.

Exemplo:

É preciso conciliar a manutenção da justiça social com os direitos humanos, pois um implica a construção do outro. [correto].

Exemplos:

Na política há um conflito que envolve o interesse dos defensores das minores, a questão agrária, e a contrapartida dos evangélicos. [errado]

Na política há um conflito que envolve o interesse dos defensores das minores, a questão agrária e a contrapartida dos evangélicos. [correto]

Exemplo:

Há diversos atores que fiscalizam o uso dos recursos naturais, como, por exemplo, o Ibama.

Exemplos:

Há diversos atores que fiscalizam o uso dos recursos naturais, como: o Ibama. [errado]

Há diversos atores que fiscalizam o uso dos recursos naturais, como os seguintes: o Ibama e a Polícia Federal.[correto]

s.

Exemplo: Banco do Brasil (BB).

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FALHAS TEXTUAIS

Emprego de pronomes demonstrativos

os mais empregados numa dissertação.

a também podem resgatar o que já se passou, mas devem se referir pontualmente a substantivos, não a ideias.

Exemplos:

a.O Banco do Brasil está financiando imóveis do programa Minha Casa Minha Vida. Isso ajudará milhões de família a conseguirem comprar seu primeiro imóvel.

b. O Banco do Brasil está financiando imóveis do programa Minha Casa Minha Vida. Este ajudará milhões de família a conseguirem comprar seu primeiro imóvel.

Uso de conjunções

– não é conjunção causal!!!)

medida em que = porque e é diferente de à medida que.

errar o uso de uma conjunção e perder pontos até mesmo na coerência entre as ideais.

Vocabulário

mpregado somente quando se quer destacar, diferenciar algo. Em provas, é melhor empregá-lo apenas quando houver uso do verbo DESTACAR. Em outros casos, melhor será o uso de ENTRE.

-SE = como é de uso muito restrito, deve-se investir em outro verbo para evitar complicações.

atravessar meio físico. No entanto, ele pode ser empregado livremente, quando já se usou “por meio de” na redação.

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egar aspas sobre coisa. De preferência, não é recomendável trabalhar com isso.

-SE, PORTANTO,... = ou se usa a conjunção conclusiva ou o verbo concluir.

aísmos e devem ser evitados.

deve ficar em segundo plano. É bom dar preferência ao sentido real, objetivo e claro do que se escreve. Portanto, o emprego de vocabulário simples é a melhor resposta ao tecnicismo vazio.

04) Pronome relativo ↑ Sumário

(coesivo, anafórico, antecedente, relação de sentido, cadeias remissivas, concordância. QUE A QUAL, O QUAL (depende do elemento anafórico retomado e sentido da frase , observar a concordância do verbo

Em uma situação... (situação é tempo) Em janeiro... (janeiro é tempo) No casamento (local da festalugar / no período do casamento tempo) Em uma sociedade na qual se avaliam homens e mulheres, tudo é possível.(Dentro da sociedade, só não é um local geográfico normal ,lugar) o que não é lugar tempo, situação ***CESPE cobra: Sociedade, internet, Constituição...==> como lugar. ( V ) Seria possível (...) substituir a expressão “na qual” por “onde”.

Onde é só para lugar, no entanto, o CESPE tem uma visão ampla do que seja lugar.

Mantendo-se a coerência e a correção gramatical do texto, o trecho “em que se situam esses princípios fundamentais” (R.18) poderia ser substituído por aonde se situam esses princípios fundamentais. JUSTIFICATIVA – A substituição de em que por aonde prejudica a correção gramatical do texto.

**A TROCA POR “ONDE” ESTARIA CORRETA.**

Os verbos que devem ser utilizados ao lado da palavra “onde” ou no contexto em que esse termo aparece são os que indicam estado ou permanência.

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Aonde é um advérbio, entretanto não deve ser utilizado quando a ideia for de lugar, no sentido de localização, mas quando transmitir a ideia de movimento. Portanto, preste atenção aos verbos, pois os que indicam movimento, tais como: ir, chegar, dirigir, entre outros, pedem o uso de “aonde”.

O pronome cujo é usado para indicar posse e não possui sinônimo perfeito. Os cidadãos a cujos princípios se fez alusão estiveram lá. As quais

REGRA 1 ( especificam os antecedentes) O Brasil é uma nação que (NAÇÃO) investe em turismo. A maioria das pessoas que obtém ((v. sing.) retoma MAIORIA) média em provas. Jovens escolarizados (suprimindo-se a palavra escolarizados o “QUE” retoma jovens e crianças) e crianças que ( quem não teve acesso à educação? Crianças ) não tiveram acesso à educação formal têm os mesmos direitos. REGRA 2 (sentido restritivo) Os trabalhadores brasileiros, que são mal remunerados, precisam se qualificar mais. OR. Adj. EXPLICATIVA ( entre vírgulas, visão generalista, retirada vírgula muda sentido) UM SÓ / TODOS (explica caracteriza) OR. RESTRITIVA ( sem vírgulas, refere-se A uma parte de um conjunto maior) UM DOS / ALGUNS DOS. (especificarestringe, limita) A oração o termo “homem”... O Canadá, que é um país frio, recebe muitos turistas. ( A retirada das vírgulas implicaria em incoerência textual e erro de pontuação , caso obrigatório no uso das vírgulas) O tiro, que acertou o rapaz, saiu da arma de um policial. ((Com vírgulas houve somente um tiro) sem as vírgulas houve mais tiros e um deles acertou o rapaz) Vírgula Facultativo quando não tem mudança de sentido *Nas OR. ADJ. A vírgula nunca será facultativa. A decisão, tomada pelo governo, gerou polêmica. (pode ser trocada por “, que o governo tomou,”)

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REGRA 3 (concordância verbal) As coisas em que as pessoas acreditam ( quem acredita acredita em) podem ser fantasiosas. A reunião em que o governo compareceu foi produtiva (que compareceu compareceu a a que ou à qual O local onde chegaram parecia deserto. (quem chega chega a aonde REGRA 4 (QUE / QUEM com prep.. monossílabo) A pessoa da qual falávamos estava no local. Sobre quem (pode ser sobre a qual ou de quem) Os pronomes “QUE, QUEM só podem ser acompanhados por preposição mono silábica com uma silaba. Em caso com preposição com mais de uma sílaba, use “O QUAL e variações” REGRA 5 A pessoa a quem conheci merece respeito. (a preposição a foi exigida pelo pronome quem, qdo seguido de VTD, para melhorar a sonoridade da frase ajuste fonético. A pessoa a quem fiz alusão esteve no local. (“a” exigido do VTI alusão. REGRA 6 “QUEM”PESSOAS / ENTES PERSONIFICADOS A Justiça(termo personificado), a quem o cidadão comum recorre, está à sua disposição. (“a” regido pelo verbo recorrer) REGRA 7 “ONDE” LUGAR (LOCAL GEOGRÁFICO) Sociedade, internet, constituição ... ONDE EM QUE sempre pode EM QUE ONDE nem sempre pode ser trocado (pode ser tempo ou lugar) Em uma sociedade (onde ou em que) todos têm acesso à cultura, tudo caminha bem Na semana (em que ou na qual) (não pode ser usado “onde“ sentido de tempo e não de lugar) eles assinaram o acordo, algo ocorreu.

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REGRA 8 ONDEEM (local fixo) Estar, permanecer, morar, continuar, residir, assistir AONDEA (movimento Chegar, comparecer, retornar, ir, voltar O local (onde / em que)ela chegou. (aonde, ao qual, a que) REGRA 9 CUJO E VARIAÇÕES - Indicam posse -Vêm entre dois substantivos -Referem-se a um antecedente -Não admitem posposição de artigo -Não apresentam sinônimo perfeito. (NÃO pode ser trocado por DAS QUAIS, DE QUE, DE ONDE) só com devidas alterações) A criação do imposto cuja decretação ocorreu ontem levou anos. CUJA * evita a repetição da expressão “ criação de imposto” (F “imposto”) * pode ser substituído por a qual (F não pode ser substituído por nenhum outro pronome relativo) * pode ser substituído por cujo a (F não pode ser posposto por artigo) * indica posse e tem como referente o termo “imposto” (C) * introduz uma informação de natureza explicativa (F não há vírgula ,logo, natureza restritiva, indica possessiva) O rapaz de cujas ( retoma rapaz e concorda com decisões)decisões duvidamos foi questionado. REGRA 10 O QUAL E VARIAÇÕES - podem ser usados para coisas, pessoas ou lugares. - o artigo faz parte do pronome - o pronome concorda sempre com o antecedente que ele substitui -admite contração ou combinação da preposição ao artigo O homem a qual me refiro está lá. ( ao qual concorda com “homem”) A pessoa a qual me refiro estava lá. (à qual quem se refere se refere “a”) A pessoa da qual gostava estava lá.(quem gosta gosta de)

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REGRA 11 COMO só é pronome relativo depois de modo, maneira, forma, jeito... A maneira como o ser humano age diz muito de sua natureza. (restritivo) que REGRA 12 QUANTOsó é pronome relativo depois de tudo, nada, isso, aquilo Tudo quanto queremos é possível. (restritivo) que AMBIGUIDADE A situação da moça sobre a qual falávamos é considerada delicada. Rapaz ( a qual , da qual) - a frase apresentada, fora de contexto, é ambígua, pois o pronome “a qual” pode, em termos gramaticais, se referir a qualquer um dos antecedentes. *pronominal dupla referenciação O professor deseja apenas que o aluno entenda seu texto. *vocabularpolissemia “Respeito as casadas como as solteiras” *estrutural formulação do período “Ele viu o incêndio do prédio.” Cespe se há ambiguidade intenciona (recurso expressivo)correção USO DE O / LHE O, A OS,AS (E VARIAÇÕES)

m, til no, na, nos, nas

r/s/z corta-se o consoante final lo, la, los, las

Pronome com Função de sujeito

Caso: DEFAMAVOS + PRONOME + V. INFINITIVO

Verbos Causativos: deixar, fazer, mandar.

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Sensitivos: Ver, ouvir, sentir.

** O pronome será sempre suj. do infinitivo. Verbo (defamavos) + pron. (suj.) + v. infinitivo (eu) Mandei-o (suj. do verbo ficar) ficar aqui. Não o (suj. entrar) vi(VTD) entrar em casa.OD (Eu) Mandei o rapaz entrar. Mandei os rapazes entrarem. Mandei que o rapaz entre. (Eu) ... ele .... (Eu) ... lhe .... (Eu) ... o .... LHE, LHES A ELE(S) / A ELA(S) SUBSTITUEM TERMOS COM PREPOSIÇÃO

Sem prejuízo do sentido ou da correção gramatical do texto.

Eis a razão por que (pela qual) a matéria/ (de) que eram compostos os seus mundos imaginados (Os seus mundos imaginários eram compostos “de” matéria / era toda de riso.

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05) Colocação Pronominal ↑ Sumário

Ela reconheceu-me.(VTD) Ela obedeceu-me. (VTI) Ela reconheceu a mim. Ela obedeceu a mim.

Quando o verbo exigir outra preposição, que não a a, somente se usam os pronomes oblíquos tônicos:

Ela gosta de mim. Ela mentiu perante mim. Ela faz tudo por mim.

“No entanto, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial que a afirmação da cidadania se completou”: Mas, apenas depois

da Segunda Guerra Mundial é que a cidadania solidificou-se. “que a cidadania solidificou-se”. (que palavra atrativa , mesmo que haja outras

palavras entre o “que” e o verbo, recomenda-se que se coloque na próclise.)

Locuções verbais formadas por auxiliar mais infinitivo: 3.6.1 Não havendo atração, o pronome fica depois do auxiliar ou do infinitivo. Ex.: quero te provar algo ou quero provar-te algo – o juiz deve se ater ao pedido ou o juiz deve ater-se ao pedido. 3.6.2 Havendo atração, o pronome fica antes do auxiliar ou depois do infinitivo. Ex.: não te quero provar algo ou não quero proManual de Redação do Ministério Público do Estado de Goiás 107 var-te algo – o juiz não se deve ater ao que disse ou o juiz não deve ater-se ao que disse. 3.7 Locuções verbais formadas por auxiliar mais preposição e infinitivo: 3.7.1 Não havendo atração, o pronome fica depois da preposição ou do infinitivo. Ex.: deixou de o avisar ou deixou de avisá-lo. 3.7.2 Havendo atração, o pronome fica antes do auxiliar ou depois

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do infinitivo. Ex.: não o deixou de avisar ou não deixou de avisá-lo. 3.8 Locuções verbais formadas por auxiliar mais gerúndio: 3.8.1 Não havendo atração, o pronome fica depois do auxiliar ou do gerúndio. Ex.: vinha se queixando ou vinha queixando-se. 2.8.2 Havendo atração, o pronome fica apenas antes do auxiliar. Ex.: não se vinha queixando. 3.9 Locuções verbais formadas por auxiliar mais particípio: 3.9.1 Não havendo atração, o pronome fica antes ou depois do auxiliar. Ex.: a médica lhe havia recomendado descanso ou a médica havia lhe recomendado descanso. 3.9.2 Havendo atração, o pronome fica apenas antes do auxiliar. Ex.: a médica não lhe havia recomendado descanso. Observação: não se admitem construções em que o pronome átono se posicione depois do particípio. Ex.: use o chefe lhe havia dito ou o chefe

havia lhe dito no lugar de o chefe havia dito-lhe. CESPE cobrou como loc. Verbal

Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir, continuar,...

1. (V ) PODE-SE RESOLVER O PROBLEMA DE OUTRA FORMA. Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical, retirar o hífen da forma “Pode-se”, mas isso implicaria mudança na posição do pronome. Enclise do auxiliar “pode” Se tirar hífen torna-se próclise do verbo “resolver”, então, muda de posição e é possível eliminar na norma culta. Casos Com O Verbo “PODER E DEVER” (FCC) Pode (V. Aux.)-se (PA) resolver (VTD) conflitos (Suj.). CESPE Podem (VTD)-se(PA) resolver conflitos(Suj. Oracional). (pouco cobrado como suj. oracional) Deve-se (PA) discutir(VTD) os prazos. (Suj.). CESPE Devem (VTD)-se (PA) discutir os prazos (Suj. Oracional). (pouco cobrado como suj. oracional) 2. (V) O rapaz (se) lembra-se de outro fato.

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Seria possível, (...) colocar o pronome “-se” em outra posição. ESQUEMA DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL PRON OBLIQUOS ATONOSme, te, se, nos, vos, Lhe, lhes O, a, os, as, (variações)

Próclise Não me disse a verdade

Mesóclise Dar-me-á a verdade

Ênclise Contou-me a verdade. CASOS PROIBIDOS DE COLOCAÇÃO

1. Inicio de frase

(Se) Discutiu-se a proposta do político. Se concentravam(-se) nas tarefas domésticas. (típica da oralidade)

2. Depois de particípio ado, ido, do, to, go, so... Tinha se expressado (-se) com clareza.

3. Depois do futuro do indicativo

Futuro do Presente -rei, rás, rá -remos, reis, rão

Futuro do Pretérito -ria, rias, ria -ríamos, ríeis, riam

(se) Contar-se-ia (-se) o caso de outra maneira. (se) Encontrar-se-ão (-se) tais produtos em outros países. Obs.:

1. Com infinitivos impessoais, a colocação será sempre facultativa. *Pediu para me ajudar(-me) hoje. **Cai muito na Cespe**

Se o encontrar na cidade, dê-lhe nas tarefas. (a conjunção “Se”(caso) inicial indica que o verbo está conjugado no futuro do subjuntivo, logo este verbo não está no infinitivo.) CAP-QUE (Conjunção “Se” atrai a preposição caso de próclise obrigatório.)

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Começou a ajudá-la nas tarefas. (o verbo está no infinitivo, mas a construção “a a ajudar” não se craseia preposição com pronome obliquo , logo é um caso proibido, única construção possível é “ajudá-la”(ajudar a). Começou a ajudar-me nas tarefas. (A construção é possível “a me ajudar” preposição “a” + pronome obliquo “me”.)

2. Se não houver palavra atrativa a colocação será sempre facultativa. O governo (-se) (facultativo) comprometer-se-ia (-se) (proibido)com o caso. A moça se mostrou (-se)(facultativo) uma pessoa responsável. Os homens se contentam(-se)(facultativo) com pouco. A humanidade se esqueceria (-se) (proibido)do fato. (Pode haver mesóclise) Nunca nos esqueceremos (-se) (proibido)do fato. (caso de Próclise com palavra atrativa) CASOS DE PRÓCLISE OBRIGATÓRIA (ATRAÇÃO SÓ ANTES só se for a 1ª vista) CAP- QUE EM GERUNDIO –Próclise 1. Palavra de sentido negativo não, nunca, nem, jamais, nada, coisa alguma

”se”, nenhuma Coisa alguma se divulga aqui. 2. Conjunções subordinativas(se, como, quando, quanto, enquanto, caso,

que) 3. Pronomes relativo (que, cujo, o qual,...) 4. Advérbios curtos sem vírgulas ( hoje, já, ainda, ontem, agora,... ) 5. Gerúndio precedido de “em” Em se tratando de Brasil, tudo é possível. A moça se convenceu(-se)(facultativo) hoje do fato. (ATRAÇÃO SÓ ANTES só se for a 1ª vista)

CASOS DE MESÓCLISE 1. A mesóclise só poderá ser empregado se não tiver caso de próclise. 2. A mesóclise só pode ser usada com verbos nos Futuros do indicativo. 3. A mesóclise só será obrigatória no Futuro, iniciar o período.

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4. Se não houver caso de próclise nem mesóclise, as duas colocações serão aceitas. (facultativo)

O governo se manifestar(-se-)á (futuro do ind.)(facultativo) acerca do ocorrido. Faria-se um acordo entre as partes.(Não pode ter próclise, mas é caso de mesóclise, logo, ênclise proibido) “Far-se-ia” CASOS DE ÊNCLISE obrigatória qdo Próclise proibido. (ênclise proibido com futuro) Dê-me outra chance. (Próclise proibido) Tratando-se do tema, o problema foi resolvido. (Próclise proibido) Em se tratando....(outra possibilidade) COLOCAÇÕES EM LOCUÇÕES VERBAIS Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir, continuar,...

1 V aux. 2 + 3 V principal 4 forma nominal (gerúndio, particípio, infinitivo)

O governo 1se pode 2-se 3se manifestar 4se sobre o fato. Ninguém 1se pode 2-se (ênclise proibido, caso de próclise obrigatório com palavra negativa) 3se manifestar 4-se sobre o fato. O governo 1se tinha2-se 3se manifestado 4-se (ênclise proibido, com particípio no verbo principal) sobre o fato.

Assim que 1se pôde 2-se 3se vingar 4-se da ofensa sofrida ...

Verbos precedidos das conjunções coordenativas não só... mas também, quer... quer, já... já, ou... ou, ora... ora. Exemplo: Não só me trouxe a encomenda, mas também me ofereceu um presente./ Quer se retire, quer se acomode.../ Ou se afasta ou se enquadra nas normas./ Ora se irrita, ora se mostra alegre.

OBS.: As conjunções coordenativas e, mas, porém, todavia, contudo e portanto não atraem o verbo.

Com as formas verbais proparoxítonas. Exemplo: Nós lhe perdoaríamos a desfeita./ Nós o teríamos feito./ Nós nos derramávamos em elogios.

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CASOS DE ÊNCLISE obrigatória qdo Próclise proibido. (ênclise proibido com futuro)

O governo se manifestar(-se-)á (futuro do ind.)(facultativo) acerca do ocorrido. Faria-se um acordo entre as partes.(Não pode ter próclise, mas é caso de mesóclise, logo, ênclise proibido) “Far-se-ia” Dê-me outra chance. (Próclise proibido) Tratando-se do tema, o problema foi resolvido. (Próclise proibido) Em se tratando....(outra possibilidade)

06) Orações ↑ Sumário CESPE – AULA ORAÇÕES REDUZIDAS

As orações reduzidas são, por estrutura subordinadas, mas podem aparecer coordenadas entre si.

Não apresentam conector e o verbo deve, obrigatoriamente, estar em uma forma nominal (gerúndio , infinitivo ou particípio).

Para desenvolver uma oração reduzida, basta inserir conector e conjugar o verbo. A decisão tomada pelo juiz agradou a todos. Que foi tomada pelo juiz (que o juiz tomou) voz ativa A considerar os fatos, teria outro tipo de atitude. A + condição (se) Se considerasse os fatos, teria outro... Ao entrar no local do evento, verificou o que estava acontecendo. Ao quando (ver conjugação do verbo) Quando entrou no local do evento, verificou ...

O VERBO DA ORAÇÃO PRINCIPAL SERVE COMO REFERÊNCIA PARA CONJUGAÇÃO DA ORAÇÃO SUBORDINADA.

Correlação fixas de infinitivo

A + inf.==> condição se/ caso

Ao + inf tempo quando

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Por + inf causa Porque

Apesar de + inf concessão embora

Afim de / Para finalidade a fim de que / para que

Ao retornarem á base do país, perceberam quais seriam os problemas.

( F ) Seria possível (...), substituir a expressão “ao retornarem” por “quando retornarem”

Quando retornaram... (tempo verbal) verifique sempre a concordância e conjugação do verbo depende da OP – oração principal - )

O vocábulo “caso” usado como uma condicional

Gramática

Formas verbais específicas são aplicadas ao vocábulo “caso” usado como uma condicional.

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A começar pela ilustração que abre o artigo, convido você, caro (a) usuário (a), a observar

ambas as colocações, uma vez expressas por:

CASO EU FOR...*

CASO EU VÁ...

Analisemos juntos dois aspectos preponderantes na questão que se evidencia: o primeiro deles

se refere ao vocábulo “caso”, ora retratado por um substantivo, mas que pode ser também

aplicado com valor de conjunção, cuja noção se revela pelo aspecto condicional.

Em se tratando desse mesmo aspecto, lembramo-nos naturalmente da conjunção “se”, básica,

por excelência. Dessa forma, analisemos os enunciados que seguem, cujos discursos se

manifestam tanto pelo uso da conjunção “se”, como da conjunção “caso”:

Se eu for ao cinema, avisarei com antecedência.

Caso eu vá ao cinema, avisarei com antecedência.

Ratificando, ambas as conjunções revelam uma noção hipotética, um fato provável, ou seja,

tanto pode ser que ele se realize, quanto pode ser que não. Dessa forma, nosso intento é fazer

com que você compreenda e perceba que as formas verbais foram aplicadas de maneiras

distintas, tendo em vista a conjunção utilizada.

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Nesse sentido, cabe afirmar que se trata de tempos inerentes ao modo subjuntivo, mas

diferentes, aplicáveis a casos particulares, respectivamente demarcados pelo futuro do

subjuntivo (se eu for) e presente do subjuntivo (caso eu vá)

A encontrar (se encontrar ) uma solução para o fato, mudará de atitude.

(caso encontre) caso não admite o modo subjuntivo

Ao reconquistar sua liberdade, mudará de atitude.

Quando reconquistar

Por terem pouco juízo, os adolescentes sofrem mais.

Porque têm pouco...

Apesar de ser um país rico, o Brasil oferece poucos empregos.

Embora seja um país rico,... (presente do subjuntivo)

Para ele estudar, a mãe fez de tudo.

Para que ele estudasse,...

Possibilidade Semânticas do Gerúndio

CESPE cobra (causa / condição/tempo)

Estudando muito, ela conseguiu realizar seu sonho.

Causa Como estudou muito,...

Já que estudou muito, ...

Estudando muito, ela conseguiria realizar seu sonho.

Condição/ possibilidade

Se estudasse muito,...

Caso estudasse muito,...

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Chegando ao local do evento, resolveu as pendências.

Tempo

Quando chegou ao local...

Ela saiu correndo pela casa.

a correr

NGB (não considera como modo) é uma locução verbal (saiu correndo)

Modo (se não tiver outra nomenclatura deve-se classificar como modo)

CESPE valor do gerúndio --modo

• Orações Reduzidas de Infinitivo: *Infinitivo: terminações –ar, -er, -ir. O infinitivo também pode vir conjugado, sendo chamado “infinitivo pessoal”. Reduzida: É preciso comer frutas e legumes. Desenvolvida: É preciso que se coma frutas e legumes. (Oração Subordinada Substantiva Subjetiva) Reduzida: O vendedor afirmou ser de qualidade a mercadoria. Desenvolvida: O vendedor afirmou que era de qualidade mercadoria. (Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta) Reduzida: Não gosto de você sair sozinho. Desenvolvida: Não gosto de que você saia sozinho. (Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta) Reduzida: Meu desejo era ganhar uma viagem. Desenvolvida: Meu desejo era que eu ganhasse uma viagem. (Oração Subordinada Substantiva Predicativa) Reduzida: Tenho esperança de não haver fome no futuro. Desenvolvida: Tenho esperança de que não haja fome no futuro. (Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal) Reduzida: Decidiram o seguinte: comemorarem juntos o Ano Novo. Desenvolvida: Decidiram o seguinte: que comemorarão juntos o Ano Novo. (Oração Subordinada Substantiva Apositiva) Reduzida: Ela foi a única a apreciar o show. Desenvolvida: Ela foi a única que apreciou o show. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva)

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Reduzida: Fiz as mudanças necessárias ao voltar das férias. Desenvolvida: Fiz as mudanças necessárias quando voltei das férias. (Oração Subordinada Substantiva Adverbial Temporal) Reduzida: Se estudar será recompensado. Desenvolvida: Caso estude será recompensado. (Oração Subordinada Substantiva Adverbial Condicional). Reduzida: Por ficar doente, não fui trabalhar. Desenvolvida: Porque fiquei doente, não fui trabalhar. (Oração Subordinada Substantiva Adverbial Causal). • Orações Reduzidas de Particípio: *Particípio: terminações –ado, -ido. Reduzida: Temos apenas um filho, criado com muito amor. Desenvolvida: Temos apenas um filho, que criamos com muito amor. (Oração Subordinada Adjetiva Explicativa) Reduzida: A criança sequestrada foi resgatada. Desenvolvida: A criança que sequestraram foi resgatada. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva) Reduzida: Ferido, não foi escalado para a partida. Desenvolvida: Porque se feriu, não foi escalado para a partida. (Oração Subordinada Adverbial Causal) Reduzida: Cumpridas as exigências, serão dispensados. Desenvolvida: Se cumprirem as exigências, serão dispensados. (Oração Subordinada Adverbial Condicional) Reduzida: Rimos muito depois de passado tudo. Desenvolvida: Rimos muito depois que tudo passou. (Oração Subordinada Adverbial Temporal) Orações Reduzidas de Gerúndio: Gerúndio: terminação –ndo. Reduzida: Emocionei-me com a criança cantando. Desenvolvida: Emocionei-me com a criança que cantava. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva) Reduzida: O garoto, desafiando as autoridades, não cumpriu com as determinações do juiz.

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Desenvolvida: O garoto, que desafiou as autoridades, não cumpriu com as determinações do juiz. (Oração Subordinada Adjetiva Explicativa) Reduzida: Não enviando o relátorio a tempo, perdeu a bolsa de estudos. Desenvolvida: Porque não enviou o relatório a tempo, perdeu a bolsa de estudos. (Oração Subordinada Adverbial Causal) Reduzida: Mesmo fazendo de tudo, não consegui convencê-la a voltar. Desenvolvida: Mesmo que eu tenha feito de tudo, não consegui convencê-la a voltar. (Oração Subordinada Adverbial Concessiva) Reduzida: Respeitando as normas, não terão problemas. Desenvolvida: Desde que respeitem as normas, não terão problemas. (Oração Subordinada Adverbial Condicional)

O fiscal verificou se (conj. Integrante) todos os dados estavam corretos.. Tente examinar todos quantos (pron relativo)OS QUAIS) comparecerem ao consultório.

OR. SUB. ADJ. RESTRITIVA Toda oração subordinada adjetiva (explicativa ou restritiva) exerce apenas uma função sintática: adjunto adnominal. EM QUE ONDE ( GEOGRÁFICO) a sociedade (no lugar) (em que)onde nos encontramos merece outras referências. ONDE quando podemos colocar ou tirar (TODO LOCAL EM QUE PODE SE ESTAR) SOCIEDADE, CONSTITUIÇÃO, INTERNET A QUE À QUAL “QUE” RETOMA TERMO ANAFÓRICO (retoma de acordo com o sentido) Homens e mulheres, que (quem sempre foram vítimas de preconceitoAS MULHERES) sempre foram vítimas de preconceito no mercado de trabalho.

CUJO O. S. A. EXPLICATIVA

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A moça, cuja mãe é deputada, encantou a todos Nas orações Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz, o substantivo repetido rapaz possui namorada. Deveremos, então, usar o pronome relativo cujo, que será colocado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, a namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada. Não se pode, porém, usar artigo definido (o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando assim: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja; cujo + os = cujos; cujo + as = cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. Somando as duas orações: Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece.

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07) Conectores ↑ Sumário

DICAS PARA DECORAR

Tanto, tudo (coordenadas)

Adversativa: entretanto, contudo.

Conclusivas: portanto

Explicativas: porquanto (imperativo + 2ª oração)

Quanto (Subordinadas)

Causais: porquanto. (Causa e consequência)

Concessiva: conquanto.

COMPARATIVAS: tanto quanto

Temporal: enquanto.

Pois (Coordenadas)

Conclusiva (deslocado, ENTRE VÍRGULAS)

Explicativa 1º(causa) imperativo 2º explicação (consequência)

(QUE, PORQUE, POIS, PORQUANTO)

Causal (subordinada) 1º na causa

Porque (Coordenada explicativa)

Verbo no imperativo

Conectivo 2ª oração, 2º ato da oração

Porque (Subordinada causal)

Conectivo 1º ato causa e consequência na 2ª oração

CAUSA: PORQUE? JA, POIS! UMA VEZ VISTO DADO SENDO NA MEDIDA QUE. CONCESSIVA: EMBORA CON (quanto) POSTO, NEM MAL (grado) MESMO AINDA BEM, APESAR DE SE

BEM EM QUE (PESE)

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CONDICIONAL: SE CASO CONTANTO UMA VEZ ME SALVO AO MENOS DESDE QUE EXCETO A NÃO

SER QUE

CONSECUTIVA: Tesão QUE, SORTE (toda) DE FORMA, MANEIRA, E MODO QUE

COMPARATIVA : Tesão QUAL COMO TANTO QUANTO

PROPORÇÃO: À MEDIDA QUE

Brigam muito: querem o divórcio.

Brigam muito, por isso querem o divórcio,

1. É usual “ : ” entre orações coordenadas sem conector. 2. Os dois pontos entre as orações coordenadas,

normalmente marcam relação de explicação ou conclusão.

CONJUNÇÃO COORDENATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES

ADITIVAS 1 E, NEM, NÃO SÓ...MAS TAMBÉM

ADVERSATIVAS 2 MAS, ENTRETANTO, PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, E (=MAS), NO ENTANTO

ALTERNATIVAS (demais vírgula obrigatória)

3 OU (vírgula facultativa), ORA...ORA, OU...OU, NEM...NEM, QUER...QUER, SEJA...SEJA

CONCLUSIVAS 4 POIS (deslocado, entre vírgulas), LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISSO, ASSIM

EXPLICATIVAS QUE, 5 PORQUE, POIS, PORQUANTO (geralmente o verbo da primeira está no imperativo)

O subjuntivo na oração subordinada pode também denotar causa, concessão,

finalidade, referência temporal, condição e consequência. VERBOS NO MODO SUBJUNTIVO VERBOS NO MODO INDICATIVO

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SUBORDINATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES

1. INTEGRANTES QUE / SE (=ISSO)

ADVERBIAIS CAUSAIS já que PORQUE, COMO (=PORQUE), POIS,

JÁ QUE, UMA VEZ QUE, desde que, PORQUANTO, POIS QUE, POR ISSO QUE, VISTO QUE, VISTO COMO, QUE

CONDICIONAIS se, caso SE, CASO, SEM QUE (=SE NÃO), UMA VEZ QUE, desde que, CONTANTO, SALVO SE, DADO QUE, DESDE QUE, A MENOS QUE, A NÃO SER QUE

CONCESSIVAS ainda que EMBORA, MESMO QUE, AINDA QUE, CONQUANTO, POSTO QUE, BEM QUE, SE BEM QUE, POR MAIS QUE, POR MENOS QUE, APESAR DE QUE, NEM QUE, QUE (=EMBORA)

COMPARATIVAS tanto quanto COMO, QUE (DO QUE) - DEPOIS DE MAIS, MENOS, MAIOR, MENOR, MELHOR E PIOR-, QUANTO (DEPOIS DE TANTO), QUAL (DEPOIS DE TAL), ASSIM COMO, BEM COMO, COMO SE, QUE NEM

CONSECUTIVAS tanto que (vírgula facultativa qdo depois da oração principal)

QUE (PRECEDIDA DE TÃO, TAL, TAMANHO, TANTO), DE FORMA QUE, DE MANEIRA QUE, DE MODO QUE, DE SORTE QUE

CONFORMATIVAS conforme CONFORME, COMO (= CONFORME), SEGUNDO, CONSOANTE

FINAIS para que PARA QUE, A FIM DE QUE, PORQUE (= PARA QUE)

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TEMPORAIS desde que QUANDO, ANTES QUE, DEPOIS QUE, ATÉ QUE, LOGO QUE, SEMPRE QUE, ASSIM QUE, DESDE QUE, TODAS AS VEZES QUE, CADA VEZ QUE, APENAS, MAL, QUE (= DESDE QUE), ENQUANTO

PROPORCIONAIS à medida que À MEDIDA QUE, AO PASSO QUE, À PROPORÇÃO QUE

Quando tempo Se condição , mas muda o sentido

Quando encontrar recursos para o projeto, volte a apresentá-la

( V ) Seria possível, do ponto de vista gramatical, substituir o conector

“Quando” pelo conector “SE” sem comprometimento do sentido do texto e

da coerência textual (diferente De manter o sentido do período da frase).(o

conector pode ser trocado gramaticalmente, mas teremos uma mudança

de sentido .)

1. Observar se o CESPE pede gramaticalmente ou sentido do texto), é

possível que haja mudança de sentido no período que não afete de

modo significativa o texto (sentido do texto).

2. Há conectores que são sinônimos do ponto de vista semântico, mas não

se ajustam gramaticalmente (necessário adaptação).

( F )Se houver outro projeto do mesmo tipo, caberá ao governo analisá-la.

“Se” pelo conector “Caso” sem comprometimento do sentido do texto e da

coerência textual. (“Se” e “caso” são sinônimos, mas é necessário fazer

ajustes no verbo para “haja”. “Caso”, não aceita fut. Do subjuntivo)

Quando , Se Fut. Do subjuntivo

Caso Pres. Do Subjuntivo

3. Observar o CESPE : cobra a concordância verbal, tempo verbal.

( V )Se houvesse outro projeto do mesmo tipo, caberia ao governo analisá-

la. “Se” pelo conector “Caso” sem comprometimento do sentido do texto e

da coerência textual. (“Se” e “caso” são sinônimos neste caso como o verbo

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está conjugado no pretérito Imp. do subjuntivo, não há necessidade de

correção para que a frase se torne verdadeira. “Caso” pode ser empregado

no pret. Do subj. , única restrição para o Fut. Do Subj.. )

Apesar de ser... (sinônimos, mas não se ajustam gramaticalmente)

Embora (concessivas) fos

se responsável pelo fato, nada lhe foi cobrado.

“contanto que” (condição) por “ainda que” por “Mesmo que”

( F )Seria possível, (...) substituir o conector “embora” pelos 3 conectores

acima?

( V ) A conjugação do verbo (no subjuntivo) se deve ao conector

(subordinativo)“embora”.

Quando chegar ...

4. O modo subjuntivo (hipótese, incerteza) é utilizado em função de uma

conjunção subordinativa ou de outro mecanismo coesivo.

O governo investe em educação, falta, no entanto (conector deslocado na

2ª oração), reconhecimento disso por parte do povo.

Mas (não pode ser colocado deslocado)/ Contudo / Entretanto / Todavia

5. Mas / ou /”e” não podem ser trocados qdo os conectores estiver

deslocado na oração. Estes 3 só é admitido no início da oração

coordenadas.

6. “Pois” deslocado, muda de sentido. Explicativo conclusivo (entre

virgulas)

( F ) Seria possível, (...) substituir o conector “no entanto” pelos 4

conectores acima?

** Sem estudar, passou. (Concessiva Embora não tenha estudado,

passou)

**Sem estudar, não passa. (Condição Se você não estudar, não passa.)

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A persistir os sintomas, o médico deve ser procurado. (condição) Se

persistir...

Ao persistir os sintomas... (Tempo) Quando os sintomas persistirem...

7* Os brasileiros estão acostumados à toda sorte de desrespeito. Não

questionam o governo nem compreendem seus direitos como cidadãos.

( F ) Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical....

colocar antes da 2ª oração que compõe o trecho o conector “no entanto”

fazendo as adaptações necessária de maiúscula e minúscula e na

pontuação. (No entanto (concessivo),...) no entanto dá ideia de oposição

a 1ª ideia

Acostumado por isso não questiona (conclusão)

*** Se as orações estiverem desvinculadas com “.”, no máximo poderemos

colocar uma conjunção coordenativas entre elas, subordinativas nunca,

além do verbo necessitar ser colocado no modo subjuntivo.

*** Não se esqueçam de verificar a relação semântica a partir dos verbos

existentes nas relações.

Oposição, conclusão ou explicação (os 3 mais comuns)

Polissemia – Valor dos Conectivos

O valor significativo dos conectivos é definido quando se consegue compreender o caráter e o papel desempenhados por eles na estrutura oracional. As orações conectadas traduzirão por si mesmas, com a presença do conector sintático, o valor semântico, isto é, o significado do período por elas composto.

Valor semântico da conjunção “e”. Valor aditivo: Ele é aplicado e muito inteligente.

Valor adversativo:

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Ela me deve um dinheirão, e não paga. Estudou muito e foi reprovado. “Tudo é mistério e tudo está cheio de significado.” (PESSOA, 1986)

Valor conclusivo: Estudou muito e passou.

Valor final: O garoto ia buscar o livro e entregá-lo à diretora.

Valor semântico da conjunção “mas”. Valor aditivo: Não só é aplicado, mas inteligente. É um aluno estudioso, mas principalmente dedicado.

Valor de compensação: Perdeu o ano, mas conheceu vários países.

Valor de não compensação: Estudou muito, mas foi reprovada.

Valor de restrição: Terás o dinheiro, mas apenas parte dele.

Valor de atenuação: Estava triste, mas disfarçava.

Valor de retificação: Super-heróis são famosos, mas os verdadeiros heróis poucos conhecem.

Valor semântico da conjunção “como”. Valor aditivo: Não apenas é aplicado, como inteligente.

Valor comparativo: Simples e rápido como um passe de mágica.

Valor conformativo: Faço o trabalho como o regulamento prescreve.

Valor causal: Como estava chovendo, não fui ao trabalho.

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Valor semântico da conjunção “se”. Valor condicional: Se você estudar, conseguirá seu intento. (equivale a "caso");

Valor causal: Se você sabia que era proibido entrar lá, por que não me avisou. (equivale a "já que");

Valor concessivo: Se não ofendeu a todos, ainda assim insultou os mais velhos. (equivale a “apesar de”)

Valor temporal Se fala, irrita a todos. (equivale a “quando”)

Conjunção integrante: Não sei se ficarei lá muito tempo. (se funciona como objeto direto do verbo "saber".)

Valor da conjunção “que”.

a) QUE = CONJUNÇÃO COORDENATIVA 1. Conjunção coordenativa aditiva – O <que> como conjunção coordenativa aditiva aparecerá sempre entre duas formas verbais de idêntico valor, correspondendo ao conectivo e.

a) Reclama que reclama, mas não toma nenhuma atitude séria. b) A mim que não a ti cabe intervir na empresa.

2. Conjunção coordenativa explicativa – O <que> como conjunção coordenativa explicativa pode ser substituído por pois ou porque (também conjunções coordenativas explicativas).

a) Levante-se, que o sol já vai alto. b) Apressemos o passo, que a noite já vai chegar. c) Ande na ponta dos pés, que os músculos serão reforçados.

3. Conjunção coordenativa adversativa – O <que> como conjunção coordenativa adversativa corresponde a mas, porém.

a) Outros livros, que não estes aqui, poderiam ajudá-los na prova de vestibular.

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b) Preciso de dinheiro, que não essa quantia exagerada. c) Você pode chorar bem alto, que ninguém virá socorrê-lo.

b) QUE = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA 1. Conjunção subordinativa integrante – O <que> como conjunção subordinativa integrante estará sempre iniciando uma oração subordinada substantiva, a qual vai exercer, em relação à oração anterior, uma das funções do substantivo (sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e aposto).

a) Foi preciso que a polícia interviesse. <que a polícia interviesse> é sujeito de <Foi preciso>. que = Sujeito.

b) O importante é que façamos tudo com muita cautela. <que façamos tudo com muita cautela> é predicativo do sujeito <O importante>. que = Predicativo do sujeito.

c) Quero que você me perdoe. <que você me perdoe> é objeto direto de <Quero>. que = Objeto direto.

d) É conveniente esquecer-se de que ela já foi sua esposa. <de que ela já foi sua esposa> é objeto indireto de <esquecer-se>

que = Objeto indireto.

e) Sempre haverá necessidade de que o povo fiscalize as ações dos políticos. <de que o povo fiscaliza as ações dos políticos> é complemento nominal de <necessidade>. que = Complemento nominal.

f) Só desejamos uma coisa: que a nova geração seja melhor que a anterior. <que a nova geração seja melhor que a anterior> é amposto de <coisa>. que = Aposto.

2. Conjunção subordinativa consecutiva - O <que> tem este valor, normalmente, quando aparece nas expressões tão… que, tanto… que, tamanho… que e tal… que.

a) Tanto perseguiu o sonho que conseguiu realizá-lo. Oração subordinada adverbial consecutiva: “que conseguiu realizá-lo”.

b) Ficou tão cansada de caminhar que prostrou-se no outro dia.

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Oração subordinada adverbial consecutiva: “que prostrou-se no outro dia”.

3. Conjunção subordinativa comparativa - O <que> tem este valor, normalmente, nas expressões <mais que, menos que>. Fora dessas expressões, corresponde a <do que ou como>.

a) Em situação normal, ela corre mais que o irmão. Oração subordinada adverbial comparativa: “mais que o irmão (corre)”.

b) Pegada em flagrante, ela ficou corada que nem pimentão maduro. Oração subordinada adverbial comparativa: “que nem pimentão maduro (fica)”.

4. Conjunção subordinativa concessiva - O <que> tem este valor quando corresponde a <embora> ou a <ainda que, por mais que>.

a) Boa que seja a moça, ela não é nenhuma santa. Oração subordinada adverbial concessiva: “Boa que seja a moça”.

b) Algumas mudanças que fossem, ainda assim seria muita conquista para os operários. Oração subordinada adverbial concessiva: “Algumas mudanças que fossem”.

5. Conjunção subordinativa temporal – O <que> tem este valor quando corresponde a <depois que, logo que, antes que, assim que, depois que, sempre que>.

a) Convocados que fomos, dirigimo-nos à sala do diretor. Oração subordinada adverbial temporal: “Convocados que fomos”.

b) Sempre que lhe conto uma história, ela adormece. Oração subordinada adverbial temporal: “Sempre que lhe conto uma história”.

6. Conjunção subordinativa final – O <que> tem este valor quando corresponde a <para que, a fim de que>.

a) Ganharam o matagal para que ninguém os perturbasse. Oração subordinada adverbial final: “para que ninguém os perturbasse”.

b) Enxergando-a sobre a árvore, fez sinal que descesse. Oração subordinada adverbial final: “fez sinal que descesse”.

7. Conjunção subordinativa causal – O <que> tem este valor quando corresponde a <porque, visto que, já que>.

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a) Desconfiado que era, mandou instalar câmeras até nos banheiros da residência. Oração subordinada adverbial causal: “Desconfiado que era”.

b) Já que todos exigiam, candidatou-se a prefeito. Oração subordinada adverbial causal: “Já que todos exigiam”.

8. Conjunção subordinativa modal – O <que> tem este valor quando corresponde a <sem que>.

a) Farás tudo com normalidade sem que desconfiem de ti. Oração subordinada adverbial modal: “sem que desconfiem de ti”.

b) Sem que percebas, ela irá subtraindo as tuas energias. Oração subordinada adverbial modal: “sem que percebas”.

Valor semântico de A

A persistirem os sintomas, o médico deve ser consultado. (condição) O filho puxou ao pai. (conformidade, semelhança) Nas férias passadas, viajamos a Roma. (destino) A prova deve ser feita a caneta. (instrumento)

Valor semântico de COM

Com as enchentes, eles perderam tudo. (causa) Amanhã sairei com amigos. (companhia) Na final, o Bahia jogará com o Vitória. (oposição) A idosa bateu no ladrão com a bengala. (instrumento) A moça estava atrasada, caminhava com pressa. (modo) Com certeza, iremos ao teatro no feriado. (afirmação) No sistema capitalista, as pessoas somente sobrevivem com recursos. (condição)

Valor semântico de DE

Saí de casa. (origem) Falaram de você. (assunto) Veio de táxi. (meio) A menina chorou de raiva. (causa) Os siris andam de lado. (modo) Voltemos de noite. (tempo)

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Comprei um relógio de ouro. (matéria) Aquele livro é de Marcelo. (posse) Ontem, bebemos dois copos de vinho. (conteúdo) Escondeu-se embaixo de uma mesa. (lugar)

Valor semântico de EM

Hoje à noite, estarei em casa. (lugar) Formou-se em Direito. (especialidade) O relógio é feito em ouro. (matéria) Tenho que apresentar o tema em quinze minutos. (tempo)

Valor semântico de PARA

O bombeiro veio para socorrê-lo. (finalidade) Viajou para a Itália. (destino) Para João, o Flamengo é o melhor time. (conformidade) É proibida a venda de bebidas para menores. (restrição) Chegarei lá para as oito da noite. (tempo)

Valor semântico de preposição POR

Soube por telefone. (meio) Sofreu muito por amor. (causa) “Eu sei que vou te amar por toda a minha vida” (tempo) Viajamos por diversas cidades. (lugar) Fiz isso por te querer muito. (finalidade) Comprei o livro por cem reais. (preço) O Brasil foi colonizado por portugueses. (agente da passiva) Cuidado para não levar gato por lebre. (troca).

Questões cobradas CESPE 2014

*** Analisar a relação que a oração exerce sobre a outra.***

COORDENADAS

6 Seriam mantidos o sentido do texto e a correção gramatical CERTO caso o termo “contudo” (R.9) fosse substituído por todavia. (CONECTOR ADVERSATIVA)

SUBORDINADAS

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3 No trecho “à medida que as fabricantes, a partir dos anos 90 ERRADO do século passado, tornavam-se principalmente montadoras de itens importados” (R.19-21), a expressão “à medida que” introduz uma oração que exprime ideia de conformidade.(PROPORÇÃO) à medida que (PROPORÇÃO) = A PROPORÇÃO QUE na medida em que (CAUSA) = PORQUE

9 Sem prejuízo para a correção gramatical e o sentido original do CERTO texto, poderia ser inserida a expressão do modo ou a expressão da maneira imediatamente após a forma verbal “resistem”

(R.23).

CONJUNÇÃO COORDENATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES

ADITIVAS 1 E, NEM, NÃO SÓ...MAS TAMBÉM

ADVERSATIVAS 2 MAS, ENTRETANTO, PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, E (=MAS), NO ENTANTO

ALTERNATIVAS 3 OU, ORA...ORA, OU...OU, NEM...NEM, QUER...QUER, SEJA...SEJA

CONCLUSIVAS 4 POIS (deslocado, ENTRE VÍRGULAS), LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISSO, ASSIM

EXPLICATIVAS QUE, 5 PORQUE, POIS, PORQUANTO (GERALMENTE O VERBO DA PRIMEIRA ESTÁ NO IMPERATIVO)

Quando tempo Se condição , mas muda o sentido Quando encontrar recursos para o projeto, volte a apresentá-la ( V ) Seria possível, do ponto de vista gramatical, substituir o conector “Quando” pelo conector “SE” sem comprometimento do

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sentido do texto e da coerência textual (diferente De manter o sentido do período da frase).(o conector pode ser trocado gramaticalmente, mas teremos uma mudança de sentido .) 1. Observar se o CESPE pede gramaticalmente ou sentido do texto),

é possível que haja mudança de sentido no período que não afete de modo significativa o texto (sentido do texto).

2. Há conectores que são sinônimos do ponto de vista semântico, mas não se ajustam gramaticalmente (necessário adaptação).

( F )Se houver outro projeto do mesmo tipo, caberá ao governo analisá-la. “Se” pelo conector “Caso” sem comprometimento do sentido do texto e da coerência textual. (“Se” e “caso” são sinônimos, mas é necessário fazer ajustes no verbo para “haja”. “Caso”, não aceita fut. Do subjuntivo) Quando , Se Fut. Do subjuntivo Caso Pres. Do Subjuntivo 3. Observar o CESPE : cobra a concordância verbal, tempo verbal. ( V )Se houvesse outro projeto do mesmo tipo, caberia ao governo analisá-la. “Se” pelo conector “Caso” sem comprometimento do sentido do texto e da coerência textual. (“Se” e “caso” são sinônimos neste caso como o verbo está conjugado no pretérito Imp. do subjuntivo, não há necessidade de correção para que a frase se torne verdadeira. “Caso” pode ser empregado no pret. Do subj. , única restrição para o Fut. Do Subj.. ) Apesar de ser... (sinônimos, mas não se ajustam gramaticalmente) Embora (concessivas) fosse responsável pelo fato, nada lhe foi cobrado. “contanto que” (condição) por “ainda que” por “Mesmo que” ( F )Seria possível, (...) substituir o conector “embora” pelos 3 conectores acima? ( V ) A conjugação do verbo (no subjuntivo) se deve ao conector (subordinativo)“embora”. Quando chegar ... 4. O modo subjuntivo (hipótese, incerteza) é utilizado em função de

uma conjunção subordinativa ou de outro mecanismo coesivo.

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O governo investe em educação, falta, no entanto (conector deslocado na 2ª oração), reconhecimento disso por parte do povo. Mas (não pode ser colocado deslocado)/ Contudo / Entretanto / Todavia 5. Mas / ou /”e” não podem ser trocados qdo os conectores estiver

deslocado na oração. Estes 3 só é admitido no início da oração coordenadas.

6. “Pois” deslocado, muda de sentido. Explicativo conclusivo (entre virgulas)

( F ) Seria possível, (...) substituir o conector “no entanto” pelos 4 conectores acima? ** Sem estudar, passou. (Concessiva Embora não tenha estudado, passou) **Sem estudar, não passa. (Condição Se você não estudar, não passa.) A persistir os sintomas, o médico deve ser procurado. (condição) Se persistir... Ao persistir os sintomas... (Tempo) Quando os sintomas persistirem...

7* Os brasileiros estão acostumados à toda sorte de desrespeito. Não questionam o governo nem compreendem seus direitos como cidadãos. ( F ) Seria possível, mantendo-se o sentido e a correção gramatical.... colocar antes da 2ª oração que compõe o trecho o conector “no entanto” fazendo as adaptações necessária de maiúscula e minúscula e na pontuação. (No entanto (concessivo),...) no entanto dá ideia de oposição a 1ª ideia Acostumado por isso não questiona (conclusão) *** Se as orações estiverem desvinculadas com “.”, no máximo poderemos colocar uma conjunção coordenativas entre elas, subordinativas nunca, além do verbo necessitar ser colocado no modo subjuntivo.

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*** Não se esqueçam de verificar a relação semântica a partir dos verbos existentes nas relações. Oposição, conclusão ou explicação (os 3 mais comuns)

Se (condicional) houver outra opção para o setor, seremos avisados. 1. (F ) Seria possível, (...), substituir o conector “se” por “caso”(“caso” não pode

ser com verbo no futuro subjuntivo, mas sim no pretérito – Caso haja outra...-) ***CESPE SEMPRE SENTIDO E CORREÇÃO GRAMATICAL***

Embora tivesse grandes planos agia com humildade.

Embora (pretérito) Apesar de (ter só fut. subjuntivo)

2. (V ) Do ponto de vista gramatical, seria possível substituir o conector “se” por “quando” sem prejuízo para a coerência textual (mantém o mesmo sentido, . Todo país vota. (qquer país) Todo o país vota. (um determinado país) * sentido diferente* Todo o nordeste brasileiro é seco. * não podemos suprimir o artigo ”o”, pois se retirarmos ficará incoerente, pois o Brasil tem apenas um nordeste.*

3. (F ) A frase “Se(conj. Integrante) havia gente no local do local do acidente, ninguém soube responder “estabelece o mesmo tipo de relação semântica do período em análise.” DICAS GERAIS

Há conectores sinônimos do ponto de vista semântico que não se ajustam gramaticalmente. Embora o governo não tenha investido no setor a população questionam as medidas. Embora ainda que (C) Apesar de o governo ter investido(...) (tem que ajustar o verbo) Porquanto (F) (causa) variação semântico.

Manutenção do sentido significa manter exatamente o mesmo sentido. Manutenção da coerência textual permite alterações de sentido, desde que o texto continue com sentido lógico. Porquanto (causa) o governo investisse em educação, o setor apresentou melhoras.

