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A sabedoria é a arma invencível de um povo 49 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA E COMERCIAL PROFESSOR: ALBERTO SOARES UNIDADE V ATO CONSTITUTIVO - REGISTROS NOS ÓRGÃOS COMPETENTES ATO CONSTITUTIVO O ato constitutivo pode ser considerado o mesmo que contrato social ou estatuto. É o documento redigido de acordo com determinadas normas, suscetível de produzir consequências jurídicas. O ato constitutivo diz respeito ao ato de cons-tituir, de estabelecer, de firmar o contrato ou o estatuto social. Fases do ato constitutivo Primeira fase O ato constitutivo da pessoa jurídica deve ser escrito, dividindo-se em: ato jurídico unilateral intervivos ou causa mortis: nas fundações; ato jurídico bilateral ou plurilateral intervivos: nas associações e sociedades. Segunda fase Para que a pessoa jurídica de direito privado exista legalmente é necessário inscrever o ato constitutivo: contrato ou estatuto social no órgão competente, conforme abaixo: sociedades empresárias vinculam-se ao registro público de empresas mercantis, a cargo das Juntas Comerciais; sociedades simples vinculam-se ao registro civil das pessoas jurídicas a cargo dos cartórios de registro de pessoas jurídicas, inclusive as fundações e as associações. Adequação do ato constitutivo Em se tratando de registro de empresas, têm-se os seguintes instrumentos de constituição: para o empresário individual, o instrumento denomina-se ―requerimento‖; para as sociedades de pessoas: sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade em conta de participação e sociedade limitada, o instrumento denomina-se ―contrato social‖; para as sociedades de capitais: sociedade anônima e a sociedade em comandita por ações, o instrumento de constituição denomina-se ―ata da assembleia geral e o estatuto social‖; para outros tipos de pessoas jurídicas como fundações, associações, sociedade de economia mista e sociedade cooperativa, o instrumento de constituição denomina-se também ―ata da assembleia geral e o estatuto social‖. Registro do ato constitutivo Os atos das organizações destinadas à exploração de qualquer atividade econô- mica com fins lucrativos, compreendidos os empresários individuais e as socie- dades empresárias, independentemente de seu objeto, serão arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, salvo as exceções

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA E COMERCIAL

PROFESSOR: ALBERTO SOARES UNIDADE V

ATO CONSTITUTIVO - REGISTROS NOS ÓRGÃOS COMPETENTES ATO CONSTITUTIVO

O ato constitutivo pode ser considerado o mesmo que contrato social ou estatuto. É o documento redigido de acordo com determinadas normas, suscetível de produzir consequências jurídicas. O ato constitutivo diz respeito ao ato de cons-tituir, de estabelecer, de firmar o contrato ou o estatuto social.

Fases do ato constitutivo

Primeira fase O ato constitutivo da pessoa jurídica deve ser escrito, dividindo-se em:

ato jurídico unilateral intervivos ou causa mortis: nas fundações;

ato jurídico bilateral ou plurilateral intervivos: nas associações e sociedades.

Segunda fase Para que a pessoa jurídica de direito privado exista legalmente é necessário inscrever o ato constitutivo: contrato ou estatuto social no órgão competente, conforme abaixo:

sociedades empresárias vinculam-se ao registro público de empresas mercantis, a cargo das Juntas Comerciais;

sociedades simples vinculam-se ao registro civil das pessoas jurídicas a cargo dos cartórios de registro de pessoas jurídicas, inclusive as fundações e as associações.

Adequação do ato constitutivo

Em se tratando de registro de empresas, têm-se os seguintes instrumentos de constituição:

para o empresário individual, o instrumento denomina-se ―requerimento‖;

para as sociedades de pessoas: sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade em conta de participação e sociedade limitada, o instrumento denomina-se ―contrato social‖;

para as sociedades de capitais: sociedade anônima e a sociedade em comandita por ações, o instrumento de constituição denomina-se ―ata da assembleia geral e o estatuto social‖;

para outros tipos de pessoas jurídicas como fundações, associações, sociedade de economia mista e sociedade cooperativa, o instrumento de constituição denomina-se também ―ata da assembleia geral e o estatuto social‖.

Registro do ato constitutivo

Os atos das organizações destinadas à exploração de qualquer atividade econô-mica com fins lucrativos, compreendidos os empresários individuais e as socie-dades empresárias, independentemente de seu objeto, serão arquivados no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, salvo as exceções

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previstas em lei.

As organizações constituem-se mediante a formalização dos atos constitutivos, representados por documentos que serão arquivados:

no Registro Público das Empresas Mercantis a cargo da Junta Comercial;

no Registro Civil das Pessoas Jurí-dicas a cargo dos cartórios de títulos e documentos;

em repartições responsáveis pela arrecadação tributária, preservação da ordem, do ambiente ecológico etc.

De acordo com a Lei nº 8.934/94, o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins será exercido em todo o território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais e estaduais, com as seguintes finalidades:

dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma da lei;

cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no País e manter atualizadas as informações pertinentes;

proceder à matrícula dos agentes auxiliares do empresário, bem como ao seu cancelamento.

O registro serve para determinar a regularidade do empresário; daí se sabe se ele é ou não regular. Logo, a qualidade de empresário advém da prática da atividade empresarial, e não do registro. O empresário sem registro, não obstante ser considerado empresário, não poderá ingressar em juízo com o pedido de recuperação judicial nem requerer a homologação da recuperação extrajudicial (Lei Falências – Lei nº 11.101/05, arts. 48 e 161).

A inscrição do empresário na Junta Comercial não é requisito para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal providência. O empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas do Código Civil e da legislação comercial, salvo naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição ou diante de expressa disposição em contrário.

A inscrição do empresário ou sociedade empresária é requisito delineador de sua regularidade, e não da sua caracterização. O Código Civil criou uma diferença com relação ao produtor rural, que tem a opção de ser ou não empresário. Mas se houver optado por ser empresário deverá registrar-se na Junta Comercial (art. 971). Logo, em relação ao empresário rural o registro é constitutivo e não existe empresário rural pessoa física irregular.

O registro do empresário ou sociedade rural na Junta Comercial é facultativo e de natureza constitutiva, sujeitando-o ao regime jurídico empresarial. É inaplicável esse regime ao empresário ou sociedade rural que não exercer tal opção.

Fica instituído o Número de Identificação do Registro de Empresas – Nire, o qual será atribuído a todo ato constitutivo de empresa, devendo ser compatibilizado com os números adotados pelos demais cadastros federais, na forma de regulamentação do Poder Executivo.

Composição do Nire O Número de Identificação do Registro de Empresas, mais conhecido como Nire, é composto de onze dígitos, dos quais os dois primeiros significam a unidade da federação (UF), sendo 06, por exemplo, a representação do Ceará.

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O terceiro dígito corresponde ao tipo jurídico da sociedade.

Ou seja: 1 para empresário individual (antiga Firma Individual);

2 para sociedade limitada;

3 para sociedade anônima;

4 para cooperativa;

5 para outros tipos societários, como, por exemplo, consórcio;

8 em determinada época para alguns microempreendedores individuais (MEI), mas que, na verdade, por não deixarem de ser empresários individuais, têm tido o mesmo modificado, no primeiro registro após a inscrição pelo Portal do Empreendedor, para 1;

9 para filiais ou demais estabelecimentos, não importando, nesse caso, o tipo jurídico da sociedade.

Do quarto ao décimo dígito, tem-se um sequencial numérico de registro. E, por fim, o décimo primeiro dígito, que é o dígito verificador da autenticidade do Nire.

Órgãos ou instituições componentes do registro

público das empresas mercantis

Órgão público é uma unidade com atribuição específica dentro da organi-zação do Estado. É composto por agentes públicos que dirigem e compõem o órgão, voltado para o cumprimento de uma atividade estatal.

Os órgãos públicos formam a estrutura do Estado, mas não têm personalidade jurídica, uma vez que são apenas parte de uma estrutura maior, que é a detentora de personalidade. Como parte da estrutura maior, o órgão público não tem vontade própria, limitando-se a cumprir suas finalidadades dentro da competência funcional que lhes foi determinada pela organização estatal.

Os serviços do registro público de empresas mercantis e atividades afins são exercidos, em todo o território nacional, de maneira uniforme, harmônica e interdepende pelo Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis - Sinrem, o qual é composto por órgãos de dois níveis de governo:

o federal – em que atua o Departamento Nacional de Registro do Comércio, órgão central do Sinrem, com funções: supervisora, orientadora, coordenadora e normativa, no plano técnico; e supletiva, no plano administrativo;

o estadual – em que atuam as Juntas Comerciais, como órgãos locais, com funções executora e administradora dos serviços de registro.

A figura seguinte evidencia a estrutura do Sistema Nacional de Registro das Empresas Mercantis

Departamento Nacional de Registro do Comércio O Departamento Nacional de Registro do Comércio - DNRC, criado pelos arts. 17, II, e 20 da Lei nº 4.048/61, órgão integrante do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo.

A Lei define de forma sintética, mas precisa, as atribuições do Departamento Nacional de Registro do Comércio que deve supervisionar, orientar e coordenar, em

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todo o território nacional, as autoridades e órgãos públicos incumbidos do Registro das Empresas Mercantis. Dentro das atribuições do DNRC, uma que se destaca é a que prevê a promoção de estudos, reuniões e publicações sobre assuntos pertinentes ao Registro Público de Empresas Mercantis e atividades afins, demonstrando, assim, um interesse de atualização e modernização contínua dos órgãos públicos.

Figura1 – Sistema Nacional de Registro das Empresas Mercantis Fonte: Junta Comercial do Estado do Ceará

Entre os objetivos do DNRC, destacam-se:

supervisionar e coordenar, no plano técnico, os órgãos incumbidos da execução dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, expedindo normas e instruções para esse fim, dirigidas às Juntas Comerciais;

estabelecer e consolidar, com exclusividade, as normas e diretrizes gerais do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;

solucionar dúvidas ocorrentes na interpretação das leis, regulamentos e demais normas relacionadas com o registro de empresas mercantis, baixando instruções para esse fim;

prestar orientações às Juntas Comerciais, com vistas à solução de consultas e à observância das normas legais e regulamentares do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;

exercer ampla fiscalização jurídica sobre os órgãos incumbidos do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, representando para os devidos fins às autoridades administrativas contra abusos e infrações das respectivas normas, e requerendo tudo o que for necessário ao cumprimento dessas normas;

estabelecer normas procedimentais de arquivamento de atos de firmas mercantis individuais e sociedades mercantis de qualquer natureza;

DEPAARTAMENTO NACIONAL DE REGISTRO DO

COMÉRCIO

ÓRGÃO CENTRAL

ÓRGÃOS LOCAIS

JUNTAS COMERCIAIS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL (EM NÚMERO DE 27)

D E L E G A C I A S OUTRAS UNIDADES

DESCONCENTRADAS

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promover ou providenciar, supletiva-mente, as medidas tendentes a suprir ou corrigir as ausências, falhas ou deficiências dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;

prestar colaboração técnica e financeira às Juntas Comerciais para a melhoria dos serviços pertinentes ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;

organizar e manter atualizado o cadastro nacional das empresas mercantis em funcionamento no País, com a cooperação das Juntas Comerciais;

instruir, examinar e encaminhar os processos e recursos a serem decididos pelo Ministro de Estado da Indústria, do Comércio e do Turismo, inclusive os pedidos de autorização para nacionalização ou instalação de filial, agência, sucursal ou estabelecimento no País, por sociedade estrangeira, sem prejuízo da competência de outros órgãos federais;

promover e efetuar estudos, reuniões e publicações sobre assuntos pertinentes ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.

De forma breve, diz-se que Departamento Nacional de Registro do Comércio – DNRC é o órgão central do Sinrem, com funções supervisora, orientadora, coordenadora e normativa, no plano técnico; e supletiva, no plano administrativo;

Juntas Comerciais Junta Comercial é a autarquia respon-sável pelo registro de atividades ligadas a sociedades empresariais. Há uma Junta Comercial em cada Estado brasileiro.

É feito o registro da empresa na Junta Comercial no livro de Registro Público de Empresas Mercantis. Aqui, a empresa recebe um código específico denominado Nire – Número de Identificação de Registro de Empresas.

Haverá uma Junta Comercial em cada unidade federativa, com sede na capital e jurisdição na área da circunscrição territorial respectiva.

As Juntas Comerciais subordinam-se administrativamente ao governo da unidade federativa de sua jurisdição e, tecnicamente, ao DNRC, nos termos da Lei nº 8.934/94.

A Junta Comercial do Distrito Federal é subordinada administrativa e tecnicamente ao DNRC.

Compete às Juntas Comerciais:

executar os serviços previstos no art. 32 da Lei acima, adiante elencados;

elaborar a tabela de preços de seus serviços, observadas as normas legais pertinentes;

processar a habilitação e a nomeação dos tradutores públicos e intérpretes comerciais;

elaborar os respectivos Regimentos Internos e suas alterações, bem como as resoluções de caráter administrativo necessárias ao fiel cumprimento das normas legais, regulamentares e regimentais;

expedir carteiras de exercício profissional de pessoas legalmente inscritas no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;

o assentamento dos usos e práticas mercantis.

A estrutura básica das Juntas Comerciais será integrada pelos seguintes órgãos:

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a presidência, como órgão diretivo e representativo;

o plenário, como órgão deliberativo superior;

as turmas, como órgãos deliberativos inferiores;

a secretaria-geral, como órgão administrativo;

a procuradoria, como órgão de fiscalização e de consulta jurídica.

O Plenário poderá ser constituído por oito, onze, quatorze, dezessete ou vinte Vogais e igual número de suplentes, conforme determinar a legislação da unidade federativa a que pertencer a Junta Comercial.

As Juntas Comerciais poderão descentralizar os seus serviços, mediante convênios com órgãos públicos e entidades privadas sem fins lucrativos, preservada a competência das atuais Delegacias. No caso da Junta Comercial do Estado do Ceará, verifica-se a existência de sete núcleos regionais além da região da sede. Ressalta-se o fato de esses núcleos se constituírem de vários postos de atendimento. A Figura 2 estampa os núcleos de apoio regional.

Figura 2 – Núcleos e escritórios regionais da Jucec Fonte: Revista da Junta Comercial

Matrícula A matrícula é o ato de registro de paraempresários. São categorias de paraempresários: interprete comercial, leiloeiro, trapicheiro, tradutores públicos, despachantes aduaneiros, administradores de armazéns gerais. A baixa da matrícula se processa com o seu cancelamento.

Arquivamento É o ato de registro do empresário individual e de constituição, alteração e dissolução das atividades empresárias. O sujeito tem 30 (trinta) dias para realizar o arquivamento, contados a partir da prática do ato.

O Código Civil vinculou expressamente a existência legal da personalidade jurídica ao arquivamento no órgão competente do ato de constituição, bem como das alterações que dele decorrerem: ―Art. 45 Começa a existência legal das pessoas

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jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro [...], averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.‖

Tanto o artigo 36 da Lei nº 8.934/94 como o parágrafo 1° do artigo 1.151 do Código Civil, contêm disposição idêntica no que diz respeito ao prazo de registro do ato sujeito a arquivamento. Os registros intempestivos provocam efeitos de importância considerável relacionados à responsabilidade dos sócios.

Art. 1.151 - O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida no artigo antecedente será requerido pela pessoa obrigada em lei, e, no caso de omissão ou demora, pelo sócio ou qualquer interessado.

§ 1º - Os documentos necessários ao registro deverão ser apresentados no prazo de trinta dias, contado da lavratura dos atos respectivos.

§ 2º - Requerido além do prazo previsto nesse artigo, o registro somente produzirá efeito a partir da data de sua concessão.

Isso significa dizer que, procedendo-se ao arquivamento nos trinta dias subsequentes, à celebração do contrato constitutivo, a eficácia do registro é ex tunc, retroagindo à data do contrato. Por outro lado, se for efetivado após os referidos trinta dias, a eficácia será ex nunc, ou seja, a partir da data do despacho que deferir o arquivamento do contrato.

Nesse último caso, no período decorrido entre a constituição de fato da sociedade e o efetivo arquivamento do ato perante os órgãos registradores competentes, vigerá regime de responsabilidade solidária e ilimitada dos sócios pelas obrigações sociais, já que nesse ínterim operou irregularmente.

Em outras palavras, os sócios estarão agindo ao desabrigo da limitação da responsabilidade que decorre da regular constituição da sociedade limitada.

O Código Civil é expresso ao dispor acerca da inoponibilidade a terceiros do Contrato Social não registrado, salvo prova de que este o conhecia: ―Art. 1.154 - O ato sujeito a registro, ressalvadas disposições especiais da lei, não pode, antes do cumprimento das respectivas formalidades, ser oposto a terceiro, salvo prova de que este o conhecia.‖

Por fim, vale colocar que o § 3°, do artigo 1.151 do Código Civil ainda estabelece responsabilidade na reparação de perdas e danos daquele, obrigado por proceder ao registro do ato sujeito a arquivamento, in verbis: ―§ 3° - As pessoas obrigadas a requerer o registro responderão por perdas e danos, em caso de omissão ou demora.‖

É, portanto, imprescindível o arquivamento do contrato de constituição de sociedades limitadas dentro do prazo legalmente estabelecido, se se desejar que os mais importantes efeitos concernentes à responsabilidade dos sócios na sociedade limitada sejam respeitados no período de sua constituição.

É feito o arquivamento:

dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de empresários individuais, sociedades empresárias e sociedades cooperativas;

dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata a Lei nº 6.404/76;

dos atos concernentes a empresas estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil;

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das declarações de microempresa;

de atos ou documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins ou daqueles que possam interessar ao empresário e às sociedades empresárias.

Não podem ser arquivados: a) os documentos que não obedecerem às prescrições legais ou regulamentares

ou que contiverem matéria contrária aos bons costumes ou à ordem pública, bem como os que colidirem com o respectivo estatuto ou contrato não modificado anteriormente;

b) os documentos de constituição ou alteração de empresas mercantis de qualquer espécie ou modalidade em que figure como titular ou administrador pessoa que esteja condenada pela prática de crime cuja pena vede o acesso à atividade mercantil;

c) os atos constitutivos de empresas mercantis que, além das cláusulas exigidas em lei, não designarem o respectivo capital, bem como a declaração precisa de seu objeto, cuja indicação no nome empresarial é facultativa;

d) a prorrogação do contrato social, depois de findo o prazo nele fixado;

e) os atos de empresas mercantis com nome idêntico ou semelhante a outro já existente;

f) a alteração contratual, por deliberação majoritária do capital social, quando houver cláusula restritiva;

g) os contratos ou estatutos de sociedades mercantis, ainda não aprovados pelo Governo, nos casos em que for necessária essa aprovação, bem como as posteriores alterações, antes de igualmente aprovadas.

Parágrafo único. A junta não dará anda-mento a qualquer documento de alteração de firmas individuais ou sociedades, sem que dos respectivos requerimentos e instrumentos conste o Número de Identificação de Registro de Empresas (Nire).

Autenticação Autenticação é o ato de estabelecer ou confirmar algo (ou alguém) como autên-tico, isto é, que reivindica a autoria ou a veracidade de alguma coisa. A auten-ticação também remete à confirmação da procedência de um objeto ou pessoa, nesse caso, frequentemente relacionada com a verificação da sua identidade. A autenticação é o processo que verifica a identidade de uma pessoa.

