25
A˙ˆO COMPARTILHADA DAS POL˝TICAS DE ATEN˙ˆO INTEGRAL À CRIAN˙A DE ZERO A SEIS ANOS A˙ˆO COMPARTILHADA DAS POL˝TICAS DE ATEN˙ˆO INTEGRAL À CRIAN˙A DE ZERO A SEIS ANOS MINISTÉRIO DA PREVID˚NCIA E ASSIST˚NCIA SOCIAL SECRETARIA DE ESTADO DE ASSIST˚NCIA SOCIAL

AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

AÇÃO COMPARTILHADA DAS POLÍTICAS

DE ATENÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA

DE ZERO A SEIS ANOS

AÇÃO COMPARTILHADA DAS POLÍTICAS

DE ATENÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA

DE ZERO A SEIS ANOS

MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL

SECRETARIA DE ESTADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Page 2: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

F E R N A N D O H E N R IQ U E C A R D O S OP res id en te da R ep úb lica

PA U LO R E N ATO S O U Z AM in is tro d a E du ca ção

W A N D A E N G E L A D U A NS ecre tá ria de E s tad o de A ss is tên c ia S oc ia l

W A L D E C K O R N É L A SM in is tro d a P rev id ên c ia e A ss is tên c ia S oc ia l

Page 3: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

AÇÃO COMPARTILHADA DAS POLÍTICAS

DE ATENÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA DE

ZERO A SEIS ANOS

BrasíliaNovembro, 1999

Ministério da Previdência e Assistência Social – MPASSecretaria de Estado de Assistência Social – SEASGerência de Projetos de Zero a Seis Anos

Page 4: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Biblioteca. Seção de Processos Técnicos – MTE

© 1999 – Ministério da Previdência e Assistência Social

É permitida a reprodução parcial ou total desta obra desde que citada a fonte.

Tiragem: 12.000 exemplares

Edição e Distribuição: Secretaria de Estado de Assistência SocialEsplanada dos Ministérios, Bloco "A",1o andar, sala 124Tel.: (61) 225-3330 / 315-1111Fax: (61) 226-4008E-mail: [email protected]: 70054-900 – Brasília–DF

Editoração Eletrônica: Assessoria de Comunicação Social /MPAS

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

B823a Brasil. Ministério da Previdência e Assistência Social(MPAS).

Ação compartilhada das políticas de atençãointegral à criança de zero a seis anos. – Brasília :SEAS, 1999.

24 p.

1. Educação da criança, Brasil. 2. AssistênciaSocial, criança, Brasil. 3. Políticas públicas, educaçãoda criança, Brasil. I. Brasil. Secretaria de Estado deAssistência Social (SEAS/MPAS).

370.15

Page 5: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

SUMÁRIO

Apresentação ..............................................................................

Ordenamento Legal ....................................................................

Criança tem direito à Educação ..................................................

As creches e pré-escolas deverão ser integradas aos sistemasde ensino municipal, estadual ou do Distrito Federal .................

O papel da Assistência Social, a partir da Lei Orgânica daAssistência Social e da Política Nacional de Assistência Social, esua atuação em creches e pré-escolas ......................................

Os sistemas de ensino, municipais ou estaduais, serãoconstituídos por rede pública e privada de instituições deeducação infantil .........................................................................

A atual legislação determina uma formação mínima eespecializada para os profissionais que atuam diretamente comas crianças em instituições de educação infantil ........................

Aspectos que não foram suficientemente trabalhados nestedocumento ..................................................................................

5

7

8

12

15

17

21

23

Page 6: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

5

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

APRESENTAÇÃO

A Secretaria de Estado de Assistência Social – SEAS/MPAS, por meioda Gerência de Projetos de Zero a Seis Anos, e o Ministério da Educação, pormeio da Coordenação Geral de Educação Infantil, consideraram oportuno, tendoem vista os prazos legais definidos na Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional – LDB de 1996, elaborar material de apoio e subsídio a estados emunicípios no que se refere à integração de creches e pré-escolas aos sistemasde ensino. As informações e procedimentos sobre esta ação de caráter técnicodemandam uma articulação política entre educação e assistência social, demaneira que não se fragmente o atendimento à criança pequena,reconhecendo-a como sujeito de direitos.