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Porquanto Como (V) (em início de frase o sentido do “como” é de causa.) Mesmo que (concessivo) ( F ) haveria alteração de sentido (perde sentido conj. Concessivo)manutenção da coerência Correto seria .: Mesmo que o governo investisse em educação, o setor não apresentará melhoras.

Como (causa) não ocorreu o evento esperado , o espaço ficou livre para outros projetos Como (conformidade) foi orientado no início das atividades, todos devem assinar a ata. CONECTORES DE COORDENAÇÃO.

UNEM ORAÇÕES SINTATICAMENTE INDEPENDENTES O GOVERNO INVESTIU MUITO NO SETOR, ENTRETANTO (COORDENAÇÃO) NÃO TEVE (v. modo indicativo) O RETORNO ESPERADO. O GOVERNO INVESTIU MUITO NO SETOR, EMBORA (subordinação) NÃO TENHA (v. modo subjuntivo) OBTIDO O RETORNO ESPERADO.

(v. modo indicativo) típico coordenação, os dois verbos são indicativos (v. modo subjuntivo) típico das orações subordinadas

**Cespe pode se trocar os conectores coordenada para subordinada desde que se faça os ajustes no verbo.**

Pode se substituir a vírgula por ponto final com a colocação da letra maiúscula na primeira letra da segunda frase.

1- Conector coordenativos introduzem orações independentes. 2- Observe os verbos como referencia de coordenação. (2 verbos no modo indicativo ou 1 no imperativo – nunca estará no subjuntivo)

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3- Em caso de subordinação as orações são dependentes entre si ( o verbo virá flexionado no modo subjuntivo em função da existência de uma conjunção subordinativa) 4- Algumas orações coordenadas e subordinadas apresentam sentido próximo, permitindo equivalência desde que haja ajuste no verbo. Fui ao clube, mas estava chovendo. , embora estivesse chovendo. Concessão / adversidade Consequência / conclusão Ele estudou tanto que (consequência) passou em 1º lugar Ele estudou muito, por isso passou em 1º lugar 5- Nas relações de coordenação a ordem em que as orações estão dispostas é relevante o deslocamento gera incoerência ou mudança de sentido. 6- Nas orações subordinadas, a ordem não interfere no sentido. (podem ser feitas pequenos ajustes.) 7- O conector coordenativo, em geral, pode aparecer deslocado, ou seja, no interior da oração que faz parte. O conector subordinativo deve estar no início da oração subordinada que ela introduz. 8- As orações coordenadas, por serem independentes, admitem inúmeros sinais de pontuação (podem ter “, ; . :”) (não muda o sentido, mas muda a relação semântica entre as duas) 9- Nas orações subordinadas adverbiais, apenas a vírgula será possível. Se a oração adverbial, a vírgula será facultativa. Se a oração adverbial estiver no início o no meio do período (deslocada), a vírgula será obrigatória. Ele voltará ao país, (facultativo) quando (temporal) quiser(modo subjuntivo). Quando quiser, (obrigatório, or. Adv. deslocada) ele voltará ao país. Coordenada pode, . , ; , não pode retirar o verbo

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Conjunção deslocar fazendo ajustes necessárias Frase inteira não pode mudar a ordem da frase por perder sentido Subordinada , . Ou ; Subordinada não pode orações dependentes entre si. Conjunção não pode deslocar a conjunção só no início de cada frase. Frase inteira não pode mudar a ordem da frase por perder sentido , pode retirar o verbo (nos casos facultativos)

CONJUNÇÃO COORDENATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES

ADITIVAS 1 E, NEM, NÃO SÓ...MAS TAMBÉM ADVERSATIVAS 2 MAS, ENTRETANTO, PORÉM,

CONTUDO, TODAVIA, E (=MAS), NO ENTANTO

ALTERNATIVAS 3 OU, ORA...ORA, OU...OU, NEM...NEM, QUER...QUER, SEJA...SEJA

CONCLUSIVAS 4 POIS (deslocado, ENTRE VÍRGULAS), LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISSO, ASSIM

EXPLICATIVAS QUE, 5 PORQUE, POIS, PORQUANTO (GERALMENTE O VERBO DA PRIMEIRA ESTÁ NO IMPERATIVO)

1- Mesmo sem conector as orações coordenadas guardam entre si uma relação de sentido (oposição ou conclusão) Os brasileiros estão acostumados a toda sorte de desrespeito. Não questionam o governo e nem questionam os seus direitos No entanto (fica incoerente, embora bonita) / por isso (por estar acostumados, conclui-se, não questiona) ** ver relação coesiva verbo, antônimo oposição

2- Os conectores “e, mas”, ocasionalmente são empregados fora do sentido real. Os governantes prometem e (mas) não cumpres. (oposição, fora do seu sentido habitual )

3- “ou” ocasionalmente o conector “ou” pode ter valor de “e” (inclusão)

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Ao adquirir um seguro contra furto ou (inclusão) roubo, o cidadão isenta o governo de medidas políticas. (seguro para os dois eventos)

4- O conector “pois” muda de sentido em função de sua posição na frase. O governo é eleito pelo povo, pois (porque) o representa. (explicativo) O governo é eleito pelo povo; representa-o pois (por isso). (conclusão)

Ao mudar o conector de posição mudou-se de sentido.

5- Porque O governo resolveu o problema porque a população solicitou. (causa, motivo) 1 passo O governo resolveu o problema porque a população parou de reclamar. (explicação, evidência) 2 passo

O governo tem projetos voltados para o povo; a sociedade, no entanto, os rejeita por não se adaptarem a eles.

1. (F ) Seria possível, (...), substitui o conector “no entanto” por mas, contudo, entretanto ou todavia. (conectivo monossilábico não pode ser deslocado) ou, mas, e.

2. (V) trocar ; por , prejudica a coesão Pedro me ama; José, não.

3. (V) Os / eles tem o mesmo referente “projetos” 4. (V) O pronome “os” poderia ser deslocado para depois do verbo. 5. (V) O Seguimento da frase é assegurado por relações de oposição(no entanto) e

causa(por...adaptarem) 6. (V) No trecho há um desvio de concordância tipicamente motivado por relações

de sentido. (a sociedade ...adaptarem (conc. Verbal adaptar) 7. (F) Está de acordo com a norma culta. 8. (F) Poderia compor uma redação oficial.

SUBORDINATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES

2. INTEGRANTES QUE / SE (=ISSO)

ADVERBIAIS CAUSAIS PORQUE, COMO (=PORQUE), POIS,

JÁ QUE, UMA VEZ QUE, PORQUANTO, POIS QUE, POR ISSO

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QUE, VISTO QUE, VISTO COMO, QUE

CONDICIONAIS SE, CASO, SEM QUE (=SE NÃO), CONTANTO, SALVO SE, DADO QUE, DESDE QUE, A MENOS QUE, A NÃO SER QUE

CONCESSIVAS EMBORA, MESMO QUE, AINDA QUE, CONQUANTO, POSTO QUE, BEM QUE, SE BEM QUE, POR MAIS QUE, POR MENOS QUE, APESAR DE QUE, NEM QUE, QUE (=EMBORA)

COMPARATIVAS COMO, QUE (DO QUE) - DEPOIS DE MAIS, MENOS, MAIOR, MENOR, MELHOR E PIOR-, QUANTO (DEPOIS DE TANTO), QUAL (DEPOIS DE TAL), ASSIM COMO, BEM COMO, COMO SE, QUE NEM

CONSECUTIVAS QUE (PRECEDIDA DE TÃO, TAL, TAMANHO, TANTO), DE FORMA QUE, DE MANEIRA QUE, DE MODO QUE, DE SORTE QUE

CONFORMATIVAS CONFORME, COMO (= CONFORME), SEGUNDO, CONSOANTE

FINAIS PARA QUE, A FIM DE QUE, PORQUE (= PARA QUE)

TEMPORAIS QUANDO, ANTES QUE, DEPOIS QUE, ATÉ QUE, LOGO QUE, SEMPRE QUE, ASSIM QUE, DESDE QUE, TODAS AS VEZES QUE, CADA VEZ QUE, APENAS, MAL, QUE (= DESDE QUE), ENQUANTO

PROPORCIONAIS À MEDIDA QUE, AO PASSO QUE, À PROPORÇÃO QUE

A discriminação, como um componente indissociável do relacionamento entre os seres humanos, reveste-se inegavelmente de uma roupagem

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competitiva. Afinal, discriminar nada mais é do que tentar reduzir as perspectivas de uns em benefício de outros) poderiam ser condensados no seguinte período: A discriminação, elemento indissociável do relacionamento entre seres humanos, reveste-se inegavelmente de uma roupagem competitiva, porquanto corresponde a uma tentativa de se reduzirem as perspectivas de uns em benefício de outros. (EXPLICATIVA) VER SE A OUTRA ORAÇÃO TAMBÉM É EXPLICATIVA.

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CESPE- Aula 8 - Parte II

Classificação de conectores

1 A sociedade precisa de valores sólidos, precisa de referências concretas para o seu crescimento. 2 Uma população que investe em leis define para si o que acha justo. 3 É importante encontrar meios eficazes de desenvolvimento e criar referências para as gerações futuras. 4 Não se pode esperar que o mundo se defina sozinho.

1- Caso o autor opta-se por uma construção menos prolixa, a segunda oração poderia ser reduzida a um complemento do verbo da 1ª oração. (V)

2- No segundo período do texto, há uma oração que especifica, delimita o vocábulo população. (V)

3- A oração reduzida “encontrar meios eficazes de desenvolvimento” poderia ser desenvolvida da seguinte forma: que se encontrem meios eficazes de desenvolvimento, sendo possível encaixá-la no texto sem outros ajustes gramaticais. (F) (AO DESENVOLVER A 1ª TORNA NECESSÁRIA O DESENVOLVIMENTO DA SEGUNDA ORAÇÃO COORDENADA)

4- No terceiro período do texto, há duas orações coordenadas entre si que funcionam como sujeito da oração é importante. (V)

5- A substituição do conector “e” por uma “,” não compromete a correção gramatical do texto, mas pode alterar sua percepção semântica. (F)

6- As formas verbais “encontrar e criar” podem ser substituídas, sem que haja prejuízo do sentido e ou da correção gramatical por “que se encontre e que se crie “ respectivamente. (F)

7- A última oração do texto funciona como complemento verbal de esperar. (V) ORAÇÕES

Coordenadas (-independentes entre si) Sindéticas com conectores Assindéticas sem conectores

Apresentam relação de sentido (Adição, oposição, alternância, explicação, conclusão)

Subordinadas (podem estar coordenadas entre si) - reduzidas de gerúndio / infinitivo ou gerundio

Substantivas função sintática ( suj. objeto, CN, aposto, predicativo) Adjetivas ( explicação, restrição)

Adverbiais circunstâncias – conectores ( causa, consequência, comparação...)

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08) Partícula “SE” ↑ Sumário

PRON. APASSIVADOR

IIS

PRON. REFLEXIVO, OD

PRON. REFLEXIVO, OI

PRON. RECÍPROCO, OD

PRON. RECÍPROCO, OI

CONJUNÇÃO : CONDICIONAL OU CAUSAL

SUJ. DO INFINITIVO

PARTE INTEGRANTE DE VERBOS PRONOMINAIS

PARTÍCULA EXPLETIVA OU DE REALCE.

1- (PA) Partícula apassivadora Volta-se (PA) a pedir (VTD) apoio no país

2- (IIS) Índice de Indeterminação do Sujeito Volta-se (IIS) a falar(VTI) em (...)

3- Pronome Reflexivo Ele se feriu.

4- Pronome Recíproco Eles se olharam. Ele se orgulhava do projeto.

5- Conjunção Condicional (= caso) Ele viajará se (caso) puder.

6- Conjunção Integrante (= isso) Perguntei (isso) se ele virá.

7- (PIV)Parte integrante do Verbo. (não pode ser retirada do verbo) Ele se arrependeu da compra. Ela se queixou do frio.

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A sociedade 1 se (se parte integrante do verbo) manifesta(verbo intransitivo, pronominal) de várias maneiras, mas ações severas não 2 se (PA) justificam(VTD) em situação alguma. Pede(VTD) - 3 se (PA) a essência humana (é perdida) quando 4 se aceitam (VTD) valores em que não 5 se(IIS) acredita (VTI) de fato. Vão- 6 se (partícula expletiva) os princípios morais e a ética (sujeito) em situações de extremismo.

1- Em 1, a partícula “se” não desempenha função sintática e integra a estrutura de um verbo pronominal, sendo indispensável à construção.(V)

2- Em 2, a partícula “se” foi empregada para apassivar o sujeito. Sendo portanto equivalente a um auxiliar de passiva. (V)

3- Em 3 e 4, a partícula “se” integra o mesmo tipo de construção e recebe a mesma classificação. (V)

4- Em 3, a partícula “se” foi empregada para indeterminar o sujeito da mesma maneira que ocorre em 5. (F)

5- Em 5, a retirada da partícula “se” implicaria uma vez que o pronome integra e é indispensável na oração. (V) (IIS) (não é parte integrante do verbo, parte integrante seria o verbo pronominal.)

6- Em 6, o pronome indica que a ação recai sobre o próprio sujeito expresso na oração. (F) (A ação recai sobre o sujeito quando o verbo é reflexiva.)

7- Em 6, o pronome é dispensável no contexto oracional embora possa haver prejuízos fonéticos à construção. (V) (como pronome expletiva, o pronome pode ser retirado)

Esquematizando – “SE” PRONOME

Tipos Condições sujeito Concordância Voz Exemplo

PA VTD, VTDI Suj. paciente O verbo concorda com o sujeito

V. sintética ou analítica

Eram-se referências positivas a seu respeito.

IIS Não haver suj. explícito ou subentendido

Suj. indeterminado

3ª pessoa singular

Voz ativa Obedeceu-se ao regulamento. Não se trata de temas novos.

P. Reflexivo (OD ou OI)

A ação recai sobre o próprio sujeito

Sujeito expresso ou subentendido

O verbo concordará com o sujeito

voz reflexiva

Ela (Suj.) se (OD)considera(VTd) uma boa pessoa.

Parte integrante

Verbo pronominal O pronome não tem função.

Idem anterior Idem anterior Voz ativa Ela (Suj.) se referiu(VTI) ao resultado(OI) da pesquisa.

Parte Expletiva (verbo ir) Sentido de acabar,

Não ser nenhum dos anteriores

Idem anterior Idem anterior Voz ativa Foi-se o tempo em que as mulheres eram submissas.

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finalizar

Se haverá solução para os problemas brasileiros, ninguém sabe dizer. (frase invertida, conj. Integrante)

OR. SUB. SUBST. OBJ DIRETA

Se houver solução para os problemas brasileiros, alguém saberá dizer. (“SE” condicional, verbo modo subjuntivo)

Caso haja solução .... (caso não admite fut. Do subjuntivo)

O uso da partícula SE Outra questão que engendra muitas dificuldades para quem redige é o uso da partícula se, que ora aparece como conjunção, ora como pronome. Seguem-se, neste ponto, as lições de Napoleão Mendes de Almeida33 . 2.1 Como conjunção, o se pode ser: 2.1.1 Conjunção condicional, ligando à oração principal uma subordinada que se apresenta como condição da primeira. Ex.: Todos iríamos à festa se tivéssemos transporte.

2.1.2 Conjunção integrante, iniciando uma oração subordinada substantiva, com o sentido de se porventura, se por acaso. Ex.: Veremos se ele será aprovado. 2.1.3 Conjunção expletiva, exercendo a função retórica de reforçar uma afirmação, sendo porém dispensável sintaticamente. Ex.: Ela vai se ver comigo! Ah, se vai! 2.2 Todavia, a maior fonte de dificuldades reside mesmo no uso da partícula se como pronome, situação em que pode exercer as seguintes funções: 2.2.1 Reflexibilidade pronunciada, tornando o sujeito, ao mesmo tempo, agente e recipiente da ação verbal. Emprega-se o se com verbos transitivos diretos, que passam a ter força reflexiva. Essa reflexibilidade é dita pronunciada porque a ação deve necessariamente atingir um objeto – no caso, o próprio sujeito. Ex.: Ele se feriu. Ela se viu no espelho. 2.2.2 Reflexibilidade atenuada, na qual o se indica que a ação deve necessariamente ficar no sujeito. Ex.: Ele se arrependeu de seus atos. Ela se queixou de seu marido.

2.2.3 Reciprocidade, quando, em orações de sujeito composto, a ação de cada um se dirige ao outro. Ex.: Eles quase se mataram (um ao outro) em uma briga. Apesar de inimigos, eles se trocaram cumprimentos. 2.2.4 Passividade, quando atua como indicador da voz passiva na

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oração, sendo então denominado pronome apassivador. Isso ocorre quando o sujeito é coisa inanimada ou quando o sentido da oração revela que o sujeito é o paciente da ação verbal. Ex.: vendem-se casas (casas são vendidas) – consertam-se relógios (relógios são consertados).

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09) Partícula “QUE” ↑ Sumário 1- Pronome Relativo (= o qual, a qual, os quais, as quais)

2- Pronome Interrogativo.

Que ... ?

3- Conjunção integrante (=isso).

4- Conjunção comparativo. Mais alto que o irmão. ... do que ... (facultativo)

5- Conjunção Consecutiva. Leu tanto que (consequência) ficou com dor de cabeça.

6- Advérbio de Intensidade. (= quão, muito) Que linda a paisagem do alto do mirante.

7- Substantivo (Acentuado e precedido de artigo ou pronome) Havia um quê de louco.

8- Palavra de realce ou partícula expletiva. (pode ser retirado) Que é que fizeram com o dinheiro. ]==> pode-se retirar o que + o verbo ser Foi ele que recebeu a multa. (realce ao sujeito ou OD) São essas atitudes humanitárias (suj.) que engrandecem o homem. Foram muitas as justificativas (OD) que o advogado apresentou.

9- Preposição. Ter (obrigação) + que Eu tenho de lutar. ... que lutar.

Testar.... Isso (CI) as quais, aquilo as quais (PR) Muito (intensidade)

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mais que “do que” (comparativo) Que = De (preposição) Que + ? (pron. Interrogativo) Foi ...+ que Tesão + Que (consequência)

Um Quê ( substantivo)

Será necessário 1 que (conj. Integrante- isso)o governo reveja metas 2 que (pron. Relativo- as quais) ficaram aquém do desejado. A questão é tão essencial para o país 3 que (conj. Consecutiva- tão que) deve ser priorizado. Foi em janeiro de 2011 4 que (pron. expletivo) o governo definiu tais parâmetros 5 que (pron. Relativo- as quais- sujeito da oração)se usam hoje.

1- O vocábulo “que” em 1, é um articulador que evita repetição de palavras.(F) (conj. Integrante OR. S.S.SUBJETIVA)(articulador que evita repetição de palavra = pron. relativo)

2- O vocábulo “que” em 1(Or. S.S.Subjeitva) e 2(or.s. Adj.restritiva), introduz o mesmo tipo de oração e recebe a mesma classificação. .(F)

3- A colocação de uma vírgula antes do vocábulo “que” (3) não comprometeria a correção gramatical, mas alteraria o sentido do trecho. .(F) (Or. Adverbial depois da principal a vírgula é facultativa.)

4- O vocábulo “que” em 4, introduz uma oração de natureza adjetiva restritiva. (F) (não é restritiva, pois o pronome não é pronome relativo)

5- O vocábulo “que” em 5, é o suj. sintático do verbo usar embora a concordância seja feito com o núcleo do texto antecedente (parâmetros). .(V) (pron. Relativa exerce função sintático dentro da oração)

Tipos Características Exemplos Pron. Relativo (Tem função sintática)

Retoma antecedente Or. Adjetiva Pontuação altera o sentido

As pessoas que se preparam para o futuro vivem melhor.

Conj. Integrante Não retoma termos. Não tem carga semântica. Introduz Or. substantiva

É importante que as pessoas se preparem para o futuro.

Partícula Expletiva (só realce pode ser retirado da frase sem fazer falta para a

Serve para melhorar a sonoridade Não tem função sintática , nem

Foi em Londres que tudo aconteceu.

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frase.) semântica. Aparece “QUE” ou “ser” + “QUE”

Tudo aconteceu em Londres.

Prep. Acidental Aparece em “ter” + infinitivo de / que

Ela tem que resolver o fato. Ela tem de resolver o fato,

Conj. Consecutiva Intensificador (tão, tal, tanto...) + que

Ela estuda tanto que merece passar.

Conj. Explicativa Tem valor de pois, usado Após imperativo.

Estudem, que (pois) as provas podem estar difíceis.

Conj. Aditiva Aparecem entre verbos repetidos e tem valor de “E”

O governo promete que promete

Conj. Comparativa **CESPE** Ideia de comparação que ou do que

Isso é mais importante do que outras coisas.

Pronome interrogativo Usado em perguntas diretas “QUE” ou “O QUE”

O (pode ser retirado o “O” sem prejuízo expletivo) Que aconteceu com ele?

Substantivo Valor de um pouco e sempre acentuado

Ela tem um quê de tristeza

Advérbio de intensidade Dá ideia de intensidade Que bondosa é (muito, quão bondosa) aquela mulher.

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10) Ter / Haver / Existir ↑ Sumário Ter (não valor haver) /haver (3ª sing.) / existir

Em um país onde há leis rígidas, tudo é possível. Verbo EXISTIR é verbo pessoal se flexiona. Verbo HAVER (VTD) com valor existencial 3ª pess. Do sing. Verbo TER com valor existencial não pode ser empregado Pode ser trocado quando o valor for de posse. ( F ) “onde há” no qual existe(m) ( C ) “onde há” que tem (Em um país que (suj.) tem(possui) leis rígidas, tudo é possível.) Em um pais tudo é possível. Um país tem (possui) leis rígidas. ***Cespe*** cuidado ( F ) “onde há” onde tem ( F ) “onde há” onde existe(m)

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11) Aspectos de Verbo ↑ Sumário 1 o governo podia (erro gramatical o certo seria fut. Do pret.) acabar com a

corrupção no país se houvesse interesse. Podia por Poderia (C) Poderia (não aconteceu ainda) por Podia (aconteceu)(E) 2 O governo vai ao evento no próximo mês. Vai por irá (C) 3 O governo conseguiu controlar os gastos públicos depois que a lei entrou em vigor.(1º a lei entrou em vigor, 2º o governo controlou) Conseguiu por conseguira (pret. Mais que perfeito)(E) (PMQPERF. Teria controlado antes de a lei entrar em vigor) Conseguiu por passou a (C) Entrou por entrara (C) ASPECTOS SEMÂNTICOS DO VERBO MODO INDICATIVO (exprime certeza, afirmação) Presente do indicativo possui ampla carga semântica, podendo dar ideia de passado, presente ou futuro. 1- O governo acaba de aprovar a medida. CESPE o tempo do verbo distoa do tempo da ação. Verbo pres. Do ind. com valor de passado próximo. A troca de acaba por acabou melhora o entendimento. ok Por um ponto, passam infinitas retas. (exprime uma ação atemporal, é uma afirmação absoluta) 2- As pessoas trabalham a vida toda por um propósito. (ideia de continuidade ; no passado, presente e futuro; habitualidade Ela vai ao evento no próximo mês. Vai = irá (presente indicando futuro próximo) 3- Em 1808, a Família Real chega ao Brasil e renova os valores da sociedade. (passado histórico para aproximar o fato passado ao presente) Chega por chegou (de trocar também renova por renovou) observar os verbos da frase. Chega por chegava (não pode pois o fato já se concluiu) Ela está bonita hoje. ação pontual no presente. pretérito perfeito indica uma ação totalmente concluída no passado

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4- O governo assinou o acordo proposto.

pretérito imperfeito indica uma ação inacabada ou uma ação frequente no passado, ou passado habitual 5- Ela lia as obras de Machado de Assis. (ação habitual) Ela lia o livro qdo isso aconteceu. (ação interrompido) pretérito mais que perfeito indica uma ação anterior a outra no passado Depois que estudara música, ganhou sensibilidade. 6- Morrera o pai, morreu o filho, morria a mãe. Enfoque temporal gradativa. futuro do presente sugere certeza 7- Ela resolverá o caso, se eu pedir.(fut. Do subj..) futuro do pretérito sugere duvida 8- Ela resolveria o caso, se eu pedisse.(pret. Do subj..)

MODO SUBJUNTIVO exprime dúvida, possibilidade.

O modo subjuntivo no todo, está associado a conjunções subordinativas.

As conj. Subordinativas, de uma maneira geral, exigem que o verbo esteja conjugado no modo subjuntivo.

A substituição do indicativo pelo subjuntivo ou vice-versa só é possível quando o conector é um pronome relativo. (com conjunção integrante não é possível)

Mesmo sendo gramaticalmente possível, as relações semânticas sempre serão alteradas.

CESPE

Ainda que tivesse pontos sem esclarecimento, o problema foi resolvido. ( C ) A forma verbal “tivesse” se encontra no subjuntivo em função do conector “ainda que” (a conj. Subodinada pede o modo subjuntivo) ( E ) O uso do modo subjuntivo em “tivesse” indica dúvida, possibilidade, incerteza. (“TIVESSE” concessão + certeza (com a resolução do problema)) ( E ) A frase tal como foi redigida, por seus aspectos semânticos e gramaticais, poderia compor uma redação oficial. (VERBO “TER” com valor existencial deve se trocar por houvesse ou existissem)

Espera-se que os governantes, em algum momento, tomem atitudes acertadas. tomem tomam (conj. integrante pede modo subjuntivo) gramaticalmente não se aceita a substituição

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Mulheres que investem no futuro têm mais chances de crescimento. Invetem(pres. Ind. Certeza) invistam (pron. Relativo pres. Subj.. , dúvida) Pode ser trocado, mas altera o sentido da frase.

Há , no Brasil, uma série de fatores que prejudicam o país e seu crescimento. Prejudicam(certeza) prejudiquem (pron. Relativo duvida)

Há quem compre as ideias alheias. compre dúvida compra- certeza (pronome relativo ) Pode ser trocado, mas altera o sentido da frase. (Quem / onde sujeito subentendido pessoa) PRESENTE DO SUBJUNTIVO exprime dúvida, possibilidade,

Conj. Integrante / pronome relativo Aceita pres. Do indicativo com alteração de sentido

PRETÉRITO DO SUBJUNTIVO - SSE Carga semântica do pretérito depende do conector.

FUTURO DO SUBJUNTIVO - R

A carga semântica do fut. Também depende do conector.

Quando houver tempo, ela discutirá o tema. Certeza

Se houver(dúvida por causa do conector “se”) tempo, ela discutirá o tema.

Ainda que (concessão) fosse pequeno, não seria (hipótese) beneficiado.

Embora fosse (modo subjuntivo por causa do conector) uma pessoa culta, valorizava (certeza) pouco o estudo.

Era uma pessoa culta, mas valorizava pouco os estudos.

12) Equivalência De Estrutura Verbal ↑ Sumário Tempo composto = Particípio

Ela tinha resolvido o fato. Tinha / havia + particípio = -ra PMQP comp.

resolveu (E) (RESOLVERA)

Espero que ela tenha resolvido o caso.

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haja (pres. Do ind) tempo comp. Ter / Haver um substitui o outro em tempos compostos, mesmo que fique feio a frase.

O governo tem investido no setor. (Pres. Do ind. + particípio = tempo v. Pret. Perf.)

É uma construção no tempo passado que sugere continuidade e equivalente a está investindo. (pode ser substituído, mas não são tempos compostos ...está investindo, ... está a investir)

O governo devia investir em educação para que o país melhorasse. 1.(devia está empregada de forma errada na frasedevia é passado a forma correta é deveria uma hipótese , uma forma futura para se melhorar o país.

( V ) deveria fut. Do pretérito ( a troca de deveria para devia, faz com que a frase se torna errado, logo não poderia ser trocada.) Alguns verbos com: dever, poder e querer são usados indevidamente no pret. Imp. Com valor de futuro Do pret. Eu queria sair com você. Errado (então não quer mais sair) Eu quereria sair com você. Eu podia ajudar o rapaz naquela época. (hoje eu não posso ajudar mais.) Eu podia (poderia) ajudar o rapaz se ele quisesse. (ação hipotética Eu ainda tenho a possibilidade de ajudar) 3. O governo devia investir em educação(...) para que o país melhorasse.

para o país melhorar. (or. Desenvolvida para oração reduzida) ( V ) Caso o conector que fosse suprimido afim de se manter a correção gramatical deveria se trocar o verbo na forma infinita melhorasse por melhorar. ( V ) Devia Deverá por melhorar melhore. (a troca do tempo verbal de um verbo acarreta uma cadeia de alterações na frase ***CUIDADO***)

O governo vai participar do evento no mês que vem.

irá (ok) pres. Com sentido de futuro

Iria – só mantém a correção gramatical, com alteração do sentido

Fut. Do Presente Fut. Certo

Fut. Do Pret. Hipótese

Presente dá ideia de – Presente (ela está bonita hoje)

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- futuro (Ela vai ao baile na semana que vem.)

- passado (O governo acaba de assinar o contrato)

- Ação contínua (O governo investe a algum tempo na agricultura.)

- asseveração (verdade absoluta) ( Água mole pedra dura tanto bate até que fura)

O governo encontrou dificuldades no processo depois que foi divulgado o dado. ( F ) Encontrou encontrara (anterioridade) encontrou depois divulgou

ação totalmente concluída no passado = Pret. Perfeito

anterioridade = Pret. Mais que Perfeito

ação contínua no passado = Pret. Imperfeito

ação inacabada = Pret. Imperfeito

( F )Foi divulgado divulgou-se (errado a correção gramatical) (troca da passiva analítica por sintética = equivalentes) 3 dicas VPA VPSint. 1- colocação pronominal (depois que = atrai pronome) 2- concordância 3- tempo verbal ( V )Foi fora (e melhora a coesão)

A questão não se justifica. Justifica por é justificada VPSint VPA (mesmo tempo verbal) Justifica por é (VL) justificável (ADJ.). (errado na conversão VPSint par VPA, muda sentido da frase)

O rapaz seria levado para outro setor. Levaria-se o rapaz para outro setor. Levar-se-ia ...

Acréscimo de verbo O governo encontrou dificuldades depois que foi divulgado o dado. passou a encontrar ( V ) – depende do conector da frase. Coerência frasal

A troca Presente – Ind. Certeza

-- Subj. dúvida, possibilidades depende do tipo de que. Que = pron. Relativo (PR) (pode)

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Que = CIntegr. (CI) (não pode, o verbo sempre modo subjuntivo)

Um país que (PR) investe no futuro merece apoio. invista (V) A troca é possível, mas altera o sentido.

Espero que (CI) o governo, a médio prazo, encontre uma saída. encontra (F) Não pode ser trocado.

Um governo que (PR) encontra uma forma de conciliar interesses cresce encontre (V) A troca é possível, mas altera o sentido. Presente – Ind. Certeza -- Subj. dúvida, possibilidades **Sempre altera o sentido **Gramaticalmente ind. subj.

Parece difícil que(...) uma perspectiva que (PR) limite. Limite=> Limita

É (VL) possível (PRED.) que (CI) instituições funcionem... Funcionem = subj.. possibilidade POR instituições funcionam

Ainda que o governo tivesse ressalvas sobre o fato, o problema foi resolvido. Fut. Subj. Ou Pret. Imp. Subj. conector com carga semântica. Conj. Subordinativa(Ainda que) obriga o verbo estar no modo subjuntivo. A forma verbal tivesse está no subjuntivo em função do articulador Ainda que.(V) A forma verbal tivesse, empregada no modo subjuntivo, denota a opção do autor por um aspecto de dúvida, possibilidade (dúvida ou possibilidade somente para o Presente do Subjuntivo Pret. Imp. Subj. e Fut. Subjuntivo depende do conector)

9- O governo tinha discutido a proposta do ministro.( ter / haver + particípio) Pret. Imperfeito + particípio = pret. Mais que perfeito Tinha discutido (tempo composto) por discutiu discutira ok Tinha discutido por havia discutido (ok)

10- Espera-se que ele tenha resolvido o problema Tenha por haja ( V ) (pres. Do subj. Tempo composto ter/haver)

11- O governo tem feito reformas em diversos segmentos sociais. Forma verbal destacada encontra-se no passado, mas sugere semanticamente, ação contínua, podendo ser substituída por “vem fazendo, está fazendo”. ( V )

TEMPO COMPOSTO

TER / HAVER + PARTICÍPIO RESPEITANDO-SE O TEMPO

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Presente pret. Perfeito pretérito imperf. pret. Mais que perfeito

Formas compostas Tempo composto

Pres. Ind. + particípio pretérito perfeito composto do indicativo (tem/tenho + particípio) Ele tem feito. Eu tenho feito. Valor de tempo contínuo

Pret. Imp. Do ind. + particípio pretérito M Q perf. composto do indicativo (tinha/havia + particípio)

Fut. Do presente + particípio 0 fut. Do pres. composto do indicativo

Fut. Do pretérito + particípio 0 fut. Do pretérito composto do indicativo

Pres. Do subjuntivo + particípio pretérito perfeito composto do subjuntivo

Pret. Imp. Do subjuntivo + particípio pretérito M Q perf. composto do subjuntivo

Fut. Do subjuntivo + particípio 0 futuro composto do subjuntivo

Vozes verbais

Trata-se da relação existente entre o verbo e o seu sujeito.

1- Voz Ativa Suj. Agente Verbo aux. Ter / Haver Qualquer verbo. O dólar caiu (VI) nos últimos meses. O governo decidiu (VTD) a taxa de investimento (OD).

2- Voz Passiva Sujeito paciente (sofre a ação). Formada somente a partir verbos (VTD) ou (VTI). (VPA) SER/ ESTAR + verbo particípio (LOC. DA PASSIVA) (VPS) = verbo + -se (PA) ( o verbo deve concordar com o sujeito. A tarefa foi realizada ontem. Realizou-se a tarefa ontem.

3- Voz Reflexiva Sujeito agente e paciente Pronome reflexivo (OD) (OI) Ocasionalmente pode indicar reciprocidade. Ela se deu uma nova chance. (a si mesma) (Reflexiva) Os jovens se cumprimentam sem reservas. (reciprocidade)

(VPS)=VOZ PASSIVA SINTÉTICA

(VPA)=VOZ PASSIVA ANALÍTICA

12- A questão se justifica de diversas maneiras Se (PA) justifica (VTD) (VPS) é justificada (VPA)

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13- Não foram avaliados todos os pontos. (colocação pronominal)

Foram avaliados (VPA) avaliaram-se (VPS) (não se avaliaram) 14- Ainda não foram notificados todos os candidatos. (concordância verbal)

Ainda não foram notificados ainda não se notificou.(notificaram) 15- Não era observado o padrão utilizado.( Tempo verbal)

Não era observado(pret. Imperf.) não se observou(pret. Perf.) (observava) 16- Ela seria avaliada na ocasião (sujeito posposto)

Ela seria avaliada Avaliar-se-ia ela (suj.) na ocasião

TRANSPOSIÇÃO DE VOZES

1 (VTD) OU (VTDI)

(VA) O rapaz (SUJ) resolveu (verbo VTD) antigos problemas (OD), na ocasião (Adj.adv.) .

(VPA)10 Antigos 2 problemas (suj. paciente) foram 3,4,5(verbo aux. SER) resolvidos (loc. Da passiva) pelo 6,7 (POR/PELO/DE) rapaz (agente da passiva) na ocasião 9 (adj. Adv.).

(VPS)10 Resolveram 3 -se (PA) antigos 11 problemas (suj) 0 8 (ag. Passiva) na ocasião 9 (adj. Adv.).

1- A passagem da voz ativa para passiva ou vice-versa só é possível quando, o verbo é (VTD) OU (VTDI).

2- O objeto direto da voz ativa sempre corresponderá ao sujeito da passiva. 3- O verbo da voz ativa, ao ser passado para a passiva, sofrerá acréscimo de auxiliar

de passiva ou de partícula apassivadora. 4- Deve-se manter tempo / modo ao longo da transposição. 5- Em função do novo sujeito, podem ser feitos ajustes na concordância. 6- O sujeito da voz ativa sempre corresponderá ao agente da passiva. 7- O agente da passiva pode ser introduzida pelas preposições por, pelo (a) ou de 8- Na voz passiva sintética, é comum se omitir o agente da passiva. 9- Outros termos sintáticos como OI e adj. Adv. Não sofrem alterações quando se

modificam a voz da frase. 10- Voz passiva analítica e sintética são sempre formas equivalentes desde que

mantidas as relações de tempo e concordância.

Não se notaram aspectos positivos naquela relação. (VPS)

( E ) passando-se a frase acima, que se encontra na ativa, para a passiva teremos: Aspectos positivos não foram notados naquela relação.

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O governo tinha discutido novas formas de campanha.

( E ) passando-se a frase acima para VPA teremos

Novas formas de campanha foram (tinham sido) discutidas pelo governo.

Não se (PA)espera que o governo resolva isso sozinho(SUJ. PACIENTE).

( E )a oração destacada funciona como complemento verbal (sujeito) do verbo esperar.

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13) Transitividade Verbal ↑ Sumário

6 Nos trechos dizia-se “que qualquer editora contrataria por somas CERTO ? astronômicas” (R.6-7) e tínhamos achado “que muitos colecionadores cobiçariam” (R.22), o vocábulo “que”(retoma o a expressão anterior) introduz orações adjetivas restritivas, nas quais exerce a função de complemento verbal.(o que exerce a função de OD nas suas orações)

Gente, dizia-se, que brilharia no corpo docente de qualquer universidade; especialistas que (OD do verbo contratar) qualquer editora contrataria por somas astronômicas (certos astros não são muito grandes). . Tínhamos achado preciosidades que (OD do verbo cobiçar) muitos colecionadores cobiçariam.

ANÁLISE SINTÁTICA

Informaram ao rapaz (OI) que o problema seria

resolvido em breve e chamaram (VTD – cognominar – dar nome de )o governo (OD)

de corrupto (PRED. DO OBJ) pela falta (CN) de assistência ao (CN) povo.

Não se pose questionar que (OR. S. SUBJ.) o governo tem sido

omisso em diversas situações, mas (OR. COORD. ADVERSATIVA) há questões complexas

em todas as bases administrativas.

1- Os verbos informar (VTDI) e chamar apresentam dois complementos verbais. (E)

2- O vocábulo “que”, que aparece na linha 1 introduz o mesmo tipo de oração que aparece na linha 4. 1ª OR. S. OBJ. DIRETA 2ª OR S. SUBJETIVA (E)

3- A preposição “de” em falta de assistência, e “a” em assistência ao povo introduzem o mesmo tipo de complemento. (CN) (V)

4- O segundo período do trecho apresenta estrutura complexa com as orações coordenadas e subordinadas. (OR. S. SUBJ.) E (OR. COORD. ADVERSATIVA) (V)

5- A preposição “pela” na linha 3 introduz um adjunto adverbial. (V) ADJ ADVERBIAL CAUSA

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I- TRANSITIVIDADE / PREDICAÇÃO VERBAL

Ele Buscava organização...( v. transitivo aceita sujeito)

Organização era buscada... (v. transitivo dir. aceita passiva)

1- Falta v. int. organização suj. no sistema educacional brasileiro . 2- O governo permaneceu v. intr. no local durante adj. Adv. lugar todo o evento.

adj. Adv. tempo 3- Não me OI disseram VTDI coisas relevantes OD. 4- O Brasil se tornou VL um país de corruptos PREDIC. SUJ. 5- Ela acordou v. intr. nervosa PREDIC. SUJ. 6- Eles suj. se OD consideravam VTD pessoas honestas PRED. DO OBJ.

A) VERBO INTRANSITIVO Não apresentam OD nem OI. Podem apresentar ADJ ADV. Ou predicativos. Podem ou não ter sentido completo. Restava V. INT uma opção para o rapaz. SUJ Ela ficou V. INT em casa hoje. adj. adv. Ela ficou V. INT nervosa. pred. do suj. Ela ficou VTD com o dinheiro. OI

B) VTD Exigem OD, ou seja, complemento sem preposição. Admitem adj. Adverbiais e predicativos. Admitem voz passiva. As meninas suj. encontraram VTD os pais OD nervosos. PO (pred. Objeto) (Eu) Não o OD (pronome) encontrei VTD novamente. (Eu)Deixei VTD que ele me ajudasse nas tarefas. OD (oração) (Eu)Conhecia VTD apenas uma parte da verdade. OD (nome)

Obj Direto pode ser representado por NOME, PRONOME ou ORAÇÃO. Amava VTD a mim. OD preposicionado (exigida pelo objeto e não pelo verbo) Amava VTD a (ênfase) seus filhos. OD preposicionado

A preposição aparece por exigência do tipo de complemento ou para dar ênfase ao objeto. (pronome átono sempre preposicionado)

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Este trabalho(OD pleonástico), já o OD realizei VTD outras vezes.

(OD pleonástico) trata-se da repetição do OD na mesma estrutura oracional. Viveu VTD uma vida de aventuras. OD interno (intrínseco)

Consiste na utilização de uma palavra cognata ao verbo como núcleo do OD. C) VTI

Exigem OI regido por preposição. Ocasionalmente, a preposição pode vir subentendido. Admitem adj. Adv. E ou predicativos. Não adj.adv. lhe OI(pronome) interessava VTI o assunto . suj. Duvidava VTI de que o problema seria resolvido. OI (oração) Precisamos VTI de pouca coisa OI (nome) ao longo da vida. Adj.adv.

OI pode ser representado NOME, PRONOME ou ORAÇÃO.

D) VTDI Apresentam dois complementos sintáticos distintos OD + OI. Podem apresentar adj. Adv. E ou predicativos. (ele)Avisou VTDI os amigos OD sobre sua decisão. OI (ele)Avisou VTDI aos amigos OI sua decisão. OD Avisou-me sobre sua decisão.

E) VL Unem o sujeito a um predicativo do sujeito. LISTA Ser, estar permanecer, continuar, parecer, tornar-se, viver (= estar), andar(= estar), virar (= tornar-se)

Para ser VL tem que estar na lista + pred. Do sujeito

Podem apresentar adj. Adverbiais

Nunca apresentam OD nem OI. Ela suj. continuava v. int longe dos pais adj. Adv. Ela suj. continuava VL estar na lista uma pessoa simples pred. Do sujeito depois de tudo. adj. Adv. CESPE pensando... 1 O governo suj. me OD considerou VTD adequada à tarefa ( a mim) (PO) ( V ) O verbo considerar apresenta natureza transitiva predicativa(obj + predicativo), conforme se verifica no enunciado acima. 2 Morava V. int. em Belo Horizonte adj. Adv. lugar há anos. adj. Adv. tempo

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( V ) O verbo morar exige a preposição “em” e é um verbo intransitivo adverbiado ou circunstanciado. 3 Queixou-se do amigo OI com o irmão. OI (Queixar-se de alguém com alguém ) ( V ) O verbo queixar é pronominal ok (queixar-se) e foi usado com dois complementos indiretos, ou seja, regidos por preposição. 4 O governo suj. comunicou VTD o fato OD na ocasião. adj. adv. (implícito OI a alguém) ( e ) O verbo comunicar, usualmente regido de dois complementos, foram empregados apenas com obj, direto, deixando implícito seu complemento direto.(indireto)

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14) Classificação do Sujeito e do predicado ↑ Sumário II- CLASSIFICAÇÃO DE SUJEITO

Solução (suj. OD) existia (V. int.) (havia-VTD or. Sem suj. ), mas as polícias (suj. simples) civil e militar estavam longe de encontrá-la.(retoma suj. “Solução”)

1- ( E ) a substituição do verbo existir pelo verbo haver na linha 1 não comprometeria o sentido nem alteraria as funções sintáticas dos termos da oração, desde que mantidos o tempo e o modo do verbo original. (A oração faz sentido e está correta, mas ocorre alteração na estrutura sintática da oração. )

2- ( ) A segunda oração do período apresenta sujeito composto anteposto ao verbo. (suj. simples apresenta apenas um núcleo com dois adjetivos qualificando as polícias)

3- ( ) O pronome “lá” que exerce função sintática de OD retoma contextualmente o sujeito da 1ª oração do período. (retoma suj. “Solução”)

Sujeito - Determinado (existe e pode ser identificado na oração ou no contexto.)

* simples – expresso ou subentendido *composto * oracional - Indeterminado (existe, mas não pode ser identificado) * 3ª plural sem agente * 3ª do sing. + se (IIS) - Inexistente ( não existe sujeito) * haver (existencial), * haver e fazer (tempo) * fenômenos naturais * ser (hora, data, distância)

Classificando o sujeito

1- (ele)Não havia resolvido a data da prova.(suj. simples, subentendido, desinencial) 2- Aqui se avalia(VTD) o ensino (suj. SIMPLES,paciente) 3- Não se(IIS) trata (VTI) de um fato relevante(OI). (or. Sem sujeito) 4- Já faz(tempo decorrido) cinco anos que ele (suj. simples) está aqui. (suj.

inexistente) 5- No Brasil, roubaram políticos, roubaram anônimos, roubaram todos e ninguém se

move.(suj. simples(todos 4))

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CESPE A construção da frase permite entender “políticos, anônimos, todos” como suj. e objeto, mas o contexto discursivo faz entende-los como sujeitos. (V) Pode-se colocar uma vírgula antes da conjunção “e”(sim, pois são sujeitos diferentes) (V) O vocábulo “ninguém” usualmente empregado para pessoas no contexto discursivo pode ser entendido como país. (V)

6- As crenças (suj . simples) de jovens e (+ as)( tornaria suj. composto)de adultos mudam ao longo do tempo.

O verbo mudar está no plural para concordar com sujeito composto.(F) Trata-se de um suj. simples e o núcleo do sujeito está no plural. (V) Se eu colocar um “as” depois do “e” muda-se a estrutura sintática e o sentido da frase

(V) (torna-se sujeito composto) Posso retirar a preposição “de” sem alterar a estrutura e entendimento da frase(V) 7- Nada (suj.) interessa (VTI) à população local. (OI) 8- Cabe ao governo (OI) rever metas. (SUJ. oracional)

Tipos de Predicado

Verbo Predicativo

Verbal (único que não apresente predicativo)

VI, VTD, VTI, VTDI O

Nominal (único que apresenta v. de ligação)

V. LIG Pred. Do sujeito

Verbo-nominal (apresenta predicativo, mas não apresenta v. de lig.)

VI, VTD, VTI, VTDI Pred. Do sujeito ou pred. Do objeto

VERBOS DE LIGAÇÃO SECA PP FT Seca Pres. Prudente faz tempo vivo Ser, estar, continuar, andar (estar), parecer, permanecer, ficar, tornar-se, viver (estar), virar (tornar-se)

**Suj. + VL (v. estar na lista)+ Pred. Do suj. +(adj. adverbial)**

Suj. + VL VI (v. estar na lista)+ Pred. Do suj. +(adj. adverbial)

Suj. + VL VI (v. estar na lista)+ Pred. Do suj. +(adj. adverbial)

Ela (suj.) ficou VL (está na lista) triste (pred. Suj.)

Ela (suj.) ficou VI (está na lista) em casa (adj. adv. lugar) falta o pred. Suj.

Ela (suj.) ficou VTI (está na lista) com a herança (OI)

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Quem fica fica com

O rapaz(suj.) acordou (não está na lista) VI nervoso (pred. Suj) /naquele dia. (adj adv. Tempo)

Diferenças entre o complemento nominal e o adjunto adnominal.

DIFERENÇA: o Complemento Nominal se liga a substantivos abstratos, a

adjetivos e a advérbios + mente; ligado por preposição (-) exceto preposição “de” o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a ação expressa pelo nome a que se liga; o complemento não expressa ideia de posse; CN normalmente núcleo não é uma pessoa e não tem reescritura para voz passiva analítica.

o Adjunto Adnominal se liga a substantivos, que podem ser abstratos ou

concretos. o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a ação expressa pelo substantivo modificado por ele. O adjunto frequentemente indica posse.

CN X ADJ. ADNOMINAL As pessoas encontram, hoje em dia, soluções 1 para quase todos os problemas 2a da humanidade, o que implica, 5 até certo aspecto, 3 uma série 2b de visões diferentes 4 sobre o homem sob um enfoque analítico.

1- **( F ) para tem como termo regente o termo de natureza verbal que requer para si 2 complementos. (CN) (localização do termo regente)

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2- **( V ) a preposição de 2a (AD.ADN) na linha 2 estabelece o mesmo tipo de relação sintática que a preposição de 2b (AD.ADN) na linha 2

Relação sintática 2 tipos: NOMINAL CN OU AA VERBAL OI OD OD PREPOSICIONADO

CN (compl. Nominal)

Nome antecedente for adjetivo ou adverbio

Qdo suj. abstrato (PACIENTE) Amor à mãe (a mãe é amada)

AMOR, PENSAMENTO (Subst. Abstrato) logo CN

AA (ADJ. ADNOMINAL)

Qdo sem preposição.

Suj. concreto.

Qdo suj. Abstrato (AGENTE) Amor de mãe (a mãe que ama)

Problemas da humanidade

Série de visões.

Problemas e Série (subs. Concreto) logo AA

*** todas são Adj. Adnominal, exceto as com preposição***

Ideia de posse Com preposição se for concreto “tá junto” Abstrato, “fantasma, não anda junto” só se ele for agente COMPLEMENTO NOMINAL CN (não tem ideia de posse) Só com Preposição

Fantasma paciente

Adjetivo , Advérbio (também são fantasmas)

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Toda oração subordinada adjetiva (explicativa ou restritiva) exerce apenas uma função sintática: adjunto adnominal.

Preposição + (...)

NÃO ADJ ADN.

SIM

ADJETIVO E ADVERBIO CN SUBSTANTIVO CONCRETO ADJUNTO ADNOMINAL

SUBSTANTIVO ABSTRATO (SAQE – sentimento, ação, qualidade,

estado)

Agente Adj. Adnominal

Paciente Complemento Nominal

Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno". “De madeira” é complemento nominal ou adjunto? Lembra-se do que dissemos na “primeira diferença”? O complemento nominal se liga exclusivamente a substantivos abstratos. “De madeira” está modificando um substantivo concreto, “casas”. Logo, “de madeira” é adjunto adnominal. Outro exemplo: “Ele é igual ao pai”. Qual a função de “ao pai”? Ele está se referindo a “igual”, que é adjetivo. Como dissemos na “primeira diferença”, o complemento nominal se liga a adjetivos, o adjunto não.

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Portanto, “ao pai” é complemento nominal. Mais um exemplo: “Amor de mãe é eterno”. Qual a função do termo “de mãe”? Ele está modificando um substantivo abstrato, “amor”. Logo, pode ser complemento nominal ou adjunto. A “segunda diferença” vai nos ajudar: “de mãe” tem sentido ativo, a mãe sente o amor. Assim, “de mãe” é adjunto adnominal. Mais um: “O amor à mãe é sagrado”. O termo “mãe” agora tem sentido passivo. “Mãe” não está dando amor, mas sim recebendo. Conclusão: “à mãe” é complemento nominal. Um último exemplo: “A fuga do ladrão foi ousada”. Há neste caso ideia de posse: “do ladrão” é, portanto, adjunto adnominal.

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Classificando de predicado 1- A ideia (suj.) está (VI, não tem predicativo) na cabeça de quase todo o

governo.(adj. Adv. Lugar) pred. verbal 2- Não o(OD) tornarei (VTd) um homem menos forte. (pred. Do objeto) pred.

Verbo-nominal 3- A decisão (suj.) foi avaliada (loc. Passiva)(avaliou-se)diversas vezes.(adj.

Adv.) pred. verbal 4- O governo (suj.) permaneceu (VL) imóvel (pred. Do sujeito) diante da cena.

(adj. Adv.) 5- As pessoas (suj.) chegaram (VI) atrasadas (pred. Do sujeito) ao local do

evento .(adj. Adv. lugar)em função do trânsito. .(adj. Adv.)

III- Termos sintáticos ligados ao nome.

O jovem, de quinze anos,(explicativa, apenas 1 jovem de 15 anos) reapareceu no local do crime. ”As mulheres de hoje não conseguem lidar com esse tipo de relação e buscam outras opções.”

A crítica ao diretor foi severa, caros leitores.

1- As vírgulas na expressão “de quinze anos”, tem caráter meramente enfático e poderiam ser suprimidas sem alteração de sentido. (E) (generaliza para todos os jovens de 15 anos)

2- A expressão de quinze anos, constitui um termo sintaticamente articulado ao nome antecedente, restringindo-lhe o significado. (E) (explica)

3- A expressão “de hoje” tem natureza adverbial que se refere no contexto ao vocábulo “mulheres”.(E) (função adjetiva restritiva, caracteriza o termo antecedente)

4- A preposição “com” na linha 2 introduz um complemento nominal do termo antecedente.(E) (complemento verbal OI)

5- O conector ”e” na linha 2 poderia ser precedido pelo conector “por isso” entre vírgulas.(E) (seguido entre vírgulas, ou substituído com apenas uma vírgula antes do conector)

6- A combinação “ao” ao se substituído por “do” alteraria significativamente o sentido do texto, mas não comprometeria nem alteraria as relações sintáticas existentes entre crítica e diretor. (E) (de complemento verbal vira adjunto adnominal)

7- O termo “caro eleitores” não se comunica semanticamente com nenhum outro termo da frase e poderia, feito ajustes na pontuação, ser deslocado ao longo do período sem mudar sua função sintática. Em função da mobilidade que possui. (V)

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Outros termos sintáticos

Complemento Nominal (é um termo obrigatoriamente preposicionado que completa o sentido de nomes transitivos.) = pode completar substantivo Abstrato , adjetivos ou advérbios.

