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1. (Enem PPL 2012) Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos Orgulho e raça de Atenas. BUARQUE, C.; BOAL, A. “Mulheres de Atenas”. In: Meus caros amigos,1976. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em 4 dez. 2011 (fragmento) Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela época, em razão de a) sua função pedagógica, exercida junto às crianças atenienses. b) sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento. c) seu rebaixamento de status social frente aos homens. d) seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra. e) sua igualdade política em relação aos homens. 2. (Fuvest 2013) Não esqueçamos que o processo de formação de um povo e de uma civilização gregos não se desenrolou segundo um plano premeditado, nem de maneira realmente consciente. Tentativa, erro e imitação foram os principais meios, de tal modo que uma certa margem de diversidade social e cultural, amiúde muito marcada, caracterizou os inícios da Grécia. De fato, nem o ritmo nem a própria direção da mudança deixaram de se alterar ao longo da história grega. Moses I. Finley. O mundo de Ulisses. 3ª ed. Lisboa: Presença, 1998, p.16. a) Indique um elemento “imitado” de outros povos e sociedades que teria estado presente nos “inícios da Grécia”. b) Ofereça pelo menos dois exemplos do que o autor chama de “diversidade social e cultural”, que “caracterizou os inícios da Grécia”. 3. (Unifesp 2011) “Chegamos à terra dos Ciclopes, homens soberbos e sem leis (...) Não têm assembleias que julguem ou deliberem, nem leis; vivem em grutas, no cimo das altas montanhas: e cada um dita a lei a seus filhos e mulheres, sem se preocupar uns com os outros”. (Homero. Odisseia, Século VIII a.C.) “Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles não têm nem entendem nenhuma crença, segundo parece. E, portanto, se os degredados que aqui hão-de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, fazerem-se cristãos e crerem na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, esta gente é boa e de boa simplicidade e imprimir-se-á [facilmente] neles qualquer cunho que lhes quiserem dar”. (Pero Vaz de Caminha. Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento do Brasil, 1.º de maio de 1500.) Os textos apresentados expressam valores próprios às sociedades em que foram produzidos: a Grécia da antiguidade e a ibérica do século XV. a) Que diferença de valores pode ser constatada entre essas sociedades, a partir dos textos? b) Além do objetivo expresso pela Carta de Caminha, a colonização portuguesa do Brasil teve uma clara finalidade econômica. Qual finalidade era essa?. 4. (Unesp 2011) Para os gregos antigos, a ideia de confronto entre oponentes, até que um dos contendores superasse os demais, atingindo um grau de excelência reconhecido e admirado por todos os circunstantes, era um ritual central em sua cultura. Os gregos faziam com que ele integrasse várias de suas cerimônias, as mais importantes e as mais sagradas.

3˚ano: exercícios Grécia

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1. (Enem PPL 2012) Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos Orgulho e raça de Atenas.

BUARQUE, C.; BOAL, A. “Mulheres de Atenas”. In: Meus caros amigos,1976. Disponível em:

http://letras.terra.com.br. Acesso em 4 dez. 2011 (fragmento) Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela época, em razão de a) sua função pedagógica, exercida junto às crianças atenienses. b) sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento. c) seu rebaixamento de status social frente aos homens. d) seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra. e) sua igualdade política em relação aos homens. 2. (Fuvest 2013) Não esqueçamos que o processo de formação de um povo e de uma civilização gregos não se desenrolou segundo um plano premeditado, nem de maneira realmente consciente. Tentativa, erro e imitação foram os principais meios, de tal modo que uma certa margem de diversidade social e cultural, amiúde muito marcada, caracterizou os inícios da Grécia. De fato, nem o ritmo nem a própria direção da mudança deixaram de se alterar ao longo da história grega.