Nessa perspectiva, constituiu-se um grupo de trabalho com repre-sentantes dos Conselhos, Fóruns e entidades afins das duas áreas de governo,a Gerência de Zero a Seis Anos da SEAS e a Coordenação-Geral de EducaçãoInfantil do MEC (COEDI). Esse grupo, durante seminário realizado em Brasília,elaborou orientações para as questões que se evidenciam como as maisurgentes, considerando as demandas que as instituições representadas têmrecebido de técnicos, gestores e administradores.

O trabalho foi pautado na crença de que para operacionalizar um serviçode atenção à criança de zero a seis anos de idade de forma integrada e integral,é fundamental que o trabalho seja realizado de forma articulada com as políticaspúblicas. Destaca-se a necessidade de definições claras e democráticas dasatribuições e competências de cada área, recorrendo-se a uma fundamentaçãohistórico-social, a fim de que se possam oferecer elementos necessários paraa efetivação de uma prática adequada às particularidades das crianças dessafaixa etária, em seu contexto sócio-cultural.

Trata-se de um material introdutório, sujeito a alterações que possamtorná-lo mais adequado a cada realidade municipal e/ou estadual. Em suaparte final há um espaço destinado a sugestões e questões que não estejamcontempladas em seu bojo. Está organizado na forma de perguntas e respostas,procurando tornar sua leitura instrumental e eficaz.

Page 7: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

7

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

ORDENAMENTO LEGAL

Na última década, a atenção às crianças de zero a seis anos noBrasil sofreu profundas modificações. Hoje temos um novo ordenamentolegal iniciado pela Constituição Federal de 1988.

Atualmente, as leis que norteiam o atendimento das crianças noBrasil são:

• Constituição Brasileira de 1988• Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (8.069/90)• Lei sobre Sistema Único de Saúde – SUS (8.080/90)• Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (8.742/93)• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB

(9.394/96)

Essa legislação aponta para a criança entendida como um sujeitode direitos. O Estado, em parceria com as famílias, deverá responderpela educação de meninos e meninas de zero a seis anos. O panoramaatual exige uma integração entre as áreas envolvidas no atendimentoà criança, estando a centralidade na educação. São os sistemas deensino os responsáveis pelo gerenciamento e a supervisão de crechese pré-escolas, que deverão ser credenciadas pelas redes municipaisou estaduais de educação.

O papel da assistência social tem relevância nesse ordenamentolegal, tendo por função elaborar e implantar, com parcerias intersetoriais,política pública de proteção às famílias vulnerabilizadas pela pobreza,por meio de ações concretas voltadas para o atendimento de criançasde zero a seis anos.

Page 8: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

8

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

CRIANÇA TEM DIREITO À EDUCAÇÃO

O novo ordenamento constitucional e legal brasileiro está marcadopor uma inovadora concepção de atenção à infância. Atribuiu à criançaa condição de cidadã, cujo direito à proteção integral deve serassegurado pela família, pela sociedade e pelo poder público, comabsoluta prioridade.

O QUE GARANTE À CRIANÇA ESSE DIREITO?

INSTRUMENTOS LEGAIS CONTEÚDO DA LEI

Art. 6 “São direitos sociais: a educação, a saúde,(...) a proteção a maternidade e a infância, aassistência aos desamparados, na forma destaConstituição.

Art. 208 – IV “O dever do Estado com aeducação será efetivado mediante garantia de:(...) atendimento em creche e pré-escola àscrianças de zero a seis anos de idade.”

Art. 211 “A União, os Estados, o Distrito FederalConstituição da República e os Municípios organizarão, em regime de

Federativa do Brasil – 1988 colaboração, seus sistemas de ensino. II “OsMunicípios atuarão prioritariamente no ensinofundamental e na educação infantil.”

Art. 227 “É dever da família, da sociedade e doEstado assegurar à criança e ao adolescente,com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde,à alimentação, à educação, à alimentação, aolazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,ao respeito, à liberdade e à convivência familiare comunitária, além de colocá-los a salvo de todaforma de negligência, discriminação, exploração,violência, crueldade e opressão.”

Page 9: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

9

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

INSTRUMENTOS LEGAIS CONTEÚDO DA LEI

Cap. IV art. 53 – IV “É dever do Estadoassegurar à criança e ao adolescente (...)atendimento em creche e pré-escola às criançasde zero a seis anos de idade.”

Estatuto da Criança e doeducacionais.”

Adolescente 1990 Art. 53 parágrafo único “É direito dos pais ou doresponsável ter ciência do processo pedagógico,bem como participar da definição das propostas

Lei Orgânica daArt. 2 “A Assistência Social tem por objetivos:

Assistência Social 1993I proteção à família, à maternidade à velhice;II o amparo às crianças e adolescentes carentes.”

