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Reflexão inicial: Será que todas as crianças e famílias estão representadas nos murais e painéis existentes na unidade? E o acervo de filmes e livros? As histórias com personagens negros e indígenas têm destaque no dia a dia? PREFEITURA DE INDAIATUBA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Educação Infantil 1º Bimestre- 2014 Sugestões de atividades para o trabalho com a Lei 11645/08 (antiga Lei 10639) que trata da obrigatoriedade da inclusão no Currículo Regular da história e cultura afro- brasileira e dos povos indígenas. Estas sugestões foram elaboradas pela Comissão Municipal de Educação para as Relações Étnico-raciais de Indaiatuba, cujo objetivo é apoiar os profissionais da Educação Infantil a implementar o Art. 7º, inciso V, do documento Diretrizes Curriculares da Educação Infantil. No documento há a indicação de que as propostas pedagógicas devem estar comprometidas com o rompimento de relações de dominação étnico-raciais. Existe a crença de que a discriminação e o preconceito não fazem parte do cotidiano das escolas de Educação Infantil, pré-escola e creche. Porém, pesquisas de pós-graduação que tratam das relações raciais apontam que há muitas situações de discriminação envolvendo crianças, profissionais e familiares. Isto é um alerta de que devemos ampliar nosso olhar para as relações interpessoais que permeiam a comunidade escolar, pois há racismo. Não o vemos ou não queremos ver. E, como sabemos esconder os problemas não nos ajudará a cumprir nossa missão de construir uma sociedade mais justa e solidária formada por cidadãos conscientes de seu papel histórico e de sua identidade pessoal, se não observarmos atentamente ao redor e interferirmos nos acontecimentos. Cada fase da vida apresenta suas especificidades. Cada momento do desenvolvimento infantil é único e requer do adulto uma atenção especial às necessidades que o caracterizam. De zero a seis anos, é importante cuidar dos afetos e das relações da criança com o mundo e consigo mesma. Afeto e relacionamento são dois fatores importantíssimos na construção de uma identidade positiva. Para isso, seguem algumas ideias práticas para auxiliar no trabalho com identidade e autoestima. Reconhecer as diferenças que sabemos existir é um passo fundamental para a promoção da igualdade.

Africanidade

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Page 1: Africanidade

Reflexão inicial:

Será que todas as crianças e famílias estão representadas nos murais e painéis existentes na unidade?

E o acervo de filmes e livros? As histórias com personagens negros e indígenas têm destaque no dia a dia?

PREFEITURA DE INDAIATUBA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Educação Infantil

1º Bimestre- 2014

Sugestões de atividades para o trabalho com a Lei 11645/08 (antiga Lei 10639)

que trata da obrigatoriedade da inclusão no Currículo Regular da história e cultura afro-

brasileira e dos povos indígenas.

Estas sugestões foram elaboradas pela Comissão Municipal de Educação para as Relações Étnico-raciais de Indaiatuba, cujo objetivo é apoiar os profissionais da Educação Infantil a implementar o Art. 7º, inciso V, do documento Diretrizes Curriculares da Educação Infantil. No documento há a indicação de que as propostas pedagógicas devem estar comprometidas com o rompimento de relações de dominação étnico-raciais.

Existe a crença de que a discriminação e o preconceito não fazem parte do cotidiano das escolas de Educação Infantil, pré-escola e creche. Porém, pesquisas de pós-graduação que tratam das relações raciais apontam que há muitas situações de discriminação envolvendo crianças, profissionais e familiares. Isto é um alerta de que devemos ampliar nosso olhar para as relações interpessoais que permeiam a comunidade escolar, pois há racismo. Não o vemos ou não queremos ver. E, como sabemos esconder os problemas não nos ajudará a cumprir nossa missão de construir uma sociedade mais justa e solidária formada por cidadãos conscientes de seu papel histórico e de sua identidade pessoal, se não observarmos atentamente ao redor e interferirmos nos acontecimentos.

Cada fase da vida apresenta suas especificidades. Cada momento do desenvolvimento infantil é único e requer do adulto uma atenção especial às necessidades que o caracterizam. De zero a seis anos, é importante cuidar dos afetos e das relações da criança com o mundo e consigo mesma. Afeto e relacionamento são dois fatores importantíssimos na construção de uma identidade positiva. Para isso, seguem algumas ideias práticas para auxiliar no trabalho com identidade e autoestima. Reconhecer as diferenças que sabemos existir é um passo fundamental para a promoção da igualdade.

Page 2: Africanidade

Ação inicial:

Pesquisar imagens de crianças e famílias de diversas etnias: brancos, negros, indígenas, etc. Socializar as imagens com as crianças, indagando-as em relação às suas observações acerca das características físicas das pessoas representadas nas imagens; auxiliá-las na compreensão de que a sociedade é formada pela diversidade; e utilizar nos murais e painéis da escola;

Selecionar os livros e DVD's que possam ajudar na autoestima e formação de uma identidade positiva da criança. Manter uma rotina de utilização desses materiais na educação para a igualdade racial, evitando o predomínio e/ou exclusividade de filmes e livros de lendas baseadas nas histórias de princesas europeias.

Atividade - Identidade:

Proponha um cantinho de beleza. Coloque à disposição das crianças todos os materiais disponíveis para o cuidado dos cabelos. É bastante comum, em salões de beleza, imagens de penteados nas paredes. Portanto, distribua fotos de crianças utilizando penteados variados nesse cantinho. Atenção: como o nosso objetivo é promover a igualdade racial, é indispensável que sejam utilizadas imagens de crianças africanas e indígenas com seus penteados étnicos.

Em seguida, na roda de conversa, peça para que as crianças digam qual imagem chamou mais a sua atenção. Solicitar a elas que identifiquem nas imagens cabelos ou penteados parecidos com os seus. É importante que a professora esteja atenta para não deixar que nenhum cabelo seja colocado como superior ou inferior ao outro. É, também, uma ótima oportunidade para a reflexão acerca da expressão “cabelo ruim”. Porque, como sabemos, não existem cabelos ruins ou bons, o que existem são cabelos crespos, lisos, ondulados, cacheados, etc.

É importante compartilhar as experiências entre os colegas nos momentos de HTPC’s. Para efetivação das práticas promotoras de igualdade, é imprescindível a socialização dos relatos.