Os homens são favoráveis (nome, adjetivo) às mudanças.

adjunto Adnominal (acompanha substantivos concretos ou abstratos, atribuindo-lhes características, qualidade ou estado)junto do nome

Os homens velhos voltaram ao local

Aposto (termo de natureza explicativa que vem entre vírgulas, parênteses ou travessões; que se refere ao termo antecedente.)

Vocativo é um termo isolado da oração, refere-se ao ouvinte, vem sempre entre vírgulas ou pausas equivalentes. (?,!, :)

O jornalista, Roberto Andrade, esteve aqui. (pode ser aposto , ou vocativo; existe ambiguidade)

Roberto Andrade, o jornalista, esteve aqui. (aposto)

Termo típica da passiva analítica que pratica a ação sobre o sujeito paciente. (por, pelo, de)

O local estava lotado de estrangeiros.

Os estrangeiros lotavam o local.

adjunto adverbial (palavras ou expressões que exprimem circunstâncias)

Modificam adj. , verbos ou advérbios.

Predicativo (termo do predicado que sugere qualidade, característica ou estado ao sujeito ou ao objeto.)

Elas encontraram os pais sozinhos. (pred. Do objeto)

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Elas encontraram os pais sozinhas. (pred. Do suj.)

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15) Identificação do Sujeito ↑ Sumário

COMO IDENTIFICAR:SUJEITO DA ORAÇÃO

1- Função de sujeito Caso DEFAMAVOS

( verbos causativos: deixar, fazer, mandar

Verbos sensitivos: ver, ouvir, sentir. + pronome (o, a) + v. Inf.)

(Eu) Mandei-/o (Suj.) ficar aqui/ OD.

(Eu) Não o (Suj.) vi /entrar em casa/OD.

2- Pronome Demonstrativo O (aquilo) (suj.) que (suj.) mais admiro em você são os seus olhos.(VL conconda com o Predic. do Suj. )

O Verbo "Ser"

A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do verbo ser,

essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do sujeito.

O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito:

a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes - isto, isso, aquilo, tudo, o - e o

predicativo estiver no plural.

Exemplos:

Isso são lembranças inesquecíveis.

Aquilo eram problemas gravíssimos.

O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos.

b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um substantivo

no plural.

Exemplos:

Nosso piquenique foram só guloseimas.

Sujeito (coisa) Predicativo do Sujeito

Sua rotina eram só alegrias.

Sujeito (coisa) Predicativo do Sujeito

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Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito.

Por Exemplo:

Gustavo era só decepções.

Minhas alegrias é esta criança.

(oração invertida) A criança é a alegria. E não, a alegria que é a criança.

Obs.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um elemento

sobre o outro.

Por Exemplo:

A vida é ilusões.

c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem.

Por Exemplo:

Que são esses papéis?

Quem são aquelas crianças?

Cuidado

Chegaram as novas cartas (suj) relação ativo

Enviaram as novas cartas (OD) relação passivo (pode ir para passiva)

1. O enfoque nas soluções únicas dos problemas

/ que (OD)”NÓS”(suj. desinencial) enfrentamos/ (os problemas)

empobrece, quase sempre, a qualidade mesma do raciocínio.

(A) O (Aquilo) / que há (existencial)de mais terrível nas cenas de violência transmitidas pela TV /

(Aquilo)- está- estão nas reações de indiferença de alguns espectadores.

1. São as possibilidades de enfoques alternativos o (aquilo) que(suj. retoma

aquilo) importa nas operações que(suj. retoma operações)levam a soluções múltiplas.

Aula 10.3

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2. Quase ninguém, /entre os que (suj. pron. Relat. Retoma “os” aqueles) se

valem (valer) do controle remoto,/ resiste à tentação de passar velozmente por todos os canais de TV.

(o “pron demons.” = v. Sing. , os = v. Plural ou pred. Do suj. no Plural)

3. O (aquilo) /que (suj. do verbo impõe retoma aquilo) nos mandamentos de Moisés se impõe como um dos princípios fundamentais / é a necessidade de reconhecimento dos nossos limites.

4. Quando o /que indica (indicar) nossos caminhos/ são os apelos da voz interior (predicativo do sujeito no plural) , a escolha profissional não é aleatória.

5. Podem ser mais fortes do que as circunstâncias humanas o interesse

daqueles que (Daqueles) estabelecem de vez a concentração do poder econômico. Quando o sujeito é representado por 'que ou quem, nada, tudo, isso, isto, aquilo, o', o verbo SER, preferencialmente, concorda com o predicativo do sujeito se estiver no singular ou no plural

3- Sujeito Oracional. Sujeito oracional 3ª sing. Masculino

Fumar e Beber neste local é proibido.

OBS.: Na Língua portuguesa os infinitivos e asa orações representam o número

singular e o gênero masculino.

4- Aos moradores jamais poderia ocorrer (isso) que os policiais se solidarizassem com eles.(suj. oracional)

5- (PA) Sujeito passivo “Em qualquer notícia que provenha do nosso íntimo não mais HÃO (haver) de se (PA)ocultar (VTD) as verdades (suj. passivo) que fingimos desconhecer. ... há de haver (VTD) as verdades (OD)... ...Hão de existir as verdades (SUJ.) Se tivessem havido firmes reações...

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VERBO DISTANTE DO SUJEITO

INVERSÃO FRASE

FRASE INVERTIDA SUJEITO PÓSPOSTO AO VERBO

2. Nas palavras dos piores contraventores (existir) insolentes alusões à moralidade.

* Quem pratica a ação de existir. –

- insolentes alusões ...existem....

3. Aqueles/ de quem não advém qualquer reação contra os desonestos/

(Aqueles)acabam estimulando a corrupção.

4. Está (estar) nos traços da cultura brasileira,

/que são também estratégias de sobrevivência, / (or. Adjetiva)

uma forte inspiração para um ensino que ensine. Suj. total

5. São muitas as pessoas

/ a quem (pron. relativo) pode convencer (loc. verbal) uma proposta ampla, honesta e

revolucionária para o nosso ensino.

6. O despertar para a dialética e para relações contrastantes abre (abrir) um caminho mais consequente para a reflexão e para a prática. 7. A entrada dos 2 000 tem (têm) trazido a reversão das expectativas de que haveria a inauguração de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade.

FRASE COM SE

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Não se devem (sujeito oculto "ninguém" ) responder aos sacrifícios humanos com o cinismo de quem se julga superior. Ninguém deve responder aos sacrifícios humanos com o cinismo de quem se julga superior! Então a frase fica assim: Não se deve responder aos sacrifícios humanos com o cinismo de quem se julga superior!

FRASE COM QUE I) Orações Subordinadas Substantivas: Equivalem a um substantivo (=isto). Apresentam-se introduzidas pelas conjunções integrantes que e se ou por pronome indefinido, pronome ou advérbio interrogativo. 1) Subjetivas: Exercem a função sintática de sujeito. a) Verbo na 3ª pessoa do singular (CONVIR, CUMPRIR, IMPORTAR, URGIR, ACONTECER, PARECER, etc.) seguidos de QUE, SE. b) Expressões na voz passiva: SABE-SE, SOUBE-SE, DIZ-SE, CONTA-SE, É SABIDO, ESTAVA DECIDIDO, etc. c) Verbo de ligação mais predicativo: É BOM, É CONVENIENTE, ESTÁ CLARO, etc.

Ex.: Parece [que ela chega hoje.] Não se sabia [se era verdade.] É claro [que ficarás bom.] SUJEITO ORACIONAL: quando o sujeito aparece sob forma de oração, a expressão da oração principal não varia. a) Verbos do tipo: Convém, Basta, Parece, Falta, Importa... Convém/que estejas aqui na hora marcada. or. princ. or. subord. subst. subjetiva b) Verbo de ligação + predicativo do sujeito: É bom, Está claro, Parece possível... É bom / que digas a verdade or. princ. or. subord. subst. subjetiva c) Expressões na Voz Passiva: Sabe-se, Diz-se, Conta-se, É sabido... Sabe-se/que ele disse a verdade. or. princ. or. subord. subst. subjetiva

IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO Observação:

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Em muitas orações, o sujeito é exercido pelo pronome relativo QUE ou por seus relativos correspondentes - O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS. A FUNÇÃO DO PRONOME RELATIVO(SUJ. OU OD) não tem relação com o termo retomado. 9.(nós) Somos o único povo da História que(pro. Rel. retoma “povo”) ainda mantém um pouco da alegria do viver.

10 .No intervalo da conferência, surgiram várias ideias (suj. de surgiram) asquais(suj. de induziram) (retoma ideias) induziram o palestrante a mudar o rumo de seu discurso.

USO DO QUE (SUJEITO OU OD)

Isto é um exemplo do que pode acontecer. Isto são exemplos do que pode acontecer. Tudo o que eu quero é um dia sossegado. Tudo o que eu quero são dias sossegados.

Quem é este garoto? Quem são estes garotos? Que é este embrulho? Que são estes embrulhos?

SUJEITO NÃO PODE TER CARGA PASSIVO

1. Caberia comercializarem-se os televisores com uma advertência expressa

sobreo perigo que (OD) representa as exposições contínuas à tela de uma TV.

Cuidado: São as exposições contínuas .... que representa o perigo.

2. Incluem-se(a pensão, e o seguro) entre tantas vantagens que(OD)proporcionam o trabalho assalariado a pensão para os que se acidentam e o seguro para os que perdem o emprego. *É o trabalho assalariado que proporciona vantagens.Cuidado ver sentido da oração.

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> Ainda cabe aos alunos da 1ª série consertar o dano que causaram à escola. não é o sujeito >Enreda-se nas tramas das próprias memórias todo aquele que não busca abrir, para si mesmo, novos tempos e novas experiências. > A qualquer pessoa podem ocorrer, neste tempo de radicalismos, argumentos em favor da mais pessimista expectativa histórica. >Se a cada um de nos efetivamente perturbassem os que agem mal, a impunidade seria impossível. Para as pessoas mais sensatas implica VTDI (implicar) sérios riscos

(OD) a drástica divisão entre pessimistas e otimistas.

> Não ocorre aos bons cidadãos que os maus contam com o silencio da sociedade (sujeito oracional) para seguirem sendo o que são. b) Em virtude da regra acima, não se deve, portanto, preposicionar um termo que exerce a função sintática de sujeito. Observe: >Esta na hora da onça beber água. (construção errada) Corrija-se para... > Esta na hora de a onça beber água. sujeito do verbo "beber" :> Apesar da manifestação ocupar as ruas principais, o transito fluía normalmente. (construção errada) Corrija-se para...

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>Apesar de a manifestação ocupar as ruas principais, o transito fluía normalmente. sujeito do verbo "ocupar" Apesar do trânsito não fluir bem... Apesar de o trânsito fluir bem ...(o que flui bem é o trânsito (suj.)) Questão CESPE TRE/BA “O/ que verdadeiramente interessa no caso / é que, no processo, a indignação de Ramos, apesar de ele (suj.) ter sido considerado um homem dele haver violento, pareceu compreensível aos depoentes.” ** O segmento ”apesar de ele ter sido considerado um homem violento” pode ser corretamente substituído pelo seguinte: apesar dele haver sido considerado um homem violento.

** Devem existir ratos (suj.)no porão

Mas...

Deve (3ª sing. haver (VTD) ratos (OD)no porão.

** Costumam ocorrer manifestações (suj) a favor da legalização da maconha.

Mas...

Costuma haver manifestações (OD) a favor da legalização da maconha.

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16) Condordância Nominal ↑ Sumário

OBS: milhão e milhares são palavras masculinas

Os milhares de pessoas chegaram. Os milhões de mulheres chegaram.

Ela reconheceu-me.(VTD) Ela obedeceu-me. (VTI) Ela reconheceu a mim. Ela obedeceu a mim.

Quando o verbo exigir outra preposição, que não a a, somente se usam os pronomes oblíquos tônicos:

Ela gosta de mim. Ela mentiu perante mim. Ela faz tudo por mim.

1- Expressão partitiva (uma parte de, a metade de, o grosso de, um grande número de, uma porção de, a maioria de, etc)

Boa parte dos inscritos no último concurso irá / irão realizar a prova.

Grande número de automóveis circula / circulam ...

2- Sujeito Subs. Coletivo (bando, grupo, equipe = necessita especificação)

Um bando de aves sobrevoava / sobrevoavam ...

Um grupo de arruaceiros invadiu / invadiram ...

O ramalhete de rosas murchou. (ramalhete só pode ser de flor expressão específico = verbo concorda com ramalhete)

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3- Verbo anteposto (coletivos, partitivos) “só admitido concordância nuclear”

Nas capitais, circula grande número de automóveis.

4- Numeral no sujeito (cerca de, perto de, mais de, obra de) ***Não altera o sentido do texto *** CESPE ***

1% dos alunos pode / podem

2% do alunado pode / podem

0,8 vez

2,5 vezes

Perto de 15 manifestantes se aglomeraram...

Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes tudo, nada, isto, isso, aquilo ou “coisas”, o verbo ser concordará com o predicativo (preferencialmente) ou com o sujeito.

No início, tudo é/são flores. Tua Palavra sempre foi/foram as Sagradas Escrituras. Vestidos, sapatos e bolsas são/é assunto de mulher.

“Já é mais do que conhecido que o principal problema do sistema tributário nacional são justamente as contribuições, e não os impostos propriamente ditos.” (Revista CNT, “Lixo tributário”) a) “Com os verbos ser e parecer a concordância se faz de preferência com o predicativo, se este é plural.” (Luiz Antonio Sacconi)

O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos que ou quem.

– Que são anacolutos? – Quem foram os classificados?

Em indicações de horas, datas, tempo, distância (predicativos), o verbo concorda

com o predicativo. – São nove horas. – É frio aqui.

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– Seria meio-dia e meia ou seriam doze horas? – Daqui à Cidade são só dez quilômetros.

Cuidado!!!

Em indicações de datas, são aceitas as duas concordâncias, pois subentendese a palavra dia. – Hoje são 4 de setembro. – Hoje é (dia) 4 de setembro.

Indicando horas e seguido de locuções como “perto de”, “cerca de”, “mais de”, o verbo “ser” tanto pode ficar no singular como no plural.

– Era/Eram cerca de dez horas.

Fica o verbo “ser” no singular quando a ele se seguem termos como muito, pouco, nada, tudo, bastante, mais, menos, etc. junto a especificações de preço, peso, quantidade, distância, etc. Ou seguido do pronome demonstrativo o. – Cento e cinquenta reais é nada, perto do que irei ganhar em São Paulo. – Cem metros é muito para uma criança. – Duas surras será pouco para ele aprender. – Divertimentos é o que não lhe falta naquele parque temático.

Na expressão expletiva é que, se o sujeito da oração não aparecer entre o verbo ser e o que, o ser ficará invariável. Se o ser vier separado do que, o verbo concordará com o termo não preposicionado entre eles. – Eles é que sempre chegam atrasados. – São eles que sempre chegam atrasados. – São nessas horas que a gente precisa de ajuda. (construção inadequada) – É nessas horas que a gente precisa de ajuda. (construção adequada)

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“O direito de ir e vir, de trabalhar e de estudar é a mola mestra da inclusão de qualquer cidadão”: O direito de ir e vir, o de trabalhar e o de estudar são a mola mestra da inclusão de qualquer cidadão.

Justificativa Para A Concordância Alteração na concordância Sentido Substituição de termo 1. ( E ) O povo brasileiro tem interesse no setor, os políticos, não.

A vírgula empregada no trecho é um mecanismo coesivo capaz de evitar a repetição vocabular. No contexto, a vírgula equivale a expressão “tem (“têm” refere-se aos políticos, plural) interesse no site”

2. ( E ) Caros eleitores (vocativo), votem (vocês)votei(eu) com consciência o uso plural, na fase, em “votem” se justifica pela concordância com forma nominação “caros eleitores”.

3. ( ) Falta, no Brasil, recurso e administração efetiva. Anteposto (Faltam) Recurso e adm. Efetiva (suj. composto) faltam no Brasil.

4. A maioria da população brasileira dispõe de crédito. (dispõem) não pode ser trocado a maioria sing. A população brasileira tbém é singular A maioria dos brasileiros dispõe ou dispõem de crédito.

5. Esperava que existissem, no país, normas sobre o fato. Tivessem (não pode ser usado com sentido existencial)

6. Não pode, em situações comuns, haver problemas. (OD). Podem... existir problemas (suj.) (não pode existirem)

7. No Brasil, os governantes, têm que discutir propostas. ... têm ... discutirem...(locução verbal só flexiona o auxiliar)

8. Nenhum de nós sabe (sabemos) o que aconteceu no local. (cada e nenhum sempre singular.

1- ( F ) Caros eleitores (vocativo), (vocês) votem com consciência. (...,votei com consciência) pode se trocar a conjugação. O uso da 3ª pess. Do plural é justificado em função do termo de natureza nominal (Caro eleitores).

2- ( F ) Cada um de nós sabe o que é relevante.

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Seria possível substituir a forma verbal sabe por sabemos sem prejuízo para a norma e / ou sentido do texto, permitindo, desse modo, uma maior interação com o leitor. (cada um e nenhum não pode ser plural 3ª pessoa singular)

3- ( V ) Os governantes lutam para, em algum momento, modificar o futuro do país. Modificar modificarem (período composto – mesmo sujeito) ( F ) As pessoas que se dispuseram a resolver o caso não estavam no local Resolver resolverem (locução verbal apenas o auxiliar varia) ( V ) Deixou os brasileiros (suj.) agirem por conta própria. AGIREM AGIR (os) (regra defamavos) se nome facultativo se pronominal 3ª sing.

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17) Casos mais comuns CESPE ↑ Sumário

Tratam(VTI)-se(ISS) de fatos complexos. 3ª sing. 3ª sing.

Cada um(s) 3ª sing. Nenhum(a) de / dos das 3ª sing. Nenhum de nós escolheu a vida que tem. ... escolhemos ...

Haver (existencial) 3ª sing. TER (existencial) 3ª sing. Haver / Fazer (tempo) 3ª sing. *existir / ocorrer / acontecer - Flexiona Auxiliar de verbos impessoais 3ª sing. Coisas novas podem acontecer no setor. ...pode haver...

Suj. oracional 3ª sing. Cabe aos homens discutir o futuro. (suj. oracional) Procura-se avaliar a resposta. (suj. oracional)

Concordância lógica ou atrativa. Um(a) dos / das que Grande parte de / A maioria de ... Suj. composto posposto Numeral + determinante Resta ao homem moderno decepção e renda. (atrativa) ( F ) a frase poderia ser construída desta forma Decepção e renda ao homem moderno resta.(restam) (lógica) A maioria da população enfrenta. (só sing.)

Pron. De Tratamento 3ª pessoa Vossa excelência sabe de vossas suas obrigações.

Flexão do infinitivo Loc. Verbal apenas o auxiliar varia o infinitivo não se flexiona. Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir, continuar,... As pessoas têm que avaliar o futuro ... avaliarem ...

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** Em caso de período composto, quando a 2ª oração for introduzida pela preposição a, a flexão do inf. Será facultativo.

Os mais velhos (suj.) incentivam os mais novos (suj.) a deixar (deixarem) o lar. (oração com sujeitos diferentes.)

** Caso (DEFAMAVOS)–deixar, fazer, mandar, ver, ouvir, sentir (DEFAMAVOS) + infinitivo Se suj. for pronome a flexão será proibida. Se o suj. for nome a flexão será facultativa. Deixou os meninos dormir / dormirem. (Ele) Deixou-os dormir. Deixou as mães pensarem. Deixou-as pensarem **CESPE ** ( F ) Seria possível sem prejuízo para a norma substituir o pronome oblíquo as.

A maneira de Eles agirem me agrada. Em se tratando de sujeitos distintos, flexiona-se o infinitivo

Período composto com o sujeito, a flexão facultativa sobretudo se o inf. Estiver preposicionado.

As pessoas têm medo de se sentir mal. de se sentirem mal.(tem o mesmo sujeito) Eles pediram para sair / saírem mais cedo.

Parecer. apenas o parecer varia. LV

apenas o infinitivo varia. PC Pareciam compreender a matéria. Parecia compreenderem a matéria.

Casos de Concordância da CESPE

1 Em locuções verbais, apenas o verbo auxiliar se flexiona o infinitivo não varia, Os brasileiro começaram, em algum momento, a questionar o Governo. principais: Ter, haver, começar (a), voltar (a), chegar(a), ir, ser, estar, dever, poder, continuar (a), passar (a)... Ela fez as moças falar / falarem.(Ela fez com que as moças falassem) DEFAMAVOS

2 Deixar, fazer, mandar, ver, ouvir, sentir. verbos causativos e sensitivos + inf.

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Se o sujeito for um nome plural , a flexão so infinitivo será facultativa. Se o sujeito for pronome plural, a flexão será proibido. Deixei os meninos dormir ou dormirem. Deixei-os dormir/dormirem.

3 Em caso de período composto em que as orações apresentam o mesmo sujeito, a flexão do infinitivo será facultativa. Eles pediram para sair mais cedo. Saírem Saírmos Eles têm medo de se sentir mal Se sentirem

4 Em construções com sujeitos distintos a flexão no infinitivo é necessária A maneira de Eles agir / agirem é interessante. A forma de os rapazes conduzirem o caso é interessante. É hora de a onça beber agua.

5 Em casos de períodos compostos , quando a segunda oração vier regida pela preposição “a” a flexão do infinitivo será facultativa, Viu os rapazes a cantar naquele dias. A cantarem... Eles estavam dispostos (eles aceitaram o pedido) a aceitar / aceitarem o pedido.

6 Pron. De tratamento 3ª pessoa com verbos e formas auxiliares concorda em gênero com o sexo da pessoa a que se referem. Vossa Excelência, Senhor Juiz, está ciente de suas obrigações, por isso esta preocupado.

7 Que sujeito, o verbo concordará com o termo antecedente Fomos nós que resolvemos o problema.

8 Quem sujeito, o verbo concordará com o termo antecedente ou permanecerá n 3ª pessoa sing., concordando com o próprio quem. Fomos nós quem resolveu / resolvemos o problema. Foram as mulheres quem mais evoluíram / evoluiu nos últimos anos.

9 Nenhum (a) de / dos / das 3ª do sing. Nenhum de nós reconhece / reconhecemos seus problemas.

10 Cada um (a) de / dos / das 3ª do sing. Cada uma delas sabe o que quer. Sabem Cada um de nós tem temos um sonho.

11 Haver com valor existencial (3ª, verbo impessoal, or. sem suj. , VTD, contamina o verbo. Coisas diferentes começaram (começou), por razões diversa, a haver; mas, por outro lado, foram elas necessárias para que tudo melhorassem. Mudanças precisa haver.

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Mudanças precisam existir.(existir, acontecer, ocorrer são variáveis) Mudanças precisam ter. Na reunião, teve (houve) quem criticasse o governo.(verbo ter não pode ser usado com valor existencial) Haviam (Eles) encontrado o rapaz. = Encontraram o rapaz (verbo haver com outro sentido – não existencial- variam)

12 haver / Fazer (tempo decorrido ) 3ª do sing., verbo impessoal, or. Sem suj., auxiliares também não variam. Vai fazer dois anos que estamos aqui. Haviam Havia semanas que não se falavam.

13 suj. oracional o verbo da oração principal fica sempre na 3ª do sing. Cabem Cabe aos homens, discutir o futuro do país (suj. oracional). É importante que vocês estudem. Não é sabido... Não se (PA) sabe(VTD) se o país cresceu nos últimos anos. O verbo saber está singular porque apresenta uma construção genérica, com sujeito indeterminado. (E)

Se * PA o verbo concordará com o sujeito. Não se explicam tais fenômenos. * IIS o verbo permanecerá na 3ª do sing. Trata se de fatos recentes.

CESPE- Aula 5 - Parte II

Lógica ou atrativa

14 Suj. composto posposto ao verbo Resta ou restam uma esperança e alguns recursos no caso.

15 Expressões partitiva + determinante Grande parte dos produtores investe ou investem nisso.

16 numeral + determinante 15 % da produção apresentou ou apresentaram defeito.

17 Pron. Indefinido ou interrogativo, no plural, + nós / vós. Quais de nós sabem ou sabemos a verdade? Qual de nós sabe ou sabemos a verdade? ( se o pronome estiver no singular só aceita o verbo no singular “sabe”.) Alguns de vós trouxeram ou trouxestes o pedido.

18 sujeitos ligados com “ou” (alteração enfática) inclusão – plural exclusão – singular

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Dupla possibilidade O político ou seu assessor mentiu(um dos dois mentiu) ou mentiram( pode ser que os dois tenham mentidos) (possibilidade 1 aceita os dois com alteração do sentido) Uma única possibilidade Não se se é a força da biologia ou o meio que predomina sobre o comportamento humano. (possibilidade 2 aceita somente o singular, pois predomina indica predominância de um sobre o outro, não pode ser ao mesmo tempo os dois.) Cigarro ou álcool fazem mal a saúde. (possibilidade 3 plural obrigatória (inclusão; os dois fazem mal a saúde).)

19 sujeitos ligados com “com” (alteração enfática) usa-se o plural O presidente com os ministros decidiram a medida. Ex:. CESPE O verbo decidiram está no plural para concordar com “os ministros”(com termo mais próximo(E).(E) O verbo concorda com os dois termos da oração (V). Pode se colocar entre vírgulas (E).(ideia de adição e não de enumeração) “ou” com sentido de “E” admite-se o singular para se dar ênfase ao 1º elemento. O presidente com os ministros decidiu a medida. ( Foi o presidente que decidiu a medida) O presidente, com os ministros, decidiu, a medida. CESPE Pode-se separar os termos “com os ministros” entre vírgulas sem alteração de sentido. (F) Os termos “com os ministros” torna-se adj. adverbial de companhia - ocorre alteração da estrutura sintática, altera sentido, deixa de ser parte do sujeito para tornar adj. Adverbial de companhia,

20 gradação ou sinônimo (alteração enfática) sinônimo Amor e paixão fazem bem à alma. (dois sentimentos diferentes) Amor e paixão faz bem à alma. (os sentimentos são iguais (sinônimos)) Medir e avaliar..... não é tarefa fácil. São tarefas fáceis. CESPE

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O verbo está no singular, pois foi tomado os verbos medir e avaliar como sinônimos.(V) O verbo “ser” pode ser colocado no plural sem necessidade de correção e estrutura da frase (E). gradação Um olhar, um gesto, uma palavra muda ou mudam tudo.(singular se tomar como um sentido só; plural se tomar como ideias diferentes.)

21Concordância ideológica (Silepse) A gente somos moradores neste país. (não é aceita n norma culta) Mais de um aluno esteve aqui. (norma culta singular, ideia ideológica sentido de plural) CESPE O uso do singular embora esteja de acordo com a norma culta, não converge com a ideia sugerida pelo termo do texto, se apenas a ideia sugerido pelo termo fosse levada em consideração seria “estiveram” “ mais de um estiveram” o CESPE cobra nesta questão não a norma culta da frase, mas o sentido da frase. (reflexão linguística)

OBS :. Orações subordinadas Substantivas Reduzidas de infinitivo são desenvolvidas com acréscimo de conjunção e uso de passiva (sintética ou analítica)

É necessário questionar o governo. É necessário que o governo seja questionado. É necessário que se questione o governo. PLURAL É necessário questionar os governantes. É necessário que os governantes sejam questionados. É necessário que se questionem os governantes. *OBS .: 10 PALAVRAS QUE MAIS ALTERAM O SENTIDO COM A TROCA DE LUGAR NA FRASE

SÓ, APENAS, SOMENTE, POBRE, GRANDE, CERTO, SIMPLES, ALGUM, QUALQUER, NOVO

Só o Brasil assinou o acordo. (nenhum pais mais assinou o acordo)

O Brasil só assinou o acordo. (o Brasil só assinou o acordo, não fez mais nada)

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Fernando pestana reconhecimento de frases corretas e incorretas 2014 002

O trecho: “aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar” poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: ... pelo tempo que a lei permitir (adj. Adv. Longo sem vírgula) pertence, aos autores, o direito exclusivo de utilização, de publicação ou de reprodução de suas obras, o qual é transmissível a seus herdeiros. (separação por vírgula do verbo do seu sujeito (qdo deslocado nunca se separa por vígulas), do objeto.

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18) Outras estruturas ↑ Sumário 1- Estava em um local seguro.

Em um num (V) –Norma Culta admite a troca (separado em forma mais formal) 2- O governo investe mais em educação que outros países (investem).

Que do que (V) (nas estruturas de comparação as duas estão corretas) O governo e outros países desempenham a mesma função sintática. (V) (or. Comparativo verbo implícito investem) ( F ) depois de outros países subentendem o verbo investe ?(investem) **CESPE** O governo tem mais que outros países (suj.) (têm). CUIDADO O CESPE pode cobrar concordância verbal, além de cobrar o verbo implícito da or. Comparativa. Análise Sintática e concordância verbal. O governo (sujeito da 1ª oração) Outros países. (sujeito da 2ª oração)

3- O governo falou mais do que seria feito no setor. (F) Mais do que é uma expressão comparativa por isso é possível suprimir o do. (do pronome de + aquilo e não é comparativo é superlativo) (V) Trocar do por sobre o. O + que (Sempre observar o como aquilo)

4- O governo tem que investir em educação. Que de (V) (locução verbal formadas por ter + inf pode ser usada que ou de(prep.. acidental))

5- Isso fará com que ele estude mais. Pode-se suprimir o com. (V) (fazer VTD + compl. Oracional pode ter ou não com)

6- A maneira / de os brasileiros corruptos se manifestarem / é essa. Pode-se trocar de os por dos (F) (suj. do verbo manifestarem)-Na norma Culta não podemos fazer a fusão da prep.. com artigo ou pronome qdo houver verbo no infinitivo O modo dela/ (de ela) agir /me assusta.

7- Isso consta no documento. No do (V) (regência do verbo constar em/de)

8- A decisão acarretará problemas. Pode-se inserir em antes de problemas. (F)(Regência do verbo acarretar VTD não admite preposição)

9- O governo visa (deseja) a discutir o caso. (período composto ...que se discuta o caso. Visava a resolver a questão. ( em caso de OI. Oracional prep. Facultativo qdo não houver prejuízo para a eufonia da frase)

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Pode-se suprimir o a. (V) (visar VTI mas pode –se suprimir por se tratar de objeto indireto oracional + inf.) Chegou a discutir o caso. Nas loc. Verbais não pode suprimir o a em voltar, começar e chegar. ( locução verbal (ter, haver(de)), ser, estar, chegar(a), ir, voltar(a), começar(a), poder, dever) Auxiliar ativa T/H (Tempo Composto) Ter/Haver + inf + (que ou de -Facultativo-) Auxiliar Passiva S/E C / I / V C / P / D

10- Chamaram(denominar), na ocasião, por motivos óbvios, o (ao) governo de corrupto(pred. Obj.). Trocar o por ao (V) (Regência do v. Chamar- pode tudo VTD ou VTI) suprimir o de (V) (pred. Do Obj. preposição Facultativo) (frase pode ser passível de ambiguidade)

11- Não lhe informaram suas obrigações. Pode-se colocar a preposição de antes de suas obrigações. (F) (v. informar VTDI, então não pode por preposição) Pode-se por as antes de suas obrigações. (V) (o artigo antes de pronomes possessivos é Facultativo)

MESMO x 7 = ?

1. Adjetivo

Vou ao mesmo restaurante direto.

2. Pronome demonstrativo (reforçativo)

Elas mesmas/próprias costuram seus vestidos.

3. Pronome demonstrativo

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Ele foi demitido, e o mesmo aconteceu com ela.

4. Preposição acidental concessiva

Mesmo chovendo, saí de casa.

5. Advérbio de inclusão

Ele malha, mesmo de madrugada.

6. Advérbio de afirmação

Ela falou a verdade mesmo!

7. Substantivo

O mesmo é um vocábulo dissílabo.

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19) Uso de Preposição ↑ Sumário

As pessoas encontram, hoje em dia, soluções 1 para quase todos os problemas 2a da humanidade, o que implica, 5 até certo aspecto, 3 uma série 2b de visões diferentes 4 sobre o homem sob um enfoque analítico.

3- **( F ) para tem como termo regente o termo de natureza verbal que requer para si 2 complementos. (CN) (localização do termo regente)

4- **( V ) a preposição de 2a (AD.ADN) na linha 2 estabelece o mesmo tipo de relação sintática que a preposição de 2b (AD.ADN) na linha 2

Relação sintática 2 tipos: NOMINAL CN OU AA VERBAL OI OD OD PREPOSICIONADO

CN (compl. Nominal)

Nome antecedente for adjetivo ou adverbio

Qdo suj. abstrato (PACIENTE) Amor à mãe (a mãe é amada)

AMOR, PENSAMENTO (Subst. Abstrato) logo CN

AA (ADJ. ADNOMINAL)

Qdo sem preposição.

Suj. concreto.

Qdo suj. Abstrato (AGENTE) Amor de mãe (a mãe que ama)

Problemas da humanidade

Série de visões.

Problemas e Série (subs. Concreto) logo AA

5- ( F ) Seria possível a inserir da preposição em antes do vocábulo uma na linha 2 (Verbo implicar VTD ) não pode colocar preposição ante de (OD)

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6- ( F) Se é possível trocar sobre o por a cerca do (distância) (ACERCA DE) OU para por a fim de (afim de)

7- ( V ) a preposição até denota limite. (RESTRINGE) 8- ( V ) posso trocar sob por de, mas altera-se o sentido do texto embora

o texto continue coerente. (NORMA X SENTIDO)

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20) Tipologia Textual ↑ Sumário

Um texto pode ter + de 1 tipologia

1- Descritivo Estatístico / Observação 2- Narrativo Fato / Evolução Temporal 3- Dissertativo Opinião / Tese / Argumento 4- Injuntivo Instrucional / Topicalizado / Imperativo = lei, instrução normativa 5- Expositivo Conceitual / Explicativo

Funções linguístico

- Poético: figuras de linguagem, conotação, neologismos, construções estruturais não convencionais, polissemia etc.;

-Conotativo Apelativo: o receptor é o centro da mensagem, na qual ele é estimulado, provocado, seduzido, amparado etc.;

- Emotivo expressivo Opinião / 1ª pessoa

- Referencial (Informativa / Denotativa) Texto formal, Gráficos, didáticos

encontramos tal função predominantemente em textos jornalísticos, científicos, didáticos e afins (não literária).

- Metalinguística : um ato de comunicação em que se usa a linguagem para falar sobre ela própria;

- Fático: algumas marcas linguísticas: “Bom dia/tarde/noite”, “Oi”, “Olá”, “Fala...”, “E aí”, “Estou entendendo”, “Vamos lá?”, “Pronto”, “Atenção”, “Sei...”, “Fui”, “Valeu”, “Tchau” etc.

Tipologia Textual

1. Narração Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o

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passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato, etc.

2. Descrição Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.

3. Dissertação Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.

3.1 Dissertação-Exposição Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc. 3.1 Dissertação-Argumentação Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.

4. Injunção / Instrucional Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal, aniversário, etc.). OBS: Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos acima. Alguns também consideram que os tipos listados abaixo possuem características suficientes para

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receber a classificação de tipo textual. 5. Predição Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas/apocalípticas. 6. Dialogal / Conversacional Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat, etc.

Gêneros textuais

Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos: Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo-argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum. No caso da "carta denúncia", em que há o relato de um fato que o autor sente necessidade de o expor ao seu público, os tipos narrativos e dissertativo-expositivo são mais utilizados. Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo. Bula de remédio: trata-se de um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento. Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes,

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além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções. Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo. Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade. Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos. Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta. Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos narrativos, como na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica. História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria. Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero. Importante também é a distinção entre poema e poesia. Poesia é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem, ou seja, tudo o que toca e comove pode ser considerado como poético. Assim, quando aplica-se a

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poesia ao gênero <poema>, resulta-se em um poema poético, quando aplicada à prosa, resulta-se na prosa poética (até mesmo uma peça ou um filme podem ser assim considerados).

Canção: possui muitas semelhanças com o gênero poema, como a estruturação em estrofes e as rimas. Ao contrário do poema, costuma apresentar em sua estrutura um refrão, parte da letra que se repete ao longo do texto, e quase sempre tem uma interação direta com os instrumentos musicais. A tipologia narrativa tem prevalência neste caso.

Advinha: é um gênero cômico, o qual consiste em perguntas cujas respostas exigem algum nível de engenhosidade. Predominantemente dialogal.

Anais: um registro da história resumido, estruturado ano a ano. Atualmente, é utilizado para publicações científicas ou artísticas que ocorram de modo periódico, não necessariamente a cada ano. Possui caráter fundamentalmente dissertativo.

Anúncio publicitário: utiliza linguagem apelativa para persuadir o público a desejar aquilo que é oferecido pelo anúncio. Por meio do uso criativo das imagens e da linguagem, consegue utilizar todas as tipologias textuais com facilidade. Boletos, faturas, carnês: predomina o tipo descrição nestes casos, relacionados a informações de um indivíduo ou empresa. O tipo injuntivo também se manifesta, através da orientação que cada um traz. Profecia: em geral, estão em um contexto religioso, e tratam de eventos que podem ocorrer no futuro da época do autor. A predominância é a do tipo preditivo, havendo também características dos tipos narrativo e descritivo.

Domínio Principal Gêneros textuais

Científico

Artigo científico Verbete de enciclopédia Nota de aula Nota de rodapé Tese Dissertação Trabalho de conclusão Biografia Patente Tabela Mapa Gráfico

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Resumo Resenha

Jornalístico

Editorial Notícia Reportagem Artigo de opinião Entrevista Anúncio Carta ao leitor Resumo de novela Capa de revista Expediente Errata Programação semanal Debate

Religioso

Oração Reza Lamentação Catecismo Homilia Cântico religioso Sermão

Comercial

Nota de venda Nota de compra Fatura Anúncio Comprovante de pagamento Nota promissória Nota fiscal Boleto Código de barras Rótulo Logomarca Comprovante de renda Curriculum vitae

Instrucional

Receita culinária Manual de instrução Manual de montagem Regra de jogo Roteiro de viagem Contrato Horóscopo Formulário Edital Placa Catálogo Glossário Receita médica Bula de remédio

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Jurídico

Contrato Lei Regimento Regulamento Estatuto Norma Certidão Atestado Declaração Alvará Parecer Certificado Diploma Edital Documento pessoal Boletim de ocorrência

Publicitário

Propaganda Anúncio Cartaz Folheto Logomarca Endereço postal

Humorístico Piada Adivinha Charge

Interpessoal

Carta pessoal Carta comercial Carta aberta Carta do leitor Carta oficial Carta convite Bilhete Ata Telegrama Agradecimento Convite Advertência Bate-papo Aviso Informe Memorando Mensagem Relato Requerimento Petição Órdem E-mail Ameaça Fofoca

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Entrevista médica

Ficcional

Poema Conto Mito Peça de teatro Lenda Fábula Romance Drama Crônica História em quadrinhos RPG

Gêneros literários:

Gênero Narrativo: Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem responder a questionamentos, como: quem? o que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir: Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisséia, de Homero. Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de caráter mais verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas principalmente uma história de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda. Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.

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Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão. Diversos tipos do gênero textual conto surgiram na tipologia textual narrativa: conto de fadas, que envolve personagens do mundo da fantasia; contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto popular); contos de terror ou assombração, que se desenrolam em um contexto sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos de mistério, que envolvem o suspense e a solução de um mistério. Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens principais são não humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral. Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV.. Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos narrativos e manifestos descritivos. Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a tolerância, de John Locke.

Gênero Dramático: Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os papéis das personagens nas cenas. Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror". Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare. Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino ridendo castigat mores (rindo, castigam-se os costumes). A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao

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emprego de processos grosseiros, como o absurdo, as incongruências, os equívocos, os enganos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas. Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas populares. Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário. Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo.

Gênero Lírico: É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da linguagem. Elegia: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e yufa, de william shakespeare. Epitalâmia: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais. Ode (ou hino): é o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acompanhamento musical; Idílio (ou écloga): é o poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com diálogos (muito rara); Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou irônico. Acalanto: ou canção de ninar;

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Acróstico: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso formam uma palavra ou frase; Balada: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se destinam à dança; Canção (ou Cantiga, Trova): poema oral com acompanhamento musical; Gazal (ou Gazel): poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio; Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o poema japonês formado de três versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas;

Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois tercetos, com rima geralmente em a-ba-b a-b-b-a c-d-c d-c-d. Vilancete: são as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas, portanto.

Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta. Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais. Exemplos: Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. (O Popular, 16 out. 2008.) "Nos vertebrados, esta resposta inclui uma série de alterações bioquímicas, fisiológicas e imunológicas coletivamente denominadas inflamação." (Descrição da inflamação em um artigo científico.) Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. Não é o fato, mas o ponto de vista do emissor que está em destaque, sua percepção dos acontecimentos. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é

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uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico. Exemplos: “Porém meus olhos não perguntam nada. / O homem atrás do bigode é sério, simples e forte. / Quase não conversa. / Tem poucos, raros amigos / o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade) “Não só baseado na avaliação do Guia da Folha, mas também por iniciativa própria, assisti cinco vezes a “Um filme falado”. Temia que a crítica brasileira condenasse o filme por não ser convencional, mas tive uma satisfação imensa quando li críticas unânimes na imprensa. Fantástico! Parabéns, Sérgio Rizzo, seus textos nunca me decepcionam.” (Luciano Duarte. Guia da Folha, 10 a 16 de junho 2005.) Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (compre! faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos, horóscopos e textos de auto-ajuda. Exemplo: “Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!” Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código usando o próprio código. Por exemplo, quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, ou quando um cartunista descreve o modo como ele faz seus desenhos em um cartum. Exemplos: “Lutar com palavras é a luta mais vã. Entretanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça.” (Carlos Drummond de Andrade) Função fática: O interesse do emissor é testar ou chamar a atenção para o canal de comunicação, isto é, verificar a "ponte" de comunicação e certificar-se sobre o contato

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estabelecido, de forma a prolongá-lo. Os cacoetes de linguagem como: alô?!, né?, certo?, afinal?, ahã! hum... São exemplos usados para verificar a comunicação ou estendê-la. Função poética ou estética: É aquela que põe em evidência a forma da mensagem. O foco recai sobre o trabalho e a construção da mensagem. A mensagem é posta em destaque, chamando a atenção para o modo como foi organizada. Há um interesse pela mensagem através do arranjo e da estética, valorizando as palavras e suas combinações. Essa função aparece comumente em textos publicitários, provérbios, músicas, ditos populares e linguagem cotidiana. Quando a mensagem é elaborada de forma inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras e rítmicas, jogos de imagem ou de ideias, temos a manifestação da função poética da linguagem. Exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0. (Na poesia acima, “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro.)

Canção Ouvi cantar de tristeza, porém não me comoveu. Para o que todos deploram. que coragem Deus me deu! Ouvi cantar de alegria. No meu caminho parei. Meu coração fez-se noite. Fechei os olhos. Chorei. [...] (Cecília Meireles)

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21) Acentuação gráfica ↑ Sumário

Prosódia é a parte da língua que trata da correta pronúncia das palavras. Erros de prosódia ou, como diria Caetano Veloso, “confusões de prosódia” são muito comuns. Pensando nisso, preparamos uma lista de palavras que geralmente nos confundem, levando-nos ao dito “erro de prosódia”. Assim, são palavras proparoxítonas, segundo a norma culta:

abóbada, aeródromo, aerólito, ágape, álacre, âmago, anátema, antífona, antífrase, apóstata, aríete, arquétipo, autóctone, autópsia (alguns dicionários registram "autopsia"), azáfama, azêmola, bígamo, bímano, brâmane, cotilédone, crisântemo, dálmata, écloga, êmbolo, epíteto, êxodo, fagócito, hégira, ínterim, ímprobo, ínclito, leucócito, lêvedo, monólito, óbolo, ômega, pântano, périplo, protótipo, quadrúmano, revérbero, sátrapa, sílfide, sílica, trânsfuga, vermífugo, zéfiro, zênite. São paroxítonas: AU-TÓP-SIA NE-CROP-SI-A ne.crop.si.a Var. de necrópsia. ne.cróp.sia s.f. MED. Exame feito em (NECRO) cadáver (psia) = exame a fim de se conhecerem as causas da morte; autópsia. (auto) = em si mesma

acórdão, albúmen, alcácer, algaravia, aljôfar, almíscar, âmbar, ambrosia, austero, avaro, aziago, azimute, barbárie, batavo, bíceps, busílis, cáften, cânon, caracteres, cartomancia, celtiberos, ciclope, cível, cizânia, clímax, cóccix, cólon, dândi, decano, díspar, dólmã, efebo, elétron, enigma, erudito, estalido, estêncil, estigma, estratégia, exegese, fêmur, filantropo, filatelia, flúor, fórceps, fortuito, gêiser, glúten, húmus, impudico, inaudito, índex, jângal, látex, libido, líquen, mercancia, meteorito, mícron, miosótis, misantropo, múnus, necropsia (alguns dicionários registram "necrópsia"), néctar, nenúfar, nêutron, ônix, opimo, pegada, pênsil, perito, pletora, pólen, policromo, poliglota, primata, próton, pudico, quiromancia, recorde, refrega, rubrica, sótão, suéter, têxteis, têxtil, tórax, tulipa, vésper, vômer.

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Observou que nem “biotipo” nem “biótipo” entraram na lista?

É porque atualmente as duas formas são aceitas. A norma culta prefere “biótipo”. "Biotipo", porém, é muito mais usual.

1. ( E ) A palavra 1 “análise” recebe acento gráfico para se diferenciar da forma verbal 2 “analise” (por, pode, forma) Análise proparoxítona Analise (verbo) paroxítona

2. ( E ) A palavra “caráter” e “família” recebem acento gráfico pelo mesmo motivo gramatical. Caráter paroxítona terminada em “r” Família paroxítona terminada em ditongo crescente( regra especial)

3. ( E ) O vocábulo “íamos” recebe acento gráfico por ser um hiato tônico. Íamos proparoxítona ( regras gerais prevalece a regra especial)

4. ( E ) As palavras “interim” e “ruim” não são acentuadas graficamente e apresentam a mesma tonicidade. Ínterim proparoxítona Ruim oxítona

5. ( E ) As palavras “silencio” e “gratuito” apresentam o mesmo número de sílabas. Si- len- ci- o gra- tui- to

REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA 1. ACENTUAM MONOSSÍLABOS TÔNICOS TERMINADAS A / E / O (+S).

Subs., Adj., verbo, pron. Tônico Mês, dó, é, e (conj), de (preposição), dê (verbo), nós, vez Nu(terminada em u) Eles Têm (diferencial sing. Plural) outra regra Céu ( ditongo) outra regra

2. Acentuam-se as oxítonas terminadas em A / E / O (+S), em e ens. Baú (hiato) casos especiais Caju regra oxítonas

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3. Todas as paroxítonas são acentuadas exceto as terminadas em. A / E / O (+S), em e ens. Hifens hífen Polens pólen Itens item Carateres caráter Prótons próton

4. Um R- X – I – N – L – PS US- Ã – ÃO – DITONGO crescente ( outra regra) (proparoxítonas eventuais) CESPE não cobra (As paroxítonas terminadas em ditongo decrescente regra geral um rouxinol os) A O ^ E crescente decrescente I v U AMÁVEIS decrescente Horário crescente Família crescente Tênue crescente

5. Todas as proparoxítonas são acentuadas. Sílaba, tônico, átomo, ínterim 1 h 15 min

CASOS ESPECIAIS

( A regra geral se sobrepõe sobre a regra especial.)

1. Acentuam-se os hiatos tônicos formados por “i” ou “u”, em segunda posição, sozinha ou com –s e longe de -nh. I / u 2ª tônico Sozinha ou com “s” Longe de nh. Baú - Havaí - balaústre - saída - sairdes – sairmos (i sozinho ou seguido de “s”) - juiz - juíza - juízes Veículo (regra geral proparoxítona) regra de hiato não se aplica.

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2. Acentuam-se os ditongos abertos oi, eu, e ei em final de palavras. Ideia, plateia, epopeia, joia, heroico. (perderam o acento gráfico com a reforma) Constrói, céu, herói, anéis, papéis.

3. Emprega-se o acento diferencial em pôr (verbo), pôde (pretérito) e fôrma (subst.. facultativo) Pelo, polo (não tem mais)

4. Considerações:

Ter e vir - Ele tem / Eles têm - Ele vem / Eles vêm

Derivados de ter e vir (agudo sing. Circunflexo plural -Ele obtém / Eles obtêm - Ele intervém / Eles intervêm

Crer, dar, ler, ver, e derivados (circunflexo no sing. E duplica a vogal no plural) - Ele crê / Eles creem - Ele revê / Eles reveem

CESPE aula 4 parte II

Regras de Acentuação Gráfica:

Oxítona: Quando a última sílaba é mais forte, exemplo: você Paroxítona: Quando a penúltima sílaba é mais forte, exemplo: aprende Proparoxítona: Quando a antepenúltima sílaba é mais forte, exemplo: rápido

Caso Quando acentuar Observações

Proparoxítona

simpática

lúcido

sólido

cômodo

SEMPRE

1) Pode diferir conforme o país:

acadêmico (BR)

académico (PT)

2) Proparoxítonas aparentes: São paroxítonas terminadas em ditongo crescente. Podem ser pronunciadas de duas formas:

Mi-sé-ri-a ou Mi-sé-ria

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Cór-ne-a ou Cór-nea

Vá-cu-o ou Vá-cuo

Paroxítonas

caráter,

látex

hífen

fácil

bíceps

táxi

vírus

álbum(ns)

rádom

ímã

órfãos

árduos

Não terminadas em:

a(s)

e(s)

o(s)

em, ens

am

ou seja,

terminadas em:

r, x, n, l

ps

i(s), u(s)

um, uns

om, on(s)

ã(s), ão(s)

Ditongo

1) Paroxítona com terminação [ens] não recebe acento:

pólen = acentuada

polens = não acentuada

2) Não se acentua prefixo paroxítono com terminação [i] ou [r]:

arqui-inimigo

semianalfabeto

antiterrorismo

super-homem

inter-relação

hipertensão

3) O acento utilizado pode diferir conforme a região:

gêmeo, fêmea (Brasil)

gémeo, fémea (Portugal).

Oxítonas

vatapá

igarapé

avô

refém

terminadas em:

a(s)

e(s)

1) Terminadas em [i(s)] ou [u(s)] não possuem acentuação gráfica:

caqui

cupuaçu

pirarucu

2) O acento utilizado pode diferir conforme a região:

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parabéns o(s)

em, ens

caratê, nenê (Brasil);

caraté, nené (Portugal).

3) Lembre-se de colocar acentos em verbos na forma oxítona acrescidos de pronome oblíquo:

lembrá-lo

colocá-lo

fazê-lo

Monossílabos tônicos

vá, pás

pé, mês

pó, pôs

terminadas em:

a(s)

e(s)

o(s)

í(s) e ú(s)

sa-í-da

sa-ú-de

a-í

E-sa-ú

Lu-ís

I-ta-ú

Pi-au-í

Quando formar

hiato

Exceções:

1) Quando seguidos de 'nh':

ra-i-nha

la-da-i-nha

mo-i-nho

2) Paroxítona precedida de ditongo:

bai-u-ca

fei-u-ra

mao-is-mo

tao-is-ta

OBS: Acentua nos casos de oxítona ou proparoxítona:

Pi-au-í

fei-ís-si-mo

Ditongos abertos

Exceções:

1) Em paroxítonas, não mais levam acento:

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papéis

herói

céu

ÉI(S)

ÓI(S)

ÉU(S)

paranoia

boia

ideia

OBS: Acentue se cair em outra regra:

Méier

destróier

OO, EE

Voo

Enjoo

Leem

Veem

Acentuação abolida em tais casos.

Acento diferencial

A acentuação diferencial foi abolida, exceto os casos de

"poder" e "por".

Exceções:

PODER

Para diferenciar passado e presente:

"Se ele pôde fazer antes, ainda pode agora".

PÔR

Para diferenciar da preposição "por":

"Vamos por um caminho frio, então vamos pôr casacos";

Caso facultativo:

FÔRMA

Para diferenciar substantivo "fôrma" e derivações do verbo "formar":

"Compre a fôrma para pudim que forma um círculo."

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Caso facultativo:

DÊMOS

Para diferenciar presente do subjuntivo de pretérito perfeito do indicativo:

"Esperam que nós dêmos tantos brinquedos quanto demos ano passado."

Caso facultativo:

Verbos terminados em [ar]

Quando o verbo estiver na primeira pessoa do plural:

Nós amamos (Presente)

Nós amámos (Passado)

Acento diferencial

Ter, Vir e

derivações

Na terceira pessoa do plural recebem acento diferencial

circunflexo

ele:

tem, vem, detém, intervém

eles:

têm, vêm, detêm, intervêm

Dupla

pronúncia e

Silabada

(erro de

prosódia).

São oxítonas:

ureter mister condor Nobel sutil

São paroxítonas : avaro pudico

austero

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látex recorde

filantropo misantropo

rubrica ibero

biotipo gratuito fortuito

São proparoxítonas: aerólito bávaro ínterim

monólito lêvedo

arquétipo protótipo ímprobo

Admitem dupla pronúncia: acróbata / acrobata transístor / transistor hieróglifo / hieroglifo

réptil / reptil projétil / projetil

Oceânia / Oceania xérox / xerox dúplex / duplex tríplex / triplex clítoris / clitóris

averígue / averigúe enxágue / enxagúe delínque / delinqúe

águe / agúe deságue / desagúe apazígue / apazigúe averígue / averigúe

Trema

Não mais ocorre.