Reproduz o inciso da Constituição Federal noTitulo III Art. 4.

Art. 21 “A Educação escolar compõe-se de:1. Educação Básica, formada pela EducaçãoInfantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Seção II. Art. 29 …A educação infantil, primeiraetapa da educação básica, tem como finalidade

Lei de Diretrizes e Bases da o desenvolvimento integral da criança…”Educação Nacional 1996

Art. 30 A educação infantil será oferecida em:I creches, ou entidades equivalentes, paracrianças até três anos de idade; II pré-escolas,para crianças de quatro a seis anos.

Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-ámediante acompanhamento e registro do seudesenvolvimento, sem o objetivo de promoção,mesmo para acesso ao ensino fundamental.

Page 10: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

10

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

QUEM TEM O DEVER DA OFERTA?

• Poder Público Municipal (como uma de suas atribuiçõesprioritárias);

• Poder Público Estadual;• Poder Público do Distrito Federal;• a Sociedade Civil nas suas diversas formas de organização.

COM A VIGÊNCIA DA LEI DE DIRETRIZES E BASES DAEDUCAÇÃO NACIONAL O QUE MUDOU E O QUE MUDA

EM RELAÇÃO À OFERTA DE CRECHES E PRÉ-ESCOLAS?

O Que Mudou?

• a educação infantil passou a fazer parte da educaçãobásica, constituindo-se como primeira etapa da mesma.

• a creche compreende o atendimento a crianças de zero atrês anos de idade.

• a pré-escola compreende o atendimento a crianças dequatro a seis anos de idade.

• a educação infantil compreende a faixa etária de zero aseis anos de idade.

• desde dezembro de 1996 existe legislação específica queregulamenta o atendimento às crianças de zero a seis anosde idade em instituições que não sejam a família. É a Leide Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB.

• atendimento às crianças dessa faixa etária redimensiona ocaráter de amparo e assistência para o de desenvolvimentointegral da criança em complementação à ação da famíliae da comunidade.

Page 11: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

11

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

• a formação mínima dos educadores frente ao desafio deintegrar as funções de cuidar e educar. (Para saber maissugere-se consultar o Referencial Curricular Nacional paraEducação Infantil – MEC – 1998).

• a instituição do regime de colaboração entre as três esferasgovernamentais, integrando políticas públicas de educação,saúde e assistência social.

• a exigência de formação mínima – ensino médio –modalidade normal, propondo como ideal a formação emnível superior para educadores de instituições de educaçãoinfantil.

Page 12: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

12

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

AS CRECHES E PRÉ-ESCOLAS DEVERÃO SERINTEGRADAS AOS SISTEMAS DE ENSINO MUNICIPAL,

ESTADUAL OU DO DISTRITO FEDERAL

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional define quetodas as instituições que atendem crianças de zero a seis anos deverãointegrar-se aos respectivos Sistemas de Ensino, constituindo-se naprimeira etapa da Educação Básica, denominada Educação Infantil.

O QUE SIGNIFICA INTEGRAR AS CRECHES E PRÉ-ESCOLASAO SISTEMA DE ENSINO MUNICIPAL OU ESTADUAL?

Primeiramente é importante salientar como estão organizadoslegalmente os Sistemas Municipais, Estaduais de Ensino ou do DistritoFederal.

O Art. 18 da LDB define Sistema Municipal de Ensino como:

“I – as instituições do ensino fundamental, médio e deeducação infantil mantidas pelo Poder Público Municipal;II – as instituições de educação infantil criadas e mantidaspela iniciativa privada;III – os órgãos municipais de educação.”

O Art. 17 define Sistema Estadual de Ensino como:

“I – as instituições de ensino mantidas respectivamente peloPoder Público Estadual e do Distrito Federal;

Page 13: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

13

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

II – as instituições de educação superior mantidas pelo PoderPúblico Municipal;III – as instituições de ensino fundamental e médio criadas emantidas pela iniciativa privada;IV – os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal.”

Integrar-se ao respectivo Sistema de Ensino significa:

• fazer parte do mesmo, seguir suas normas e regula-mentações para credenciamento e funcionamento, semperder suas características históricas e o respeito às suasdiversidades culturais.

• estar sujeita à supervisão, ao acompanhamento, ao controlee à avaliação do Sistema de Ensino.