Comissão de Educação para Relações Étnico-Raciais

Page 3: Africanidade

Orientação:

As atividades aqui propostas deverão ser desenvolvidas no momento indicado por este informativo ou incluídas no planejamento, quando o professor considerar oportuno.

PREFEITURA MUNICIPAL DE INDAIATUBA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

1º Ano

1º Bimestre- 2014

Sugestões de atividades para o trabalho com a Lei 11645/08 (antiga Lei 10639)

que trata da obrigatoriedade da inclusão no Currículo Regular da história e cultura afro-

brasileira e dos povos indígenas.

Apesar de a população negra constituir grande parte da sociedade brasileira, somente a partir da Lei nº 10.639 de 2003 que tornou obrigatório o ensino da história da África e dos afro-brasileiros no Ensino Fundamental e Médio, as escolas ampliaram a reflexão e discussão sobre o papel e a posição do negro em nossa sociedade.

Há necessidade de conscientização acerca das práticas e representações que configuram o racismo, de apresentar aos alunos a verdadeira história e tradição do povo negro no Brasil, de maneira íntegra, sem estereótipos que distorcem e não retratam fielmente a trajetória dos descendentes de africanos, sem mensagens subliminares que consolidam uma sociedade racista e excludente.

Assim sendo, ao elaborar o trabalho sobre Cultura Negra deve-se pensar em atividades que possibilitem aproximar os alunos da riqueza cultural afro-brasileira, aprofundar o estudo das fortes raízes culturais africanas, visando elevar a autoestima da criança negra e sua percepção e atuação sobre si mesma e seu lugar no mundo.

Desde a mais tenra idade deve-se trabalhar o assunto, privilegiando a questão

da identidade, do respeito à diversidade e da autoaceitação. Toda a comunidade

escolar deve estar inserida no projeto e não apenas os afrodescendentes, de forma em

que fique claro que conhecer as variadas culturas é essencial para despertar na criança

o respeito pelas outras pessoas independentemente da etnia (raça). Para tal, é

fundamental divulgar o lado positivo da história negra, não apenas as questões de

escravidão, miséria e sofrimento, proporcionar situações didáticas centradas em

vivências, ações e reflexões no estímulo à criticidade e na resolução de problemas que

possibilitem aos alunos pensarem na questão de forma ética.

Page 4: Africanidade

Objetivos:

Aprender sobre a origem dos afrodescendentes e características do continente africano.

Aprender a respeito da diversidade cultural e lúdica dos países africanos através de

alguns jogos e brincadeiras populares deste continente.

Atividade:

Professor, assim que concluir a atividade nº 1 de Língua Portuguesa, página

14, realizar uma roda de apreciação do autorretrato produzido e discutir com os

alunos se eles perceberam que cada criança na sala possui características diferentes

na cor da pele, dos olhos, cabelos, formato do nariz e tipo de cabelo. Caso já tenha

realizado a atividade retome o trabalho, olhando o desenho que fizeram.

Importante: Essa atividade deverá ser utilizada como sondagem para que o

professor observe como os alunos estão construindo sua identidade quanto a sua

origem étnica.

Nesse primeiro momento, questione porque os alunos utilizaram a cor para

representar a tonalidade de pele e demais características.

Observar ainda como os alunos representam o tipo de cabelo e cor dos

mesmos.

A partir dessa atividade, perguntar aos alunos se eles sabem por que somos

diferentes e anotar as respostas das crianças.

Page 5: Africanidade

Em seguida proponha a leitura do livro “Porque somos de cores diferentes”

(acervo PNAIC):

Obs.: A leitura deste livro pode ser realizada na finalização da atividade 6, página

133- História

Selecionar obras literárias que retratam histórias dos afrodescendentes e

indígenas e explorar com a turma a forma como os ilustradores representam a cor da

pele desses povos.

Fique atento: A generalização do uso do lápis cor de pele como cor eleita para

identificar a cor da pele humana, carrega consigo discriminações e reforça nas

pessoas o sentimento de superioridade ou inferioridade de uma cor em relação à

outra, além de perpetuar mensagens subliminares de menos valia na pessoa que não

se identifica com essa representação o que causa problemas de identidade e

autoestima.

Labirinto (Moçambique)- Mostrar no mapa a localização

Professor, para realizar essa brincadeira você pode solicitar a parceria do

Professor de Educação Física:

Duração: 25 minutos

Material: giz

Local: quadra ou pátio

A brincadeira do Labirinto (Figura 2) é originária de Moçambique e possui uma dinâmica simples e interessante. Para começar é preciso que se faça um desenho do labirinto no chão. (a). Os jogadores iniciam o jogo na primeira extremidade do desenho (b). Para seguir em frente tira-se par ou ímpar repetidas vezes. Toda vez que um jogador ganhar ele segue para a extremidade à frente. O jogador que chegar na última extremidade primeiro, vence a partida. Sugestões de variação: - Ao invés de tirar par ou ímpar para seguir em frente os jogadores poderão utilizar pedras, papel e tesoura. - Pode-se jogar com mais de duas crianças, mas para isso é preciso mudar a disputa de par ou ímpar para adedanha (brincadeira do Stop).

Page 6: Africanidade

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22256

Comissão de Educação para Relações Étnico-Raciais

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1º Bimestre- 2014

Sugestões de atividades para o trabalho com a Lei 11645/08 (antiga Lei 10639)

que trata da obrigatoriedade da inclusão no Currículo Regular da história e cultura afro-

brasileira e dos povos indígenas.

Apesar de a população negra constituir grande parte da sociedade brasileira, somente a partir da Lei nº 10.639 de 2003 que tornou obrigatório o ensino da história da África e dos afro-brasileiros no Ensino Fundamental e Médio, as escolas ampliaram a reflexão e discussão sobre o papel e a posição do negro em nossa sociedade.

Há necessidade de conscientização acerca das práticas e representações que configuram o racismo, de apresentar aos alunos a verdadeira história e tradição do povo negro no Brasil, de maneira íntegra, sem estereótipos que distorcem e não retratam fielmente a trajetória dos descendentes de africanos, sem mensagens subliminares que consolidam uma sociedade racista e excludente.