Ainda é válido para palavras de língua estrangeira: Dülsseldorf, Müler, Bündcher (Gisele).

Obs: O Trema não é acento gráfico. É um sinal diacrítico / notação léxica.

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22) Crase ↑ Sumário 1- Voltaram à cidade de Mariana.

A supressão da expressão “cidade de” não comprometeria o sentido nem a correção gramatical do período. (F) (deverá se retirar a crase)

2- Ela se referiu à população em geral. A inclusão do vocábulo nossa antes de população facultaria o uso do acento grave no período. (V) (inclusão do pronome possessivo crase facultativo)

3- Era favorável ao rapaz. A substituição do artigo “o” pelo pronome demonstrativo “aquele” exigiria o

emprego de acento grave, àquele, para manutenção da norma. (V)

EMPREGO CRASE

1- Informaram(VTDI) a assistência social(OD) de que resolveriam(OI) o caso em breve. (caso a preposição “de” fosse suprimida “à assistência social” se tornaria OI do verbo informaram)

2- A solução encontrada foi similar à (solução – subentendido) de outras épocas(complemento nominal).

3- A reunião foi marcada para as vinte horas. (a preposição para não permite a crase)

4- Referiam-se a pessoas de bom gosto. (“a” sing. Seguida de palavra plural) 5- Ficaram frente a frente durante a reunião. (palavra repetida) 6- No Brasil, as pessoas não obedecem a lei. **CESPE**

Se for tomada como lei (específico deve ser sem crase) Se tomada se modo genérico (todas as leis) – com crase

7- Voltaram a suas origens depois de anos. ...às suas...

(“a” sing. Seguida de palavra plural) se colocar o a no plural “as” crase obrigatório.

8- A partir de hoje, estariam à espera de novas oportunidades de trabalho.(sem crase antes de verbo, com crase antes de expressões femininas)

04. Qual das alternativas completa corretamente os espaços vazios? I – A concorrência foi ganha por dois grupos _____ cuja seriedade o sindicato fazia ressalvas. II – Os quinze minutos foram contados no relógio do Rubião, (...) ____ quem ela perguntou duas vezes que horas eram(...) (M.de Assis) III – De caminho, lembrou-se de ir _____ casa;

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podia achar algum recado de Rita, que lhe explicasse tudo. ( M. de Assis) IV – (...) de quantas famílias iguais _____ dele não saíam cangaceiros, criminosos? (J.L.Rego) A) a, a, a, à; B) à, à, a, a; C) a, a, a, a; D) à, a, à, a; E) a, à, a, à.

9. (CESGRANRIO) Preencha os espaços vazios com a, à, as, às:

1. “(...)Rubião teimava em dizer que ...as...... noites do Rio não podiam comparar-se.....à..(noite).. de Barbacena(...)” (Machado de Assis)2. “......a........ queda do Homem persiste, como ....a..(queda).... das cachoeiras.” (Guimarães Rosa)3. “É uma história curiosa ...a..... que vou lhe contar, minha prima.” (José de Alencar)4. A camisa que ganhei de minha mãe é idêntica ...à..... que você está usando hoje.5. “(...) de quantas famílias iguais ....à...(família). dele não saíam cangaceiros, criminosos?” (José Lins do Rego)

10. Complete os espaços vazios com há, a, à, às:

6. “....há....muito, por uma combinação tácita, nenhum deles traz mulher para casa no meio da noite.”(Rubem Braga)7. “Daí ...a..... meia hora vieram de novo os vômitos; cresceram-lhe as agonias.” (Aluísio Azevedo)8. “Vinha chegando a ele a grande batalha que Deus lhe reservara ..há...... vinte anos.” (José Lins do Rego)9. “deixei-me ficar pelas ruas até ....(às ou as) ... quatro horas da tarde, quando me dirigi ...(á ou a)..... sua casa, saudoso dele, ...a......... quem não via ...há.... mais de vinte dias.” (Lima Barreto)

11. Complete as alternativas, usando os pronomes demonstrativos, com ou sem crase:

I- “E entre o sono e o medo, ouviu como se fosse de verdade o apito de um trem igual ......àquele...... que ouvira em Limoeiro.” (José Lins do Rego) (aquele/àquela)II- “Habituara-se .àquela..... boa vida, tendo de um tudo, regalada.” (Jorge Amado) (aquela/àquela)III. “Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e não fazer .........aquilo......................” (Millôr Fernandes) (aquilo/àquilo)

CASOS PROIBIDOS NO USO DA CRASE

1- Antes de masculino 2- Antes de verbo 3- Depois de preposição (exceto “até” – facultativo) 4- Antes de “a” singular seguido de palavra plural.

(Não obedeço a pessoas grossas)

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5- Antes de artigo indefinido (em qualquer posição) 6- Antes de numeral (exceto hora) 7- Antes de nome próprio completo 8- Antes de palavras repetidas 9- Em sujeito 10- Em objeto direto 11- Antes de pronome de tratamento (exceto senhora e senhorita) 12- Antes de pronome demonstrativo (não iniciados por “a” a esta / a essa.) 13- Antes de pronome indefinido (Exceção: mesma, outra, própria – admitem crase) 14- Antes de pronome pessoal 15- Antes do pronome Relativo que A peça a que (à qual) assisti foi ótima.

16- Antes de dona + nome 17- Antes de casa, terra e distância sem especificador (voltou a casa depois de anos) 18- Antes de nomes de lugar neutros sem especificador ( Ela retornará a BH em

breve) (Ela voltará à BH das praças), 19- Antes de nomes próprios femininos (de pessoas famosas).

Era uma referência a Elisabeth II. Agradeceu a Virgem Maria. No Brasil, as pessoas não obedecem à lei. **CESPE** Crase contextual A crase pode ser retirada Se for tomada como lei (específico deve ser sem crase) Se tomada se modo genérico (todas as leis) – com crase

Em certos contextos sintáticos e semânticos, uma palavra poderá ser tomada em sentido genérico. Nesse caso, a crase poderá ser dispensável caso o termo possa ser interpretado em sentido genérico.(caso a lei não for individualizado Lei, Lei 8.112.) Não obedeço a pessoas grossas. **CESPE** sempre cobra – a sing. Seguida de palavra obrigatória À(s)...Se colocarmos um s após o “a” a crase será obrigatória. Antes de palavras plurais quando “a” estiver no singular não haverá crase. Se o mesmo “A” receber indicação de plural, a crase será obrigatória.

CASOS FACULTATIVOS NO USO DA CRASE

1- Antes De pronomes possessivos femininos, no singular, que não subentendam palavras. (o uso do artigo é facultativo) Ninguém se referiu a / à sua conduta. (pode se substituir por “a conduta dele”(F)) ...`a conduta dele. (foi especificado, logo crase obrigatório)

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— Nada conte a minha mãe. (artigo facultativo) a/ao meu pai. Mas: — Nada conte às suas amigas. (obrigatório) artigo obrigatório

— Nada conte a suas amigas.(inexistente)

2- Depois da preposição “até”. (o uso da preposição é facultativo) A preposição “a” é facultativo depois de “até” (mesmo em palavras masculinas) Foi até o escritório. ou Foi até ao escritório. Ela iria até a escola. ou Ela iria à escola.

3- Antes de nomes próprios femininos (comuns) sem especificador. Referiu-se à Flavia. ou Referiu-se a Flavia. Referi-me à Ana, minha mulher amiga. (ideia de intimidade) crase obrigatória Referi-me a Ana, uma funcionária da empresa. (ideia contextual Ana não é intima da interlocutora, mas apenas uma simples funcionária da empresa) crase proibida

Observação:

1) Não se usa crase diante de nomes

históricos:

— Júlio César contou suas façanhas a Cleópatra.

2) Quando os nomes vêm modificados, é obrigatória:

— Ofereceu um chocolate à linda Paloma.

CRASE SERÁ EMPREGADA EM

Caso lógica, regência

1- Fusão da prep.. “a” com o art. “a(s)” Visava à felicidade de todos.

2- Fusões da preposição “a” a um pron. Demonstrativo (aquele (s), aquela (s), aquilo, a (s)). Referiu-se à que estava de branco. Era favorável àquele posicionamento

Casos de tradição linguística

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3- Em locuções adversativas, prepositivas ou conjuntivas formadas por palavras femininas. circunstâncias: À noite, à espera de, às vésperas, às vezes, à direita, à procura.

4- Em indicações de horas. Saiu às duas horas. 5- Se as expressões “moda de” ou “maneira de” estiverem subentendidas.

Cantava à Roberto Carlos.

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23) Regência ↑ Sumário

REGÊNCIA

A Decisão implicará (VTD= ACARRETAR) problemas para as pessoas que visavam à paz. No entanto, para aqueles que aspiram a uma vida melhor, mais trabalho é preferível a mais tempo, essa é a premissa dos que chegam aonde querem sempre.

1- Seria possível, mantendo se o sentido e a correção gramatical inserindo a preposição “em” antes do vocábulo problemas. (F)

2- Seria possível, mantendo a correção gramatical suprimir a crase na expressão “a paz”. .(V) (Eu Preciso De Paz) Sentido genérico (pode se retirar o artigo)

3- Seria possível, mantendo se o sentido e a correção gramatical suprimindo a prep.. “a” antes do termo “uma vida”. .(F)

4- Seria possível, mantendo se o sentido e a correção gramatical substituir a prep.. “a” por “do que” antes de “mais tempo”. .(F)

5- Seria possível substituir a forma “aonde” por “onde” sem prejuízo sentido e a correção gramatical. .(F)

Regência Nominal

A regência nominal estuda os casos em que "nomes" (substantivos, adjetivos e advérbios) exigem uma outra palavra para completar-lhes o sentido. Em geral, a relação entre um nome e o seu complemento é estabelecida por uma preposição.

É bacharel em direito. (se é bacharel, é bacharel em algo) Tenho aversão a altitude. (se tem aversão, tem aversão a algo) É preciso ter amor a vida. (se tem amor, tem amor a algo) Fico feliz por você. (se fica feliz, fica feliz por alguém) Quero sempre estar junto a ti. (se está junto, está junto a alguém) Cabe observar que certos nomes admitem mais de uma regência, ou seja, mais de uma preposição. A escolha desta ou daquela preposição deve obedecer às exigências da clareza, da eufonia e adequar-se às diferentes nuanças do pensamento, obedencendo à gramática padrão. No exemplo a seguir, o adjetivo "acostumado", que pede um complemento (quem está acostumado, está acostumado "a algo" ou "com algo"), pode ser completado por intermédio de pelo menos duas preposições diferentes: Estou acostumado a essa vida agitada. Estou acostumado com o trânsito de São Paulo sempre travado.

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Ao aprender a regência de um verbo, você estará praticamente aprendendo a regência do nome cognato (que vem da mesma raiz do verbo). É o caso, por exemplo, do verbo obedecer e do nome obediente. Este verbo exige a preposição [a], que é a mesma exigida pelo nome derivado do verbo. Ex: Devemos obedecer a lei. Devemos ser obedientes a lei.

Da mesma forma, todos os advérbios formados de adjetivos + [mente], tendem a apresentar a mesma regência dos adjetivos dos quais derivaram. Ex: compatível [com] => compativelmente [com] relativo [a] => relativamente [a] próximo [a, de] => proximamente [a, de]

Por fim, existe também o caso em que o nome é completado por uma outra oração (frase com um verbo). Nestes casos, o complemento será intermediado por preposição e por uma conjunção integrante (que, se) exercendo sua função típica de integrar orações. Trata-se das orações subordinadas completivas nominais. Ex: Ficamos temerosos de que você demorasse muito. Ficamos temerosos sobre se você demoraria muito. Para identificar facilmente os casos de orações subordinadas substantivas, basta verificar se a substituição da oração pelo termo ISSO é adequada. Ex: Ficamos temerosos dISSO (de + ISSO). Ficamos temerosos sobre ISSO.

Erros Comuns “Quanto você pagaria por um disco em vinil com uma música de grande sucesso?” O emprego da preposição em onde ela não cabe é um erro comum. Com o verbo <resistir> e o substantivo <resistência>, por exemplo, não se deve usar esta preposição. Em vez de “resiste em fazer algo”, o correto é “resiste a fazer algo. Na situação do notícia acima, é clara a necessidade da preposição de. Dizemos que um

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disco é feito de vinil, que um anel é feito de ouro ou de prata etc. É um erro usar a preposição em indicando a matéria de que algo é constituído. Logo, a frase correta é

"Quanto você pagaria por um disco de vinil com uma música de grande sucesso?"

Vejamos outro exemplo de erro comum:

“A intenção do governo em aumentar a arrecadação é absurda.”

Um caso relativamente corriqueiro é o de construções em que um substantivo comporta dois complementos diferentes regidos pela mesma preposição, mas o redator troca um desses por outra preposição para “evitar a repetição”. Atenção: evita-se a repetição de nomes, mas não a de elementos de coesão, que têm função de articular sintaticamente as partes do texto. Não é correta uma construção como a apresentada acima porque os dois complementos (“governo” e “aumentar a arrecadação”), ambos ligados ao substantivo “intenção”, devem ser introduzidos pela preposição de. Assim, a construção adequada é :

“A intenção do governo de aumentar a arrecadação é absurda.”

A regência nominal não é um assunto tão cobrado em provas, como a regência verbal. Mas pode aparecer. Segue abaixo uma relação de erros comuns de nomes que pedem complementos ou adjuntos com preposição e a forma que está de acordo com a norma culta.

TV (em)

Estamos na era da TV a cores. (errado)

Estamos na era da TV em cores.

Igual (a)

Outro igual eu você não encontrará. (errado)

Outro igual a mim você não encontrará.

Bacharel (em)

Se formou como bacharel de ciência da computação. (errado)

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Se formou como bacharel em ciência da computação.

Alienado (de, a, para)

Estão todos alienados com os últimos acontecimentos. (errado)

Estão todos alienados dos últimos acontecimentos.

O veículo está alienado a um banco.

O veículo está alienado para um banco.

Curioso (de, sobre, por)

Fiquei curioso com o que aconteceu. (errado)

Fiquei curioso do que aconteceu.

Fiquei curioso sobre o que aconteceu.

Fiquei curioso pelo que aconteceu.

Recurso (de, contra)

Não cabe recurso à decisão. (errado)

Não cabe recurso contra a decisão.

Não cabe recurso da decisão.

Acostumado / Habituado (a, com)

Fiquei acostumado de lanches na hora do almoço. (errado)

Fiquei acostumado a lanches na hora do almoço.

Fiquei acostumado com lanches na hora do almoço.

Ansioso (por, para, de)

Estava ansioso em conhecê-la. (errado)

Estava ansioso de ver o cometa.

Está ansioso por uma nova oportunidade.

Permaneceu ansioso para falar.

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Confiante (em)

Continuava confiante da vitória. (errado)

Continuava confiante em vitória.

Compatível (com, entre)

O doador tinha o sangue compatível ao da vítima. (errado) O doador tinha o sangue compatível com o da vítima. Os sangues de doador e vítima eram compatíveis entre si.

Entendido, Perito (em)

Era entendido de Mecânica. (errado)

Era entendido em Mecânica.

Era perito em construções.

Incluído (em, entre)

Foi incluído ao grupo. (errado)

Foi incluído no grupo.

Estava incluído entre os mais capacitados.

Morador / Residente / Situado/ Estabelecido (em, de)

Residente à rua Vila Bernadete. (errado)

Era morador na Rua do Lavradio.

Foi morador da Rua Santa Clara.

Junto (de, a) A cadeira junto da porta estava desocupada. (correto) A arma se encontrava junto ao corpo da vítima. (correto) O ex-presidente foi nomeado embaixador junto ao (= adido ao) governo italiano.

O empresário não conseguiu quitar sua dívida junto ao banco. (errado) O empresário não conseguiu quitar sua dívida com o banco.

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Pediu vários empréstimos junto ao banco. (errado) Pediu vários empréstimos ao banco. A audiência da novela cresceu assustadoramente junto aos espectadores. (errado) A audiência da novela cresceu assustadoramente entre os espectadores. O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe junto à Portuguesa. (errado) O Vasco prometeu a Serginho comprar seu passe da Portuguesa. O advogado entrou com um recurso junto ao tribunal. (errado) O advogado entrou com um recurso no tribunal. Próximo (a, de)

Fiquei próximo ao muro.

Deixamos o carro próximo da árvore.

Apaixonado (por, de)

Era um apaixonado da natureza.

Estava apaixonada pelo colega de trabalho.

Apto/Aptidão (a, para)

Farei o teste de aptidão a pilotagem militar

Sempre teve aptidão para as artes

Sentia-se apto ao trabalho externo.

Considerei-o apto para exercer a profissão.

Conforme (a, com)

Assumiu uma postura conforme às suas raízes. (semelhante)

Essa atitude é mais conforme com seus ideais. (coerente)

Estudante, Estudioso (de)

O jornalista é estudioso de ufologia.

Parecido (com, a)

Era parecido com o avô.

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Sendo parecido ao pai, foi aceito logo.

Grato (a, para, por)

Sou grato a todos neste dia especial.

Sua ajuda é sempre grata para meus filhos.

Mostrou-se grato pelo conselho que lhe dei.

Medo (de, a)

O menino tem medo do escuro.

Tive medo ao inspetor.

Regência verbal é a relação de subordinação que ocorre entre um verbo e seus

complementos.

Há pouco tempo foi exibido na televisão um anúncio cujo texto dizia: “… a marca que o mundo confia.”

Acontece que quem confia, "confia em”. Logo, o correto seria dizer: “… a marca em que o mundo confia.”

As pessoas falam “A rua que eu moro”, “Os países que eu fui”, “A comida que eu mais gosto”. O correto seria dizer “A rua em que moro” (quem mora, mora em...), “Os países a que fui” (quem vai, vai a...), “A comida de que mais gosto” (quem gosta, gosta de...).

O problema também está presente em uma letra da dupla Roberto e Erasmo Carlos, “Emoções”.

“… são tantas já vividas são momentos que eu não me esqueci…”

Se eu me esqueci, eu "me esqueci de". Quem esquece, "esquece algo". Quem se esquece, "esquece-se de algo". Logo, o correto seria “são momentos de que não me esqueci.” Pode-se, também, eliminar a preposição de e o pronome me. Ficaria “são momentos que eu não esqueci”.

Em um jornal de grande circulação o texto de uma campanha afirmava:

"A gente nunca esquece do aniversário de um amigo.”

O que poderia ser corretamente escrito das seguintes formas: “A gente nunca esquece o aniversário de um amigo.”

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(quem esquece, esquece algo) “A gente nunca se esquece do aniversário de um amigo.” (quem se esquece, esquece-se de...)

Verbos Intransitivos

São os verbos que não necessitam ser completados. Sozinhos, indicam a ação ou o fato.

Comparecer, Chegar, Ir, Vir, Voltar, Cair e Dirigir-se: Estes verbos aparentam ter complemento, por exemplo, “Quem vai, vai a algum lugar”. Porém a indicação de lugar é circunstância, não complementação. Classificamos este complemento como Adjunto Adverbial de Lugar. É importante observar que a regência destes verbos exige a preposição a na indicação de destino e de na indicação de procedência. Só se usa a preposição em na indicação de meio, instrumento. Irei em Santiago de Cuba; (errado)

Irei a Santiago de Cuba; Vou em São Paulo; (errado) Vou a São Paulo; Muitos não compareceram na prova do Enem; (errado) Muitos não compareceram à prova do Enem; Jesus dirigiu-se aos apóstolos andando sobre o mar; A comida caiu no chão; (errado)

A comida caiu ao chão; Você caiu do céu; Voltei de lá; Cheguei de Curitiba há meia hora;

OBS: O fenômeno denominado crase também ocorrerá quando houver um verbo intransitivo regendo a preposição a, seguido de um substantivo feminino, que exija o artigo a, como no terceiro exemplo acima.

Morar, Residir e Situar-se: São intransitivos mas costumam estar acompanhados de adjunto adverbial, regendo a preposição em. Moro / Resido em Londrina; Minha casa situa-se no Jardim Petrópolis;

Não utilize a preposição a para logradouros. Minha casa situa-se à rua Pero Vaz; (errado)

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Moro a cem metros da estrada;

Deitar-se e Levantar-se: Deito-me às 22h e levanto-me bem cedo.

Verbos Transitivos Diretos

São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro termo, denominado <objeto direto>. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de analisar se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois somente verbo transitivo direto admite tal transformação, além dos verbos (des)obedecer, pagar, perdoar, aludir, apelar, responder, assistir(ver), que admitem a passiva mesmo não sendo VTD. (Motivo: eram diretos antigamente.)

O objeto direto pode ser representado por um substantivo, palavra substantivada, oração (oração subordinada substantiva objetiva direta) ou pronome oblíquo. Uma vez que pronomes oblíquos tônicos (mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas) só são usados com preposição, quando estes representam objeto direto, tem-se um objeto direto preposicionado.

Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos diretos:

Desfrutar e Usufruir: São VTD, apesar de serem muito usados com a preposição de. Desfrutei os bens deixados por meu pai. Pagam o preço do progresso aqueles que menos o usufruem. Desfrutaremos da aposentadoria na velhice.

Compartilhar: É VTD, apesar de ser muito usado com a preposição de. Berenice compartilhou o meu sofrimento. Compartilharam de tudo durante a vida.

Verbos Transitivos Indiretos

São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição. O complemento é denominado <objeto indireto>. O objeto indireto pode ser

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representado por substantivo, palavra substantivada, oração (oração subordinada substantiva objetiva indireta) ou pronome oblíquo.

OBS: Estes verbos admitem os pronomes lhe, lhes como objeto indireto; alguns, porém, não.

Obedeceu ao chefe => Obedeceu a ele => Obedeceu-lhe.

Mas há exceções: assistir, aludir, referir-se, aspirar, recorrer, depender. Os gramáticos não trazem as razões históricas para esse modo peculiar de construção de alguns verbos. Nem precisariam fazê-lo, assim como não precisam justificar o motivo de um determinado verbo ser hoje transitivo direto e outro, transitivo indireto. Às vezes, os verbos são sinônimos, mas apresentam diferentes transitividades. Em verdade, a função primordial da Gramática não é fixar regras impositivas de cima para baixo, mas sistematizar os fatos e as condutas que encontra na língua como manifestação.

Assistir(ver), Aspirar, Visar, Aludir, Referir-se (a): Todos falam desse filme, mas eu não assiti a ele ainda.

Constar (de, em): Quando se usa o verbo constar com o sentido de “estar escrito, registrado ou mencionado” ou “fazer parte, incluir-se”, as preposições – de e em – são corretas : Seu nome consta da lista de aprovados. Consta nos autos que... Consta dos autos que... Vou fazer constar o incidente em meu relatório.

Já quando constar tem o significado de “ser composto, constituído ou formado; consistir em algo”, usa-se apenas a preposição de: A casa consta de partes grandes e arejadas. Seu relatório constava de 50 páginas.

Obedecer e Desobedecer (a): Obedeço a todas as regras da empresa.

Revidar (a): Ele revidou ao ataque instintivamente.

Responder (a): Responda aos testes com atenção.

Simpatizar e Antipatizar (com):

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Não são verbos pronominais, portanto não se deve dizer simpatizar-se, nem antipatizar-se. Sempre simpatizei com ele, mas antipatizo com seu irmão.

Sobressair (em): Não é verbo pronominal, portanto não se deve usar sobressair-se. No colegial, sobressaía em todas as matérias.

Torcer (por, para): Pode ser também verbo intransitivo. Somente neste caso, usa-se com a preposição para, que dará início a Oração Subordinada Adverbial de Finalidade. Para ficar mais fácil, memorize assim: Torcer por + substantivo ou pronome. Torcer para + oração (com verbo). Estamos torcendo por você. Estamos torcendo para você conseguir seu intento.

Verbos bitransitivos

Também chamados de transitivo diretos e indiretos. São os verbos que possuem os dois complementos - objeto direto e objeto indireto.

Agradecer, Pagar e Perdoar: São VTDI, com a preposição a. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa. Agradeci a ela o convite. Paguei a conta ao Banco. Se o time rival ganhasse, a torcida não perdoaria aos jogadores a derrota em casa.

Pedir: É VTDI, com a preposição a. A frase deve ser sintaticamente estruturada assim: “Quem pede, pede algo a/para alguém”; “Quem pede, pede que alguém faça algo”; Pedimos a todos que trouxessem os livros. Pedimos que todos trouxessem os livros.

É inadequado ao padrão culto da língua: "Pedir para que alguém faça algo".

Preferir: É VTDI, com a preposição a. Não admite ênfase, como: mais, muito mais, mil vezes.

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Prefiro estar só a ficar mal acompanhado.

Informar, avisar, advertir, certificar, comunicar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir: São VTDI, admitindo duas construções: “Quem informa, informa algo a alguém”; “Quem informa, informa alguém de/sobre algo.” Informamos aos usuários que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos. Informamos os usuários de que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos.

Regência oscilante / Mais de uma Regência

Aspirar: Será VTD, quando significar sorver, absorver. Como é bom aspirar a brisa da tarde.

Será VTI, com a preposição a, quando significar almejar, objetivar. Aspiramos a uma vaga naquela universidade.

Agradar: Será VTI, com a preposição a, quando significar ser agradável; satisfazer. Para agradar ao pai, estudou com afinco o ano todo.

Será VTD, quando significar acariciar ou contentar. A garotinha ficou agradando o cachorrinho por horas.

Assistir: Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando significar ajudar, prestar assistência. Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.

Será VTI com a preposição a quando significar ver ou ter direito. Gosto de assistir aos jogos do Santos. O descanso semanal remunerado assiste ao trabalhador.

Será VI quando implicar morada. Assisto em Londrina desde que nasci. O papa assiste no Vaticano.

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Chamar: Pode ser VTD ou VTI com a preposição a quando significar dar qualidade. A qualidade pode vir precedida da preposição de, ou não. Chamei Pedro de bobo. (chamei-o de bobo) Chamei a Pedro de bobo. (chamei-lhe de bobo) Chamei Pedro bobo. (chamei-o bobo) Chamei a Pedro bobo. (chamei-lhe bobo)

Será VTI com a preposição por quando significar invocar. Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.

Será VTD, quando significar convocar. Chamei todos os sócios para participarem da reunião.

Será VTDI, com a preposição a, quando significar repreender. Chamei os meninos à atenção, pois conversavam na sala de aula. Chamei-o à atenção.

Obs.: Não confundir com a express]ao sem crase “chamar a atenção”, que não significa repreender, mas fazer ser notado. O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam.

Casar: Será VI quando por si só apresentar sentido completo. Eles casaram (ou se casaram – na qualidade de pronome reflexivo).

Será VTI quando requisitar um complemento regido pelo uso da preposição: Ele se casou com a melhor amiga.

Será VTDI quando requisitar os dois complementos: O vizinho casou sua filha com meu primo.

Custar: Será VI quando significar ter preço. Estes sapatos custaram muito.

Será VTDI, com a preposição a, quando significar causar trabalho, transtorno. Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família.

Será VTI com a preposição a quando significar ser difícil. Nesse caso o verbo custar terá como sujeito aquilo que é difícil. A pessoa a quem algo é difícil será objeto indireto.

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Custou-lhe acreditar em Maria. Custou a ele acreditar em Maria.

Ele custou a acreditar... (está errado)

Atender: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. Atenderam o meu pedido prontamente. Atenderam ao meu pedido prontamente.

Anteceder: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. A velhice antecede a morte. A velhice antecede à morte.

Esquecer e Lembrar: Serão VTD quando não forem pronominais, ou seja, quando não forem acompanhados de pronome oblíquo átono (esquecer-se, lembrar-se): Esqueci que havíamos combinado sair. Ela não lembrou o meu nome.

Esquecer-se e Lembrar-se: Serão VTI, com a preposição de, quando forem pronominais: Esqueci-me de que havíamos combinado sair. Ela lembrou-se do meu nome.

Implicar: Será VTD, quando significar fazer supor, dar a entender, produzir como consequência, acarretar. Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade. Suas palavras implicam denúncia contra o deputado. As despesas extras implicam em gastos desnecessários.

Será VTI, com a preposição com, quando significar antipatizar. Não sei por que o professor implica comigo. Os alunos implicaram com o professor.

Será VTDI, com a preposição em, quando significar envolver alguém em algo. Implicaram o advogado em negócios ilícitos.

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Ela implicou-se em atos ilícitos.

Namorar: Apesar de ser muito usado com a preposição com, que só deveria ser usada para iniciar adjunto adverbial de companhia, será VTD quando possuir os significados de inspirar amor a, galantear, cortejar, apaixonar, seduzir, atrair, olhar com insistência, cobiçar. Joana namorava o filho do delegado. O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa. Eu estava namorando este cargo há anos.

Pode ser também VI: Comecei a namorar muito cedo.

Presidir: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. Presidir o país. Presidir ao país.

Proceder: Será VTI, com a preposição de, quando significar derivar-se, originar-se. Esse mau humor de Pedro procede da educação que recebeu.

Será VTI, com a preposição a, quando significar dar início. Os fiscais procederam à prova com atraso.

Será VI quando significar ter fundamento. Suas palavras não procedem.

Renunciar: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. Nunca renuncie seus sonhos. Nunca renuncie a seus sonhos.

Satisfazer: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição a. Não satisfaça todos os seus desejos. Não satisfaça a todos os seus desejos.

Abdicar:

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Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de, e também VI. O Imperador abdicou o trono. O Imperador abdicou do trono. O Imperador abdicou.

Gozar: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição de. Ele não goza sua melhor forma física. Ele não goza de sua melhor forma física.

Atentar: Pode ser VTD ou VTI, com as preposições em, para ou por. Atente o ouvido. Deram-se bem os que atentaram nisso. Não atentes para os elementos supérfluos. Atente por si, enquanto é tempo.

Cogitar: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição em ou de: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral brasileiro. Hei de cogitar no caso. O diretor cogitou de demitir-se.

Consentir: Pode se VTD ou VTI, com a preposição em. Como o pai desse garoto consente tantos agravos?

Consentimos em que saíssem mais cedo.

Ansiar: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por: Ansiamos dias melhores. Ansiamos por dias melhores.

Almejar: Pode ser VTD ou VTI, com a preposição por, ou VTDI, com a preposição a. Almejamos dias melhores. Almejamos por dias melhores. Almejamos dias melhores ao nosso país.

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Faltar, Bastar e Restar: Podem ser VI ou VTI, com a preposição a. Muitos alunos faltaram hoje. Três homens faltaram ao trabalho hoje. Resta aos vestibulandos estudar bastante.

Pisar: Pode ser VI ou VTD. Quando for VI, admitirá a preposição em, iniciando Adjunto Adverbial de Lugar. Pisei a grama para poder entrar em casa. Não pise no tapete, menino!

Prevenir

Pode ser VTD fazendo referência a evitar dano: A precaução previne acontecimentos inesperados.

Pode ser VTDI referindo-se ao ato de avisar com antecedência. Prevenimos os moradores de que haveria corte de energia.

Querer: Será VTI, com a preposição a, quando significar estimar. Quero aos meus amigos, como aos meus irmãos.

Será VTD, quando significar desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar. Sempre quis seu bem. Quero que me digam quem é o culpado.

Visar: Será VTI, com a preposição a, quando significar almejar, objetivar. Sempre visei a uma vida melhor.

Será VTD, quando significar mirar, ou dar visto. O atirador visou o alvo, mas errou o tiro. O gerente visou o cheque do cliente.

Proibir: Pode ser VTD. Proibir alguma coisa: A lei brasileira proíbe o aborto.

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Pode ser VTDI. Proibir alguém de alguma coisa / Proibir alguma coisa a alguém: O pai proibiu o filho de viajar. A ANVISA proíbe oferecer premios à indústria farmacêutica.

Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: · abdicar (de) · acreditar (em) · almejar (por) · ansiar (por) · anteceder (a) · atender (a) · atentar (em, para) · cogitar (de, em) · consentir (em) · crer (em) · deparar (com) · desfrutar (de) · desdenhar (de) · gozar (de) · necessitar (de) · preceder (a) · precisar (de) · presidir (a) · renunciar (a) · satisfazer (a) · versar (sobre).

Exemplos: · Precisamos pessoas honestas. · Precisamos de pessoas honestas. · Nunca cri pessoas que falam muito de si próprias. · Nunca cri em pessoas que falam muito de si próprias.

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24) Redação Oficial ↑ Sumário

Dicas : **Vocativo para Ofícios e avisos O memorando não traz vocativo. Nesse documento, o destinatário é identificado pelo cargo.

Aviso e Ofício finalidade o tratamento de assuntos oficiais

Comunicação ministerial

para presidente da República EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

exclusivo por Ministros de Estado para mesma hierarquia entre ministérios aviso

para demais autoridades incluindo membros e servidores do Ministério Público. ofício

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

É forma de correspondência oficial dirigida ou assinada por Ministro de Estado ou por dirigentes de órgãos da Presidência da República, com o intuito de justificar medidas propostas em anexo ou submeter à deliberação presidencial assuntos administrativos.

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O Chefe do Poder Executivo, conforme o caso, soluciona-os por despacho, decreto ou mensagem ao Congresso Nacional. Por extensão, recebe também essa denominação a correspondência usada para os mesmos fins, dirigida a outras autoridades por seus auxiliares. Os parágrafos devem ser numerados, com exceção do primeiro e do fecho. MEMORANDO

O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, de igual hierarquia ou não. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve ser rápida, por meio de procedimentos burocráticos simples. Para evitar o desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Comunicação, papeleta e nota são documentos que têm as mesmas características do memorando, usadas conforme a tradição do órgão. Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Pronomes de Tratamento: a) Vossa Excelência para as seguintes autoridades: PODER EXECUTIVO PODER LEGISLATIVO PODER JUDICIÁRIO PODER EXECUTIVO

-Presidente da República;

-Governadores de Estado e Distrito Federal;

-Generais das Forças Armadas;

pantes de cargos de natureza especial;

*são Ministros de Estado, além dos titulares dos Ministérios:

a Institucional;

-Geral da Presidência da República; -Geral da União; -Geral da União.

PODER LEGISLATIVO

itais;

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PODER JUDICIÁRIO

.

OBS.: O Vereador e o Vice-Prefeito NÃO recebem tratamento de Vossa Excelência, apenas o de Vossa Senhoria! Vocativos: Excelentíssimo Senhor + cargo que ocupa Senhor + cargo que ocupa Apenas para os Chefes de Poder: (não pode abreviar!)

Senhor Presidente da República,

Para as demais autoridades e particulares:

l, ** OBS. Tratamento de senador Vossa Excelência Senador VOCATIVO: Senhor Senador Exposição de Motivos: é o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente. Em regra, é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado. Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, esta deverá ser assinada por todos os Ministros envolvidos, sendo por essa razão chamada de interministerial.

Mensagem: comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo.

Telegrama: Devido ao alto custo, deve restringir-se apenas àquelas situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização. Segue a forma e estrutura disponível nos Correios.

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Fax: É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e envio antecipado de documento, quando não há condições de envio por meio eletrônico. É conveniente o envio, juntamente com o documento principal, um pequeno formulário (folha de rosto) com os dados de identificação do órgão expedidor, data, dados incluindo telefone do destinatário e do remetente, quantidade de páginas enviadas, número do documento e observações.

Correio Eletrônico (e-mail): Por seu baixo custo e celeridade transformou-se na principal forma de comunicação. Um dos atrativos é a flexibilidade, não interessando definir forma rígida para sua estrutura. O campo assunto deve ser preenchido e documento em anexo devem preferencialmente utilizar o formato Rich Text. (.rtf) Deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. Para que a tenha valor documental (aceita como documento original), é necessário existir certificação digital.

R.O. pode ser impressa em ambas faces do papel, ( C )

R.O O texto é destinado Ao cidadão comum utilizar-se uma diferenciação em função do fato e / ou cidadão. (tratamento homogêneo)

R.O. corpo da letra e o tipo (não varia) variam no texto(12), nas citações(11) e notas de rodapés(10) (fonte times new roman , (symbols ou Wingdings)

Poder público ao redigir textos oficiais utilizam-se de linguagens específicas, condizentes com o interesse a adm. Pública. ( E ) (utiliza o português padrão)

O uso da 1ª pessoa, tanto do sing. Quanto do plural, é inadequado aos textos oficiais, pois fere(não fere) o princípio da impessoalidade. ( E ) (pode ser utilizado a 1ª) (não deve se utilizar adjetivos desnecessários... formas de cortesia. )

A imparcialidade (impessoalidade) é uma característica essencial aos textos públicos.

5 princípios: impessoalidade, uniformidade, clareza, concisão e utilização da norma culta.

A forma adequada de se referir ao presidente da república no endereçamento de uma correspondência oficial é vossa (sua excelência) excelência

Endereçamento (fora do texto) sua excelência Vocativo (início do texto) Excelentíssimo Senhor Pronome de tratamento (interior do texto) vossa excelência

Aviso, ofício, memorando se diferenciam mais pela forma que pelo conteúdo. ( E ) (diferenciam + pelo do conteúdo do que a forma)

Todos (excluídas as comunicação do presidente) os textos oficiais devem trazer identificação do signatário com assinatura / nome / cargo. ( E )

Os fechos mais indicados (únicos existentes) para comunicações oficiais são: respeitosamente e atenciosamente. ( E )

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3.1 Partes do Padrão Ofício: a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede: Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:

Brasília, 15 de março de 1991.

c) assunto: resumo do teor do documento Assunto: Produtividade do órgão em 2002. Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. d)destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. • Ofício: nome, cargo e endereço; • Aviso: nome e cargo; • Memorando: somente o cargo.

f) fecho: Respeitosamente ou Atenciosamente, conforme o caso. g) assinatura: do autor da comunicação. h) Identificação do signatário (identificação de quem assina): excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede. Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente: – nome do órgão ou setor; – endereço postal; – telefone e endereço de correio eletrônico. 3.2 Forma de diagramação:

Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de apresentação

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apresentada abaixo: a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé; b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbole Wingdings; c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página;

d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”); e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda; f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura; g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;

h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em branco; i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento; j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações;

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l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm; m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo RichText (extensão .rtf) nos documentos de texto; n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos;

o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do conteúdo Exemplo: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”

3.3 AVISO E OFÍCIO: são modalidades de comunicação oficial

praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades.

Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares Forma e Estrutura do Aviso e Ofício:

Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário seguido de vírgula. Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Senhora Ministra,

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Senhor Chefe de Gabinete,

Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente: • nome do órgão ou setor; • endereço postal; • telefone e endereço de correio eletrônico. 3.4 MEMORANDO:

O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.

Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público.

Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando. Forma e Estrutura do Memorando:

Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos:

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Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

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Exemplo de Ofício (297 x 210mm) (CABEÇALHO DO OFÍCIO) [Ministério] [Secretaria/Departamento/Setor/Entidade] [Endereço para correspondência]. [Endereço - continuação] [Telefone e Endereço de Correio Eletrônico]

Ofício no 524/1991/SG-PR Brasília, 27 de maio de 1991. A Sua Excelência o Senhor (No envelope, o endereçamento das comunicações) Deputado [Nome] (destinatário nome, cargo e endereço) Câmara dos Deputados 70.160-900 – Brasília – DF Assunto: Demarcação de terras indígenas Senhor Deputado, (VOCATIVO) 2,5 cm 1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama no 154, de 24 de abril último, informo Vossa Excelência (Pronomes de Tratamento)de que as medidas mencionadas em sua carta no 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa). 2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que – na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração as características socioeconômicas regionais. 3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, § 1o, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual competente. 4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão encaminhar as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade civil. 5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das entidades civis acima mencionadas. 6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária transparência e agilidade. Atenciosamente, (para = ou hierarquias inferiores) Fechos para Comunicações: [Assinatura] Identificação do Signatário: [Nome] [cargo]

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ENVELOPE A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça 70064-900 – Brasília. DF A Sua Excelência o Senhor Senador Fulano de Tal Senado Federal 70165-900 – Brasília. DF A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10a Vara Cível Rua ABC, no 123 01010-000 – São Paulo. SP

2. Vossa Senhoria: é empregado para as demais autoridades e

para particulares. O vocativo adequado é:

Senhor Fulano de Tal, (...)

No envelope, deve constar do endereçamento: Ao Senhor Fulano de Tal Rua ABC, no 123 12345-000 – Curitiba. PR

2.2 FECHO Arrematar o texto e saudar o destinatário.

• para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente, • para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente,

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Exemplo de Aviso (INTERMINISTERIAL) Aviso no 45/SCT-PR Brasília, 27 de fevereiro de 1991. A Sua Excelência o Senhor [Nome (destinatário nome, cargo) e cargo] Assunto: Seminário sobre uso de energia no setor público. Senhor Ministro, (VOCATIVO) Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas Sul, nesta capital. O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgão Públicos, instituído pelo Decreto no 99.656, de 26 de outubro de 1990. Atenciosamente, [Assinatura] [nome do signatário] [cargo do signatário]

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Exemplo de Memorando

(297 x 210mm) Mem. 118/DJ Em 12 de abril de 1991 Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores 1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste Departamento.

2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de dados. 3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito. 4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados. Atenciosamente, [Assinatura] [nome do signatário] [cargo do signatário]

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CIRCULAR GERAL Nº 58, Porto Alegre, 17 de dezembro de 1998. (data meio da pág,) ASSUNTO: Obras no Estacionamento Entre os dias X e Y o setor de estacionamento da Acme Com. Ltda. passará por obras de reforma estrutural, de modo a melhorar o serviço prestado aos funcionários. Durante este período o local estará interditado sendo liberado o uso do pátio dos fundos para guarda dos veículos. Atenciosamente,

Fulano de Tal Fulano de Tal Diretor-Geral de Negócios

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Exemplo de Exposição de Motivos de caráter informativo

(297 x 210mm)

5 cm EM no 00146/1991-MRE Brasília, 24 de maio de 1991.

5 cm Excelentíssimo Senhor Presidente da República. 1,5 cm O Presidente George Bush anunciou, no último dia 13, significativa mudança da posição norte-americana nas negociações que se realizam – na Conferência do Desarmamento, em Genebra – de uma convenção multilateral de proscrição total das armas químicas. Ao renunciar à manutenção de cerca de dois por cento de seu arsenal químico até a adesão à convenção de todos os países em condições de produzir armas químicas, os Estados Unidos reaproximaram sua postura da maioria dos quarenta países participantes do processo negociador, inclusive o Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o tratado venha a ser concluído e assinado em prazo de cerca de um ano. (...)

1 cm Respeitosamente,

2,5cm [Nome] Cargo

Exemplo de Mensagem

(297 x 210mm)

5 cm Mensagem no 118 4 cm Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,

2 cm Comunico a Vossa Excelência o recebimento das Mensagens SM no 106 a 110, de 1991, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos nos 93 a 97, de 1991, relativos à exploração de serviços de radiodifusão. 2 cm Brasília, 28 de março de 1991.

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25) Casos Facultativos ↑ Sumário

Pode-se retirar sem prejuízo para a correção e sentido.

1- Objeto Indireto Oracional Não duvidava de que(disso) ele fosse capaz disso. O governo visa (deseja) a discutir o caso.

2- Artigo Antes De Pronomes Possessivos Ela se referiu à população em geral. A inclusão do vocábulo nossa antes de população facultaria o uso do acento grave no período. (V) (inclusão do pronome possessivo crase facultativo)

Não lhe informaram (as) suas obrigações.

Pode-se por as antes de suas obrigações. (V)

3- Pred. Do obj. Preposição facultativo Chamaram(denominar), na ocasião, por motivos óbvios, o (ao) governo de corrupto(pred. Obj.). Trocar o por ao (V) (Regência do v. Chamar- pode tudo VTD ou VTI) suprimir o de (V) (pred. Do Obj. preposição Facultativo) (frase pode ser passível de ambiguidade)

4- Crase 1 Antes De pronomes possessivos femininos, no singular, que não subentendam

palavras. (o uso do artigo é facultativo) Ninguém se referiu a / à sua conduta. (pode se substituir por “a conduta dele”(F)) ...`a conduta dele. (foi especificado, logo crase obrigatório)

Não assisto à (a+a) novela. (determinada novela) Não assisto a novela. (Nenhuma novela)

Contei tudo à (a+a) Maria. (Existe familiaridade ou afetividade) Contei tudo a Maria. (Maria não é próxima)

Fiz homenagem à Joana D’arc. (Errado) Fiz homenagem a Joana D’arc. (Certo)

2 Depois da preposição “até”. (o uso da preposição é facultativo) A preposição “a” é facultativo depois de “até” (mesmo em palavras masculinas) Foi até o escritório. ou Foi até ao escritório. Ela iria até a escola. ou Ela iria à escola.

3 Antes de nomes próprios femininos (comuns) sem especificador.

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Referiu-se à Flavia. ou Referiu-se a Flavia. Referi-me à Ana, minha mulher amiga. (ideia de intimidade) crase obrigatória Referi-me a Ana, uma funcionária da empresa. (ideia contextual Ana não é intima da interlocutora, mas apenas uma simples funcionária da empresa) crase proibida

A Decisão implicará (VTD= ACARRETAR) problemas para as pessoas que visavam (desejava) à paz. No entanto, para aqueles que aspiram a uma vida melhor, mais trabalho é preferível a mais tempo, essa é a premissa dos que chegam aonde querem sempre. Seria possível, mantendo a correção gramatical suprimir a crase na expressão “a paz”?. .(V) (Eu Preciso De Paz) Sentido genérico (pode se retirar o artigo)

Obs.: 1. Com infinitivos impessoais, a colocação será sempre facultativa.

*Pediu para me ajudar(-me) hoje. **Cai muito na Cespe**

Se o encontrar na cidade, dê-lhe nas tarefas. (a conjunção “Se”(caso) inicial indica que o verbo está conjugado no futuro do subjuntivo, logo este verbo não está no infinitivo.) CAP-QUE (Conjunção “Se” atrai a preposição caso de próclise obrigatório.) Começou a ajudá-la nas tarefas. (o verbo está no infinitivo, mas a construção “a a ajudar” não se craseia preposição com pronome obliquo , logo é um caso proibido, única construção possível é “ajudá-la”(ajudar a). Começou a ajudar-me nas tarefas. (A construção é possível “a me ajudar” preposição “a” + pronome obliquo “me”.)

2. Se não houver palavra atrativa a colocação será sempre facultativa. O governo (-se) (facultativo) comprometer-se-ia (-se) (proibido)com o caso. A moça se mostrou (-se)(facultativo) uma pessoa responsável. Os homens se contentam(-se)(facultativo) com pouco. A humanidade se esqueceria (-se) (proibido)do fato. (Pode haver mesóclise) Nunca nos esqueceremos (-se) (proibido)do fato. (caso de Próclise com palavra atrativa)

Obs.: 3. Com infinitivos impessoais, a colocação será sempre facultativa.

*Pediu para me ajudar(-me) hoje. **Cai muito na Cespe**

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5- Fazer VTD + compl. Oracional pode ter ou não com

Isso fará com que ele estude mais.

Pode-se suprimir o com. (V) (fazer VTD + compl. Oracional pode ter ou não com)

6- SUJEITO COMPOSTO DEPOIS DO VERBO concordância gramatical ou atrativa

Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza, a incompetência corrupta do governo do Fatah, o cruel bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por Israel e a opção, tomada por EUA e União Europeia, de ignorar diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP. O verbo foi flexionado no plural para concordar com o sujeito composto posposto: “Facilitaram a ascensão do extremismo em Gaza a incompetência corrupta do governo do Fatah (1), o cruel bloqueio à circulação de bens e pessoas imposto por Israel (2) e a opção, tomada por EUA e União Europeia, de ignorar diplomaticamente o Hamas e fortalecer a ANP (3).”. São três os núcleos: incompetência, bloqueio e opção. O verbo foi flexionado, mas, por estar o sujeito posposto, poderia ter sido realizada a concordância atrativa, ou seja, com o núcleo mais próximo. Como esse primeiro núcleo está representado por um substantivo no singular, o verbo também poderia estar nesse número: “Facilitou a ascensão do extremismo em Gaza a incompetência...”. A decisão de flexionar o verbo (concordância gramatical) se deve ao fato de que o sujeito possui muitos elementos, e a concordância apenas com o primeiro núcleo acarretaria uma perda da ênfase em todos eles.

7- Nas orações subordinadas adverbiais, apenas a vírgula será

possível. Se a oração adverbial, a vírgula será facultativa. Se a oração adverbial estiver no início o no meio do período (deslocada), a vírgula será obrigatória. Ele voltará ao país, (facultativo) quando (temporal) quiser(modo subjuntivo). Quando quiser, (obrigatório, or. Adv. deslocada) ele voltará ao país.

8-

26) Casos Obrigatórios ↑ Sumário

Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.

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27) Casos Proibidos ↑ Sumário 1- Pron. Relativo CUJA

* pode ser substituído por a qual (F não pode ser substituído por nenhum outro pronome relativo) -Não apresentam sinônimo perfeito. (NÃO pode ser trocado por DAS QUAIS, DE QUE, DE ONDE) só com devidas alterações)

* pode ser substituído por cujo a (F não pode ser posposto por artigo)

1- CASOS PROIBIDOS DE COLOCAÇÃO CRASE

4. Inicio de frase (Se) Discutiu-se a proposta do político. Se concentravam(-se) nas tarefas domésticas. (típica da oralidade)

5. Depois de particípio ado, ido, do, to, go, so... Tinha se expressado (-se) com clareza.

O governo 1se tinha2-se 3se manifestado 4se (ênclise proibido, com particípio no verbo principal) sobre o fato.

6. Depois do futuro do indicativo

Futuro do Presente -rei, rás, rá -remos, reis, rão

Futuro do Pretérito -ria, rias, ria -ríamos, ríeis, riam

(se) Contar-se-ia (-se) o caso de outra maneira. (se) Encontrar-se-ão (-se) tais produtos em outros países.

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28) Semântica ↑ Sumário

SEMÂNTICA

1- As ideias dos jovens e as (ideias) das pessoas mais velhas não são compatíveis. Pode ser retirada “das” do trecho? Alterou a relação semântica do trecho. Sem alterar a coerência do trecho. A supressão de determinantes ou contrações pode alterar o sentido do trecho sem necessariamente comprometer o sentido do texto.

2- z Parte da gramática que trata do sentido das palavras. Assunto explorado em todos os concursos públicos, requer cuidados especiais. Vamos dividi-la em tópicos.

1) Denotação e conotação.

● Denotação Emprego de uma palavra com seu sentido original, real, dicionarizado. Ex.: A menina ganhou uma flor. A palavra flor está empregada com o seu sentido normal, registrado em dicionários: trata-se do vegetal que todos conhecem. Diz-se que ela tem valor denotativo. . ● Conotação Emprego especial, figurado de uma palavra. Ex.: A menina é uma flor.

A palavra flor, agora, não pode ser entendida como o vegetal que colhemos em determinadas plantas. Na realidade, menina é um ser animal; flor, um ser vegetal. Então, ao pé da letra, uma menina não pode ser uma flor. A frase só pode ser entendida se a desdobrarmos em uma comparação: a menina é bonita como uma flor. Nesta, flor tem valor denotativo. No entanto, quando se diz diretamente, quando se afirma que alguém é uma flor, a palavra flor tem um sentido especial, que extrapola a realidade da palavra. Diz-se, então, que ela tem valor conotativo.

Observações

a) A noção de denotação e conotação é muito importante para o entendimento do texto. Pode ser cobrada diretamente, aparecendo as duas palavras, ou de maneira indireta, em questões de compreensão e interpretação de textos.

b) Quando a conotação tem base em uma comparação, temos uma figura de linguagem conhecida como metáfora. Ex.: A jovem tem olhos de pérola.

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Ninguém pode ter olhos de pérola. Entenda-se: olhos negros e brilhantes como

pérolas. Assim, o emprego da palavras pérola constitui um caso de conotação conhecido como metáfora. A linguagem se diz conotativa, figurada ou metafórica. Veja abaixo a famosa frase de José de Alencar a respeito de Iracema.

“Iracema, a virgem dos lábios de mel”. A palavra mel tem valor conotativo, pois os lábios de uma pessoa não podem ser de mel. A idéia de doçura contida na palavra mel é transferida para os lábios de Iracema.

c) Às vezes é difícil perceber que se trata de conotação. Ex.: Nesta frase, não há coesão.

Em gramática, coesão é, como veremos adiante, a ligação entre as partes de um texto. Mas coesão, em seu sentido original, primitivo, é a força atrativa que existe entre as moléculas de um corpo. Assim, na frase dada, coesão tem sentido conotativo.

2) Sinonímia Emprego de sinônimos, isto é, palavras de mesmo sentido. Ex.: A frase está certa. A

frase está correta.

3) Antonímia Emprego de antônimos, isto é, palavras de sentido oposto.

Ex.: Resolveu entrar na casa. Resolveu sair da casa.

Observações

a) Não existem sinônimos perfeitos. Tudo depende do contexto. Ex.: Ele é forte. Ele é robusto.

O seu forte é a matemática. (não cabe a palavra robusto)

b) É claro que todos sabem o que são sinônimos e antônimos. Mas é preferível, em provas, que eles não apareçam. É impossível saber o sentido de todas as palavras. Tudo acaba tornando-se uma grande loteria. Veja a frase abaixo.