Pertencer ao Sistema Estadual, Municipal ou do Distrito Federalnão é uma opção da instituição. Se o Município tiver constituído seusistema de ensino, toda instituição de Educação Infantil deverávincular-se a ele.

QUAIS OS PRAZOS PARA INTEGRAR-SE AO SISTEMA DEENSINO E ATENDER ÀS EXIGÊNCIAS LEGAIS?

Para integrar-se ao respectivo sistema de ensino a data limite é:23 de dezembro de 1999, conforme disposto no artigo 89 da LDB.

Para atendimento de outras medidas legais os prazos são osseguintes:

• habilitação em nível superior ou capacitação em serviço doseducadores que atuam diretamente com as crianças: oprazo é dezembro de 2006.

Page 14: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

14

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

• exigências quanto à adequação de espaço físico, recursosmateriais, recursos humanos, proposta pedagógica: serãodefinidas pelo órgão normativo de cada sistema, devendoo mesmo estabelecer prazos para atendimento àsexigências legais, visando sempre à garantia de qualidadeno atendimento e à não redução da oferta.

É preciso, porém, que se proceda ao cadastramento de todas asinstituições em cada Estado ou Município, de maneira que se possaacompanhar e contribuir para a inserção gradativa de todas elas aorespectivo Sistema de Ensino.

Page 15: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

15

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

O PAPEL DA ASSISTÊNCIA SOCIAL A PARTIR DALEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL E DAPOLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

E SUA ATUAÇÃO EM CRECHES E PRÉ-ESCOLAS

A Assistência Social tradicionalmente desenvolvia, desde ostempos da LBA, ações junto às creches e pré-escolas, subsidiando-astécnica e financeiramente quanto à capacitação de pessoal, apro-veitamento de espaços físicos, aplicação de recursos, entre outrasatividades. Gerenciava uma rede de creches e pré-escolas em diferenteslocalidades brasileiras, ocasionando, em alguns casos, superposiçãode ações com a área de educação.

A necessidade hoje é de que haja integração dessas ações. Assimsendo, torna-se importante definir papéis e responsabilidades.

Genericamente, no Brasil, as realidades dos Estados e Municípiosapresentam grande diversidade geográfica, econômica, social e política,que, obviamente, repercutem na organização das redes de creches epré-escolas. Isso significa que as ações aqui indicadas não poderãoser seguidas “à risca” por todos os Municípios. A intenção é explicitardiretrizes que possam ser adequadas a cada realidade.

Os recursos oriundos da Assistência Social deverão privilegiaras crianças vulnerabilizadas pela pobreza, que freqüentam creches oupré-escolas, alvos da Política Nacional de Assistência Social, quepreencham os critérios de elegibilidade preconizados pela política.

Page 16: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

16

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

O papel da Assistência Social junto às creches e pré-escolaspoderá ser de:

• identificar as famílias com crianças de zero a seis anos noMunicípio, demandatárias da Assistência Social;

• identificar e apoiar tecnicamente, em parceria com aeducação, as demandas existentes nas localidades que nãopossuam as devidas estruturas (físicas, de recursoshumanos, pedagógicas e administrativas), conforme normasemanadas dos Conselhos Estaduais ou Municipais deEducação;

• apoiar as famílias destinatárias da Assistência Social queposssuem filhos em creches e pré-escolas, através dainclusão em programas oficiais de auxílio, de geração derenda, de mecanismos de encaminhamento, de escla-recimento sobre acesso a programas de enfrentamento àpobreza, garantindo às crianças inclusão e promoção social;

• articular e planejar programas e cursos de apoio sócio-educativos às famílias;

• garantir que os recursos oriundos da Assistência Socialaplicados em creches e pré-escolas sejam destinados aoseu público-alvo.

Page 17: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

17

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

OS SISTEMAS DE ENSINO, MUNICIPAIS OU ESTADUAIS,SERÃO CONSTITUÍDOS POR REDE PÚBLICA E PRIVADA

DE INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL

As instituições de atendimento às crianças de zero a seis anosnas diferentes localidades, de modo geral, têm uma diversidadesignificativa quanto à sua natureza, formas de atendimento edenominação. A partir do novo ordenamento legal, essas deverãoconstituir a Rede de Educação Infantil, cujo funcionamento requernormatização dos Conselhos Municipais ou Estaduais de Educação,coerentes com a LDB e as Diretrizes Nacionais Curriculares, emanadasdo Conselho Nacional de Educação, contidas no Parecer no 22/98 de07/12/98 e na Resolução no 01/99 de 07/04/99.

