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1 História da 1ª REPÚBLICA A Revolução Republicana e a queda da Monarquia

A história da 1ª republica

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História da 1ª REPÚBLICA

A Revolução Republicana e a

queda da Monarquia

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Razões da

queda da

Monarquia:

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-1- Apesar do Desenvolvimento industrial verificado na 2ª metade do século XIX, grande parte da população portuguesa continuava a trabalhar na agricultura, uma agricultura muito pobre e pouco produtiva;

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-2- As fábricas localizavam-se sobretudo nas regiões de Lisboa e Porto;

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-3-O país tinha grandes dívidas;

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- 4 - A maior parte da população vivia mal;

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- 5 - Grande agitação POLÍTICA E SOCIAL e falta de liberdade.

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Assim: A MONARQUIA entra em CRISE

CRISE POLÍTICO/SOCIAL

1. Grande descontentamento popular resultante do Ultimato Inglês de 1890;

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2. o partido republicano, fundado em 1876, ganha cada vez mais adeptos;

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CRISE ECONÓMICO -FINANCEIRA

A) aumento da inflação;

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INFLAÇÃO – ( de forma mais simples , significa ou)

É o aumento contínuo do nível geral de preços DE BENS DE CONSUMO E SERVIÇOS e a diminuição do poder de compra do dinheiro.

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b) aumento dos impostos;

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C) aumento do custo de vida;

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D) o Estado não cumpria com o pagamento das suas dívidas às empresas, privadas, estatais e ainda internacionais; (exemplo é: o pedido de empréstimo a bancos estrangeiros.)

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e) a família real gastava mais do que recebia de pensão e ajudas de custo do estado.

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O PRINCIPIO do FIM :Em 1876, formou-se o Partido Republicano

Português, que propunha substituir a Monarquia pela República.

Monarquia República

- O chefe de Estado é o rei.- O rei herda o trono.- Governa até à morte.

-O chefe de Estado é o presidente.-O presidente é eleito pelos cidadãos, ou, pelos seus representantes.- A duração do mandato presidencial é limitada por lei. (actualmente é 5 anos.)

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BANDEIRA E SELO DA MONARQUIA

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O PARTIDO REPUBLICANO PORTUGUÊS

A partir de 1880, e das comemorações do tricentenário da morte de Camões aproveitadas para divulgação das ideias republicanos, torna-se o mais importante partido da oposição;(Algumas destas ideias eram inspiradas na revolução francesa.)

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O partido republicano defendia o progresso, a liberdade e a justiça;

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Este partido era formado por intelectuais e estudiosos, profissionais liberais (advogados, médicos, professores), comerciantes, industriais, funcionários e operários;

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Entre os seus fundadores está

Teófilo Braga, escritor e Presidente do 1º governo Provisório.

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Revendo e explicando:Afinal o que foi o ultimato inglês?

Como é que começou?

Foi um acontecimento relacionado com as colónias portuguesas em África e que contribuiu para que o Partido Republicano fosse ganhando cada vez mais apoiantes.

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E a história do ultimato inglês começa pela CONFERÊNCIA DE BERLIM:

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• Portugal, depois da independência do Brasil, organizou viagens de exploração em África, com o objetivo de dominar as terras compreendidas entre Angola e Moçambique, já que eram os únicos territórios que restavam.

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Em 1886, Portugal apresentou um mapa (mapa cor-de-rosa), onde constavam esses territórios a que julgava ter direitos.

(Estes territórios incluíam as terras de Angola e Moçambique e também as terras entre estes dois futuros países, zonas muito ricas em vários minerais e outras matérias primas.)

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Ora em 1884 a 1885 tinha havido uma CONFERÊNCIA em BERLIM onde os países mais poderosos da EUROPA tinham feito a PARTILHA DOS TERRITÓRIOS de ÁFRICA.Estes países decidiram que: quem tinha direito

e podia ocupar os territórios africanos seriam os países que os ocupassem efetivamente;

Substituíram o direito de ocupação histórico (RECLAMADO por Portugal, desde os Descobrimentos).