Assim sendo, ao elaborar o trabalho sobre Cultura Negra deve-se pensar em atividades que possibilitem aproximar os alunos da riqueza cultural afro-brasileira, aprofundar o estudo das fortes raízes culturais africanas, visando elevar a autoestima da criança negra e sua percepção e atuação sobre si mesma e seu lugar no mundo.

Desde a mais tenra idade deve-se trabalhar o assunto, privilegiando a questão

da identidade, do respeito à diversidade e da autoaceitação. Toda a comunidade

escolar deve estar inserida no projeto e não apenas os afrodescendentes, de forma em

que fique claro que conhecer as variadas culturas é essencial para despertar na criança

o respeito pelas outras pessoas independentemente da etnia (raça). Para tal, é

fundamental divulgar o lado positivo da história negra, não apenas as questões de

escravidão, miséria e sofrimento, proporcionar situações didáticas centradas em

vivências, ações e reflexões no estímulo à criticidade e na resolução de problemas que

possibilitem aos alunos pensarem na questão de forma ética.

Page 8: Africanidade

Orientação:

As atividades aqui propostas deverão ser desenvolvidas no momento

indicado por este informativo ou incluídas no planejamento, quando o

professor considerar oportuno.

Objetivos

Desmistificar a nomenclatura “cor de pele” do lápis de cor

Compreender a diversidade de etnias (raças) na própria família

Professor,

1- No caderno “Meia pauta” ou outro material, pedir ao aluno que faça uma

representação de sua família através de desenho. Pode-se aproveitar para que cada

aluno crie uma legenda nas linhas ao lado, com nome e parentesco.

2- Neste momento, o (a) professor (a), pode trazer uma reflexão sobre o termo

“cor de pele”, que muitas vezes é o vocabulário mais comum para nomear o lápis

“bege” bem como o “salmão”, de maneira errônea.

3- Já preparado anteriormente, scanneado para uso na lousa digital, apresentar o

livro “Minha família é colorida”, Georgina Martins, Ilustrações de Maria Eugênia,

contido no acervo do PNAIC 1º ano, acervo “B”, onde a personagem principal, Ângelo,

tem um irmão de cabelos lisos, outro de cabelos encaracolados, uma mãe de pele

branca, uma avó que é negra...

4- Professor, você pode trazer reflexões:

- Por que todo mundo é diferente?

- E como todos fazem parte da mesma família, já que quase ninguém se parece?

Page 9: Africanidade

Caro educador, as perguntas e respostas surgirão de acordo com sua criatividade!

Realizar uma Roda de Conversa com os alunos ressaltando os pontos

chave do livro e em seguida dar oportunidade aos alunos que quiserem compartilhar a

diversidade de etnias (raças) em sua própria família.

5- Lição de casa: Fazer uma nova ilustração observando as características de cada

membro da sua família, ressaltando cor dos olhos, pele, altura, cabelos, bem como

outras características, semelhantes e diferentes.

Pode-se comparar com a ilustração anterior.

6- Socializar com os amigos na aula seguinte, explicando em voz alta os pontos

observados.

7- A professora pode também socializar fotos de sua família e fazer sua

explanação, como exemplo.

8- Considerar a possibilidade de termos em nosso meio, alunos que são filhos do

coração, onde talvez não hajam tantas semelhanças físicas, mas neste caso, o que nos

une, é o amor!

Sugestão: Expor os desenhos dos alunos num mural, em papel kraft, sob o título:

“Minha família é colorida”, e a sua?

Comissão de Educação para Relações Étnico-Raciais

Page 10: Africanidade

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3º Ano

1º Bimestre- 2014

Sugestões de atividades para o trabalho com a Lei 11645/08 (antiga Lei 10639)

que trata da obrigatoriedade da inclusão no Currículo Regular da história e cultura afro-

brasileira e dos povos indígenas.

Apesar de a população negra constituir grande parte da sociedade brasileira,

somente a partir da Lei nº 10.639 de 2003 que tornou obrigatório o ensino da história

da África e dos afro-brasileiros no Ensino Fundamental e Médio, as escolas ampliaram a

reflexão e discussão sobre o papel e a posição do negro em nossa sociedade.

Há necessidade de conscientização acerca das práticas e representações que configuram o racismo, de apresentar aos alunos a verdadeira história e tradição do povo negro no Brasil, de maneira íntegra, sem estereótipos que distorcem e não retratam fielmente a trajetória dos descendentes de africanos, sem mensagens subliminares que consolidam uma sociedade racista e excludente.

Assim sendo, ao elaborar o trabalho sobre Cultura Negra deve-se pensar em atividades que possibilitem aproximar os alunos da riqueza cultural afro-brasileira, aprofundar o estudo das fortes raízes culturais africanas, visando elevar a autoestima da criança negra e sua percepção e atuação sobre si mesma e seu lugar no mundo.

Desde a mais tenra idade deve-se trabalhar o assunto, privilegiando a questão

da identidade, do respeito à diversidade e da autoaceitação. Toda a comunidade

escolar deve estar inserida no projeto e não apenas os afrodescendentes, de forma em

que fique claro que conhecer as variadas culturas é essencial para despertar na criança

o respeito pelas outras pessoas independentemente da etnia (raça). Para tal, é

fundamental divulgar o lado positivo da história negra, não apenas as questões de

escravidão, miséria e sofrimento, proporcionar situações didáticas centradas em

vivências, ações e reflexões no estímulo à criticidade e na resolução de problemas que

possibilitem aos alunos pensarem na questão de forma ética.

Page 11: Africanidade

Orientação:

As atividades aqui propostas deverão ser desenvolvidas no momento indicado

por este informativo ou incluídas no planejamento, quando o professor considerar

oportuno.

Objetivos:

Ampliar os conhecimentos dos alunos a respeito das contribuições dos povos

indígenas referentes aos cuidados com a Natureza e brincadeiras realizadas entre suas

crianças.

Aprender sobre a diversidade cultural e lúdica dos países africanos através de

alguns jogos e brincadeiras populares nesse continente.

Atividade:

Antes de iniciar a atividade 4, Ciências- Unidade 2, pág. 102, com seus alunos e

continuar o assunto extinção, ouça o que eles têm a dizer a respeito disso. Inicie

depois, dizendo “Vocês sabiam que...”