SUGESTÕES PARA CONSTRUIR O PROCESSODE INTEGRAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE

EDUCAÇÃO INFANTIL AOS SISTEMAS DE ENSINO

• mapeamento das instituições que atendem crianças de zeroa seis anos no município.

• adequação das normas do conselho municipal ou estadualde educação para funcionamento das instituições.

• em caso de inexistência de normas é necessário acionar oconselho estadual ou municipal de educação para que asconstruam. As orientações necessárias encontram-se nomaterial “Subsídios para Credenciamento e Funcionamentode Instituições de Educação Infantil” – MEC/COEDI 1998.

• os municípios que não possuem sistema municipal de ensinodeverão integrar as instituições de educação infantil aorespectivo sistema estadual.

Page 18: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

18

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

• os Conselhos Municipais e Estaduais de Educação ouvidosos Conselhos de Direitos, de Educação, de AssistênciaSocial e de Saúde devem elaborar parâmetros de qualidadepara o atendimento as crianças em creches e pré-escolas.

QUAL O ENCAMINHAMENTO DO PROCESSO DECREDENCIAMENTO/AUTORIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE

EDUCAÇÃO INFANTIL AO SISTEMA DE ENSINO?

Requerer autorização / credenciamento ao respectivo Conselhoatravés da Secretaria Municipal ou Estadual de Educação, cumprindoas exigências das normas municipais ou estaduais em relação a:

• proposta pedagógica• regimento interno da instituição• recursos humanos• espaço físico• equipamentos e material pedagógico

QUANDO A INSTITUIÇÃO NÃO PREENCHER OSREQUISITOS EXIGIDOS, COMO PROCEDER?

A Instituição deverá solicitar ao Conselho de Educaçãocompetente prorrogação de prazo para cumprimento das normas.A partir de 23 de dezembro de 1999, novas Instituições somentepoderão entrar em funcionamento se autorizadas pelos respectivosConselhos de Educação, municipais, estaduais ou do DistritoFederal.

Page 19: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

19

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTILCompetências e Responsabilidades

CATEGORIAS MANTENEDOR AUTORIZAÇÃO E SUPERVISÃO E FINANCIAMENTOCREDENCIAMENTO INSPEÇÃO

INS

TIT

UIÇ

ÕE

S P

RIV

AD

AS

CO

MU

NIT

ÁR

IAS

PA

RT

ICU

LAR

ES

Uma ou maispessoas físicasde direito pri-vado

Grupo de pes-soas físicas ouuma ou maispessoas Jurídi-cas, inclusiveCooperativas deprofessores ealunos, que in-cluam em suaentidade man-tenedora repre-sentantes dacomunidade

Conselho de Educa-ção do Município,Conselho de Educa-ção do Estado, Con-selho de Educaçãodo Distrito Federal

A responsabili-dade será defi-nida pelos res-pectivos Conse-lhos de Educa-ção

– Com recursospróprios dosseus mantene-dores

– Com recursospróprios

– Com recursospúblicos, me-diante convê-nio

Page 20: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

20

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTILCompetências e Responsabilidades

CATEGORIAS MANTENEDOR AUTORIZAÇÃO E SUPERVISÃO E FINANCIAMENTOCREDENCIAMENTO INSPEÇÃO

INS

TIT

UIÇ

ÕE

S P

ÚB

LIC

AS

ES

TAD

UA

ISM

UN

ICIP

AIS

Poder PúblicoMunicipal

Poder PúblicoEstadual

Conselho Municipalde Educação (quan-do o município tiversistema próprio deensino. Caso contrá-rio, Conselho Esta-dual de Educação)

Conselho Estadualde Educação ou doDistrito Federal

A responsabili-dade será defi-nida pelos res-pectivos Conse-lhos de Educa-ção

– Com recursosmunicipais pro-venientes, nomínimo dos10% resultan-tes dos 25%dos recursosconstitucional-mente vincula-dos à educa-ção, excluídosos 15% doFUNDEF.Suplementar-mente com re-cursos dos Es-tados e União(Art. 75 e 76 daLDB)

– Recursos pro-venientes deconvênios coma sociedadecivil

Page 21: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

21

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

A ATUAL LEGISLAÇÃO DETERMINA UMA FORMAÇÃOMÍNIMA E ESPECIALIZADA PARA OS PROFISSIONAISQUE ATUAM DIRETAMENTE COM AS CRIANÇAS EM

INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL

QUAL A FORMAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA POR LEI PARAAQUELES PROFISSIONAIS QUE TEM SOB SUA

RESPONSABILIDADE O ATENDIMENTO DE CRIANÇAS?

