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A República Velha Governos Prudente de Morais e Campos Sales

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A República Velha

Governos Prudente de Morais e Campos Sales

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Prudente de Morais – 1894 a 1898:

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• Prudente de Moraes era advogado e político. Já havia sido presidente do estado de São Paulo e senador, além de ter integrado a Assembleia Nacional Constituinte da República também como presidente. Foi o terceiro presidente do Brasil e recebeu um país que passava por uma grave crise econômica.

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• Assumiu o poder em 1894 e, logo de partida, teve que resolver a questão da crise econômica e também um conflito político entre os radicais florianistas e a oligarquia cafeeira. Seus quatro anos de governo foram turbulentos e Prudente de Moraes teve que fazer muitas pacificações.

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Ministério de Prudente de Morais:

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• A primeira questão a ser solucionada pelo presidente civil foi a Revolução Federalista que vinha acontecendo no estado do Rio Grande do Sul. Prudente de Moraes conseguiu encerrar o conflito do estado com o governo federal e concedeu anistia aos rebeldes que participaram do movimento.

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Revolução Federalista:

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• Mas, pouco tempo depois, enfrentaria um problema rebelde de maior proporção, a Guerra de Canudos. Esta eclodiu na capital baiana, Salvador, e forçou Prudente de Moraes a organizar e intervir militarmente para solucionar o problema.

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A Guerra de Canudos:

• A Guerra de Canudos é tida como um dos principais conflitos que marcam o período entre a queda da monarquia e a instalação do regime republicano no Brasil. No entanto, antes de sabermos maiores detalhes sobre a formação do Povoado de Canudos e o início das batalhas, devemos contemplar algumas passagens da vida de seu principal líder: Antônio Conselheiro.

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Antonio Conselheiro:

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• Antônio Vicente Mendes Maciel nasceu em Quixeramobim, no interior do Ceará e cresceu em uma família classe média. Durante sua infância teve uma educação diversa que lhe ofereceu contato com a geografia, a matemática e as línguas estrangeiras. Aos vinte e sete anos, depois da morte de seu pai, assumiu os negócios da família.

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• Não tendo sucesso, abandonou a atividade. Na mesma época, casou-se com uma prima e exerceu funções jurídicas nas cidades de Campo Grande e Ipu. Depois de ser abandonado pela mulher, Antônio começou a vaguear pelo sertão nordestino. Em seguida, envolveu-se com uma escultora chamada Joana, com quem acabou tendo um filho.

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• Em 1865, Conselheiro abandonou a mulher e o filho e retornou à sua peregrinação sertaneja. Nessas andanças, começou a construir igrejas, cemitérios e teve sua figura marcada pela barba grisalha, a bata azul, sandálias de couro e a mão apoiada em um cajado.

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• Antônio Conselheiro iniciou uma pregação religiosa defensora de um cristianismo primitivo. Defendia que os homens deveriam se livrar das opressões e injustiças que lhes eram impostas, buscando superar os problemas de acordo com os valores religiosos cristãos.

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• Com palavras de fé e justiça, Conselheiro atraiu muitos sertanejos que se identificavam com suas mensagem.

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• Desde o começo, a igreja e os setores dominantes da população viam as atitudes de Antônio Conselheiro como uma ameaça à ordem estabelecida. Em 1876, autoridades prenderam o conselheiro afirmando que ele havia matado sua mulher e a mãe dele, e o enviaram de volta para o Ceará. Depois de solto, Conselheiro foi para o interior da Bahia.

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• Com o aumento do seu número de seguidores e a pregação de seus ideais o Conselheiro fundou – em 1893 – uma comunidade chamada Arraial Belo Monte, às margens do Rio Vaza-Barris.

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• A população chamava o Arraial de Belo Monte de Vila de Canudos, porque eles ocuparam uma fazenda abandonada chamada Canudos.

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• A Igreja atacava a comunidade alegando que os seguidores de Conselheiro eram apegados à heresia e à depravação. Por outro, os políticos e senhores de terra, com o uso dos meios de comunicação da época, diziam que Antônio Conselheiro era monarquista e liderava um movimento que almejava derrubar o governo republicano, instalado em 1889.

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• Incriminada por setores influentes e poderosos da sociedade da época, Canudos foi alvo das tropas republicanas. Ao contrário das expectativas do governo, a comunidade conseguiu resistir a quatro investidas militares.

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• Somente na última expedição, que contava com metralhadoras e canhões, a população apta para o combate (homens e rapazes) foi massacrada. A comunidade se reduziu a algumas centenas de mulheres, idosos e crianças.

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• Antonio Conselheiro, com a saúde fragilizada, morreu dias antes do último combate. Ao encontrarem seu corpo, deceparam sua cabeça e a enviaram para que estudassem as características do crânio de um “louco fanático”.

