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2016 3 TRI LIÇÃO 2 - O contexto da profecia de isaias

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TEXTO DO DIA

"Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto;

ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da

causa das viúvas." (Is 1.17)

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SÍNTESE

Isaías escreveu seu livro num amplo e complexo

contexto histórico, político, cultural, econômico e

religioso, que, ao ser conhecido, torna mais vívida

e compreensível sua mensagem.

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TEXTO BÍBLICO

Isaías 1.11,12; 15-17; 21-26

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11 De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. 12 Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu isso de vossas mãos, que viésseis pisar os meus átrios? 15 Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. 16 Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos e cessai de fazer mal. 17 Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.21 Como se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de retidão! A justiça habitava nela, mas, agora, homicidas. 22 A tua prata se tornou em escórias, o teu vinho se misturou com água. 23 Os teus príncipes são rebeldes e companheiros de ladrões; cada um deles ama os subornos e corre após salários; não fazem justiça ao órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas. 25 E voltarei contra ti a minha mão e purificarei inteiramente as tuas escórias; e tirar-te-ei toda a impureza. 26 E te restituirei os teus juízes, como eram dantes, e os teus conselheiros, como antigamente; e, então, te chamarão cidade de justiça, cidade fiel.

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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO• A profecia de Isaías pode ser dividida em três momentos

específicos: 1. período dos reis de Jerusalém, dentro do contexto em que ele vive (Is 1-

39), com reis que foram tementes a Deus como reis que incentivaram a idolatria;

2. cativeiro babilônico – sua mensagem traz consolo e esperança para superarem as dificuldades (Is 40-55);

3. Retorno do cativeiro para Jerusalém, predizendo um período de glória para Israel sob o reinado messiânico (Is 56-66).

• A mensagem de Isaías diante do contexto histórico e religioso é difícil, pois apontava para a quase destruição e rejeição do povo, porém, haveria um remanescente.

• O profeta contrasta tempos de prosperidade material com muita injustiça bem como períodos de um efervescente culto a Deus contrastando com idolatria.

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I - CONTEXTO HISTÓRICO-POLÍTICO

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1. A divisão do reino

• Após a morte do rei Salomão, por falta de bom senso de seu filho e sucessor Roboão, o reino se divide. O norte fica com 10 tribos, lideradas por Jeroboão, enquanto Roboão libera as dois tribos do sul.

• Esse fato aconteceu aproximadamente m 922 a.C.

• A falta de amor e misericórdia entre as tribos irmãs foi a causa do cisma de toda uma nação.

• Quando a arrogância e a soberba prevalecem sobre o amor e respeito pelo outro, o fim sempre será trágico.

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2. Os reis contemporâneos de Isaías• Reis que governaram Judá (Reino do Sul), cuja capital era

Jerusalém na época de atuação de Isaias:• a) Uzias. Foi rei de Judá de 791 a 740 a.C. e é relatado no capítulo

6 de Isaías. Provavelmente o ministério profético se iniciou na data da morte deste rei.

• b) Jotão. Era filho de Uzias e o sucedeu no trono de 740 até 732 a.C. Ele foi um bom rei, embora tenha permitido alguns locais de idolatria em Judá.

• c) Acaz. Foi corregente com seu pai e tornou se rei após sua morte (735 a 715 a.C.). Ele, por falta de confiança em Deus, fez aliança com a Assíria (2Cr 28.16) e teve de pagar tributos, o que trouxe consequências econômicas para o povo. Foi idólatra (2Cr 28.19,24 chegando a queimar um de seus filhos em oferta aos deuses (2Rs 16.3-4; 2Cr 28.2-4), quebrou utensílios do Templo e fechou locais de adoração a Deus (2Cr 28.23-25).

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2. Os reis contemporâneos de Isaías

• Reis que governaram Judá (Reino do Sul), cuja capital era Jerusalém na época de atuação de Isaias:• d) Ezequias. Foi corregente com seu pai e tornou se rei após sua

morte (715 a 686 a.C.). Diferente de seu pai confiava no Deus de Israel e conduziu o povo sob a aprovação divina(2 Rs 19.35; Is 37.5-7; 2 Rs 20). Todavia, apesar de adorar a Yahweh (2 Rs 18.5,6), permitiu também determinados cultos aos deuses dos invasores assírios. No início de seu reinado, ele fez uma reforma religiosa reinstituindo algumas celebrações que haviam sido abandonadas (2 Cr 29.2). Considerado pela tradição israelita um dos melhores reis de Judá (2Rs 18.5).

