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Samira Tauane Alves Magalhães (UEG) Orientador: Prof. Dr. Hélvio Frank de Oliveira (UEG) CONSTRUÇÕES DE IDENTIDADES SOCIAIS PAUTADAS NAS RELAÇÕES DE GÊNERO

A construção social do gênero

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Samira Tauane Alves Magalhães (UEG)Orientador: Prof. Dr. Hélvio Frank de Oliveira (UEG)

CONSTRUÇÕES DE IDENTIDADES SOCIAIS

PAUTADAS NAS RELAÇÕES DE GÊNERO

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“Na contemporaneidade, multiplicaram-se os grupos, os sujeitos e os movimentos, as maneiras de se identificar com gêneros e de viver a sexualidade. Não há apenas uma forma de ser, mas tantas quantas são os seres humanos”

(Guacira Lopes Louro).

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Algumas considerações sobre gênero

O gênero não é uma categoria definida e pré-alocucionada, uma vez que se constrói por meio de atos sociais repetitivos e caracterizados pelo indivíduo. (SILVA, 2009);

Um significado utilizado por feministas para designar a diferença entre os sexos. (SCOTT, 1995)

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Algumas considerações sobre gênero

O gênero atua “como instrumental teórico importante na análise das realidades sociais, desautomatizando leituras essencialistas e propondo pensar o como das desigualdades sociais se constituírem a partir das diferenças percebidas entre homens e mulheres”. (FERRAZ, 2005, p.2)

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Algumas considerações sobre gênero

“O gênero é transformável, alterável e reformável, e a construção de gênero pode se dar dentro de um processo de subversão dos padrões (hetero)normativos.” (FERNANDES et al, 2014, p. 300)

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Algumas considerações sobre gênero

O gênero se refere “ao modo como as diferenças sexuais são compreendidas numa dada sociedade, num determinado grupo, em determinado contexto [...]” (Louro, 2003, p.77)

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Identidade(s) vinculadas ao gênero

Pereira (2002, p.45) cita que os estereótipos possuem como base “crenças sobre atributos típicos de um grupo, que contêm informações não apenas sobre estes atributos, como também sobre o grau com que tais atributos são compartilhados”. Portanto, essas crenças vão tratar a identidade numa perspectiva essencialista, ou seja, uma identidade fixa e imutável, estereotipando e rotulando cenas e situações cotidianas.

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Identidade(s) vinculadas ao gênero

As identidades “permanece[m] sempre incompleta[s], est[ão] sempre ‘em processo’, sempre ‘sendo formada[s]’”. (HALL, 2011, p. 39)

“A feminilidade [...] é compreendida por suas diferenças em relação à masculinidade, e as outras identidades raciais e sexuais são concebidas pela autopercepção do sujeito branco e heterossexual.” (SILVA, 2009, p. 29)

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Relações de poder entre gêneros na sociedade

“A dominação masculina se exerce a partir da percepção na relação de que o homem é o sujeito, e a mulher, o objeto” (ANJOS, 2000, p. 276)

“Um termo é sempre considerado superior, e o oposto, seu subordinado”. (Guacira Lopes Louro, 2015)

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Relações de poder entre gêneros na sociedade

O crescimento de mulheres no mercado de trabalho foi tomado como algo polêmico, uma vez que o histórico de patriarcalismo (onde o homem é o provedor da casa) ainda perdurava.

A partir dessa evolução, o homem também passou a exercer tarefas dentro da própria casa, até então tidas como “serviço de mulher”.

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Relações de poder entre gêneros na sociedade

Masculinidade hegemônica: o sujeito, enquanto pertencente ao sexo masculino, deve agir conforme as regras sociais: portando-se como homem.

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Relações de poder entre gêneros na sociedade

A posição que ainda é de referência é a posição central, onde somente é considerada uma identidade masculina, branca e heterossexual, portanto, a marginalização só se ajusta às mulheres, aos negros e negras, aos sujeitos homossexuais ou bissexuais.

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Relações de poder entre gêneros na sociedade

Scott (1995) afirma que não se pode pautar em um modelo binário para o estudo de homem e mulher, uma vez que este binarismo colocaria um contra o outro.

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IDENTIDADE(S) EM SOCIEDADE

Lakoff (2010, p. 24) revela que os homens do meio acadêmico são repetidamente vistos por outros grupos como idênticos de algum modo às mulheres, criando o estereótipo de que esses estudiosos não trabalham, são sustentados, enfim não fazem nada de útil por serem homens universitários.

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IDENTIDADE(S) EM SOCIEDADE

Romeo Clarke (5 anos) possui mais de 100 vestidos para as atividades do dia-a-dia.

A escola em que ele frequenta no Reino Unido considerou as roupas impróprias e Romeu foi afastado até que ele decidisse “usar as roupas de acordo com o seu gênero”.

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IDENTIDADE(S) EM SOCIEDADE

Iana tem 18 anos, e revela nunca ter tido uma postura feminina. Quando descobriu que era lésbica, tentou se matar três vezes. Se “libertou” quando cortou seu cabelo e jogou as roupas de menina fora.

A escola a repreendeu por falar de sua escolha, dizendo “tudo bem você ser homossexual, mas não fale disso na escola.”

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IDENTIDADE(S) EM SOCIEDADE

Antes de alcançar a idade de 5 anos, crianças japonesas de ambos os sexos convivem juntas e certamente assemelham em seu cognitivo a chamada “linguagem materna”. Porém, após a idade completa, meninos são separados de meninas e chegam a ser ridicularizados pelos adultos, caso eles ainda utilizem a linguagem internalizada através de sua mãe.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

As identidades sociais, vinculadas às relações de gênero, ainda estão marcadas pro visões essencialistas e conservadoras.

A construção dessas identidades permeiam as escolhas que um indivíduo tem sobre o que ele é e o que ele vai ser, uma vez que, com a multiplicidade, há uma série de fatores que podem corroborar com essa decisão.

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REFERÊNCIASANJOS, G. dos. Identidade sexual e identidade de gênero: subversões e permanências. Sociologias. Porto Alegre, p. 274-305, jul./dez., 2000.FERNANDES, C.F.; PEREIRA, A. L.; FREITAS, L. Gênero, sexualidade e diversidade em contexto escolar: desafios à ordem social normatizante e excludente. In: PEREIRA, A.L.; PINHEIRO, V.; ABREU, S. E. A. de. (Orgs.) Diálogos interdisciplinares em educação, linguagem e tecnologias. Anápolis: Universidade Estadual de Goiás, 2014.HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A, 2011.LOURO, G. L. Gênero e magistério: identidade, história, representação. In: CATANI, D. B. et al. Docência, memória e gênero: estudos sobre formação.4. ed. São Paulo: Escrituras Editora, 2003. ______. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.SILVA, T. T. A produção social da identidade e da diferença. In: ______.; HALL, S.; WOODWARD, K. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 9. ed. São Paulo: Vozes, 2009. p. 73-102.SOARES, W. Precisamos falar sobre Romeo... Revista Nova Escola. São Paulo, fev. 2015.

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