Autenticar, juridicamente, consiste no procedimento legal relativo de tornar autêntico - ou verdadeiro - algo que seja cópia ou cuja autoria e veracidade necessitam ser comprovadas. Uma vez autenticada a cópia do documento, esta passa ter a mesma validade que seu original.

A autenticação dos instrumentos de escrituração das sociedades empresárias, das sociedades cooperativas registradas e dos agentes auxiliares do empresário, na forma de lei própria, possui duas funções básicas: a de veracidade e regularidade.

Regularidade - para que um livro comercial seja considerado regular, deve estar autenticado em todas as páginas.

Os instrumentos autenticados, não retirados no prazo de 30 (trinta) dias, contados da sua apresentação, poderão ser eliminados.

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Estrutura do processo do ato constitutivo Além do contrato ou estatuto social abordados na unidade anterior, têm-se os seguintes documentos pertinentes ao registro de empresas na Junta Comercial:

pedido de busca de nome;

protocolo de documentos;

requerimento padrão: capa verde do processo;

requerimento de empresário;

registro especial de microempresa – declaração;

registro especial de microempresa – comunicação;

registro especial de empresa de pequeno porte – declaração;

registro especial de empresa de pequeno porte – comunicação;

ficha de cadastro nacional – folhas 1 e 2;

declaração de desimpedimento;

guia Darf – documento de arrecadação de receitas federais.

Pedido de busca de nome Para a constituição de uma pessoa jurídica, deve-se fazer uma consulta à Junta Comercial do Estado, a fim de certificar-se da existência ou não de alguma empresa já registrada com o mesmo nome empresarial. Esse proce-dimento é importante pelo fato de evitar a elaboração e o preenchimento de papéis, cujo nome empresarial já exista, impe-dindo assim, que o referido processo seja homologado.

Protocolo de documentos Trata-se de um ato regulador do trâmite do serviço público. O protocolo pode ser expresso mediante: a) um formulário com um número especí-fico que identifica o serviço que está em

andamento; b) a assinatura ordenada de alguém que represente o signatário. Onde o serviço

deve ser processado no todo ou em parte.

Requerimento padrão É o invólucro dos atos constitutivos. É uma espécie de capa que põe em destaque o nome empresarial, o tipo de serviço que está sendo solicitado e o nome do sócio ou titular que representa a empresa junto às instituições.

Requerimento empresário Trata-se de um formulário que evidencia todos os dados do titular de empresa individual, incluindo-se os dados perti-nentes à atividade que se pretende explorar.

Registro especial de microemepresa - declaração Trata-se de um requerimento, que é utilizado para fazer o registro de uma empresa nova como microempresa, no qual se afirma que a receita bruta anual não excederá o limite previsto em lei.

Registro especial de microemepresa - comunicação É um tipo de requerimento que é utilizado para fazer o registro de uma empresa antiga como microempresa, no qual se afirma que a receita bruta anual não excedeu o limite previsto em lei.

Registro especial de empresa de pequeno porte – declaração e co-municação Por analogia das duas definições imedia-tamente anteriores, compreende-se perfei-tamente o significado da formalizaçào desses dois últimos documentos:

um, afirmado que a receita bruta não excedeu o limite fixado em , ou

outro afirmando que a receita bruta não excederá o limite previsto.

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Ficha de cadastro nacional - FCN A ficha de cadastro nacional é um documento que tem por finalidade atualizar, complementar e uniformizar o instrumento de coleta de dados destinados à formação e manutenção do cadastro nacional de empresas mercantis (CNE), conforme IN-DNRC nº 67/98.

Declaração de desimpedimento As declarações de desimpedimento ou de incriminalidade deverão constar do texto do contrato social ou em suas alterações, admitindo-se a declaração em separado, conforme modelo próprio.

Nas sociedades anônimas, fica dispensada essa declaração, quer para administradores, quer para os membros do conselho fiscal, por se tratar de matéria de responsabilidade das assembleias gerais, a quem compete verificar as condições de ilegibilidade daquelas pessoas, conforme IN-DNRC nº 6/86.

Adquirida a personalidade jurídica, cabe à empresa providenciar os registros nas áreas tributárias. Conforme as caracterís-ticas de suas atividades, deve a empresa inscrever-se nas áreas federal, estadual e municipal, sem prejuízo de inscrição em órgãos gerais e específicos.

ÁREAS DE REGISTRO TRIBUTÁRIO As principais inscrições tributárias da pessoa jurídica se processam junto aos seguintes órgãos da

área federal;

área estadual;

área municipal.

Área federal – Secretaria da Receita Federal Essa área é representada pela Secretaria da Receita Federal. Nela é feita a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ, o qual serve de identificação da pessoa jurídica junto aos órgãos tributários federais: Receita Federal, Previdência Social etc.

Deve ser preenchido um formulário de CNPJ, via internet, disponível no site da Receita Federal e enviado à mesma, e depois, deverá ser impresso, assinado pelo administrador e reconhecido firma do DBE (documento básico de entrada) que anexado a uma cópia do contrato social autenticado deverá ser entregue à Receita

Federal, para obtenção do CNPJ.

Cadastro nacional da pessoa jurídica - CNPJ De acordo com a IN SRF n.º 2/01, o CNPJ compreende as informações cadastrais das pessoas jurídicas, de interesse das administrações tributárias da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, bem como da seguridade social. Os documentos relativos ao CNPJ são agrupados em documentos de entrada e de saída. Assim, têm-se os seguintes documentos de entrada, os quais são apresentados em meio magnético:

ficha cadastral da pessoa jurídica – FCPJ;

quadro de sócios e administradores – QSA;

ficha complementar – FC;

Como documentos de saída, têm-se:

comprovante provisório de inscrição – CPI;

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cartão de identificação da pessoa jurí-dica – CIPJ;

certidão de baixa – CB;

O cartão de identificação da pessoa júri-dica – CIPJ é emitido em uma única via, em papel ofset, com fundo de segurança numismático, nas cores marrom e sépia. Esse cartão, na verdade, é o CNPJ da pessoa jurídica, cujas normas são editadas exclusivamente pela Secretaria da Receita Federal – SRF, a quem compete a administração desse cartão.

Obrigatoriedade da inscrição no CNPJ A inscrição no CNPJ é obrigatória para todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas. Assim, são obrigados a se inscrever no CNPJ, mesmo não possuindo personalidade jurídica:

os condomínios que aufiram ou paguem rendimentos sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte;

os consórcios constituídos na forma dos artigos 278 e 279 da Lei nº 6.404/76 – (grupo de sociedades), que são empresas que se reúnem para executar determinado empreendimento;

os clubes de investimentos registrados em Bolsa de Valores, segundo as normas fixadas pela Comissão de Valores Mobiliários – (CVM);

os fundos mútuos de investimento, sujeitos às normas do Banco Central do Brasil ou CVM;

as missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente;

as repartições de caráter permanente de órgãos internacionais;

serviços notariais e registrais (cartórios), exceto aqueles vinculados à vara de justiça dos tribunais.

Devem-se inscrever no CNPJ, pessoas jurídicas, domiciliadas no exterior, que possuam no Brasil, bens e direitos sujeitos a registro público, inclusive: imóveis, veículos, embarcações, aeronaves, participações societárias, contas correntes bancárias, aplicações no mercado financeiro ou mercado de capitais.

A pessoa jurídica deve inscrever no CNPJ cada um de seus estabelecimentos, inclusive os situados no exterior.

Estabelecimento: é a unidade autônoma móvel ou imóvel em que a pessoa jurídica exerce em caráter permanente ou temporário, atividade econômica ou social geradora de obrigação tributária, principal ou acessória.

Na hipótese de a pessoa jurídica possuir mais de um estabelecimento, a matriz terá o número de ordem igual a 0001 e os demais denominados de filiais serão enumerados em ordem seqüencial a partir de 0002. Observe-se a seguinte estrutura do número do CNPJ:

Número antes da

barra (constante)

Número seqüencial (depois da

barra)

controle

matriz xx.xxx.xxx / 0001 - xy Filial-1 xx.xxx.xxx / 0002 - pq Filial-2 xx.xxx.xxx / 0003 - rs Filial-3 xx.xxx.xxx / 0004 - ab Filial-4 xx.xxx.xxx / 0005 - cd

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A unidade móvel somente será considerada estabelecimento se a pessoa jurídica não dispuser de unidade imóvel, sendo o seu endereço o da pessoa física responsável perante o CNPJ.

A unidade móvel ou imóvel não será considerada estabelecimento quando representar mera extensão da atividade de um outro, assim entendida a que for desenvolvida em:

veículos pertencentes a estabelecimento cadastrado;

dependências como torres, casas-de-força, depósitos de material e assemelhados, desde que vinculadas a estabelecimento cadastrado;

templo onde se desenvolva, exclusivamente, oração comunitária ou administração de sacramentos, desde que subordinado a entidade nacional ou regional cadastrada;

canteiros de obras, vinculados a estabelecimento cadastrado, desde que nos mesmos não se desenvolva atividade geradora de obrigação tributária principal do imposto sobre produtos industrializados – IPI ou do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação – ICMS.

O depósito fechado constitui uma exceção, pois deve ser inscrito no CNPJ na condição de filial.

No caso de órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, somente serão cadastradas no CNPJ as unidades gestoras do orçamento, que são aquelas autorizadas a executar parcela do orçamento da União dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Faculta-se às pessoas jurídicas requererem a unificação de inscrição do CNPJ, desde que localizados no mesmo município, para:

o estabelecimento e suas dependências externas de natureza meramente administrativa;

a agência bancária e seus postos e subagências;

o estabelecimento de concessionária ou permissionária de serviço público e seus postos de serviços.

No caso de unificação, cabe aos estabelecimentos, exceto o unificador, solicitar baixa de sua inscrição no CNPJ.

Obrigam-se ao CNPJ, os órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que sejam considerados ―unidades gestoras‖ do orçamento da União, ou seja, aquelas instituições autorizadas a executar parcela do orçamento da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Em se tratando de partidos políticos, tanto a direção nacional como as comissões provisórias e os diretórios regionais, municipais e zonais serão cadastrados no CNPJ com números distintos de inscrição, não cabendo inscrição a coligações e a comitê de partidos.

Seguindo as mesmas determinações dos partidos políticos, têm-se as entidades regulamentadoras do exercício profissional de âmbito federal e regional.

Os órgãos regionais do Sesc, do Sesi, do Senai, do Senac, do Sebrae e de demais entidades congêneres poderão ser cadastrados com números distintos de inscrição, por solicitação do respectivo órgão nacional.

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Situação cadastral no CNPJ A inscrição da pessoa jurídica no CNPJ, inclusive de suas filiais será classificada em: ativa regular, ativa não regular, suspensa, inapta e cancelada.

Ativa regular – quando a pessoa jurídica:

não possuir pendências em seu nome;

comunicar o reinício de suas atividades, temporariamente suspensas;

não possuir débitos.

Ativa não regular – quando a pessoa jurídica:

possuir pendências em seu nome;

possuir débito, inclusive: a) com exigibilidade suspensa em virtude de moratória, de depósito do seu

montante integral, de reclamação ou recurso; b) que tenha sido objeto de parcela-mento.

Suspensa – quando a pessoa jurídica: a) encontrando-se na situação de ativa regular, comunicar a interrupção temporária

das atividades da empresa; b) estiver em processo de baixa, iniciada e não deferida; c) antes de sua inscrição ter sido declarada inapta, em decorrência de situações de

omissão contumaz, omissão e não-localização, inexistência de fato.

Inapta – quando a pessoa jurídica se encontrar:

omissa contumaz: a que embora obrigada, deixou de apresentar as declarações pertinentes a sua atividade (que serão abordadas adiante) por cinco ou mais exercícios consecutivos e, intimada, não regularizou sua situação no prazo de sessenta dias, contado da data da publicação da intimação;

omissa e não localizada: a que, embora obrigada, deixar de apresentar as mesmas declarações do item acima, por um ou mais exercícios e, cumulativamente, não for localizada no endereço informado à SRF;

inexistente de fato: a que não dispõe de patrimônio e capacidade operacional necessários à realização de seu objeto; que não for localizada no endereço informado à SRF, quando seus titulares também não o forem; que tenha cedido seu nome, inclusive mediante a disponibilização de documentos próprios, para a realização de operações de terceiros, com vistas ao acobertamento de seus reais beneficiários.

Cancelada - quando houver sido deferida sua solicitação de baixa.

Pendências Consideram-se pendências situações que implicam restrições à prática de atos perante o CNPJ e alcançarão, conforme o caso, a própria pessoa jurídica, a pessoa física responsável perante o CNPJ e os integrantes do quadro de sócios e administradores – QSA.

São atos praticados perante o CNPJ:

a inscrição;

a reativação e o restabelecimento da inscrição;

a alteração de dados cadastrais, inclusive do quadro de sócios e administradores e da ficha complementar;

a revalidação do cartão CNPJ;

a solicitação de segunda via de cartão CNPJ;

a baixa de inscrição no CNPJ;

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outros, decorrentes de convênios celebrados com os demais órgãos.

Constituem pendências perante a SRF: I. no caso de pessoa jurídica: a) não constar, em seu nome, nos seis meses anteriores, pagamentos relativos:

ao imposto de renda e à contribuição social sobre o lucro líquido, sob a forma de estimativa, se tributada com base no lucro real apurado anual-mente, ou de quota, se tributada com base no lucro apurado trimestralmente, seja real, presumido ou arbitrado;

às contribuições para o PIS/Pasep e para o financiamento da seguridade social – (Cofins);

ao Simples, se optante por esse sistema de pagamento;

b) apresentar outros indícios de inadimplência, relativamente a tributos e contribuições administrados pela SRF;

c) constar como omissa quanto à entrega, se obrigada, das seguintes declarações:

declaração de rendimentos da pessoa jurídica – (DIRPJ);

declaração de informações econômico-fiscais da pessoa jurídica – (DIPJ);

declaração simplificada – (DS): no caso de empresa optante pelo Simples ou inativa ou entidade imune ou isenta;

declaração de contribuições e tributos federais – (DCTF);

declaração de débitos e créditos tributários federais – (DCTF);

declaração do imposto sobre produtos industrializados – (Dipi);

declaração de imposto de renda retido na fonte – (Dirf);

declaração do imposto sobre a propriedade territorial rural – (Diat/Diac);

d) estar enquadrada na situação cadastral: suspensa ou inapta;

e) ausência do QSA ou da indicação da CNAE-Fiscal – classificação nacional de atividade econômico-fiscal;

f) CPF da pessoa física responsável perante o CNPJ ausente na base de dados deste cadastro;

II. no caso de pessoa física, constar como omissa, se obrigada, quanto à entrega da declaração de ajuste anual, da declaração de isento ou da declaração do imposto territorial rural (DITR);

III. em qualquer caso, a existência de sócio, acionista, empresa consorciada ou filiada, representante legal ou titular da pessoa jurídica que figure, em qualquer dessas condições, em outra pessoa jurídica enquadrada na situação cadastral referida anteriormente.

As pendências podem ser: impeditivas: quando vedam o deferimento do ato cadastral. São impeditivas:

para o estabelecimento matriz: no caso de a pessoa física constar como omissa, se obrigada, quanto à entrega da declaração de ajuste anual, da declaração de isento ou da declaração do imposto territorial rural;

para o estabelecimento filial: a omissão da declaração de rendimento da pessoa

jurídica; da declaração de informações econômico-fiscais da pessoa jurídica ou, se for o caso, a omissão da declaração simplificada;

não-impeditivas: nos demais casos.

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Pedido de inscrição O pedido de inscrição no CNPJ é formalizado: I. por meio do FCPJ , do QSA, no caso de inscrição do estabelecimento matriz da

sociedade e da FC, quando a requerente estiver localizada em unidade federada ou município conveniado;

II. por meio de remessa à unidade cadastradora de jurisdição do contribuinte, por meio de sedex da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, o qual correrá às custas do contribuinte, de cópia autenticada do ato constitutivo da pessoa jurídica, devidamente registrado no órgão competente. Essa documentação será encaminhada, acompanhada do Documento Básico de Entrada – DBE, o qual deverá ser assinado pela pessoa física responsável perante o CNPJ ou por preposto, com reconhecimento da firma do signatário.

O QSA não será apresentado nos casos de pedido de inscrição de:

firma mercantil individual;

pessoa física equiparada a jurídica;

órgãos públicos;

autarquias;

fundações públicas;

serviços notariais e registrais (cartórios);

embaixadas, missões diplomáticas, delegações permanentes, consulados-gerais, consulados, vice-consulados, consulados honorários, e das unidades específicas do governo brasileiro no exterior;

representações diplomáticas e consulares no Brasil, de governos estrangeiros;

associações.

Inscrição de partidos políticos Para a inscrição de partidos políticos devem ser apresentados os seguintes documentos: I. no caso de comissão provisória nacional:

cópia autenticada do estatuto do partido registrado no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas de Brasília;

cópia autenticada de documento que indique o nome do presidente e o endereço da sede do partido na Capital Federal, registrado no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas de Brasília;

II. na hipótese das demais comissões provisórias previstas no estatuto:

cópia autenticada da resolução do órgão interno do partido que designou os membros da comissão provisória registrada no Cartório de Títulos e Documentos;

III. em se tratando de diretório nacional:

cópia autenticada da ata da reunião do órgão interno do partido que elegeu os membros do diretório, registrada no Cartório de Títulos e Documentos.

Inscrição de entidade sindical Ao pedido de inscrição de entidade sindical de trabalhadores e patronais deverá ser juntado cópia autenticada do estatuto, devidamente registrado no Ministério do Trabalho, ou certidão emitida pela Secretaria de Relações do Trabalho, publicada no Diário Oficial da União, caso a prova de registro naquele Ministério não conste no próprio estatuto, e da ata da assembleia que elegeu o presidente, devidamente registrada no órgão competente.

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Inscrição de sociedades de advogados Ao pedido de inscrição de sociedade de advogados deverá ser juntada cópia autenticada do contrato social devida-mente registrada na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Inscrição de condomínio Ao pedido de inscrição de condomínio em edifício, deverá ser juntada cópia autenticada de sua convenção, devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis, e da ata da assembleia que elegeu o síndico, devidamente registrada no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.

Inscrição de órgão público O pedido de inscrição de órgão público, autarquia ou fundação pública deverá ser acompanhado de cópia autenticada do ato legal de sua constituição, da prova da data inicial da vigência do ato legal e do ato de nomeação de seu titular.

Pessoa física responsável perante o CNPJ A pessoa física responsável perante o CNPJ é o dirigente máximo da pessoa jurídica, observado o constante da tabela de natureza jurídica e qualificação da pessoa física responsável, conforme o tabela abaixo:

Para fins de prática dos atos perante o CNPJ, exceto o da inscrição da matriz, a pessoa física responsável perante o CNPJ poderá indicar outra pessoa física, na qualidade de seu preposto, apesar de essa indicação não elidir a competência originária do dirigente máximo da pessoa jurídica. A indicação, a exclusão, a substituição e a renúncia do preposto dar-se-á por meio da FCPJ.

Em se tratando de fundos e clubes de investimento, a pessoa física responsável perante o CNPJ será a pessoa física responsável perante esse cadastro, pela pessoa jurídica administradora daqueles.

No caso de embaixadas, consulados ou de representação do governo brasileiro no exterior, a pessoa física responsável perante o CNPJ será o titular da unidade ou o Ministro de Estado das Relações Exteriores.