Era uma jovem pudibunda. Isso apareceu numa prova, há pouco tempo. Você conhece a palavra? A banca do concurso deu como sinônimo pundonorosa. Triste, não é mesmo?

c) É necessário melhorar o vocabulário. Leia bastante. Quando desconhecer o sentido de uma palavra, pegue o amigo de todos nós, o dicionário. E procure aprender a nova palavra.

4) Homonímia

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Emprego de palavras que têm identidade de pronúncia ou de grafia, os chamados homônimos.

.● Homônimos homófonos

. Mesma pronúncia, grafia diferente. Ex.: cozer − coser

.● Homônimos homógrafos Mesma grafia, pronúncia diferente. Ex.: sobre (^) − sobre (´) .apoio − apóio Obs.: Mesmo um tendo acento, as palavras são consideradas homógrafas. . ● Homônimos perfeitos (ou homófonos e homógrafos)

Mesma grafia e mesma pronúncia. Ex.: pena (pluma) − pena (compaixão)

5) Paronímia Emprego de parônimos, isto é, palavras muito parecidas. Ex.: O mandato do deputado é de quatro anos. Expediu um mandado de busca.

Procure gravar os homônimos e parônimos colocados abaixo. São muito importantes.

absolver − inocentar absorver − esgotar, consumir

acender − pôr fogo a ascender − elevar-se

acento − inflexão da voz assento − lugar onde se senta

aferir − conferir auferir − conseguir

amoral − sem o senso

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da moral imoral − que atenta contra a moral

apóstrofe − chamamento apóstrofo − tipo de sinal gráfico

arrear − pôr arreios arriar − abaixar

asado − com asas, alado azado − oportuno, propício assoar − limpar o nariz assuar − vaiar

astral − sideral austral − que fica no sul

atuar − exercer atividade autuar − processar

bocal − abertura de vaso bucal − relativo à boca

caçar − perseguir cassar − anular

cavaleiro − que anda a cavalo cavalheiro − educado

cegar − tirar a visão de segar − ceifar, cortar

cela − cômodo pequeno sela − arreio

censo − recenseamento senso − juízo, raciocínio

cerração − nevoeiro serração − ato de serrar

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cervo − veado servo − criado; escravo

cessão − ato de ceder sessão − tempo que dura uma reunião seção − departamento, divisão

cesto − pequena cesta, balaio sexto − ordinal de seis

chácara − propriedade rural xácara − narrativa popular em versos cidra − tipo de fruta sidra − tipo de bebida

cheque − ordem de pagamento xeque − lance do jogo de xadrez

comprimento − extensão cumprimento − saudação; ato de cumprir

concerto − harmonia; sessão musical conserto − reparo

conjetura − hipótese conjuntura − situação; ocorrência

coser − costurar cozer − cozinhar

deferir − conceder, atender diferir − ser diferente; adiar

degredar − desterrar degradar − rebaixar, aviltar

delatar − denunciar dilatar − alargar

descrição − ato de descrever discrição − qualidade de discreto

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descriminar − inocentar discriminar − separar

despensa − estoque de alimentos dispensa − ato de dispensar; licença

despercebido − sem ser notado desapercebido − desprevenido

destinto − desbotado distinto − que sobressai; diferente destratar − insultar distratar − desfazer

divagar − sair do assunto devagar − lento

elevar − levantar, aumentar enlevar − encantar, extasiar

emergir − vir à tona imergir − mergulhar

emigrar − sair de um país imigrar − entrar em um país

eminente − destacado, importante iminente − prestes a acontecer

empossar − dar posse empoçar − formar poça

encetar − principiar incitar − provocar, instigar

esbaforido − ofegante espavorido

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− apavorado

esperto − inteligente, vivo experto − perito

espiar − olhar expiar − sofrer castigo

estada − permanência de alguém estadia − tempo de um navio no porto

estático − parado extático − absorto, em êxtase

estofar − cobrir de estofo estufar − inchar; pôr em estufa estrato − camada; tipo de nuvem extrato − que se extraiu

flagrante − evidente; o ato fragrante − perfumado

fluir − correr; manar fruir − desfrutar

incerto − duvidoso inserto − inserido

incipiente − que está começando insipiente − que não sabe, ignorante

inflação − desvalorização do dinheiro infração − transgressão

infligir − aplicar (pena ou castigo) infringir − transgredir

intemerato − puro intimorato −

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corajoso

lactante − que amamenta lactente − que mama

locador − proprietário locatário − inquilino

lustre − candelabro lustro − cinco anos; brilho

mandado − ordem judicial mandato − procuração

peão −tipo de trabalhador; peça de xadrez pião − tipo de brinquedo

pleito − disputa; pedido preito − homenagem prescrever − receitar; expirar (prazo) proscrever − afastar, expulsar

ratificar − confirmar retificar − corrigir

sortir − abastecer surtir − resultar

subentender − entender o que não estava expresso subtender − estender por baixo

sustar − suspender suster − sustentar

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tacha − tipo de prego taxa − imposto

tráfego − movimento, trânsito tráfico − comércio

usuário − aquele que usa usurário − avaro; agiota

vestuário − veste, trajo vestiário − local onde se troca de roupa

vultoso − grande, volumoso vultuoso − com vultuosidade (inchado e vermelho)

6) Campos semânticos Diz-se que as palavras pertencem ao mesmo campo semântico

quando estão associadas, de alguma forma, pelo sentido. Ex.: tristeza, melancolia, pesar

vinho, leite, refrigerante

7) Polissemia Pluralidade de sentidos de uma palavra. Ex.: A paixão de Cristo. (o sofrimento) Tinha uma grande paixão por ela.

(sentimento forte e desequilibrado) Apresentou-me a paixão de sua vida. (a pessoa por quem se está apaixonado)

● Coesão Ligação que existe entre os componentes de um texto. É importante

que se conheçam as palavras e expressões que têm a capacidade de ligar termos, orações, períodos, parágrafos. Ex.: Havia pouquíssimas pessoas trabalhando no balcão, porém fui logo atendido.

A conjunção porém é adversativa, liga orações de sentido adverso, contrário. Ela é o elemento conector no período, que apresenta duas idéias contrárias: “haver poucas pessoas atendendo” e “ser logo atendido”. Assim, pode-se afirmar que o texto tem coesão, porque a conjunção porém, por seu sentido, se presta a ligar esses dois segmentos.

Observe, agora, a frase colocada abaixo. Havia pouquíssimas pessoas trabalhando no balcão, portanto fui logo atendido. Ora, a conjunção portanto, que é conclusiva, não pode fazer a ligação de coisas

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opostas. Nesta frase, está faltando coesão, isto é, a conjunção não está ligando devidamente os dois segmentos do texto.

● Coerência Sentido lógico do texto.Quando falta a coesão, normalmente falta a coerência, ou seja,

o texto fica ilógico. Ex.: Estudei muito, apesar disso fui aprovado.

Não há coerência na frase, uma vez que não há coesão. Apesar disso é expressão concessiva, introduz termos que se opõem ao que se afirmou ou vai afirmar. Para tornálo coerente, precisamos de uma expressão que indique conclusão ou conseqüência. Assim, poderíamos dizer “Estudei muito, por isso fui aprovado” (portanto, por causa disso, então etc.)

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Observações

a) A incoerência pode não depender do emprego dos conectivos. Ex.: Foi à farmácia e, lá, comprou as laranjas que faltavam. Não se compram laranjas em farmácia.

b) Qualquer palavra que se refira a outra no texto é coesiva, isto é, promove a coesão textual. Ex.: Cheguei muito cedo ao estádio, pois o jogo só começaria às quatro. Por isso, encontrei-o vazio.

Além das conjunções pois e por isso, que ligam as orações do período, temos o pronome o, que se refere a estádio. Nesse caso, estádio é o referente da palavra o. Também o adjetivo vazio tem como referente a palavra estádio. 9) Sentido de locuções adjetivas Importante para enriquecer o vocabulário. Eis

algumas que convém saber.

de agulha − acicular de gafanhoto − acrídeo de diamante − adamantino ou diamantino de cordeiro − agnelino de galo − alectório da alma − anímico de pato ou ganso − anserino de abelha − apícola de águia − aquilino de aranha − aracnídeo de árvore − arbóreo de prata − argênteo de carneiro − arietino de asno − asinino de ouro − áureo de orelha − auricular do sul − austral ou meridional do tio, da tia − avuncular de rã − batracóide da guerra − bélico do norte − boreal ou setentrional de búfalo − bubalino do campo − campesino ou campestre do cabelo − capilar de cabra − caprino de queijo − caseoso da cabeça − cefálico de cera − céreo do céu − celeste, cerúleo ou cérulo de veado, cervo − cerval ou elafiano do pescoço − cervical dos quadris − ciático de cegonha − ciconídeo de cinza − cinéreo de cobra − colubrino de pombo − columbino de couro − coriáceo da tarde − crepuscular, vesperal ou vespertino da coxa − crural de abóbora − cucurbitáceo de coelho − cunicular de cobre − cúprico da pele − cutâneo de marfim − ebúrneo ou ebóreo da igreja − eclesiástico de bronze − êneo de inseto − entômico do vento − eólio do bispo − episcopal de cavaleiro − eqüestre de cavalo − eqüino ou hípico do alto mar − equóreo de espelho − especular de fantasma − espectral ou lemural do baço − esplênico de coruja − estrigídeo de fábrica − fabril de falcão − falconídeo de gato − felino do fêmur − femoral de selo − filatélico de rio − fluvial do relâmpago − fulgural do estômago − gástrico do joelho − genicular de gesso − gípseo de gelo − glacial das nádegas − glúteo da garganta − gutural do sangue − hemático do fígado − hepático de brasão − heráldico de erva − herbáceo, herbático ou herbóreo de vidro − hialino ou vítreo do inverno − hibernal de mercúrio − hidrargírico de bode − hircino de andorinha − hirundino de peixe − ictíico ou písceo de fogo − ígneo de ilha − insular de alface − lactúceo de lago − lacustre de tijolo − laterário de lebre − leporino de madeira − lígneo de lesma − limacídeo de lobo − lupino de monge − monacal da morte − mortal ou letal de rato − murino ou murídeo do bosque − nemoral de neve − níveo ou nival da noz − nucular da nuca − occipital de serpente − ofídico de sonho − onírico do olho − ocular, óptico ou oftálmico do ouvido − ótico de pântano − palustre da borboleta − papilionáceo da parede − parietal do peito − pectoral de dinheiro − pecuniário de paixão − passional da bacia − pélvico de chumbo

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− plúmbeo de chuva − pluvial de proteína − protéico de criança − pueril ou infantil do pus − purulento da espinha dorsal − raquiano de rocha − rupestre de açúcar − sacarino da Lua − selênico de velho − senil de seda − sérico de selva − silvestre de macaco − simiesco do corpo − somático de porco − suíno de enxofre − sulfúrico de touro − táureo ou taurino da Terra, do solo − telúrico de treva − tenebroso das amídalas − tonsilar do tórax − torácico de trigo − tritíceo ou tritícola de rola − turturino de unha − ungueal de esposa − uxoriano de vaca − vacum da veia − venoso de vinho − víneo de víbora − viperino da vida − vital da vontade − volitivo da raposa − vulpino de abutre − vulturino .

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29) Interpretação de Texto ↑ Sumário

Sobre interpretação, a maioria dos textos são dissertativo-argumentativos ou narrativos (com elementos de texto descritivo, às vezes), por isso é preciso dominar as características desses tipos de texto.

Interpretação Texto

1- Inferência Simples - Posicionamento diferente da sociedade – Obs. Anafóricos, contradições, manutenções, conservadores, sinônimos Serão consideradas alternativas incorretas em relação ao texto aquelas que

Extrapolarem (pode estar correta, mas não estão contidas no texto)

Limitarem

Contradizerem

Forem parciais (opinião do elaborador)

Não abordarem o tema do texto

Como interpretar textos

É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a concursos públicos. Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões relacionadas a textos. TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR). CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações,

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que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. 3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras. EXEMPLO

TÍTULO DO TEXTO PARÁFRASES

"O HOMEM UNIDO ”

A INTEGRAÇÃO DO MUNDO A INTEGRAÇÃO DA HUMANIDADE A UNIÃO DO HOMEM HOMEM + HOMEM = MUNDO A MACACADA SE UNIU (SÁTIRA)

CONDIÇÕES BÁSICAS PARA INTERPRETAR Fazem-se necessários: a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; OBSERVAÇÃO – na semântica (significado das palavras) incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros. c) Capacidade de observação e de síntese e

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d) Capacidade de raciocínio.

INTERPRETAR x COMPREENDER

INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA

- EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, TIRAR CONCLUSÕES, DEDUZIR. - TIPOS DE ENUNCIADOS • Através do texto, INFERE-SE que... • É possível DEDUZIR que... • O autor permite CONCLUIR que... • Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que...

- INTELECÇÃO, ENTENDIMENTO, ATENÇÃO AO QUE REALMENTE ESTÁ ESCRITO. - TIPOS DE ENUNCIADOS: • O texto DIZ que... • É SUGERIDO pelo autor que... • De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação... • O narrador AFIRMA...

ERROS DE INTERPRETAÇÃO É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes são: a) Extrapolação (viagem) Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. b) Redução É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. c) Contradição Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão.

OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ e nada mais. COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.

OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este

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depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente.

Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sedo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: QUE (NEUTRO) - RELACIONA-SE COM QUALQUER ANTECEDENTE. MAS DEPENDE DAS CONDIÇÕES DA FRASE. QUAL (NEUTRO) IDEM AO ANTERIOR. QUEM (PESSOA) CUJO (POSSE) - ANTES DELE, APARECE O POSSUIDOR E DEPOIS, O OBJETO POSSUÍDO. COMO (MODO) ONDE (LUGAR) QUANDO (TEMPO) QUANTO (MONTANTE) EXEMPLO: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O ). • VÍCIOS DE LINGUAGEM – há os vícios de linguagem clássicos (BARBARISMO, SOLECISMO,CACOFONIA...); no dia-a-dia, porém , existem expressões que são mal empregadas, e, por força desse hábito cometem-se erros graves como: - “ Ele correu risco de vida “, quando a verdade o risco era de morte. - “ Senhor professor, eu lhe vi ontem “. Neste caso, o pronome correto oblíquo átono correto é O . - “ No bar: “ME VÊ um café”. Além do erro de posição do pronome, há o mau uso

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30) Dicas Locução verbal ↑ Sumário

Loc. Verbal apenas o auxiliar varia o infinitivo não se flexiona.

Verbos Auxiliares: Ter, haver, voltar, começar, ser, estar, poder, dever, ir, continuar,...

Volta-se (IIS) a falar(VTI) em (...) Volta-se (PA) a pedir (VTD) apoio no país Apoio volta a ser pedido no país. (a transitividade do verbo auxiliar é a mesma do verbo Principal)

Ela saiu correndo pela casa.

a correr

NGB (não considera como modo) é uma locução verbal (saiu correndo)

Modo (se não tiver outra nomenclatura deve-se classificar como modo)

CESPE valor do gerúndio –modo

“O/ que verdadeiramente interessa no caso / é que, no processo, a indignação de Ramos, apesar de ele (suj.) ter sido considerado um homem dele haver violento, pareceu compreensível aos depoentes.” ** O segmento ”apesar de ele ter sido considerado um homem violento” pode ser corretamente substituído pelo seguinte: apesar dele haver sido considerado um homem violento.

** Devem existir ratos (suj.)no porão

Mas...

Deve (3ª sing. haver (VTD) ratos (OD)no porão.

** Costumam ocorrer manifestações (suj) a favor da legalização da maconha.

Mas...

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Costuma haver manifestações (OD) a favor da legalização da maconha.

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31) Dicas Defamavos ↑ Sumário

CASO (DEFAMAVOS) 3ª Sing.

**Caso (DEFAMAVOS) DEFAMAVOS + PRONOME + V. INFINITIVO

Verbos Causativos: deixar, fazer, mandar.

Sensitivos: Ver, ouvir, sentir.

(DEFAMAVOS) + infinitivo Se suj. for pronome a flexão será proibida. Se o suj. for nome a flexão será facultativa. Deixou os meninos dormir / dormirem. (Ele)Deixou-os dormir. Deixou as mães pensarem. Deixou-as pensarem

**CESPE ** ( ) Seria possível sem prejuízo para a norma substituir o pronome oblíquo as.

Pronome com Função de sujeito ** O pronome será sempre suj. do infinitivo. Verbo (defamavos) + pron. (suj.) + v. infinitivo

(Eu) Mandei-/o (Suj. do verbo ficar) ficar aqui/ OD.

(Eu) Não o (Suj.) vi /entrar em casa/OD.

(Eu) Mandei o rapaz entrar. Mandei os rapazes entrarem. Mandei que o rapaz entre. (Eu) ... ele .... (Eu) ... lhe .... (Eu) ... o ....

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“O/ que verdadeiramente interessa no caso / é que, no processo, a indignação de Ramos, apesar de ele (suj.) ter sido considerado um homem dele haver violento, pareceu compreensível aos depoentes.” ** O segmento ”apesar de ele ter sido considerado um homem violento” pode ser corretamente substituído pelo seguinte: apesar dele haver sido considerado um homem violento.

** Devem existir ratos (suj.)no porão

Mas...

Deve (3ª sing.) haver (VTD) ratos (OD)no porão.

** Costumam ocorrer manifestações (suj) a favor da legalização da maconha.

Mas...

Costuma haver manifestações (OD) a favor da legalização da maconha.

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32) Dicas homônimos ↑ Sumário

HOMÔNIMOS

São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de homônimos:

HOMÔNIMOS PERFEITOS

Têm a mesma grafia e o mesmo som. - A manga está uma delícia. - A manga da camisa ficou perfeita.

HOMÔNIMOS HOMÓGRAFOS

Têm a mesma grafia, mas sons diferentes. - Eu começo a trabalhar em breve. - O começo do filme foi ótimo.

HOMÔNIMOS HOMÓFONOS

Têm o mesmo som, mas grafias diferentes. -Os concertos são realizados nas maiores e mais importantes salas de Viena, como a Ópera de Viena. -O conserto do meu celular durou uma semana.

PARÔNIMOS: São palavras parecidas, mas com pronúncia, grafia e significação diferentes. -Jesus ascendeu aos céus. -A inquisição católica acendeu fogueiras.

Emprego do C, Ç, S e SS

Acender atear fogo Ascender subir

Acento inflexão da voz; sinal gráfico

Assento lugar onde a gente se assenta

Acerto ajuste Asserto afirmação; asserção;

Acessório que não é fundamental

Assessório relativo ao assessor

Anticético oposto aos céticos Antissético desinfetante

Apreçar marcar ou ver o preço Apressar tornar rápido

Caçar perseguir a caça Cassar anular

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Cessão doação; anuência

Secção ou Seção

corte; divisão

Sessão reunião

Cesta recipiente aberto;

Sexta núm. ordinal

Sesta hora de descanso

Cético que ou quem duvida Sético que causa infecção

Cegar fazer perder a vista a Segar ceifar; cortar

Cela prisão Sela arreio de cavalgadura

Celeiro depósito de provisões Seleiro fabricante de selas

Cenário decoração de teatro Senário que consta de seis unidades

Censo recenseamento Senso juízo

Censual relativo ao censo Sensual relativo aos sentidos

Cerração nevoeiro espesso Serração ato de serrar

Cerrar fechar Serrar cortar

Cervo veado Servo servente

Cessação ato de cessar Sessação ato de sessar

Cessar interromper Sessar peneirar

Ciclo período Siclo moeda judaica

Cilício cinto para penitências Silício elemento químico

Cinemático relativo ao movimento mecânico

Sinemático relativo aos estames

Círio vela grande de cera Sírio da síria

Concertar harmonizar; combinar Consertar remendar; reparar

Corço cabrito selvagem Corso natural da Córsega

Empoçar formar poça Empossar dar posse a

Graça favor; elegância; gracejo, que faz rir;

Grassa do verbo grassar; difunde-se, propaga-se.

Incerto duvidoso Inserto inserido, incluído

indefeso sem defesa indefesso incansável

Incipiente principiante Insipiente ignorante

Intercessão rogo, súplica Interseção ponto em que duas linhas se cortam

Laço laçada Lasso cansado, frouxo

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Maça clava Massa quantidade de matéria; pasta;

Maçudo indigesto; monótono Massudo volumoso

Obcecação ato ou efeito de obcecar, teimosia,

cegueira.

Obsessão impertinência, perseguição, ideia fixa.

Paço palácio Passo passada

Remição ato de remir (pagar), resgate, quitação;

Remissão ato de remitir; perdão, expiação.

Repressão ato de reprimir, contenção,

impedimento, proibição.

Repreensão ato de repreender, enérgica admoestação, censura,

advertência.

Ruço pardacento; grisalho Russo natural da rússia

Sanção aprovação; pena imposta pela lei ou por contrato para

punir sua infração.

Sansão personagem bíblico; certo tipo de guindaste.

Sedento que tem sede; sequioso;

Cedente que cede, que dá.

Tenção Intenção

propósito Tensão intensidade

Emprego do S ou do Z

Ás exímio em sua atividade; carta do baralho.

Az esquadrão, ala do exército.

Asado que tem asas Azado oportuno

Asar guarnecer com asas Azar má sorte

Coser costurar Cozer cozinhar

Fúsil que pode fundir

Fuzil carabina Fusível dispositivo elétrico

Presar capturar, agarrar, apresar. Prezar respeitar, estimar muito, acatar.

Revezar substituir alternadamente Revisar rever; corrigir

Traz do verbo trazer Trás advérbio de lugar

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226

Vês forma do verbo ver Vez ocasião

Emprego do S ou X

Espectador aquele que assiste qualquer ato ou espetáculo, testemunha.

Expectador que tem expectativa, que espera.

Esperto inteligente, ativo; Experto perito, entendido;

Espiar espreitar; Expiar sofrer pena ou castigo;

Espirar respirar; soprar; Expirar expelir o ar; morrer;

Esterno osso do peito;

Externo exterior; Hesterno relativo ao dia de ontem;

Estrato camada sedimentar; tipo de nuvem;

Extrato o que foi tirado de dentro; fragmento;

Emprego do CH ou X

Arrochar apertar com arrocho, apertar muito. Arroxar Arroxear

roxear: tornar roxo.

Brocha prego curto de cabeça larga e chata Broxa pincel

Bucho estômago de animais Buxo arbusto ornamental

Cachão borbotão; fervura Caixão caixa grande; féretro

Cachola cabeça; bestunto Caixola pequena caixa

Cartucho canudo de papel Cartuxo pertencente à ordem da cartuxa

Chá arbusto; infusão Xá título de soberano no oriente

Chácara quinta Xácara narrativa popular em verso

Chalé casa campestre em estilo suíço Xale cobertura para os ombros

Cheque ordem de pagamento Xeque incidente no jogo de xadrez; contratempo

Cocha gamela Coxa parte da perna

Cocho vasilha feita com um tronco de madeira Coxo aquele que manca

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escavada

Luchar sujar Luxar deslocar; desconjuntar

Tacha brocha; pequeno prego Taxa imposto; preço

Tachar censurar; notar defeito em Taxar estabelecer o preço ou o imposto

Emprego do A ou I

Acidente acontecimento casual; desastre

Incidente episódio; que incide, que

ocorre

Amoral indiferente à moral Imoral contra a moral, libertino, devasso

Estada ato de estar, permanência

Estadia prazo para carga e descarga de navio ancorado

em porto

Induzir causar, sugerir, aconselhar, levar a

Aduzir expor, apresentar

Emprego do E ou I

Arrear pôr arreios Arriar abaixar

Carear atrair, ganhar, granjear.

Cariar criar carie

Delatar (delação)

denunciar, revelar crime ou delito, acusar.

Dilatar (dilação)

alargar, estender; adiar, diferir

Deferir atender Diferir distinguir-se, divergir

Descrição ato de descrever Discrição ato de ser discreto

Descriminar inocentar Discriminar

diferenciar, distinguir

Dessecar secar bem, enxugar, tornar seco

Dissecar analisar minuciosamente, dividir anatomicamente.

Despensa compartimento Dispensa desobrigação

Destratar insultar, maltratar com palavras.

Distratar desfazer um trato, anular.

Distensão ato de distender; torção de ligamento.

Distinção elegância, nobreza; diferença;

Dissensão

desavença, diferença de opiniões ou interesses.

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Elidir suprimir, eliminar.

Ilidir contestar, refutar, desmentir.

Emergir vir à tona Imergir mergulhar; adentrar

Emigrar deixar o país para residir em outro.

Imigrar entrar em país estrangeiro para nele viver.

Eminente nobre, alto, excelente

Iminente

prestes a acontecer

Emitir (emissão)

produzir, expedir, publicar.

Imitir (imissão)

fazer entrar, introduzir, investir.

Encrostar criar crosta. Incrustar cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-se, arraigar-se.

Entender compreender, perceber, deduzir.

Intender exercer vigilância, superintender.

Enumerar numerar, enunciar, narrar, arrolar.

Inúmero inumerável, sem conta, sem número.

Estância lugar onde se está, morada, recinto.

Instância solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo.

Elidir suprimir, eliminar.

Ilidir contestar, refutar, desmentir.

Emergir vir à tona Imergir mergulhar; adentrar

Emigrar deixar o país para residir em outro.

Imigrar entrar em país estrangeiro para nele viver.

Eminente nobre, alto, excelente

Iminente

prestes a acontecer

Emitir (emissão)

produzir, expedir, publicar.

Imitir (imissão)

fazer entrar, introduzir, investir.

Encrostar criar crosta. Incrustar cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-se, arraigar-se.

Entender compreender, perceber, deduzir.

Intender exercer vigilância, superintender.

Enumerar numerar, enunciar, narrar, arrolar.

Inúmero inumerável, sem conta, sem número.

Estância lugar onde se está, morada, recinto.

Instância solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo.

Evocar lembrar, invocar

Avocar atribuir-se; chamar

Invocar pedir (a ajuda de); chamar; proferir

Incontinente imoderado, que não se contém, descontrolado.

Incontinenti imediatamente, sem demora, logo, sem interrupção.

Inquerir apertar (a carga de animais), encilhar.

Inquirir procurar informações sobre, indagar, investigar, interrogar.

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Peão aquele que anda a pé, domador de cavalos

Pião

tipo de brinquedo

Prover providenciar, dotar, abastecer, nomear para cargo

Provir originar-se, proceder; resultar

Recrear proporcionar recreio, divertir, alegrar.

Recriar criar de novo.

Reincidir tornar a incidir, recair, repetir.

Rescindir dissolver, invalidar, romper, desfazer:

Subentender supor Subtender estender por baixo

Subintender exercer função de subintendente

Tráfego trânsito de veículos, percurso, transporte.

Tráfico negócio ilícito, comércio, negociação.

Emprego do E ou O

Apóstrofe figura de linguagem Apóstrofo sinal gráfico

Lustre brilho, glória, fama; abajur. Lustro quinquênio; polimento.

Preceder ir ou estar adiante de, anteceder, adiantar-se.

Proceder originar-se, derivar, provir; levar a efeito, executar.

Preeminente que ocupa lugar elevado, nobre, distinto.

Proeminente alto, saliente, que se alteia acima do que o circunda.

Preposição ato de prepor, preferência; palavra invariável que liga

constituintes da frase.

Proposição ato de propor, proposta; máxima, sentença; afirmativa, asserção.

Preposto aquele que representa e tem conhecimento dos fatos.

Proposto do verbo propor.

Prescrever (Prescrito)

fixar limites, ordenar de modo explícito, determinar; ficar sem

efeito, anular-se

Proscrever (Proscrito)

abolir, extinguir, proibir, terminar; desterrar.

Emprego do O ou U

Arrolhar tapar com rolha Arrulhar som feito por rolas e pombos.

Assoar limpar nariz de mucos; Assuar insultar com vaias;

Augurar prognosticar, prever, auspiciar

Agourar pressagiar, predizer

Bocal abertura de vaso ou frasco; Embocadura de instrumento

de sopro;

Bucal relativo a boca;

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Comprimento extensão Cumprimento saudação

Coro conjunto de vozes Couro pelo de animal

Costear navegar junto à costa, contornar.

Custear pagar o custo de, prover, subsidiar.

Florescente que floresce, próspero, viçoso.

Fluorescente que tem a propriedade da fluorescência.

Poupa (Subst.)

tufo de penas na cabeça de pássaros.

Polpa parte carnosa de frutos. polpudo = volumoso.

Poupa (Verbo)

do verbo poupar; economiza; guardar em poupança;

Popa parte posterior de embarcação

Sortir abastecer Surtir originar

Soar produzir som Suar transpirar

Vultoso de grande vulto, volumoso. Vultuoso atacado de vultuosidade (congestão da face).

Emprego do L ou R

Flagrante ato que surpreende (flagrante delito); ardente, acalorado;.

Fragrante que tem fragrância ou perfume; cheiroso.

Inflação ato ou efeito de inflar; aumento de preços.

Infração ato ou efeito de infringir ou violar uma norma.

Pleito questão em juízo, demanda, litígio, discussão

Preito sujeição, respeito, homenagem

Outros casos

Aderência característica física; grudar;

Adesão fazer parte; apoiar algo;

Aferir conferir com padrões; avaliar, medir

Auferir colher, conseguir, ter bons resultados

Cavaleiro que anda a cavalo, cavalariano.

Cavalheiro indivíduo distinto, gentil, nobre

Degradar deteriorar, desgastar, diminuir, rebaixar.

Degredar impor pena de degredo, desterrar, banir.

Derrogar revogar parcialmente (uma lei), anular.

Derrocar destruir, arrasar, desmoronar.

Despercebido que não se notou, para o que não se atentou

Desapercebido desprevenido, desacautelado

Discente relativo a alunos Docente relativo a professores

Emenda correção de falta ou defeito, regeneração,

remendo

Ementa apontamento, súmula de decisão judicial ou do objeto de uma lei.

Folhar produzir folhas, ornar com folhagem, revestir

lâminas.

Folhear percorrer as folhas de um livro, compulsar, consultar.

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Fim (substantivo)

contrário de início Final (adjetivo)

contrário de inicial

Friso tecido crespo; moldura; Frisa faixa decorativa;

Infligir aplicar pena ou castigo Infringir transgredir, violar, desrespeitar

Liberação ato de liberar, quitação de dívida ou obrigação.

Libertação ato de libertar ou libertar-se.

Mandado ordem judicial Mandato procuração

Mau contrário de bom Mal contrário de bem

Ordinal numeral que indica ordem ou série (primeiro, segundo, milésimo, etc.).

Ordinário comum, frequente, trivial, vulgar.

Original com caráter próprio; inicial, primordial.

Originário que provém de, oriundo; inicial, primitivo.

Percentual / Porcentual

parte de um todo de cem partes

Percentil uma das divisões centesimais da distribuição de uma variável

observada

Prolatar proferir sentença, promulgar.

Protelar adiar, prorrogar.

Retificar corrigir; deixar exato; Ratificar; confirmar

Sobrescritar endereçar, destinar, dirigir.

Subscritar assinar, subscrever.

Sustar interromper, suspender; parar, interromper-se

(sustar-se).

Suster sustentar, manter; fazer parar, deter.

Tapar fechar, cobrir, abafar. Tampar pôr tampa em.

Vestiário guarda-roupa; local em que se trocam roupas.

Vestuário as roupas que se vestem, traje.

QUADROS DE EXEMPLOS EXEMPLOS DE PARÔNIMOS

Absorver (assimilar) Apreciar (dar apreço) Comprimento (extensão) Conjuntura (situação) Deferimento (concessão) Descrição (ato de descrever) Descriminar (isentar de crime) Despensa (cômodo para mantimentos) Despercebido (desatento) Destratar (ofender) Delatar (denunciar) Dessecar (enxugar) Devisar (planejar) Elidir (suprimir) Emenda (correção) Emergir (vir à tona) Emigrar (sair do país) Eminente (destacado) Emérito (insigne)

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Emitir (mandar para fora) Entender (compreender) Espavorido (apavorado) Flagrante (evidente) Incontinenti (sem demora) Infligir (aplicar pena) Intemerato (íntegro) Invicto (sem derrota) Lide (demanda) Mandato (procuração) Preeminente (distinto) Preito (homenagem) Prescrever (ordenar) Ratificar (confirmar) Reincidir (incidir novamente) Senáculo (lugar de sessões) Suar (transpirar) Sucessão (sequência) Torvo (que causa terror) Tráfico (comércio ilegal) Treplicar (fazer tréplica) Vultoso (volumoso) Absolver (perdoar) Apreçar (dar preço) Cumprimento (saudação, execução) Conjetura (suposição) Diferimento (adiamento) Discrição (reserva, modéstia) Discriminar (diferenciar) Dispensa (desobrigação) Desapercebido (desprevenido) Distratar (romper o trato) Dilatar (alargar) Dissecar (analisar em detalhes) Divisar (avistar) Ilidir (refutar, anular) Ementa (resumo) Imergir (mergulhar) Imigrar (entrar no país) Iminente (prestes a ocorrer) Imérito (imerecido) Imitir (investir em) Intender (superintender) Esbaforido (ofegante) Fragrante (perfumado) Incontinente (falto de moderação)

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Infringir (desobedecer) Intimorato (destemido) Invito (involuntário) Lida (trabalho) Mandado (ordem, determinação) Proeminente (saliente) Pleito (eleição) Proscrever (banir) Retificar (corrigir) Rescindir (desfazer) Cenáculo (lugar de ceia) Soar (tilintar) Secessão (separação) Turvo (escuro) Tráfego (trânsito) Triplicar (tornar três vezes maior) Vultuoso (vermelhidão da face)

EXEMPLOS DE HOMÔNIMOS HOMÓFONOS

Acender (alumiar) Acento (sinal gráfico) Acerto (ato de acertar) Acessório (que não é fundamental) Apressar (dar pressa a) Caçar (apanhar animais) Cédula (bilhete) Cegar (privar da vista) Cerrar (fechar) Cessão (ato de ceder) Cela (prisão) Cesta (caixa de vime) Cheque (ordem de pagamento) Concelho (circunscrição administrativa) Conserto (reparo) Coser (costurar) Espectador (aquele que vê) Esperto (astuto) Estático (imóvel) Incipiente (principiante) Laço (nó) Paço (palácio) Remissão (perdão) Russo (da rússia) Sede (lugar) Silha (assento) Tacha (pequeno prego)

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Tenção (propósito) Vês (verbo ver) Viagem (substantivo) Ascender (subir) Assento (lugar de sentar-se) Asserto (afirmação) Assessório (relativo a assessor) Apreçar (dar preço de) Cassar (anular) Sédula (cuidadosa) Segar (ceifar) Serrar (cortar) Sessão (reunião); seção (repartição) Sela (arreio) Sexta (6ª) Xeque (lance de xadrez) Conselho (aviso, reunião de pessoas) Concerto (sessão musical) Cozer (cozinhar) Expectador (aquele que tem expectativa) Experto (perito) Extático (em êxtase) Insipiente (ignorante) Lasso (frouxo) Passo (verbo passar) Remição (resgate) Ruço (pardacento) Cede (verbo ceder) Cilha (cinta) Taxa (tributo) Tensão (qualidade de tenso) Vez (ocasião) Viajem (verbo viajar)

a x há

Para marcar distância no espaço e no tempo, utiliza-se a preposição <a>. A Lua está a vários anos luz da Terra. Vimos o carro tombar a 30 metros de onde estávamos. A propaganda começou a dois meses das eleições.

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<Há>, do verbo haver, é utilizado para indicar existência de algo ou tempo decorrido. Pode ser substituído por “existe” ou “faz”.

Eu nasci há (faz) dez mil anos atrás

Naquela sala, há (existem) quarenta estudantes.

Acerca de, (A) cerca de, Há cerca de

1. <Acerca de> é uma locução prepositiva, sinônimo de “a respeito de”. Falei acerca da situação econômica do Brasil.

2. <Cerca de> é uma expressão adverbial, significa “aproximadamente”. Seu salário é de cerca de R$ 3 mil.

3. <A cerca de> combina a preposição "a" com a expressão adverbial "cerca de", implicando distância aproximada.

Estávamos a cerca de dois quarteirões do local do crime.

4. <Há cerca de> combina o verbo "haver" com a expressão adverbial "cerca de", significando "existe / faz aproximadamente”.

Ele viajou há cerca de duas horas. Não chove no Nordeste há cerca de dois meses

Nesta gaveta, há cerca de trinta revistas antigas.

Senão x Se não

1. <SENÃO> junto é principalmente conjunção alternativa, sinônimo de "do contrário".

Coma, senão vai ficar de castigo. Estuda, senão terás nota negativa no teste

2. <SENÃO> pode ser também conjunção adversativa, sinônimo de "mas, porém". Não obteve aplausos nem respeito, senão vaias.

3. <SENÃO> ainda pode ser preposição, sinônimo de "com exceção de". Todos, senão você, riram-se do tombo do Juvenal. Não comeu nada senão chocolates. Fazes outra coisa senão dormir?

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4. Pode ainda ser substantivo, indicando “qualidade negativa”. A casa tem apenas um senão: é muito fria no Inverno.

5. <SE NÃO> separado pode ser conjunção condicional <SE> + advérbio de negação <NÃO>, sinônimo de "caso não".

Se não fizerem gol, vamos perder.

6. <SE NÃO> separado pode ser conjunção integrante <SE> + advérbio de negação <NÃO>, sinônimo de "que não".

Verificou se não se esquecera de nada; Perguntou se não havia outra solução;

7. <SE NÃO> pode ocorrer também na inversão da ordem normal do advérbio <NÃO> e do pronome <SE>.

Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.

OBS: A confusão que alguns fazem entre estas construções advém adicionalmente do fato de o uso como conjunção <senão> poder ocorrer algumas vezes no mesmo contexto do uso da conjunção condicional <se>.

Senão eu, quem vai fazer você feliz?

Se não [for] eu, quem vai fazer você feliz?

Afim x A fim

Afim / Afim de

Sozinho, numa única palavra, corresponde a: que tem afinidade, ligação, semelhança ou parentesco.

Eles são almas afins. Ele é afim da Fernanda. (parente)

A fim de

No sentido de finalidade, objetivo, equivale a "para". Chegou a fim de iniciar a reunião. A fim de retomar a amizade, ele ligou para ela.

OBS: Coloquialmente é usado no sentido de <estar com vontade de> ou no sentido amoroso.

Ele estava a fim de ir ao shopping. João estava a fim dela.

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Em vez de X Ao invés de

O termo <invés> é substantivo e variante de <inverso> e significa <lado oposto>, <avesso>. Na expressão <ao invés>, o substantivo <invés> é utilizado para indicar oposição, significa <ao contrário de>.

O Brasil importa alimentos, ao invés de exportá-los. Amor, ao invés do ódio, eleva a alma.

Já a expressão <em vez de> é empregada com o significado de <em lugar de>, quando há mais de uma possibilidade, podendo ser usado também com o mesmo sentido de <ao invés de>. Sempre que se usar <em vez de> não haverá erro, mas constitui erro usar <ao invés> quando não há oposição.

Em vez de falar, preferiu calar. (poderia usar <ao invés de>). Viajou de carro em vez de avião. (não poderia usar <ao invés de>, pois há multiplas possibilidades, não uma oposição de termos).

Onde x Aonde x Donde

Seja como advérbios interrogativos ou pronomes relativos, <onde> e <aonde> são empregados da seguinte forma.

Onde = “em que lugar”. Indica permanência, lugar sem movimento. O lugar em que se está ou em que se passa algum fato. É usado com verbos que expressam estado ou permanência.

Onde está a mala? (= em que lugar está a mala?) A mala está onde a viste ontem. (= no lugar em que)

Aonde = “a que lugar”, “para que lugar”. Aonde indica ideia de movimento ou aproximação. Normalmente, empregado com verbos de movimento (ir, vir, voltar, regressar, retornar, sair, subir, levar, etc.) e outros que pedem a preposição [a].

Aonde vais? (= a que lugar vais?) O lugar aonde vou não te diz respeito. (= ao qual vou)

Donde = “de que lugar”, é a junção da preposição [de] + [onde]. Usado apenas quando se vem de algum lugar. De modo que pode ser substituído por “de que lugar”.

Donde é que ele veio? (= De que lugar ele veio?)

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Donde vens, aonde vais? (Castro Alves)

Ao encontro de X De encontro a

<Ao encontro de> tem significado de “para junto de”, “estar de acordo com”, “favorável a”.

Vamos ao encontro de nossa turma. (para junto) Essa lei vem ao encontro dos interesses do povo. (vem a favor)

<De encontro a> tem significado de “contra”, “em oposição a”, “para chocar-se com”.

O jovem dirigiu bêbado e foi de encontro à árvore. (chocou-se com a árvore). Esta questão está indo de encontro aos interesses da empresa. (contra os interesses).

Aparte X À parte

<Aparte> é um substantivo masculino que designa um comentário à margem, uma interrupção ou observação.

Os apartes dele são sempre muito inconvenientes.

<À parte> pode ser sinônima de “em particular” ou “exceto”. O patrão chamou-o para uma conversa à parte. A viagem correu bem, à parte um pequeno problema com malas;

A princípio X Em princípio

Ambas são locuções adverbiais que se parecem na forma e por isso são frequentemente confundidas, mas têm empregos diferentes. <A princípio> equivale

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a "no começo", "inicialmente". <Em princípio> significa "em tese", "preliminarmente", "de modo geral".

A princípio, o time estava nervoso, mas surgiram os gols. A princípio, a seleção peruana respeitou o Brasil, mas depois começou a gostar do jogo.

Em princípio, concordo com o esquema tático da seleção. Em princípio, o jogo foi equilibrado.

A ver x Haver

<A ver> é uma expressão formada pela preposição “a” e o verbo “ver”, geralmente associada ao verbo “ter” (ter a ver com). Já o verbo <haver> é sinônimo de “existir”, “acontecer”, “ter passado”.

Eu não tenho nada a ver com isso. Haver muito desemprego é algo que nos preocupa.

Decerto x De certo

<DECERTO>: Quando tem o sentido de “certamente” ou "por certo" devemos empregar o advérbio decerto. (=certamente)

O professor decerto aceitará nossa proposta de emprego.

<DE CERTO>: Preposição “de” e pronome indefinido “certo”. (=de determinado) Não gosto do ar de certo indivíduo que costuma passar aqui.

<DE CERTO>: Preposição de e substantivo certo. (=de certeza) O que temos de certo nessa história é que ela não compareceu.

<DE CERTO>: Locução adverbial. (=modo) De certo modo, tudo ocorreu bem.

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À medida que X Na medida em que

<À medida que> é uma locução conjuntiva proporcional, expressa ideia de proporção, pode ser substituída por “à proporção que”. Uma oração que contenha “à medida que” é subordinada à principal e mantém uma comparação com a mesma de igualdade, de aumento ou diminuição.

À medida que nós subimos, ficamos mais cansados. À medida que convivemos com pessoas, tornamo-nos mais maduros. (Tornamo-nos mais maduros à proporção que convivemos com pessoas.)

<Na medida em que> é uma locução conjuntiva causal, haverá noções de causa/consequência ou efeito nas orações que tiverem tal expressão. Pode ser substituída pelas equivalentes “uma vez que”, “porque”, “visto que”, “já que” e “tendo em vista que”.

Nós precisamos ler mais na medida em que crescemos, pois temos maior entendimento ao passar dos anos. (visto que) A pesquisa dever ser feita antes de dezembro na medida em que vamos estar de férias nesse período. (porque) Na medida em que convivemos com pessoas, tornamo-nos mais maduros. (Tornamo-nos mais maduros porque convivemos com pessoas.)

De trás X detrás

A expressão <de trás> representa uma locução adverbial designativa de lugar e/ou espaço, faz referência à “de onde”, com verbos expressando sempre movimento.

O objeto foi retirado de trás do armário. (de onde o objeto foi retirado?) Ela saiu de trás da porta. (de onde ela saiu?)

Já o vocábulo <detrás> se classifica como um advérbio, fazendo referência a “lugar onde”, representando o sinônimo de “atrás”.

O garoto se escondeu detrás da porta. (onde o garoto se escondeu?) As crianças devem viajar no banco detrás. (onde as crianças devem viajar?)

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33) Coesão e Coerência ↑ Sumário

• Ambos ou Ambas e Zero são considerados numerais cardinais. Ambos (as) significa "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro. OBS: A forma "ambos os dois" é considerada enfática. Na construção de um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão do que é dito, ou lido. Esses mecanismos linguísticos que estabelecem a conectividade e retomada do que foi escrito ou dito, são os referentes textuais e buscam garantir a coesão textual para que haja coerência, não só entre os elementos que compõem a oração, como também entre a sequência de orações dentro do texto. Essa coesão também pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado em conhecimentos anteriores que os participantes do processo têm com o tema. Por exemplo, o uso de uma determinada sigla, que para o público a quem se dirige deveria ser de conhecimento geral, evita que se lance mão de repetições inúteis. Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha imaginária - composta de termos e expressões - que une os diversos elementos do texto e busca estabelecer relações de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substituição, associação), sejam gramaticais (emprego de pronomes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases, orações, períodos, que irão apresentar o contexto – decorre daí a coerência textual. Um texto incoerente é o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa incoerência é resultado do mau uso daqueles elementos de coesão textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto. Construído com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal. Nas palavras do mestre Evanildo Bechara (1), “o enunciado não se constrói com um amontoado de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”. Desta lição, extrai-se que não se deve escrever frases ou textos desconexos – é imprescindível que haja uma unidade, ou seja, que essas frases estejam coesas e coerentes formando o texto. Além disso, relembre-se que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre os elementos que compõem a estrutura textual. Há diversas formas de se garantir a coesão entre os elementos de uma frase ou de um texto: 1. Substituição de palavras com o emprego de sinônimos, ou de palavras ou expressões do mesmo campo associativo. 2. Nominalização – emprego alternativo entre um verbo, o substantivo ou o adjetivo correspondente (desgastar / desgaste / desgastante).

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3. Repetição na ligação semântica dos termos, empregada como recurso estilístico de intenção articulatória, e não uma redundância - resultado da pobreza de vocabulário. Por exemplo, “Grande no pensamento, grande na ação, grande na glória, grande no infortúnio, ele morreu desconhecido e só.” (Rocha Lima) 4. Uso de hipônimos – relação que se estabelece com base na maior especificidade do significado de um deles. Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais genérico). 5. Emprego de hiperônimos - relações de um termo de sentido mais amplo com outros de sentido mais específico. Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com gato. 6. Substitutos universais, como os verbos vicários (ex.: Necessito viajar, porém só o farei no ano vindouro) A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de conectivos, como certos pronomes, certos advérbios e expressões adverbiais, conjunções, elipses, entre outros. A elipse se justifica quando, ao remeter a um enunciado anterior, a palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: O jovem recolheu-se cedo. ... Sabia que ia necessitar de todas as suas forças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a relação entre as duas orações.). Dêiticos são elementos linguísticos que têm a propriedade de fazer referência ao contexto situacional ou ao próprio discurso. Exercem, por excelência, essa função de progressão textual, dada sua característica: são elementos que não significam, apenas indicam, remetem aos componentes da situação comunicativa. Já os componentes concentram em si a significação. Elisa Guimarães (2) nos ensina a esse respeito: “Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os participantes do ato do discurso. Os pronomes demonstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, bem como os advérbios de tempo, referenciam o momento da enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ultimamente, recentemente, ontem, há alguns dias, antes de (pretérito); de agora em diante, no próximo ano, depois de (futuro).” Esse conceito será de grande valia quando tratarmos do uso dos pronomes demonstrativos. Somente a coesão, contudo, não é suficiente para que haja sentido no texto, esse é o papel da coerência, e coerência se relaciona intimamente a contexto. Como nosso intuito nesta página é a apresentação de conceitos, sem aprofundá-los em demasia, bastam-nos essas informações. Vejamos como o examinador tem abordado o assunto: (PROVA AFTN/RN 2005) Assinale a opção em que a estrutura sugerida para preenchimento da lacuna correspondente provoca defeito de coesão e incoerência nos sentidos do texto. A violência no País há muito ultrapassou todos os limites. ___1___ dados recentes mostram o Brasil como um dos países mais violentos do mundo, levando-se em conta o risco de morte por homicídio. Em 1980, tínhamos uma média de, aproximadamente, doze homicídios por cem mil habitantes. ___2___, nas duas décadas seguintes, o grau de violência intencional aumentou, chegando a mais do que o dobro do índice verificado em 1980 – 121,6%

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–, ___3___, ao final dos anos 90 foi superado o patamar de 25 homicídios por cem mil habitantes. ___4___, o PIB por pessoa em idade de trabalho decresceu 26,4%, isto é, em média, a cada queda de 1% do PIB a violência crescia mais do que 5% entre os anos 1980 e 1990. Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento mostram que os custos da violência consumiram, apenas no setor saúde, 1,9% do PIB entre 1996 e 1997. ___5___ a vitimização letal se distribui de forma desigual: são, sobretudo, os jovens pobres e negros, do sexo masculino, entre 15 e 24 anos, que têm pago com a própria vida o preço da escalada da violência no Brasil. a) 1 – Tanto é assim que b) 2 – Lamentavelmente c) 3 – Ou seja d) 4 – Simultaneamente e) 5 – Se bem que COMENTÁRIO: As lacunas no texto ocultam palavras e expressões que atuam como conectores – ligam orações estabelecendo relações semânticas entre os períodos. A banca sugere algumas opções de preenchimento. Dessas, a única que não atende ao solicitado é a de número 5, uma vez que a expressão “Se bem que” deveria introduzir uma oração de valor concessivo, estabelecendo, assim, ideia contrária à que foi apresentada até então pelo texto. Verifica-se, contudo, que o que se segue ratifica as informações anteriores ao fornecer dados complementares às estatísticas sobre homicídios. Sendo aceita a sugestão da banca, a coerência textual seria prejudicada. Por isso, o gabarito é a opção E. Coesão Recorrencial

Caracteriza-se pela repetição de algum tipo de elemento anterior que não funciona, a exemplo do caso da coesão referencial, como uma alusão ao mesmo referente, mas como uma “recordação” de um mesmo padrão. Ela pode aparecer de várias formas:

1. A recorrência de termos: Rosa falava, falava, falava... 1. O paralelismo, que consiste na recorrência da mesma estrutura sintática:

Pão no forno, água na garrafa e fruta na geladeira não alimentam. 2. A paráfrase, que se refere à recorrência de conteúdos semânticos,

marcada por expressões introdutórias como ,isto é: Ela não compareceu, ou seja, sumiu.

