8

Click here to load reader

01 semin+â írio penal ii

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 01 semin+â írio penal ii

PENAL II

Seminário — Exercício de preparação

Identificar conceitos:

Antecedente

Análise da vida regressa do indivíduo- se ele já possui uma condenação com

trânsito em julgado - Esta análise é feita através da Certidão de antecedentes

criminais, emitida pelo juiz; ou pela Folha de antecedentes criminais, emitida pela

Polícia civil.

Bem juridicamente tutelado pelo direito penal

O bem jurídico-penal, por seu turno, compreende os bens existenciais (pessoais)

valorados positivamente pelo Direito e protegidos dentro e nos limites de uma

determinada relação social conflitiva por uma norma penal (bem jurídico-penal =

bem existencial + valoração positiva + tutela por uma norma penal). Sendo certo

que a norma penal somente tutela o bem no contexto de uma relação conflitiva.

Bis in idem

Duas vezes a mesma coisa, repetição. Incidência duas vezes sobre a mesma coisa.

Quando se valora duas vezes uma mesma coisa.

Causa de aumento de pena

São quantidades estipuladas depois de ter a pena base, já estão indicadas na

parte geral e/ou na parte especial, não são circunstancias judiciais nem legais, são

apenas quantidades que aumentam a pena, por exemplo, se no crime houver

determinada condita aumenta-se de 1/5 a um 1/3 a pena e etc.

Concurso material de crimes

Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois

ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas

de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas

de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela.

§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena

privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será

incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código.

§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá

simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais.

Conduta atípica

É aquela que não está descrita em lei, assim sendo não existe punição para tal.

Conduta social do réu

Diz respeito ao comportamento e relacionamento do infrator com os membros do

seu grupo familiar e da comuna em que vive. Circunstancia judicial.

Conduta típica

É aquela que é provida de dolo ou culpa, descrita em lei e que pode ser punida.

Consumação

Art.14, I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição

legal. Ou seja, quando o agente chega ao seu objetivo, o resultado esperado.

Continuidade delitiva

Crime em que o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou

mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de

Page 2: 01 semin+â írio penal ii

execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como

continuação do primeiro.

Crime de mera conduta

É aquele em que a lei descreve apenas uma conduta, e não um resultado. Sendo

assim, o delito consuma-se no exato momento em que a conduta é praticada.

Pode-se citar como exemplo o crime de violação de domicílio, previsto no artigo

150, do Código Penal, em que a lei tipifica a conduta de ingressar ou permanecer

em domicílio alheio sem autorização do morador, independente da ocorrência de

qualquer resultado naturalístico.

Crime fim

É aquele objetivado desde o inicio pelo agente, mas que para ter sido alcançado

necessitou da pratica de outro delito.

Crime formal

Quando a intenção do agente é presumida de seu próprio ato, que se considera

consumado independentemente do resultado.

Crime material

É aquele que o tipo penal descreve a conduta e o resultado e para sua

consumação é necessário que se produza o resultado.

Crime meio

É aquele praticado visando a realização de um crime fim posteriormente. É um

crime meio para realização de um crime fim.

Culpabilidade

Será o grau de reprovabilidade que se lhe pode atribuir em função das suas

condições pessoais e da situação fática em que se verificou a conduta danosa e

em relação à qual lhe era possível exigir procedimento diverso.

Delito autônomo

O crime autônomo é aquele que tem conexao com o fundamental ou básico, mas

descreve um crime independente, com elementares próprias, se caracteriza como

aquele tipo que, possuindo todos os dados do tipo principal e mais outros

especializantes, é erigido pelo legislador à condição de tipo distinto daquele, e não

mera qualificadora ou causa de aumento/diminuição da pena. A sua tipicidade

deixa de ser derivada e passa a ser, autônoma. Um exemplo de crime autônomo é

a associação para o tráfico que é uma modalidade especial de quadrilha ou

bando (art. 288 do CP), porém, com algumas diferenças, a saber, exigem-se duas

pessoas para que seja configurada a associação para o tráfico e quatro para o

delito de quadrilha ou bando.

Dogmática penal

Complexo de normas jurídico-penais vigentes em um Estado. Assim chamada

porque a norma atua como dogma, isto é, imperativo indeclinável, e como tal o

respectivo preceito precisa ser acatado. O mesmo que Direito Penal positivo.

Dosimetria da pena

A dosimetria (cálculo) da pena é o momento em que o Estado – detentor do direito

de punir (jus puniendi) – através do Poder Judiciário, comina ao indivíduo que

delinque a sanção que reflete a reprovação estatal do crime cometido.

