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Um breve estudo do romance Joaquim Manuel de Macedo Prof. Elaine A. Campideli Hoyos IFSP – Campus de Avaré – 2º ano do Ensino Médio

A Moreninha

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Um breve estudo do romance Joaquim Manuel de MacedoProf. Elaine A. Campideli Hoyos

IFSP – Campus de Avaré – 2º ano do Ensino Médio

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Sobre o romance: Publicado originalmente sob a forma de

"folhetim“: em partes sequenciadas.

É o primeiro romance brasileiro a retratar hábitos da juventude burguesa carioca, contemporânea à época de sua publicação, e por descrever uma cidade grande com suas festividades e costumes, trata-se de um romance urbano.

Apresenta o sentimentalismo do movimento romântico;

Idealização de um lugar perfeito para a concretização do amor e idealização da mulher;

Individualismo, emoção, heroísmo;

Sofrimento amoroso;

Valorização da natureza;

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Mais características românticas...

Retrata a vida dos estudantes de medicina, os bailes, a tradição da festa de Sant'Ana, o flerte das moças;

A cultura nacional está presente na lenda da gruta (o choro de uma moça que se apaixonou por índio e não foi correspondida. A água da fonte que corre na gruta se origina de suas lágrimas);

A idealização do amor puro que nasceu na infância e permaneceu através do tempo;

Menção à tradição religiosa;

Casamento combinado pelos chefes das famílias.

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O espaço – o cenário da história A história se passa na ilha onde vivem Carolina e sua avó,

D. Ana, e na cidade onde estudam Augusto e seus amigos.

Tanto o nome da ilha como o da cidade não são mencionados, embora sejam, respectivamente, a Ilha de Paquetá e a cidade do Rio de Janeiro.

É uma característica do Romantismo esconder os dados reais em busca de uma certa indeterminação. Esse procedimento tem como objetivo excitar a imaginação do leitor.

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Ilha de Paquetá - RJ

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O Tempo

A narrativa se dá em tempo linear (30 dias) - o tempo da aposta (a aposta foi feita em 30 de julho de 1844, uma segunda-feira, e termina no dia 20 de agosto do mesmo ano)

Flashback: há uma volta no tempo para narrar alguns fatos: como originou-se a instabilidade sentimental do herói (Augusto). Volta-se 8 anos, quando Augusto contava com 13 anos.

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O narrador

Em terceira pessoa; narrador observador: não participa da história.

Narrador onisciente: está em todas as partes em todos os momentos; descreve os personagens psicologicamente.

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A linguagem

Simples e objetiva, com um certo excesso de adjetivos;

narrativa ágil que prende a atenção do leitor;

presença de estrangeirismo: "C'est trop fort!" = É demais; "robe de chambre" = roupão

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Personagens principais

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Carolina

Tem o corpo esbelto, cabelos longos e negros, olhos e sorriso chamativos, e o apelido vem do seu tom de pele que contrasta com o pálido das europeias;

menina inquieta, astuta, engraçada, persistente na obtenção do que quer;

tem aproximadamente 15 anos e mora com sua avó D. Ana;

é irmã de Filipe;

Carolina tem um lastro poético indianista refletindo a preocupação fundamental da literatura da época em criar e valorizar elementos culturais da nação brasileira: ela encarna a jovem índia Ahy, que espera incansavelmente por seu amado Aoitin - uma antiga história da ilha que D. Ana conta a Augusto;

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Augusto

Estudante do quinto ano de medicina, com aproximadamente 22 anos;

Romântico, namorador, alegre, jovial, inteligente;

Inconstante no amor (no início da obra);

Amigo de Filipe, Leopoldo e Fabrício;

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Personagens secundárias

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D. Ana: avó de Filipe e Carolina; tem 60 anos, bondosa, e adora a sua neta querida, quem criou depois de ter ficado órfã

Rafael: escravo, criado de Augusto, que lhe prepara chás, atura seu mau humor, e leva castigos corporais (bolo) por quase nada;

Tobias: escravo, criado de D. Joana, tem 16 anos, bem apessoado, falante, esperto com relação à dinheiro;

Paula: ama-de-leite de Carolina;

Keblerc: alemão que bebe demais mas não atrapalha o clima de harmonia;

Fabrício: amigo de Augusto, estudante de Medicina , é prático e mesquinho quando se trata de relacionamentos. É "namorado" de . Apesar de apaixonado quer livra-se dela por causa das extravagantes exigências da moça;

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Filipe: amigo de Augusto, estudante de Medicina e irmão de Carolina, neto de D. Ana. É quem faz o convite aos amigos de irem à ilha.

Leopoldo: o mais animado dos amigos de Augusto, estudante de Medicina;

D. Violante: horrenda, 60 anos, inconveniente, senhora amiga de D. Ana.

D. Joaninha: prima de Filipe, tem 17 anos, cabelos e olhos negros, e é pálida. É "namorada" de Fabrício que fazia muitas exigências ao rapaz;

D. Quinquinha (Joaquina): prima de Filipe, moça volúvel e namoradeira, tem dezesseis anos, é loura de olhos azuis e tem faces cor-de-rosa.

D. Clementina: moça que estava interessada em Filipe;

D. Gabriela: moça que se correspondia por carta com 5 rapazes;

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Camafeu – a joia

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Camafeu – o doce

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O herói sofreu por amor e superou todos os problemas

para conseguir, ao final, concretizar o seu amor.

Não é romântico?