3. Recursos fonológicos, ou sons, caso da rima: A bola não ficou triste, a bola alegre resiste .

Coesão Sequencial É estabelecida por elementos que fazem o texto progredir, a partir da conexão por eles operacionalizada. Esses elementos são os conectivos, termos que estabelecem uma relação semântica a partir do sentido que expressam. Esse tipo de mecanismo de coesão se refere ao desenvolvimento textual propriamente dito,

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ora por procedimentos de manutenção temática, com o emprego no mesmo campo semântico, ora por meio de processos de progressão temática. A progressão temática pode realizar-se por meio da satisfação de compromissos textuais anteriores ou por meio de novos acréscimos ao texto. Sequenciação por conexão Está interdependência semântica ou programática é expressa por operadores do tipo lógico, operadores discursivos e pausas. Os operadores do tipo lógico podem estabelecer relações de : Disjunção,Condicionalidade,Causalidade,Mediação,complementação,e restrição ou delimitação. Já os operadores do discurso, podem ser por exemplo de : Conjunção, Disjunção, contra junção, conclusão, explicação e comparação. Pausa para análise de textos Num texto a exploração de alguns fatores em detrimento de outros evidencia a constituição peculiar de cada texto, caracterizando consequentemente seu produtor. As marcas linguísticas constituem indicadores das intenções do autor, porém podem não coincidir exatamente com estas mesmas intenções ou porque eles as mascarou ou por que o texto permite leituras não previstas. Assim, nunca se pode saber o que o autor quis realmente dizer. Neste sentido, pode-se dizer que todo leitor é também um produtor. Por razões didáticas serão levantadas predominantemente marcas de coesão e posteriormente em outros textos, as de coerência, Por isso, embora predomine a análise de marcas coesivas, outras também serão coesivas. Facilitando a localização dos fatos apontados, os textos foram enumerados e esta numeração está indicada na análise. Nota-se que a maioria dos textos,se caracteriza pela intensa utilização da elipse e das pausas. Este procedimento trouxe, uma série de implicações ao nível da coerência, fazendo com que o texto possa ser coerente para uns, e não para outros, possibilitando amplamente várias leituras. Reformulando a noção de coerência Como já estudamos nos capítulos anteriores, os fatores de coesão são os que dão conta da estruturação da sequência superficial do texto, e os de coerência, os que dão conta do processo do texto, permitindo uma análise mais profunda do mesmo. Deste modo, um texto não é em si, coerente ou incoerente, ele é o objetivo principal para um leitor/alocutário numa determinada situação, pois sabemos que texto exige um pouco de conhecimento e modernismo. A coerência opera dois níveis de aquisição de conhecimentos: razão e experiência nela distinguem-se dois tipos de conhecimento: o declarativo e o procedimental . Conhecimento declarativo: é aquele dado por sentenças e preposições, que organizam os conhecimentos a respeito de situações, eventos e fatos do mundo real e entre as quais se estabelecem relações do tipo lógico como de generalização, especificação, causalidade etc. Conhecimento procedimental: é aquele dado pelos fatos ou convicções num determinado formato, para um uso determinado. Tal conhecimento, armazenado na

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memória episódica através de determinados modelos globais, é culturalmente construído através da experiência e trazido na memória ativa. Esses conhecimentos, determinam a produção de sentido e consequentemente a coerência, e estão armazenados na memória em estruturas cognitivas: As estruturas Cognitivas Trata-se de uma constelação de conhecimentos armazenados, na memória semântica e na memória episódica, em unidades consistentes porém não monolíticas ou estanques. Embora não exaustiva dos conceitos, dintingui-se como primários e secundários. As estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: assimilação e acomodação. A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos de estruturas cognitivas existentes, enquanto que a acomodação se refere à mudança da estrutura cognitiva para compreender o meio. O desenvolvimento cognitivo consiste de um esforço constante para se adaptar ao meio em termos de assimilação e acomodação. modelos cognitivos globais Entre os modelos cognitivos globais, os frames funcionam como um tipo básico auxiliar na compreensão de textos. São modelos globais que contêm o conhecimento do senso comum sobre um conceito central (por exemplo: Natal, viagem aérea, estabelecem quais as coisas que, em princípio, são componentes de um todo, mas não estabelecem entre eles uma ordem ou sequência (lógica ou temporal). A teoria dos frames foi proposta por Minsky, dentro de uma perspectiva cognitiva, e como o próprio titulo da obra o indica, trata-se de um mecanismo de armazenagem de conhecimento por computadores, ou seja, como representar o conhecimento na linguagem artificial de forma que se aproxime da linguagem natural . Pausa para análise de textos Os textos apresentados, são analisados seguindo procedimentos, adotados no capitulo 7. cada texto é destacado a análise de coesão e coerência. No entanto são apresentados os seguintes textos : A classe – Luis Fernando Veríssimo Negociações – Luis Fernando Veríssimo O evento – Millôr Fernandes Infância – Carlos Drummond de Andrade Cidadezinha qualquer – Carlos Drummond de Andrade Os textos apresentam elementos coesivos bastante escassos, que tem função mínima na estruturação dos sentidos . Nota-se também repetições de acontecimentos em relação aos textos, ressaltando monotonia. Essa recorrência e o paralelismo constituem um meio para deixar fluir os textos, e acentuam a monotonia. Coesão e Coerência no texto conversacional O texto conversacional é uma atividade linguística básica que pertence as práticas diárias de qualquer cidadão, independente de seu nível sociocultural. Embora tanto no texto escrito quanto falado o sistema linguístico seja o mesmo para a construção das frases. [“ As regras de efetivação, bem como os meios

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empregados são diversos e específicos o que acaba por evidenciar produtos diferenciados” ] ( Marcushi1986) . Akinnaso ressalta que tanto a língua falada como a escrita derivam da mesma base semântica, fazendo uso do mesmo sistema léxico – sintático e variando principalmente na escolha e distribuição dos modelos sintáticos e do vocabulário em respostas das restrições pragmáticas da modalidade especifíca ou em outras palavras : Fala e escrita são variações funcionais do mesmo sistema linguístico. Coesão e Coerência Muitas das regras usadas pelos interlocutores, podem ser explicitadas e formalizadas, identificando elementos de coesão e coerência, porém como dizem os linguistas que se dedicam ao estudo da questão, analisar coesão e coerência no texto oral é enfrentar uma questão polêmica por se tratar de um fenômeno de poucas evidencias empíricas.

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34) Fonética e Fonologia ↑ Sumário

RESUMO

DIGRAFO = 2 consoantes com 1 fonema

1 dígrafo consonantais: gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs. Ex.: guerreiro, queda, chave, lhama, nhoque, ar-ras-tão, as-sa-do, des-cen-den-te, Cres-ça, ex-ci-ta-do, ex-su-dar. 2 dígrafo vocálicos ou nasais: a, e, i, o, u seguidos de m ou n na mesma sílaba (!) Ex.: cam-po, an-ta/em-pre-sa, en-tra-da/im-ba-tí-vel, ca-in-do/om-bro, On-da/um-bigo, un-tar.

DITONGO = 2 vogais unidos na mesma sílaba

ENCONTRO CONSONANTAL = 2 consoantes com 2 fonemas

Encontro consonantal perfeito:Braço (2 fonema) Psicologia Prato

Encontro consonantal imperfeito: Rit-mo Ad-vogar Cor-tar

HIATO = 2 vogais separadas em duas sílabas.

os hiatos são separados em duas sílabas: du-e-to, a-mên-do-a, ca-a-tin-ga, sa-ú-de, flu-ir;

DIGRAFO (consoante)= DITONGO (vogal)

ENCONTRO CONSONANTAL = HIATO

Ditongo

Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou nasal). Crescente (SV + V, na mesma sílaba): Ex.: magistério (oral), série (oral), várzea (oral), quota (oral), quatorze (oral), enquanto (nasal), cinquenta (nasal), quinquênio (nasal)... Decrescente (V + SV, na mesma sílaba): Ex.: item (nasal), amam (nasal), sêmen (nasal), cãibra (nasal), caule (oral),

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ouro (oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral)... Cuidado!!!

Os ditongos não são separados, mas os crescentes finais (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -

oa, -ua, -ue, -uo) são vistos pela NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) e por muitos gramáticos como possíveis hiatos de palavras proparoxítonas acidentais, ou eventuais. Por exemplo: his-tó-ria (paroxítona/ ditongo crescente) ou his-tó-ri-a (proparoxítona/hiato). Em concurso, é comuníssima a primeira análise, ou seja, áu-rea, plúm-beo, ca-lú-nia, sé-rie, colé- gio, má-goa, á-gua, tênue, tríduo. Olho vivo!

Palavras terminadas em -am (verbo), -em (verbo ou não verbo), -en (nome), - en(s) (verbo ou não verbo) apresentam ditongo decrescente nasal 66/1611 (também chamado de ditongo fonético). Exemplo: dançam (= ãu), bebem (= ẽi), sem (= ẽi), glúten (= ẽi), conténs (= ẽi), hifens (= ẽi)... Mesmo com sufixo, o ditongo se mantém: trenzinho, vintenzinho...

A palavra muito apresenta um ditongo decrescente nasal apesar da ausência de marca de nasalização. A Língua Portuguesa apresenta outras palavras assim: Elaine, andaime, plaino, açaima (do verbo açaimar), Roraima (também existe a pronúncia Roráima), etc.

Interessante é a palavra ioiô, que se separa em io-iô (há dois ditongos crescentes).

Outras palavras podem apresentar mais de um encontro vocálico, como Pi-au-í (um hiato, um ditongo decrescente e um falso hiato). Cuidado também com as palavras vaidade e paisagem, que apresentam ditongos decrescentes, e não hiatos!

1º) Os ditongos orais são representados por i ou u: ai, ei, éi, ui, ou:

caixa quereis coronéis uivar cacau leu Mandou Ilheú

2º) Algumas particularidades.

a) As 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo e também a 2ª pessoa do imperativo que são grafados com ui, terão a seguinte grafia:

Constituis, influi, retribui etc.

b) Ditongos orais geralmente são decrescentes, mas terá a existência de ditongos crescentes, representadas por ea, ia, ie, oa, ua, eu, uo:

áurea, calúnia, espécie, exímio, mágoa, míngua, tênue

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3º) Ditongos nasais podem ser de dois tipos: ditongos representados por vogal com til e semivogal e ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m.

a) Os ditongos nasais com til e semivogais são no total de quatro: ãe, ãi, ão, õe: cães, mãe, cãibra, mão, quão, Camões, põe, Guimarães

b) Os ditongos representados por uma vogal e a consoante m são dois: am e em. Exceções:

- Am empregado em flexões verbais: amam, deviam, escreveram, puseram.

- Em usado em palavras de categorias morfológicas diversas, incluindo flexões verbais, e pode apresentar variantes gráficas determinadas pela posição, pela acentuação ou, simultaneamente, pela posição e pela acentuação:

bem armazém cem devem nem quem sem

virgem Benfica bens enfim homenzinho amém mantém

Tritongo

O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma sílaba; pode ser oral ou nasal. Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral), enxáguem (nasal), averiguou (oral), deságuam (nasal), aguei (oral)...

Dígrafo e Dífono

dígrafo

1. substantivo masculino

ling grupo de duas letras us. para representar um único fonema; digrama, monotongo [No português são dígrafos: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc ; incluem-se tb. am, an, em, en, im, in, om, on, um, un (que representam vogais nasais), gu e qu antes de <e>e de , e tb. ha, he, hi, ho, hu e, em palavras estrangeiras, th, ph, nn, dd, ck, oo etc.].

Dígrafo constitui-se de duas letras representando um só fonema. A segunda

letra é diacrítica, isto é, existe apenas para ajudar numa determinada pronúncia. Por exemplo, se dissermos caro, o R terá um som diferente de RR, em carro. Este segundo R, em carro, é uma letra diacrítica.

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Há dois tipos: dígrafo consonantais:

gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs. Ex.: guerreiro, queda, chave, lhama, nhoque, arrastão, assado, descendente, cresça, excitado, exsudar. dígrafo vocálicos ou nasais: a, e, i, o, u seguidos de m ou n na mesma sílaba (!) Ex.: campo, anta/empresa, entrada/imbatível, caindo/ombro, onda/umbigo, untar. Chamamos de dífono o som KS representado pela letra X. Ex.: tóxico (tóksico), complexo (complekso), tórax (tóraks)...

Encontro consonantal

1 - Folha:

Letras: (5 letras)

Fonemas: (4 fonemas)

2 - Táxi:

Letras: (4 letras)

Fonemas: (5 fonemas)

3 - Cheque:

Letras: (6 letras)

Fonemas: ( 4 fonemas)

A letra é a representação gráfica, enquanto o fonema é a representação sonora. Como demonstrado pelos exemplos, é possível que uma palavra tenha mais letras do que fonemas, mas o oposto também pode acontecer. Entender isso é fundamental no momento de diferenciar dígrafo consonantal de encontro consonantal. Acompanhe:

Dígrafo consonantal: É a presença de duas letras que representam um único som. Alguns dígrafos são inseparáveis, entretanto, há aqueles que não devem ficar juntos na divisão silábica. Veja alguns exemplos de dígrafos:

Dígrafos Consonantais

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Letras Fonemas Exemplos

lh lhe telhado

nh nhe marinheiro

ch xe chave

rr Re (no interior da

palavra) carro

ss se (no interior da

palavra) passo

qu que (seguido de e e i) queijo, quiabo

gu gue (seguido de e e i) guerra, guia

sc se crescer

sç se desço

xc se exceção

Carro

Pássaro

Abelha

Guerrear

Dígrafos Vocálicos: registram-se na representação das vogais nasais.

Fonemas Letras Exemplos

ã am tampa

an canto

em templo

en lenda

im limpo

in lindo

õ om tombo

on tonto

um chumbo

un corcunda

Encontro Consonantal:

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Quando duas ou mais consoantes se unem, sem que haja entre elas uma vogal. O encontro consonantal pode ser classificado como perfeito (quando as consoantes são inseparáveis) e imperfeito (quando as consoantes devem se separar). Embora nesse encontro as consoantes estejam unidas, cada uma delas mantém sua unidade sonora (fonema). Logo, haverá correspondência entre letra e fonema quando houver encontro consonantal. Veja:

OBS: não confundir com dígrafo! Quando as duas consoantes formam um só som, ou quando uma das consoantes tem som vocálico, não se caracteriza um encontro consonantal. Exemplos: planta, passo. (1 fonema)

Encontro consonantal perfeito:

Braço (2 fonema)

Psicologia

Prato

Encontro consonantal imperfeito:

Ritmo

Advogar

Cortar

Se compararmos as palavras “Abelha” e “Ritmo”, comprovaremos que tanto no encontro consonantal quanto no dígrafo consonantal há a presença de consoantes unidas. Então, o que os diferencia é que, no dígrafo consonantal, duas consoantes representam um fonema; já no encontro consonantal, as consoantes representam fonemas diferentes.

1) O M e o N usados após as vogais, nasalizando-as, não são fonemas nem consoantes. Logo, se o “homem da banca” quiser dar uma “pernada” em você, ele vai dizer que ocorre o encontro de duas consoantes em menta, por exemplo. Não caia nessa! O M e o N são apenas marcas de nasalização da 60/1611 vogal, como se fossem um til (~). Se vierem, porém, antes da vogal (na-tação) ou em outra sílaba (Fa-bi-a-na), aí sim são fonemas, são, de fato, consoantes.

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2) Sempre que uma palavra tiver dígrafo, o número de letras será maior que o número de fonemas. Na palavra champanha, há 9 letras e 6 fonemas, pois há dois dígrafos consonantais (ch, nh) e um vocálico (am). 3) Se as palavras terminam em -AM, -EM, -EN(S), tais terminações não são dígrafos vocálicos, mas sim ditongos decrescentes nasais. Falarei mais disso daqui a pouco. 4) Parece bobeira, mas não confunda, por exemplo, piscina (sc: 1 som), escola (sc: 2 sons). Outra informação: na antiga ortografia, os dígrafos GU e QU, que só são dígrafos se seguidos da letra E ou I, recebiam trema em algumas palavras, o que facilitava a nossa vida em palavras como qüiproquó (os us são pronunciados, mesmo sem trema: quiproquó). Hoje (com a nova ortografia), sem trema, algumas palavras podem dificultar nossa vida. Exemplo: como se pronuncia liquidificador? Pronunciando o U ou não? As duas formas são possíveis (qüi/qui), mas se acostume com a ausência do trema, que tanto facilitava nossa vida na pronúncia das palavras. Depois reclamavam dele! Vai deixar saudades... 5) A letra H é chamada de letra etimológica, pois se manteve do latim até o português atual. Não representa fonema algum. 6) Nunca é demais dizer que depois de M se usa P e B: âmbar, amplexo, embromar, empréstimo etc. 1. Classificação dos Fonemas Os fonemas são de três tipos: vogais, semivogais e consoantes. Vogais São fonemas produzidos livremente, sem obstrução da passagem do ar. São mais tônicos, ou seja, têm a pronúncia mais forte que as semivogais. São o centro de toda sílaba. Podem ser orais (timbre aberto ou fechado) ou nasais (indicadas 61/1611 pelo ~, m, n). As vogais são A, E, I, O, U, que podem ser representadas pelas letras abaixo. Veja: A: casa (oral), cama (nasal) E: hélio (oral), estrada (oral, timbre fechado), centro (nasal) I: amigo (oral), índio (nasal) O: pode (oral), olho (oral, timbre fechado), longe (nasal) U: saúde (oral), untar (nasal) Y: hobby (oral) Obs.: Os fonemas vocálicos representados pelas letras E e O são pronunciados, respectivamente, como I e U quando terminam palavra: pente (penti); ovo (ovu). No Sul do país, a pronúncia alterna. Outra informação importante: sempre que o acento agudo ou circunflexo estiver em cima de E, I, O, U, tais fonemas serão vogais; o A será sempre vogal! Semivogais

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Os fonemas semivocálicos (ou semivogais) têm o som de I e U (apoiados em uma vogal, na mesma sílaba). São menos tônicos (mais fracos na pronúncia) que as vogais. São representados pelas letras I, U, E, O, M, N, W, Y. Veja: pai: note que a letra I representa uma semivogal, pois está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. mouro: note que a letra U representa uma semivogal, pois está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. mãe: note que a letra E representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. pão: note que a letra O representa uma semivogal, pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. cantam: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= cantãu). 62/1611 dancem: note que a letra M representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= dancẽi). hífen: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= hífẽi). glutens: note que a letra N representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= glutẽis). windsurf: note que a letra W representa uma semivogal, pois tem som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. office boy: note que a letra Y representa uma semivogal, pois tem som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba. Cuidado!!! 1) Celso Cunha, Sacconi e outros gramáticos, por exemplo, consideram a letra L uma semivogal em fim de sílaba (sal, mal, sol, alto...) por ter som de U. No Sul do Brasil, entretanto, mesmo nessa situação, o L tem som de L mesmo, predominantemente. Nunca vi em concurso algum tal exigência, mas... nunca se sabe... vai que... 2) Em um encontro vocálico, para saber qual fonema vocálico é vogal ou semivogal, sugiro substituir as vogais por valores de intensidade; assim: A=3, E=2, I=1, O=2, U=1. Por exemplo, em vácuo (u=1, o=2, logo U é semivogal e O é vogal). Saiba que o encontro vocálico -eo (óleo), por não se encaixar na minha sugestão, é analisado assim: semivogal (e) + vogal (o). Por fim, num encontro vocálico com I e U, o que vier após outro será, normalmente, vogal. Uma maneira de perceber isso é colocando um acento agudo hipotético em cima desses fonemas; Ex.: partíu (i, vogal; u, semivogal); gratúito (u, vogal; i, semivogal); saguí (u, semivogal; i, vogal). Esta última palavra é escrita com trema, segundo a antiga ortografia. 4) As palavras “windsurf” e “office boy”, de origem estrangeira, já figuram nos

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dicionários de língua portuguesa do Brasil, por isso não podemos deixar de analisar as já consideradas letras do nosso alfabeto K, W e Y sob uma perspectiva fonológica. Só de curiosidade: Charles Darwin (w com som de u, semivogal). 63/1611 Consoantes São fonemas produzidos com interferência de um ou mais órgãos da boca (dentes, língua, lábios). Todas as demais letras do alfabeto representam, na escrita, os fonemas consonantais: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W (com som de V, Wagner), X, Z. Sílaba A sílaba é, normalmente, um grupo de fonemas centrados numa vogal. Toda sílaba é expressa numa só emissão de voz, havendo breves pausas entre cada sílaba. Isso fica mais perceptível quando pronunciamos uma palavra bem pausadamente. Por isso, intuitivamente, a melhor maneira de separar as sílabas é falar bem pausadamente a palavra. Exemplo: FO... NO... LO... GI... A. Percebeu? Fique sabendo que a base da sílaba é a vogal e, sem ela, não há sílaba, ok? Há palavras com apenas uma vogal formando cada sílaba: aí, que se pronuncia a-í (duas sílabas). Quanto ao número de sílabas, as palavras classificam-se em: • Monossílabas (uma vogal, uma sílaba): mão. • Dissílabas (duas vogais, duas sílabas): man-ga. • Trissílabas (três vogais, três sílabas): man-guei-ra. • Polissílabas (mais de três vogais, mais de três sílabas): man-guei-ren-se. Ou quem sabe esta: pneu-mo-ul-tra-mi-cros-co-pi-cos-si-li-co-vul-ca-no-co-nió- ti-co. Se eu ainda sei contar, são 20 vogais, logo 20 sílabas. Esta é polissílaba desde criancinha! Quanto à tonicidade, há sílaba tônica (alta intensidade na pronúncia) e átona (baixa intensidade na pronúncia). Sempre há apenas uma (1) sílaba tônica por palavra, ok? Ela se encontra em uma das três sílabas finais da palavra (isto é, se a palavra apresentar três sílabas). Bizu: se houver acento agudo ou circunflexo em uma das vogais, aí estará a sílaba tônica da palavra. Qual seria, então, a sílaba tônica de pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico? Moleza, não? Veja: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiÓtico. 64/1611 Se não houver acento agudo ou circunflexo para facilitar a nossa vida, coloque um acento hipotético para identificar a sílaba tônica: cástelo, castélo ou casteló? Como falamos? É claro que a sílaba tônica é a segunda: cas-te-lo. Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras só podem ser: • Oxítonas (última sílaba tônica): condor.

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• Paroxítonas (penúltima sílaba tônica): rubrica. • Proparoxítonas (antepenúltima sílaba tônica): ínterim. Cuidado!!! 1) Conheça a posição da sílaba tônica de algumas palavras: SÁbia, saBIa, sabiÁ, misTER, noBEL, ureTER, ruIM, filanTROpo, puDIco, reCORde, graTUIto, iBEro, LÊvedo, aRÍete, ZÊnite, QUÉops... 2) Há palavras que têm dupla possibilidade de posição da sílaba tônica: proJÉtil/ projeTIL, RÉPtil/repTIL, XÉrox/XeROX... Note que há mudança na acentuação gráfica... 3) Só para relaxar: “A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia assobiar”. E as sílabas tônicas? Falaremos sobre Prosódia (assunto que trata, basicamente, da correta posição da sílaba tônica) com calma mais à frente. Relax! Ortoepia e Prosódia Ortoepia ou Ortoépia trata da pronúncia adequada das palavras. Já a Prosódia trata, basicamente, da correta acentuação tônica das palavras, ou seja, da posição adequada da sílaba tônica das palavras. Quando alguém comete um desvio de prosódia, damos a isso o nome de silabada – deslocamento da sílaba tônica. Este assunto está ligado à fonologia, à ortografia e à acentuação, por isso revisite-o sempre. Não é incomum ouvirmos as pessoas dizendo menDINgo, morTANdela, aDEvogado, PREvilégio ou RÉcorde, RÚbrica, inteRIM, gratuÍto etc., certo? Até o mais conceituado apresentador de telejornal brasileiro diz RÉcorde! Preste atenção! No entanto, sabemos que mendigo, mortadela, advogado e privilégio são as adequadas pronúncias, o que acaba influenciando a ortografia, percebe? Sabemos também que o adequado é reCORde, ruBRIca, ÍNterim, graTUIto. Beleza? Nós, falantes cultos da língua, devemos nos preocupar muito em pronunciar adequadamente as palavras, sem acrescentar ou retirar partes das palavras, ou ainda deslocar a posição da sílaba tônica delas. Nossa ascensão social depende disso, seja em uma entrevista de emprego seja em uma prova de concurso. Fique ligado nisso! Leia e releia os desvios mais clássicos: 70/1611 ADEQUADO INADEQUADO Admissão Adimissão Absoluto Abissoluto Advogado Adevogado Aforismo Aforisma Aleijar Alejar Aterrissagem Aterrizagem Adivinhar Advinhar

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Apropriado Apropiado Bandeja Bandeija Bugiganga Buginganga Beneficente Beneficiente Bebedouro Bebedor Bochecha Buchecha Boteco Buteco Braguilha Barguilha Bueiro Boeiro Cabeleireiro Cabelereiro Caranguejo Carangueijo Cutucar Cotucar 71/1611 Creolina Criolina Descarrilar Descarrilhar Digladiar Degladiar Disenteria Desinteria Empecilho Impecilho Engajamento Enganjamento Estourar Estorar Estupro Estrupo Esteja Esteje Etimologia Etmologia Fratricídio Fatricídio Freada Freiada Fragrância Fragância Frustração Frustação Intitular Entitular Lagarto Largato Lagartixa Largatixa Manteigueira Mantegueira Mendigo Mendingo Meritíssimo Meretíssimo 72/1611 Meteorologia Meterologia Mortadela Mortandela Prazerosamente Prazeirosamente Privilégio Previlégio Problema Pobrema/Poblema Proprietário Propietário Prostrar Prostar Reivindicar Reinvidicar Salsicha Salchicha Seja Seje Sobrancelha Sombrancelha Supetão Sopetão

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Superstição Supertição Tábua Talba Tóxico Tóxico (ch) Umbigo Imbigo Basculante Vasculante * Para os professores de plantão, não entrarei no mérito da epêntese e de outros fenômenos prosódicos, pois isso não cai em prova. 73/1611

Prefixos de Origem Grega

a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. Exemplos:

anônimo, amoral, ateu, afônico

ana- : Inversão, mudança, repetição. Exemplos:

analogia, análise, anagrama, anacrônico

anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos:

anfiteatro, anfíbio, anfibologia

anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos:

antídoto, antipatia, antagonista, antítese

apo- : Afastamento, separação. Exemplos:

apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia

arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos:

arquiduque,arquétipo, arcebispo, arquimilionário

cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos:

cataplasma, catálogo, catarata

di-: Duplicidade. Exemplos:

dissílabo, ditongo, dilema

dia- : Movimento através de, afastamento. Exemplos:

diálogo, diagonal, diafragma, diagrama

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dis- : Dificuldade, privação. Exemplos :

dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia

ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos:

eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo

en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos:

encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo

endo- : Movimento para dentro. Exemplos:

endovenoso, endocarpo, endosmose

epi- : Posição superior, movimento para. Exemplos:

epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio

eu- : Excelência, perfeição, bondade. Exemplos:

eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia

hemi- : Metade, meio. Exemplos:

hemisfério, hemistíquio, hemiplégico

hiper- : Posição superior, excesso. Exemplos:

hipertensão, hipérbole, hipertrofia

hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos:

hipocrisia, hipótese, hipodérmico

meta- : Mudança, sucessão. Exemplos:

metamorfose, metáfora, metacarpo

para- : Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos:

paralelo, parasita, paradoxo, paradigma

peri- : Movimento ou posição em torno de. Exemplos:

periferia, peripécia, período, periscópio

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pro- : Posição em frente, anterioridade. Exemplos:

prólogo, prognóstico, profeta, programa

pros- : Adjunção, em adição a. Exemplos:

prosélito, prosódia

proto- : Início, começo, anterioridade. Exemplos:

proto-história, protótipo, protomártir

poli- : Multiplicidade. Exemplos:

polissílabo, polissíndeto, politeísmo

sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos:

síntese, sinfonia, simpatia, sinopse

tele- : Distância, afastamento. Exemplos:

televisão, telepatia, telégrafo

Prefixos de Origem Latina

a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos:

aversão, abuso, abstinência, abstração

a-, ad- : Aproximação, movimento para junto. Exemplos:

adjunto,advogado, advir, aposto

ante- : Anterioridade, procedência. Exemplos:

antebraço, antessala, anteontem, antever

ambi- : Duplicidade. Exemplos:

ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente

ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos:

benefício, bendito

bis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos:

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bisneto, bimestral, bisavô, biscoito

circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos:

circunferência, circunscrito, circulação

cis- : Posição aquém. Exemplos:

cisalpino, cisplatino, cisandino

co-, con-, com- : Companhia, concomitância. Exemplos:

colégio, cooperativa, condutor

contra- : Oposição. Exemplos:

contrapeso, contrapor, contradizer

de- : Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos:

decapitar, decair, depor

de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, separação. Exemplos:

desventura, discórdia, discussão

e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos:

excêntrico, evasão, exportação, expelir

en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento. Exemplos:

imergir, enterrar, embeber, injetar, importar

extra- : Posição exterior, excesso. Exemplos:

extradição, extraordinário, extraviar

i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, negação. Exemplos:

ilegal, impossível, improdutivo

inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos:

internacional, interplanetário

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intra- : Posição interior. Exemplos:

- intramuscular, intravenoso, intraverbal

intro- : Movimento para dentro. Exemplos:

introduzir, introvertido, introspectivo

justa- : Posição ao lado. Exemplos:

justapor, justalinear

ob-, o- : Posição em frente, oposição. Exemplos:

obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo

per- : Movimento através. Exemplos:

percorrer, perplexo, perfurar, perverter

pos- : Posterioridade. Exemplos:

pospor, posterior, pós-graduado

pre- : Anterioridade . Exemplos:

prefácio, prever, prefixo, preliminar

pro- : Movimento para frente. Exemplos:

progresso, promover, prosseguir, projeção

re- : Repetição, reciprocidade. Exemplos:

rever, reduzir, rebater, reatar

retro- : Movimento para trás. Exemplos:

retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado

so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos:

soterrar, sobpor, subestimar

super-, supra-, sobre- : Posição superior, excesso. Exemplos:

supercílio, supérfluo

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soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos:

soto-mestre, sota-voga, soto-pôr

trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para além, movimento através. Exemplos:

transatlântico, tresnoitar, tradição

ultra- : Posição além do limite, excesso. Exemplos:

ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta

vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos:

vice-presidente, visconde, vice-almirante

Quadro de Correspondência entre Prefixos Gregos e Latinos

PREFIXOS GREGOS

PREFIXOS LATINOS

SIGNIFICADO EXEMPLOS

a, an des, in privação, negação anarquia, desigual, inativo

anti contra oposição, ação contrária antibiótico, contraditório

anfi ambi duplicidade, de um e outro lado, em torno

anfiteatro, ambivalente

apo ab afastamento, separação apogeu, abstrair

di bi(s) duplicidade dissílabo, bicampeão

dia, meta trans movimento através diálogo, transmitir

e(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para dentro encéfalo, ingerir, irromper

endo intra movimento para dentro, posição interior

endovenoso, intramuscular

e(c)(x) e(s)(x) movimento para fora, mudança de estado

êxodo, excêntrico, estender

epi, super, hiper

supra posição superior, excesso

epílogo, supervisão, hipérbole, supradito

eu bene excelência, perfeição, bondade

eufemismo, benéfico

hemi semi divisão em duas partes hemisfério, semicírculo

hipo sub posição inferior hipodérmico, submarino

para ad proximidade, adjunção paralelo, adjacência

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peri circum em torno de periferia, circunferência

cata de movimento para baixo catavento, derrubar

si(n)(m) cum simultaneidade, companhia

sinfonia, silogeu, cúmplice

Algumas pronúncias e grafias duplas registradas em dicionários e/ou no VOLP acróbata ou acrobata/aborígine ou aborígene/arteriosclerose ou aterosclerose/abóbada ou abóboda/assoviar ou assobiar/aterrissar ou aterrizar/boêmia ou boemia/infarto, infarte, enfarte ou enfarto/diabetes ou diabete/percentagem ou porcentagem/ambrósia ou ambrosia/ hieróglifo ou hieroglifo/Oceânia ou Oceania/xerox ou xérox/zângão ou zangão/autopsia ou autópsia/biopsia ou biópsia/ortoepia ou ortoépia/projétil ou projetil/réptil ou reptil/sóror ou soror/homília ou homilia/Madagáscar ou Madagascar/elétrodo ou eletrodo/dúplex ou duplex (...) Quanto ao timbre da vogal, há muito desacordo entre os gramáticos. Tentei alistar algumas palavras em que há certo consenso, mas, cada vez que eu pesquisava mais profundamente, ficava mais desesperado. Há muuuuuita discordância! Você não tem ideia. Por isso minha lista é breve: • Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, coldre, dolo, grelha, inodoro, ileso, leso, molho (feixe, conjunto), obeso, obsoleto, piloro, suor. • Com timbre fechado: acervo, alcova, algoz, algozes (pode ser com timbre aberto), bodas, crosta, cerda, escaravelho, omeleta (a pronúncia de omeléte é polêmica), reses, torpe. O Que Cai Mais na Prova? Se eu fosse você, estudaria a posição da sílaba tônica (proparoxítona, paroxítona, oxítona), os encontros vocálicos (hiato, ditongo, tritongo) e as separações silábicas. Questões de Concursos Veja agora quais bancas gostam de trabalhar questões de Fonologia. De uma coisa eu tenho certeza: a maioria das questões relacionadas à Fonologia, atualmente, não são trabalhadas pelas bancas de maior prestígio no universo dos concursos civis. Além disso, a maior parte das questões é de nível fundamental/médio. Adaptei as questões antigas (antes de 2009) à nova ortografia, que agora foi adiada para 2016. Chega de papo! Vamos trabalhar! 74/1611

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35) Separação de silabas ↑ Sumário tungs-tê-nio, felds-pa-to, sols-tí-cio, pers-pi-caz... Cuidado: quart-zo, me-tem-psi-co-se.

Entre as diversas regras existentes, destacam-se: Regra geral: Toda sílaba, obrigatoriamente, possui uma vogal. Regras práticas:

ditongos e tritongos (SV+V+SV) pertencem a uma única sílaba: au-tô-no-mo, ou-to-no, di-nhei-ro, sal-dar, dês-mai-a-do, U-ru-guai, i-guais, quais-quer, u-ru-guai-a-na;

Separam-se grupos formados por ditongo decrescente (V+SV)+ vogal (aia, eia, oia, uia, aie, eie, oie, uie, aio, eio, oio, uio, uiu). Ex.: prai-a, tei-a, jói-a, sa-bo-rei-e, es-tei-o, ar-roi-o, com-lui-o, tui-ui-ú. Não confunda com tritongo: tritongo é o encontro de uma semivogal com uma vogal e outra semivogal (SV+V+SV);

os hiatos são separados em duas sílabas: du-e-to, a-mên-do-a, ca-a-tin-ga, sa-ú-de, flu-ir;

os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu pertencem a uma única sílaba: chu-va, mo-lha, es-ta-nho, guel-ra, a-que-la, to-cha, fi-lha, ni-nho, que-rer, guei-xa;

as letras que formam os dígrafos rr, ss, sc, sç, xs, e xc devem ser separadas: bar-ro, as-sun-to, des-cer, nas-ço, es-xu-dar, ex-ce-to, car-ro, nas-cer, dês-ço, ex-ces-so;

os encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas devem ser separados, excetuando-se aquelas em que a segunda consoante é l ou r: Ex.: ab-do-me, sub-ma-ri-no, ap-ti-dão, dig-no, con-vic-ção, as-tu-to, ap-to, cír-cu-lo, ad-mi-tir, ob-tu-rar; a-pli-ca-ção, a-pre-sen-tar, a-brir, re-tra-to, de-ca-tlo. Exceção: ab-rup-to;

Os grupos consonantais que iniciam palavras não são separáveis: Ex.: gnós-ti-co, pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co. Lembre-se! Não há sílaba sem vogal;

Separam-se as vogais idênticas aa, ee, ii, oo, uu e os grupos consonantais cc, cç. Ex.: Sa-a-ra, com-pre-em-do, xi-i-ta, vo-o, pa-ra-cu-u-ba; oc-ci-pi-tal, in-te-lec-ção;

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Na divisão silábica, não se levam em conta os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos: in, a, dês, intra, pré, supra, semi, etc.). Ex.: de-sa-ten-to, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do. Uma vez incorporado à alguma palavra, esses elementos mórficos passam a fazer parte da nova palavra. Portanto, obedecem às regras gerais;

Nunca uma sílaba terminará em consoante se a seguinte se iniciar por vogal. A consoante sempre se ligará à vogal subsequente. Ex.: sub-lin-gual, su-ben-tem-der, dis-fun-ção, di-sen-te-ri-a, su-per-mer-ca-do, su-pe-ra-mi-go;

Na translineação (partição das palavras em fim de linha), além das normas estabelecidas para a divisão silábica, seguir-se-ão os seguintes critérios:

Dissílabos como ai, sai, ato, rua, ódio, unha, etc., não devem ser partidos, para que uma letra não fique isolada no fim ou no início da linha;

Na partição de palavras de mais de duas sílabas, não se isola sílaba de uma só vogal: agos-to (e não a-gosto), La-goa (e não lago-a), ida-de (e não i-dade);

1. Na partição de compostos hifenizados, ao translinear, repetir-se-á o hífen quando a seção da palavra coincidir com o final de um dos elementos do vocábulo composto. (cf. Novo acordo Ortográfico da Língua Portuguesa). Ex.: saca-/-rolhas, melão-de-/-são-caetano, Maria-vai-/-com-as-outras.

Não se deve, em final ou início de linha, quando a separação for efetivada, formar-se palavra estranha ao contexto. Não quer dizer aqui que essas separações silábicas sejam erradas; é uma simples questão de elegância de estilo. Ex.: presi-/-dente, samam-/-baia.

Encontros Vocálicos Como o nome sugere, é o contato entre fonemas vocálicos. Há três tipos: Hiato Ocorre hiato quando há o encontro de duas vogais, que acabam ficando em sílabas separadas (V – V), porque só pode haver uma vogal por sílaba. Ex.: sa-í-da, ra-i-nha, ba-ús, ca-ís-te, tu-cu-mã-í, su-cu-u-ba, ru-im, jú-ni-or...

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65/1611 Cuidado!!! 1) Em palavras com a sequência V+SV+V, como praia, meio, joio, ocorre um falso hiato, vulgarmente falando. Isso ocorre porque prai-a, por exemplo, apresenta semivogal (i) separada de vogal (a). Na realidade, o que ocorre é um fenômeno chamado glide, isto é, cada uma das palavras acima apresenta dois ditongos, pois a semivogal (i) se prolonga até a sílaba seguinte: (prai-ia, mei-io...). Nunca vi isso em prova de concurso, mas... nunca se sabe... 2) As palavras rio, cio, mia, tia, dia não são monossilábicas! São dissilábicas, pois apresentam hiato! 2. Ditongo Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou nasal). Crescente (SV + V, na mesma sílaba): Ex.: magistério (oral), série (oral), várzea (oral), quota (oral), quatorze (oral), enquanto (nasal), cinquenta (nasal), quinquênio (nasal)... Decrescente (V + SV, na mesma sílaba): Ex.: item (nasal), amam (nasal), sêmen (nasal), cãibra (nasal), caule (oral), ouro (oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral)... Cuidado!!! 1) Os ditongos não são separados, mas os crescentes finais (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, - oa, -ua, -ue, -uo) são vistos pela NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) e por muitos gramáticos como possíveis hiatos de palavras proparoxítonas acidentais, ou eventuais. Por exemplo: his-tó-ria (paroxítona/ ditongo crescente) ou his-tó-ri-a (proparoxítona/hiato). Em concurso, é comuníssima a primeira análise, ou seja, áu-rea, plúm-beo, ca-lú-nia, sé-rie, colé- gio, má-goa, á-gua, tênue, tríduo. Olho vivo! 2) Palavras terminadas em -am (verbo), -em (verbo ou não verbo), -en (nome), - en(s) (verbo ou não verbo) apresentam ditongo decrescente nasal 66/1611 (também chamado de ditongo fonético). Exemplo: dançam (= ãu), bebem (= ẽi), sem (= ẽi), glúten (= ẽi), conténs (= ẽi), hifens (= ẽi)... Mesmo com sufixo, o ditongo se mantém: trenzinho, vintenzinho... 3) A palavra muito apresenta um ditongo decrescente nasal apesar da ausência de marca de nasalização. A Língua Portuguesa apresenta outras palavras assim: Elaine, andaime, plaino, açaima (do verbo açaimar), Roraima (também existe a pronúncia Roráima), etc. 4) Interessante é a palavra ioiô, que se separa em io-iô (há dois ditongos crescentes). Outras palavras podem apresentar mais de um encontro vocálico, como Pi-au-í (um hiato, um ditongo decrescente e um falso hiato). Cuidado também com as palavras vaidade e paisagem, que apresentam ditongos decrescentes, e não hiatos!

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Tritongo O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma sílaba; pode ser oral ou nasal. Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral), enxáguem (nasal), averiguou (oral), deságuam (nasal), aguei (oral)... Cuidado!!! 1) O M dos exemplos de tritongo é uma semivogal. Logo, não pense que, em enxáguem e deságuam, os encontros UEM e UAM formam ditongos crescentes nasais. São tritongos: SV+V+SV. 2) Há duas palavras perigosas: se-quoi-a e ra-diou-vin-te. Há tritongo nelas, hein! 3) Como eu já disse mais acima (em Hiato), palavras como praia, joio, veia não têm tritongo! Encontros Consonantais É a sequência de consoantes numa palavra. Existem os perfeitos (inseparáveis, pois ficam na mesma sílaba) e os imperfeitos (separáveis, pois não ficam na mesma 67/1611 sílaba). Geralmente, os encontros consonantais perfeitos apresentam consoante + l ou r. Ex.: Flamengo (perfeito) > Fla-men-go Vasco (imperfeito) > Vas-co Obs.: Não confunda encontro consonantal com dígrafo consonantal! Exemplo: campo (o M nasaliza a vogal anterior; não é consoante, é só uma marca de nasalização; não forma encontro consonantal com P!). Separação Silábica Trata da adequada separação das sílabas de uma palavra. Lembre-se: toda sílaba tem de apresentar uma vogal. Separam-se Os hiatos: va-ri-a-do, car-na-ú-ba, pa-ra-í-so, ru-í-na, cu-ri-o-so, ál-co-ois (ou al-coóis)... Os dígrafos (rr, ss, sc, sç, xc, xs): car-rei-ra, cas-sa-ção, nas-cer, des-ça, ex-ces-so, ex-sicar... Os encontros consonantais que não iniciam imediatamente as palavras (pç, bd, cc, cç, tn, bm, bst, bt, sp, ct, pt, sp, sc, sf, mn, br etc.): op-ção, ab-di-car, oc-ci-pi-tal, fic-ção, ét-ni-co, sub-me-ter, abs-tra-to, ob-ten-ção, trans-por-te, in-tac-to, ap-ti-dão, ins-pi-rar, cons-pur-car, obs-cu-ro, at-mos-fe-ra, am-né-sia, ab-rup-to... Obs.: Quando a palavra for seguida de um conjunto de consoantes, separar-se-á a última da penúltima: tungs-tê-nio, felds-pa-to, sols-tí-cio, pers-pi-caz... Cuidado: quart-zo, me-tem-psi-co-se. 68/1611 A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), quando seguida de vogal, junta-se a ela: bi-sa-vó, di-sen-te-ri-a, su-bem-pre-go, ci-sal-pi-no, tran-sa-tlân-ti-co, su-pe-res-pe-ci-al, e-xan-gue, in-te-res-ta-du-al...

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Obs.: É preciso atenção quando uma palavra PARECE ter prefixo. Exemplo: suboficial (a palavra oficial existe, logo “sub” é prefixo; assim: su-bo-fi-ci-al), mas sublime (a palavra lime não existe, logo “sub” pertence ao radical, não é prefixo; assim: su-bli-me). Não se separam Ditongos e tritongos: a-rac-nói-de-o (proparoxítona!), cau-sa, doi-do, a-fei-to, pleu-ra, bai-xa, cou-ro, gra-tui-to, men-tiu, a-guen-tar, bai-a-no, coi-o-te, fei-o-so, plêi-a-de, Cui-a-bá, boi-a-da, U-ru-guai, i-guais, en-xa-guou... Obs.: Muitos dicionários divergem quanto à separação do encontro vocálico -io no meio da palavra; analisam ora como ditongo, ora como hiato (ambas as formas estão adequadas, por falta de consenso). Exemplo: fi-sio- te-ra-pi-a (ou fi-sio-te-ra-pi-a). Dígrafos (lh, nh, ch, qu, gu): ve-lho, ba-nhei-ra, mar-cha, quei-jo, guer-ra... Encontros consonantais perfeitos no início de palavras, normalmente: gno-mo, mne-mô-ni-co, pneu-má-ti-co, psi-có-lo-go, pro-ble-ma, cni-dá-rio... A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), se seguida de consoante, não formará nova sílaba com ela: bis-ne-to, dis-cor-dân-cia, subli- nhar (cai muito em prova!), BI-SA-VÔ cis-pla-ti-no, trans-por-tar, su-per-ho-mem, ex-car-ce-rar, in-ter-na- cio-nal... Cuidado!!! 69/1611 A translineação silábica trata da separação das sílabas de uma linha para outra em um texto formal, como em uma Redação Oficial. Seguem as normas gramaticais estabelecidas para a divisão silábica em uma redação: 1) Deve-se evitar que a sílaba constituída de vogal fique isolada no fim ou no início de linha: úmi-do, e não ú-mido. 2) Deve-se evitar que a translineação provoque a ocorrência de palavras chulas ou inadequadas: apósto-lo, e não após-tolo; dispu-ta, e não dis-puta. O Novo Acordo Ortográfico recomenda, por clareza gráfica, quando o hífen de palavra composta, ou com prefixo, coincidir com o fim de linha, repeti-lo no início da linha seguinte: .......................A defesa pleiteou no pedido de habeas corpus a expedição de salvo- -conduto para que o militar não fosse............................................................................ 1. (NCE/UFRJ – TRE/RJ – Auxiliar Judiciário – 2001) O item abaixo que apresenta erradamente uma separação de sílabas é: a) trans-o-ce-â-ni-co; b) cor-rup-te-la;

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c) sub-li-nhar; d) pneu-má-ti-co; e) e-co-no-mi-a. 2. (FGV – SPTRANS – Especialista em Transportes – 2001) Assinale a alternativa em que o x representa fonema igual ao de “exame”. a) exceto. b) enxame. c) óxido. d) exequível. 3. (Vunesp – Prefeitura de São Paulo – Auxiliar de Zoonoses – 2002) Assinale a alternativa em que as sílabas de todas as palavras estão separadas corretamente. a) fi-ngem, no-rte, con-fu-nde. b) ex- pres- são, lín-gua, fo-ra. c) ali-men-tar, vi-vos, ga-mbá. d) qu-an-do, a-ta-ca-dos, i-sso. 4. (FUNDEC – TJ/MG – Oficial de Justiça – 2002) Todas as palavras a seguir apresentam o mesmo número de sílabas e são paroxítonas, EXCETO: a) gratuito; b) silencio; c) insensível; d) melodia. 5. (FUNDEC – TJ/MG – Oficial de Justiça – 2002) Assinale a alternativa INCORRETA quanto à descrição da palavra. a) distinguir: um encontro consonantal e dois dígrafos. b) cinquentão: dois encontros consonantais, um ditongo crescente e um ditongo decrescente. c) quiproquó: dois ditongos crescentes e um encontro consonantal. d) antiguidade: dois dígrafos e nenhum ditongo. 6. (FUNDEC – TJ/MG – Oficial de Justiça – 2002) Assinale a alternativa CORRETA quanto à divisão silábica, à ortografia e à análise da estrutura fonética da palavra em destaque. a) se-ri-ís-si-mo – vocábulo proparoxítono, com um hiato e um dígrafo. b) ar-rit-mia – vocábulo oxítono, com dois encontros consonantais e um ditongo crescente. c) flu-i-dos – vocábulo paroxítono, com um encontro consonantal e um hiato. d) pre-ten-ci-o-so – vocábulo paroxítono, com um encontro consonantal, um dígrafo e um hiato. 75/1611 7. (FUMARC – BHTRANS – Assistente Administrativo – 2003) Ambas as palavras contêm exemplo de dígrafo em:

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a) questionário/recursos; b) perspectiva/descer; c) bairro/maravilhosa; d) passividade/telespectador. 8. (FUMARC – Câmara Municipal de Ouro Preto – Advogado – 2004) Ambas as palavras contêm exemplo de dígrafo em: a) magma/massa; b) nascer/exceto; c) seccional/barro; d) afta/minha. 9. (Cesgranrio – Assembleia Legislativa/TO – Auxiliar Legislativo (Manutenção e Conservação) – 2005) Há ERRO na separação silábica da palavra: a) a-ver-me-lha-do; b) pi-co-lé; c) Ro-ra-i-ma; d) nu-tri-ti-vo; e) sil-ves-tre. 10. (OFFICIUM – TJ/RS – Auxiliar Judiciário – 2005) Assinale a alternativa em que os segmentos destacados representam o mesmo fonema (som). a) desperdício – desperdiçamos. b) júbilo – gargalo. c) produção – doses. d) reservamos – burocracia. e) excessos – xampu. 11. (IPAD – COMPESA – Operador de Sistemas – 2006) Analise a divisão silábica das palavras abaixo. 1. convicção – con-vic-ção. 2. abstrato – ab-stra-to. 3. transparência – tran-spa-rên-ci-a. 4. nascimento – nas-ci-men-to. Estão corretas: a) 1, 2, 3 e 4. b) 1 e 4, apenas. c) 2 e 3, apenas. d) 1, 3 e 4, apenas. e) 2, 3 e 4, apenas. 12. (FCC – MPU – Analista de Saúde – 2007) (Adaptada) A afirmação abaixo está correta ou incorreta? – A gramática prescreve que o vocábulo adjacentes seja assim separado em sílabas: “a-djacen- tes”. 76/1611

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13. (FEPESE – Prefeitura de Balneário de Camboriú – Arquiteto – 2008) Observe a frase, retirada do texto: Entreabri os olhos e deparei com uma quantidade enorme de cascalho e areia. Coloque dentro dos parênteses (coluna 2) o número que corresponda à classificação correta dos conjuntos destacados, de acordo com a coluna 1 (não é permitido repetir qualquer número). Coluna 1 Coluna 2 1. hiato ( ) abri 2. ditongo decrescente ( ) olhos 3. ditongo crescente ( ) quantidade 4. grupo consonantal ( ) deparei 5. dígrafo ( ) entreabri Assinale agora a resposta que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. a) 1 – 4 – 3 – 2 – 5. b) 4 – 5 – 3 – 1 – 2. c) 4 – 5 – 3 – 2 – 1. d) 5 – 4 – 3 – 2 – 1. e) 5 – 4 – 2 – 3 – 1. 14. (Cespe/UnB – UEPA – Auxiliar de Laboratório – 2008) Assinale a opção em que as palavras apresentam, em sequência, ditongo / hiato / ditongo. a) outra / comeu / coisa. b) comeu / chorou / rainha. c) diante / muito / teus. d) meus / piavam / pai. 15. (Cespe/UnB – SGA – Auxiliar de Serviços Gerais – 2008) A letra x, em encaixar, representa o mesmo som que em asfixia, engraxar e luxo. ( ) CERTO ( ) ERRADO 16. (Cespe/UnB – SEBRAE/BA – Assistente – 2008) A seguinte separação de palavras polissílabas do texto está correta: tes-tos-te-ro-na; neu-ro-lo-gis-ta; pu-dés-se-mos; sa-be-rí-a-mos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 17. (Cespe/UnB – CEHAP – Auxiliar de Serviços Administrativos – 2009) Assinale a opção que apresenta o vocábulo classificado inadequadamente quanto ao número de sílabas. a) acredito – polissílabo. b) comigo – trissílabo. 77/1611 c) Rosinha – dissílabo. d) eu – monossílabo.

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18. (AOCP – Câmara de Paranavaí – Procurador – 2010) Assinale a alternativa correta quanto ao que se afirma a seguir. a) Na palavra humanos, há 7 letras e 7 fonemas. b) Na palavra balança, há 7 letras e 7 fonemas. c) Na palavra guerra, há 6 letras e 4 fonemas. d) Na palavra campanha, há 8 letras e 7 fonemas. e) Na palavra terras, há 6 letras e 6 fonemas. 19. (AOCP – Câmara de Paranavaí – Procurador – 2010) Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao que se afirma a seguir. a) Na palavra detalhamento, há, respectivamente, um dígrafo consonantal e um dígrafo vocálico. b) Na palavra promessas, há, respectivamente, um encontro consonantal e um dígrafo consonantal. c) Na palavra revanchismo, há, respectivamente, um dígrafo vocálico e um dígrafo consonantal. d) Na palavra discussões, há, respectivamente, um dígrafo consonantal e um dígrafo consonantal. e) Na palavra programa, há, respectivamente, um encontro consonantal e um encontro consonantal. A construção a seguir servirá de base para as questões seguintes: “... é até um pecado acreditar que Deus, Nosso Senhor, lá do seu trono, no Paraíso, vai se preocupar em quebrar o salto do teu sapato e, por via disso, pôr fim a um caso de amor.” 20. (Exames – Prefeitura de Itapororoca/PB – Procurador Jurídico – 2010) Na primeira palavra sublinhada, podemos perceber: a) um encontro consonantal provido de sons distintos; b) um tritongo; c) um hiato; d) um dígrafo; e) um ditongo. 21. (Exames – Prefeitura de Itapororoca/PB – Procurador Jurídico – 2010) Na segunda palavra sublinhada, podemos identificar: a) um encontro consonantal provido de sons distintos; b) um tritongo; c) um hiato; d) um dígrafo; e) um ditongo. 78/1611 22. (AOCP – Prefeitura Municipal de Camaçari – Procurador Municipal – 2010) Assinale a alternativa em que todas as palavras são proparoxítonas. a) documentos, dirigentes, pesquisadora. b) públicas, pedagógico, física. c) adicionais, levantamento, atividades. d) contador, eliminados, escolas. e) gestores, concentrassem, sistema.

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23. (AOCP – Prefeitura Municipal de Camaçari – Procurador Municipal – 2010) Assinale a única alternativa que apresenta apenas um encontro vocálico. a) relatórios. b) violência. c) regionais. d) reuniões. e) funcionários. 24. (Consulplan – Assessor Legislativo – 2010) Na palavra “barriga” há ocorrência de: a) encontro vocálico; b) tritongo; c) dígrafo; d) hiato; e) ditongo crescente. 25. (Consulplan – Assistente Administrativo – 2010) Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada é um ditongo oral crescente: a) Você não contribuiu para a contaminação da água. b) Após as chuvas, a cidade está um caos. c) ... o processo inteiro passou por critérios de proteção ao meio ambiente. d) ... os alimentos da estação costumam ser mais bonitos e gostosos. e) A proteína é necessária para o organismo. 26. (Consulplan – Assistente Administrativo – 2010) Dadas as palavras com separação silábica: 1. plás–ti–co. 2. con–tri–bu–ir. 3. a–va–liar. Está(ão) correta(s) apenas a(s) palavra(s): a) 1. b) 2. c) 3. d) 1 e 3. e) 1 e 2. 27. (Consulplan – Profissional de Área Técnica (PRAT) – 2011) A palavra “horrores” apresenta: a) ditongo; b) dígrafo; c) tritongo; d) encontro vocálico; 79/1611 e) hiato. 28. (Consulplan – Técnico em Informática – 2011) “Por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulherzinha de nada.” As palavras destacadas apresentam, respectivamente: a) encontro vocálico / dígrafo / encontros vocálicos; b) hiato / dígrafo / encontros consonantais; c) encontro consonantal / ditongo / dígrafos;

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d) tritongo / ditongo / dígrafos; e) encontro consonantal / dígrafo / dígrafos. 29. (IPAD – SENAC/PE – Auxiliar Administrativo – 2011) O termo que se enquadra na mesma justificativa de tênis, quanto à tonicidade, é: a) enfatizar; b) acabar; c) Natal; d) consumismo; e) espiritual. 30. (AOCP – CISMEPAR – Auxiliar de Serviços Gerais – 2011) Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao número de sílabas. a) Redução (trissílaba). b) Acontece (polissílaba). c) Hipertensão (polissílaba). d) Lei (monossílaba). e) Saúde (dissílaba). 31. (FUMARC – Prefeitura de Nova Lima/MG – Estagiário de Técnico em Administração – 2012) Considere estes grupos de palavras: I. co – lé – gi – o; bra – si – le – i – ras; as – pe – ctos. II. e – nig – ma; pror – ro – gar; ca – ná – rio. III. due – lo; mi – ú – do; su – bli – nhar. IV. in – con – tes – tá – vel; eu – ro – pei –a; i – guais. A correta divisão silábica de todas as palavras pode ser observada: a) apenas em II; b) apenas em II e IV; c) apenas em III e IV; d) apenas em I e IV. 32. (FUMARC – Prefeitura de Nova Lima/MG – Engenheiro Civil – 2012) (Adaptada) As afirmações abaixo estão corretas ou incorretas? TEXTO I Na escola dos meus sonhos, os professores são bem pagos e não precisam pular de colégio em colégio para se poderem manter. Pois é a escola de uma sociedade em que educação não é privilégio, mas direito universal, e o acesso a ela, graças a Deus, dever obrigatório. TEXTO II

– No primeiro balão da tirinha observa-se a presença de hiato e encontro consonantal.