Emissão e revalidação do cartão CNPJ

A emissão do cartão CNPJ será efetuada, exclusivamente, pela SRF que o remeterá à pessoa jurídica. Esse cartão será emitido após o deferimento do pedido de inscrição e, quando for o caso, da alteração de dados cadastrais, bem assim nas hipóteses de solicitação de segunda via ou de revalidação.

Os cartões CNPJ terão validade até o dia 30 de junho do segundo ano após o de sua emissão exceto quando se tratar de segunda via ou de cartão emitido em decorrência de alteração de dados cadastrais. Expirado o prazo de validade, o cartão CNPJ será revalidado automaticamente, desde que não existam pendências impeditivas.

Na prática de quaisquer atos perante o CNPJ serão observadas exclusivamente as instruções emanadas da SRF, destacando-se, atualmente, a IN-SRF n.º 2/01.

Tabela 1 - de natureza jurídica e qualificação do responsável

NATUREZA JURÍDICA QUALIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL

CÓDIGO DESCRIÇÃO PESSOA FÍSICA CÓDIGO

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

101-5 Órgão Público do Poder Executivo Federal Administrador 05

102-3 Órgão Público do Poder Executivo Estadual ou do Distrito Federal

Administrador 05

103-1 Órgão Público do Poder Executivo Municipal Administrador 05

104-0 Órgão Público do Poder Legislativo Federal Administrador 05

105-8 Órgão Público do Poder Legislativo Estadual ou do Distrito Federal

Administrador 05

106-6 Órgão Público do Poder Legislativo Municipal Administrador 05

107-4 Órgão Público do Poder Judiciário Federal Administrador 05

108-2 Órgão Público do Poder Judiciário Estadual Administrador 05

110-4 Autarquia Federal Presidente 16

111-2 Autarquia Estadual ou do Distrito Federal Presidente 16

112-0 Autarquia Municipal Presidente 16

113-9 Fundação Federal Presidente 16

114-7 Fundação Estadual ou do Distrito Federal Presidente 16

115-5 Fundação Municipal Presidente 16

116-3 Órgão Público Autônomo Federal Administrador 05

117-1 Órgão Público Autônomo Estadual ou do DF Administrador 05

118-0 Órgão Público Autônomo Municipal Administrador 05

ENTIDADES EMPRESARIAIS

201-1 Empresa Pública Administrador / Diretor / Presidente 05, 10 ou 16

203-8 Sociedade de Economia Mista Diretor / Presidente 10 ou 16

204-6 Sociedade Anônima Aberta Administrador /Diretor/ Presidente 05, 10 ou 16

205-4 Sociedade Anônima Fechada Administrador /Diretor/ Presidente 05,10 ou 16

206-2 Sociedade Empresária Limitada Administrador / Sócio-Administrador 05 ou 49

207-0 Sociedade Empresária em Nome Coletivo

Sócio-Administrador 49

208-9 Sociedade Empresária em Comandita Simples

Sócio Comanditado 24

209-7 Sociedade Empresária em Comandita por Ações

Diretor / Presidente 10 ou 16

210-0 Sociedade de Capital e Indústria Sócio Capitalista 23

212-7 Sociedade em Conta de Participação

Procurador / Sócio ostensivo 17 ou 31

213-5 Empresário (Individual) Empresário 50

214-3 Cooperativa Diretor/Presidente 10 ou 16

215-1 Consórcio de Sociedades Administrador 05

216-0 Grupo de Sociedades Administrador 05

217-8 Estabelecimento, no Brasil, de Sociedade Estrangeira

Procurador 17

219-4 Estabelecimento de Empresa Binacional Argentino-Brasileira

Procurador 17

220-8 Entidade Binacional Itaipu Diretor 10

221-6 Empresa Domiciliada no Exterior Procurador 17

222-4 Clube/Fundo de Investimento Responsável 43

223-2 Sociedade Simples Pura Administrador / Sócio-Administrador 05 ou 49

224-0 Sociedade Simples Limitada Administrador / Sócio-Administrador 05 ou 49

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225-9 Sociedade Simples em Nome Coletivo

Sócio-Administrador 49

226-7 Sociedade Simples em Comandita Simples

Sócio Comanditado 24

ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

303-4 Serviço Notarial e Registral (Cartório)

Tabelião / Oficial de Registro 32 ou 42

304-2 Organização Social Presidente 16

305-0 Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip)

Presidente 16

306-9 Outras Formas de Fundações Mantidas com Recursos Privados

Administrador / Diretor / Presidente / Fundador

05, 10, 16 ou 54

307-7 Serviço Social Autônomo Administrador 05

308-5 Condomínio Edilício Administrador / Síndico 05 ou 19

309-3 Unidade Executora (Programa Dinheiro Direto na Escola)

Administrador / Diretor / Presidente 05, 10 ou 16

310-7 Comissão de Conciliação Prévia Administrador 05

311-5 Entidade de Mediação e Arbitragem

Administrador 05

312-3 Partido Político Administrador / Presidente 05 ou 16

313-1 Entidade Sindical Administrador / Presidente 05 ou 16

320-4 Estabelecimento, no Brasil, de Fundação ou Associação Estrangeiras

Procurador 17

321-2 Fundação ou Associação domiciliada no exterior

Procurador 17

399-9 Outras Formas de Associação Administrador / Diretor/ Presidente 05, 10 ou 16

PESSOAS FÍSICAS

401-4 Empresa Individual Imobiliária Titular de Empresa Individual Imobiliária

34

408-1 Contribuinte Individual Produtor Rural 59

409-0 Candidato a Cargo Político Eletivo Candidato a Cargo Político Eletivo 51

ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS E OUTRAS INSTITUIÇÕES EXTRATERRITORIAIS

500-2 Organização Internacional e outras Instituições Extraterritoriais

Diplomata / Cônsul / Representante de Organização Internacional/ Ministro de Estado de Relações Exteriores / Cônsul honorário

39, 40, 41, 46 ou 60.

SITUAÇÃO ESPECIAL

Em Liquidação Judicial ou Extrajudicial Liquidante 13

Falência Síndico 19

Instituições Financeiras em Intervenção Interventor 11

Espólio de Empresa Individual Inventariante 12

Inscrição de filial de empresa estrangeira no Brasil

Procurador 17

Fonte: Junta Comercial

Documento básico de entrada - DBE Para qualquer ato ser praticado perante o CNPJ será exigida, pela unidade cadastradora, duas vias do DBE. O programa permite a impressão das duas vias

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do DBE que deverão ser assinadas pelo responsável ou seu preposto. Apenas uma das vias deverá ter firma reconhecida em cartório. A outra via servirá como recibo de entrega da solicitação de prática de ato perante o CNPJ.

O DBE é gerado pelo processamento geral de dados (PGD) do CNPJ, podendo ser apresentado em qualquer caso de prática de atos, de iniciativa da pessoa jurídica, perante o CNPJ.

Nos casos de inscrição de matriz, indicação, substituição ou exclusão de prepostos, as duas vias do DBE deverão ser assinadas, exclusivamente pela pessoa física responsável perante o CNPJ. No caso de alteração de responsável perante o CNPJ, as duas vias do DBE deverão ser assinadas pela nova pessoa física responsável perante o CNPJ. Em se tratando de renúncia do preposto, as duas vias do DBE deverão ser assinadas pelo preposto.

Ficha complementar - FC Essa ficha será de preenchimento obrigatório pelo estabelecimento cuja Secretaria da Fazenda, Finanças ou Tributação Estadual ou Municipal jurisdicionante do seu domicílio fiscal seja conveniada ao Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), ou apresentado isoladamente, conforme o caso.

Area federal – Instituto Na-cional do Seguro Social (Lei nº 8.212/91 e Decreto nº 2.172,/97)

Matrícula da empresa É a identificação dos sujeitos passivos perante a RFB – Receita Federal do Brasil, podendo ser o número do:

Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) para empresas e equiparados a ele obrigados, ocorrendo simultaneamente com a inscrição da empresa na Secretaria da Receita Federal; ou

Cadastro Específico do INSS (CEI) para empresas e equiparados desobrigados de inscrição no CNPJ ou que ainda não a tenham efetuado e toda obra de construção civil.

Matrícula no CEI A matrícula será efetuada no Cadastro Específico do INSS (CEI), no prazo de trinta dias contados do inicio de suas atividades, para:

I) o equiparado a empresa isento de inscrição no CNPJ;

II) o proprietário do imóvel, o dono da obra ou o incorporador de construção civil, pessoa física ou pessoa jurídica;

III) o empregador doméstico optante pelo pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS ou quando do parcelamento de valores previdenciários devidos;

IV) o produtor rural pessoa física e o segurado especial, quando comercializarem sua produção com adquirente domiciliado no exterior (até 11/12/01, EC nº 33/01), diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física, a outro produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial;

V) o consórcio simplificado de produtores rurais;

VI) a empresa ou sujeito passivo ainda não cadastrado no CNPJ, embora esteja obrigada a esse procedimento;

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VII) a empresa construtora, quando contratada para execução de obra por empreitada total;

VIII) a empresa líder, na contratação de obra de construção civil a ser realizada por consórcio, mediante empreitada total de obra de construção civil;

IX) o titular de cartório, sendo a matrícula emitida em nome do titular, ainda que a respectiva serventia seja registrada no CNPJ, devendo ser considerada como início de atividade a data da vigência da IN SRP nº 20/07.

A data do início da atividade corresponderá à data do arquivamento do ato constitutivo na Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil ou a data do início da obra.

Independentemente das condições acima, o INSS procederá à matrícula: a) de ofício, quando ocorrer omissão; b) de obra de construção civil, mediante comunicação obrigatória do responsável por

sua execução, no prazo de 30 (trinta) dias.

A unidade matriculada diretamente no INSS receberá o Certificado de Matrícula – CM, com número cadastral básico, de caráter permanente.

O Departamento Nacional de Registro do Comércio – DNRC, através das Junta Comerciais, bem como Cartórios de Registro Civil de Pessoas Jurídicas pres-tarão obrigatoriamente, ao INSS, todas as informações referentes aos atos consti-tutivos e alterações posteriores relativas a pessoas jurídicas ou equiparadas a pessoas jurídicas neles registradas, sem ônus para o INSS.

São válidos perante o INSS, os atos de constituição, alteração e extinção de empresas registrados nas Juntas Comer-ciais.

Área estadual – Secretaria da Fazenda A inscrição estadual é obrigatória para empresas dos setores do comércio, indústria e serviços de transporte intermunicipal e interestadual. Também estão incluídos os serviços de comunicação e energia.

Documentação necessária à inscrição:

ficha de atualização cadastral – FAC;

certidão negativa de débitos da Secretaria da Fazenda;

documento de arrecadação – DAE;

requerimento de solicitação de inscrição no ICMS;

cópia do contrato social ou do documento de empresário individual;

cópia do CNPJ;

comprovante de endereço do(s) titular (es).

Cadastro geral da fazenda - CGF O cadastro geral da fazenda (CGF) é o registro centralizado e sistematizado no qual se inscreverão todas as pessoas físicas ou jurídicas definidas em lei como contribuintes do ICMS, através do Núcleo de Execução de Cadastro (Necad) ou do Núcleo de Execução da Administração Tributária (Nexat) da respectiva circunscrição fiscal, antes de iniciarem suas atividades. Esses núcleos contêm ou acumulam dados e informações que os identificará, localizará e classificará segundo a sua natureza jurídica, atividade econômica, tipo de contribuinte e regime de recolhimento, em: I. quanto à natureza jurídica: II. quanto ao tipo de contribuinte:

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III. quanto à atividade econômica, mediante o detalhamento do tipo de contribuinte em seu subsetor de atividade;

IV. quanto ao regime de recolhimento:

Quanto à natureza jurídica

empresa individual;

sociedade em nome coletivo;

sociedade limitada;

sociedade em comandita por ações;

sociedade em comandita simples;

sociedade anônima;

sociedade simples;

órgão público;

cooperativa;

pessoa física.

Quanto ao tipo de contribuinte

comerciante: é a pessoa natural ou jurídica de direito público ou privado, que pratique a intermediação de mercadoria, incluído como tal o fornecimento desta com os serviços nos casos de prestação de serviços;

industrial: a pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realize operações de que resulte alteração da natureza, funcionamento, utilização, acabamento ou apresentação do produto, tais como transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, bem assim as de conserto, reparo ou restauração;

prestador de serviços: a pessoa natural ou jurídica de direito público ou privado que preste serviços descritos como fato gerador do ICMS;

produtor agropecuário; a pessoa jurídica, de direito público ou privado, que se dedique à produção agrícola, animal ou extrativa, em estado natural ou com beneficiamento primário;

produtor rural: a pessoa física ou natural, de direito privado, que se dedique à produção agrícola, animal ou extrativa, em estado natural ou com beneficiamento primário.

Quanto ao regime de recolhimento

normal;

substituição interna;

substituição interestadual;

empresa de pequeno porte;

microempresa;

especial;

outros.

A imunidade, a não-incidência e a isenção não desobrigam as pessoas acima da obrigação de se inscreverem no CGF. Caso essas pessoas mantenham mais de um estabelecimento, seja filial, sucursal, agência, depósito, fábrica seja outro qualquer, para cada um deles será exigida a inscrição no CGF.

Não se obrigam à inscrição no CGF o representante e o mandatário que se limitem a angariar pedido de mercadoria a

ser remetida diretamente do estabelecimento representado para o respectivo adquirente;

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o agenciador e corretor que se limitem a intermediar a prestação de serviço;

o canteiro de obra da empresa de construção civil;

o ambulante e a pessoa que se dediquem a atividades comerciais de natureza transitória, limitada ao período de realização em feira de amostra, exposição, parque de diversão, quermesse, leilão e afins;

Entretanto, poderá ser concedida, a critério do fisco, inscrição de pessoa jurídica e de empresa individual devidamente estabelecida e não obrigadas ao cadastramento, desde que justifiquem dela necessitar para o exercício de suas atividades, sendo a elas aplicadas, no que couber, as normas relativas ao cadastro.

A inscrição não será concedida nos seguintes casos:

quando o endereço não estiver plena-mente identificado;

quando no endereço pleiteado, já se encontrar outro contribuinte com situação cadastral ativa;

quando as instalações físicas do estabelecimento do contribuinte forem incompatíveis com a atividade econômica pretendida, salvo se, pela tipicidade da natureza não devam as mercadorias por ali transitar;

quando o titular ou sócio da empresa pleiteante estiver inscrito na dívida ativa do Estado ou participe de outra que esteja cassada, suspensa ou baixada de ofício;

quando não comprovada a capacidade econômica e financeira do titular ou sócios em relação ao capital social declarado ou atividade pretendida.

Não será permitido o uso de uma mesma inscrição para contribuinte que tencione instalar-se em endereços distintos, salvo se forem contíguos e se houver interligação física entre os mesmos.

Será obrigatório o uso do número de inscrição do contribuinte:

mediante impressão por clichê, ou pelo próprio equipamento de uso fiscal, nos documentos fiscais por ele emitidos;

mediante impressão tipográfica;

nos demais documentos fiscais;

nas faturas e duplicatas;

por qualquer meio gráfico indelével, em invólucros, rótulos, etiquetas e embalagens de produtos industrializados;

por carimbo do CGF, nas cópias de balanços, de inventário de mercadorias e demais documentos fiscais remetidos aos órgãos locais, e nos termos de abertura e encerramento de livros fiscais.

Área municipal – Secretaria de Finanças do Município Para obter alvará de funcionamento deve o pleiteante:

fazer requerimento (modelo próprio – 1º via);

anexar cópia do IPTU;

anexar cópia do contrato social ou do documento de firma individual;

cópia do CNPJ;

taxa de expediente.

Cadastramento junto a prefeitura (ISS)

cópia do contrato social ou documento de firma individual;

cópia do CNPJ;

Cópia do IPTU;

ficha própria da prefeitura assinada por um dos sócios e pelo contador;

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comprovação de endereço do(s) titular(es).

OUTROS ÓRGÃOS DE REGISTRO E LEGALIZAÇÃO Além dos registros acima, existem outras inscrições que serão obrigatórias, de acordo com a atividade que a empresa pretende desenvolver, por exemplo, as profissões de nível superior devem ter um registro do conselho de classe; uma atividade que venha modificar o meio ambiente, deve ter cadastro no Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente.

Sendo assim, dependendo das peculiaridades do tipo de empresa que será aberta, outros órgãos podem ser incluídos no processo de formalização.

Departamento de Higiene e Segurança do Trabalho - DHST Antes de o estabelecimento entrar em funcionamento, é necessário requerer a sua vistoria ao DHST, na Delegacia Regional do Ministério do Trabalho.

Os principais serviços oferecidos por esse departamento são: a) diagnósticos e auditorias de higiene e segurança no trabalho

organização dos serviços de HST das empresas;

planos de segurança e saúde;

organização e planejamento da emergência (planos de emergência e de evacuação);

avaliação de riscos;

avaliação da segurança contra incêndio pelo Método de Gretener1;

conformidade legal de máquinas e equipamentos;

b) determinações analíticas

formação e sensibilização;

coordenação de segurança em obra;

implementação de sistemas de gestão de segurança, higiene e saúde no trabalho

Corpo de Bombeiros A inscrição nessa instituição tem por objetivo a avaliação das condições de segurança e proteção contra incêndios.

Alvará de licença - Corpo de Bombeiros Normalmente, as prefeituras exigem, para funcionamento da empresa, a competente inspeção e vistoria técnica, bem como o respectivo Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros. O empresário deve entrar em contato com o Corpo de Bombeiro do seu município, informar a metragem de área construída e efetuar o pagamento da taxa no banco indicado. Depois, ele deve entregar o formulário no Corpo de Bombeiros devidamente preenchido e anexado ao comprovante de pagamento da taxa pertinente.

Denota-se o fato de que esse procedimento pode variar de acordo com as exigências de cada município.

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama É uma autarquia federal que tem por finalidade:

1 Engenheiro suíço que idealizou o método sobre higiene e segurança do trabalho..

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o controle e monitoramento das atividades potencialmente poluidoras e/ou a extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora;

identificação, com caráter obrigatório, de pessoas físicas e jurídicas que se dediquem à consultoria técnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras.

Cadastramento obrigatório Nos termos da Lei nº 6938/81 - Art.17 incisos I e II é obrigatório o registro de todas as pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou a extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de minerais, produtos e subprodutos da fauna e flora, indicadas na IN nº 010/01.

Cadastram-se também as pessoas físicas ou jurídicas que se dediquem a prestação de serviços de consultoria sobre problemas ecológicos ou ambientais, bem como a elaboração do projeto, fabricação, comercialização, instalação ou manutenção de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras.

Alguns exemplos de atividades poluidoras:

perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural;

experimentação com agroquímicos;

duto;

beneficiamento de borracha natural;

fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensada;

serraria e desdobramento de madeira;

usina hidroelétrica;

fabricação de papel e papelão;

produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação;

fabricação de pólvora, explosivos, detonantes, munição para caça e esporte, fósforo de Segurança e artigos pirotécnicos;

fabricação de sabões, detergentes e velas;

transposição de bacias hidrográficas;

geração de energia hidrelétrica;

atividade agrícola e pecuária;

criador com fins científicos de fauna silvestre nativa e exótica.

