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Prof. Patrícia Grigório

A Corte portuguesa no brasil

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Prof. Patrícia Grigório

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O Bloqueio Continental Decretação do Bloqueio Continental por

Napoleão Bonaparte Portugal possuía estreitas relações

comerciais com a Inglaterra e relutava em atender às ordens francesas

O ultimato e ameaça de invasão levaram a decisão do Príncipe Regente D. João a embarcar para sua principal colônia, o Brasil.

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Os interesses ingleses A fuga para o Brasil contou com o apoio

inglês Para os ingleses a vinda da Corte para a

Colônia era muito importante, pois, por meio de acordos diplomáticos, poderiam conseguir inúmeras vantagens para os seus negócios.

Esse comércio serviria de compensação para os prejuízos econômicos causados pelo Bloqueio Continental. 

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O embarque e viagem da Corte D. João embarcou para o Brasil com toda a família

real e a Corte portuguesa, composta por cerca de 10 mil pessoas.

Para a colônia se transferiu todo o aparelho burocrático do reino: ministros, conselheiros, juizes da Corte Suprema, funcionários do Tesouro, patentes do Exército e da Marinha e membros do alto Clero.

Foram embarcados nos navios obras de arte, objetos dos museus, a Biblioteca Real com mais de 60 mil livros, todo o dinheiro do Tesouro português e as jóias da Coroa, além, de cavalos, bois, vacas, porcos e galinhas e mais toda a sorte de alimentos.

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A abertura dos portos e o fim do monopólio Durante sua breve estada em Salvador, D.

João, em caráter provisório, a abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional.

Essa medida, tomada pela necessidade da própria Corte portuguesa de assegurar sua sobrevivência, gerou de fato, o fim do PACTO COLONIAL (monopólio comercial), base das relações entre Metrópole e Colônia.

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Alvará de 1808

Revogação da proibição da instalação de manufaturas no Brasil, incentivando a fabricação de produtos manufaturados no Brasil

Embora seja benéfica, esta medida não trouxe grandes benefícios para a economia pois os produtos têxteis britânicos se faziam fortemente presentes no mercado brasileiro graças ao Tratado de Comércio e Navegação.

A presença de produtos britânicos no mercado brasileiro criava uma forte concorrência aos produtores nacionais inibindo suas iniciativas mantendo assim a economia brasileira paralisada neste setor.

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A presença inglesa e os Tratados de 1810 Pressão inglesa para o estabelecimento de

novos acordos políticos e econômicos com o Governo português. Os ingleses, bastante prejudicados pelo Bloqueio Continental, tinham urgência na abertura de novos mercados, sem o que sua economia poderia sucumbir.

Em 1810 foram assinados os Tratados de Aliança e Amizade, de Comércio e Navegação entre Portugal e Inglaterra.

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As vantagens inglesas O direito da extraterritorialidade, que permitia aos súditos ingleses

radicados em domínios portugueses serem julgados aqui por juízes ingleses, segundo a lei inglesa;

O direito de construir cemitérios e templos protestantes, desde que sem a aparência externa de templo;

A colocação dos produtos ingleses nos portos portugueses mediante uma taxa de 15%, ou seja, abaixo da taxação dos produtos portugueses, que pagavam 16%, e bem abaixo da dos demais países, que pagavam 24% em nossas alfândegas.

Em relação à escravidão ficou determinada uma gradual abolição do comércio de escravos e, também, que os portugueses só os capturariam nas regiões africanas pertencentes a Portugal. A ação repressiva inglesa vai mais além, tentando impor um prazo para o encerramento do tráfico negreiro como, também, a busca em navios que considerasse, "suspeitos" de comerciar escravos negros.

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Houve uma grita geral no Rio de Janeiro e em outros pontos, pois muitos interesses foram prejudicados, além daqueles dos antigos colonizadores.

Os bispos e padres católicos eram contrários à liberdade de culto para os protestantes;

Os magistrados não concordavam com a existência do juiz inglês;

Os traficantes negreiros protestaram contra as limitações impostas à escravidão;

Os comerciantes portugueses sentiram-se totalmente ameaçados nos seus negócios. Para esses grupos, os ingleses estavam se tornando os novos colonizadores.

A Colônia saía da esfera do colonialismo mercantilista português para ingressar na dependência do capital industrial inglês.

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Principais medidas de D. João Fundação do Banco do Brasil e Casa da

Moeda Criação da Imprensa Régia e primeiro jornal

(Gazeta do Rio de Janeiro) Faculdade de Medicina (Bahia) Escola de Belas Artes Criação do Jardim Botânico Museu Nacional, Biblioteca Real e Teatro

Real São João

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Brasil, Reino Unido de Portugal e Algarve (1815) Derrota de Napoleão e Congresso de Viena:

restauração das monarquias absolutistas na Europa e retorno das antigas famílias reais ao trono de seus países.

Enquanto os portugueses queriam a volta do seu rei, os comerciantes do Brasil e portugueses vindos com a Corte, favorecidos pelas medidas de D. João enquanto no Brasil, não desejavam que ele retornasse para Portugal. Para que ele permanecesse no Brasil e não deixasse de ser monarca, o Brasil é elevado a Reino Unido de Portugal e Algarve.

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Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugual e Algarve: mudança na situação política do Brasil.

Brasil deixa de ser oficialmente uma colônia portuguesa para se tornar METRÓPOLE. E além de ser REINO é também a CAPITAL do Reino português.

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A Revolução Liberal (1820) Enquanto a Corte portuguesa permanecia no

Brasil, Portugal era governado pelo inglês Lord Beresford, gerando insatisfação dos portugueses.

Revolta dos súditos portugueses e exigência do retorno do rei à Portugal.

Deposição de Lord Beresford, reunião das Cortes portuguesas e organização de uma Constituição = o monarca deixa de ser um governante absolutista para se tornar um monarca submisso à uma Constituição.

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Exigência das Cortes portuguesas: retorno imediato do rei à Lisboa, estabelecimento de uma monarquia constitucional e retomada da exclusividade do comércio com o Brasil.

Os grupos que haviam se beneficiado com as medidas de D. João no Brasil, exigiam por seu lado, a permanência do rei nas terras americanas.

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A corte portuguesa era liberal e conservadora ao mesmo tempo: para Portugal era liberal, na medida em que convocou as cortes com o objetivo de elaborar uma constituição que limitava o poder do rei.

Para o Brasil ela era conservadora visto que se propunha a anular as medidas de D. João, exigindo a manutenção dos monopólios e privilégios portugueses, limitando a influencia inglesa e subordinando novamente a economia e administração brasileiras a Portugal

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Em 1921, D. João deixou o Brasil atendendo às exigências das Cortes de Lisboa.

Deixando seu filho, D. Pedro, como príncipe-regente do Brasil agradava aos grupos políticos que defenderam sua permanência no Brasil.

Para D. João, a permanência de seu filho significava a possibilidade de, após sua morte, manter a união dos dois reinos, apesar de já existirem neste momento, alguns movimentos tendentes à independência do Brasil em relação à Portugal.