*Foi com os índios que nós aprendemos o respeito pelos animais e plantas, o

costume de tomar banho diariamente, de alimentar-se com frutas e vegetais

ingerindo mandioca, canjica, milho nas refeições, construir objetos úteis como

canoas, manufaturar redes para descansar, artesanato de cerâmica, a contar histórias

misturadas com lendas do Saci, da Iara, da Mula sem cabeça?

*O uso de chás e plantas medicinais era exercido pelos curandeiros, os

médicos das tribos, e com eles aprendemos a cultivar e cuidar para utilizar também

essas ervas e melhorar a nossa saúde, além de despertar nossa consciência para o

cuidado e o amor com a Natureza em geral?

Page 12: Africanidade

Em seguida, proponha a leitura do livro “Txopai e Itôhã” contido no acervo do

PNAIC 2ºano. Sugerimos que a criatividade do professor seja o foco na leitura e

interpretação, após levantamento do conhecimento prévio na Roda de Conversa.

http://www.cotacota.com.br/txopai-e-itoha-conforme-a-nova-ortografia-2-ed-2000-pataxo-kanatyo_1154_443953_oferta.ht

Brincadeira indígena

Brincadeiras com a Peteca- Se possível realizar essa atividade em parceria

com o professor de Arte ou Educação Física

O nome “peteca” – de origem Tupi e que significa “tapear”, “golpear com as

mãos” – é hoje o mais popular entre todos os nomes desse brinquedo tão conhecido

no Brasil. Com as palhas do milho é possível trançar diferentes amarras e laços que

criam petecas de vários formatos. Pode-se criá-las até com folhas de revista! O

professor criativo estará livre para elaborar com os alunos suas próprias petecas ou

contar com a ajuda do professor de Arte. Permita que eles joguem para descobrirem o

porquê da alegria e liberdade dos índios.

http://pibmirim.socioambiental.org/como-vivem/brincadeiras 16/12/13

História “Trilhas das Águas”

Professor, antes de iniciar Na trilha das Águas, disciplina de História, página 110,

descubra o que seus alunos sabem a respeito da importância da água para o corpo

humano, para a saúde e a necessidade dessa substância para as plantas, os animais e o

homem. Mostre-lhes a localização geográfica do continente africano em relação ao

Brasil, no globo terrestre ou mapas. Diga a eles algumas informações interessantes a

respeito da inteligência do povo africano ao observar o oferecimento do rio Nilo no

“Vocês sabiam que...”

*Foi na África, berço da civilização, que às margens do Rio Nilo, nasceram as

primeiras técnicas de irrigação e também de armazenamento de água que o mundo

atual conhece?

Page 13: Africanidade

*Existem provas que as terras já eram irrigadas por canais que desviavam as

águas do rio Nilo para favorecer a agricultura no antigo Egito?

Há VÍDEOS que mostram mais um pouco deste assunto, podem esclarecer seus

comentários e chamar a atenção dos alunos: ANTIGO EGITO partes 1 e 2 e África 1- O

Reino de Kush www.youtube.com/watch ( Educador, você poderá assistir o vídeo

previamente na HAP para aprofundar seus conhecimentos e verificar se interessará a

seus alunos).

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Page 14: Africanidade

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1º Bimestre- 2014

As sugestões de atividades que seguem são para o trabalho com a Lei 11645/08

(antiga Lei 10639) que trata da obrigatoriedade da inclusão no Currículo Regular da

história e cultura africana, afro-brasileira e dos povos indígenas.

Apesar de a população negra constituir grande parte da sociedade brasileira, somente a partir da Lei nº 10.639 de 2003 que tornou obrigatório o ensino da história da África e dos afro-brasileiros no Ensino Fundamental e Médio, as escolas ampliaram a reflexão e discussão sobre o papel e a posição do negro em nossa sociedade.

Há necessidade de conscientização acerca das práticas e representações que configuram o racismo, de apresentar aos alunos a verdadeira história e tradição do povo negro no Brasil, de maneira íntegra, sem estereótipos que distorcem e não retratam fielmente a trajetória dos descendentes de africanos, sem mensagens subliminares que consolidam uma sociedade racista e excludente.

Assim sendo, ao elaborar o trabalho sobre Cultura Negra deve-se pensar em atividades que possibilitem aproximar os alunos da riqueza cultural afro-brasileira, aprofundar o estudo das fortes raízes culturais africanas, visando elevar a autoestima da criança negra e sua percepção e atuação sobre si mesma e seu lugar no mundo.

Desde a mais tenra idade deve-se trabalhar o assunto, privilegiando a questão

da identidade, do respeito à diversidade e da autoaceitação. Toda a comunidade

escolar deve estar inserida no projeto e não apenas os afrodescendentes, de forma em

que fique claro que conhecer as variadas culturas é essencial para despertar na criança

o respeito pelas outras pessoas independentemente da etnia (raça). Para tal, é

fundamental divulgar o lado positivo da história negra, não apenas as questões de

escravidão, miséria e sofrimento, proporcionar situações didáticas centradas em

vivências, ações e reflexões no estímulo à criticidade e na resolução de problemas que

possibilitem aos alunos pensarem na questão de forma ética.

Page 15: Africanidade

Orientação:

As atividades aqui propostas deverão ser desenvolvidas no momento indicado

por este informativo ou incluídas no planejamento, quando o professor considerar

oportuno.

Objetivos

- Situar diferentes povos e época na qual apareceram os números.

- Reconhecer como e porque surgiram os números .

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

- Conhecimentos prévios do sistema de numeração.

Professor, assim que concluir a leitura e a exploração do quadro sobre os símbolos de representação dos números, na página 53, na disciplina de Matemática, dar sequência com as duas atividades abaixo:

Atividades

1) No texto que acabamos de estudar, aprendemos que o sistema de numeração é de origem egípcia. Sabemos que o Brasil faz parte do Continente Americano e o Egito a qual Continente pertence?