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A INGLATERRA que nos finais do século XIX era já a maior potência da EUROPA estava também interessada em ocupar os mesmos territórios entre Angola e Moçambique

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LOGO: A Inglaterra opôs-se à ocupação por Portugal destes territórios e, em 1890, enviou um ultimato, exigindo que os portugueses os abandonassem , sob pena de declaração de guerra. O rei D. Carlos e o governo aceitaram a exigência britânica, deixando o país numa posição humilhante.

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Assim O ULTIMATO INGLÊS foi:A ordem em que Inglaterra impõe a Portugal a

retirada imediata dos territórios entre Angola e Moçambique;

Portugal, muito dependente economicamente de Inglaterra, devendo dinheiro a este e outros países, cedeu;

Não tendo um exército forte e bem armado capaz de fazer frente a uma potência como a Inglaterra, cedeu;

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E provocou ondas de descontentamento, protesto e revoltas nacionalistas na população portuguesa, agitadas pelo PARTIDO REPUBLICANO.

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Rei D. Carlos, o rei diplomata e o rei INCOMPREENDIDO.

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Não se esqueçam que:

Portugal vai entrar na 1ª GUERRA MUNDIAL, apesar de não ter meios financeiros e económicos e estar a passar por uma grande crise política, exatamente para tentar proteger as colónias africanas que conseguiu na conferência de Berlim e que eram ambicionadas pela ALEMANHA , no caso de Angola e pela INGLATERRA no caso de Moçambique, pois já tinha ocupado os territórios entre eles.

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Preparando a Revolução Republicana

1- Em 31 de Janeiro de 1891 dá-se no Porto a primeira revolta armada contra a monarquia .

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2 - No dia 1 de Fevereiro de 1908, em Lisboa, ocorre o regicídio: são mortos num atentado o rei D. Carlos I e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe.

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Assim, O REGICÍDIO em 1908 foi: A família real é alvo de um

ataque, a 1 de Fevereiro de 1908, quando regressava a Lisboa, vinda de Vila Viçosa, em que morrem o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe;

D. Manuel II, com 18 anos, sobe ao trono e demite João Franco, então 1º ministro;

de 1908 a 1910 a monarquia foi incapaz de resolver a grave crise do reino .

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REI D. CARLOS E RAINHA D. AMÉLIA

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D. MANUEL E D. AMÉLIA APÓS O REGICÍDIO

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3 - Sobe ao trono D. Manuel II que viria a ser o último rei em Portugal.

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ACLAMAÇÃO DO ÚLTIMO REI DE PORTUGAL EM 1908

“Real! Real! Real! Pelo Muito Alto, Muito Poderoso e Fidelíssimo Rei de Portugal, o Senhor D. Manuel II.”

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E assim estão criadas as condições para ser PROCLAMADA A

REPÚBLICA;

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Vamos rever, em resumo:A MONARQUIA EM CRISE

CRISE POLÍTICO/SOCIAL

Grande descontentamento popular resultante do Ultimato Inglês de 1890;

o partido republicano, fundado em 1876, ganha cada vez mais adeptos;

lutas sociais com as classes baixas e médias da população por viverem em grandes dificuldades.

CRISE ECONÓMICOFINANCEIRA

Falências de empresas, fábricas e de bancos;

aumento da inflação; aumento dos impostos; aumento do custo de

vida; o Estado não cumpria

com o pagamento das suas dívidas;

a família real gastava mais do que recebia do estado.

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PROCLAMAÇÃO da REPÚBLICA

PORTUGUESA

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REVOLUCIONÁRIOS E CIVIS juntam-se NA

ROTUNDA ( do marquês) – LISBOA – 4 de Outubro

de 1910

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as tropas fieis à monarquia concentraram-se no Rossio;

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o Rossio e o Palácio das Necessidades são bombardeados, pelos navios da marinha a partir do Tejo.

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De 4 para 5 de Outubro de 1910, em Lisboa, deu-se a revolução republicana.

   

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A revolta partiu de pequenos grupos de conspiradores a que a população aderiu.

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O exército monárquico não se conseguiu organizar e os revoltosos venceram.

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Na manhã de 5 de Outubro de 1910,dirigentes do Partido Republicano, na varanda do edifício da Câmara Municipal de Lisboa, proclamaram a implantação da República em Portugal.