Superintendência Estadual do Meio Ambiente - Semace É uma autarquia estadual que tem por finalidade dar continuidade ao cumprimento das normas estaduais e federais de proteção, controle e de utilização racional dos recursos ambientais, bem como fiscalizar a sua execução.

A títulos de ilustração, fez-se um breve estudo sobre agrotóxicos, enfocando o papel da Semace.

Para o cadastramento dos agrotóxicos, os fabricantes, para comercializar seus produtos no Estado, dirigirão regulamento à Superintendência Estadual do Meio Ambiente - Semace, acompanhado, obrigatoriamente, dos seguintes documentos:

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I. cópia do registro do produto, expedida pelo Ministério da Agricultura e Reforma Agrária ou Ministério da Saúde;

II. cópia do Relatório Técnico aprovado pelo Ministério da Agricultura e Reforma Agrária ou Ministério da Saúde;

III. descrição do método de análise de resíduo de cada produto.

O cadastramento dos agrotóxicos, perante a Semace, terá validade de 5 (cinco) anos, renováveis por idêntico período.

Os empresários que transacionem Agro-tóxicos diretamente com os usuários, deverão ser registrados na Superintendência Estadual do Meio Ambiente - Semace, para o que deverão apresentar os seguintes documentos:

I. requerimento do registro dirigido ao superintende da Semace;

II. cópia do alvará de funcionamento fornecido pelo órgão competente do Estado ou do Município;

III. relação dos produtos comercializados;

IV. termo de responsabilidade técnica pela firma, assinado por profissional devida-mente habilitado pelo respectivo Conselho Profissional.

Deverão ser registradas na Semace as empresas prestadoras de serviços, empresas agropecuárias e empresas de armazenamento e expurgos de sementes, que utilizam agrotóxicos, para fins fitossanitários, munidos dos seguintes documentos: I. requerimento do registro dirigido ao superintendente da Semace;

II. cópia do registro da empresa no órgão federal competente ou similar, quando se tratar de empresa sediada em outro Estado;

III. descrição do método de aplicação e/ou utilização dos agrotóxicos;

IV. termo de responsabilidade técnica pela firma, assinado por profissional devida-mente habilitado pelo respectivo Conselho Profissional;

V. prova de constituição de empresa;

VI. comprovante de pagamento da taxa, através de DAE – documento de arrecadação estadual.

As empresas aplicadoras de agrotóxicos com finalidade domissanitária, para fins de

licenciamento junto à Secretaria de Saúde do Estado ou Município, deverão apresentar requerimento instruído com a documentação constantes da seção anterior.

As empresas aplicadoras de agrotóxicos e afins terão obrigatoriamente instalações independentes, sendo vedado o aproveitamento de suas dependências para residência ou moradia.

Os serviços de fiscalização, objeto dessa Lei, quando executados pelos órgãos de Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, no exercício regular do Poder de Polícia2, ensejarão a cobrança de taxas.

Instituto de Fermentação Órgão vinculado ao Departamento de Pesquisas e Experimentação Agropecuárias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

2 Poder de polícia é o poder e o dever que tem o Estado de, por intermédio de seus agentes, manter coercitivamente a ordem interna, social, política, econômica, legal ou sanitária e preservá-la e defendê-la de quaisquer ofensas a sua estabilidade

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Os fabricantes e os importadores de bebidas alcoólicas devem requerer a esse instituto o seu registro como fabricante ou como importador de bebidas.

Delegacia Especializada em Explosivos, Armas e Munições Os estabelecimentos destinados à fabricação de produtos químicos, quando sujeitos a fiscalização, deverão requerer ―alvará‖ junto a esse órgão. O documento requerido terá validade anual.

Ministério da Defesa As empresas de comércio e fabricação de armas e munições, além do alvará do item anterior, necessitam para o seu funcionamento de autorização do Ministério da Defesa Nacional, representado pelo Exército, Marinha e Aeronáutica.

Secretaria de Vigilância Sanitária - Prefeitura Os estabelecimentos industriais e comerciais de produtos alimentícios e bebidas (mercearias, bares, restaurantes, fábricas de conservas, destilarias, depósitos etc.), antes de entrarem em funcionamento, devem requerer a licença de funcionamento na regional da prefeitura, no bairro a que pertencem.

Departamento Nacional de Mão-de-obra do Ministério do Trabalho e Emprego As empresas de trabalho temporário têm seu funcionamento condicionado ao prévio registro nesse departamento, conforme Lei nº 6.019/74.

O pedido de registro deve ser acompanhado dos seguintes documentos:

prova de existência da empresa individual ou da constituição da pessoa jurídica, com o competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenham sede;

prova de nacionalidade brasileira do titular ou dos sócios;

prova de possuir capital social integralizado de, no mínimo, 500 (quinhentas) vezes o valor do maior salário-mínimo vigente no País, à época do pedido do registro;

prova de propriedade do imóvel sede ou recibo referente ao último mês de aluguel;

prova de entrega da relação de trabalhadores a que se refere o art. 360 da Consolidação das Leis do Trabalho;

prova de recolhimento da contribuição sindical;

prova de inscrição no cadastro geral de contribuintes do Ministério da Fazenda;

Certificado de Regularidade de Situação, fornecido pelo Instituto Nacional de Previdência Social.

Conselhos de Classe As empresas que desenvolvem atividades que exigem profissionais, sócios, ou empregados com conhecimento de nível superior ou específico, antes do seu funcionamento devem inscrever-se no respectivo conselho de classe.

Delegacia Regional do Trabalho Sempre que houver admissão ou demissão de empregado, deverá ser feita comunicação à DRT, em formulário próprio (cadastro geral de empregados e desempregados) até o dia 15 do mês subseqüente.

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PARTICULARIDADES PERTINENTES AO REGISTRO DE CERTOS RAMOS DE ATIVIDADE

Sociedade cooperativa A sociedade cooperativa reger-se-á pelos artigos 1.093 a 1096 da Lei nº 10.404/02, ressalvada a legislação especial expressa nas seguintes dispositivos:

Lei nº 5.764/71;

Lei nº 7.231/84;

Decreto nº 90.393/84.

Uma cooperativa de crédito, por exemplo, deve submeter-se aos dispositivos da Lei nº 4.595/64 e determinações do Banco Central do Brasil.

É uma sociedade de pessoas, organizadas em bases democráticas, que visa não só suprir seus membros de bens e serviços, como também realizar determinados programas educativos e sociais. Ë um organismo técnico, econômico e financeiro sob a administração coletiva que mantém nas mãos dos trabalhadores toda a gestão e risco destinados ao fator trabalho, e para sociedade global todo o valor agregado, depois de pago o juro (ou taxa de arrendamento do fator capital). É uma sociedade constituída por membros de determinado grupo econômico ou social, e que objetiva desempenhar, em benefício comum, determinada atividade econômica.

São organizações voluntárias abertas a todas as pessoas aptas a usar seus serviços e dispostas a aceitar as responsabilidades de sócios, sem discriminação social, racial, política ou religiosa e de gênero. São sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituída para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características:

adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo impossibilidade técnica de prestação de serviços;

variabilidade de capital social, representado por quotas-partes, ou dispensa do capital social;

concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da sociedade, sem limitação de número máximo;

limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar;

intransferibilidade ou inacessibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança;

quorum, para a assembleia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios presentes à reunião, e não no capital social representado;

direito de cada sócio a um voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação – (singularidade de voto);

distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado;

indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da sociedade;

prestação de assistência aos associados, e, quando prevista nos estatutos, aos seus empregados;

neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social.

Enfim, celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens e serviços para a execução de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. Pelo novo Código Civil, a

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sociedade cooperativa é uma sociedade simples e não empresária, podendo seus sócios ter responsabilidade limitada ou ilimitada.

Sociedade cooperativa: simples ou empresária? As cooperativas sempre tiveram seus estatutos e atos societários registrados na Junta Comercial. De acordo com o novo Código Civil, são consideradas sociedades simples, independentemente de seu objeto e porte, e portanto, devem ter seus estatutos registrados em cartório. Essa é mais uma questão polêmica. Os cartórios entendem que todas as cooperativas devem registrar seus atos no Registro Público das Pessoas Jurídicas em conformidade com o Código Civil. A Junta Comercial informa que continuará a registrar os atos das cooperativas.

A Receita Federal não está entrando no mérito da questão, fornecendo o CNPJ tanto para os atos constitutivos de cooperativas registradas em Cartório ou na Junta Comercial. Mais uma vez, quem decide e arca com a responsabilidade da escolha são os sócios. Até que haja um pronunciamento oficial dos referidos órgãos e uma posição mais uniforme da doutrina, as cooperativas constituídas a partir da vigência do novo Código Civil devem usar dos mesmos critérios utilizados para as sociedades limitadas. Se tiverem uma estrutura mais empresarial devem registrar seus atos na Junta Comercial, do contrário, são registradas em Cartório.

Segmentos do cooperativismo O cooperativismo no Brasil desempenha suas atividades econômicas de acordo com segmentos específicos, destacando-se os seguintes: agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, habitacional, mineração, produção, serviços e trabalho.

Segmento agropecuário Composto pelas cooperativas de produtores rurais, destacando-se um ou mais dos seguintes produtos: abacaxi, abelhas e derivados, açúcar e álcool, algodão, alho, arroz, aveia, aves e derivados, banana, batata, bicho-da-seda e derivados, borracha, bovinos e derivados, café, cana de açúcar, caprinos e derivados, carnaúba e derivados, cevada, coelhos e derivados, peixes e derivados, feijão, fumo, hortaliças, jacarés e derivados, juta, laranja e derivados, leite e derivados, maçã, madeira, malva, mandioca, mate, milho, ovinos e derivados, rãs e derivados, sementes em geral, sisal, soja, suínos e derivados, trigo, urucum, uva e derivados, e atividades similares além das cooperativas de fornecimento de insumos agropecuários.

Segmento de consumo Composto pelas cooperativas de consumo abertas ou fechadas para compra em escala de produtos, insumos e serviços nas diferentes modalidades de derivados de petróleo, eletrodomésticos, planos de saúde e seguros, cestas-básicas, farmácias, lazer, entretenimentos, automóveis, utilidades gerais e outros bens de consumo.

Segmento de crédito Composto de instituições destinadas a captar recursos e a assistir financeiramente os seus associados. Essas instituições deverão manter encaixe em moeda corrente e em depósito de livre retirada, em proporção necessária à condução de suas operações, vedada a manutenção de depósitos voluntários em outro estabelecimento, a não ser no Banco do Brasil, salvo em localidades onde este não possuir agência.

Segmento educacional Composto pelas cooperativas de alunos de escolas de diversos graus e pelas cooperativas de pais de alunos.

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Segmento especial Composto pelas cooperativas de deficientes mentais, escolares, de menores de 16 anos, de índios não aculturados, deficientes físicos e de outras pessoas relativamente capazes.

Segmento habitacional Composto pelas cooperativas de construção, de manutenção e de administração de conjuntos habitacionais e condomínios.

Segmento mineração Composto pelas cooperativas mineradoras de minerais, metais, pedras preciosas, sal, areias especiais, calcário etc.

Segmento de produção Composto pelas cooperativas de bens de consumo, tais como eletrodomésticos, tecidos, móveis, produtos de autopeças, produtos mecânico e metalúrgicos e outros bens de consumo nas quais os meios de produção pertencem à pessoa jurídica e os cooperados formam o seu quadro diretivo, técnico e funcional.

Segmento de serviço Composto pelas cooperativas de eletrificação rural, mecanização agrícola, limpeza pública, telefonia rural e outros serviços comunitários.

Segmento de trabalho Composto pelas cooperativas de arquitetos, artesãos, artistas, auditores e consultores, aviadores, cabeleireiros, carpinteiros, catadores de lixo, contadores, costureiras, dentistas, doceiras, engenheiros, escritores, estivadores, garçons, gráficos, profissionais de informática, inspetores, jornalistas, mecânicos, médicos, enfermeiras, mergulhadores, produção cultural, professores, psicólogos, secretárias, trabalhadores da construção civil, trabalhadores rurais, trabalhadores em trans-portes de cargas, trabalhadores de trans-porte de passageiros, vigilantes, projetistas, designers, outras atividades de ofício sejam técnicas e profissionais.

Classificação das sociedades cooperativas As sociedades cooperativas se classificam em:

Cooperativas Singulares São aquelas constituídas pelo número mínimo de pessoas físicas, sendo permitida, excepcionalmente, a admissão de pessoas jurídicas que tenham por objetivo as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas ou, ainda, aquelas sem fins lucrativos. Essas cooperativas caracterizam-se pela prestação direta de serviços aos associados.

Cooperativas Centrais As federações de cooperativas são constituídas de, no mínimo, 3 (três) cooperativas singulares, podendo excepcionalmente, admitir associados individuais.

Confederação de Cooperativas São as constituídas, pelo menos, de 3 (três) federações de cooperativas ou cooperativas centrais, da mesma ou de diferentes modalidades. Essa confederações têm por objetivo orientar e coordenar as atividades das filiadas.

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As cooperativas podem ser também classificadas, considerando-se a natureza das atividades desenvolvidas por elas ou por seus associados. Assim, têm-se as cooperativas mistas – aquelas que apresentam mais de um objetivo de atividades.

Procedimentos básicos para a constituição de uma cooperativa Para a instalação de uma cooperativa, deve os seus fundadores, atentar aos seguintes passos:

determinar os objetivos da cooperativa;

escolher uma comissão para tratar das providências necessárias à criação da cooperativa, com a indicação de um coordenador dos trabalhos;

a comissão elaborará uma proposta de estatuto da cooperativa;

a comissão convocará as pessoas interessadas para a assembléia geral de constituição ou fundação da cooperativa, determinando, hora e local da reunião, com antecedência;

realização da assembleia geral de constituição da cooperativa, com a participação de todos os interessados.

Constituição As sociedades cooperativas podem constituir-se:

por deliberação da assembleia geral dos fundadores, constante da respectiva ata;

por escritura pública.

Conforme o artigo 14 da Lei nº 5.764/71, o ato constitutivo de uma cooperativa deverá conter:

a denominação, sede e objeto social – a sociedade cooperativa se obriga ao uso exclusivo da expressão ―cooperativa‖ em sua denominação;

o nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos associados fundadores que o assinarem e bem assim, se a sociedade tiver capital, o valor da quota-parte de cada um;

a aprovação do estatuto da sociedade;

o nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos associados eleitos para os órgãos de administração e fiscalização e outros eventualmente criados.

Na condição de sociedades simples, devem ter seus atos constitutivos arquivados no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, adquirindo, assim, sua personalidade jurídica. No entanto, continuam sendo registradas na Junta Comercial O estatuto social da sociedade cooperativa deverá conter:

a denominação, sede, prazo de duração, área de ação, objeto da sociedade, fixação do exercício social e da data do levantamento do balanço geral;

os direitos e deveres dos associados, a natureza de suas responsabilidades e as condições de admissão, demissão e eliminação e exclusão e as normas para sua representação nas assembleias gerais;

o capital mínimo, o valor da quota-parte, o mínimo de quotas-partes a ser subscrito pelo associado, o modo de integralização das quotas-partes, bem como as condições de sua retirada nos casos de demissão, eliminação ou de exclusão do associado;

a forma de devolução das sobras registradas, aos associados, ou do rateio das perdas apuradas por insuficiência de contribuição para cobertura das despesas da sociedade;

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o modo de administração e fiscalização, estabelecendo os respectivos órgãos, com definição de suas atribuições, poderes e funcionamento, a representação ativa e passiva da sociedade em juízo ou fora dele, o prazo do mandato, bem como o processo de substituição dos administradores e conselheiros ficais;

as formalidades de convocação das assembléias gerais e a maioria requerida para sua inscrição e validade de suas deliberações, vedado o direito de voto aos que nelas tiveram interesse particular sem privá-los da participação nos debates;

os casos de dissolução voluntária da sociedade;

o modo e o processo de alienação ou oneração de bens imóveis da sociedade;

o modo de reformar o estatuto;

o número mínimo de associados.

Denominação As sociedades cooperativas poderão adotar por objeto qualquer gênero de serviço, operação ou atividade, assegurando-lhes o direito exclusivo e exigindo-se-lhes a obrigação do uso da expressão ―cooperativa‖ em sua denominação, conforme artigo 5o. da Lei nº 5.764/71.

A expressão ―Limitada‖ ou ―Ltda‖ indica um tipo societário. Essa expressão deve ser entendida como exclusiva das sociedades limitadas, não podendo ser utilizada na denominação social de outros tipos societários para indicar a responsabilidade dos sócios. A Lei nº 5.764/71 obriga as sociedades por ela disciplinadas a usarem a expressão ―cooperativa‖. Esse dispositivo legal não prevê a possibilidade de as cooperativas utilizarem o vocábulo ―Limitada‖. Assim se manifestou a Procuradoria da Jucesp através do Parecer CJ/Jucesp nº. 78/04.

Responsabilidade dos sócios O art. 1.095 do Código Civil estabelece a responsabilidade dos sócios da cooperativa, que pode ser limitada ao valor de suas quotas no capital social ou ilimitada. Note-se que, em ambas as hipóteses, a responsabilização do cooperado será sempre subsidiária, nos termos do que prevê o art. 13 da Lei nº 5.764/71 (―A responsabilidade do associado para com terceiros, como membro da sociedade, somente poderá ser invocada depois de judicialmente exigida a da cooperativa‖). É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações. É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.

Responsabilidade limitada Com relação à cooperativa de responsabilidade limitada, desde sua origem se admitia que os sócios respondessem apenas pelo valor de sua contribuição para a formação do capital social. No entanto, o Decreto-Lei nº 59/66 ampliou os limites da responsabilidade do cooperado, prevendo em caráter subsidiário sua responsabilização também por eventuais prejuízos da cooperativa, na proporção das operações por ele praticadas.

Essa norma legal provocou uma crise no setor, uma vez que onerava em demasia o patrimônio dos cooperados. Com a promulgação da Lei nº 5.764/71 os efeitos danosos dessa norma foram atenuados, na medida em que seu art. 11 estabeleceu que nas cooperativas limitadas a responsabilidade do cooperado corresponde

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somente ao valor do capital subscrito.Contudo, o Código Civil restabeleceu a sistemática das cooperativas de responsabilidade limitada do Decreto-Lei nº 59/66.

Em decorrência da expressa previsão do art. 1.095, o sócio de cooperativa de responsabilidade limitada passa a responder não somente pela parcela de sua contribuição ao capital social, correspondente às quotas por ele integralizadas, mas também pelos prejuízos porventura verificados, na proporção das operações que tiver realizado. Com isso, foi revogado o art. 11 da Lei nº 5.764/71.

É aconselhável constar no Estatuto, explicitamente, a responsabilidade dos sócios. Deverá constar que o sócio responde subsidiariamente pelas obrigações contraídas pela cooperativa perante terceiros, e limitadamente à parcela de sua contribuição ao capital social, correspondente às quotas por ele integralizadas, bem como pelos prejuízos porventura verificados, na proporção das operações que tiver realizado.

Responsabilidade Ilimitada As cooperativas de responsabilidade ilimitadas constituem-se sem capital social, respondendo os cooperados ilimitada-mente pelas obrigações sociais. Nessa espécie de cooperativa, dificilmente encontrada na prática nos dias atuais, os eventuais credores da sociedade terão como garantia o patrimônio pessoal dos cooperados.