O Código Penal Brasileiro, em sua parte especial, estabelece a chamada pena em

abstrato, que nada mais é do que um limite mínimo e um limite máximo para a

Page 3: 01 semin+â írio penal ii

pena de um crime (Exemplo: Artigo 121. Matar Alguém: Pena: Reclusão de seis

a vinte anos).

A dosimetria da pena se dá somente mediante sentença condenatória.

A dosimetria atende ao sistema trifásico estabelecido no artigo 68 do Código Penal,

ou seja, atendendo a três fases:

1. Fixação da Pena Base; A primeira fase consiste na fixação da pena base; Isso

se dá pela análise e valoração subjetiva de oito circunstâncias judiciais. São

elas:

Culpabilidade (valoração da culpa ou dolo do agente);

Antecedentes criminais (Análise da vida regressa do indivíduo- se ele já

possui uma condenação com trânsito em julgado - Esta análise é feita

através da Certidão de antecedentes criminais, emitida pelo juiz; ou pela

Folha de antecedentes criminais, emitida pela Polícia civil);

Conduta social (Relacionamento do indivíduo com a família, trabalho e

sociedade. Pode –se presumir pela FAC ou pela CAC);

Personalidade do agente (Se o indivíduo possui personalidade voltada

para o crime);

Motivos (Motivo mediato);

Circunstâncias do crime (modo pelo qual o crime se deu);

Consequências (além do fato contido na lei);

Comportamento da vítima (Esta nem sempre é valorada, pois na maioria

das vezes a vítima não contribui para o crime).

2. Análise das circunstâncias atenuantes e agravantes;

3. Análise das causas de diminuição e de aumento;

Entendimento doutrinário

Aquele embasado nos entendimentos dos doutrinadores de direito.

Entendimento jurisprudencial

Aqueles que são embasados em decisões de tribunais.

Exaurimento

O exaurimento ocorre quando o agente alcança, de maneira efetiva, o objetivo

que motivou a sua conduta delituosa. Em alguns casos, o delito depois de

consumado tem um desenvolvimento posterior, suscetível de provocar um novo

dano, até que o agente atinja o objetivo que se havia proposto, quando então se

considera o delito exaurido

Extinção da punibilidade

A extinção da punibilidade é a perda do direito do Estado de punir o agente autor

de fato típico e ilícito, ou seja, é a perda do direito de impor sanção penal. As

causas de extinção da punibilidade estão espalhadas no ordenamento jurídico

brasileiro.

Iter criminis

Trajetória, caminho, percurso da infração penal. Compreende quatro fases, desde o

momento em que o agente idealiza cometer o ilícito até a respectiva consumação.

Cogitação (cogitatio), momento de simples imaginação do delito. Preparação

(conatus remotus), momento em que o sujeito ativo reúne os elementos necessários

à prática da ação criminosa. Execução (conatus proximus), realização da ação

típica. Consumação (meta optata), reunião de todos os elementos da definição

legal da infração.

Page 4: 01 semin+â írio penal ii

Livramento Condicional

Benefício concedido ao condenado à reclusão ou detenção superior a três anos,

desde que cumprida mais da metade da pena, se o criminoso é primário, e mais de

três quartos, se reincidente. O juiz fixa as condições a serem observadas no

respectivo período e o condenado é restituído à liberdade; se, no respectivo

período, não der causa à revogação do benefício, extingue-se a punibilidade. O

livramento é concedido mediante parecer do Conselho Penitenciário.

Materialidade criminosa

Existência material do fato. Existência real do acontecimento. Fato efetivamente

ocorrido. A simples constatação da materialidade do fato não é suficiente para

uma condenação criminal, se este fato não for típico, antijurídico, culpável e

punido, se a autoria não está determinada, se não houver provas suficientes para

tanto, se não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal ou existir

circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena.

Medida de segurança

Não Pena, A medida de segurança é tratamento a que deve ser submetido o autor

de crime com o fim de curá-lo ou, no caso de tratar-se de portador de doença

mental incurável, de torná-lo apto a conviver em sociedade sem voltar a delinqüir.

O prazo mínimo deve ser estabelecido pelo Juiz que aplica a medida de

segurança: é de um a três anos.

Pena acessória

Sanção extrapenal que por força de lei, e independentemente de dicção pelo juiz,

automaticamente se acrescenta à condenação penal. As penas acessórias

constituem restrições ao exercício de direitos civis, ou políticos. Têm... como

pressuposto a aplicação de uma pena principal. Visam impedir que o condenado,

em virtude da natureza.