• e) Manassés. Também foi corregente com seu pai (696 a.C.) e tornou se rei após sua morte (686 a 642 a.C.). Segundo a tradição, esse rei perverso e idólatra, no início de seu reinado, martirizou Isaias, serrando-o ao meio.

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3. A ascensão dos impérios mundiais

• Com a subida ao poder de Tiglate-Pileser III ao trono da Assíria (745-727 a.C.) esta começou a subjugar algumas nações, dentre as quais o Reino do Sul.

• A Síria e Reino do Norte fizeram aliança, na época que o rei era Acaz, contra o Reino do Sul (735-732 a.C.). Como resultado o Reino Sul se tornou vassalo dos assírios (império em ascensão), sendo obrigado pagar pesada carga tributária.

• Por fim, aproximadamente em 722 a.C. o Reino do Norte foi destruído e levado cativo pela Assíria (2 Rs 17.5) para nunca mais se restabelecer.

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3. A ascensão dos impérios mundiais

• O Reino do Sul teve uma duração mais longa, embora tenha sido invadido e ameaçado algumas vezes pela Assíria e outros países vizinhos.

• Entretanto, no ano de 586 a.C. foi invadido, teve seu templo e muros destruídos e levados cativos para a Babilônia (o chamado cativeiro babilônico).

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PENSE

Com o profeta Isaías somos desafiados a

pedir que o Espírito Santo nos capacite cada

vez mais para trazer mensagens, profecias e

intervenções no contexto em que estamos

inseridos.

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PONTO IMPORTANTE

A profecia israelita não era simplesmente

voltada para questões do Templo e do culto,

mas também tinham alcance político.

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II - CONTEXTO ECONÔMICO E SOCIAL

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1. Um período de prosperidade

• Durante o período do reinado de Uzias, o Reino do Sul experimentou um grande desenvolvimento econômico, tornando-se um dos mais prósperos de Judá desde a divisão do reino, sendo o luxo abundante.

• Este foi um dos motivos do afastamento do povo das leis de Deus, pois, com a ganância da prosperidade, começaram a praticar toda sorte de injustiças.

• Essa prosperidade permaneceu até o período dos reis Jotão e Acaz, vindo a declinar com este último.

AP - Na prosperidade, como você tem se comportado?

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2. As injustiças• Apesar da prosperidade, em vez de se fazer justiça

floresceu a injustiça social.

• A elite e principais líderes do povo passou a oprimir e explorar os pobres, as viúvas e os órfãos (Is 1.17,23;3.14;10.2).

• A pior exploração é aquela que vem dos próprios irmãos.

• Isso demonstra que a ganância leva a sociedade a praticar a injustiça social.

• O profeta denunciou essas ações perversas.

AP – E hoje, como os líderes têm se comportado?

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PENSE

A injustiça é a revelação da falta de amor ao

próximo. É um pecado que nos conduz à

destruição e prejudica outros que muitas

vezes são inocentes.

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PONTO IMPORTANTE

Muitas vezes, a prosperidade sem amor

produz ignorância e arrogância que destroem

a vida.

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III - CONTEXTO RELIGIOSO

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1. A idolatria• Alguns reis desse período profético, especialmente nos

reinados de Jotão e Acaz, foram extremamente idólatras. • O ambiente idólatra ajudou a incrementar as injustiças

sociais que eram praticadas na época. • Uma das principais divindades adoradas era Baal, deus

da fertilidade e do fogo, e por algumas vezes até mesmo chegaram a oferecer seus filhos em sacrifício aos deuses.

• A Bíblia se refere à idolatria como sendo idêntica ao pecado da prostituição (Jr 3.2; Ez 23.27; Os 9.1; Mq 1.7), uma infidelidade.

AP – Qual a idolatria que é praticada em nossos dias? Também tem como consequências a injustiça social?