Anote as respostas na lousa e depois desenvolva a seguinte proposta:

2) Mostrar aos alunos o globo terrestre para que eles observem a localização dos continentes. Destaque os continentes Americano e Africano. Explore a localização do continente Africano em relação ao Brasil. Localize o Egito e conte-lhes esta história:

Breve relato da história da civilização egípcia

A civilização egípcia desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) nos

anos 3200 a.C. Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou extrema

importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte e, essa civilização

floresceu graças aos abundantes recursos hídricos e terras férteis que fizeram o povo nômade

tornar-se sedentário, ou seja, o homem deixa de ser apenas caçador e coletor de alimento e

passa a ser agricultor. A agricultura e o pastoreio provocaram inúmeras mudanças na vida do

homem que desenvolveu o comércio rudimentar e o sistema de trocas. Para contar eram

usados os dedos, pedras, os nós de uma corda, marcas num osso... E, assim contando objetos

com outros objetos o homem construiu seu conceito de números.

Page 16: Africanidade

Outras contribuições dos egípcios para a humanidade:

Agricultura

Os egípcios eram grandes conhecedores da Natureza. Desde cedo aprenderam a cultivar a terra e a entender a polinização das plantas. Com isso desenvolveram técnicas que lhes permitiram aumentar sua produção de alimentos. Eles foram um dos primeiros povos a cultivar a uva para a fabricação do vinho, o trigo para fazer pão e cerveja e tantos outros produtos. Foram grandes consumidores de lentilhas. Outra grande contribuição foi a domesticação de muitos animais para a produção de carne. Arquitetura

As grandes pirâmides e os templos construídos pelos egípcios são provas concretas do seu grande conhecimento matemático, que lhes permitiram desenvolver técnicas sofisticadas de engenharia. Os egípcios empregavam maravilhosas e gigantescas colunas, feitas das mais resistentes rochas que garantiram a majestade das suas obras. Arte

Todas as pessoas que gostam de arte se surpreendem com a beleza das obras de arte egípcias. Elas demonstram uma grande sensibilidade e um senso muito grande sobre o equilíbrio das formas e a simetria, além de desenvolveram vários tipos de tintas para suas pinturas.

A arte egípcia aliada à arquitetura permitiu aos egípcios desenvolveram uma linha de móveis para o lar como camas, mesas, cadeiras, assim como fabulosos tronos para os faraós (reis).

Cerâmica

Assim como os chineses e mesopotâmicos, os egípcios desenvolveram a cerâmica. Com isso criaram vasos, pratos e outros recipientes para os mais variados usos. Comércio

O comércio resultou da prosperidade trazida pela agricultura. E os egípcios não fugiram à regra e se tornaram excelentes comerciantes, pois produziam mais comida do que necessitavam, além de muitos papiros, linho, peixes secos e outros produtos. Eles eram trocados por ouro, prata, incenso e madeira de cedro-do-Líbano. A maior parte do comércio era feita através de grandes barcos de madeira feitos de cedro-do-Líbano, que percorriam o rio Nilo. Joias e bijuterias

A arte egípcia que contava com fabulosos artesões produziu uma grande variedade de joias e bijuterias, que foram encontradas em tumbas. Os egípcios aprenderam a lapidar pedras preciosas que eram usadas em joias, ornamentos e também em estátuas.

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Destacamos ainda a arte de fazer móveis de madeira, a dança e a música, o papel e o surgimento de um dos primeiros tipos de escrita humana.

É importante lembrar que os egípcios foram um dos primeiros povos a desenvolver perfumes, essências aromáticas, a fabricação de tecidos e a criação de uma moda própria.

Comissão de Educação para Relações Étnico-Raciais

Page 18: Africanidade

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Sugestões de atividades para o trabalho com a Lei 11645/08 (antiga Lei 10639)

que trata da obrigatoriedade da inclusão no Currículo Regular da história e cultura afro-

brasileira e dos povos indígenas.

Apesar de a população negra constituir grande parte da sociedade brasileira, somente a partir da Lei nº 10.639 de 2003 que tornou obrigatório o ensino da história da África e dos afro-brasileiros no Ensino Fundamental e Médio, as escolas ampliaram a reflexão e discussão sobre o papel e a posição do negro em nossa sociedade.

Há necessidade de conscientização acerca das práticas e representações que configuram o racismo, de apresentar aos alunos a verdadeira história e tradição do povo negro no Brasil, de maneira íntegra, sem estereótipos que distorcem e não retratam fielmente a trajetória dos descendentes de africanos, sem mensagens subliminares que consolidam uma sociedade racista e excludente.

Assim sendo, ao elaborar o trabalho sobre Cultura Negra deve-se pensar em atividades que possibilitem aproximar os alunos da riqueza cultural afro-brasileira, aprofundar o estudo das fortes raízes culturais africanas, visando elevar a autoestima da criança negra e sua percepção e atuação sobre si mesma e seu lugar no mundo.

Desde a mais tenra idade deve-se trabalhar o assunto, privilegiando a questão

da identidade, do respeito à diversidade e da autoaceitação. Toda a comunidade

escolar deve estar inserida no projeto e não apenas os afrodescendentes, de forma em

que fique claro que conhecer as variadas culturas é essencial para despertar na criança

o respeito pelas outras pessoas independentemente da etnia (raça). Para tal, é

fundamental divulgar o lado positivo da história negra, não apenas as questões de

escravidão, miséria e sofrimento, proporcionar situações didáticas centradas em

vivências, ações e reflexões no estímulo à criticidade e na resolução de problemas que

possibilitem aos alunos pensarem na questão de forma ética.

Page 19: Africanidade

Orientação:

As atividades aqui propostas deverão ser desenvolvidas no

momento indicado por este informativo ou incluídas no planejamento,

quando o professor considerar oportuno.

Objetivos:

Aprender sobre como era a vida dos negros na África antes da invasão dos europeus.

Diferenciar a condição de escravo e escravizado.

Estratégias e recursos da aula

Professor, assim que concluir a atividade 10, página 134 e 135, disciplina de História, do Material Didático, questionar os alunos o que já aprenderam sobre os povos africanos e como imaginavam que eram suas vidas antes de virem forçados para o Brasil. Ao ouvir a opinião dos alunos faça a leitura dos textos seguintes:

.

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Page 22: Africanidade

Fomente com os alunos a discussão sobre a diferença de utilizar os termos:

Escravo- refere-se a uma condição de inferioridade e aceitação da situação

como sendo natural. Impedindo a compreensão da escravização como um

processo social.