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5 DE OUTUBRO de 1910PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

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a família real foge para a Ericeira e daí para o exílio, em Inglaterra;

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PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

José Relvas proclama a república da varanda da Câmara Municipal de Lisboa;

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o resto do país aceitou e aderiu aos festejos.

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  Após a proclamação da República foi criado um governo provisório, presidido por Dr. Teófilo Braga.

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A Revolução Republicana e a queda da Monarquia

- Adotou-se uma nova bandeira;

- O hino nacional passou a ser A Portuguesa;

- A moeda passou a ser o escudo em vez do real;

- Estabeleceu-se a igualdade entre filhos legítimos e ilegítimos.

 

Primeiras medidas tomadas pelo governo provisório:

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O hino nacional

passou a ser A

Portuguesa; 

Medidas tomadas pelo governo provisório:

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- A moeda passou a ser o escudo em vez do real;

- Estabeleceu-se a igualdade entre filhos legítimos e ilegítimos.

 

Medidas tomadas pelo governo provisório:

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“A PORTUGUESA”

“A portuguesa” foi composta no rescaldo do Ultimato Inglês e foi tocada pela primeira vez em Lisboa.

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“A PORTUGUESA”

Tem letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil.

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“A PORTUGUESA”

Foi adaptada e tornou-se o Hino Nacional, depois da implantação da República, em 1910.

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 O governo provisório organizou eleições para formar a Assembleia Constituinte. A função desta Assembleia era a de fazer a nova constituição.

A Constituição Republicana ficou conhecida como a Constituição de 1911 pois foi aprovada a 19 de Agosto desse ano.

Manuel de Arriaga foi o 1º Presidente da República eleito pelo povo.

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Assim: DIRIGENTES DO PARTIDO REPUBLICANO

Os dirigentes do Partido Republicano formam um Governo Provisório, presidido por Teófilo Braga, que tem como missão preparar as eleições para a Assembleia Constituinte;

a Assembleia Constituinte elabora a Constituição de 1911 e elege Manuel de Arriaga como primeiro presidente da República Constitucional.

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A Revolução Republicana e a queda da Monarquia

Segundo a Constituição republicana de 1911: •Todos são iguais perante a lei;•A expressão do pensamento é livre;•Separação dos poderes: legislativo, executivo e judicial.

Vejamos melhor, outra vez:

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A CONSTITUIÇÃO DE 1911

PODER LEGISLATIVOCongresso da República(eleito por sufrágio directo)

2 câmaras – a dos Deputados eleita por 4 anos e a do Senado por 6 anos

PODER EXECUTIVO

Presidente da República(eleito por 4 anos pelo

Congresso; tem funções representativas)

Governo(nomeado e demitido pelo

Presidente da República; formado por um presidente e ministros)

PODER JUDICIALTribunais

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REALIZAÇÕES DA 1ª REPÚBLICAA NÍVEL ECONÓMICO

Agricultura – maior mecanização e maior utilização de adubos; apesar disto a agricultura permanece atrasada porque nem todos tem dinheiro para comprar os meios para a modernização.

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Indústria – desenvolvimento do sector têxtil, moagem, metalurgia, conservas, cortiça, química e cimentos, com aumento de trabalhadores mas que continuavam a trabalhar com piores condições e a ganhar muito mal.

REALIZAÇÕES DA 1ª REPÚBLICAA NÍVEL ECONÓMICO

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Transportes – desenvolvimento da vias de comunicação, nomeadamente os caminhos-de-ferro e meios de comunicação como os automóveis, camionetas e camiões na continuação do que já vinha a ser feito desde o século XIX mas muito menos por falta de dinheiro.

REALIZAÇÕES DA 1ª REPÚBLICAA NÍVEL ECONÓMICO

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A economia permanece atrasada.