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2. Uma religião de aparência• Com a mistura praticada pelo povo na adoração a Deus

Jeová e aos deuses falsos, instalou-se uma falsa religiosidade, com alguns pecados bem graves cometidos: • os sacerdotes se uniram aos assaltantes do povo e passaram a

roubá-lo;

• criou-se uma religiosidade confusa e misturada com a idolatria da influência do culto a Baal multiplicaram-se os pecados morais e sociais.

• Entretanto, no reinado de Ezequias deu-se uma importante reforma religiosa.

• Servir a Deus é um estilo de vida, portanto, qualquer aparência pode ser enganosa.

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PENSE

Quando a fé não é vivida segundo a vontade

revelada de Deus mediante a sua Palavra, ela

se torna uma fé de aparências. Deus nos

convida a sermos jovens de fé verdadeira e

obediência sincera à sua Palavra.

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PONTO IMPORTAN TE

A idolatria acontece quando colocamos

outras prioridades antes de Deus.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta lição nos aprendemos que:• O contexto histórico-político de Isaias era o da divisão do

reino e do surgimento da Assíria como um império mundial. Entre os reis de Judá tiveram reis que eram tementes à Deus, mas também outros que eram extremamente idólatras.

1. O contexto socioeconômico era de prosperidade, mas que teve como consequências um período de grandes injustiças sociais.

2. O contexto religioso era de uma religião de aparência. A idolatria e falsa religiosidade prevalecia.

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Subsídios bibliográficos

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Cristo e os apóstolos são um exemplo do ideal do Antigo Testamento. A função do profeta na Igreja incluía o seguinte: a) Proclamava e interpretava, cheio do Espírito Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina. Sua mensagem visava admoestar, exortar, animar, consolar e edificar (At 2.14-36; 3.12-26; 1Co 12.10; 14.3). b) Devia exercer o dom de profecia; c) Ás vezes era vidente (1Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11.28; 21.10,11). d) Era dever do profeta do Novo Testamento, assim como no Antigo Testamento, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus.

Por causa de sua mensagem de justiça, o profeta pode ser rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e apostasia" (ARAUJO, 2007).

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"O nome 'Isaías' significa 'o Senhor salva'. Como profeta designado por Deus, Isaías começou seu ministério em 740 a.C., no ano em que morreu o rei Uzias. Profetizou por mais de quarenta anos e morreu provavelmente cerca de 680 a.C..

O longo ministério profético de Isaías teve lugar na época do reino dividido. O Reino do Norte - chamado pelos diferentes nomes de 'Israel', 'Samaria' e 'Efraim' - abrangia dez tribos de Israel. O Reino do Sul - comumente chamado de 'Judá', com sua capital em Jerusalém - consistia das tribos de Judá e de Benjamim. Os dois reinos, na época de Isaías, estavam desviados de Deus e de sua lei e recorriam às nações pagãs e seus deuses falsos para livrá-los dos seus inimigos.

O Reino do Norte foi subjugado e destruído pela Assíria em 722 a.C. Isaías advertiu Judá de que esse reino, também, seria destruído por causa de seu pecado e apostasia" (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p. 993).

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Referências

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REFERÊNCIASANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. ARAUJO, Israel de. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

Comentário Bíblico Beacon. Vol 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

CROATTO, J. S. Isaías. Vol I: 1-39. O profeta da justiça e da fidelidade. Petrópolis: Vozes, 1989.

FEINBERG, Charles L. Os profetas menores. São Paulo: Vida, 1988.

LIÇÕES BÍBLICAS JOVENS. Isaias: eis-me aqui, envia-me a mim. 3º Trim, Edição Professor, Rio de Janeiro, 2016.

NAKANOSE, Shigeyuki; PEDRO, Enilda de Paula. Como ler o Primeiro Isaías (Is 1-39). São Paulo: Paulus, 2002.

RENDTORFF, Rolf. Antigo Testamento: uma introdução. Santo André-SP: Academia Cristã, 2009.

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REFERÊNCIAS

SCHOKEL, Alonso Luís; SICRE. José Luís. Os profetas. São Paulo: Paulus, 2004.

SICRE, José Luís. Profetismo em Israel. Petrópolis: Vozes, 1996.

SILVA, Airton José. A voz necessária: encontro com os profetas do século VIII a.C. São Paulo: Paulus, 1998.