Conforme o inciso I do art. 1.094 do Código Civil, é facultado às cooperativas constituir-se sem capital social, ou dispensá-lo, se existente, devendo nessa hipótese, transformar-se em cooperativa de responsabilidade ilimitada (§ 2o. do art. 1.095).

Livros sociais A sociedade cooperativa deverá possuir os seguintes livros:

livro de matrícula: no qual os associados serão inscritos por ordem cronológica de admissão, dele constando;

o nome, idade, estado civil, nacionalidade, profissão e residência do associado;

data de sua admissão e, quando for o caso, de sua demissão a pedido, eliminação ou exclusão;

livro de atas das assembleias gerais;

livro de atas dos órgãos de administração;

livro de atas do conselho fiscal;

livro de presença dos associados nas assembleias gerais;

outros livros fiscais e contábeis.

Capital social O capital social será dividido em quotas-partes, cujo valor unitário não poderá ser superior ao maior salário mínimo vigente no País, não podendo nenhum associado subscrever mais de 1/3 (um terço) do total das quotas-partes, salvo nas sociedades em que a subscrição deva ser direta-mente proporcional ao movimento financeiro da cooperação ou ao quantitativo dos produtos a serem comercializados, beneficiados ou transformados, ou ainda, em relação à área cultivada ou ao número de plantas e animais em exploração.

É vedado às cooperativas distribuírem qualquer espécie de benefício às quotas-partes do capital ou estabelecer outras vantagens ou privilégios, financeiros ou não, em favor de quaisquer associados ou terceiros, excetuando-se os juros até o máximo de 12% (doze por cento) ao ano que incidirão sobre a parte integralizada.

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Nas sociedades cooperativas em que a subscrição do capital for diretamente proporcional ao movimento ou à expressão econômica de cada associado, o estatuto deverá prever sua revisão periódica para ajustamento às condições vigentes.

Constituição de fundos As cooperativas são obrigadas a constituir:

fundo de reserva - destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades, constituído com 10% (dez por cento), pelo menos, das sobras líquidas do exercício; esse fundo é indivisível entre os sócios;

fundo de assistência técnica, educacional e social – destinado à prestação de assistência aos associados, seus familiares e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa, constituído de 5% (cinco por cento), pelo menos, das sobras líquidas apuradas no exercício.

Associados O ingresso nas cooperativas é livre a todos que desejarem utilizar os serviços prestados pela sociedade, desde que adiram aos propósitos sociais e preencham as condições estabelecidas no estatuto. No entanto, a admissão dos associados poderá ser restrita, a critério do órgão normativo respectivo, às pessoas que exerçam determinada atividade ou profissão ou estejam vinculadas a determinada entidade.

O associado que aceitar e estabelecer relação empregatícia com a cooperativa perde o direito de votar e ser votado, até que sejam aprovadas as contas do exercício em que ele deixou o emprego. A demissão do associado será unicamente a seu pedido. A exclusão do associado será feita:

por dissolução da pessoa jurídica;

por morte da pessoa física;

por incapacidade civil não suprida;

por deixar de atender aos requisitos estatutários de ingresso ou permanência na cooperativa.

Assembleia geral A assembleia geral dos associados é o órgão supremo da sociedade, dentro dos limites legais e estatutários, tendo poderes para decidir os negócios relativos ao objeto da sociedade e tomar as resoluções convenientes ao desenvolvimento e defesa desta, e suas delibe-rações vinculam a todos, ainda que ausentes ou discordantes. Essas assembleias devem ser convocadas com antecedência mínima de 10 (dez) dias, e as suas deliberações são tomadas por maioria de voto dos associados presentes com direito a votar. O quorum de instalação das assembleias gerais será de:

2/3 (dois terços) do número de associados, em primeira convocação;

metade mais 1 (um) dos associados em segunda convocação;

mínimo de 10 (dez) associados na terceira convocação, ressalvado o caso de cooperativas centrais e federações de cooperativas, que se instalarão com qualquer número.

A sociedade será administrada por uma diretoria ou um conselho de administração, composto exclusivamente de associados eleitos pela assembleia geral, com mandato nunca superior a 4 (quatro) anos, sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, 1/3 (um terço) do conselho de administração.

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A administração será fiscalizada, assídua e minuciosamente, por um conselho fiscal constituído de 3 (três) membros efetivos e 3 (três) suplentes, todos associados eleitos anualmente pela assembleia geral, sendo permitida apenas a reeleição de 1/3 (um terço) dos seus componentes.

As cooperativas permanecerão subordinadas, na parte normativa, ao Conselho Nacional de Cooperativismo, com exceção das de crédito, das seções de crédito das agrícolas mistas e das de habitação, cujas normas continuarão a ser baixadas pelo Conselho Monetário Nacional. A representação do sistema cooperativista nacional cabe à Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB, sociedade simples com sede na capital federal, órgão técnico consultivo do governo, estruturado nos termos dessa lei, sem finalidade lucrativa.

Sociedades dependentes de autorização governamental (do art. 1.124 ao art. a.141 da Lei nº 10.406/02) Os artigos acima se distribuem em três seções distintas: seção I – disposições gerais – art. 1.124/1.125; seção II – da sociedade nacional – do art. 1.126 ao art. 1.133; seção III – da sociedade estrangeira – do art. 1.134 ao art. 1.141.

A exigência de autorização para o exercício da atividade econômica em certos setores da economia é respaldada no art. 170, parágrafo único, da Constituição Federal, que dispõe: ―É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.’ Assim podem existir restrições, por razões de conveniência ou interesse públicos que ao Poder Legislativo cumpre determinar.‖

[...] ―Os arts. 1.131 e 1.135 do Código Civil também fazem alusão à autorização, exigível, como visto, somente quando não houver norma legal dispondo de modo diverso. As instituições financeiras nacionais, por exemplo, dependem, para funcionar, de autorização do Banco Central do Brasil; já das estrangeiras é exigido decreto do Poder Executivo Federal (Lei nº 4.595/64, art. 18).‖

A competência para a autorização será sempre do Poder Executivo Federal, devendo-se observar que na falta de prazo estipulado em lei ou em ato do poder público, será considerada caduca a autorização se a sociedade não entrar em funcionamento nos doze meses seguintes à respectiva publicação. As sociedades que dependem de autorização do Poder Executivo para funcionar, reger-se-á pelos artigos 1.123 a 1.141 do Código Civil, sem prejuízo do disposto em lei especial.

Ao Poder Executivo é facultado, a qualquer tempo cassar a autorização concedida a sociedade nacional ou estrangeira que infringir disposição de ordem pública ou praticar atos contrários aos fins declarados no seu estatuto.

Dependem de prévia autorização governamental o arquivamento de atos constitutivos, alterações contratuais e estatutárias:

sociedades de seguros e capitalização;

bancos e sociedades de créditos, financiamentos e investimentos;

empresas de navegação aérea;

empresas de navegação e cabotagem marítima, fluvial e lacustre;

empresas que participem do sistema de distribuição no mercado de capitais;

empresas de transportes ferroviários;

empresas de arrendamento mercantil (leasing);

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empresas localizadas na faixa de fronteira;

as cooperativas de crédito;

as empresas de previdência complementar;

as empresas de pesquisa e lavra de recursos minerais (CF, art. 176, § 1º);

as empresas que atuem na área de radiodifusão (CF, art. 223);

as empresas que se dediquem à exploração de florestas (Lei 4.771/75, art. 19);

as empresas de produção, comercialização, importação e exportação independente de energia elétrica (Lei 9.427/66, art. 26 e incisos);

as empresas que se destinam à exploração de terminais privativos e de outras atividades portuárias (Lei 8.630/93; Lei 9.432/97;

as empresas destinadas a pesquisa e lavra de jazidas de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, a refinação de petróleo, a importação e exportação de produtos dele derivados e o respectivo transporte (Lei 9.478/97, art. 5º);

as empresas de infraestrutura aeronáutica e as de comércio nas regiões aeroportuárias (Código Brasileiro do Ar – Lei 7.565/1986);

as empresas que explorem os sistemas de consórcios (Lei 5.768/71, art. 7º);

os partidos políticos;

as empresas vinculadas ao Ministério das Minas e Energia;

as empresas vinculadas ao Ministério do Meio ambiente;

as empresas concessionárias do serviço público;

as empresas de parceria público-privada.

A relação das empresas que necessitam de autorização para funcionar está consolidada, em caráter não exaustivo, no anexo da Instrução Normativa 32/91, do Departamento Nacional do Registro do Comércio – DNRC.

Sociedade nacional É considerada nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no País a sede de sua administração. As sociedades anônimas nacionais, que dependam de autorização do Poder Executivo para funcionar, não se constituirão sem obtê-la, quando seus fundadores pretenderem recorrer a subscrição pública para a formação do capital. Não haverá mudança de nacionalidade de sociedade brasileira sem o consentimento unânime dos sócios.

Deverá ser feito um requerimento, solicitando a autorização de funciona-mento para sociedade nacional, o qual deve ser acompanhado de cópia do contrato ou estatuto, assinada por todos os sócios, ou, tratando-se de sociedade anônima, de cópia, autenticada pelos fundadores, dos documentos exigidos pela lei especial.

Os atos sujeitos a aprovação prévia para registro ou arquivamento estão enumerados no Anexo à IN DNRC nº 32/91, evidenciado a seguir:

ANEXO À INSTRUÇÃO NORMATIVA DNRC/Nº 32, DE 19 DE ABRIL DE 1991

CATEGORIA DAS EMPRESAS

NATUREZA DO ATO FUNDAMENTO

LEGAL ÓRGÃO DE APROVAÇÃO

OBSERVAÇÃO

1 – Instituições Financeiras e

Assemelhadas, Públicas e Privadas:

Caixas Econômicas

Bancos Comerciais

Bancos Múltiplos

a) Ato Constitutivo

b) Assembléia Geral; Reunião de Diretoria ou Conselho de Administração que trate de:

Lei 4595, de 31.12.64:

art. 10, inciso IX;

art. 17 e 18 e §§;

art. 30;

art. 33 e §§;

Banco Central

do Brasil

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Bancos de Desenvolvimento

Bancos de Investimento

Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento

Sociedades Corretoras de Câmbio e de Títulos e Valores Mobiliários

Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários

Sociedades de Crédito Imobiliário(1)

Sociedades de Arrendamento Mercantil

Cooperativas de Crédito(2)

constituição;

alteração estatutária;

modificação no capital;

transformação, fusão, cisão e incorporação;

eleição/nomeação de administradores e membros de órgãos estatutários;

instalação, transferência e cancelamento de sedes e dependências

c) Contrato social e suas alterações;

d) Escritura Pública de Constituição

Lei 4728, de 14.07.65:

arts. 11, 12 e 13;

(1) Res. 20/66, do CMN

(2) Lei 5764, de 16.12.71:

arts. 17, 18 e 20

C.F: art. 192-VIII

2 - Sociedades de Investimento

Atos constitutivos e suas alterações e a investidura de administradores das sociedades

§ 4° do art. 49 da Lei 4728, de 14.07.65 ; Lei 6385, de 07.02.66 e Resolução 1289/ CMN de 20.03.87

Comissão de Valores Mobiliários

3 - Mineração

Alteração de contratos ou estatutos sociais, após con-cessão de título a que se refere o art. 96 do Decreto n° 62.934, de 02.07.68

Art. 97 e s/ parágrafo único, do Dec n° 62.934, de 02.07.68

Departamento Nacional de

Produção Mi-neral - DNPM, por delegação do Ministro

da Infra-estru-tura

Antes do arquiva-mento do Alvará, a empresa não é considerada de mineração, nos

termos do art. 95, do Decreto n° 62.934, de 02.07.68. Neste caso é desneces-sária a aprovação

prévia

4 - Estrangeiras

Pedido de autorização, funcionamento e alterações de qualquer natureza de sociedades mercantis estrangeiras, filial, sucursal, agência ou escritório.

Arts. 59 a 73 do Dec-lei n° 2.627, de 26.10.40

Governo Federal

Somente após o ato autorizativo poderá o documento ser arquivado na Junta Comercial

5 - Estatais

Constituição de empresa estatal, assunção do con-trole de empresa por em-presa estatal, incorporação de empresa estatal por em-presa estatal e liquidação de empresa estatal.

Art. 37, item XIX da Constituição Federal

Veja Constituição Estadual ou Lei Orgânica do Município

Congresso Nacional

Lei Específica

6 - Serviços aéreos

a) Atos constitutivos e modificações

b) Cessão, ou transferência de ações de sociedades nacionais.

c) Os acordos que impliquem consórcio pool, conexão, consolidação ou fusão de serviços ou interesses

Lei n° 7.565 de 19.12.86 - Código Brasileiro de Aeronáutica.

Ministério da Aeronáutica -

DAC

Se estrangeiras, observar Decreto 92319, de 23.01.86

7 Telecomunicações e

radiodifusão

a) Alterações posteriores à constituição

b) Eleição de Diretoria

Art.38, da Lei n° 4.117, de 27.08.62

Secretaria Nacional de

Comunicações

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A sabedoria é a arma invencível de um povo

85

8 - Serviços de radiodifusão,

mineração, colonização e loteamento rurais, bem como participação de estrangeiros em pessoa jurídica de qualquer natureza, em faixa de fronteira.

a) Atos constitutivos e alterações posteriores

b) Abertura de filiais, agências, sucursais, posto ou quaisquer outros estabe-lecimentos com poder de representação da sede relacionados com a prática de atos que exijam assentimento prévio.

c) Participação de estrangeiro na empresa.

Art. 34, 42 e 43 do Decreto nº 85.064, de 26.08.80 Art. 2° da Lei 6.634, de 02.05.79 - regulamentada pelo Decreto n° 85.064, de 26.08.80

CDN – Conselho de

Defesa Nacional

Nos atos extintivos

dispensa-se o assentimento

prévio

ANEXO À INSTRUÇÃO NORMATIVA DNRC/Nº 76, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1998

RESTRIÇÕES E IMPEDIMENTOS FUNDAMENTO LEGAL

EMPRESA DE CAPITAIS ESTRANGEIROS NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde, salvo através de doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades de Cooperação Técnica e de Financiamento e Empréstimos.

Constituição da República de 1988: art. 199, parágrafo 3

o, e

Lei no 8.080 de 19/9/90, art.

23 e parágrafos.

EMPRESA DE NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM Somente brasileiro poderá ser titular de firma mercantil individual de navegação de cabotagem. Tratando-se de sociedade mercantil, cinqüenta por cento mais uma quota ou ação, no mínimo, deverão pertencer a brasileiros. Em qualquer caso, a administração deverá ser constituída com a maioria de brasileiros, ou a brasileiros deverão ser delegados todos os poderes de gerência.

Constituição da República de 1988: art. 178, Parágrafo único; EC n

o 7/95; e

Decreto-lei no 2.784 de

20/11/40: art. 1o, alíneas "a" e

"b" e art. 2o.

EMPRESA JORNALÍSTICA E EMPRESAS DE RADIODIFUSÃO SONORA E DE SONS E IMAGENS As empresas jornalísticas e as empresas de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverão ser de propriedade privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, aos quais caberão a responsabilidade por sua administração e orientação intelectual. É vedada a participação de pessoa jurídica no capital social, exceto a de partido político e de sociedade cujo capital pertença exclusiva e nominalmente a brasileiros. Tal participação só se efetuará através de capital sem direito a voto e não poderá exceder a 30% do capital social. Tratando-se de estrangeiro de nacionalidade portuguesa, segundo o Estatuto de Igualdade, são vedadas a responsabilidade e a orientação intelectual e administrativa, em empresas jornalísticas e de empresas de radiodifusão sonora e de sons e imagens.

Constituição da República de 1988, arts. 12, § 1

o, e 222 e

§§ e

Decreto no 70.436 de 18/4/72,

art. 14, § 2o, inciso I.

EMPRESA DE SERVIÇO DE TV A CABO A Empresa de Serviço de TV a cabo deverá ter sede no Brasil e cinqüenta e um por cento do seu capital votante deverá pertencer a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou a sociedades com sede no país, cujo controle pertença a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos.

Lei no 8.977, de 6/1/95, art.

7o, incisos I e II

EMPRESAS DE MINERAÇÃO E DE ENERGIA HIDRÁULICA A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País.

Constituição da República de 1998: art. 176, § 1

o; EC n

o

6/95.

EMPRESA DE TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DE CARGA A exploração do transporte rodoviário de carga é privativa de transportadores autônomos brasileiros, ou a estes equiparados por lei ou

Constituição Federal de 1988: arts. 22, VII, e 178, EC n

o

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A sabedoria a arma invencível de um povo!

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convenção, e de pessoas jurídicas que tenham sede no Brasil. Pelo menos quatro quintos do capital social, com direito a voto, deverão pertencer a brasileiros e a direção e administração caberá exclusivamente a brasileiros. Havendo sócio estrangeiro, a pessoa jurídica será obrigatoriamente organizada sob a forma de sociedade anônima, cujo estatuto social não poderá contemplar qualquer forma de tratamento especial ao sócio estrangeiro, além das garantias normais previstas em lei para proteção dos interesses dos acionistas minoritários. Deve constar no ato constitutivo que o transporte é rodoviário e urbano; pois, nos demais casos será exigida autorização governamental.

7/95; e

Lei no 6.813, de 10/7/80: art.

1o, I a III, §§ 1

o e 2

o..

SOCIEDADE ANÔNIMA - QUALQUER ATIVIDADE O estrangeiro somente poderá ser administrador, com visto permanente e membro de conselho fiscal de sociedade anônima se residir no Brasil. A subsidiária integral terá como único acionista sociedade brasileira. Tratando-se de grupo de sociedades, a sociedade controladora, ou de comando do grupo, deverá ser brasileira.

Lei no 6.404, de 15/12/76 com

a nova redação dada pela Lei n

o 9.457, de 5/5/97: arts. 146,

162, 251 e 164, § 1o.

EMPRESA AÉREAS NACIONAIS A concessão somente será dada à pessoa jurídica brasileira que tiver sede no Brasil; pelo menos quatro quintos do capital com direito a voto, pertencentes a brasileiros, prevalecendo essa limitação nos eventuais aumentos do capital social; a direção confiada exclusivamente a brasileiros.

Lei no 7.565, de 19/12/86: art.

181, incisos I a III

EMPRESAS EM FAIXA DE FRONTEIRA EMPRESA DE RADIODIFUSÃO SONORA E DE SONS E IMAGENS O capital da empresa de radiodifusão sonora e de sons e imagens, na faixa de fronteira, pertencerá somente a pessoas físicas brasileiras. A responsabilidade e orientação intelectual e administrativa caberão somente a brasileiros. As quotas ou ações representativas do capital social serão inalienáveis e incaucionáveis a estrangeiros ou a pessoas jurídicas. EMPRESA DE MINERAÇÃO A sociedade mercantil de mineração deverá fazer constar expressamente de seu estatuto ou contrato social que, pelo menos, cinqüenta e um por cento do seu capital pertencerá a brasileiros e que a administração ou gerência caberá sempre a maioria de brasileiros, assegurados a estes poderes predominantes. No caso de firma mercantil individual, só a brasileiro será permitido o estabelecimento ou exploração das atividades de mineração na faixa de fronteira. A administração ou gerência caberá sempre a brasileiros, sendo vedada a delegação de poderes, direção ou gerência a estrangeiros, ainda que por procuração outorgada pela sociedade ou firma mercantil individual. EMPRESA DE COLONIZAÇÃO E LOTEAMENTOS RURAIS Salvo assentimento prévio do órgão competente, será vedada, na Faixa de Fronteira, a prática dos atos referentes a : colonização e loteamentos rurais. Na Faixa de Fronteira, as empresas que se dedicarem às atividades acima, deverão obrigatoriamente ter pelo menos cinqüenta e um por cento pertencente a brasileiros e cabe à administração ou gerência à maioria de brasileiros, assegurados a estes os poderes predominantes

Lei no 6.634, de 02/5/79: art.

