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Três meses após o vazamento de petróleo no poço da British Petroleum (BP) no Golfo do México, considerado o maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos, o Brasil elabora um programa de ação para acidentes no pré- sal. A Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e a Marinha iniciaram a elaboração do primeiro Plano nacional de Contingência para conter vazamentos de petróleo em alto-mar, como nos campos do pré-sal. Atualmente, a Petrobras elabora os programas de contingência para cada uma das plataformas, mas agora o governo adotará um plano em nível nacional, com a atuação conjunta dos órgãos fiscalizadores e do meio ambiente, segundo o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima. Para Lima, o Brasil tem um dos sistemas de segurança e fiscalização mais avançados do mundo. Entretanto, eles certamente deverão ser aperfeiçoados devido ao vazamento da BP. Entretanto, o executivo alerta que o Brasil deve acelerar os projetos de exploração de petróleo no pré-sal e também no pós-sal, com o risco de a matéria-prima perder valor no futuro próximo com o maior uso de fontes alternativas de energia, acelerado pelo acidente nos EUA. Lima se declarou um defensor não só da aceleração da produção de óleo no pré-sal, como no pós-sal e também nas bacias terrestres, para permitir o desenvolvimento do país e ajudar na redução da pobreza e da desigualdade. "Temos que nos adiantar para evitar que a gente fique com um mico", apontou.

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Três meses após o vazamento de

petróleo no poço da British Petroleum

(BP) no Golfo do México, considerado o

maior desastre ambiental da história dos

Estados Unidos, o Brasil elabora um

programa de ação para acidentes no pré-

sal. A Agência Nacional do Petróleo

(ANP), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e a Marinha

iniciaram a elaboração do primeiro Plano nacional de Contingência para

conter vazamentos de petróleo em alto-mar, como nos campos do pré-sal.

Atualmente, a Petrobras elabora os programas de contingência para cada

uma das plataformas, mas agora o governo adotará um plano em nível

nacional, com a atuação conjunta dos órgãos fiscalizadores e do meio

ambiente, segundo o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima. Para Lima, o

Brasil tem um dos sistemas de segurança e fiscalização mais avançados

do mundo. Entretanto, eles certamente deverão ser aperfeiçoados devido

ao vazamento da BP.

Entretanto, o executivo alerta que o Brasil deve acelerar os projetos de exploração de petróleo no pré-sal e também no pós-sal, com o risco de a matéria-prima perder valor no futuro próximo com o maior uso de fontes alternativas de energia, acelerado pelo acidente nos EUA.

Lima se declarou um defensor não só da aceleração da produção de óleo no pré-sal, como no pós-sal e também nas bacias terrestres, para permitir o desenvolvimento do país e ajudar na redução da pobreza e da desigualdade. "Temos que nos adiantar para evitar que a gente fique com um mico", apontou.