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O O racionalismoracionalismo
O O racionalismoracionalismo
O principal representante do racionalismo no século XVII é o francês René Descartes.
As obras mais importantes de Descartes originam-se do período de trabalho tranquilo nos Países Baixos, entre elas, sobretudo: Discurso do Método (1637); Meditações da Primeira Filosofia (1641), aumentadas com as Objeções e Respostas; Princípios da Filosofia (1642).
O O racionalismoracionalismo
Descartes descontente com os erros e ilusões dos sentidos, procura o fundamento do verdadeiro conhecimento. Assim, estabelece a dúvida como método de pensamento rigoroso.
Duvida de tudo que lhe chega através dos sentidos, duvida de todas as ideias que se apresentam como verdadeiras. À medida que duvida, porém, descobre que mantém a capacidade de pensar.
O O racionalismoracionalismo
Por essa via, estabelece a primeira verdade que não pode ser colocada em dúvida: se duvido, penso, se penso, existo, embora esse existir não seja físico. Existo enquanto ser pensante (sujeito ou consciência) que é capaz de duvidar. Fórmula esta descoberta em uma frase muito conhecida:
O O racionalismoracionalismo
O O racionalismoracionalismo
Descartes diferencia dois tipos de idéias: algumas claras e distintas, outras confusas e duvidosas.
O O racionalismoracionalismo
Propõe, então, que as idéias claras e distintas, que são idéias gerais, não derivam do particular, mas já se encontram no espírito, como instrumentos com que Deus nos dotou para fundamentar a apreensão de outras verdades.
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Essas são as idéias inatas, que não estão sujeitas a erro e que são o fundamento de toda ciência. Para conhecê-las basta que nos voltemos para nós mesmos, através da reflexão.
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Dentre as idéias inatas, encontramos as de um Deus Perfeito e Infinito (substância infinita), da substância pensante e da matéria extensa.
O O racionalismoracionalismo
O ponto de partida de Descartes é, pois, o pensamento, abstraindo toda e qualquer relação entre este e a realidade. Como passar, porém, do pensamento para a substância extensa, ou seja, a matéria dos corpos?
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Exatamente porque pensamos, podemos pensar a idéia de infinito, ou seja, de Deus, com todos os seus atributos, dentre os quais está a perfeição. Ora, para ser perfeito, Deus deve existir. Da idéia de Deus, passamos a poder afirmar sua existência enquanto ser. Continuando o raciocínio, esse ser perfeito não nos engana e, se nos faz ter idéias sobre o mundo exterior, inclusive sobre nossos corpos, é porque criou esse mesmo mundo exterior e sensível. Assim, a partir de uma idéia inata, podemos deduzir a idéia da existência da matéria dos corpos, ou seja, da substância extensa.
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Devemos notar, entretanto, que a razão não afeta nem é afetada pelos objetos. A razão só lida com as representações, isto é, com as imagens mentais, idéias ou conceitos que correspondem aos objetos exteriores.
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É neste ponto que se coloca, com maior nitidez, a necessidade do método para garantir que a representação corresponda ao objeto representado.
O O racionalismoracionalismo
Assim, a questão do método de pensamento torna-se crucial para o conhecimento filosófico a partir do século XVII.
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Quando falamos em MÉTODO dentro do racionalismo estamos identificando dois tipos: O MÉTODO RELATIVO AO CONHECIMENTO
O MÉTODO CIENTÍFICO.
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O MÉTODO RELATIVO AO CONHECIMENTO : são elaboradoras por Descartes quatro grandes regras do método para que se possa guiar o pensamento em direção aos conhecimentos verdadeiros e distingui – los dos falsos. São elas:
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REGRA DA EVIDÊNCIA: só se admite como verdadeiro um conhecimento evidente, isto é, no qual não caiba a menor dúvida. Para isso, Descartes criou a dúvida metódica.
REGRA DA DIVISÃO: para conhecermos realidades complexas precisamos dividir as dificuldades e os problemas em suas parcelas mais simples, examinando cada uma delas em conformidade com a regra da evidência.
O O racionalismoracionalismo REGRA DA ORDEM: os pensamentos devem ser
ordenados em séries que vão dos mais simples aos mais complexos, dos mais fáceis aos mais difíceis, pois a ordem consiste em distribuir os conhecimentos de tal maneira que possamos passar do conhecido ao desconhecido.
REGRA DA ENUMERAÇÃO: a cada conhecimento novo obtido, deve – se fazer a revisão completa dos passos dados, dos resultados parciais e dos encadeamentos que permitam chegar a ele.
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O MÉTODO CIENTÍFICO: é dividido em quatro etapas, as quais devemos submeter as pesquisas científicas para ter certeza da veracidade dos resultados apresentados. As etapas são: OBSERVAÇÃO, HIPÓTESE, EXPERIMENTAÇÃO E GENERALIZAÇÃO.