3o, I e III, e Decreto n

o 85.064,

de 26/8/80, arts. 10, 15 e §§, 17, 18, 23 e §§.

As entidades integrantes do Sistema Financeiro Nacional e as componentes do Sistema de Distribuição, entre outras, antes do registro, devem ter a aprovação do Banco Central do Brasil, de conformidade com as normas constantes do MNI – Manual de Normas e Instruções, expedido por aquela autarquia federal.

As sociedades por ações, que queiram negociar suas ações nas bolsas de valores, necessitam de registro na CVM – Comissão de Valores Mobiliários.

As companhias seguradoras, as sociedades de capitalização e as entidades de previdência complementar abertas estão sujeitas às normas da Susep – Superintendência de Seguros Privados.

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A sabedoria é a arma invencível de um povo

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As entidades de previdência complementar fechadas estão sujeitas às normas da Secretaria de Previdência Complementar do Ministério de Previdência e Assistência Social.

Sociedade estrangeira A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não pode, sem autorização do Poder Executivo, funcionar no País. Sendo assim, a sociedade estrangeira que desejar estabelecer filial, sucursal ou agência no Brasil, deverá solicitar autorização do Governo Federal para instalação e funcionamento, em requerimento dirigido ao Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, protocolizado no Departamento Nacional de Registro do Comércio – DNRC. Esse requerimento deverá ser instruído com os seguintes documentos:

ato de deliberação sobre a instalação de filial, sucursal, agência ou estabelecimento no Brasil;

prova de se achar a sociedade constituída conforme a lei de seu país;

inteiro teor do contrato ou do estatuto;

relação dos membros de todos os órgãos da administração da sociedade, com nome, nacionalidade, profissão, domicílio e o valor da participação de cada um no capital da sociedade;

cópia do ato que autorizou o funcionamento no Brasil e fixou o capital destinado às operações no território nacional;

prova de nomeação do representante no Brasil, com poderes expressos para aceitar as condições exigidas para a autorização;

último balanço;

guia de recolhimento do preço do serviço.

Os documentos acima devem ser autenticados, de conformidade com a lei nacional da sociedade requerente, legalizados no consulado brasileiro da respectiva sede. e acompanhados de tradução em vernáculo.

Aceitas as condições, cabe ao Poder Executivo expedir o decreto de autorização, do qual constará o montante do capital destinado às operações no País, cabendo à sociedade promover a publicação do requerimento de autorização e anexos. A sociedade autorizada não pode iniciar sua atividade antes de inscrita no registro próprio do lugar em se deva estabelecer.

O requerimento de inscrição será instruído com exemplar da publicação acima mencionada, acompanhada do depósito em dinheiro, em estabelecimento bancário oficial, do capital mencionado. A referida inscrição será feita em livro especial para sociedades estrangeiras, com número de ordem contínuo para todas as sociedades inscritas, devendo constar:

nome, objeto, duração e sede da sociedade no estrangeiro;

lugar da sucursal, filial ou agência, no País;

data e número do decreto de autorização;

capital destinado às operações no País;

individuação do seu representante permanente.

Uma vez feita a inscrição, promove-se então, a sua publicação. A sociedade estrangeira autorizada a funcionar no País, ficará sujeita às leis e aos tribunais brasileiros, quanto aos atos ou operações praticados no Brasil, devendo funcionar com o nome que tiver em seu país de origem, podendo acrescentar as palavras ―do Brasil‖ ou ―para o Brasil‖. Sob pena de lhe ser cassada a

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autorização, deve a sociedade estrangeira publicar o balanço patrimonial e o de resultado econômico das sucursais, filiais ou agências existentes no País.

Qualquer alteração que a sociedade estrangeira autorizada a funcionar no País faça no seu contrato ou estatuto, para produzir efeitos no território brasileiro, dependerá de aprovação do Governo Federal e, para tanto, deverá apresentar os seguintes documentos:

requerimento ao Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, solicitando a devida aprovação, protocolizado no Departamento Nacional de Registro do Comércio;

ato de deliberação que promoveu a alteração;

guia de recolhimento do preço do serviço.

Empresas binacionais O ato constitutivo das empresas binacionais brasileiro-argentinas deverá atender ao cumprimento simultâneo das seguintes condições:

que pelo menos 80% (oitenta por cento) do capital social e dos votos pertençam a investidores nacionais brasileiros e argentinos, assegurando-lhes o controle real e efetivo da empresa binacional, entendendo-se por controle real e efetivo da empresa a titularidade da maioria de seu capital votante e o exercício de fato e de direito do poder decisório para gerir suas atividades;

que a participação do conjunto de investidores nacionais de cada um dos dois países seja de, no mínimo, 30% (trinta por cento) do capital social da empresa;

que o conjunto dos investidores nacionais de cada um dos dois países tenha o direito de eleger, no mínimo, um membro em cada um dos órgãos de administração e um membro do órgão de fiscalização interna da empresa.

São considerados investidores nacionais:

as pessoas físicas residentes e domiciliadas em qualquer um dos dois países;

as pessoas jurídicas de direito público de qualquer um dos dois países;

as pessoas jurídicas de direito privado de qualquer um dos dois países, nas quais a maioria do capital social e dos votos, e o controle administrativo e tecnológico efetivos sejam direta ou indiretamente detidos pelos investidores indicados nos dois itens anteriores

As empresas binacionais brasileiro-argentinas terão sede necessariamente, no Brasil ou na Argentina e se revestirão de uma das formas jurídicas admitidas pela legislação do país escolhido para fixar sua sede social, devendo agregar à sua denominação as palavras ―Empresa Binacional Brasileiro-Argentina‖ ou a sigla ―E.B.B.A.‖ ou ―Empresa Binacional Argentino-Brasileira‖ ou a sigla ―E.B.A.B.‖

Empresas de Trabalho Temporário De acordo com a Lei nº 6.019/74, compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devida-mente qualificados, por elas remunerados e assistidos.

Sendo assim, deduz-se que trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços.

É reconhecida a atividade da empresa de trabalho temporário que passa a integrar o plano básico do enquadramento sindical a que se refere o art. 577, da Consolidação das Leis do Trabalho.

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O funcionamento da empresa de trabalho temporário dependerá de prévio registro no Departamento Nacional de Mão-de-obra do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

O pedido de registro para funcionar deverá ser instruído com os seguintes documentos: a) prova de constituição da empresa individual ou da sociedade empresária, com o

competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede;

b) prova de nacionalidade brasileira do titular ou dos sócios;

c) prova de possuir capital social integralizado de, no mínimo, $120.000,00 à época do pedido do registro;

d) prova de entrega da relação de trabalhadores a que se refere o art. 360, da Consolidação as Leis do Trabalho;

e) prova de recolhimento da Contribuição Sindical;

f) prova da propriedade do imóvel-sede ou recibo referente ao último mês, relativo ao contrato de locação;

g) prova de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda.

No caso de mudança de sede ou de abertura de filiais, agências ou escritórios é dispensada a apresentação dos documentos de que trata este artigo, exigindo-se, no entanto, o encaminha-mento prévio ao Departamento Nacional de Mão-de-obra de comunicação por escrito, com justificativa e endereço da nova sede ou das unidades operacionais da empresa.

O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito e dele deverá constar expressamente o motivo justificador da demanda de trabalho temporário, assim como as modalidades de remuneração da prestação de serviço.

O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, segundo instruções a serem baixadas pelo Departamento Nacional de Mão-de-obra.

O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores.

Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário.

Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da

empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional;

b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento);

c) férias proporcionais, nos termos da lei;

d) repouso semanal remunerado;

e) adicional por trabalho noturno;

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f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido;

g) seguro contra acidente de trabalho;

h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social.

Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do trabalhador sua condição de temporário.

A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto à sede da empresa de trabalho temporário.

As empresas de trabalho temporário são obrigadas a fornecer às empresas tomadoras ou clientes, a seu pedido, comprovante da regularidade de sua situação com o Instituto Nacional de Previdência Social.

A fiscalização do trabalho poderá exigir da empresa tomadora ou cliente a apresentação do contrato firmado com a empresa de trabalho temporário, e, desta última o contrato firmado com o trabalhador, bem como a comprovação do respectivo recolhimento das contribuições previdenciárias.

No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei.

É defeso às empresas de prestação de serviço temporário a contratação de estrangeiros com visto provisório de permanência no País.

É vedado à empresa do trabalho temporário cobrar do trabalhador qualquer importância, mesmo a título de mediação, podendo apenas efetuar os descontos previstos em lei.

REGISTRO DAS PROFISSÕES REGULAMENTADAS

Ministério do Trabalho e Emprego A maioria das profissões regulamentadas é registrada em seus respectivos conselhos de classe profissional, tanto as de nível técnico quanto as de nível superior. Por exemplo, o contador, o enfermeiro, médico, o economista, o administrador, o advogado, o engenheiro, o agrônomo etc. Profissões tais quais essas, a partir do momento em que se registram, seus titulares estão aptos a desenvolvê-las. Entretanto existem algumas profissões que a lei determina que seus titulares não estão aptos enquanto não fizerem o seu registro no Ministério do Trabalho e Emprego. São elas:

arquivista e técnico de arquivo;

artista: artes cênicas, cinema, fotonovela e radiodifusão;

atuário;

guardador e lavador autônomo;

jornalista;

publicitário e agenciador de propaganda;

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radialista;

secretário executivo e técnico em secretariado;

sociólogo;

técnico em espetáculos de diversões: artes cênicas, cinema e fotonovela;

técnico de segurança do trabalho.

Arquivista e técnico de arquivo De acordo com o Decreto nº 82.590/85, o exercício das profissões de arquivista e de técnico de arquivo, só será permitido:

1. aos diplomados no Brasil por curso superior de arquivologia, reconhecido na forma da lei;

2. aos diplomados no exterior por cursos superiores de arquivologia, cujos diplomas sejam revalidados no Brasil na forma da lei;

3. aos Técnicos de Arquivo portadores de certificados de conclusão de ensino de 2º grau.

O exercício das profissões de arquivista e de técnico de arquivo depende de registro prévio na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

Artista e técnico em espetáculo de diversões Para os efeitos da Lei nº 6.533/78, é considerado: I) artista, o profissional que cria, inter-preta ou executa obra de caráter cultural de

qualquer natureza para efeito de exibição ou divulgação públi-ca, através de meios de comunicação de massa ou em locais onde se realizam espetáculos de diversões públicas;

II) técnico em espetáculos de diversões, o profissional que, mesmo em caráter auxiliar, participa, individualmente ou em grupo, de atividade profissional ligada diretamente à elaboração, registro, apresentação ou conservação de programas, espetáculos e produções.

O exercício das profissões de artista e de técnico em espetáculos de diversões requer prévio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, o qual terá validade em todo o território nacional.

As pessoas físicas ou jurídicas de que trata esse artigo deverão ser previamente inscritas no Ministério do Trabalho.

Somente as empresas organizadas e registradas no Ministério do Trabalho, nos termos da Lei nº 6.019/74, poderão agenciar colocação de mão-de-obra de artista e de técnico em espetáculos de diversões.

Atuário De acordo com o art. 1º do Decreto nº 66.408/70, entende-se por atuário o técnico especializado em matemática superior que atua, de modo geral, no mercado econômico-financeiro, promovendo pesquisas e estabelecendo planos e políticas de investimentos e amortizações e, em seguro privado e social, calculando probabilidades de eventos, avaliando riscos e fixando prêmios, indenizações, benefícios e reservas matemáticas.

Conforme o art. 9º do decreto acima, o exercício da profissão de atuário, em todo o território nacional, somente é permitido a quem for registrado como tal no Ministério do Trabalho e Emprego e for domiciliado no País.

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O registro profissional, obrigatório a todo atuário, far-se-á no órgão regional competente do Ministério do Trabalho e Emprego e constará de livro próprio.

Os pedidos de registro a que se refere o enunciado acima serão feitos através do Instituto Brasileiro de Atuária - IBA, que, após recebida a documentação hábil e realizados os estudos e diligências que couberem, emitirá parecer conclusivo, encaminhando o processo, assim formado, à decisão final do órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego.

Guardador e lavador autônomo Consoante o art. 1º do Decreto nº 79.797/77, o exercício das profissões de guardador e lavador autônomo de veículos automotores, com as atribuições estabelecidas nesse Decreto, somente será permitido aos profissionais registrados na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

Parágrafo único. Para o registro a que se refere esse artigo, poderão as Delegacias Regionais do Trabalho, representadas pelos seus titulares, celebrar convênios com quaisquer órgãos da Administração Pública Federal, Estadual ou Municipal.

A concessão do registro somente se fará mediante a apresentação, pelo interessado, dos seguintes documentos:

I) prova de identidade;

II) atestado de bons antecedentes fornecido pela autoridade competente;

III) certidão negativa dos cartórios criminais de seu domicílio;

IV) prova de estar em dia com as obrigações eleitorais;

V) prova de quitação com o serviço militar, quando a ele obrigado.

Jornalista De acordo com o art 2º do Decreto nº 83.284/79 a profissão de Jornalista compreende, privativamente, o exercício habitual e remunerado de qualquer das seguintes atividades: I) redação, condensação, titulação, interpretação, correção ou coordenação de

matéria a ser divulgada, contenha ou não comentário;

II) comentário ou crônica, por meio de quaisquer veículos de comunicação;

III) entrevista, inquérito ou reportagem, escrita ou falada;

IV) planejamento, organização, direção e eventual execução de serviços técnicos de Jornalismo, como os de arquivo, ilustração ou distribuição gráfica de matéria a ser divulgada;

V) planejamento, organização e administração técnica dos serviços de que trata o item I;

VI) ensino de técnicas de Jornalismo;

VII) coleta de notícias ou informações e seu preparo para divulgação;

VIII) revisão de originais de matéria jornalística, com vistas à correção redacional e à adequação da linguagem;

IX) organização e conservação de arquivo jornaIístico e pesquisa dos respectivos dados para elaboração de notícias;

X) execução da distribuição gráfica de texto, fotografia ou ilustração de caráter jornalístico, para fins de divulgação;

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XI) execução de desenhos artísticos ou técnicos de caráter jornalístico, para fins de divulgação.

Considera-se empresa jornalística, para os efeitos da lei, aquela que tenha como atividade a edição de jornal ou revista, ou a distribuição de noticiário, com funciona-mento efetivo, idoneidade financeira e registro legal.

Equipara-se à empresa jornalística a seção ou serviço de empresa de radiodifusão, televisão ou divulgação cinematográfica, ou de agências de publicidade ou de notícias, onde sejam exercidas as atividades acima elencadas.

§ 2º A entidade pública ou privada não jornalística sob cuja responsabilidade se editar publicação destinada à circulação externa está obrigada ao cumprimento das normas, relativamente aos jornalistas que contratar.

De acordo com o art. 4º, o exercício da profissão de jornalista requer prévio registro no órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, que se fará mediante a apresentação de:

I) prova de nacionalidade brasileira;

II) prova de que não está denunciado ou condenado pela prática de ilícito penal;

III) diploma de curso de nível superior de jornalismo ou de comunicação social, habilitação em Jornalismo, fornecido por estabelecimento de ensino reconhecido na forma da lei, para as funções de redator, noticiarista, repórter, repórter de setor, rádio repórter, arquivista pesquisador e revisor;

IV) carteira de trabalho e previdência social.

Publicitário e agenciador de propaganda A profissão de publicitário, criada pela Lei nº 4.680/65, e organizada na forma do Decreto nº 57.690/66, compreende as atividades daqueles que, em caráter regular e permanente, exercem funções artísticas e técnicas através das quais estuda-se, concebe-se, executa-se e distribui-se propaganda.

Considera-se propaganda qualquer forma remunerada de difusão de idéias, mercadorias, produtos ou serviços, por parte de um anunciante identificado.

As atividades artísticas e técnicas utilizadas na propaganda serão exercidas nas agências de propaganda, nos veículos de divulgação ou em qualquer empresa nas quais se produz a propaganda.

Os auxiliares que, nas agências de propagandas e em outras organizações congêneres, não colaborarem, diretamente, no planejamento, execução, produção e distribuição da propaganda, terão a designação profissional correspondente às suas funções específicas.

Os profissionais de outras categorias, que exerçam funções nas agências de Propaganda, conservarão os privilégios que a lei lhes concede, em suas respectivas categorias profissionais.

Consideram-se atividades artísticas, para os efeitos legais, as que se relacionam com trabalhos gráficos, plásticos e outros, também de expressão estética, destinados a exaltar e difundir pela imagem, pela palavra ou pelo som, as qualidades e conveniências de uso ou de consumo das mercadorias, produtos e serviços a que visa à propaganda.

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São atividades técnicas, para os fins da legislação publicitária as que promovem a combinação harmoniosa dos conhecimentos científicos com os artísticos, tendo em vista dar à mensagem publicitária o máximo de rendimento e impacto.

Da agência de propaganda Agência de propaganda é a pessoa jurídica especializada nos métodos, na arte e na técnica publicitários, que, através, de profissionais a seu serviço, estuda, concebe, executa e distribui propaganda aos veículos de divulgação, por ordem e conta de clientes anunciantes, com o objetivo de promover a venda de mercadorias, produtos e serviços, difundir ideias ou informar o público a respeito de organizações ou instituições a que servem.

Radialista O exercício da profissão de radialista é regulado pela Lei nº 6.615/78.

Considera-se radialista o empregado de empresa de radiodifusão que exerça função estabelecida no Anexo do Decreto nº 84.134/79..

Considera-se empresa de radiodifusão, para os efeitos do decreto acima, aquela que explora serviços de transmissão de programas e mensagens, destinada a ser recebida livre e gratuitamente pelo público em geral, compreendendo a radiodifusão sonora (rádio) e radiodifusão de sons e imagens (televisão).

Considera-se, igualmente, para os efeitos desse decreto, empresa de radiodifusão:

a) a que explore serviço de música funcional ou ambiental e outras que executem, por quaisquer processos, transmissão de rádio ou de televisão;

b) a que se dedique, exclusivamente, à produção de programas para empresas de radiodifusão;

c) a entidade que execute serviços de repetição ou de retransmissão de radiodifusão;

d) a entidade privada e a fundação mantenedora que executem serviços de radiodifusão, inclusive em circuito fechado de qualquer natureza;

e) as empresas ou agências de qualquer natureza destinadas, em sua finalidade, à produção de programas, filmes e dublagens, comerciais ou não, para serem divulgados através das empresas de radiodifusão.

A profissão de radialista compreende as seguintes atividades: I - administração; II - produção; III - técnica.

As atividades de administração compreendem as especializadas, peculiares às empresas de radiodifusão.

As atividades de produção se subdividem nos seguintes setores: a) autoria; b) direção; c) produção; d) interpretação; e) dublagem; f) locução; g) caracterização; h) cenografia.