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– No Texto I, as palavras “colégio” e “obrigatório” possuem ditongos decrescentes orais. 33. (CEPERJ – SEAP/RJ – Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária – 2012) Na palavra “fazer”, notam-se 5 fonemas. O mesmo número de fonemas ocorre na palavra da seguinte alternativa: a) tatuar. b) quando. c) doutor. d) ainda. e) além. 34. (QUADRIX – CFP – Analista Técnico (Psicologia) – 2012) Sobre a palavra “pessoa”, analise as seguintes informações: I. Não possui dígrafos ou hiatos. II. É uma paroxítona. III. É trissílaba. Está correto o que se afirma em: a) somente I e II; b) somente II e III; c) somente I e III; d) todas; e) nenhuma. 35. (FAB – EEAr – Controlador de Tráfego Aéreo – 2012) Observe: fre-ar: contém hiato pou-co: contém ditongo oral decrescente Em qual alternativa a palavra não apresenta nenhuma das classificações acima? a) aorta. b) miolo. c) vaidade. d) quatro. PAG 82/1611 Gabarito 1. A. 8. B. 15. ERRADO. 22. B. 29. D. 2. D. 9. C. 16. CERTO. 23. A. 30. E. 3. B. 10. A. 17. C. 24. C. 31. B. 4. A. 11. B. 18. C. 25. A. 32. I- CORRETA. 5. B. 12. INCORRETO. 19. D. 26. E. 33. B. 6. A. 13. C. 20. D. 27. B. 34. B. 7. C. 14. D. 21. C. 28. E. 35. D.

Capítulo 1 Gabarito 1 – A. A palavra transoceânico apresenta o prefixo trans – seguido de vogal. Segundo a regra, separamos a última consoante do prefixo que se une à vogal seguinte. Logo, a separação correta é tran-so-ce-â-ni-co. Lembre-se disto: toda sílaba apresenta

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apenas uma vogal. 2 – D. A única palavra que apresenta a letra X com som de Z, como em exame, é exequível. Esta palavra, de acordo com a nova ortografia, perdeu o trema. 3 – B. Partindo do princípio de que toda sílaba tem uma vogal, o falante intuitivamente consegue separar as sílabas de uma palavra desde que ela seja pronunciada pausadamente. No entanto, há algumas regras para a separação adequada. Na palavra expressão, o dígrafo SS se separa. Na palavra língua, o ditongo UA não se separa. Por fim, na palavra fora, há duas sílabas, pois há duas vogais. 4 – A. A única palavra que é paroxítona, mas não apresenta o mesmo número de sílabas é gratuito (trissílaba). As demais são polissílabas. Esta questão é aparentemente fácil, mas a brincadeira está em suscitar dúvida no candidato a respeito da pronúncia adequada, ou seja, é GRA-TUI-TO ou GRA-TU-I-TO? Se fosse a segunda opção, não haveria resposta, mas a pronúncia adequada, sem silabada (deslocamento da sílaba tônica), é GRA-TUI-TO, como IN-TUI-TO, FOR-TUI-TO etc. Cuidado com a palavra silencio (verbo), que é diferente de silêncio (substantivo). Esta é considerada comumente como trissílaba (si-lên-cio), mas aquela é polissílaba (si-len-ci-o). 5 – B. Olha aí! Eu não avisei? Cuidado! Na palavra cinquentão, o “homem da banca” diz que há dois encontros consonantais, tentando lhe dar uma pernada! A pegadinha é fazer você errar por pensar que há encontro consonantal em ciNQueNTão. Não obstante, conforme eu já havia alertado, não confunda encontro consonantal com dígrafo vocálico. Este N não é uma consoante, mas sim uma marca de nasalização (como um ~) que nasaliza a vogal anterior, formando um dígrafo vocálico. 6 – A. Quase você marcou a letra D, não foi? O problema é que a palavra pretenCioso não existe! O que existe é pretenSioso, que vem de pretenSão. Bem, a opção A (seriíssimo) é a correta. De fato, a antepenúltima sílaba é tônica (palavra proparoxítona), apresenta um hiato (se-rI-Ís-si-mo) e um dígrafo (seriíSSimo). 7 – C. Há dígrafos consonantais e vocálicos. Ambos são constituídos de duas letras que representam apenas um fonema. Logo, isso ocorre em baiRRo e maraviLHosa (dígrafos consonantais). 8 – B. Há dígrafos consonantais em naSCer e eXCeto. 9 – C. A palavra RorAIma é trissílaba e apresenta um ditongo decrescente (V+SV), logo a separação correta dela é Ro-rai-ma. 10 – A. Em desperdício e desperdiçamos, tanto a letra C como Ç têm som de SS. No entanto, em júbilo e gargalo, a letra J e G não têm o mesmo som; a letra G só tem som

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de J quando seguida de E ou I. Em produção e doses, o Ç tem som distinto de S, que neste caso tem som de Z. Em reservamos e burocracia, o primeiro R tem som de RR, o segundo R não. Em excessos e xampu, o dígrafo XC tem som de SS e o X tem som de CH. 11 – B. O encontro consonantal CÇ é separável, portanto a separação de convicção está correta. A separação de abstrato está errada, pois quando há um grupo de consoantes no meio da palavra, separamos entre a última e a penúltima; isso só não ocorre nesta palavra, pois o encontro TR é perfeito, portanto inseparável; daí que 1388/1611 separamos entre a antepenúltima e a penúltima consoante: abs-tra-to. Em transparência, o prefixo seguido de consoante não é separável: trans-pa-rên-cia (separação comum, como paroxítona) ou trans-pa-rên-ci-a (separação rara, como proparoxítona). Por fim, em nascimento, a separação está correta, pois separa-se o dígrafo SC. 12 – INCORRETA. A palavra adjacentes se separa assim: ad-ja-cen-tes. Isso ocorre porque o prefixo AD, seguido de consoante, não se separa, como em ad-je-ti-vo. 13 – C. Em abri, há encontro de consoantes (BR). Em olhos, há dígrafo consonantal (LH). Em quantidade, há ditongo crescente (SV+V). Em deparei, há ditongo decrescente (V+SV). Em entreabri, há hiato (V—V). 14 – D. Em meus, há ditongo decrescente (V+SV). Em piavam, há hiato (V—V). Em pai, há ditongo decrescente (V+SV). 15 – ERRADO. O som do X em encaixar, engraxar e luxo equivale a CH, mas em asfixia o X tem som de KS. 16 – CERTO. Em testosterona, o encontro consonantal é imperfeito, por isso se separa. Em neurologista, o ditongo não se separa, e o encontro consonantal imperfeito se separa. Em pudéssemos, o dígrafo consonantal (SS) se separa. Em saberíamos, as vogais que formam o hiato obviamente se separam. 17 – C. A palavra Rosinha tem três vogais, logo tem três sílabas: Ro-si-nha. Lembre-se de que o dígrafo NH é inseparável. 18 – C. Há 6 letras e 4 fonemas em guerra, pois há dois dígrafos (duas letras = um fonema): GU e RR. 19 – D. Olha aí o “homem da banca” querendo enganar o desavisado (que não é

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você, espero!). Na palavra discussões, o SC não é um dígrafo consonantal, pois tanto S como C são pronunciados. É diferente de miSCigenação, dígrafo de fato. Note que em discussões o S tem som de S e o C tem som de K. Cuidado, hein! 1389/1611 20 – D. Em Senhor, há um dígrafo consonantal: NH. Simples assim. 21 – C. Em Paraíso, há um hiato: A-Í. Dava para errar? 22 – B. Palavras proparoxítonas são aquelas que apresentam a antepenúltima sílaba tônica: PÚblicas, pedaGÓgico, FÍsica. 23 – A. Há apenas um encontro vocálico na palavra Relatórios, um ditongo crescente oral. Caso você tenha visto um hiato na palavra, não há problema, pois muitos gramáticos entendem que se pode interpretar palavras desse tipo como proparoxítonas eventuais ou acidentais, terminando em hiato: Re-la-tó-ri-os. No entanto, a análise comum é encarar tais palavras como paroxítonas terminadas em ditongo: Re-la-tó-rios. 24 – C. Na palavra barriga, as letras RR constituem um dígrafo, ou seja, duas letras escritas em sequência, representando um único som (fonema). 25 – A. Um ditongo oral crescente é a união de uma semivogal (SV) seguida de uma vogal (V) na mesma sílaba, sem o sinal gráfico til (~) ou qualquer outra marca de nasalização (m ou n). Por isso, a palavra água corresponde à informação anterior, uma vez que UA é um encontro vocálico que apresenta uma SV + V na mesma sílaba (á-gua). Foi? 26 – E. Separam-se os encontros consonantais imperfeitos, principalmente no meio das palavras, por isso plástico deve ser separado silabicamente assim: plás-ti-co. Já contribuir é separado pela regra de separação dos hiatos (vogal separada de vogal): contri- bu-ir. A palavra avaliar segue a mesma regra de contribuir, daí o erro em sua separação. 27 – B. Na palavra horrores, as letras RR constituem um dígrafo, ou seja, duas letras escritas em sequência, representando um único som (fonema). 28 – E. A palavra trás apresenta o encontro de duas consoantes (tr); pequeno, um dígrafo (qu); mulherzinha, dois dígrafos (lh e nh). Tranquilo, não? 1390/1611 29 – D. A palavra consuMISmo é tão paroxítona quanto TÊnis, pois ambas apresentam a penúltima sílaba tônica. 30 – E. A palavra Saúde é trissílaba, pois apresenta três vogais: SA-Ú-DE. 31 – B. Em enigma, há um encontro consonantal imperfeito, por isso separável (enig-

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ma). Em prorrogar, há um dígrafo consonantal separável (RR): pror-ro-gar. Em canário, há um ditongo crescente (inseparável, é claro, a não ser que se queira interpretar a palavra como uma proparoxítona terminada em hiato; isso não é o comum, entretanto): ca-ná-rio. Em incontestável, separa-se o encontro consonantal imperfeito: in-con-tes-tá-vel. Em europeia (sem acento de acordo com a nova reforma ortográfica), separa-se o ditongo do falso hiato: eu-ro-pei-a (nesta palavra não há um tritongo, pois este é formado por SV+V+SV, o que não é o caso de europeia, que termina em V+SV+V). Em iguais, sim, há tritongo: i-guais. 32 – Primeira afirmação: CORRETA. Há no primeiro balãozinho hiato (especi-al) e encontro consonantal (especial). Segunda afirmação: INCORRETA. Em colégio e obrigatório, há ditongos crescentes orais (SV+V), e não decrescentes orais (V+SV). 33 – B. Todas as letras são contadas como fonemas, exceto o “n”, que nasaliza o encontro vocálico anterior (= uã). 34 – B. Possui dígrafo (SS) e hiato (O-A). É uma paroxítona, pois a penúltima sílaba é tônica. É trissílaba, pois apresenta três vogais (pes-so-a). 35 – D. O encontro vocálico “ua”, em “quatro”, é ditongo oral crescente, pois apresenta SV + V.

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36) Emprego De Classes Gramaticais ↑ Sumário

Artigo

Numeral

Pronome

Substantivo

Adjetivo

Verbo

Advérbio

Preposição

Conjunção

Interjeição

Artigo ↑ Sumário

O artigo integra as dez classes gramaticais que conhecemos. É definindo como o termo que antepõe o substantivo para determinar o gênero (masculino/feminino) e o número (singular/plural), de modo definido ou indefinido.

Artigos definidos – o, a, os, as. Artigos indefinidos – um, uma, uns, umas.

Me empresta a caneta azul?

a -> Determina que o nome a que se refere será feminino e singular. (Qual caneta? Uma definida na frase, a azul.)

Me empresta a caneta?

(Qual caneta? Uma definida no contexto dos interlocutores, ex: a caneta que está em mãos / uma caneta sobre a qual conversaram.)

Vai me devolver as canetas?

as -> Determina que o nome a que se refere será feminino e plural. (Quais canetas? Canetas definidas em momento anterior pelos interlocutores.)

Me empresta uma caneta?

uma -> Determina que o nome a que se refere será feminino e singular. (Qual caneta? Qualquer caneta, uma indefinida.)

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Me empresta uma caneta azul? (Qual caneta? Uma caneta azul qualquer, indefinida, isto é, não precisa ser uma caneta azul específica).

-Ficou sabendo que elefantes atacaram um carro e apertaram a buzina?

-Por que os elefantes atacaram os carros?

Observe que na primeira oração do diálogo, "elefantes" é usado sem artigo, isto é, em sentido genérico; "carro" está indefinido e "buzina" está definida, pois se refere à uma específica, a do carro. Já na segunda oração, "elefantes" e "carros" estão definidos, trata-se daqueles citados na oração anterior.

Uma vez elucidadas tais características, constatemos algumas circunstâncias especiais em que os artigos se manifestam:

Alguns nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo, outros não: São Paulo

O Rio de Janeiro

Veneza

A Bahia

Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo (o/a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso do artigo, o pronome assume a noção de qualquer. Toda a classe parabeniza o professor. (a totalidade da sala) Toda classe parabeniza o professor. (qualquer sala) Todo o time foi premiado. (os jogadores do time) Todo time foi premiado. (qualquer time)

Pode também indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem.

A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter é uns vinte anos.

O artigo também é usado para substantivar palavras oriundas de outras classes gramaticais:

Não sei o porquê de tudo isso.

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A casa é perfeita, tem apenas um senão.

Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.

Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.

OBS: Como consequência, a ocorrência de crase antes de pronome possessivo feminino é facultativa: Vou a minha escola. (artigo ausente) Vou à (a+a) minha escola. (artigo presente)

Outra consequência é que palavras antecedidas por crase são sempre determinadas. Caso seja removido o sinal de crase, a palavra deverá ser tomada em sentido genérico. Não assisto à (a+a) novela. (determinada novela) Não assisto a novela. (Nenhuma novela)

No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo: Maria é a xodó da família. A Maria é a xodó da família.

OBS: O uso da crase será facultativo neste caso, tal qual o caso anterior. Contei tudo à (a+a) Maria. (Existe familiaridade ou afetividade) Contei tudo a Maria. (Maria não é próxima) Fiz homenagem à Joana D’arc. (Errado) Fiz homenagem a Joana D’arc. (Certo)

Numeral ↑ Sumário

Numeral é uma das palavras que se relaciona diretamente ao substantivo, dando a ideia de número.

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários

um primeiro - -

dois segundo dobro, duplo meio

três terceiro triplo, tríplice terço

quatro quarto quádruplo quarto

cinco quinto quíntuplo quinto

seis sexto sêxtuplo sexto

sete sétimo sétuplo sétimo

oito oitavo óctuplo oitavo

nove nono nônuplo nono

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dez décimo décuplo décimo

onze décimo primeiro - onze avos

doze décimo segundo - doze avos

treze décimo terceiro - treze avos

catorze décimo quarto - catorze avos

quinze décimo quinto - quinze avos

dezesseis décimo sexto - dezesseis avos

dezessete décimo sétimo - dezessete avos

dezoito décimo oitavo - dezoito avos

dezenove décimo nono - dezenove avos

vinte vigésimo - vinte avos

trinta trigésimo - trinta avos

quarenta quadragésimo - quarenta avos

cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos

sessenta sexagésimo - sessenta avos

setenta septuagésimo - setenta avos

oitenta octogésimo - oitenta avos

noventa nonagésimo - noventa avos

cem centésimo cêntuplo centésimo

duzentos ducentésimo - ducentésimo

trezentos trecentésimo - trecentésimo

quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo

quinhentos quingentésimo - quingentésimo

seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo

setecentos septingentésimo - septingentésimo

oitocentos octingentésimo - octingentésimo

novecentos nongentésimo ou noningentésimo

- nongentésimo

mil milésimo - milésimo

milhão milionésimo - milionésimo

bilhão bilionésimo - bilionésimo

Emprego dos numerais

• Na designação de séculos, papas e reis usam-se: de 1 a 10 – ordinais

Século V (quinto) João Paulo II (segundo) de 11 em diante – cardinais

Século XXI (vinte e um) Bento XVI (dezesseis)

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286

• Se o numeral estiver anteposto ao substantivo, lemos sempre como ordinal. Participei do XI Congresso de Informática (décimo primeiro).

OBS: Em linguagem jurídica usa-se o ordinal até o nono. A partir do dez, usa-se cardinal. Artigo segundo, parágrafo onze e artigo dez, parágrafo nono.

• Para designar dias do mês, utilizam-se os cardinais, exceto na indicação do primeiro dia, que é tradicionalmente feita pelo ordinal: Chegamos dia dois de setembro. Chegamos dia primeiro de dezembro.

• Nos endereços de casas, usa-se o cardinal. O número da minha casa é 99 (noventa e nove).

• Nas referências a páginas, usa-se o cardinal. Leiam a página 22 (vinte e dois) do livro.

• O cardinal também é usado no sentido figurado, não expressando exatidão numérica. Já bati nessa tecla mil vezes.

• Ambos ou Ambas e Zero são considerados numerais cardinais. Ambos (as) significa "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro. OBS: A forma "ambos os dois" é considerada enfática.

OBS: Em relação à grafia, alguns numerais apresentam mais de uma forma. quatorze ou catorze

décimo primeiro, undécimo ou onzeno

décimo segundo, duodécimo ou dozeno

décimo terceiro, tredécimo, trezeno ou tércio-décimo

septuagésimo ou setuagésimo

septingentésimo ou setingentésimo

nongentésimo ou noningentésimo

bilhão ou bilião

trilhão ou trilião

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OBS: milhão e milhares são palavras masculinas. Os milhares de pessoas chegaram. Os milhões de mulheres chegaram.

Distinção entre “um” numeral e “um” artigo

Na prática, descobre-se que "um" é numeral cardinal quando estiver acrescido de termo que indica quantificação ("apenas", "único", "suficiente"). Um único homem consegue erguer isso. (numeral)

Um homem é suficiente para erguer isso. (numeral)

Basta um homem para erguer isso. (numeral)

Um homem consegue erguer isso. (artigo)

Coletivos Numéricos

São aqueles que designam conjuntos:

Pronome ↑ Sumário

Pronome é classe de palavra (variável em gênero, número e pessoa) que acompanha ou representa o substantivo, serve para apontar uma das três pessoas do discurso e situá-lo no espaço e no tempo. O pronome pode funcionar como:

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Pronome adjetivo: quando é modificador de substantivo. Esta casa é antiga. (Não é qualquer casa, é esta.)

|____↑

Pronome substantivo: quando representa um substantivo. Paulo é o melhor aluno, ele gabarita provas.

↑____________________|

1 - Pronome Pessoal

Pronomes pessoais são termos que substituem ou acompanham o substantivo e determinam as pessoas do discurso, que são:

1ª pessoa…………a que fala

2ª pessoa…………com quem se fala

3ª pessoa…………de quem se fala

Classificam-se como:

Retos: atuam como sujeito da oração; Oblíquos: atuam como complemento (objeto direto ou indireto).

Pronomes Pessoais do Caso Reto

Singular Plural

1ª pessoa Eu Nós

2ª pessoa Tu Vós

3ª pessoa Ele/Ela Eles/Elas

Eu apreciarei o fervor do torcedor. Nós honraremos o clamor do tricolor. Tu serás o artilheiro. E ele será um paredão. Vós sereis os guerreiros que eles nunca esquecerão.

Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo

Pessoas do discurso

Átonos Tônicos

Singular 1ª pessoa me mim, comigo

2ª pessoa te ti, contigo

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3ª pessoa se, o, a, lhe si, ele, consigo

Plural

1ª pessoa nos nós, conosco

2ª pessoa vos vós, convosco

3ª pessoa se, os, as, lhes si, eles, consigo

Pronomes oblíquos podem ser átonos, quando não estão acompanhados por preposição ou tônicos, em caso contrário. A torcida o amaldiçoou por todo o jogo. Indaguei-lhe sobre o gol mal anulado. [o, lhe = oblíquo átono da 3ª pessoa do singular]

Indaguei a ele sobre o gol mal anulado. Os árbitros carregarão a culpa consigo. [ele, consigo = oblíquo tônico da 3ª pessoa do singular]

Pronomes oblíquos podem exercer função de objeto direto ou indireto. Os jogadores nos respeitam. (respeitam-nos) [quem respeita, respeita alguém.]

Os jogadores nos obedecem. (obedecem a nós) [quem obedece, obedece a alguém]

O adversário me atingiu com força. (atingiu-me)

[quem atinge, atinge algo ou alguém]

O adversário me visou na jogada. (visou a mim)

[quem visa(procura), visa a alguma coisa]

O goleiro machucou-se.

[quem machuca, machuca alguém]

O goleiro impôs-se uma dieta rígida. (impôs a si)

[quem impõe, impõe algo a alguém]

OBS: A combinação entre alguns pronome e a preposição com originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco, as quais costumam exercer função de adjunto adverbial de companhia.

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Ele carregava o documento consigo.

As formas [conosco] e [convosco] são substituídas por [com nós] e [com vós] quando os pronomes pessoais são enfatizados por palavras como: outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.

Você terá de viajar com nós todos. Estive com vós outros nos piores momentos. Ele disse que iria com nós três.

<eu> ou <mim> ?

Lembre-se que o pronome oblíquo <mim> é tônico e, portanto, só ocorrerá quando houver preposição, mas observe a quem a preposição se refere, se for a um verbo, use <eu>; se for ao complemento, use <mim>. Saiba mais em:

Associação de pronomes oblíquos a verbos:

Verbo terminado em: + Oblíquo Resultado

-r -s

-z

a la

as las

o lo

os los

Marcos quer surpreender a namorada dele. Marcos quer surpreendê-la.

Associação de pronomes oblíquos a verbos:

Verbo terminado em: + Oblíquo Resultado

ditongo nasal -am, -em, -ão, -õe

a na

as nas

o no

os nos

Enviaram relatórios para o presidente. Enviaram-nos para o presidente.

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Os pronomes pessoais do caso oblíquo podem indicar reflexividade, no sentido de indicar que a ação praticada pelo sujeito reflete nele mesmo. Trata-se dos pronomes reflexivos. Eu não me orgulho disso. Olhei para mim no reflexo da água. (Eu) Tu te condenas mais e mais. Conheça a ti mesmo. (Tu) Atirou-se aos pés do pai. (Ele/Ela) Ela impôs a si uma meta difícil. Conversava consigo mesma. (Ela) Banhamo-nos nas águas rejuvenescedoras. (Nós) Vós vos esquecestes daquele homem. Eles se perderam pela floresta.

Em algumas circunstâncias, os pronomes reflexivos “nos, vos e se”, indicam que houve uma ação <entre> os elementos do sujeito. Neste caso, são chamados de reflexivos recíprocos (ou apenas recíprocos). Eu e ele nos cumprimentamos. Tu e ele vos tornardes servos fiéis. Os meninos se ajudavam frequentemente.

OBS: Pode haver ambiguidade em alguns casos. Exemplo:

João e Maria enganaram-se.

Não sabemos, com certeza, se cada um enganou-se ou enganaram um ao outro. Para eliminar a ambiguidade, pode-se acrescentar: Para enfatizar ação reflexiva: a si mesmos, a nós mesmos, a vós mesmos Para enfatizar ação recíproca. um ao outro, uns aos outros, entre si, reciprocamente, mutuamente

João e Maria enganaram a si mesmos.

João e Maria enganaram-se um ao outro. João e Maria enganaram-se entre si. João e Maria enganaram-se mutuamente.

Pronomes de tratamento

São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em tratamento cerimonioso e outros em situações de intimidade.

senhor (Sr.), senhora (Srª.) : tratamento de respeito

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senhorita (Srta.) : moças solteiras

você (v.) : tratamento familiar (origem: Vossa Mercê; Mercê = graça, no sentido de benesse)

Vossa Senhoria (V.Sª.) : para pessoa de cerimônia

Vossa Excelência (V.Exª.) : para altas autoridades

Vossa Reverendíssima (V. Revmª.) : para sacerdotes

Vossa Emiência (V.Emª.) : para cardeais

Vossa Santidade (V.S.) : para o Papa

Vossa Majestade (V.M.) : para reis e rainhas

Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) : para imperadores

Vossa Alteza (V.A.) : para príncipes, princesas e duques

Os pronomes de tratamento que começam com "vossa" fazem referência à qualidade da pessoa. Neste sentido, "Vossa Santidade" é uma referência à santidade que há no Papa, não está o substituindo por "santidade". Deste modo, os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa, concordando em gênero e número com a pessoa de quem ou com quem se está falando. Vossa Excelência já terminastes a audiência? (errado) Vossa Excelência já terminou a audiência? (correto)

Quando fazemos referência a pessoas que merecem tais tratamentos, utilizamos o pronome "sua". Utilize o pronome "Vossa" apenas quando tratar diretamente com tais pessoas.. Vossa Excelência já terminou a audiência? (perguntando à pessoa) Sua Excelência já terminou a audiência? (perguntando sobre a pessoa)

Lembre-se!

"Doutor" não é um pronome de tratamento, é título acadêmico. De modo geral, evite utilizá-lo com profissionais tais como médicos, advogados, enfermeiros e veterinários que tenham apenas terminado a graduação. Para estes casos, pela regra geral, o correto é "senhor".

No entanto, havendo consentimento das partes, qualquer um pode ser chamado de qualquer coisa. Deste modo, não é um erro utilizar "doutor" se houver consentimento das partes (assim como usamos "mestre" em "mestre de obras", "mestre-sala", para o "mestre" que é educador..., mas exigir ser tratado por um título que não possui, ou aplicar tal título em documentos oficiais, é uma demonstração de falta de conhecimento.

2 - Pronomes Possessivos

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Indicam posse. Estabelecem relação entre a pessoa do discurso e algo que lhe pertence.

Singular Plural

1ª pessoa meu(s), minha(s) nosso(s), nossa(s)

2ª pessoa teu(s), tua(s) vosso(s), vossa(s)

3ª pessoa seu(s), sua(s) dele(s), dela(s)

3 - Pronomes Demonstrativos

Indicam a posição de algo em relação às pessoas do discurso.

Singular Plural

1ª pessoa este, esta, isto estes, estas

2ª pessoa esse, essa, isso esses, essas

3ª pessoa aquele, aquela, aquilo aqueles, aquelas

Pronomes Espaço Tempo Ao dito Enumeração

este(s) esta(s)

isto

Perto de quem fala. (1ª pessoa)

Presente Referente ao que ainda

não foi dito.

Referente ao último elemento citado em uma enumeração.

Exemplo:

Não gostei desta pintura

aqui.

Neste ano, viajei para a

Espanha.

Isto é o que nos reserva: a vida

eterna.

A mulher e o homem têm

sorte, mas este tem mais.

esse(s), essa(s)

isso

Perto de quem ouve. (2ª pessoa)

Passado ou futuro

próximo

Referente aquilo que já foi dito.

Exemplo:

Não gostei dessa

pintura que está

admirando.

Nesse mês, realizei / realizarei

bons negócios.

Ela conseguiu passar no

vestibular. Isso não me deixou

surpreso.

aquele(s), aquela(s),

aquilo

Perto da 3ª pessoa.

Passado ou futuro

remotos

Referente ao primeiro

elemento citado em uma

enumeração.

Exemplo

Não gostei daquela pintura

próxima ao guia.

Naquele ano profético, começou / começará

uma guerra

A mulher e o homem têm sorte, mas aquela tem

menos.

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mundial.

4 - Pronomes Indefinidos

São imprecisos, vagos. Referem-se à 3ª pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade indeterminada. De acordo com o contexto, os pronomes indefinidos podem ser substantivos ou adjetivos.

Indefinido

Substantivo

Algo Fulano Quem

Alguém Beltrano Nada

Ninguém Cicrano Tudo

Outrem

Indefinido Adjetivo

Cada Certo(s) Certa(s)

Indefinido

Substantivo

ou

Adjetivo (dependendo do contexto)

Bastante(s) Demais Qual

Mais Quanta(s) Que

Menos Tal, Tais Todo(s), Toda(s)

Tanto(s) Tanta(s)

Um(s) Uma(s)

Vários

Várias

Outro(s) Outra(s)

Pouco(s) Pouca(s)

Qualquel Quaisquer

Algun(s) Alguma(s)

Nenhum

Nenhuma

Muito(s) Muita(s)

Locução

Pronominal Indefinida

Cada qual Cada um

Qualquer um Todo aquele

(que)

Tais e tais Tal qual Tal e /ou qual

Seja qual for Uma ou outra Nenhuma nem

Outra

Seja quem for Quem quer

que

Quantos quer (que)

Pronome Indefinido Substantivo

Assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. No exemplo seguinte, não é difícil perceber que <Alguém> indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que seguramente existe, mas cuja identidade é indefinida. Alguém entrou no santuário sem permissão. Quem avisa amigo é. Algo o incomoda?

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Pronome Indefinido Adjetivo

Qualificam um nome. Cada povo tem a sua história. Certos homens são mais honrados. Certas pedras são mais brilhantes.

Outros pronomes indefinidos podem ser substantivos ou adjetivos, conforme o contexto: Alguns têm senso de humor. (Substantivo) Alguns homens têm senso de humor. (Adjetivo)

Diferenças entre pronome indefinido e advérbio

Algumas palavras como <muito, pouco, mais, menos, bastante, demais> podem ser pronome indefinido ou advérbio.

Para realizar a diferenciação, basta verificar que os pronomes indefinidos equivalentes variam em número ou gênero, mas os advérbios não admitem tal variação (exceto <todo> com sentido de <completamente>).

Fiquei muito cansado. Ficamos muito cansadas. Conclusão: muito é advérbio, não varia.

Como muito tomate. (pronome indefinido) Como muitas frutas. (pronome indefinido) Conclusão: muito é pronome, varia.

Percorri todo trajeto. (pronome indefinido) Percorri toda jornada. (pronome indefinido) Conclusão: todo é pronome, varia.

O roupão ficou todo molhado. (exceção) Conclusão: todo com sentido de completamente é advérbio.

6 - Pronome Interrogativo

São empregados para formular perguntas diretas ou indiretas.

Quantos de vocês estudam diariamente?

Quem de vocês estuda diariamente?

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Variáveis Invariáveis

Quanto(s) Quanta(s)

Qual Quais

Que

Quem

7 - Pronome Relativo

São os que, em geral, relacionam uma oração a um substantivo. Também se classificam em variáveis e invariáveis.

Variáveis Invariáveis

o qual a qual

os quais

as quais

quanto(s) quanta(s)

cujo(s) cuja(s)

que

quem

onde

Os pronomes relativos estarão precedidos de preposição se a regência assim determinar.

Havia condições a que nos opúnhamos.

(opor-se a)

Havia condições com que não concordávamos.

(concordar com)

Havia condições de que desconfiávamos.

(desconfiar de)

Havia condições - que nos prejudicavam.

Havia condições em que insistíamos.

(insistir em)

Quando o pronome relativo quem se refere a uma pessoa ou a uma coisa personificada virá precedido de preposição. João era o filho a quem ele amava. Esse é o livro a quem prezo como companheiro.

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Quando o relativo quem aparecer sem antecedente claro, é classificado como pronome relativo indefinido. Foi multado quem não parou no sinal vermelho.

O pronome relativo que pode ter por antecedente os demonstrativos <o, a, os, as>. Sei o que digo. (o pronome <o> equivale a <aquilo>)

Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões). Aquele é o machado com que trabalho. Aquele é o empresário para o qual trabalho.

O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo. Equivale a <do qual, de que, de quem>. Deve concordar com a coisa possuída.

Cortaram as árvores cujos troncos estavam podres.

OBS: Não se usa artigo <o(s),a(s)> após o pronome cujo.

Aquelas são as mulheres cujos os maridos são fiéis. (errado) Aquelas são as mulheres cujos maridos são fiéis. (correto)

Os pronomes quanto(s), quanta(s) são relativos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas. Juntou tudo quanto pôde.

O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de <em que, no qual>. Esta é a terra onde habito.

Colocação pronominal É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo. Os pronomes átonos podem ocupar três posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).

Próclise – O pronome pode ser atraído por:

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1. Palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum. Nada me perturba. Ninguém se mexeu. De modo algum me afastarei daqui. Ela nem se simportou com meus problemas.

2. Conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo. Quando se trata de comida, ele é um “expert”. É necessário que a deixe na escola. Fiz a lista conforme me lembrava dos amigos sinceros.

3. Advérbios

Nem aqui se tem paz. Sempre me dediquei aos estudos. Talvez o veja na escola. OBS: O pronome não será atraído se houver vírgula depois do advérbio, pois, neste caso, usa-se ênclise. Aqui, trabalha-se.

4. Pronomes demonstrativos, indefinidos e relativos. Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo) Alguém me ligou? (indefinido) A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)

5. Em frases interrogativas. Quanto me cobrará pela tradução?

6. Em frases exclamativas. Isso me deixou muito decepcionado!

7. Em frase optativa (que exprime desejo, previsão). Deus o abençoe. Que o futuro lhe traga melhor sorte.

8. Com verbo no gerúndio antecedido de preposição em. Em se plantando, tudo dá. Em se tratando de beleza, ele é campeão.

9. Com formas verbais proparoxítonas. Nós o desprezávamos.

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Mesóclise 1. No futuro do presente (que vai acontecer) Convidar-me-ão para a festa.

2. No futuro do pretérito (que ia acontecer, mas não aconteceu). Convidar-me-iam para a festa.

OBS: Se houver uma palavra atrativa, a próclise terá preferência. Não me convidarão para a festa.

Ênclise

1. Com o verbo no início da frase. Entregaram-me as camisas.

2. Com o verbo no imperativo afirmativo. Quero que vocês comportem-se.

3. Com o verbo no infinitivo impessoal. Convém contar-lhe tudo.

4. Com o verbo no gerúndio. Venceu, deixando-nos orgulhosos. OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição em ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise: Em se tratando de cinema, prefiro o suspense. Assinou, não nos explicando seus motivos.

Colocação Pronominal nas locuções verbais

Verbo auxiliar + Particípio: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar. Havia-lhe contado a verdade. Não lhe Havia contado a verdade.

Verbo auxiliar + Gerúndio ou Infinitivo: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo poderá ficar depois do verbo auxiliar ou do verbo principal. Quero-lhe dizer o que aconteceu. Quero dizer-lhe o que aconteceu. Ia-lhe dizendo o que aconteceu. Ia dizendo-lhe o que aconteceu. OBS: Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Não lhe quero dizer o que aconteceu. Não quero dizer-lhe o que aconteceu.

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Substantivo ↑ Sumário

Substantivo provém da mesma família de “substância, substancial”, ou seja, algo necessário, fundamental. Os substantivos recebem classificações distintas, tendo em vista aspectos relacionados à formação e ao significado. Quanto à formação, um substantivo pode ser formado por composição ou por derivação. Quanto ao processo de composição, pode ser simples ou composto. Em relação ao processo de derivação, pode ser primitivo ou derivado. No que tange à significação, cada substantivo tem um aspecto de generalização e um aspecto de abstração. Quanto à generalização, pode ser comum (geral) ou próprio (específico). Em relação à abstração, pode ser concretos ou abstrato.

Substantivos simples

São aqueles que apresentam um único radical em sua estrutura. tempo, roda, flor, sol, casa...

Substantivos compostos

São representados por aqueles que possuem pelo menos dois radicais em sua estrutura. passatempo, rodapé, couve-flor...

Substantivos primitivos

Classificam-se como aqueles que não derivam de outra palavra. flor, pedra, gato, fogo...

Substantivos derivados

São aqueles que provêm de outras palavras já existentes. floricultura, pedreira, gatinho, fogaréu...

Substantivos concretos

Representam aqueles que possuem forma, seja real ou imaginária. gato, flor, fogo, cidade, cimento, concreto, Deus, fada...

Substantivos abstratos

Representam aqueles que não possuem forma. Geralmente dão nome a estados, qualidades, sentimentos e ações. amor, paixão, tristeza, honestidade, coragem, abstração...

Substantivos comuns

São aqueles que generalizam. Designam de modo geral seres, entidades e coisas diversas. pessoa, animal, cidade, universidade, praça, planeta...

Substantivos próprios

São aqueles assim denominados pelo fato de designarem de forma particular seres, entidades e coisas diversas. São iniciados com letra maiúscula.

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Pedro, Spaik, Salvador, UFBA, Praça da Sé, Vênus...

Aumentativo de alguns substantivos:

Diminuitivo de alguns substantivos:

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Plural de Substantivos

Terminados em ão: As palavras terminadas em –ão podem formar plural de três modos: -ões, -ãos ou –ães. Não há uma regra específica a ser seguida para se fazer este plural, pois dependerá da origem da palavra, ou seja, de sua etimologia.

A maioria dos substantivos e adjetivos que terminam em –ão faz o plural em –ões. Balão – Balões

Botão - Botões

Cordão – Cordões

Estação - Estações

Limão – Limões

Paixão - Paixões

Visão – Visões

Razão - Razões

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Quando a terminação –ão recair sob a sílaba átona (pronunciada mais fracamente) o plural obedece a regra básica de acrescentar-se “s” no final: Bênção – Bênçãos

Órgão – Órgãos

Sótão – Sótãos

Observe que as palavras acima são paroxítonas. Mas algumas oxítonas também possuem a mesma formação de plural. Ex: Mão – Mãos

Chão – Chãos

Grão - Grãos

Irmão – Irmãos

Artesão - Artesãos.

Poucos vocábulos têm seu plural em –ães. Ex: Alemão - Alemães

Cão – Cães

Capitão – Capitães

Catalão – Catalães

Charlatão – Charlatães

Escrivão – Escrivães

Guardião – Guardiães

Pão – Pães

Sacristão – Sacristães

Tabelião – Tabeliães

Outras palavras aceitam mais de uma forma de se fazer o plural. Ex: Aldeão: Aldeãos / Aldeães / Aldeões

Ancião: Anciãos / Anciães / Anciões

Ermitão: Ermitãos / Ermitães / Ermitões

Sultão: Sultãos / Sultães / Sultões

Alazão: Alazães / Alazões

Anão: Anãos / Anões

Artesão: Artesãos (profissional) / Artesão: Artesões (enfeite de abóbora) Cirurgião: Cirurgiães / Cirurgiões

Corrimão: Corrimãos / Corrimões

Deão: Deães / Deões

Faisão: Faisães / Faisões

Guardião: Guardiães / Guardiões

Hortelão: Hortelãos / Hortelões

Refrão: Refrãos / Refrães

Sacristão: Sacristãos / Sacristães

Verão: Verãos / Verões

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Vilão: Vilãos / Vilões

Zangão: Zangãos / Zangões

Adjetivo ↑ Sumário

Adjetivo é a classe de palavras variáveis que modificam um substantivo exprimindo as suas características. O adjetivo pode ser:

Simples - possui apenas um radical, um só elemento. bonito

azul

Composto – possui mais de um radical, mais de um elemento. azul-escuro

Primitivo – é aquele que não deriva de outra palavra; servindo de base para a formação de outras palavras.

triste

bom

pobre

Derivado – é aquele que deriva de outras palavras, geralmente de substantivos e de verbos.

tristonho

bondoso

pobretão

Grau do adjetivo

O adjetivo possui dois graus: comparativo e superlativo.

Grau comparativo: transmite a ideia de igualdade, superioridade ou inferioridade de um ser em relação a outro.

1. Comparativo de superioridade

mais... que mais... do que

João é mais feliz que Maria. João é mais feliz do que Maria. Alguns adjetivos possuem formas específicas para o comparativo de superioridade: pequeno - menor / mais pequeno

grande - maior bom - melhor mau - pior

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Enquanto o uso de <mais pequeno> é aceito, as formas <mais grande, mais bom, mais mau> só devem ser usadas quando comparamos qualidades referentes a um mesmo ser (pessoa ou coisa). José é mais grande do que esperto. Marta é mais má do que boa. Ele é mais bom do que inteligente. Assim, nesse último exemplo, o uso do comparativo irregular “melhor” não seria apropriado para este contexto, pois o que se pretende dizer é que ele possui a qualidade da bondade em quantidade superior relativamente à qualidade da inteligência.

2. Comparativo de inferioridade

menos... que

menos... do que

Maria é menos feliz que João. Maria é menos feliz do que João.

3. Comparativo de igualdade: tão... quanto

como

tanto quanto (pospostos ao verbo) Pedro é tão inteligente quanto você. Márcia é feliz como Mariana. Marcelo é alegre tanto quanto Júlia.

Grau superlativo: pode ser relativo ou absoluto.

Superlativo Relativo: quando se faz sobressair, com vantagem ou desvantagem, a qualidade de um ser em relação a outros (a um conjunto de seres). Pode ser de superioridade ou de inferioridade. Mateus é o mais inteligente da turma. (superioridade) Mateus é o mais fraco da equipe. (inferioridade)

Superlativo Absoluto – quando a qualidade de um ser é intensificada sem a relação com outros seres. Pode ser analítico ou sintético.

Analítico: Quando o adjetivo é modificado por advérbios como muito, extremamente, etc.

Marcos é muito inteligente. Paula é extremamente bela.

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Sintético: Quando se acrescenta o sufixo <-íssimo, -rimo, -imo> ao radical do adjetivo.

Conversa agradabilíssima. É um celebérrimo convidado. A prova estava dificílima.

Ágil – agilíssimo, agílimo

Agudo – acutíssimo

Bom – boníssimo

Célebre – celebérrimo

Cruel – crudelíssimo, cruelíssimo

Doce – docísssimo, docilíssimo

Dócil – docílimo, docilíssimo

Fácil – facílimo, facilíssimo

Feio – feiíssimo

Feliz – felicíssimo

Fiel – fidelíssimo

Livre – libérrimo, livríssimo

Magnífico – magnificentíssimo

Pobre – paupérrimo, pobríssimo

Sábio – sapientíssimo

São – saníssimo

Útil – utilíssimo

Voraz – voracíssimo

Locução adjetiva

Chamamos de locução à reunião de duas ou mais palavras com o valor de uma só. Locução adjetiva é, portanto, a união de duas ou mais palavras que equivalem a um adjetivo. Elas são usualmente formadas por:

preposição + substantivo

preposição + advérbio

Dente de cão = dente canino

Conselho de mãe = conselho materno

Pneus de trás = pneus traseiros

Ataque de frente = ataque frontal De aluno – discente

De abdômen – abdominal De açúcar – sacarino

De anjo – angélico, angelical De água – aquático, áqueo, hidráulico, hídrico

De ave – aviário, aviculário, ornítico

De cabeça – cefálico

De casamento – matrimonial, nupcial De direito – jurídico

De estômago –estomacal, gástrico

De garganta – gutural De intestino – celíaco, entérico, intestinal

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De manhã – matinal, matutino, crástino

De mês – mensal De pele – cutâneo

De peso – ponderal De tarde – vesperal, vespertino

Verbo ↑ Sumário

Classificação dos verbos

Verbos Regulares: são aqueles que não sofrem alterações no radical. Ex: cantar, vender, partir... canto, cantei, cantaremos, cantaram.

Verbos Irregulares: são aqueles que não seguem o modelo de conjugação. Ex: Fazer Eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos...

Verbos Irregulares Anômalos: são aqueles que apresentam mudanças significativas no radical. Ex: Ser, Ir Sou, Serei, É, Era, Fui, Fomos. vou, foste, irei, ides...

Verbos Defectivos: são aqueles que não possuem conjugação completa. Ex: falir, reaver, precaver. Eu ---, Tu ---, Ele ---, nós falimos, vós falis, eles ---

Verbos Abundantes: são aqueles que apresentam duas formas de mesmo valor. Geralmente ocorrem no particípio. aceitar: aceitado e aceito

acender: acendido e aceso

eleger: elegido e eleito

entregar: entregado e entregue

enxugar: enxugado e enxuto

imprimir: imprimido e impresso

limpar: limpado e limpo

Obs.: Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver e vir só possuem o particípio irregular: aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto e vindo.

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Vozes verbais

Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, recebe, ou pratica e recebe ao mesmo tempo a ação verbal.

a) Voz Ativa: quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato. Eles exigiram a presença da diretora. A torcida aplaudiu os jogadores.

b) Voz Passiva: quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal do agente da passiva. A presença da diretora foi exigida por eles. Os jogadores foram aplaudidos pela torcida.

c) Reflexiva: quando o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, isto é, pratica e recebe a ação. O menino feriu-se.

Formação da Voz Passiva: a voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.

1- Voz Passiva Analítica

Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. A escola será pintada. (sujeito paciente: a escola) O trabalho é feito por ele. (sujeito paciente: o trabalho) Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de. A casa ficou cercada de soldados. Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase. A exposição será aberta amanhã.

A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar <SER>, pois o particípio é invariável. Observe a transformação das frases seguintes:

a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)

O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)

b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)

O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)

c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)

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O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

Nas frases com locuções verbais, o verbo <SER> assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.

O vento ia levando as folhas. (gerúndio) As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)

2- Voz Passiva Sintética: a voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com verbo com transitividade direta na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Abriram-se as inscrições. abrir (v.t.d.): quem abre, abre algo. Admite voz analítica: As inscrições foram abertas. Logo, a função do se é: pronome apassivador. Sujeito paciente: as inscrições.

Obs.: o agente da passiva não costuma vir expresso na voz passiva sintética.

Erros comuns

Existem algumas variáveis na conjugação de alguns verbos. Os linguistas os chamam desvios de variáveis, enquanto os gramáticos tratam-nos como erros.

verbo VER e derivados. Forma popular: se eu ver, se eu rever, se eu revesse. Forma padrão: se eu vir, se eu revir, se eu revisse.

verbo VIR e derivados. Forma popular: se eu vir, se eu intervir, eu intervi, eleinterviu, eles proviram. Forma padrão: se eu vier, se eu intervier, eu intervim, eleinterveio, eles provieram.

verbo TER e derivados. Forma popular: quando eu obter, se eu mantesse, ele deteu. Forma padrão: quando eu obtiver, se eu mantivesse, eledeteve.

verbo PÔR e derivados. Forma popular: quando eu compor, se eu disposse, elesdisporam. Forma padrão: quando eu compuser, se eu dispusesse, elesdispuseram.

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verbo REAVER

Forma popular: eu reavi, eles reaveram, ela reavêu. Forma padrão: eu reouve, eles reouveram, ela reouve.

Advérbio ↑ Sumário

Na palavra advérbio, tal qual em adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade. Essa proximidade faz referência ao processo verbal, indicando as circunstâncias em que esse processo verbal se desenvolve. Quando acompanhado por preposição, é chamado de locução adverbial.

CLASSIFICAÇÃO DO ADVÉRBIO

De acordo com as circunstâncias que exprimem o advérbio, ou locução adverbial, possuem a seguinte classificação:

Afirmação

Quero sim. Certamente venceremos. Ele é realmente melhor. Foi o que efetivamente disse. Decerto era gay.

Outros: deveras, decididamente, indubitavelmente.

Negação

Não quero nem posso. Nunca diga nunca. De modo algum farei isso.

Outros: jamais, tampouco, de forma nenhuma, de jeito nenhum.

Dúvida

Acaso é o servo maior que o mestre?

Porventura comeste tu do fruto proibido?

Talvez haja dez justos na cidade. É difícil, quiçá impossível, desvencilha-se de todo orgulho.

Outros: possivelmente, provavelmente, casualmente, quem sabe.

Tempo

Logo anoitecerá, o sol já está se pondo. Ninguém confia no PT hoje em dia. A mudança ocorrerá a qualquer momento.

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De vez em quando todos nós erramos. Ele morreu de repente.

Outros: antigamente, primeiramente, ontem, antes, dantes, cedo, tarde, ora, agora, imediatamente, já, sempre, constantemente, às vezes, amanhã, depois, outrora, breve, provisoriamente, sucessivamente, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, hoje em dia.

Lugar

Ela está ali. Coloque isso atrás do vaso, perto das flores. Aconteceu à distância de 100 metros da escola.

Outros: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, defronte, adentro, afora, alhures, aquém, embaixo, externamente, a distancia, à distancia de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.

OBS: Três advérbios pronominais indefinidos de lugar vão caindo em desuso: algures, alhures e nenhures, substituídos por em algum lugar, em outro lugar e em nenhum lugar;

Modo

Eu te quero bem. (quero deste modo) Eu te quero assim como é. (quero deste modo) Está sempre saindo às pressas. (saindo deste modo) Vai me matando aos poucos. (matando deste modo) Terminou a redação calmamente. (terminou deste modo) Desse jeito eu morro. (deste modo morro) Foi tudo em vão. (foi deste modo) Enfrentamo-nos frente a frente. (enfrentamo-nos deste modo)

Outros: mal, devagar, depressa, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondas, desse modo, dessa maneira, lado a lado, a pé, de cor, e a maior parte dos que terminam em [-mente]: tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, bondosamente.

OBS: Quando os advérbios terminados em -mente estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só no último. Falou rápida e pausadamente.

Intensidade

Ele é muito bom.

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Estudou pouco para fazer a prova. Chutei mais forte. Despejou água no copo em excesso. Tanto repetiu que acabou decorando. Não sabia quão orgulhosa era ela. Não é tão experto quanto pensa. Ficamos noivos de pouco, nos conhecemos de muito. Ele não é de todo ruim.

Outros: nada, menos, quase, mais, demais, bastante, demasiado, tudo, assaz, que (equivalente a quão), bem (relativo a quantidade), por demais.

ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS

São advérbios interrogativos e podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas interrogativas indiretas:

Quando => se refere às circunstâncias de tempo

Como => se refere às circunstâncias de modo

Onde => se refere às circunstâncias de lugar Por que => se referem às circunstâncias de causa

Circunstância Interrogativa Direta Interrogativa Indireta

Tempo Quando sairemos? Não sei quando sairemos.

Modo Como você caiu? Não sei como você caiu.

Lugar Onde você mora? Não sei onde você mora.

Causa Por que você não veio?

Não sei por que você não veio.

ADJETIVOS ADVERBIALIZADOS

Consideramos adjetivos adverbializados aqueles empregados com valor de advérbio. Por isso, são mantidos invariáveis, não sofrem flexão. As palavras destacadas nos exemplos seguintes são naturalmente adjetivos, mas estão sendo usadas com o valor do advérbio em parêntesis, trata-se de adjetivos adverbializados.

A vida passa muito rápido. (rapidamente)

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A seleção venceu fácil o jogo. (facilmente) Esta cerveja desce redondo. (suavemente) Alguns falam muito baixo e outras muito alto. (fracamente, fortemente)

ASSOCIAÇÃO DO ADVÉRBIO

O advérbio pode caracterizar verbo, adjetivo ou outro advérbio.

Advérbio associado a Verbo A Bela Adormecida dormiu. A Bela Adormecida dormiu profundamente. Note que a palavra profundamente dá um significado maior à ação de dormir, e nos informa a intensidade com a qual a Bela Adormecida dormia: profundamente.

Advérbio associado a Advérbio

Minha mãe está bem. Minha mãe está muito bem. Neste exemplo, temos o advérbio de intensidade muito intensificando o advérbio de modo bem.

Advérbio associado a Adjetivo

Pedro estava apressado. Pedro estava bastante apressado. Pode-se perceber que na primeira frase tem-se apenas o adjetivo "apressado", que se refere ao sujeito Pedro. Já na segunda frase, este adjetivo ganha intensidade devido à presença do advérbio de intensidade "bastante".

Dica de memorização

Lembre-se que Advérbio modifica Advérbio Adjetivo

verbo

Advérbio

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DISTINÇÃO ENTRE ADVÉRBIO E PRONOME INDEFINIDO

Alguns termos como: muito, menos, demais, bastante, etc., podem aparecer como advérbio ou como pronome indefinido. Veja como diferenciá-las:

Advérbio: modifica Advérbio e não sofre flexão nem de gênero nem número. Pronome indefinido: relaciona-se a substantivo e sofre flexões.

Existe muito homem frouxo e muita mulher valente. Apenas com este exemplo já podemos perceber que o termo “muito” varia em gênero, logo é um pronome.

Muito trabalhador não tem carteira assinada. Muitos trabalhadores não têm carteira assinada. Neste exemplo, podemos verificar que podemos flexionar o termo “muito” em número, logo é pronome.

Muito trabalho e não tenho carteira assinada. Muito trabalhamos e não temos carteiras assinada. Não flexiona, logo é advérbio.