A formação mínima exigida por lei é a oferecida em nível médio(modalidade normal).

COMO PROCEDER COM RELAÇÃO AOS PROFISSIONAISQUE JÁ ESTÃO ATUANDO COM AS CRIANÇAS E NÃO

POSSUEM FORMAÇÃO EXIGIDA?

Deverão ser oferecidos pelo Poder Público, por Instituiçõesprivadas ou em consórcio, cursos emergenciais que complementem aescolaridade básica, completando-a com disciplinas específicas paraqualificação na área da educação infantil.

As modalidades de educação de jovens e adultos e educação àdistância poderão ser utilizadas na complementação da escolaridadeem nível de Ensino Fundamental e Médio, buscando-se umacapacitação em serviço no que se refere aos conteúdos quedesenvolvem as habilidades específicas para a educação de criançasde zero a seis anos.

Page 22: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

22

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

Para a formação mínima exigida pela LDB, Art. 62, deverão sergarantidas alternativas de habilitação em nível médio na modalidadede ensino regular, buscando-se qualidade nesta formação.

No entanto, é preciso buscar alternativas de formação até que osdocentes consigam habilitação em curso de nível superior específico(licenciatura plena).

É importante lembrar que deve ser sempre observada a idademínima de 18 anos para o profissional habilitar-se a trabalhar com ascrianças.

Page 23: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

23

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

ASPECTOS QUE NÃO FORAM SUFICIENTEMENTETRABALHADOS NESTE DOCUMENTO

Apresente sugestões

pelos:

e-mails:

MEC

[email protected]

SEAS/MPAS

[email protected]

ou fax:

MEC

(61) 321-5869

SEAS/MPAS

(61) 226-4008

Page 24: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

24

Ação Compartilhada das Políticas de Atenção Integral à Criança de Zero a Seis Anos

GRUPO DE TRABALHO

CLEMIR DE SOUZA MORIMTécnica da Coordenação Geral de Educação Infantil – SEF/MEC

GISELA WAJSKOPConsultora COEDI/MEC

IRIS BARG PIAZERASecretária da Família Jaraguá do Sul/SCFórum Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social – FONGEMAS

ITAN PEREIRASecretaria Municipal de Educação de Campina Grande/ PBUnião Nacional de Conselhos Municipais de Educação

MARIA DA GRAÇA SOUZA HORNGerente de Projetos de Zero a Seis Anos – SEAS/MPAS

MARIA DE LOURDES CORRES P. SAN ROMANCoordenadora da Coordenadoria de Assistência Social da Sec. Estadual da Criançae Assuntos da Família / ParanáFórum Nacional de Gestores Estaduais de Assistência Social – FONSEAS

MARLEIDE TEREZINHA LORENZISecretaria Municipal de Educação – Carazinho /RSUnião Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME

MIRIAM SCHLIKMANNSecretaria Estadual de Educação Santa Catarina–SCFórum Nacional de Secretários de Educação – FONSED

RITA HELENA POCHMANN HORNConsultora da Gerência de Projetos de Zero a Seis Anos – SEAS/MPAS

SILVIA HELENA P. DE ABREUFórum dos Conselhos Estaduais de Educação

STELA MARIS LAGOS OLIVEIRACoordenadora Geral de Educação Infantil – Secretaria de Educação Fundamental/MEC

TANIA MARA GARIBSecretária de Assistência Social de Campo Grande–MSConselho Nacional de Assistência Social – CNAS

APOIO TÉCNICO

ALEXANDRA RODRIGUES DE ALMEIDADepartamento de Informação e Avaliação – SEAS/MPAS

RANDRO GOMES BATISTAAssessoria de Assuntos Externos – SEAS/MPAS

Page 25: AçãO Compart Das PolíTicas De AtençãO Integral à CriançA De

(061) Te l.:

Secretaria de Estado de Assistência Socia lEsplanada dos M in istérios, b loco “A”, sala 101

315- 1010 / 315-1758 / 224-3809Fax: (061) 224-032470054-900 – Brasília / DFe-m ail: sas.acs@ m pas.gov.br

GOVERNOFEDERAL

MINISTÉRIO DAEDUCAÇÃO