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As atividades técnicas se subdividem nos seguintes setores: a) direção; b) tratamento e registros sonoros; c) tratamento e registros visuais; d) montagem e arquivamento; e) transmissão de sons e imagens; f) revelação e copiagem de filmes; g) artes plásticas e animação de desenhos e objetos; h) manutenção técnica.

Não se incluem no disposto nesse decreto os atores e figurantes que prestam serviços a empresas de radiodifusão.

O exercício da profissão de radialista requer prévio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, o qual terá validade em todo o território nacional.

O pedido de registro poderá ser encaminhado através do sindicato representativo da categoria profissional ou da federação respectiva. Para registro do radialista é necessária a apresentação de:

I) diploma de curso superior, quando existente, para as funções em que se desdobram as atividades de Radia-lista, fornecido por escola reconhecida na forma da lei; ou

II) diploma ou certificado correspondente às habilitações profissionais ou básicas de 2º grau, quando existente para as funções em que se desdobram as atividades de radialista, fornecido por escola reconhecida na forma da lei; ou

III) atestado de capacitação profissional.

Relações públicas Conforme o art. 1º da Lei nº 5.377/67, a atividade e o esforço deliberado, planificado e contínuo para esclarecer e manter compreensão mútua entre uma instituição pública ou privada e os grupos e pessoas a que esteja direta ou indiretamente ligada, constituem o objeto geral da profissão liberal ou assalariada de relações públicas.

Art. 2º A designação de profissional de relações públicas e o exercício das respectivas atividades passam a ser privativos:

a) dos que, a partir da vigência da presente lei, venha ser diplomados em cursos de relações públicas, de nível superior, reconhecidos pelo Conselho Federal de Educação;

b) dos que, antes da vigência da presente lei, sendo possuidores de diplomas de nível universitário, tenham concluído cursos regulares de relações públicas, em estabelecimentos de ensino, cujos currículos venham a ser homologados pelo Conselho Federal de Educação;

c) dos diplomados no exterior em cursos regulares de relações públicas, após a revalidação do diploma nos termos da legislação vigente e ressalvados os amparados através de convênios.

O exercício em órgãos da administração pública, em entidades privadas ou de economia mista de cargos, empregos ou funções, ainda que de direção, chefia, assessoramento, secretariado e as de magistério, cujas atribuições envolvam, principalmente, conhecimentos inerentes às técnicas de relações públicas, é

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privativo do profissional dessa especialidade, devidamente registrado no Ministério do Trabalho e Emprego.

Sociólogo De acordo com o art. 1º da Lei nº 6.888/80, o exercício, no País, da profissão de sociólogo, observadas as condições de habilitação e as demais exigências legais, é assegurado:

a) aos bacharéis em sociologia, sociologia e política ou ciências sociais, diplomados por estabelecimentos de ensino superior, oficiais ou reconhecidos;

b) aos diplomados em curso similar no exterior, após a revalidação do diploma, de acordo com a legislação em vigor;

c) aos licenciados em sociologia, sociologia e política ou ciências sociais, com licenciatura plena, realizada até 11 de dezembro de 1980, em estabelecimentos de ensino superior, oficiais ou reconhecidos;

d) aos mestres ou doutores em sociologia, sociologia política ou ciências sociais, diplomados até 11 de dezembro de 1980, por estabelecimentos de pós-graduação, oficiais ou reconhecidos;

e) aos que, embora não diplomados nos termos das alíneas a, b, c e d acima, tenham exercido, efetivamente, há mais de 5 (cinco) anos, até 11 de dezembro de 1980, uma das atividades pertinentes à profissão de sociólogo.

Art. 6º O exercício da profissão depende de prévio registro no órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego.

ATIVIDADES REGULADAS POR LEGISLAÇÃO ESPECIAL

Agências de turismo De acordo com o Decreto 84.934/80, compreende-se por agência de turismo a sociedade que tenha por objetivo social, exclusivamente, as atividades de turismo definidas nesse Decreto.

Constitui atividade privativa das agências de turismo a prestação de serviços consistentes em:

I) venda comissionada ou intermediação remunerada de passagens individuais ou coletivas, passeios, viagens e excursões;

II) intermediação remunerada na reserva de acomodações;

III) recepção, transferência e assistência e especializadas ao turista ou viajante;

IV) operação de viagens e excursões, individuais ou coletivas, compreendendo a organização, contratação e execução de programas, roteiros e itinerários;

V) representação de empresas transportadoras, empresas de hospedagem e outras prestadoras de serviços turísticos;

VI) divulgação pelos meios adequados, inclusive propaganda e publicidade, dos serviços mencionados nos incisos anteriores.

Observada a legislação específica, as agências de turismo poderão prestar, ainda, sem caráter privativo, os seguintes serviços:

I) obtenção e legalização de documentos para viajantes;

II) reserva e venda, mediante comissionamento, de ingressos para espetáculos públicos, artísticos, esportivos, culturais e outros;

III) transporte turístico de superfície;

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IV) desembaraço de bagagens, nas viagens e excursões de seus clientes;

V) agenciamento de carga;

VI) prestação de serviços para congressos, convenções, feiras e eventos similares;

VII) operações de câmbio manual, observadas as instruções baixadas a esse respeito pelo Banco Central do Brasil;

VIII) outros serviços, que venham a ser especificados pelo Conselho Nacional de Turismo.

Conforme os serviços que estejam habilitadas a prestar, e os requisitos para seu registro e funcionamento, as agências de turismo classificam-se em duas categorias:

agência de viagens e turismo;

agência de viagens.

Em localidades onde não exista nenhuma agência de turismo registrada e em operação, o Instituto Brasileiro de Turismo - Embratur, poderá autorizar, a título precário, a venda comissionada, avulsa, em pequena escala e à vista, de passagens rodoviárias, ferroviárias, fluviais, ou lacustres, por empresas não habilitadas na forma do presente Decreto.

Registro e funcionamento As agências de turismo só poderão funcionar no País após serem registradas no Embratur.

A abertura de filiais é igualmente condicionada a registro no Embratur, equiparando-se a filial qualquer ponto de venda ou de prestação dos serviços previstos neste Decreto ou nos atos dele decorrentes.

O Embratur expedirá um certificado próprio para cada registro de empresa ou filial que conceder. O certificado de registro habilitará a empresa ou filial a exercer, em todo o território nacional, as atividades correspondentes à categoria em que estiver classificada.

É condição prévia para registro a comprovação, na forma que vier a ser estabelecida pelo Embratur, do atendimento dos seguintes requisitos:

I) capacidade técnica e idoneidade moral da empresa e de seus responsáveis;

II) idoneidade financeira e qualificação cadastral da empresa;

III) instalações adequadas ao atendimento dos usuários, com áreas exclusivamente destinadas à atividade;

IV) comprovação de viabilidade do mercado na localidade pretendida.

A capacidade técnica da empresa e de seus responsáveis será aferida através de:

I) documento comprobatório de que ao menos um dos sócios ou diretores responsáveis pela empresa, ou, se for o caso, gerente da filial, possui mais de três (3) anos de experiência profissional no exercício de atividades ligadas ao turismo;

II) prova de que a empresa ou filial dispõe de informações técnicas e de consulta, relativas à atividade, e especialmente sobre:

meios de transporte e condições de hospedagem, alimentação e recreação nos roteiros turísticos que operar e vender;

formalidades pertinentes a entrada, saída e permanência de viajantes e turistas.

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A idoneidade moral dos responsáveis e a idoneidade financeira da empresa serão comprovadas mediante apresentação de atestados e referências de natureza comercial e outras, em forma a ser estabelecida pela Embratur.

Será facultada a instalação de agências de turismo em meios de hospedagem e outros estabelecimentos e empreendimentos de natureza turística.

Mediante ajuste com os órgãos e entidades competentes, ou em casos excepcionais, a Embratur poderá, a seu critério, permitir a prestação de serviços de reservas de transporte e hospedagem pelas agências de turismo, em instalações localizadas em estações ou terminais de transporte de passageiros.

É vedado o registro como agência de turismo a empresas:

I) direta ou indiretamente vinculadas a órgãos oficiais de turismo;

II) cujo objetivo social estabeleça serviços diversos dos privativos ou permissíveis para a categoria na qual pretendam registrar-se, ou incompatíveis com os objetivos da Política Nacional de Turismo;

III) cuja denominação social seja idêntica ou semelhante à de outra já registrada, ou à de órgão oficial de turismo.

São condições para funcionamento e manutenção do registro na categoria em que tiver sido classificada a agência de turismo:

I) o atendimento permanente às condições e requisitos estabelecidos nesse Decreto, ou dele decorrentes;

II) a observância dos padrões de conforto, serviços e preços estabelecidos para a categoria;

III) a apresentação, em tempo oportuno, de informações, estatísticas, relatórios, balanços e demonstrações financeiras, conforme estabelecido pela Embratur.

Legislação específica Torna-se necessário tomar algumas providências, para a abertura do empreendimento, tais como:

registro na Junta Comercial;

registro na Secretária da Fazenda;

registro na Prefeitura do Município;

registro no INSS;

registro no Sindicato Patronal;

registro da empresa turística no Embratur / Brasília;

filiação à Abav (para concessão de carta de capacitação técnica);

registro no Sindetur - opcional;

registro do meio de transporte ou frota de ônibus/carro no DER – Departamento Estadual de Rodagem -, e no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para o caso de transporte e circulação em estradas interestaduais.

Registro especial A primeira condição para uma agência de viagem funcionar legalmente é registrá-la, como qualquer empresa de natureza empresarial, na Junta Comercial do Estado em que está sendo instalada.

Após registro na Junta, a sua empresa deverá obter o cartão CNPJ – na Receita Federal (esse documento é necessário para adquirir o alvará de licença expedido pela Prefeitura Municipal).

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A partir de então, a empresa providenciará seu registro junto à Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur, geral-mente, cada estado possui uma entidade que responde pela Embratur.

É interessante, também, que a empresa se cadastre no SNEA – Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias. A agência que não se associar a esse Sindicato não consegue cadastro para pleitear crédito junto às companhias aéreas. E crédito é vital para uma pequena agência, já que as operações de compra de passagens envolvem grandes somas de recursos e prazos curtíssimos de pagamento.

Um dos procedimentos necessários ao registro de agências de viagem no SNEA, diz respeito à estrutura do capital social. No caso de sociedades limitadas ou anônimas, o capital mínimo integralizado deverá corresponder em moeda corrente, na data da constituição ou na da última alteração contratual para sua elevação, a US$ 25.000,00 (dólar comercial/venda, relativo ao último dia útil do mês anterior ao da assinatura do contrato ou da efetuação de alteração contratual), para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro e US$ 20.000,00 para o interior desses estados e demais unidades federadas do país;

Juntamente com os documentos encaminhados, apresentando a postulação da agência, deverá ser anexada declaração de capacitação técnico-profissional de um dos componentes da sociedade, Forné-cida pela Abav e/ou Sindetur, onde houver.

Para tanto, a requerente se compromete a manter atualizado, junto ao SNEA, todos os seus dados cadastrais, inclusive a comunicar, imediatamente, a esse Sindicato, toda e qualquer alteração implementada em sua estrutura societária.

A requerente concorda em permitir que, sempre que se fizer necessário, um representante do SNEA visite suas dependências, com a finalidade de verificar, concretamente, a observância dos requisitos exigidos para comercialização de bilhetes aéreos.

A requerente também declara que tem ciência de que, caso venha a ser constatada a prática de irregularidades, por medida acautelatória, será promovida sua exclusão provisória (1 ano), ou definitiva (reincidência), do cadastro do SNEA.

Por fim, a requerente se compromete a, uma vez instada a promover a devolução dos bilhetes aéreos que lhe foram entregues em consignação, atender, de imediato, o pedido, tendo ciência de que, caso assim não proceda, será definitivamente excluída do cadastro do SNEA.

Empresas de informações reservadas ou confidenciais De acordo com o art. 1º do Decreto nº 50.532/61, as empresas de informações reservadas ou confidenciais, comerciais ou particulares, de que trata a Lei nº 3.099/57, de propriedade de pessoas físicas ou jurídicas, só poderão funcionar depois de registradas no Registro do Comércio e na repartição Policial do local em que operem, com observância de todas as formalidades legais.

Os estabelecimentos autorizados a funcionar fornecerão à Polícia (à Superintendência da Ordem Política e Social e à Chefia do Departamento de Investigações, onde existirem), todas as informações que lhes forem solicitadas.

As informações serão sempre prestadas por escrito em papel que contenha impressos o nome do estabelecimento, o da sociedade e, por extenso, o de um gerente ou diretor, pelo menos.

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A observância das disposições contidas nesta lei não exime os interessados do cumprimento de quaisquer outras exigências legais.

Para obtenção de registro Policial apresentarão as empresas os seguintes documentos:

a) certidão do registro comercial, contendo o inteiro teor da declaração da firma, ou contrato social;

b) folha corrida dos dirigentes da empresa e dos seus auxiliares, a qualquer título, que trabalhem nas investigações.

Qualquer modificação do registro comercial, bem como a admissão ou dispensa de auxiliares, devem ser comunicadas, no prazo de 48 horas, à repartição aludida no primeiro parágrafo dessa seção.

É vedada às empresas de que trata o presente regulamento a prática de quaisquer atos ou serviços estranhos à sua finalidade e os que são privativos das autoridades policiais, e deverão exercer sua atividade abstendo-se de atender contra a inviolabilidade ou recato dos lares, a vida privada ou a boa fama das pessoas.

Cumpre às empresas fornecer às autoridades Policiais cópias das informações fornecidas aos seus clientes e que lhes forem requisitadas, prestando, também as informações por elas solicitadas.

A inobservância do presente decreto sujeita às empresas a pena de suspensão de funcionamento, de um a seis meses, imposta pelo dirigente da repartição policial do respectivo local em que operem.

INSTITUTO NACIONAL DA PROPRI-EDADE INDUSTRIAL - INPI O INPI é o órgão governamental (uma autarquia federal, para ser mais exato) dedicado executar as leis que regulam a propriedade industrial.

Criado em 1970, o Instituto é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Além das atribuições conhecidas de registro de marcas e patentes, existem outros serviços prestados pelo Instituto, a saber:

registro de programas de computador;

registro de desenho industrial;

responsabilidade pela averbação dos contratos de transferência de tecnologia;

registro de contratos de franquia empresarial.

Delegacias regionais do INPI As delegacias regionais do INPI estão localizadas nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Ceará, Minas Gerais, e no Distrito Federal, e subordinam-se ao Presidente do INPI.

As Delegacias Regionais do INPI nos Estados do Paraná, Minas Gerais, Ceará e no Distrito Federal, além de suas jurisdições originárias, também atuarão nas seguintes regiões: I- Delegacia do Estado do Paraná: Estado de Santa Catarina;

II- Delegacia do Estado de Minas Gerais: Estado do Espírito Santo;

III- Delegacia do Estado do Ceará: Estados do Maranhão, Piauí, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe;

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IV- Delegacia do Distrito Federal: Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima.

As delegacias serão dirigidas por delegados, cujas competências administrativas são aquelas fixadas nos artigos 69 e 85 da Portaria MDCI nº 40/04.

As competências das delegacias, respeitadas as suas respectivas áreas de atuação, são aquelas estabelecidas no artigo 67 da Portaria MDCI nº 40/04.

Como pesquisar marcas e patentes Antes de requerer uma patente ou registro de marca, é recomendável executar uma busca prévia para se saber se sua criação ou marca já não existe registrada.

O INPI disponibiliza em seu site uma pesquisa de marcas e patentes que você pode utilizar e descobrir se sua criação ou marca já se encontram registrados.

O resultado da pesquisa no site do INPI pode não ter efeitos legais, em contra-ponto à publicação na Revista da Propriedade Industrial - RPI.

Tudo sobre marcas Quantas vezes você já ouviu falar em pedido de patente? Licenciamento de marca? Que o governo quebrou outra patente de medicamentos?

Certamente, esses assuntos não seriam tão populares se não fossem tão importantes. Eles são, porque é através do mecanismo legal das marcas e patentes que a criatividade e capacidade tecnológica de autores e/ou inventores é preservada e garantida. Se você inventou algum mecanismo, criou uma obra original ou marca que quer proteger, então, saber o que são marcas e patentes é o primeiro passo.

É preciso entender que marcas e patentes são duas coisas diferentes. Marcas são, segundo o INPI, "sinais visualmente perceptíveis". Elas devem ser percebidas facilmente para distinguir produto ou serviço.

Segundo o INPI, marca é "todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços de outros análogos, de procedência diversa, bem como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações técnicas".

Patentes são títulos que são dados pelo Estado, em conformidade com a lei de patente, a um autor ou inventor para que estes excluam terceiros da utilização (venda, fabricação etc.) se sua obra ou invenção. Através da patente, o inventor garante que sua criação não será utilizada sem seu consentimento.

Tipos de marcas Marcas podem ser legalmente classificadas em diversos tipos. Por exemplo, há a marca estrangeira e a brasileira; de produtos/serviços ou coletivas, de certificação etc.

É a apresentação da marca que sugere mais importância a seus criadores. Por esse critério, uma marca pode ser nominativa, figurativa, mista ou tridimensional.

Marca nominativa — é aquela composta de palavras, expressões e/ou combinações de letras e/ou números do nosso alfabeto. Por exemplo: globo a gente se vê por aqui.

Marca figurativa — é constituída de um desenho ou forma estilizada de letras e/ou números.

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Marca mista — é a composta de uma combinação de componentes das marcas figurativa e nominativa, cuja grafia se apresenta de forma estilizada.

Marca tridimensional — o nome já diz tudo! Marcas tridimensionais são aquelas constituídas por um formato físico de produto, embalagem etc., sem ter associada a si um efeito tecnológico qualquer.

Tudo sobre patentes Patente é um título concedido pelo Estado a um autor ou inventor ou detentor de direito sobre uma criação original — que, em decorrência do título, tem seus segredos de criação revelados.

Pelo conceito de patente, presume-se que o autor/inventor dispensou uma boa parte de seu tempo e/ou dinheiro em sua criação (o que, principalmente em caso de empresas, pode ser muito dinheiro!). Assim, com o título de patente é possível prevenir que competidores vendam e ganhem dinheiro sem terem sido onerados com os mesmos gastos de pesquisa e desenvolvimento.

A proteção conferida pela patente é, portanto, um valioso patrimônio do autor/inventor! Durante a vigência da patente, seu titular pode selecionar as pessoas e empresas que podem (normalmente a um custo) ou não utilizar sua criação - em termos práticos, a patente é também uma garantia na exploração financeira do trabalho suado do inventor/autor.

O leitor atento deve ter notado a palavra vigência no parágrafo anterior. Sim: patentes têm vigência! Depois de expirada, qualquer pessoa pode utilizar a criação. O prazo de vigência de uma patente depende de sua natureza (veja abaixo).

Natureza da patente Cada invenção é diferente da outra. De uma forma ou de outra, grosso modo cada criação a ser patenteada deve ser enquadrada em uma das seguintes naturezas de patente:

Privilégio de Invenção (PI) — é o que normalmente as pessoas entendem como "invenção". É algo novo, inédito, uma nova solução para um problema etc. PIs têm vigência de 20 anos.

Modelo de Utilidade (MU) — é a criação que resulta em melhoria de um objeto existente. MUs têm vigência de 15 anos.