Escravizado- remete à ideia de situação imposta por outros e que pode ser

modificada. Exemplo: Ao invés de se dizer “descendente de escravo”, optar

por “descendente de africanos que foram escravizados”. Utilize o bom

senso para conversar com seus alunos. Saiba ouvir a opinião de cada um.

Fonte: Coleção Porta Aberta. Editora FTD.

Professor, após estas leituras, questione os alunos se gostariam de comentar o

que mudou na opinião que tinham antes da leitura dos textos. É importante

desassociar a população negra do estigma do escravo, resgatando sua história

milenar.

Usuario
Nota
história milenar.
Page 23: Africanidade

Sugerimos a leitura do livro seguinte, que pode ser feita em capítulos:

.

Comissão de Educação para Relações Étnico-Raciais

Page 24: Africanidade

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5º Ano – ARTES

1º Bimestre- 2014

Sugestões de atividades para o trabalho com a Lei 11645/08 (antiga Lei 10639)

que trata da obrigatoriedade da inclusão no Currículo Regular da história e cultura afro-

brasileira e dos povos indígenas.

Apesar de a população negra constituir grande parte da sociedade brasileira, somente a partir da Lei nº 10.639 de 2003 que tornou obrigatório o ensino da história da África e dos afro-brasileiros no Ensino Fundamental e Médio, as escolas ampliaram a reflexão e discussão sobre o papel e a posição do negro em nossa sociedade.

Há necessidade de conscientização acerca das práticas e representações que configuram o racismo, de apresentar aos alunos a verdadeira história e tradição do povo negro no Brasil, de maneira íntegra, sem estereótipos que distorcem e não retratam fielmente a trajetória dos descendentes de africanos, sem mensagens subliminares que consolidam uma sociedade racista e excludente.

Assim sendo, ao elaborar o trabalho sobre Cultura Negra deve-se pensar em atividades que possibilitem aproximar os alunos da riqueza cultural afro-brasileira, aprofundar o estudo das fortes raízes culturais africanas, visando elevar a autoestima da criança negra e sua percepção e atuação sobre si mesma e seu lugar no mundo.

Desde a mais tenra idade deve-se trabalhar o assunto, privilegiando a questão

da identidade, do respeito à diversidade e da autoaceitação. Toda a comunidade

escolar deve estar inserida no projeto e não apenas os afrodescendentes, de forma em

que fique claro que conhecer as variadas culturas é essencial para despertar na criança

o respeito pelas outras pessoas independentemente da etnia (raça). Para tal, é

fundamental divulgar o lado positivo da história negra, não apenas as questões de

escravidão, miséria e sofrimento, proporcionar situações didáticas centradas em

vivências, ações e reflexões no estímulo à criticidade e na resolução de problemas que

possibilitem aos alunos pensarem na questão de forma ética.

Orientação:

Usuario
Nota
ARTE
Page 25: Africanidade

As atividades aqui propostas deverão ser desenvolvidas no momento indicado

por este informativo ou incluídas no planejamento, quando o professor considerar

oportuno.

Importante: Professor, introduza o assunto quando a turma já tiver realizado a

atividade 2 da disciplina de Geografia, página 146, do Material Didático.

ESTRATÉGIAS:

1.ª) Iniciar a partir de uma conversa informal sobre o tema. Sugerimos a utilização do

globo terrestre ou se possível a sala de informática, para que os estudantes pesquisem

a localização do continente africano.

2.ª) Professor, coloque um som de música instrumental africana. Existem sons de

Kalimba, Berimbau e Tambores disponíveis na Internet. Dê preferência ao som

instrumental. Sugere-se como pesquisa, o material “Palavra Cantada”.

3.ª) Fazer o levantamento do conhecimento prévio dos alunos utilizando os

questionamentos abaixo. Anotar as respostas dos alunos.

1 - O que vocês (nossas crianças) já ouviram ou estudaram sobre a África?

2 - A África é um:

( ) Município ( ) Estado ( ) País ( X ) Continente ( ) Bairro ( ) Aldeia

3 - O que é etnia?

Grupo de indivíduos que possuem os mesmos fatores culturais, como religião, língua,

roupas, iguais, e não apenas a cor da pele, por exemplo.

4 - Qual é a etnia predominante na África?

Os negros são predominantes no continente africano. É a grande maioria da

população. Mas também é possível encontrar todas as outras etnias naquele

continente. Nele existem imensas populações descendentes de muçulmanos, árabes,

indianos, europeus e asiáticos.

5- Quem nasce na África é:

( ) Nativo ( ) Quilombola ( X ) Africano ( ) Aldeão ( ) Brasileiro

Após retomar as respostas dos alunos, apresente algumas imagens do

Serengeti e do Monte Kilimanjaro, em seguida faça os seguintes questionamentos:

Você já ouviu falar sobre o SERENGETI? Você sabe o que é isso?

Você já ouviu falar no Monte Kilimanjaro?

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Ouça o que os alunos têm a dizer e depois complemente com as informações

do texto abaixo:

Serengeti

É uma região geográfica na África Oriental, no norte da Tanzânia e sudoeste do Quénia. O Parque Nacional de Serengeti (ou Serengueti) é um parque nacional de grandes dimensões (cerca de 40.000km²) na ecorregião de Serengeti, no norte da Tanzânia e sudoeste do Quênia, na África Oriental, famoso pelas migrações anuais de gnus, zebras e gazelas que acontecem de maio a junho.

No Parque vivem mais de 35 espécies de grandes mamíferos como leões, hipopótamos,

elefantes, leopardos, rinocerontes, girafas, antílopes e búfalos. O parque também possui

hienas, chitas, macacos, além de mais de 500 espécies de pássaros.

Serengeti, na linguagem da tribo dos masai, significa "imensas planícies". Essa tribo

vive nas dependências do parque e adjacências e parte do Quênia.