Pena restritiva de direitos

Está é uma pena alternativa consistente na restrição ao exercício de direito que

não a liberdade. As penas restritivas de direitos são autônomas (e não acessórias) e

substitutivas (não podem ser cumuladas com penas privativas de liberdade);

também não podem ser suspensas nem substituídas por multa. Prestação

Pecuniária; Perda de Bens e Valores; Prestação de Serviço à Comunidade ou a

Entidades Públicas; Interdição Temporária de Direitos; Limitação de Fim de Semana.

Personalidade do agente

Implica nas qualidades pessoais e na maneira de ser que permitem individualizar o

sujeito, resultando o seu comportamento habitual, social e moral. Partindo do perfil

da personalidade do réu terá o Juiz condições de melhor entender o fato delituoso

no conjunto da história pessoal daquele.

Política criminal

A Política criminal é vista como “conjunto sistemático de princípios e regras através

dos quais o Estado promove a luta de prevenção e repressão das infrações penais.”

Pretensão executória

O direito-dever de executar a sentença contra o condenado.

Pretensão punitiva

Compõe, portanto, essa pretensão, o próprio direito de punir, situando-se no plano

intersubjetivo deste, e dentro da relação jurídico-penal que se forma após a prática

do crime.

Page 5: 01 semin+â írio penal ii

Princípio da consunção ou da absorção

Aplicável nos casos em que há uma sucessão de condutas com existência de um

nexo de dependência. De acordo com tal princípio o crime fim absorve o crime

meio.

Princípio da insignificância

O princípio da insignificância tem o sentido de excluir ou de afastar a própria

tipicidade penal, ou seja, não considera o ato praticado como um crime, por isso,

sua aplicação resulta na absolvição do réu e não apenas na diminuição e

substituição da pena ou na sua não aplicação. Para ser utilizado, faz-se necessária

a presença de certos requisitos, tais como: (a) a mínima ofensividade da conduta

do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau

de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão jurídica

provocada (exemplo: o furto de algo de baixo valor). Sua aplicação decorre no

sentido de que o direito penal não se deve ocupar de condutas que produzam

resultado cujo desvalor - por não importar em lesão significativa a bens jurídicos

relevantes - não represente, por isso mesmo, prejuízo importante, seja ao titular do

bem jurídico tutelado, seja à integridade da própria ordem social.

Princípio da proporcionalidade

Modalidade indicadora de que a severidade da sanção deve corresponder a

maior ou menor gravidade da infração penal. Quanto mais grave o ilícito, mais

severa deve ser a pena. A idéia foi defendida por Beccaria em seu livro Dos Delitos

e das Penas e é aceita pelos sectários das teorias relativas quanto aos fins e

fundamentos da pena.

Princípio da razoabilidade

O princípio da proporcionalidade integra uma exigência ínsita ao Estado

Democrático de Direito enquanto tal, que impõe a proteção do indivíduo contra

intervenções estatais desnecessárias ou excessivas, que causem aos cidadãos

danos mais graves que o indispensável para a proteção dos interesses públicos.

Progressão de regime prisional

Lei de Execuções Penais Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em

forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser

determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena

no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo

diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.

Consiste na transferência do condenado do regime mais gravoso a outro menos

severo, quando este demonstrar condições de adaptação ao regime prisional mais

suave. Importante lembrar que, os condenados por crimes hediondos terão de

cumprir 2/5 da pena, se primários, e 3/5, se reincidentes, para ter o benefício da

progressão (art. 2º, § 2º da Lei nº 8.072/90).

Reincidência

Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar

em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por

crime anterior.

Sanção penal

Sanção é a pena, condenação, dada ao infrator de uma norma, após o processo

legal onde o autor é julgado. A sanção tem como objetivo a reeducação, a

ressocialização da pessoa ao mundo e o seu castigo.

Substituição da pena

Page 6: 01 semin+â írio penal ii

As penas restritivas de direitos são sanções penais impostas em substituição à pena

privativa de liberdade e consistem na supressão ou diminuição de um ou mais

direitos do condenado.

São requisitos para a substituição:

a) Se o crime for doloso, pena imposta não superior a 4 anos e crime cometido sem

violência ou grave ameaça a pessoa. Com relação ao crime culposo, cabe a

substituição, não importando a pena aplicada.

Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de

liberdade, quando:

I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não

for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a

pena aplicada, se o crime for culposo;

(...)

b) Não reincidência em crime doloso.

Art. 44, II - o réu não for reincidente em crime doloso;

Vale dizer, o artigo 44, 3º permite a substituição desde que não se trate de

reincidência específica, sendo a medida recomendável.