Moses I. Finley. O mundo de Ulisses. 3ª ed. Lisboa: Presença, 1998, p.16. a) Indique um elemento “imitado” de outros povos e sociedades que teria estado presente

nos “inícios da Grécia”. b) Ofereça pelo menos dois exemplos do que o autor chama de “diversidade social e

cultural”, que “caracterizou os inícios da Grécia”. 3. (Unifesp 2011) “Chegamos à terra dos Ciclopes, homens soberbos e sem leis (...) Não têm assembleias que julguem ou deliberem, nem leis; vivem em grutas, no cimo das altas montanhas: e cada um dita a lei a seus filhos e mulheres, sem se preocupar uns com os outros”.

(Homero. Odisseia, Século VIII a.C.) “Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles não têm nem entendem nenhuma crença, segundo parece. E, portanto, se os degredados que aqui hão-de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, fazerem-se cristãos e crerem na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, esta gente é boa e de boa simplicidade e imprimir-se-á [facilmente] neles qualquer cunho que lhes quiserem dar”.

(Pero Vaz de Caminha. Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento do Brasil, 1.º de maio de 1500.)

Os textos apresentados expressam valores próprios às sociedades em que foram produzidos: a Grécia da antiguidade e a ibérica do século XV. a) Que diferença de valores pode ser constatada entre essas sociedades, a partir dos textos? b) Além do objetivo expresso pela Carta de Caminha, a colonização portuguesa do Brasil

teve uma clara finalidade econômica. Qual finalidade era essa?. 4. (Unesp 2011) Para os gregos antigos, a ideia de confronto entre oponentes, até que um dos contendores superasse os demais, atingindo um grau de excelência reconhecido e admirado por todos os circunstantes, era um ritual central em sua cultura. Os gregos faziam com que ele integrasse várias de suas cerimônias, as mais importantes e as mais sagradas.

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(Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI. No loop da montanha-russa, 2004. Adaptado.)

O texto afirma que as Olimpíadas na Grécia Antiga a) tinham a função de adequar os corpos dos praticantes às necessidades do mundo do

trabalho, tornando-os capazes de produzir mais. b) permitiam que a população se divertisse, dissolvendo as tensões sociais e facilitando a

dominação política por parte dos governantes. c) estavam integradas a outros aspectos da vida social e religiosa, associando-se a

momentos de festa e celebração. d) estimulavam a competitividade e o individualismo, preparando os homens para as

disputas profissionais na vida adulta. e) visavam exercitar e fortalecer os guerreiros, melhorando sua atuação política e militar nos

períodos de guerra. 5. (Unesp 2011)

O Templo da Concórdia foi construído no sul da Sicília, no século V a.C., e é um marco da a) arte românica, caracterizada pelos arcos de meia volta e pela inspiração religiosa

politeísta. b) arquitetura clássica, imposta pelos macedônios à ilha no processo de helenização

empreendido por Alexandre, o Grande. c) arte etrusca, oriunda do norte da península itálica e desenvolvida no Mediterrâneo durante

o período de hegemonia romana. d) arquitetura dórica, levada à ilha pelos gregos na expansão e colonização mediterrânea da

chamada Magna Grécia. e) arte gótica, marcada pela verticalização das construções e pela sugestão de ascese dos

homens ao reino dos céus. 6. (G1 - cps 2011) Por volta de 2500 a.C., os gregos realizavam festivais esportivos em homenagem a Zeus, que reuniam representantes de várias cidades-Estado. Por se realizarem no santuário da cidade de Olímpia, receberam o nome de Olimpíadas. Apenas cidadãos livres participavam das competições, e elas tinham uma enorme importância religiosa, tanto que as guerras paravam. Quando os romanos passaram a dominar a Grécia (século II a.C.), esses jogos foram perdendo importância até serem proibidos. Em 1894, o nobre francês Pierre de Coubertin constituiu o Comitê Olímpico Internacional que promoveu as Olimpíadas Modernas. Os novos princípios olímpicos traziam uma dimensão política: “O objetivo do movimento olímpico é colocar o esporte a serviço do desenvolvimento harmonioso da humanidade, visando promover uma sociedade pacífica, empenhada em preservar a dignidade humana”.

