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A Pérola
John Steinbeck
Temas de discussão
• Valores familiares: música, canoa que transita de geração em geração, educação;
• Paterfamilias: pai manda e a família obedece;• Avareza do médico que só atendia quem
tivesse dinheiro;• Concertação entre todos os vendedores para
conseguirem a pérola o mais barata possível;• Felicidade: ter ou não ter a pérola.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Na cidade contam a história da grande pérola – como foi encontrada e como se perdeu.
• Contam a história de Kino, o pescador, da sua mulher, Juana, e do seu filho, Coyotito.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• E tantas vezes a história foi contada que acabou por se enraizar na mente de cada um.
• E, como sucede com todas as histórias muitas vezes contadas que o povo guarda no coração, só contém coisas boas e más, coisas a preto e branco, generosas e perversas, sem tonalidades intermédias.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Se considerarmos esta história como uma parábola, talvez seja possível extrairmos dela uma moral e descobrirmos nela a própria vida. Seja como for, contam na cidade que…
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Baseada num conto popular mexicano, A Pérola constitui uma inesquecível parábola poética sobre as grandezas e as misérias do mundo tão contraditório em que vivemos.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• É, assim, a história comovente de uma pérola enorme de como foi descoberta e de como se perdeu…
• Levando com ela os sonhos bons e maus que representava, mas é também a história de uma família e da solidariedade especial entre uma mulher, um pobre pescador índio e o filho de ambos.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Capítulo I
• Kino acorda muito cedo ao primeiro raiar do sol. Observou o filho e também a mulher. Reparou que ela já tinha os olhos abertos como era hábito, ele não se lembra de os ver fechados ao acordar.
• Kino fecha os olhos para ouvir o som do mar e também há canções na mente e a dele tinha a Canção da Família.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• A Canção da Família soava agora ao ritmo da mó com que Juana moía o milho para os bolos da manhã.
• Era uma manhã igual a todas as manhãs, mas parecia-lhe a mais bela de todas.
• Todos os sons faziam parte da Canção da Família.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Tomaram o pequeno-almoço, sem palavras, pois não eram necessárias.
• Um barulho imperceptível, … viram um escorpião a descer pelas cordas que seguravam o caixote do filho.
• Uma nova canção surgiu, a do mal.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Kino tentou apanhar o escorpião, mas o filho, ao rir, agitou a corda e o escorpião caiu…
• Kino apanhou-o após este picar o filho e a Canção do Inimigo rugia nos seus ouvidos.
• Juana pegou no bebé e chupou o sítio da picada, os berros de Coyotito chamaram a atenção de toda a aldeia.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• O Menino foi picado.• Todos sabiam o que acontecia após a picada
de um escorpião – morte.• Chamar um médico, ele não vem por viverem
num sítio de barracas.• Então resolveram eles ir ter com o médico.• Formaram uma procissão até casa do médico.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Chegaram às casas de pedras, e a procissão foi engrossando.
• Os pedintes concluíram que aquela família não teria hipóteses de o médico os ajudar.
• Os pedintes estavam com curiosidade de saber como o médico iria reagir perante aquela família de pobres e de índios.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• O Médico estava em casa e a comer um óptimo pequeno-almoço.
• Ficando irado por ter sido interrompido, «eu tenho mais que fazer se não curar picadas de insectos dos “pobres índios”. Eu sou médico, não sou veterinário».
• O Médico recusou-se a prestar assistência por eles não terem dinheiro e somente umas pequenas e defeituosas pérolas.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Conhecimento explícito da línguaCapítulo II - coordenação
• A praia tinha areia amarela, mas à beira da água cobriam-na algas e fragmentos de conchas.
• Frase simples ou complexa?• Complexa, por ter duas acções: “tinha” e “ cobriam-na”. • Será por coordenação ou subordinação?• Coordenação, as orações fazem sentido sozinhas, exemplo: A
praia tinha areia amarela. / À beira da água cobriam-na algas e fragmentos de conchas.
• O nome destas orações será, então, coordenadas adversativas; oração coordenada + mas … oração coordenada adversativa.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• No fundo do mar abundavam formas que rastejavam, nadavam e cresciam.
• Novamente complexa e coordenada. Nesta caso assindética [quando se usa a vírgula em vez da conjunção ‘e’] e a última copulativa.
• Ainda nesta frase encontramos orações subordinadas, relativa.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• O venenoso peixe-globo jazia no fundo dos leitos de algas e os coloridos caranguejos passavam rapidamente sobre ele.
• Orações coordenadas copulativas, atenção à conjunção copulativa ‘e’. Os verbos «jazia» e «passavam» são o coração das orações.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• O povo de Kino tinha cantado tudo o que acontecia ou existia.
• Orações coordenadas disjuntivas, isto é, apresenta uma ideia alternativa àquela que é expressa na oração anterior. Conjunção utilizada nesta frase é ‘ou’.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• O inchaço estava a desaparecer do ombro da criança, logo o veneno estava a sair do seu corpo.