Monte Kilimanjaro

O Monte Kilimanjaro situa-se no norte da Tanzânia, junto à fronteira com o

Quénia. É o ponto mais alto de África, com uma altitude de 5895 m. Este antigo vulcão,

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com o topo coberto de neves eternas, ergue-se no meio de uma planície de savana,

oferecendo um espectáculo único. O Monte e as florestas circundantes, com uma área

de 75.353 ha possuem uma fauna rica, incluindo muitas espécies ameaçadas de

extinção e constitutem o Parque Nacional do Kilimanjaro, que foi inscrito pela

UNESCO em 1987 na lista dos locais que são Patrimônio da Humanidade

Vamos conhecer uma canção:

LÁ E CÁ

(Edgar/Diga)

SOU DO BRASIL, MAS MEU PÉ TEM UM GENE DE LÁ

SOU VARONIL, TENHO ÁFRICA NO REQUEBRAR

NO TOCAR DO TAMBOR,... NO FALOR EM NAGÔ

NO AXÉ,... SOU DE FÉ, SOU DE GINGA

TRAZ KALIMBA, SANFONA

MOQUECA E PAMONHA

É CULTURA DE LÁ E CÁ

SOU MEIO DO CONGO E DO GERAIS

SOU ÁFRICA, MANDELA E OS PANTANAIS

BAOBÁ, CAATINGA E OS SERINGAIS

Vamos tentar interpretar o que o compositor quis dizer?!...

Após a interpretação (Roda de Conversa- abordar a nossa ancestralidade), ouvir e coreografar.

Vamos conhecer mais uma canção:

SERENGETI

(Edgar/Diga/2008)

GNÚ,... CERVO E ANTÍLOPE, DEU ZEBRA

FUJAM DO REI LEÃO, QUE ELE É PROBLEMA

GIRAFA E ELEFANTE SÃO GRANDES, NÃO TEM MEDO

MAIS ESTÃO SEMPRE LIGADOS, POIS NÃO TEM SOSSÊGO

CROCODILO DO NILO TEM UM BOCÃO

HIPOPÓPÓPÓPÓPÓ,... TEM "MÓ" POPOZÃO

RINOCERONTE TEM PINTA DE TONELADA

DONA HIENA MAGRELA É SÓ RISADA

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TODOS SÃO MUITO BEM VINDOS NO SERENGETI

GRANDE SAVANA AFRICANA QUE É "IN CONTEST"

MUITO CUIDADO AO PISAR NO SERENGETI

SEMPRE TEM BICHO FAMINTO, "QUERENDO CONFETE"

SUBI NO ALTO DA MONTANHA, TIREI UMA FOTO BEM BACANA

FIQUEI ENCANTADO EM VER NEVE NO KILIMANJARO

CONGA,... CONGA, CONGA, CONGA

WAKA,... WAKA, WAKA, WAH

UÊIA,... UÊIA, UÊIA, UÊIA, UÊIA, UÊIA, UÊIA, UÊIA,... ÔH!

Para realização dessa atividade há um vídeo com o exemplo de aula com a música e a coreografia no Portal da Educação, aba vídeos, categoria material didático.

Comissão de Educação para Relações Étnico-Raciais

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PREFEITURA MUNICIPAL DE INDAIATUBA

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Termo I e Termo II

1º Bimestre- 2014

Sugestões de atividades para o trabalho com a Lei 11645/08 (antiga Lei 10639) que trata da obrigatoriedade da inclusão no Currículo Regular da história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas.

Apesar de a população negra constituir grande parte da sociedade brasileira, somente a partir da Lei nº 10.639 de 2003 que tornou obrigatório o ensino da história da África e dos afro-brasileiros no Ensino Fundamental e Médio, as escolas ampliaram a reflexão e discussão sobre o papel e a posição do negro em nossa sociedade.

Há necessidade de conscientização acerca das práticas e representações que configuram o racismo, de apresentar aos alunos a verdadeira história e tradição do povo negro no Brasil, de maneira íntegra, sem estereótipos que distorcem e não retra-tam fielmente a trajetória dos descendentes de africanos, sem mensagens sublimina-res que consolidam uma sociedade racista e excludente.

Assim sendo, ao elaborar o trabalho sobre Cultura Negra deve-se pensar em atividades que possibilitem aproximar os alunos da riqueza cultural afro-brasileira, aprofundar o estudo das fortes raízes culturais africanas, visando elevar a autoestima do estudante negro e sua percepção e atuação sobre si mesmo e seu lugar no mundo.

Desde a mais tenra idade deve-se trabalhar o assunto, privilegiando a questão da identidade, do respeito à diversidade e da autoaceitação. Toda a comunidade esco-lar deve estar inserida no projeto e não apenas os afrodescendentes, de forma em que fique claro que conhecer as variadas culturas é essencial para despertar no estudante o respeito pelas outras pessoas independentemente da etnia (raça). Para tal, é funda-mental divulgar o lado positivo da história negra, não apenas as questões de escravi-dão, miséria e sofrimento, proporcionar situações didáticas centradas em vivências, ações e reflexões no estímulo à criticidade e na resolução de problemas que possibili-tem aos alunos pensarem na questão de forma ética.

Orientação:

As atividades aqui propostas deverão ser desenvolvidas no momento indicado por este informativo ou incluídas no planejamento, quando o professor considerar oportuno.

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Objetivo:

Aprender sobre a origem da escrita e características do continente africano.

Atividade:

Assim que concluir atividade da página 12 de Língua Portuguesa do volume úni-co de alfabetização da coleção “É bom aprender” (Termo I) ou finalizar a atividade da página 13 de Língua Portuguesa do volume multidisciplinar da coleção “É bom apren-der” (Termo II), realizar uma roda e fazer os seguintes questionamentos para levantar os conhecimentos prévios dos alunos e ir anotando na lousa as sugestões:

-Vocês imaginam quem inventou o sistema de escrita que conhecemos hoje como al-fabeto?

-Como acham que esse sistema de escrita se chamava?

-O que sabem sobre esse lugar?

Assim que concluir essa atividade conte aos alunos que fará a leitura de um texto que vai informar a origem da escrita e alguns fatos sobre esse lugar:

ADINKRA: UM SISTEMA DE ESCRITA FILOSÓFICO, HISTÓRICO E CULTURAL AFRICANO

O Continente Africano é realmente uma caixa de surpresas, principalmente para nós os brasileiros que, como colonizados pelos europeus, temos um imaginário social povoado de distorções em relação à África. Por exemplo, ela é um país miserável, faminto e sem história, onde todos falam a mesma língua, o africano. É lúdica: só tem danças, cantos, feitiços, animais, florestas e desertos.