FLEXÃO DE GRAU DO ADVÉRBIO

O advérbio é uma palavra invariável em número e gênero, mas é flexionado em grau. Igualmente aos adjetivos, o advérbio admite dois graus: comparativo e superlativo.

GRAU COMPARATIVO

Igualdade: tão + advérbio + quanto Roberto joga tão bem quanto Lúcio. Ferrari anda tão depressa quanto Mclaren.

Inferioridade: menos + advérbio + que (do que) Ele pensa menos orgulhosamente que ela. Ele pensa menos orgulhosamente do que ela.

Superioridade

Analítico: mais + advérbio + que (do que)

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Ele fala mais corretamente que os outros. Ele fala mais corretamente do que os outros.

Sintético: melhor que ou pior que. Ele fala melhor que os outros. Ele fala pior que os outros.

GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO

Analítico: acompanhado de outro advérbio. Ele dirige bem. Ele dirige muito bem.

Sintético: formado com sufixos. Carlos fala baixíssimo. Robson bebeu muitíssimo.

OBS: Na linguagem popular, alguns advérbios assumem forma diminutiva, mas com ideia de intensidade, a modo de superlativo. Você precisa acordar cedinho amanhã. O shopping fica pertinho do trabalho.

PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS

As palavras e locuções denotativas são classificadas à parte pela NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) porque não se enquadram em nenhuma das dez classes gramaticais. Antigamente, eram consideradas advérbios, hoje são classificadas de acordo com o significado que elas expressam; por isso chamadas palavras denotativas e exprimem:

adição: ainda, além disso etc. Comeu tudo e ainda queria mais.

afastamento: embora. Foi embora daqui.

aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. É quase 1h a pé.

designação: eis.

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Eis nosso carro novo.

exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas etc. Todos saíram, exceto ela

Não me descontou sequer um real;

explicação: isto é, por exemplo, a saber etc. Li vários livros, a saber, os clássicos.

inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive etc. Eu também vou. Falta tudo, até água.

limitação: só, somente, unicamente, apenas etc. Apenas um me respondeu. Só ele veio à festa.

realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. E você lá sabe essa questão?

retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc. Somos três, ou melhor, quatro.

situação: então, mas, se, agora, afinal etc. Afinal, quem perguntaria a ele?

Preposição ↑ Sumário

Preposição vem do latim praepositio (prae = diante de; positio = posição, colocação) se refere ao ato de prepor, de pôr antes. É uma palavra invariável que serve para ligar dois termos de modo que um destes fique subordinado ao outro. As preposições são muito importantes na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.

Semanticamente, as preposições podem indicar diversas circunstâncias:

Lugar = Estivemos em São Paulo. Origem = Essas maçãs vieram da Argentina. Causa = Ele morreu por ter vivido demais. Assunto = Conversamos bastante sobre você. Meio = Passeei de bicicleta ontem. Matéria = Comprei roupas de lã.

Sintaticamente, fazem parte de:

• Complementos verbais: obedeço “aos meus pais”.

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• Complementos nominais: sou obediente “aos meus pais”. • Locuções adjetivas: É uma pessoa “de caráter”. • Locuções adverbiais: Naquele momento agi “com cuidado”. • Orações reduzidas: “Ao chegar”, foi ovacionado.

Tipos de Preposição

1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás.

2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.

3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma preposição: atrás de, dentro de, abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, à distância de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, graças a, junto a, perto de, por causa de, por cima de, por trás de, para trás de, para com.

Combinação e Contração

Na combinação, a preposição se mantém inteiramente, não sofre alteração. Quando ocorre contração, a preposição perde uma parte de si, isto é, se contrai.

PREPOSIÇÃO + ARTIGO (combinação) a + o = ao

a + os = aos

PREPOSIÇÃO + ARTIGO (contração) a + a(s) = à(s)

de + o(s) = do(s) de + a(s) = da(s) de + um = dum

de + uns = duns

de + uma(s) = duma(s)

em + o(s) = no(s) em + a(s) = na(s) em + um = num

em + uns = nuns

em + uma(s) = numa(s)

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per + o = pelo(s) per + a = pela(s)

PREPOSIÇÃO + ADVÉRBIO (combinação) a + onde = aonde

PREPOSIÇÃO + ADVÉRBIO (contração) de + aqui = daqui de + aí = daí de + ali = dali

PREPOSIÇÃO + PRONOME (contração) a + aquele(s) = àquele(s) a + aquela(s) = àquela(s) a + aquilo = àquilo

de + ele(s) = dele(s) de + ela(s) = dela(s)

de + este(s) = deste(s) de + esta(s) = desta(s) de + esse(s) = desse(s) de + essa(s) = dessa(s)

de + aquele(s) = daquele(s) de + aquela(s) = daquela(s) de + aquilo = daquilo

de + isto(s) = disto(s) de + isso(s) = disso(s)

de + outro = doutro(s) de + outra = doutra(s)

em + este(s) = neste(s) em + esta(s) = nesta(s) em + esse(s) = nesse(s)

em + aquele(s) = naquele(s) em + aquela(s) = naquela(s) em + aquilo = naquilo

em + isto = nisto

em + isso = nisso

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PREPOSIÇÃO + PREPOSIÇÃO (contração) de + entre = dentre

OBSERVAÇÕES: 1. Não se deve contrair a preposição [ de ] com [ artigo ] que inicia o sujeito de um verbo, nem com os pronomes [ ele(s), ela(s) ] quando estes funcionarem como sujeito. Por exemplo:

Isso não depende de o professor querer. (CERTO) Isso não depende do professor querer. (ERRADO)

Isso não depende de ele querer. (CERTO) Isso não depende dele querer. (ERRADO)

2. ONDE ou AONDE?

onde = em algum lugar aonde = “a algum lugar”:

Esta é a rua onde mora a família Costa. (A família Costa mora na rua...)

Este é o cinema aonde fomos ontem. (Ontem fomos ao cinema)

Onde você está? (quem está, está em algum lugar) Aonde você vai? (quem vai, vai a algum lugar).

3. Uso da preposição entre: a) Em referência a intervalo de quantidade, não usar a preposição [ a ] em lugar da conjunção [ e ] após a preposição [ entre ]:

Errado: Entre 10 a 15 candidatos faltaram ao exame. Correto: Entre 10 e 15 candidatos faltaram ao exame.

b) Não confundir entre com dentre. dentre = combinação [de] + [entre]. Só se usa com verbos que exijam as duas preposições ao mesmo tempo, como “retirar”, “sair”, “surgir” e outros semelhantes. Veja os exemplos:

Correto: Retirar dentre as cópias aquelas que contêm falhas. Correto: Surgiu, dentre os gravetos, uma cobra venenosa. Errado: Havia, dentre os candidatos, um que era cego.

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4. O uso de pronome após preposição pode trazer dúvidas: “para eu...” ou “para mim...”? Neste caso, devemos observar se a preposição está regendo o pronome ou um verbo.

Quando a preposição está regendo o pronome, deve-se utilizar pronome oblíquo após a preposição.

Errado: Este trabalho é para eu. Certo: Este trabalho é para mim. (preposição regendo pronome: para quem?)

Errado: Entre eu e você não há problemas. Certo: Entre mim e você não há problemas. Certo: Entre mim e vossa majestade não há problemas. Certo: Entre mim e ti não há problemas. (preposição regendo pronome: entre quem?)

Quando a preposição está regendo um verbo, deve-se utilizar pronome pessoal do caso reto (eu, tu...).

Errado: Este trabalho é para mim fazer. Certo: Este trabalho é para eu fazer. Certo: Este trabalho é para fazer. (preposição regendo verbo: para o que?)

Errado: Entre mim comprar e consumir existe muita diferença. Correto: Entre eu comprar e consumir existe muita diferença. Correto: Entre comprar e consumir existe muita diferença. (preposição regendo verbo: entre o que?)

Errado: Vou falar pra tu, pra tu falar pra ela, pra ela falar com eu. Certo: Vou falar para ti, para tu falares para ela, para ela falar comigo. (preposição regendo verbo: para o que?) (preposição regendo pronome: para quem? com quem?)

5. Preposição + Pronome Relativo

5.1 Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o qual (e flexões).

Aquele é o machado com que trabalho. O trabalho para o qual me dedico é difícil.

5.2 O pronome relativo quem deve ser utilizado antecedido de preposição quando possuir o sentido de “o qual”, “ aqual”:

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A garota a quem conheci ontem está aqui. A garota a qual conheci ontem está aqui.

Conjunção ↑ Sumário

Conjunção: Do latim conjunctio (união). É o termo invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes da mesma oração.

Antes de explicar as conjunções é preciso entender a composição de períodos. Período simples é uma oração que possui apenas um verbo. O período composto é formado por duas ou mais orações, possuindo dois ou mais verbos.

(1) Hoje irei à praia. (Período Simples, 1 oração)

(2) Hoje irei à praia, relaxarei e voltarei bronzeado. (Período Composto, 3 orações independentes)

(3) Hoje irei à praia se fizer sol. (Período Composto, 2 orações – 1 independente e uma subordinada)

Há dois tipos de relações que podem se estabelecer entre as orações de um período composto: coordenação ou subordinação.

Orações coordenadas são independentes, isto é, podem existir de forma independente das outras. Por exemplo, o exemplo 2 pode ser dividido em três orações isoladas:

(2.1) Hoje irei à praia. (2.2) Relaxarei. (2.3) Voltarei bronzeado.

As orações podem estar coordenadas com ou sem o uso de um termo conector de orações (conjunção). Quando não há conjunção, a coordenação é <assindética> e quando está presente, trata-se de coordenação <sindética>. No exemplo 2, as duas primeiras orações estão coordenadas assindeticamente, enquanto a segunda e a terceira estão sindeticamente coordenadas pela conjunção [ e ], classificada como conjunção coordenativa.

Ao contrário das orações coordenadas, as orações subordinadas são aquelas que não podem existir de forma independente, de modo que dependem da existência de uma oração principal. No exemplo 3, podemos perceber que uma das orações não pode existir sem a sua principal:

(3.1) Hoje irei à praia. (oração principal – independente) (3.2) Se fizer sol. (o que acontece se fizer sol? Falta sentido)

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Quando uma oração depende da existência de outra, é chamada de oração subordinada, como a oração 3.2. Uma oração subordinada se liga a uma oração principal por meio do uso de um conector de orações – conjunção. No exemplo acima, a conjunção se estabelece esta relação, logo é classificada como conjunção subordinativa.

Obs: Quando as conjunções são formadas por mais de um termo, são chamadas de locuções conjuntivas.

Conjunções Coordenativas

As conjunções que unem as orações coordenadas são classificadas em cinco tipos. Estas conjunções ligam as orações das seguintes formas:

Aditiva: A segunda oração (ou termo) é adicionada à primeira.

Ela é bonita e gostosa. Não sou bonito nem sou rico. Gosto de comer legumes mas também de comer frutas.

Outras: como também, bem como, etc..

Adversativa: A segunda oração é uma ressalva à primeira.

Ela é bonita, mas é chata. Não sou rico; tenho, porém, capacidade para ser. Gosto de comer legumes, no entanto odeio brócolis.

Outras: todavia, contudo, entretanto, etc.

Alternativa: A segunda oração é uma alternativa à primeira.

Prefere namorar homens ou namorar mulheres?

Com essa sorte, ou é muito bonito, ou é rico. Come tudo, quer seja legume, quer seja carne. Ora diz uma coisa, ora diz outra.

Outras: nem...nem, talvez...talvez etc.

Conclusiva: A segunda oração é uma conclusão da primeira.

Sou rico, logo sou pelo menos simpático. Prefere namorar as inteligentes; é, pois, inteligente também.

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Come tudo, por conseguinte também come brócolis.

Outras: portanto, assim, por isso, por consequência etc.

Explicativa: A segunda oração é uma explicação para a primeira.

Deixei de ser feio, porque fiquei rico. Prefere namorar as inteligentes, pois inteligente também é. Come tudo, porquanto tem muita fome. Espere um pouco, que ela já vai subir.

Outras: visto que, já que.

Conjunções Subordinativas Adverbiais

As conjunções subordinativas introduzem orações subordinadas adverbiais, exprimindo, portanto, várias circunstâncias relacionadas ao advérbio. Analisemos, pois, como são classificadas:

Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. Como não se interessa por arte, desistiu do curso. Outras: que, porquanto, pois que, visto que, uma vez que, já que, desde que etc.

Concessivas: introduzem uma oração que expressa uma ressalva à oração principal. Fomos visitá-lo embora fosse tarde. Conquanto amava, não era amado. Eu não desistirei mesmo que todos me abandonem. Outras: ainda que, apesar de que, se bem que, por mais que, posto que etc.

Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. Se precisar de minha ajuda, telefone-me. Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. Outras: caso, contanto que, salvo se, desde que, a menos que, sem que etc.

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Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. O passeio ocorreu conforme havíamos planejado. Eu fiz como ordenado. Arrume a exposição segundo as ordens do professor. Outras: consoante, etc.

Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. Toque o sinal para que todos entrem no salão. Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. Outras: que, para que, a fim de que, porque (= para que) etc.

Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. Quanto mais reclamava menos atenção recebia. Outras: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais...(mais/menos), quanto menos... (mais/menos) etc.

Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. A briga começou assim que saímos da festa. A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. Outras: quando, enquanto, antes que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, agora que, mal (= assim que) etc.

Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Vamos fazer como os cachorros (fazem). Ele é preguiçoso tal qual o irmão (é). Outras: assim como, tal como, como se, (tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, que nem, mais/menos...que etc.

Consecutivas: introduzem uma oração que expressa consequência da principal. A dor era tanta que a moça desmaiou. Estudou excessivamente, de modo que ficou louco. Outras: de sorte que, de forma que, de jeito que, sem que (= de modo que não), que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.

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Conjunções Subordinativas Integrantes

Introduzem uma oração - chamada de substantiva - que pode exercer as mesmas funções dos substantivos: sujeito, objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto e complemento nominal de outra oração. As conjunções subordinativas integrantes são: que: usa-se quando o verbo exprime uma certeza. se: usa-se quando o verbo exprime uma possibilidade.

Afirmo que sou inteligente. (Afirmo ISSO) Espero que você não demore. (Espero ISSO) Não sei se existe céu ou inferno. (Não sei ISSO)

Uma forma de identificar o se e o que sendo empregados como conjunção integrante é substituí-los por "ISSO", conforme os exemplos acima.

OBS: O que define a classificação de uma conjunção é o sentido com que esta é empregada. Estudou muito e não foi aprovado. (e = mas = conjunção adversativa) Esfrega que esfrega, mas a mancha não sai. (que = e = conjunção aditiva) Diga-lhe que não irei. (que = ISSO = conjunção integrante) Onde estavas, que não te vi?

(que = de modo que = conjunção consecutiva)

Interjeição ↑ Sumário

Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito; ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo entendimento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas.

A compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto em que ela aparece. Quando a interjeição é expressa por mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva. Interjeições e locuções interjetivas podem expressar:

• Alegria: oh!, ah!, oba!, viva!

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• Dor: ai!, ui! • Espanto, surpresa: oh!, ah!, ih!, opa!, céus!, puxa!, porra!, chi!, gente!, hem?!, uai!, meu Deus! ora bolas! • Chamamento: olá!, alô!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó! • Medo: uh!, ai!, credo!, cruzes!, cruz credo! • Desejo: tomara!, oxalá!, queira Deus!, se Deus quiser! quem me dera! • Pedido de silêncio: psiu!, quieto!, bico fechado! • Estímulo: avante!, firme!, toca! • Alívio: ufa!, uf!, safa! • Decepção: aff! valha-me Deus! • Afugentamento: xô!, fora!, rua!, toca!, passa!, arreda!

OBS: A interjeição é considerada palavra-frase, caracterizando-se como uma estrutura à parte. Não desempenha função sintática.

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37) Ortografia ↑ Sumário

EO EI (espontâneo – espontaneidade)

IO EI (sério – seriedade)

OAR / UAR E (perdoar – perdoe continuar – continue)

AIR / OER /UIR I ( atrair – atrai doer – doi possuir – possui)

EAR (penteio- penteias – penteia- penteamos – penteais – penteiam

MARIO (mediar – ansiar - remediar – intermediar incendiar - odiar) = verbo odiar

Caso x / ch

1) x / ch nas palavras provenientes do latim: 1.1) Emprego do ch: Ao passar do latim para o português, as sequências "cl", "pl" e "fl", transformaram-se em "ch": afflare > achar flagrare > cheirar flamma > chama caplu > cacho clamare > chamar claven > chave masclu > macho planus > chão plenus > cheio plorare > chorar plumbum > chumbo pluvia > chuva 1.2) Emprego do x: a) Proveniente do x latino: exaguare > enxaguar examen > exame

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laxare > deixar luxu > luxo b) Palatização do S em grupos como ssi ou sce: miscere > mexer passione > paixão pisce > peixe

2) Emprega-se a letra x: x1) Após ditongo: ameixa caixa

peixe

Exceções: recauchutar (do francês recaoutchouter)

guache (do francês gouache) caucho (espécie de árvore. Tem origem na palavra cauchu "lágrimas da árvore", é de um

idioma indígena, mas está em nossa ortografia oficial)

x2) Em palavras iniciadas por ME: Mexerica México Mexilhão Mexer

Exceção: mecha (de cabelos), que tem sua origem no fracês mèche. Não confundir com a forma verbal "mexa" do verbo mexer, que deve ser grafada com x. X3) Em palavras iniciadas por EN:

Enxada Enxerto Enxurrada

Exceção1: enchova (regionalismo de anchova, que origina-se do genovês anciua); Exceção2: Palavras formadas por prefixação de en + radical com ch: enchente, encher e derivados = prefixo en + radical de cheio; encharcar = en + radical de charco; enchiqueirar = en + radical de chiqueiro; enchapelar = en + radical de chapéu; enchumaçar = en + radical de chumaço x4) Em palavras com origem Tupi. As mais conhecidas são:

Araxá - lugar alto onde primeiro se avista o sol. Abacaxi - de yá, ou ywa (fruta), e katy (que recende, cheira);

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Capixaba - roça, roçado, terra limpa para plantação. Caxumba Pataxó - tribo. Queixada - “o que corta”. Xará - de xe rera, "meu nome". Xavante - tribo. Xaxim - do tupi-guarani Xá = cachoeira, Xim = pequena. Ximaana – tribo. Xingu - água boa, água limpa, na língua Kamayurá.

Exceção: Chapecó – Cidade de SC. Derivação do tupi Xapecó (de donde se avista o caminho da roça). x5) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são:

Almoxarife Almoxarifado Elixir (al-Axir) Enxaqueca (xaqiqa - meia cabeça) Haxixe (hashish - maconha) Oxalá (in sha allah ou inshallah - se Deus quiser) Xarope Xadrez (xatranj) Xarope (xarab - bebida, poção) Xeque Xeque-mate

Exceções:

Alcachofra (Alkharshof - fruto do cardo manso) Chafariz

x6) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são:

Afoxé Axé Borocoxô Exu Fuxico Maxixe Orixá Xendengue (magro, franzino) Xangô (Xa - Senhor; Ag + No - Fogo Oculto; Gô = Raio, Alma) Xaxado Xingar XinXim Xodó

Exceções:

Cachimbo (kixima) Cachaça Cochicho Cochilar Chilique

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3) Emprega-se ch: ch1) Em palavras com origem francesa. As mais conhecidas são:

Avalanche (Avalónch) Cachê (Cachet) Cachecol (Cacher) Chalé (Chalet) Chassi (Chânssis) Champanhe (Champagne) Champignon (Champignon) Chantilly (Chantilly) Chance (Chance) Chapéu (Chapeau) Chantagem (Chantage) Charme (Charme) Chefe (Chef) Chique (Chic) Chofer (Chauffeur) Clichê (Cliché) Creche (Crèche) Crochê (Crochet) Debochar (Débaucher) Fetiche (Fétiche) Guichê (Guichet) Manchete (Manchette) Pochete (Pochette) Revanche (Revanche) Voucher (Vocher)

Caso g / j 1) Palavras provenientes do latim e do grego: 1.1) O g português representa geralmente o g latino ou grego: a) Latim: agere > agir agitare > agitar digit(i) (raiz) > digitar gestu > gesto gelu > gelo liturgia > liturgia tegella > tigela Magia < Magia (latim) < Mageia (grego) < Magush (persa) b) Grego: eksegesis > exegese gymnastics > ginástica hégemonikós > hegemônico

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logiké > lógico synlogismos > sologismo

Exceção: aggelos > anjo (angeolatria é com g) 1.2) Não há j no grego e no latim clássico. O j provém: a) Da consonantização do I semiconsoante latino: iactu > jeito iam > já iocus > jogo maiestate > majestade b) Da palatalização do S + I, ou do grupo DI + Vogal: basiu > beijo casiu > queijo hodie > hoje radiare > rajar 2) Emprega-se a letra g: g1) Nas palavras derivadas de outras grafadas com g:

engessar (de gesso) faringite (de faringe) selvageria (de selvagem)

Exceção: coragem (fr. courage) => corajoso, encorajar

g2) Nas palavras terminadas em ágio, égio, ígio, ógio, úgio:

pedágio sacrilégio prestígio relógio refúgio

g3) Os substantivos terminados em gem:

viagem coragem ferrugem

Exceção:

pajem lambujem

g4) Nos verbos terminados em ger e gir:

eleger mugir

g5) Em geral, após R:

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aspergir divergir submergir

3) Emprega-se a letra j: j1) Nas palavras derivadas de outras grafadas com j:

sarjeta (de sarja) lojista (de loja) canjica (de canja) sarjeta (de sarja) gorjeta (de gorja)

j2) Nos verbos terminados em jar:

viajar encorajar enferrujar

j3) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são:

alforje (al hurj <sacola>) azulejo (azzelij) berinjela (badanjanah) javali (djabali) jaleco (jalikah) jarra (djarrah) laranja (narandja)

Exceções:

álgebra (al-jabr) algema (al jamad <a pulseira>) giz (jibs) girafa (zarâfa (AR.) ->giraffa (IT.) -> girafa (PT.))

j4) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são:

beiju cajá caju canjica carijó guarajuba itajuba itajaí jequiriti jequitibá jerimum jibóia (cobra d’água). jumana (tribo). jurubeba (planta espinhosa e fruta tida como medicinal). jenipapo jururu maracujá marajó mucujê pajé

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Ubirajara Exceção: Sergipe J5) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são:

acarajé Iemanjá jabá jagunço jererê (cigarro de maconha) jiló jurema

Exceções:

bugiganga ginga

Caso c ou ç / s ou ss

O c tem o valor de /s/ com as vogais E e I. Antes de A, O e U usa-se ç. acetato ácido açafrão aço açúcar

Depois de consoante usa-se s. Entre vogais, usa-se ss:

manso concurso expulso prosseguir girassol pessoa

s1) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERGIR, CORRER, PELIR:

aspergir = aspersão compelir = compulsório concorrer = concurso discorrer = discurso expelir = expulsão, expulso imergir = imersão impelir = impulsão, impulso

s2) Verbos terminados em DAR – DER – DIR – TER – TIR – MIR recebem s quando há perda das letras “D – T – M”em suas derivações:

circuncidar (circumcidere) = circuncisão, circunciso ascender (ascendere) = ascensão suceder (succedere) = sucessão / sucesso expandir (expandere) = expansão / expansível iludir (illudere) = ilusão / ilusório progredir (progredere) = progressão / progressivo / progresso

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submeter (submittere) = submissão / submisso discutir (discutere) = discussão suprimir (supprimere) = supressão / supresso redimir (redimere) = remissão / remisso

Observe também a origem latina:

excluir (de excludere) = exclusão incluir (de includere) = inclusão...

c1) Verbos não terminados em DAR - DER - DIR - TER - TIR - MIR quando mudam o radical recebem ç:

agir = ação excetuar = exceção proteger = proteção promover = promoção

c2) Verbos que mantêm o radical recebem ç em derivações:

acomodar = acomodação consolidar = consolidação conter = contenção fundar = fundação fundir = fundição remir = remição reter = retenção saudar = saudação torcer = torção distorcer = distorção

Observe também a origem latina:

manter (manutenere) = manutenção nadar (natare) = natação

c3) Usa-se c ou ç após ditongo quando houver som de s: eleição traição foice

c4) Nos sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, iço, nça, uça, uço. barca = barcaça rico = ricaço cota = cotação aguço = aguçar merece = merecer carne = carniça canil = caniço esperar = esperança cara = carapuça dente = dentuço c5) Em palavras com origem árabe. As mais conhecidas são:

açafrão

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açoite açougue açude açúcar açucena alface alvoroço ceifa celeste cetim cifra

Exceção:

arsenal carmesim safra salada sultão

c6) Em palavras com origem tupi. As mais conhecidas são:

araçá açaí babaçu cacique caiçara camaçari cipó cupuaçu Iguaçu Iracema juçara maçaranduba maniçoba paçoca piaçava piraguaçu

Exceção (todas começam com som de s, menos cipó):

sabiá sagui saci samambaia sariguê savana Sergipe siri suçuarana sucuri sururu

c7) Em palavras com origem africana. As mais conhecidas são:

bagunça caçamba

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cachaça caçula cangaço jagunço lambança miçanga

Exceção (todas começam com som de s):

sapeca samba senzala serelepe songamonga sova (pancada)

Caso z / s

1) Emprega-se a letra s: s1) Em palavras derivadas de uma primitiva grafada com s:

análise = analisar, analisado pesquisa = pesquisar, pesquisado.

Exceção: catequese = catequizar. s2) Após ditongo quando houver som de z:

Creusa coisa maisena

s3) Na conjugação dos verbos PÔR e QUERER:

(Ele) pôs (Ele) quis (Nós) pusemos (Nós) quisemos (Se eu) puser (Se eu) quiser

s4) Em palavras terminadas em OSO, OSA (que significa “cheio de”):

horrorosa gostoso

Exceção: gozo s5) Nos sufixos gregos ASE, ESE, ISE, OSE:

frase tese crase crise osmose

Exceções: deslize e gaze.

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s6) Nos sufxos ÊS, ESA, ESIA e ISA, usados na formação de palavras que indicam nacionalidade, profissão, estado social, títulos honoríficos.

chinês chinesa camponês poetisa burguês burguesa freguesia Luísa Heloísa

Exceção: Juíza (por derivar do masculino juiz). z1) As terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:

escasso / escassez macio / maciez rígido / rigidez sensato / sensatez surdo / surdez avaro / avareza certo / certeza duro / dureza nobre / nobreza pobre / pobreza rico / riqueza

z2) Grafam-se com "z" as palavras derivadas com os sufixos "zada, zal, zarrão, zeiro, zinho, zito, zona, zorra, zudo". O "z", neste caso, é uma consoante de ligação com o infixo.

pazada cafezal homenzarrão açaizeiro papelzinho cãozito mãezona mãozorra pezudo

Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o "s"):

asa = asinha riso = risinho casa = casinha Inês = Inesita Teresa = Teresinha

z3) Em derivações resultando em verbos terminados com som de IZAR:

útil = utilizar terror = aterrorizar economia = economizar

Exceção (quando o radical das palavras de origem possuem o "s"):

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análise = analisar pesquisa = pesesquisar improviso = improvisar

Exceção da Exceção: catequese = catequizar.

Caso ex / es

1) Como regra geral, as palavras que em latim se iniciavam por ex mantiveram a mesma grafia ao passarem do latim clássico para o português.

expectorare > expectorar; expansione > expansão; expellere > expelir; experimentu > experimento; expiratione > expiração; extrinsecu > extrínseco;

extensione > extensão; Há, contudo, exceções. Algumas palavras que se escreviam com ex em latim evoluíram para es ao passar do latim vulgar para o português.

excusare > escusar; excavare > escavar; exprimere > espremer; extraneo > estranho; extendere > estender;

O verbo "estender”, por exemplo, entrou para o léxico no século 13, originária do latim vulgar, quando o “x” antes de consoante tornava-se “s”. O vocábulo “extensão” aparece no léxico de nossa língua no século 18 e teve sua origem no latim clássico (extensione), quando a regra era manter o “x” de sua origem (extensio). Tal como "extensão", escreve-se extenso, extensivo, extensibilidade, etc.

2) Já as palavras que se iniciavam por s em latim deram origem a derivados com es em português:

scapula > escápula; scrotu > escroto; spatula > espátula; spectru > espectro; speculare > especular; spiral > espiral; spontaneu > espontâneo; spuma > espuma; statura > estatura; sterile > estéril stertore > estertor; strutura > estrutura;

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Os termos médicos derivados de palavras gregas iniciadas por s também se escrevem com es em português. Ex:

escotoma esclerótica esfenoide esplâncnico estase estenose estroma

Um equívoco primário consiste na confusão entre estase (do gr. stásis, parada, estagnação) e êxtase (do gr. ekstásis - ek = fora de; stasis = estado, pelo latim extase). Também se deve distinguir estrato (do latim stratu), com o sentido de camada, de extrato (do latim extractu), aquilo que se extraiu de alguma coisa.

Caso sc

Utiliza-se SC em termos eruditos latinos, isto é, cuja etimologia manteve o radical latino: abscesso (abscessus); acrescer (accrescere); adolescente (adolescentis); aquiescer (acquiescere); ascender (ascendere); consciência (conscientia); crescer (crescere); descer (descendere); disciplina (disciplina); fascículo (fasciculus); fascinar (fascinare); florescer (florescere); lascivo (lascivu); nascer (nascere); oscilar (oscillare); obsceno (obscenus); rescindir (rescindere); víscera (viscus);

Caso c / qu e Forma Variantes

Existem palavras que podemos escrever com "c" e também com qu: catorze / quatorze cociente / quociente cota / quota cotidiano / quotidiano cotizar / quotizar

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E existem variantes aceitas para outras palavras: abdome e abdômen açoitar e açoutar afeminado e efeminado aluguel ou aluguer arrebitar e rebitar arremedar e remedar assoalho e soalho assobiar e assoviar

assoprar e soprar azalea e Azaléia bêbado e bêbedo bilhão e bilião bílis e bile bombo e bumbo bravo e brabo caatinga e catinga cãibra e câimbra carroçaria e carroceria catucar e cutucar chipanzé e chimpanzé coisa e cousa degelar e desgelar dependurar e pendurar derrubar e derribar desenxavido e desenxabido diabete e diabetes embaralhar e baralhar enfarte e infarto entretenimento e entretimento entoação e entonação enumerar e numerar espécime e espécimen espuma e escuma estalar e estralar este e leste (pontos cardeais) flauta e frauta flecha e frecha geringonça e gerigonça homogeneizar e homogenizar húmus e humo impingem e impigem imundícia, imundície e imundice intrincado e intricado lide e lida louro e loiro macaxeira e macaxera maltrapilho e maltrapido malvadeza e malvadez maquiagem e maquilagem marimbondo e maribondo matracar e matraquear

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mobiliar e mobilhar neblina e nebrina nenê e neném parênteses e parêntesis percentagem e porcentagem pitoresco, pinturesco e pintoresco plancha e prancha pólen e polem quadrênio e quatriênio quatrilhão e quatrilião radioatividade e radiatividade rastro e rasto relampear e relampejar remoinho e redemoinho salobra e salobre taberna e taverna tesoura e tesoira toicinho e toucinho transpassar, traspassar e trespassar transvestir e travestir treinar e trenar tríade e triada trilhão e trilião vasculhar e basculhar Xérox e Xerox xeretar e xeretear

Caso o / u

1) Usa-se o na grafia dos seguintes vocábulos: boteco botequim cortiço engolir goela mochila moela mosquito mágoa moleque nódoa tossir toalete zoar

2) Usa-se u na grafia dos seguintes vocábulos:

amuleto entupir jabuti mandíbula supetão

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tábua

Caso e / i 1) Os verbos terminados em -UIR e em -OER: No Presente do Indicativo, as 2ª e 3ª pessoas do singular são grafadas com I. Exemplo (verbo possuir):

tu possuis ele possui tu constróis ele constrói tu móis ele mói tu róis ele rói

2) Os verbos terminados em -UAR e em -OAR: No Presente do Subjuntivo, todas as pessoas da conjugação serão grafadas com e. Exemplo (verbo entoar):

Que eu entoe Que tu entoes Que ele entoe Que nós entoemos Que vós entoeis Que eles entoem

3) Todos os verbos que terminam em [-ear] (arrear, frear, alardear, amacear, passear...) fazem um ditongo [-ei-] no presente do indicativo e do subjuntivo nas formas rizotônicas (1ª, 2ª, 3ª do singular e 3ª do plural,):

PRESENTE DO INDICATIVO

PRETÉRITO PERFEITO

FUTURO PRESENTE DO SUBJUNTIVO

(que…)

Eu freio Eu freei Eu frearei Eu freie

Tu freias Tu freaste Tu frearás Tu freies

Ele freia Ele freou Ele freará Ele freie

Nós freamos Nós freamos Nós frearemos Nós freemos

Vós freais Vós freastes Vós freareis Vós freeis

Eles freiam Eles frearam Eles frearão Eles freiem

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4) Os verbos terminados em [-iar] (arriar, criar, odiar…) são regulares, exceto o (I)MARIO: (Inter)Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar, os quais são irregulares e formam ditongo [-ei-] nas formas rizotônicas: Observe a diferença entre Arriar (regular) e Mediar (irregular):

PRESENTE DO

INDICATIVO

PRESENTE DO

SUBJUNTIVO

(que…)

PRESENTE DO INTICATIVO

PRESENTE DO SUBJUNTIVO

(que…)

Eu arrio Eu arrie Eu medeio Eu medeie

Tu arrias Tu arries Tu medeias Tu medeies

Ele arria Ele arrie Ele medeia Ele medeie

Nós arriamos Nós arriemos Nós mediamos Nós mediemos

Vós arriais Vós arrieis Vós mediais Vós medieis

Eles arriam Eles arriem Eles medeiam Eles medeiem

Formação das Palavras

Para analisar a formação de uma palavra, deve-se procurar a origem dela. Caso seja formada por apenas um radical, diremos que foi formada por derivação; por dois ou mais radicais, composição. Os processos de formação de palavras são os seguintes:

Derivação: Formação de novas palavras a partir de apenas um radical.

Derivação Prefixal Acréscimo de um prefixo à palavra primitiva; também chamado de prefixação:

antepasto

reescrever infeliz

Derivação Sufixal Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva; também chamado de sufixação. felizmente

igualdade

florescer

A derivação sufixal pode ser: a) Nominal, formando nomes (substantivos e adjetivos). papel - papelaria (subs.) riso - risonho (adj.)

b) Verbal, formando verbos. atual - atualizar

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c) Adverbial, formando advérbios de modo. feliz - felizmente

Derivação Prefixal e Sufixal Acréscimo de um prefixo e de um sufixo independentes (prefixação e sufixação) feliz -> infeliz -> infelizmente -> felizmente

igual -> desigual -> desigualdade -> igualdade

flor -> florescer -> reflorescer

Derivação Parassintética

Acréscimo de um prefixo e de um sufixo, simultaneamente; também chamado de parassíntese. envernizar

enrijecer

anoitecer. OBS: Exemplo de modo de se estabelecer a diferença entre Derivação Prefixal e Sufixal e Derivação Parassintética: retire o prefixo de <envernizar>, não existe a palavra <vernizar>; agora, retire o sufixo: também não existe a palavra <enverniz>. Portanto, a palavra foi formada por Parassíntese.

Derivação Regressiva

É a mudança de uma classe gramatical para substantivo. Ocorre redução da palavra derivada. debater -> retira-se a desinência de infinitivo <r>: formou-se o substantivo debate.

Derivação Imprópria

É a formação de uma nova palavra pela mudança de classe gramatical. gelo: substantivo -> camisa gelo (adjetivo). claro: adjetivo -> ela fala claro (advérbio)

Composição: Formação de novas palavras a partir de dois ou mais radicais.

Composição por justaposição

Na união, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura. ponta + pé = pontapé. manda + chuva = mandachuva

rain + maker = rainmaker passa + tempo = passatempo

guarda + pó = guarda-pó.

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pé + de + moleque = pé-de-moleque

Composição por aglutinação

Na união, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura. água + ardente = aguardente

em + boa + hora = embora

plano + alto = planalto

Hibridismo

É a formação de novas palavras a partir da união de radicais de idiomas diferentes. automóvel => auto (grego) + móvel (latim) burocracia => buro (francês) + cracia (grego) surfista => surf (ingês) + ista (grego) sambódromo => samba (quibundo) + dromo (grego)

Onomatopéia: Consiste em criar palavras, tentando imitar sons da natureza. zunzumzum

cricricri tiquetaque

pingue-pongue.

Abreviação Vocabular

Consiste na eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter uma forma mais curta. telefone -> fone

fotografia -> foto

cinematografia -> cinema -> cine. embora -> bora -> bó.

Siglas

As siglas são formadas pela combinação das letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui um nome. IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano).

Neologismo semântico

Forma-se uma palavra por neologismo semântico, quando se dá um novo significado, somado ao que já existe: legal -> dentro da lei; a esse significado somamos outro: pessoa boa.

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Empréstimo linguístico

É o aportuguesamento de palavras estrangeiras; se a grafia da palavra não se modifica, deve ficar entre aspas. estresse

futebol bife

"show" "shopping center"

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35 Uso Dos Porquês ↑ Sumário

Por que: usa-se quando puder ser substituído por "pelo qual".

Dica 1: há duas palavras separadas e nenhum acento em "por que". Esta será substituída

também por duas palavras separadas e sem acento - pelo qual.

Essa é o apartamento POR QUE sempre ansiei.

Essa é o apartamento PELO QUAL sempre ansiei.

Dica 2: quando houver a possibilidade de acrescentar a palavra motivo, trocamos por pelo

qual ou por qual. Observe:

POR QUE ele não fez o exercício?

POR QUAL MOTIVO ele não fez o exercício?

Quero saber POR QUE ele não fez o exercício.

Quero saber POR QUAL MOTIVO ele não fez o exercício.

Porque: usa-se para substituir a conjunção "pois".

Dica 3: há somente uma palavra, sem acento; logo, a substituição se dará também por uma

palavra, sem acento. Usa-se em resposta.

Ela não comprou PORQUE não quis.

Ela não comprou POIS não quis.

Venha PORQUE gostamos de você.

Venha POIS gostamos de você.

Porquê: usa-se, quando puder ser substituído pela palavra Razão.

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Dica 4: há uma palavra e um acento. Já em "razão", existe uma palavra e um traço de

nasalidade (~).

Dê-me um PORQUÊ do seu atraso.

Dê-me uma RAZÃO do seu atraso.

Dica 5: há possibilidade de flexão, neste caso.

Não aceito mais seus irônicos PORQUÊS.

Não aceito mais suas irônicas RAZÕES.

Por quê: é empregado em um caso único - final de frase ou quando a expressão

estiver isolada. POR QUAL MOTIVO

Você não veio ontem, POR QUÊ?

Você reclama de tudo, POR QUÊ, meu filho?

Emprego dos Porquês

<POR QUE>

A forma <por que> é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo".

Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa. Por que você comprou este casaco?

Há casos em que <por que> representa a sequência: preposição (por) + pronome relativo (que), equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais).

Estes são os direitos por que estamos lutando. O túnel por que passamos existe há muitos anos.

<POR QUÊ>

Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada <por quê>, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico, e recebe acentuação segundo regra dos monossílabos tônicos terminados e A, E e O.

Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?

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Será deselegante se você perguntar novamente por quê!

<PORQUE>

A forma <porque> é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa.

Vou ao supermercado porque não temos mais frutas. Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar?

<PORQUÊ>

A forma <porquê> representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo).

Não consigo entender o porquê de sua ausência. Existem muitos porquês para justificar esta atitude. Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.

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NOVA ORTOGRAFIA

1. Para-estilhaços

2. Coocupação

3. Sub-raça

4. Pré-vestibular

5. Mal-estar

6. Vice-rei, pró-socialista

SABE O QUE ESSAS PALAVRAS TÊM EM COMUM???

Elas não se encaixam nas regrinhas GERAIS de uso do hífen ensinadas na nova ortografia...

pertencem à lista de casos ESPECIAIS (consulte o capítulo 2 da Gramática, por favor). Mas

que regrinhas gerais são essas? Veja a imagem abaixo:

Algumas Formas Variantes na Grafia e na Pronúncia Fique atento! acróbata ou acrobata / boêmia ou boemia / ambrósia ou ambrosia / hieróglifo ou hieroglifo / Oceânia ou Oceania / xerox ou xérox / zângão ou zangão / zênite ou zenite / autopsia ou autópsia / biopsia ou biópsia / necrópsia ou necropsia / ortoepia ou ortoépia / projétil ou projetil / réptil ou reptil / sóror ou soror / homília ou homilia / Madagáscar ou Madagascar / elétrodo ou eletrodo / anidrido ou anídrido / alópata ou alopata / transístor ou transistor / clitóris ou clítoris (...) Obs.: Segundo o VOLP, não existe “catéter” nem “uréter”, mas sim “cateter” e

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“ureter”. Cuidado com a grafia e com a pronúncia! Só de curiosidade: os nomes de pessoas (antropônimos) seguem as mesmas regras de acentuação gráfica e de ortografia. Não há diferença entre substantivo comum e substantivo próprio quanto às regras relativas à correta escrita das palavras. “Ah, mas o meu nome é Andreia, sem acento!” Parabéns! Antes da reforma ortográfica estava errado, mas agora está certo, por causa da regra dos ditongos abertos nas paroxítonas. “Ah, mas o meu nome é Fabio, sem acento!” Lamento! Está errado, pois paroxítonas terminadas em ditongo crescente são obrigatoriamente acentuadas! Deveria ser Fábio. Perdoe-me, Fábio! Regras para o Uso do Hífen Como já dito, o hífen (-) é um sinal gráfico usado normalmente para: • unir elementos de palavras compostas e unir prefixos (ou falsos prefixos) a radicais (bem-te-vi e sub-humano); • ligar verbos a pronomes (dir-me-ás); • separar sílabas de palavras (ca-sa-men-to). Vamos ao que interessa! Usa-se o hífen nas seguintes situações: 1) Nas palavras compostas em que os elementos da composição têm acentuação tônica própria e formam uma unidade significativa, sem elementos de 94/1611 ligação: arco-íris, segunda-feira, mesa-redonda, guarda-costas, beija-flor, bemte- vi, zum-zum-zum, reco-reco... Cuidado!!! 1) Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas (e derivados). 2) Não se usa o hífen em vocábulos com elementos de ligação: azeite de dendê, lua de mel, água de coco, mula sem cabeça, pé de mesa, calcanhar de Aquiles, pé de vento, cor de burro quando foge, café com leite, pão de ló, pão de milho, pé de moleque, dia a dia, corpo a corpo, ponto e vírgula, fim de semana, cabeça de bagre, bicho de sete cabeças, leva e traz... Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, ao deus-dará, à queima-roupa, pé-de-meia, pé-d’água, pau-d’alho, gota-d’água, cola-de-sapateiro, pão-de-leite. Além desses, há os vocábulos que designam espécies botânicas ou animais: andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, dente-deleão, olho-de-boi, pimenta-do-reino, cravo-da-índia, bico-de-papagio... Cuidado com cão de guarda (sem hífen)! 2) Com a partícula denotativa de designação eis seguida de pronome pessoal átono: eis-me, eis-vos, eis-nos, ei-lo (com a queda do s)... 3) Nos adjetivos compostos: surdo-mudo, nova-iorquino, verde-amarelo...Vale ressaltar que o hífen é obrigatório quando se unem dois vocábulos gentílicos ou pátrios: indo-europeu, luso-brasileiro, sino-americano, euro-asiático...

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4) Na união de prefixos (ante, anti, arqui, auto, circum, contra, entre, extra, hiper, infra, inter, intra, semi, sobre, sub, super, supra, ultra…) e falsos prefixos (aero, foto, macro, maxi, micro, mini, neo, pan, proto, pseudo, retro, tele…): auto-hipnose, micro-ônibus e pan-negritude, por exemplo. Veja mais abaixo. O Acordo Ortográfico de 1990 (que só foi assinado em setembro de 2008) visou simplificar o emprego do hífen. Caso queira saber mais, consulte a Academia Brasileira de Letras: www.academia.org.br. Há uma parte no site que traz o derradeiro VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa). Eu me baseei 95/1611 principalmente nele, pois é a autoridade máxima quanto à grafia das palavras. As lições que seguem refletem a nova ortografia. Basicamente, são duas as regras (chamadas de regra geral!) para emprego do hífen com prefixos: • Por via de regra, quando o segundo elemento iniciar por H: pré-história, super- homem, mal-humorado, mega-homenagem... • Quando as letras no fim do prefixo e no início da palavra forem iguais: anti-inflamatório (antes era sem hífen), micro-ondas (antes era sem hífen), hiperrealismo, sub-bairro... Reitero que qualquer prefixo (ou falso prefixo) que, porventura, não for mencionado segue a regra geral, beleza? ABL RESPONDE Pergunta: Olá. Qual é a diferença entre prefixo e falso prefixo? Poderiam justificar com alguns exemplos práticos? Muito agradecido! Resposta: Os prefixos são partículas que se acrescentam ao início do radical de um vocábulo da língua. Ex.: contra-ataque, bilateral, reescrever, transpor. Já o falso prefixo é um radical, grego ou latino, que se coloca no início da palavra, acrescentando-lhe o seu significado. Ex.: videoarte, pseudocaule, microssistema, sociologia, micro-ondas. De nada, disponha. Quer um conselho? Não entre na paranoia de querer decorar tudo! Vá devagar, sem pressa, assimilando aos poucos, até porque o assunto não aparece quase em prova nenhuma. Vejamos com mais profundidade agora. Prefixo terminado em vogal • Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo... • Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo... • Sem hífen diante de r e s, dobram-se essas letras: corréu, antirracismo, contrarreforma, antissocial, ultrassom, pseudossábio... 96/1611 • Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas, ultraaquecido, semi-inconsciência... Prefixo terminado em consoante • Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário... • Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico... • Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante... Algumas Observações Importantes

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1) Com o prefixo sub, além de b, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça, sub-reitor, sub-reptício, sub-bairro etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano (o VOLP registra sub-humano), subumanidade. 2) Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-meridiano, circum-navegação, pan-americano etc. 3) O prefixo co aglutina-se sempre com o segundo elemento: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante, coautor, coerdeiro, cosseno, coóspede. 4) Com os prefixos vice, vizo, grã, grão, além, aquém, ex (anterior), recém, sem, soto(a), para (exceto paraquedas e derivados dele), usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante, vizo-reinado, grã-duquesa, grão-mestre, além-mar (mas Alentejo, cidade de Portugal), aquém-mar, ex-aluno, recém-casado, sem-terra (mas sensabor, sem hífen), soto-pôr, sota-general, para-raios... 5) Não se usa nunca hífen com o prefixo re: reescrever, reescrita... 6) Com os prefixos in- e des- junto com palavras iniciadas por h, esta consoante “cai” e não se emprega hífen: inabilidade, desumano... 7) Na formação de palavras com ab, ob, ad e sob, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r: ad-digital, ad-renal (ou adrenal), ob-rogar, ab-rogar, sob-rojar... 8) Com mal, usa-se o hífen apenas quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l: mal-estar, mal-humorado, mal-limpo...; quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação: mal-francês; se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen: mal de lázaro, mal de sete 97/1611 dias. Exceção: mal-bruto. Vale ainda dizer que malcriação e má-criação são formas corretas. 9) Com bem, usa-se o hífen diante das vogais a, e, i, o e das consoantes b, c, d, f, h, m, n, p, q, s, t, v: bem-amado, bem-encarado, bem-intencionado, bemouvido, bem-bom, bem-criado, bem-ditoso, bem-falante, bem-humorado, bem-mandado, bem-nascido, bem-parado, bem-querer, bem-soante, bemsucedido (antônimo: malsucedido), bem-talhado, bem-visto, bem-vindo... Cuidado com estas palavras: benfazer (o VOLP ainda registra o bemfazer), benfeito, benfeitor, benfeitoria e benfazejo. Benquerer (o VOLP ainda registra o bem-querer), benquisto, benquerença (o VOLP ainda registra o bem-querença). Bendizer (o VOLP ainda registra bem-dizer), bendito (mas bem-ditoso, segundo o VOLP). Sublinho o “bemposta”, sem hífen, segundo o VOLP. 10) Os prefixos pós, pré e pró (tônicos) unem-se por hífen a quaisquer palavras: pós-adolescência, pós-simbolismo, pré-vestibular, pré-simbolismo, pró-ativo (ou proativo), pró-russo...; se a pronúncia do prefixo for átona, não há hífen: poscefálico, posfácio, pospor, prealegar, preanunciar, precondição,

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preconceito, predeterminar, predizer, preeminente, preestabelecer, preestipulado, preexistir, prejulgar, prenome, pré-requisito/prerrequisito (segundo o VOLP), pressupor, prever, procônsul, procriar, pronome, propor... consulte o VOLP, sempre. 11) Os vocábulos quase e não, funcionando como prefixos, dispensam o hífen: quase crime, quase posse, não conformismo, não pagamento... 12) Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani (açu, guaçu e mirim): amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 13) Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo. 14) As palavras e expressões “tão só, tão somente, à toa” ficam sem hífen agora. 15) A presença ou a ausência do hífen têm implicações semânticas e morfológicas em muitas palavras: dente-de-leão, bico-de-papagaio, má-criação... Exemplo: “Já viu um dente de leão? É curioso... e grande.” (aqui se está falando sobre o dente do animal leão, mas, se estivesse com hífen – dente-de-leão – seria uma planta, o que mudaria substancialmente o sentido da frase). 98/1611 Veja outro exemplo: “Sua má-criação (ou malcriação) não vai levá-lo a lugar algum nessa vida!” (má-criação é um substantivo composto). Agora: “A má criação das crianças pode levá-las a um desvio de conduta.” (má criação é um adjetivo + um substantivo). Interessante, não?

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DICAS COMO A CESPE COBRA!!! ↑ Sumário

PAG. 8 QUESTÃO 5

*** CUIDADO “prejuízo” a assertiva está errada , mas a questão está CERTA.

assertiva está certa, questão “ERRADO”

“está certa a afirmação” assertiva certa, questão “CERTA”

Assertiva errada, questão “ERRADA”

Acentuação gráfica

Mesma regra proparoxítona

Pronome

diferenciação entre pronome relativo (a qual) e conjunção integrante (isso)

pronome “que” , a quem ele retoma ,

pronome aqueles é suj. dos verbos “aqueles /que lerão / nem sempre têm...”- o suj.

de têm “aqueles”, o suj. lerão “que” **o pronome relativo retoma “aqueles”

assertiva (ERRADO)

“FALOU” SUJEITO “ QUE + verbo” sujeito do verbo é o pronome relativo“que”

pronome relativo “onde” para “no qual” ou “em que” (certo)

aonde = a que / donde = de que / onde = em que

retirar o “em “ na frase “a realidade em que vivemos”

OBS. : Para a correção gramatical está correta o verbo viver pode ser viver em uma

realidade ou viver uma realidade, mas muda o sentido sintático do verbo (relação

sintático-semântico)

pronome “ele”, retomada e coesão (tal palavra retoma outra)

colocação pronominal (se) início de frase ou com palavra atrativa CAP-QUE

pronome possessivo não concorda com o referente, mas com a palavra que vem

depois = cujo

(João saiu com sua mãe)

Verbo

Verbo haver impessoal (sentido de existir) VTD quando substituído por existir =

concorda com o sujeito o OD vira sujeito da oração.

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Ter com sentido de haver (impessoal)

Equivalência de estrutura Verbal 11

Conjunções

Troca conjunção “na medida em que” (causa) por “à medida que” (proporção)

Sentido palavras

Extraordinária (grande) e (de forma eventual)

Coesão e coerência

quando cobrada a correlação verbal do tempo verbal, é cobrado tão somente

a devida correlação e não a semântica do texto. (verificar se os verbos estão

no mesmo tempo verbal)

Reescritura de frase

Concordância verbal

Com conectores coordenadas

Colocação das vírgulas

Identificação sujeito com PA E PIS

Frase na passiva analítica para sintética (concordância verbal )

Infinitivo x flexão ( de locução verbal verbo principal da locução não pode ser

flexionado)

Quando se desloca uma oração adverbial cuidado com a referência textual da oração

a que se refere. Observar a que verbo ela está se referindo.

Muda a referencia muda o sentido (não muda a correção gramatical)

Vírgulas

Separando apostos explicativos

Oração subordinada antecipada da principal

Vírgulas em elemento adverbiais Obs. Justifica a colocação da vírgula (deslocada)

certo quando a explicação não contradiz a sua necessidade.

Quando CESPE cobra para deslocar uma oração adverbial, a vírgula obrigatória e

cuidado com o sentido quanto a referência textual.

Interpretação Texto (tem que estar correta em relação ao textoe não em relação

ao consenso da sociedade.)

Contradição (dá uma outra justificativa)

Análise textual (caráter informativo; trechos narrativos)

Compreensão do Texto = aposto + afirmação encontrada no texto

Inferência Simples (serão consideradas alternativas incorretas em relação ao texto

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Aquelas que

- extrapolarem,(podem estar corretas mas não está contido no texto)

- limitarem

- contradizerem,

- parciais (opinião do elaborador da prova) , ou

- não abordarem o texto)

Correspondência oficial

Pronome de tratamento (Vossa Senhoria)

Fecho (respeitosamente)

Concisão (máximo de informação com mínimo de palavras)

Ofício é a correspondência indicado para particulares.