Art. 44, 3º Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a substituição,

desde que, em face de condenação anterior, a medida seja socialmente

recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do

mesmo crime.

c) A substituição deve ser suficiente para retribuir o crime e prevenir futura

reincidência.

Art. 44, III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade

do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa

substituição seja suficiente.

Suspensão da execução de pena

Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos,

poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que:

I - o condenado não seja reincidente em crime doloso;

II.- a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente,

bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;

III - não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código;

§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do

benefício.

§ 2º - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 4 (quatro) anos,

poderá ser suspensa, por 4 (quatro) a 6 (seis) anos, desde que o condenado seja

maior de 70 (setenta) anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão

(redação da Lei nº 9.7l4/98).

Art. 78 – Durante o prazo de suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e

ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz.

§ 1º - No primeiro ano de prazo, deverá o condenado prestar serviço à

comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48).

2º - Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e

se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz

Page 7: 01 semin+â írio penal ii

poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições,

aplicadas cumulativamente:

a) proibição de freqüentar determinados lugares;

b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz;

c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e

justificar suas atividades.

Art. 79 – A sentença poderá especificar outras condições a que fica subordinada a

suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do condenado.

Art. 80 – A suspensão não se estende às penas restritivas de direitos nem à multa.

Art. 81 – A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário:

I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso;

II. – frustra, embora solvente, a execução da pena de multa ou não efetua, sem

motivo justificado, a reparação do dano;

III – descumpre a condição do § 1º do art.78 deste Código.

§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer

outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou

por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos.

§ 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção,

considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo.

§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la,

prorrogar o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado.

Art. 82 – Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a

pena privativa de liberdade.

Tentativa

Tentativa de crime é a execução do conjunto de atos necessários para constituí-lo

que, embora suficientes, não produzam o resultado esperado por motivos alheios à

vontade do agente. Ou seja: é a execução, não intencionalmente falha, de todos

os atos suficientes ao cometimento do crime.

Segundo o código penal brasileiro, em seu artigo 14, diz-se do crime:

"II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias

alheias à vontade do agente."

Há várias teorias tentando identificar o início da execução de um crime, bem como

separá-la da mera preparação. Embora haja situações onde seja clara a

constituição da tentativa, aqueles casos em que apenas não se obtém o resultado

esperado (o crime objeto de tentativa), todo o resto sendo executado, os casos em

que outro elemento qualquer é eliminado do conjunto, ainda que por forças alheias

à vontade do agente, são bem mais difíceis de julgar.

Há o caso especial dos crimes impossíveis, em que a tentativa, do ponto de vista do

agente, é finalizada. Nesses casos, dada a impossibilidade do crime, a justiça não

aplica a punição para a tentativa, embora o agente possa responder por outro

crime, conforme o caso.

Tipo legal

Em termos jurídico-penais, por tipo legal de crime, entende-se o conceito

de crime que consta da descrição legal dos elementos essenciais daquele

(previsão e estatuição). Ou seja, é adescrição das situações hipotéticas que violam

os interesses juridico-criminais.

O tipo legal de crime pode ter duas acepções:

Page 8: 01 semin+â írio penal ii

- Tipo legal objectivo (onde se incluem as circunstâncias exteriores à pessoa do

agente); e

- Tipo legal subjectivo (onde se incluem as circunstâncias que se referem à intenção

da pessoa do agente).

Trânsito em julgado

Trânsito em julgado é uma expressão usada para uma decisão

(sentença ou acórdão) judicial da qual não se pode mais recorrer, seja porque já

passou por todos os recursos possíveis, seja porque o prazo para recorrer terminou

ou por acordo homologado por sentença entre as partes. Daí em diante a

obrigação se torna irrecorrível e certa.

O trânsito em julgado caracteriza coisa julgada formal. No caso da sentença de

mérito, há também a coisa julgada material, que consiste na imutabilidade dos

efeitos da decisão, que passa a ser substituta da própria lei entre as partes.

É importante notar que lei pode retroagir desde que não afete a coisa julgada,

sendo que o trânsito em julgado é uma decisão final de uma sentença ou processo.

Ressalte-se que mesmo o trânsito em julgado da sentença de primeira instância não

pode ser alterado.

Excepciona-se, porém, a imutabilidade da sentença, em alguns casos:

Limites subjetivos e objetivos da coisa julgada.

Inconstitucionalidade da sentença.

Nulidade da citação obstaculizando a execução.

Ação rescisória de sentença ou ação anulatória de homologação.

http://penalemresumo.blogspot.com.br/2010/06/art-120-perdao-judicial.html