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ASPECTOS DA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA FILOSOFIA, 1º ANO

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ASPECTOS DA FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA

FILOSOFIA, 1º ANO

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As ciências e suas técnicas

No século XIX, a filosofia afirmava a confiança plena e total no saber científico e na tecnologia para dominar e controlar a natureza, a sociedade e os indivíduos.

No século XX, contudo, a filosofia passou a desconfiar do otimismo científico-tecnológico do século anterior em virtude de vários acontecimentos : as duas grandes guerras mundiais, o bombardeio de Hiroshima e Nagasaki, os campos de concentração nazistas...

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Um grupo de filósofos alemães, conhecidos como a Escola de Frankfurt, elaborou a chamada Teoria Crítica, concepção que distingue duas formas de razão: a razão instrumental e a razão crítica.

A razão instrumental faz das ciências e das técnicas não um meio de deliberação dos seres humanos, mas um meio de intimidação, medo, terror e desespero. Ao contrário, a razão crítica é aquela que analisa e interpreta os limites e perigos do pensamento instrumental e afirma que as mudanças sociais, políticas e culturais só se realizarão verdadeiramente se tiverem como finalidade a emancipação do gênero humano.

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Os ideais políticos revolucionários No século XIX, a filosofia apostou nos ideais

políticos revolucionários (anarquismo, socialismo, comunismo), que criariam uma sociedade nova.

No entanto, no século XX, com o surgimento das chamadas sociedades totalitárias (fascismo, nazismo, stalinismo, maoismo), a filosofia também passou a desconfiar do otimismo revolucionário e das utopias e a indagar se os seres humanos serão capazes de criar e manter uma sociedade nova, justa e feliz.

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A cultura

No século XIX, a filosofia descobre a cultura como o modo próprio e específico da existência dos seres humanos. Haveria uma única grande cultura em desenvolvimento, da qual as diferentes culturas seriam etapas.

A filosofia do século XX negou que houvesse uma única cultura em progresso e afirmou a pluralidade cultural.

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O “fim da filosofia”

No século XIX, o otimismo científico e técnico levou a filosofia a supor que, no futuro, todos os conhecimentos e todas as explicações seriam dados pelas ciências. Assim, a própria filosofia poderia desaparecer, pois não teria motivo para existir.

Entretanto, no século XX a filosofia passou a mostrar que as ciências não possuem princípios totalmente certos, seguros e rigorosos para as investigações e que os resultados podem ser duvidosos e precários. A filosofia voltou a afirmar seu papel de compreensão crítica das ciências.

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A maioridade da razão

No século XIX, a filosofia afirmava que havíamos alcançado a maioridade racional, ou seja, a razão se desenvolveu plenamente para que o conhecimento completo da realidade e das ações humanas fosse atingido.

No entanto, Marx e Freud puseram em questão esse otimismo racionalista. Marx descobriu que temos a ilusão de estar pensando com nossa própria cabeça e agindo por nossa própria vontade de maneira racional e livre, porém, a classe social que domina a sociedade exerce o seu poder sobre as mentes, fazendo com que suas ideias pareçam ser verdades universais.

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Esse poder social invisível que nos força a pensar como pensamos e a agir como agimos foi chamado por Marx de ideologia.Freud, por sua vez, mostrou que os seres humanos têm a ilusão de que tudo quanto pensam, fazem, sentem e desejam, tudo quanto dizem ou calam estaria sob o pleno controle de nossa consciência. A esse poder que domina e controla invisível e profundamente nossa vida consciente ele deu o nome de inconsciente. Diante dessas duas descobertas, a filosofia se viu forçada a reabrir a discussão sobre o que é e o que pode a razão, sobre o que é e o que pode a consciência reflexiva ou o sujeito do conhecimento, sobre o que são e o que podem as aparências e as ilusões.

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Infinito e finito

O século XIX prosseguiu uma tradição filosófica que veio desde a Antiguidade e que foi muito alimentada pelo pensamento cristão. A natureza eterna (gregos), o Deus eterno (cristãos), o desenvolvimento pleno e total da história ou do tempo como totalização das etapas ou momentos (como na filosofia de Hegel).

A filosofia do século XX, contudo tendeu a dar maior importância ao finito, ao que surge e desaparece, ao que tem fronteiras e limites.

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Nossos dias: a pós-modernidade

O que era a modernidade? No campo do conhecimento: racionalismo;

distinção entre interior e exterior ou entre sujeito e objeto; afirmação da capacidade da razão humana para conhecer a essência ou a estrutura interna de todos os seres;

No campo da prática: afirmação da diferença entre a necessidade que rege a ordem natural ou as leis da natureza e a ordem humana da cultura (ética, artes, política); afirmação de que os seres humanos são indivíduos e agentes livres; distinção entre o público e o privado.

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Temas, disciplinas e campos filosóficos

A filosofia existe a 26 séculos. Para Aristóteles, a filosofia era a totalidade dos conhecimentos teóricos e práticos da humanidade; chamada de “rainha de todas as ciências”. Pouco a pouco, as várias ciências particulares foram definindo seus objetivos próprios e se desligaram da filosofia. Outros campos co conhecimento se abriram para a filosofia, mas a ideia de uma totalidade de saberes que conteria em si todos os conhecimentos nunca mais reapareceu.

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No século XX, a filosofia foi submetida a uma grande limitação quanto á esfera de seus conhecimentos. Isso pode ser atribuído a dois motivos principais:

1. Desde o final do século XVIII, o filósofo Immanuel Kant, considerou que nossa razão não pode conhecer as coisas tal como são em si mesmas (metafísica), só conhecemos as coisas tais como são organizadas pela estrutura interna e universal de nossa razão. Deixando de ser metafísica, a filosofia se tornou o conhecimento das condições de possibilidades do conhecimento verdadeiro. A filosofia tornou-se uma teoria do conhecimento, uma ética, ou estudo das condições de possibilidades da ação moral enquanto realizada por liberdade e por dever. Com isso, a filosofia deixava de ser conhecimento do mundo em si e tornava-se apenas conhecimento do homem como ser racional e moral.

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2. Desde meados do século XIX, foi feita uma separação entre a filosofia e as ciências positivas (química, física, matemática), a filosofia seria apenas uma reflexão sobre o significado do trabalho científico, tornando-se assim, uma teoria das ciências ou epistemologia. O interesse pela consciência reflexiva ou pelo sujeito do conhecimento deu surgimento a uma corrente filosófica conhecida como fenomenologia. A atividade filosófica, porém, não se restringiu à teoria do conhecimento, à lógica, à epistemologia, à ética. Desde o início do século, a história da filosofia tornou-se uma disciplina de grande prestígio e, com ela, a história das ideias e história das ciências.