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• Após o fim dos conflitos, o presidente organizou uma cerimônia de recepção àqueles que lutaram em Canudos. Durante a solenidade, o soldado Marcelino Bispo tentou executar um atentado contra a vida do presidente. Para defender o presidente, o Ministro da Guerra entrou o meio e foi morto.

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• A situação fez com que Prudente de Moraes decretasse o Estado de Sítio e passasse a comandar com plenos poderes. O recurso garantiu a neutralidade da oposição política, a vitória dos interesses da oligarquia cafeicultora e ainda a eleição do sucessor que desejava, Campos Salles.

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• Ao fim de seu governo, Prudente de Moraes deixou claro um perfil elitista da República Oligárquica que ganhava terreno no Brasil. Enquanto concedeu anistia aos rebeldes da Revolução Federalista do Rio Grande do Sul, ordenou um dos maiores massacres da história do Brasil para solucionar a Guerra de Canudos, movimento de pobres na Bahia.

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• Mas, de forma geral, foi bem sucedido em seu governo por conseguir solucionar as principais questões que o afetaram e que afetavam o país.

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Governo Campos Sales: 1898 a 1902:

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• Manuel Ferraz de Campos Sales foi um advogado e político brasileiro. Começou na carreira política como deputado provincial de 1867 a 1871, vereador em 1872, senador em 1891, no entanto renunciou ao cargo para se tornar governador do estado de São Paulo. Em 1898 foi eleito presidente da república.

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• Logo que assumiu, Campos Sales enfrentou uma séria crise na economia, que já vinha perdurando desde o governo anterior. A inflação atingia altos níveis e a moeda brasileira era cada vez mais desvalorizada

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• O café, nosso principal produto de exportação, teve o seu preço reduzido porque havia excesso de produção e os compradores estrangeiros estavam pagando bem menos pelo café.

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• Campos Sales, tentando enfrentar a crise econômica, renegociou a dívida externa do Brasil com a Inglaterra. O acordo feito entre os banqueiros britânicos e o Brasil se chamou funding loan, e de acordo com ele, o Brasil fez um empréstimo de cerca de 10 milhões de libras e recebeu a suspensão temporária do pagamento dos juros e da dívida externa.

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• Em troca, os banqueiros ingleses fizeram exigências ao Brasil tais como:

• Se o acordo não fosse honrado, os credores teriam direito a toda a renda das alfândegas do Rio de Janeiro e de alguns outros estados, à renda da Estrada de Ferro Central do Brasil e do serviço de abastecimento de água do Rio de Janeiro.

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• O governo Brasileiro teria que combater a inflação e adotar medidas que valorizassem a moeda nacional;

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Joaquim Murtinho:

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• Para atender a esta segunda exigência, Joaquim Murtinho, ministro da Fazenda na época, anunciou a redução drástica das despesas do governo e a suspensão de obras públicas, bem como a suspensão dos investimentos na indústria e a criação de novos impostos.

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• Houve também prejuízos no pagamento dos salários dos trabalhadores.

• Campos Sales tinha intenção de especializar o Brasil na produção e exportação de mercadorias agrícolas, com o café, a borracha, o algodão, o cacau, o minério, etc.

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Café:

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Cacau:

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Borracha:

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• Campos Sales defendia que o Brasil deveria ser um país agro-exportador, o que era agradável para grandes potências econômicas mundiais, como a Inglaterra, que tinham interesse na exploração dos recursos naturais do Brasil, para o qual vendiam produtos industrializados.

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• Esta política econômica gerou sérios problemas, pois causou uma paralisação no crescimento da indústria, aumento do desemprego e do custo de vida, o qual se tornou pesado demais para os assalariados. Assim, Campos Sales acabou perdendo o apoio da população.

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A Política dos Governadores:

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• A Política dos Governadores determinava que os grupos políticos que governavam os estados dariam apoio total ao presidente da República, e, como retribuição o governo federal só reconheceria a vitória nas eleições dos candidatos à deputado federal dos grupos que o apoiavam.

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• Era o governo federal tinha que concedia o diploma de deputado federal. Mesmo que o candidato fosse vitorioso nas eleições, sem este documento ele não poderia tomar posse e exercer a atividade política.

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• O controle sobre o processo de escolha dos representantes políticos a partir da fraude eleitoral impedia que os grupos de oposição chegassem ao poder.

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• A Política dos Governadores garantiu e reforçou o poder das oligarquias agrárias mais influentes do país. Os estados mais ricos do Brasil eram São Paulo e Minas Gerais, por causa da produção do café, o principal produto de exportação.

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• As oligarquias cafeeiras desses estados conquistaram influência política nacional e governaram o país de acordo com seus interesses. O domínio de São Paulo e Minas Gerais na política nacional foi chamada de "Política do café-com-leite".

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• Fazendo acordos políticos, o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Republicano Mineiro (PRM), elegeram praticamente todos os presidentes da República Velha, até a Revolução de 1930.

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