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O Expressionismo

A arte como expressão expressionismo

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Arte como expressão, expressionismo alemão, aula para Ensimo Médio.

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O Expressionismo

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“Nesta época de grande luta pela nova arte nós brigamos

como “selvagens” não organizados contra um antigo

poder organizado. A luta parece desigual; mas em

assuntos espirituais não vence o número, e sim a força das

ideias. As armas temidas dos “selvagens” são as suas ideias novas; elas matam melhor que

aço e quebram o que era considerado inquebrável.”

Franz Marc

Melancolia 1891. Óleo s/ tela, 73x100,5 cm. Munch-museet, Oslo

A pintura expressionista é dramática, subjetiva e

expressa os sentimentos humanos.

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O Expressionismo, na verdade, é um fenômeno europeu com dois centros distintos: o movimento francês dos fauves (“feras”) e o movimento alemão Die Brücke (“a ponte”).

Morte em Helm 1983. Óleo s/ tela, 100x120,5 cm. Munch-museet, Oslo.

Torna-se uma corrente artística que, pela deformação ou exagero das figuras, buscava a expressão dos sentimentos e emoções do autor.

Este movimento surgiu como reação aos modelos dominantes nas artes européias desde o Renascimento, particularmente nas ultrapassadas academias de Belas-Artes.

Comumente chamada de expressionista é a arte alemã do inicio do século XX.

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O movimento dos fauves e o Die Brücke se formaram simultaneamente em 1905 e desembocaram respectivamente no Cubismo na França (1908) e na corrente Der blaue Reiter (“o cavaleiro azul”) na Alemanha (1911).

Cavalos vermelho e azul, de Franz Marc , 1912.

A origem comum é a tendência antiimpressionista que se gera no cerne do próprio Impressionismo, deixando de lado o seu caráter essencialmente sensorial, e que se manifesta no final do século XIX com Toulouse-Lautrec, Gauguin, Van Gogh, Munch e Ensor.

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Literalmente, expressão é o contrário de impressão.

A impressão é um movimento do exterior para o interior: é a

realidade (objeto) que se imprime na consciência

(sujeito).

A expressão é um movimento inverso, do interior para o

exterior: é o sujeito que por si imprime o objeto.

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O distanciamento da figuratividade e a imitação das artes primitivas.

Características Gerais

Utilização de cores fortes para dar forma plástica ao AMOR, AO CIÚME, AO MEDO, À SOLIDÃO, À MISÉRIA HUMANA, À PROTITUIÇÃO.

Pesquisa no domínio psicológico.

Deforma-se a figura para ressaltar o sentimento.

Expressava os sentimentos humanos, a preocupação com os problemas da sociedade moderna e o pessimismo em relação ao mundo.

Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais.

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Preferência pelo patético, trágico e sombrio. O artista vive não apenas o drama do homem, mas também da sociedade.

Deformação da imagem visual e cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas.

O pintor recusa o aprendizado técnico e pinta conforme as exigências de sua sensibilidade. O pincel (ou a espátula) vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões.

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Técnica e materiais

Técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;

Uso de traços fortes e cores vibrantes, fundidas ou separadas;

Dinamismo improvisado, inesperado;

Pasta grossa e áspera;

Preferência pelo trágico e sombrio, cruel, comovente. Auto retrato no Inferno,1893. Óleo s/ tela,

82x65,5 cm. Munch-museet, Oslo.

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EDVARD MUNCH

1º artista do século XX que conseguiu dar às cores um valor simbólico e subjetivo (longe das representações realistas).

Rejeita cenas interiores pacíficas (comuns na época).

A DOR e o TRÁGICO permeiam seus quadros.

A Mãe Morta 1893. Óleo s/ tela, 73x94,5 cm. Munch-museet, Oslo.

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A Figura humana não apresenta suas linhas reais, mas contorce-se sob o efeito de suas emoções.

Separação, 1896. Munch.

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O Grito,1893. Têmpera s/ prancha, 83,5x66 cm. Munch-museet, Oslo

Expressão?

Para entender as características da pintura expressionista, sua história e os sentimentos expressados pelos quadros, observe a figura ao lado e responda a estas questões:

Quem é a pessoa retratada? Homem? Mulher? Por que grita? Onde está? Quais sensações e sentimentos a figura provoca em você? Como o artista representou o céu?

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Uma das obras mais importantes do movimento expressionista. No quadro há uma figura andrógina (não é possível afirmar se é homem ou mulher), num momento de desespero e angústia. Ao fundo, está a doca de Oslofjord (em Oslo, Noruega) durante o pôr-do-sol.

"O Grito"

Conseguir expressar toda essa angústia por meio de pinceladas, com fundo distorcido e cores "irreais" são algumas características do expressionismo.

Relembrando: esse movimento teve força principalmente na Alemanha, no início do século 20. Pretendia realizar uma pintura dramática, angustiante, com sensações dolorosas sobre o destino do homem.

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A distorção da figura que grita - ou que abafa com as mãos o grito da natureza -, sobre a qual paira a imagem da morte, afasta qualquer idéia de beleza.

Reproduzida dois anos depois em litografia - fornece uma chave privilegiada para termos acesso ao seu universo.

A pessoa de aspecto fantasmático em primeiro plano, define um foco que arrasta todo o cenário.

As linhas deformadas da figura expandem-se pelo entorno, que participa da angústia do grito, emitido por ela própria, segundo algumas leituras, ou pela natureza.

De acordo com Munch em texto escrito para o quadro, publicado na Revue Blanche, em 1895: "Tornei-me consciente do infinito e vasto grito da natureza".

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A Ponte e O Cavaleiro Azul

Dois grupos são diretamente identificados com o expressionismo: "A ponte" (Die Brücke, em alemão), em Dresden (1905-1913), e "O cavaleiro azul" (Der Blaue Reiter, também no mesmo idioma), em Munique (1911-1914).

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DIE BRÜCKE (A PONTE)

Aparece em Dresden, Alemanha, em 1905 para organizar um movimento em prol de uma pintura dramática,

patética, angustiante, com sensações dolorosas sobre o destino do homem. Este grupo procura estabelecer uma

ponte entre o visível e o invisível.

O objetivo do grupo era ter liberdade de movimento e de vida, em oposição

aos velhos e bem estabelecidos poderes.

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Os membros do "A ponte" eram mais envolvidos com questões políticas e mais agressivos em seus trabalhos.

Faziam parte do grupo, dentre outros, Ernst Ludwig Kirchner e Emil Nolde.

Banhistas em Moritzburg 1909, retrabalhado em 1926. Óleo sobre tela, 151,1 x 199,7, Tate Gallery

Escreveu Kirchner num manifesto de 1906: "Estão conosco todos aqueles que, diretamente e sem dissimulação, expressam aquilo que os impele a criar."

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Iniciam uma pesquisa em sentido não-figurativo, se opondo a orientação menos engajada na problemática

social, apresentando uma imagem atrozmente verdadeira da sociedade alemã do pós-guerra, sem os

véus idealistas e mistificadores da "boa" pintura ou literatura.

BLAUE REITER ( O CAVALEIRO AZUL)

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"Outono na Bavária", de Vassili Kandinski, (1908).

Em "O cavaleiro Azul" (que mais tarde terá seus desdobramentos na Bauhaus e no abstracionismo) encontramos artistas voltados, inicialmente, à espiritualidade.

Seus principais membros são Vassili Kandinski, Paul Klee e August Macke.