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DIFICULDADES DA 1ª REPÚBLICAproduções agrícolas

comércio externo (em milhares de contos)

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DIFICULDADES DA 1ª REPÚBLICA

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INFLAÇÃO

inflação (latim inflatìo, -onis, inchação, tumor) Desequilíbrio económico caracterizado por uma alta geral dos preços e que provém do excesso do poder de compra da massa dos consumidores (particulares, empresas, Estado) em relação à quantidade de bens e de serviços postos à sua disposição. ≠ DEFLAÇÃO, DESINFLAÇÃO ou Carestia (falta de dinheiro ou produtos) resultante desse desequilíbrio, provoca sempre um Aumento excessivo.

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DIFICULDADES DA 1ª REPÚBLICA

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PROBLEMAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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INFLAÇÃO E POBREZA

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REALIZAÇÕES DA 1ª REPÚBLICA AO NÍVEL DA INSTRUÇÃO E DA CULTURA

Instituiu-se a escolaridade obrigatória dos 7 aos 10 anos;

desenvolveu-se o ensino técnico; criaram-se as universidades de Lisboa e Porto

e reorganizou-se a de Coimbra; abriram-se jardins-escola, museus e

bibliotecas; apesar destas medidas a taxa de

analfabetismo pouco se alterou.

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Em 1911, 70% da população portuguesa era analfabeta. Portugal precisava de trabalhadores mais instruídos e capazes de acompanhar a evolução das técnicas.

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DIFICULDADES DA 1ª REPÚBLICAANALFABETISMO / ENSINO

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Os governos republicanos vão tomar medidas para melhorar a instrução dos portugueses:  

• criaram o ensino infantil para crianças dos 4 aos 7 anos;

• tornaram o ensino primário obrigatório e gratuito para as crianças entre os 7 e os 10 anos;

• criaram novas escolas do ensino primário e técnico (escolas agrícolas, comerciais e industriais);

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Os governos republicanos vão tomar medidas para melhorar a instrução dos portugueses:  

• fundaram "escolas normais" destinadas a formar professores primários;

• criaram Institutos Superiores de ensino técnico;

• criaram as Universidades de Lisboa e Porto e reformaram a de Coimbra.

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Medidas para defender os trabalhadores: 

• direito à greve;• direito a 8 horas de trabalho diário

e a um dia de descanso semanal;• criação de um seguro obrigatório

para a doença, velhice e acidentes de trabalho.

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REALIZAÇÕES DA 1ª REPÚBLICA A NÍVEL SOCIAL

Instituiu-se o direito à greve em 1910;

o trabalho infantil foi proibido;

o horário de trabalho foi fixado, em 1919, em 8 horas por dia, seis dias por semana;

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REALIZAÇÕES DA 1ª REPÚBLICA A NÍVEL SOCIAL

foi instituído o divórcio;

o casamento civil passou a ser o único válido;

criam-se instituições de proteção à infância e à velhice;

reconhece-se a igualdade dos direitos da mulher.

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INSTABILIDADE SOCIAL

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Em 1914, os sindicatos uniram-se e surgiu a União Operária Nacional, mais tarde (1919) Confederação Geral do Trabalho.

A mobilização dos trabalhadores para as greves era grande; algumas estendiam-se a todo o país - greves gerais.

 

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A Revolução Republicana e a queda da Monarquia

 

  A 1º Guerra Mundial

Entre 1914 e 1918 deu-se uma Grande Guerra na Europa. De um lado estava a Inglaterra e do outro a Alemanha. Lutavam entre si pelo domínio de territórios fora da Europa (nomeadamente em África).

Em 1916 Portugal tornou-se aliado da Inglaterra, prendendo os barcos alemães que na altura se refugiavam no nosso país. A Alemanha declarou guerra a Portugal e as nossas tropas partiram para a França e para Angola e Moçambique, onde os alemães nos atacavam.

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  Em 1918, a guerra terminou com a derrota da

Alemanha e a morte de milhares de portugueses.

Consequências da Guerra -Os preços dos produtos subiram enquanto que os

salários não acompanhavam essa subida;- A guerra aumentou as despesas do Estado e a divida

externa, pedindo cada vez mais empréstimos ao estrangeiro. Portugal viu-se obrigado a aumentar os impostos;

- Eram frequentes as greves, as revoltas, os assaltos aos armazéns de alimentos e os atentados à bomba.