• Orações coordenadas conclusivas. Conjunção ‘logo’. Isto é, apresenta uma conclusão ou consequência daquilo que é expresso na oração anterior.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Os homens das outras canoas olharam para ele, pois estavam espantados.
• Orações coordenadas explicativas, por apresentarem uma explicação daquilo que é expresso na oração anterior.
• Conjunção ‘pois’.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Síntese - coordenação
• Nas frases complexas, as orações podem estar ligadas através do processo de coordenação; isto é, as orações são sintacticamente independentes.
• Orações coordenadas:* copulativa [adição] (e, nem, …)* adversativa [oposição] (mas,
porém,…)* disjuntiva [alternativa] (ou, quer…
quer, …)* conclusiva [conclusão] (logo, por
conseguinte, …)* explicativa [explicação] (pois, …)
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Conhecimento explícito da línguaCapítulo III - subordinação
• Chegou aos ouvidos do padre que passeava no seu jardim.
• Frase simples ou complexa?• Complexa. Chegou aos ouvidos do padre. Oração
subordinante – esta frase faz sentido sozinha. Que passeava no seu jardim – oração subordinada relativa restritiva – quem passeava? O que refere-se ao antecedente que é o nome padre.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Eles olharam para as roupas de homem que não se tinham vendido muito bem.
• Novamente uma oração subordinada relativa restritiva, o que refere-se ao seu antecedente – roupas de homem.
• Estas orações são as mais frequentes na nossa língua.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• A notícia chegou aos ouvidos do médico, que estava a atender uma mulher, cuja doença era a idade, embora nem ela nem o médico o admitissem.
• Oração subordinante, oração subordinada relativa explicativa [que, cuja], oração subordinada concessiva.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Orações subordinadas relativas
• Relativas restritivas: limitam o sentido do nome ou pronome antecedente, sendo por isso indispensáveis ao sentido da frase e não se separam na escrita por vírgula.
• Relativas explicativas: acrescentam ao antecedente uma informação acessória, podendo por isso serem suprimidas, separam--se por vírgula.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Oração subordinada concessiva
• Exprimem uma concessão; isto é, a acção enunciada na oração subordinante realiza-se, embora haja uma contrariedade.
• Há um contraste.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Quando descobriu quem era Kino, o médico tomou um ar simultaneamente severo e judicioso.
• Oração subordinada temporal, oração subordinada completiva, oração subordinante.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Oração subordinada temporal
• Localiza no tempo a situação apresentada na oração subordinante.
Oração subordinada completiva• Orações que completam o sentido do verbo.
Estas orações podem ser substituídas pelo pronome demonstrativo “isso”.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Recordou-se do quarto onde vivera como se fosse uma casa importante e luxuosa.
• Oração subordinante, oração subordinada relativa, oração subordinada comparativa.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Oração subordinada comparativa
• Estabelece uma relação de comparação.• Não confundir com a figura de estilo
comparação.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• A música da pérola tinha-se fundido com a música da família, de modo que uma embelezara a outra.
• Oração subordinante, oração subordinada consecutiva.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Oração subordinada consecutiva
• Exprime uma consequência relativamente ao facto apresentado na oração subordinante.
• Estas orações subordinadas consecutivas não podem ser deslocadas na frase, vêm sempre a seguir às orações subordinantes.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Kino olhou para a sua pérola e Juana baixou as pálpebras e cobriu o rosto com o xaile, para que ninguém pudesse ver a sua excitação.
• Orações coordenadas copulativas, oração subordinante, subordinada final
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Oração subordinada final
• Indica a finalidade, intenção da realização daquilo que é apresentado na oração subordinante.
• Exige o modo conjuntivo.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Sabia que os deuses se vingavam de um homem se ele alcançasse o sucesso através dos seus próprios esforços.
• Oração subordinante, oração subordinada completiva, oração subordinada condicional.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Oração subordinada condicional
• Indica a condição necessária para que se realize aquilo que é expresso na oração subordinante.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• O ódio ardia e chispava nos seus olhos, e o medo também, porque as centenas de anos de dominação calavam bem fundo dentro dele.
• Oração subordinante, oração coordenada copulativa, oração subordinada causal.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Oração subordinada causal
• Apresenta o motivo ou a causa daquilo que é expresso na oração subordinante.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
• Penso que o veneno vai atacar muito em breve.
• Oração subordinante, oração subordinada completiva.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Oração subordinada completiva
• Estas orações completam o sentido do verbo.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Síntese subordinação
• Orações subordinadas:* completivas* relativas* adverbiais (correspondem a grupos
adverbiais ou preposicionais que exprimem diferentes ideias):- causal (causa)- final (fim)- temporal (tempo)- condicional (condição)- concessiva (concessão)- comparativa (comparação)- consecutiva (consequência)
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD
Frases para analisar• Foi a espingarda que quebrou as barreiras.• Sentiu um ardor nos nós dos dedos feridos da
sua mão direita, quando viu quem eles eram.
LP - Isabel Correia / Atelie Ler Sem Medo (8º ano) - BE-ESOD