Como registrar marca e patente Para saber como registrar marcas e patentes, é importante antes conhecer os processos burocráticos junto ao INPI.

Registrar marca ou patente não é nenhum bicho-de-sete-cabeças — você mesmo pode executar o passo a passo, desde que saiba como registrar. Para concluir o registro de marca ou patente é preciso acompanhar o processo de perto, e suprir os documentos necessários para obter sua marca registrada.

Seu pedido para registrar marca ou patente deve ser encaminhado, acompanhado de toda a documentação necessária, ao INPI para o devido registro. Será necessário pagar algumas taxas para o processamento de seu pedido.

Registro das obras intelectuais Conforme art. 17 da Lei nº 5.988/73, para segurança de seus direitos, o autor da obra intelectual poderá registrá-Ia, conforme sua natureza:

na Biblioteca Nacional;

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na Escola de Música, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro;

no Instituto Nacional do Cinema; ou

no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;

§ 1º Se a obra for de natureza que comporte registro em mais de um desses órgãos, deverá ser registrada naquele com que tiver maior afinidade.

§ 2º O Poder Executivo, mediante Decreto, poderá, a qualquer tempo, reorganizar os serviços de registro, conferindo a outros Órgãos as atribuições a que se refere esse artigo.

A proteção aos direitos de obras intelectuais independe de registro. É, portanto, facultado ao autor registrar a sua obra em algum dos órgãos públicos acima elencados.

Das obras intelectuais protegidas Conforme o art. 7º da Lei nº 9.610/98, são obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: I- os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;

II- as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza;

III- as obras dramáticas e dramático-musicais;

IV- as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra qualquer forma;

V- as composições musicais, tenham ou não letra;

VI- as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas;

VII- as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia;

VIII- as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética;

IX- as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza;

X- os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenha-ria, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência;

XI- as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova;

XII- os programas de computador;

XIII- as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual.

A proteção concedida no item acima não abarca os dados ou materiais em si mesmos e se entende sem prejuízo de quaisquer direitos autorais que subsistam a respeito dos dados ou materiais contidos nas obras.

No domínio das ciências, a proteção recairá sobre a forma literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico ou técnico, sem prejuízo dos direitos que protegem os demais campos da propriedade imaterial.

Não são objeto de proteção como direitos autorais de que trata essa Lei: I- as ideias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos

matemáticos como tais;

II- os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios;

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III- os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de informação, científica ou não, e suas instruções;

IV- os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais;

V- as informações de uso comum tais como calendários, agendas, cadastros ou legendas;

VI- os nomes e títulos isolados;

VII- o aproveitamento industrial ou comercial das idéias contidas nas obras.

À cópia de obra de arte plástica feita pelo próprio autor é assegurada a mesma proteção de que goza o original.

A proteção à obra intelectual abrange o seu título, se original e inconfundível com o de obra do mesmo gênero, divulgada anteriormente por outro autor.

O título de publicações periódicas, inclusive jornais, é protegido até um ano após a saída do seu último número, salvo se forem anuais, caso em que esse prazo se elevará a dois anos.

Da autoria das obras intelectuais

Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica.

A proteção concedida ao autor poderá aplicar-se às pessoas jurídicas nos casos previstos nesta Lei.

Para se identificar como autor, poderá o criador da obra literária, artística ou científica usar de seu nome civil, completo ou abreviado até por suas iniciais, de pseudônimo ou qualquer outro sinal convencional.

Considera-se autor da obra intelectual, não havendo prova em contrário, aquele que, por uma das modalidades de identificação referidas no artigo anterior, tiver, em conformidade com o uso, indicada ou anunciada essa qualidade na sua utilização.

É titular de direitos de autor quem adapta, traduz, arranja ou orquestra obra caída no domínio público, não podendo opor-se a outra adaptação, arranjo, orquestração ou tradução, salvo se for cópia da sua.

A coautoria da obra é atribuída àqueles em cujo nome, pseudônimo ou sinal convencional for utilizada.

Não se considera coautor quem simples-mente auxiliou o autor na produção da obra literária, artística ou científica, revendo-a, atualizando-a, bem como fiscalizando ou dirigindo sua edição ou apresentação por qualquer meio.

Ao coautor, cuja contribuição possa ser utilizada separadamente, são asseguradas todas as faculdades inerentes à sua criação como obra individual, vedada, porém, a utilização que possa acarretar prejuízo à exploração da obra comum.

São coautores da obra audiovisual o autor do assunto ou argumento literário, musical ou lítero-musical e o diretor.

Consideram-se coautores de desenhos animados os que criam os desenhos utilizados na obra audiovisual.

É assegurada a proteção às participações individuais em obras coletivas.

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Qualquer dos participantes, no exercício de seus direitos morais, poderá proibir que se indique ou anuncie seu nome na obra coletiva, sem prejuízo do direito de haver a remuneração contratada.

Cabe ao organizador a titularidade dos direitos patrimoniais sobre o conjunto da obra coletiva.

O contrato com o organizador especificará a contribuição do participante, o prazo para entrega ou realização, a remuneração e demais condições para sua execução.

Para os efeitos da Lei nº 9.610/98, considera-se: I- publicação - o oferecimento de obra literária, artística ou científica ao

conhecimento do público, com o consentimento do autor, ou de qualquer outro titular de direito de autor, por qualquer forma ou processo;

II- transmissão ou emissão - a difusão de sons ou de sons e imagens, por meio de ondas radioelétricas; sinais de satélite; fio, cabo ou outro condutor; meios óticos ou qualquer outro processo eletromagnético;

III- retransmissão - a emissão simultânea da transmissão de uma empresa por outra;

IV- distribuição - a colocação à disposição do público do original ou cópia de obras literárias, artísticas ou científicas, interpretações ou execuções fixadas e fonogramas, mediante a venda, locação ou qualquer outra forma de transferência de propriedade ou posse;

V- comunicação ao público - ato mediante o qual a obra é colocada ao alcance do público, por qualquer meio ou procedimento e que não consista na distribuição de exemplares;

VI- reprodução - a cópia de um ou vários exemplares de uma obra literária, artística ou científica ou de um fonograma, de qualquer forma tangível, incluindo qualquer armazenamento permanente ou temporário por meios eletrônicos ou qualquer outro meio de fixação que venha a ser desenvolvido;

VII- contrafação - a reprodução não autorizada;

VIII - obra: a) em coautoria - quando é criada em comum, por dois ou mais autores;

b) anônima - quando não se indica o nome do autor, por sua vontade ou por ser desconhecido;

c) pseudônima - quando o autor se oculta sob nome suposto;

d) inédita - a que não haja sido objeto de publicação;

e) póstuma - a que se publique após a morte do autor;

f) originária - a criação primígena;

g) derivada - a que, constituindo criação intelectual nova, resulta da transformação de obra originária;

h) coletiva - a criada por iniciativa, organização e responsabilidade de uma pessoa física ou jurídica, que a publica sob seu nome ou marca e que é constituída pela participação de diferentes autores, cujas contribuições se fundem numa criação autônoma;

i) audiovisual - a que resulta da fixação de imagens com ou sem som, que tenha a finalidade de criar, por meio de sua reprodução, a impressão de movimento, independentemente dos processos de sua captação, do suporte usado inicial ou posteriormente para fixá-lo, bem como dos meios utilizados para sua eiculação;

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IX) fonograma - toda fixação de sons de uma execução ou interpretação ou de outros sons, ou de uma representação de sons que não seja uma fixação incluída em uma obra audiovisual;

X) editor - a pessoa física ou jurídica à qual se atribui o direito exclusivo de reprodução da obra e o dever de divulgá-la, nos limites previstos no contrato de edição;

XI) produtor - a pessoa física ou jurídica que toma a iniciativa e tem a responsabilidade econômica da primeira fixação do fonograma ou da obra audiovisual, qualquer que seja a natureza do suporte utilizado;

XII) radiodifusão - a transmissão sem fio, inclusive por satélites, de sons ou imagens e sons ou das representações desses, para recepção ao público e a transmissão de sinais codificados, quando os meios de decodificação sejam oferecidos ao público pelo organismo de radiodifusão ou com seu consentimento;

XIII) artistas intérpretes ou executantes - todos os atores, cantores, músicos, bailarinos ou outras pessoas que representem um papel, cantem, recitem, declamem, interpretem ou executem em qualquer forma obras literárias ou artísticas ou expressões do folclore.

EXERCÍCIOS

01) Quais os objetivos sociais de uma sociedade cooperativa?

02) Qualquer pessoa jurídica poderá ingressar nas sociedades cooperativas?

03) Quais as pessoas jurídicas que têm seu ingresso permitido nas sociedades cooperativas?

04) Quais são as profissões regulamentadas que possuem registro junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE?

05) O que o registro profissional?

06) Quem deve se cadastrar no Embratur?

07) De que decorre a proteção do nome empresarial?

08) Cite, pelo menos, três proibições de arquivamento dos atos constitutivos.

09) O que deverá acontecer se a empresa individual ou sociedade não proceder a qualquer arquivamento no período de dez anos consecutivos, sem fazer nenhuma comunicação à Junta Comercial?

10) Como é processada reativação de uma empresa junto à Junta Comercial?

11) Quais sociedades constituem pessoas jurídicas?

12) Quais as formalidades exigidas para se constituir uma sociedade cooperativa?

13) Pode a sociedade simples adotar uma das formas da sociedade empresária, inclusive a limitada?

14) Quais os fatores de simplificação que diferenciam a sociedade de natureza simples da sociedade de natureza empresária?

15) Quais as vantagens da adoção da sociedade simples ―pura‖ em relação à sociedade simples limitada?

16) A distinção entre as sociedades simples e empresária se dá somente pelo modo pelo qual exerce a atividade econômica?

17) As sociedades simples são apenas aquelas cuja atividade venha a corresponder ao exercício de profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, com fundamento no parágrafo único do art. 966 do Código Civil?

18) São também enquadradas na exceção do parágrafo único do art. 966 as sociedades cujo objeto seja atividade de natureza técnica?

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19) As sociedades simples com atividade-fim intelectual ou técnica devem ser necessariamente uniprofissionais, isto, é, formadas por membros de uma mesma profissão?

20) Há para o administrador da sociedade simples pura, responsabilidade pela não realização da Assembleia Geral, de que trata o art. 1.078 do novo Código Civil? E pelo descumprimento da obrigação prevista no parágrafo segundo do art. 1.075 do novo Código Civil?

21) Pode haver limitação de responsabilidade pessoal dos sócios nas sociedades simples pura, em face do disposto no art. 997, VIII, e no art. 1.023, ambos do novo Código Civil?

22) É correto afirmar que as sociedades cooperativas são registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas?

23) A microempresa e a empresa de pequeno porte, tal como definidas na Lei nº 9.841/99, poderão ser consideradas sociedades simples?

24) A sociedade com atividade rural qualquer que seja o porte ou estrutura pode ser considerada sociedade simples?

25) Para efeito de admissão no órgão de registro competente (os registros civis de pessoas jurídicas e os registros de empresa), qual o critério a ser adotado para classificar a natureza jurídica de uma sociedade e a conseqüente competência registral? Quais a Conseqüências Jurídicas do registro equivocado de sociedades?

26) Quais as sociedades cujo registro deverá se processar obrigatoriamente no Registro Civil de Pessoas Júridicas e quais aquelas que poderão optar entre esse regime e o Registro Público de Empresas Mercantis?

27) Em face do disposto no art. 1.150 do novo Código Civil, está o Registro Civil de Pessoas Jurídicas obrigado a observar as normas editadas pelo Departamento Nacional de Registro do Comércio e pelas Juntas Comerciais, relativamente à sociedade empresária, no caso de sociedade simples que adote a forma empresária?

28) O que vem a ser um ―sócio de serviços‖ nas sociedades simples?

29) Comente a responsabilidade dos sócios da sociedade simples à luz do inciso VIII do art. 997 do Código Civil

30) As sociedades cooperativas dependem de autorização para funciona-mento?

31) Em que condições, é processada a autenticação dos livros contábeis?

32) Discorra sobre o processo de instalação de uma filial de sociedade estrangeira no Brasil.

33) Que livros contábeis são autenticados na Junta Comercial?

34) O que você sabe sobre o processo de constituição de uma empresa de radiodifusão sonora e de sons e imagens em faixa de fronteira?

35) Quem se obriga a inscrever-se no CNPJ?

36) Fale sobre a constituição de empresas para a exploração de lavra de recursos minerais.

37) Não têm personalidade jurídica, mas se obrigam a se inscrever no CNPJ. Cite todos os exemplos possíveis.

38) Como é estruturada a denominação social da uma sociedade cooperativa de responsabilidade limitada?

39) As casas de força da Coelce são consideradas filiais? Explique.

40) Quais os livros comerciais e fiscais exigidos das sociedades cooperativas?

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41) Qual a finalidade do registro profissional?

42) Como se constitui uma sociedade cooperativa?

43) É necessário CNPJ para um depósito fechado?

44) Confronte o papel da Semace versus Ibama.

45) Certamente, você já ouviu falar em ―sócio-gerente‖. Discorra sobre essa expressão.

46) Dê exemplos de entidades que devem solicitar o CEI – Cadastro Específico do INSS.

47) Como é juridicamente disciplinado o Registro de Empresas?

48) De que atos se compõe o registro de empresa?

49) O que é propriedade intelectual?

50) Como será formado o capital social da sociedade cooperativa?

51) O que é propriedade industrial?

52) Quais as principais diferenças entre a proteção conferida pela Lei nº 9.279/96 e Lei de Direitos de Autor?

53) Diferencie descoberta de invenção.

54) A Lei da Propriedade Industrial protege a invenção e a descoberta?

55) Cite exemplos de invenções não patenteáveis pela legislação brasileira.

56) Como se faz a proteção ao título do estabelecimento?

57) O que é modelo de utilidade? Dê exemplos.

58) O que são atos cooperativos e não cooperativos?

59) Como deverão ser contabilizadas as operações realizadas com não associados nas sociedades cooperativas?

60) As quotas-partes subscritas e integralizadas nas sociedades cooperativas são transferíveis?

Bibliografia BRASIL. Constituição Federal. 2.ed. Revista e atualizada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997.

_____. Código Civil Brasileiro – Lei nº 10.406/02.

_____. Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Publicada no DOU de 20-2-1998.

_____. Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996. Regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Publicada no DOU de 15-5-1996.

_____. Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994. Dispõe sobre o registro público de empresas mercantis e atividades afins e dá outras providências. Publicada no DOU de 21-11-1.994.

_____. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a política nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Publicada no DOU de 02/09.81.

_____. Lei nº 6.888, de 10 de dezembro de 1980 - Dispõe sobre o exercício da profissão de Sociólogo e dá outras providências. Publicada no DOU de 11-12-1980.

_____. Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978 - Dispõe sobre a regulamentação da profissão de Radialista e dá outras providências. Publicada no DOU de 19-12-1978.

_____. Lei nº 6.546, de 4 de julho de 1978 - Dispõe sobre a regulamentação de arquivista e técnico de arquivo e dá outras providências. Publicada no DOU de 05-07-1978.

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_____. Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978 - Dispõe sobre a regulamentação das profissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões e dá outras providências. Publicada no DOU de 26-05-1978.

_____. Lei nº 6.242, de 23 de setembro de 1975 - Dispõe sobre o exercício da profissão de Guardador e Lavador de veículos automotores, e dá outras providências. Publicada no DOU de 24-09-1978.

_____. Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973. Regula dos direitos autorais e dá outras Providências. Publicada no DOU de 18-12-1973. Revogada pela Lei nº 9.610, de 1998,

excetuando-se o art. 17 e seus §§ 1º e 2º.

_____. Lei nº 6.019, de janeiro de 1974. Dispõe sobre o Trabalho Temporário nas Empresas Urbanas, e dá outras providências. Publicada no DOU de 04-01-1974.

_____. Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1.971. Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências. Publicada no DOU de 16-12-1971.

_____. Lei nº 5.377, de 11 de dezembro de 1967 - Disciplina a Profissão de Relações Públicas e dá outras providências. Publicada no DOU de 12-12-1967.

_____. Lei nº 4.680, de 18 de junho de 1965 - Dispõe sobre o exercício da profissão de Publicitário e de Agenciador de Propaganda e dá outras providências.

_____. Lei nº 3.099, de 24 de fevereiro de 1957. Determina as Condições para o Funcionamento de Estabelecimento de Informações Reservadas ou Confidenciais, Comerciais ou Particulares. Publicada no DOU de 27-02-1957.

_____. Decreto nº 1.800 de 30 de janeiro de 1996. Regulamenta a Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, que dispõe sobre o registro público de empresas mercantis e atividades afins e dá outras providências.

_____. Decreto nº 82.590, de 6 de novembro de 1978 - Regulamenta a Lei nº 6.546, de 4/07/78. Publicado no DOU de 07-11-1978.

_____. Decreto nº 89.531, de 5 de abril de 1984 - Regulamenta a Lei nº 6.888/80, que dispõe sobre o exercício da profissão de sociólogo e dá outras providências. Publicado no DOU de 09-04-1984. Republicado no DOU de 20-06.1984.

_____. Decreto nº 84.934, de 21 de julho de 1980. Dispõe sobre as atividades e serviços das Agências de Turismo, regulamenta o seu registro e funcionamento e dá outras providências. Publicado no DOU de 21-07-1980.

_____.Decreto nº 84.134, de 30 de outubro de 1979 - Regulamenta a Lei nº 6.615/78. Publicado no DOU de 31-10-1979.

_____. Decreto nº 83.284, de 13 de março de 1979 - Dá nova regulamentação ao Decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de 1969, que dispõe sobre o exercício da profissão de Jornalista, em decorrência das alterações introduzidas pela Lei nº 6.612, de 07 de dezembro de 1978. Publicado no DOU de 13-03-1979.

_____. Decreto nº 82.385, de 5 de outubro de 1978 - Regulamenta a Lei nº 6533, de 24/05/1978. Publicado no DOU de 06-10-1978.

_____. Decreto nº 79.797, de 8 de junho de 1977 - regulamenta a Lei nº 6.242/75. Publicado no DOU de 10-06-1977.

_____. Decreto nº 66.408, de 3 de abril de 1970 - Dispõe sobre a regulamentação do exercício da profissão de Atuário, de acordo com o decreto-lei nº 806/69. Publicado no DOU de 06-04-1970.

_____. Decreto-Lei nº 972, de 17 de outubro de 1969 - Dispõe sobre o exercício da profissão de Jornalista. Publicado no DOU de 21-10-1969.

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_____. Decreto-Lei nº 860, de 11 de setembro de 1969 - Dispõe sobre a Constituição do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Profissionais de Relações Públicas e dá outras providências.

_____. Decreto-Lei nº 806, de 4 de setembro de 1969 - Dispõe sobre a profissão de Atuário e dá outras providências. Publicado no DOU de 05-09-1969.

_____. Decreto nº 63.283, de 26 de setembro de 1968 - Regulamenta a Lei nº 5.377/67.

_____. Decreto nº 57.690, de 1 de fevereiro de 1966 - Aprova o regulamento para execução da Lei nº 4.680/65. Publicado no DOU de 10-02-1966.

_____. Decreto Federal nº 50.532, de 03 de maio de 1961. Dispõe sobre o funcionamento das empresas de que trata a Lei nº 3.099 de 24/02/1957, ampara a empresa a ser registrada na Junta Comercial em qualquer Estado do Brasil.

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