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Instabilidade governativa

Os governos iam caindo uns atrás dos outros, porque não apresentavam soluções para a crise e os deputados dos diferentes partidos políticos não se entendiam.

Entre 1910 e 1926 Portugal teve 9 Presidentes da Republica e 45 Governos.

Em 28 de Maio de 1926, uma acção militar chefiada pelo General Gomes da Costa pôs fim à 1ª República.

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DIFICULDADES DA 1ª REPÚBLICAINSTABILIDADE POLÍTICA

(16 ANOS – 45 GOVERNOS)

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INSTABILIDADE POLÍTICAPROMESSAS NÃO CUMPRIDAS

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DIFICULDADES DA 1ª REPÚBLICAassim:

Instabilidade política (em 16 anos tivemos 45 governos e dois períodos de ditadura imposta por golpes militares: 1915 com Pimenta de Castro e em 1917 a 1918 com Sidónio Pais);

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DIFICULDADES DA 1ª REPÚBLICAassim:

insegurança pública e agitação social (atentados, agressões várias, ataques bombistas, assassinatos, greves);

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DIFICULDADES DA 1ª REPÚBLICAassim:

• graves problemas financeiros, Portugal estava na quase bancarrota, agravados pela participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial.

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CONSEQUÊNCIAS da participação portuguesa na 1ª guerra mundial

Milhares de mortos portugueses participantes nos exércitos aliados;

decréscimo do número de nascimento de crianças pois houve um desequilíbrio entre o nº de mulheres e homens, ocasionado pela guerra;

diminuição da esperança média de vida (fraca alimentação, condições de vida, mutilados e feridos e doenças);

envelhecimento da população. desemprego; aumento da emigração; aumento dos conflitos sociais

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CONSEQUÊNCIAS da participação portuguesa na 1ª guerra mundial

Empobrecimento geral devido aos gastos brutais no esforço de guerra para um país já pobre;

enriquecimento dos empresários de guerra e aumento de fraudes;

quebra geral das produções e perda de mercados;

subida dos preços – inflação;desvalorização da moeda;Aumento do já grande e crónico endividamento

ao estrangeiro .

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Trincheiras da 1ª guerra mundial

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O DESCONTENTAMENTO COM A REPÚBLICA

Católicos – descontentes com todas as medidas tomadas contra a Igreja Católica que incluíram o corte de relações com a Santa Sé.

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O DESCONTENTAMENTO COM A REPÚBLICA

Monárquicos – querem restaurar a monarquia e em 1919 chegam a instaurar a Monarquia do Norte durante quase um mês.

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O DESCONTENTAMENTO COM A REPÚBLICA

Classes Médias (industriais, comerciantes, membros do exército e funcionários públicos) – descontentes com o agravamento das condições de vida e a insegurança que faz parte do dia a dia da república, fome, assaltos, roubos, pobreza, é o dia a dia.

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Tarefa para responder no caderno diário:

1. Diga algumas das razões para o descontentamento que existia em Portugal no final da monarquia?

2. Qual era o partido que estava a frente da implantação da República?

3. Em que ano, em que dia foi a implantação da 1ªRepública?

4. A implantação da República foi muito difícil? Porquê?

5. Diga 3 realizações no trabalho, na educação, na sociedade e na economia da 1ªrepublica.

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Golpe militar de28 DE MAIO DE 1926

QUEDA DA 1ª REPÚBLICA

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Em 1926 as instituições republicanas estavam completamente desprestigiadas;

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deu-se o golpe militar comandado pelo general Gomes da Costa que teve o seu início em Braga e se estendeu a Lisboa onde se constitui uma junta revolucionária chefiada pelo comandante Mendes Cabeçadas;

em 28 de Maio de 1926

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o governo republicano foi derrubado;

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instituiu-se uma ditadura militar até 1928.

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fez – se de imediato o estabelecimento da censura.

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Dissolveu-se do Parlamento da República,

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(extinguiu-se a Carbonária que era a principal organização revolucionária do Partido Republicano).

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O MARECHAL CARMONAAntónio Óscar de

Fragoso Carmona foi eleito Presidente da República em 1928;

nesse mesmo ano chama para ministro das Finanças o Dr. António de Oliveira Salazar.

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