(Revista Guia do Estudante/ “Atualidades Vestibular 1º semestre”/ 2008. Adaptado) Sobre as Olimpíadas, é valido afirmar que a) as divergências políticas e alguns conflitos armados entre as nações passaram a ser

resolvidos pelo incentivo ao esporte.

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b) os jogos da Antiguidade apresentavam um caráter sagrado que permitia a ligação entre a divindade e os participantes.

c) os jogos em Olímpia evidenciavam a igualdade social que havia entre os cidadãos livres e os não livres.

d) os princípios criados em 1894, por Pierre de Coubertin, fizeram do esporte uma estratégia para confirmar a supremacia de algumas nações.

e) o Comitê Olímpico Internacional, em 1894, decidiu manter a importância religiosa que era característica dos jogos da Grécia Antiga.

7. (Fuvest 2011) Desde a Antiguidade até a época helênica, e durante a Idade Média (em algumas culturas, até hoje) se conferiu aos terremotos, como a todos os fenômenos cuja causa se desconhecia, uma explicação mística. Os filósofos da antiga Grécia foram os primeiros a aventar causas naturais dos terremotos; no entanto, durante o período medieval, explicações desse tipo foram formalmente proibidas por serem consideradas heréticas, e a única causa aceita na Europa era a da cólera divina. Somente em princípios do século XVII é que se voltou a especular acerca das causas naturais de tais fenômenos.

Alejandro Nava, Terremotos. 4ª ed. México: FCE, 2003, p.24-25. Traduzido e adaptado. O texto menciona mudanças, da Antiguidade até o início do século XVII, na explicação dos fenômenos naturais. Hoje em dia, também é preciso considerar que as consequências dos terremotos não dependem só de sua magnitude, mas também do grau de desenvolvimento social do local onde ocorrem, como foi possível notar nos terremotos de 2010 no Haiti. a) Identifique e explique as mudanças que, no contexto intelectual do século XVII,

contribuíram para que os terremotos e outros fenômenos naturais deixassem de ser vistos apenas como fenômenos místicos.

b) No caso do Haiti, a pobreza do país ampliou o efeito devastador do fenômeno natural. Explique, historicamente, essa pobreza e seu impacto no agravamento das consequências dos terremotos.

8. (Mackenzie 2010)

Frank Miller inspirou-se na verdadeira Batalha de Termópilas, ocorrida em 438 a.C, na

Grécia, para escrever “Os 300 de Esparta”. A adaptação da história em quadrinhos de Miller

foi levada ao cinema, em 2006, pelo diretor Zack Sn der, com o título “300”. A respeito do

contexto das Guerras Médicas (500-479 a.C), tema abordado no filme, assinale a alternativa

correta.

a) O domínio e a expansão naval fenícia ameaçavam a hegemonia da Grécia sobre o mar Egeu, o que ocasionou a formação de uma aliança defensiva grega.

b) Desenvolvendo uma política imperialista, Atenas entrou em conflito com Esparta que, agrária e oligárquica, permaneceu fechada à expansão territorial.

c) O expansionismo persa, que já havia dominado cidades gregas da Ásia Menor e estabelecido o controle persa sobre rotas comerciais do Oriente, ameaçava a soberania da Grécia, tornando inevitável o conflito grego-pérsico.

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d) Esparta, por priorizar a formação física e militar, cultivando no indivíduo o patriotismo incondicional ao Estado, liderou a ofensiva grega contra os assírios, que ameaçavam as instituições democráticas gregas.

e) O forte espírito militarista presente na cultura helenística e difundido em todas as pólis gregas permitiu que, no conflito contra os medos, a Grécia obtivesse a supremacia militar e se sagrasse vencedora.

