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A PESQUISA NA FORMAÇÃO ACADÊMICA
ANÁLISE TÉORICA SOBREO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E A PESQUISA
Ms. Andréa Kochhann e GEFOPIGrupo de Estudos em Formação de Professores e
Interdisciplinaridade
Esses slides embasam os debates que o GEFOPI realiza para discutir a questão da saída do senso
comum até o conhecimento científico.
Geralmente realizamos a palestra após o público assistir ao filme “O óleo de Lorenzo”.
O GEFOPI atua com base em projetos de pesquisa e de extensão, da Universidade Estadual
de Goiás, Câmpus São Luís de Montes Belos.
UMA ANÁLISE ESTILO FICHAMENTO DE CITAÇÕES DO
LIVRO:
PESQUISA: PRINCÍPIO CIENTÍFICO E EDUCATIVO
DEMO (2006)
Para introduzir a discussão..........
* O que é pesquisa científica?
* Qual a relação entre o ensino e a pesquisa?
* O que é ser um professor pesquisador?
* O que é elaborar com as próprias mãos?
* O que é ser elaborador científico?
* O que é ingestão teórica?
* A prática da pesquisa na educação pode se efetivar na extensão?
INICIANDO A REFLEXÃO TEÓRICA...
* A desmistificação crucial é sobre a separação entre pesquisa e ensino. Eles são indissociáveis. Mas, como
diz Demo (2006, p. 12) “Muitos estão dispostos a aceitar universidades que apenas ensinam, como é o
caso típico de instituições noturnas, nas quais os alunos comparecem somente para aprender e passar, e os
professores, quase todos biscateiros de tempo parcial somente dão aula.”.
* “Quem ensina carece pesquisar, quem pesquisa carece ensinar. Professor que apenas ensina jamais o foi. Pesquisador que só pesquisa é elitista explorador,
privilegiado e acomodado.” (p.14)
* “Não se atribui a função de professor a alguém que não é basicamente pesquisador.” (p. 15)
* “Desmistificar a pesquisa há de significar, então, a superação de condições atuais da reprodução do
discípulo, comandadas por um professor que nunca ultrapassou a condição de aluno. [...]. Mais degradante ainda é o professor que nunca foi além da posição de discípulo, porque não sabe elaborar ciência com as próprias mãos. Como caricatura parasitária que é,
reproduz isso no aluno.” (p. 17)
* É preciso que o professor faça digestão teórica.
* “Compreendida como capacidade de elaboração própria, a pesquisa condensa-se numa
multiplicidade de horizontes no contexto científico.” (p. 18)
* Quem pesquisa precisa se preocupar com a questão teórica e metodológica e pode seguir a linha
da hermenêutica, que tem por princípio ler entrelinha, ver o contexto para muito além do
texto...
* “Pesquisa se define aqui sobretudo pela capacidade de questionamento [...].”(p. 34).
* “Para descobrir e criar é preciso primeiro questionar.”. (p. 35).
* “Uma definição pertinente de pesquisa poderia ser: diálogo inteligente com a realidade.” (p. 36).
* “Diálogo é fala contrária, entre atores que se encontram e se defrontam.” (p. 37).
* “Quem pesquisa tem o que comunicar. Quem não pesquisa apenas reproduz ou apenas escuta. Quem
pesquisa é capaz de produzir instrumentos e procedimentos de comunicação. Quem não pesquisa
assiste à comunicação dos outros.” (p. 39).
* “Esta postura permite afirmar que somente tem algo a ensinar quem pesquisa.”(p. 49).
* Mas, nas universidades encontra-se muito o “professor-papagaio, que sempre diz a mesma coisa e
já sequer sabe o que diz” (p. 51)
* “O importante é compreender que sem pesquisa não há
ensino. A ausência de pesquisa degrada o ensino a patamares típicos da reprodução imitativa.” (p. 51)
* “Se a pesquisa é a razão do ensino, vale o reverso: o ensino é a razão da pesquisa.” (p. 52)
* “Podemos colocar para o professor, exigências tais como: […] exigência de pesquisa, […] domínio teórico e elaboração própria, […] versatilidade metodológica, […]
experiência prática, […] descobrir relações dadas na realidade, […] atitude de diálogo com a realidade, […]
construtor de conhecimento novo e ageste de mudança na sociedade.” (p. 53)
* Condições necessárias para o elaborador científico: “indução do contato pessoal do aluno com
teorias […] manuseio de produtos científicos e teorias, […] transmissão de alguns ritos formais do trabalho
científico, […] preocupação metodológica, […] cobrança de elaboração própria[...]” (p.55).
* “O professor tem seu lugar, como pesquisador e
orientador, para motivar no aluno o surgimento do novo mestre.” (p. 64)
* Mas, muitas vezes “O estudante conclui o curso sem saber dar conta de um tema, não consegue escrever com clareza e sistematização, não ordena, manuseia,
constrói e interpreta dados, o que revela continuar ainda apenas 'aluno', até porque aprendeu com um 'professor'
que nunca saiu da condição de 'aluno'.” (p. 67).
* “Com isso o professor enfrenta outros riscos e
desafios. Terá que ler mais material produzindo pelos alunos, estar disponível para consulta e discussão,
facilitar retroalimentações constantes e recorrentes. Pode ser ludibriado por outras maneiras, via trabalho
de grupo onde somente u m trabalha, via cópia e plágio, via compra de trabalhos.” (p. 73-74).
* “A escola continua curral formal, onde o gado é tratado. Aluno, como discípulo, é gado. Numa analogia forte, é como penico, que tudo aceita sem reclamar, e
acha que não passa disso. O conluio perfeito dessa imbecilização está na coincidência entre aula, prova e
cola.” (p. 89).
* Para a elaboração própria é preciso condições como um currículo que possibilite e fundamente, atividades no
espaço escolar, espaço para complementações necessárias e recomendáveis e programações culturais. “É difícil embutir no currículo a prática, a começar pelos vícios
históricos dos 'estágios' e da 'extensão'. (p. 99)
* Ao longo da formação é importante a prática inicial, intermediária e profissional.
* “Os estágios são concessões à prática, com presença curricular residual, mal organizados, sem
acompanhamento de qualidade por parte do curso e por parte dos responsáveis no local do estágio. […]” (p. 99).
* “A extensão – pertinente quando intrínseca – arrasta-se no voluntariado e na ilusão de evitar o afastamento
da universidade de seus compromissos sociais. Há exemplos de atividade extensionista, que, além do
impacto na comunidade, motivou a formação política dos alunos. ” (p.99)