9. (Enem 2ª aplicação 2010) Na antiga Grécia, o teatro tratou de questões como destino, castigo e justiça. Muitos gregos sabiam de cor inúmeros versos das peças dos seus grandes autores. Na Inglaterra dos séculos XVI e XVII, Shakespeare produziu peças nas quais temas como o amor, o poder, o bem e o mal foram tratados. Nessas peças, os grandes personagens falavam em verso e os demais em prosa. No Brasil colonial, os índios aprenderam com os jesuítas a representar peças de caráter religioso. Esses fatos são exemplos de que, em diferentes tempos e situações, o teatro é uma forma a) de manipulação do povo pelo poder, que controla o teatro. b) de diversão e de expressão dos valores e problemas da sociedade. c) de entretenimento popular, que se esgota na sua função de distrair. d) de manipulação do povo pelos intelectuais que compõem as peças. e) de entretenimento, que foi superada e hoje é substituída pela televisão. 10. (Enem 2009) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e

naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de

trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com

as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o

lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades

políticas”.

VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania

a) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.

b) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.

c) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.

d) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.

e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.

11. (Fatec 2009) As civilizações da antiguidade clássica - Grécia e Roma - desenvolveram

uma estrutura socioeconômica alicerçada no escravismo. Sobre essa temática, pode-se

afirmar que:

I. a escravidão foi indispensável para a manutenção do ideal democrático em Atenas, uma

vez que os cidadãos ficavam desincumbidos dos trabalhos manuais e das tarefas ligadas à

sobrevivência.

II. a escravidão foi abolida em Atenas quando Péricles estabeleceu o direito político a todos

os cidadãos, reconhecendo, dessa forma, a igualdade jurídica e social da população da

Grécia.

III. os escravos romanos, por terem pequenas propriedades e direitos políticos, conviveram

pacificamente com os cidadãos romanos, como forma de evitar conflitos e a perda de

direitos.

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IV. os escravos romanos, que se multiplicavam com o expansionismo de Roma, estavam

submetidos à autoridade de seu senhor, e sua condição obedecia mais ao direito privado do

que ao direito público.

É correto apenas o que se apresenta em:

a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. 12. (Fuvest 2009) "Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de Alexandria.

Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A

vontade de colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local

da Ágora, dos santuários da deusa egípcia Ísis, dos deuses gregos e do muro externo."

Flávio Arriano. "Anabasis Alexandri" (séc. I d.C.).

Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é possível depreender:

a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as do Oriente Médio.

b) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para efetivar o domínio de Alexandre na região.

c) a implantação dos princípios fundamentais da democracia ateniense e do helenismo no Egito.

d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na organização de cidades no Império helênico.

e) o impacto da arquitetura e da religião dos egípcios, na Grécia, após as conquistas de Alexandre.

13. (Unicamp 2006) A característica mais notável da Grécia antiga, a razão profunda de

todas as suas grandezas e de todas as suas fraquezas, é ter sido repartida numa infinidade

de cidades que formavam um número correspondente de Estados. As condições geográficas

da Grécia contribuíram fortemente para dar-lhe sua feição histórica. Recortada pelo embate

entre a montanha e o mar, há uma fragmentação física e política das diferentes sociedades.

(Adaptado de Gustave Glotz, "A cidade grega". São Paulo: Difel, 1980, p. 1.)

a) Segundo o texto, qual a organização política mais relevante da Grécia antiga? Indique

suas principais características.

b) Relacione a economia da Grécia antiga com as condições geográficas indicadas no texto.

14. (Unicamp 2004) No poema grego Odisseia, que narra as viagens lendárias do herói

Ulisses, esse personagem chega a um país habitado por gigantes chamados Ciclopes, que

são descritos como "homens sem leis", porque "não têm assembleias que julguem ou

deliberem" e "cada um dita a lei a seus filhos e mulheres sem se preocuparem uns com os

outros". (Homero, Odisseia. São Paulo: Nova Cultural, 2002, p. 117).

a) Aponte dois aspectos da cidade-estado grega que a diferenciava do país lendário

mencionado no texto.

b) Identifique os dois principais modelos de cidadeestado desenvolvidos na Grécia.

c) Cite uma característica da democracia grega que a diferencie da democracia atual.