Bem senhoras e senhores, meninas e meninos, a África vai além disso! “A distor-ção da história africana está entre os maiores responsáveis pela perpetuação da i-magem dos “negros” como tribais, primitivos e atrasados” (NASCIMENTO, 2008, p. 31), vivendo ainda em grande parte, da oralidade.

O que uma grande maioria não sabe é que a África é um continente cheio de sabe-res e descobertas, revelado hoje como “berço único da humanidade arcaica e mo-derna (com) [...] redes sociais complexas [...] ao longo de seus quase três milhões de anos de existência” (MOORE-in LARKIN, 2008, p. 11). Seus povos, até hoje, apesar da globalização, preservam sabedorias ancestrais contidas em coisas tão simples, que jamais imaginaríamos estarem ali guardadas, estratégias de sobrevivência e conti-nuidade filosófica de valores civilizatórios. Sim, isso mesmo: significados e intenções oriundos de civilizações milenares.

Uma dessas jóias ancestrais é o conjunto ideográfico chamado Adinkra, concebido pelos Akan, povo da antiga Costa do Ouro, a atual Gana, que espalhou-se pela Costa

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do Marfim, Togo e outros países da África Ocidental. Em Twi, língua dos Akan, A-dinkra “significa literalmente ‘despedida’, ‘gesto de adeus’”(LOPES in LARKIN, 2009). Cada símbolo, em um número maior que oitenta, carrega um conteúdo não apenas estético, mas incorpora, preserva e transmite “aspectos da história, filosofia, valores e normas socioculturais desses povos de Gana”(Nascimento, 2009), que foi incorpo-rado também pelo povo Ashanti. No Adinkra, o princípio Sankofa tem o significado de “voltar e apanhar de novo aquilo que ficou pra trás”, ou seja, “voltar às suas raí-zes e construir sobre elas o desenvolvimento, o progresso e a prosperidade de sua comunidade em todos os aspectos da realização humana” (Glover apud Larkin, 2008).

Para esses povos os valores comunitários se sobrepõem ao individualismo, visto que a comunidade é vivenciada como o espírito, a luz-guia do grupo social, local on-de todos devem caminhar e mergulhar juntos, profundamente e fazer o círculo de volta. “Qualquer relacionamento é uma dádiva do espírito, requer nossa gratidão e que estejamos abertos a ouvir a razão pela qual fomos unidos”(SOMÉ, 2003, p.8). Esses ensinamentos são tácitamente exemplos da descentralização como prática política africana, em contraste com o centralismo absoluto dos imperialismos atuais, filhos do Império Romano.

Os Adinkra, formam um tipo de escritura pictográfica impressa e estampada nos tecidos e também registrados pelos Akan, nas esculturas feitas em objetos como o Gwa, um tipo de assento, (o banco do rei e símbolo de soberania), o bastão do lin-guista (símbolo das relações do Estado com os povos) e os djayobwe (contrapeso para medir quantidades de ouro e sal), figuras esculpidas em ferro e em bronze. Mui-tas vezes a simbologia é relacionada a provérbios representados por animais. Por exemplo, dois crocodilos dividindo um estômago (um ligado ao outro formando um X) aprendem que ao brigar entre si, ambos ficam com fome. No Adinkra representa a necessidade de unidade, principalmente quando os destinos se confundem que é o Funtummireku Denkyemmireku, – unidade na diversidade e advertência contra bri-gas internas quando existe um destino em comum.

Bem, desta forma podemos começar a compreender que antes da escrita árabe ser introduzida na África através das invasões mulçumanas, vários sistemas de escrita já existiam. Então, podemos deduzir que os africanos foram os primeiros povos a criar essa técnica, o que vem a desmentir a idéia de que os povos africanos por serem á-grafos, ou seja, sem escrita, tiveram como consequência a ausência de história, pois, viviam apenas da oralidade.

REFERÊNCIAS

NASCIMENTO, Elisa Larkin (Org) A Matriz Africana no Mundo, São Paulo: Selo Negro, 2008.

NASCIMENTO, Elisa Larkin & GÁ, Luis Carlos (Org) Adinkra: Sabedoria em Símbolos Africanos, Rio de Janiro: Pallas, 2009

SOMÉ, Sobonfu, O Espirito da Intimidade: ensinamentos ancestrais africanos sobre relacionamentos, São Paulo: Odysseus Editora, 2003

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Professor, você pode utilizar o globo terrestre ou outro mapa em que seja possível visualizar os continentes e explorar a localização da África.

Após encerrar a leitura, apresentar aos alunos os Adinkras e explicar os seus signi-ficados. A seguir proponha a seguinte dinâmica:

Solicite que os alunos escolham um colega para formar uma dupla e em segui-da selecionem um símbolo a partir do seu significado para ofertar ao parceiro da dupla;

Não se preocupe com a pronúncia do nome dos símbolos, o mais importante é seu significado;

Entregue a eles um cartão de cartolina previamente recortado e peça-lhes que tentem desenhar do melhor jeito o Adinkra escolhido. Ofereça-lhes caneta, lá-pis de cor ou giz de cera preto para colori-los;

Combine que você passará por todas as duplas e farão a leitura do significado do símbolo, porém deverão ficar atentos para definirem em uma palavra a i-dentificação do Adinkra;

Quando terminarem, organize uma roda para que os alunos apresentem o seu parceiro e compartilhem com o grupo porque escolheu aquele Adinkra e a pa-lavra para ele;

Outra sugestão seria a turma escolher um Adinkra para representar a turma.

Exemplo:

De: Natalia para: Marcelo Owo Foro Adobe (A cobra sobe palmeiras de ráfia): “Escolhi esse adinkra porque meu amigo faz coisas extraordinárias e tem muita capacidade de liderança”.

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Abaixo, disponibilizamos alguns Adinkras e seus significados para realização da

atividade, porém nada impede que pesquisem outros. Inclusive essa pesquisa

pode ser realizada com os alunos na aula de informática.

Nsoromma

Símboliza a Guarda. Um lembrete que o deus é o pai e zela por todos os povos. Criança do Céu (estrelas).

Nkyi

Símbolo da iniciativa, do dinamismo e da versatilidade.

Nkonsokonson

Ligação símbolo da unidade das relações. Lembra que na unidade encontra-se a força.

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Gyen Nyame

Simboliza a supremacia de deus.

Funtunfunefu – DENKYEMFUNEFU

Simboliza a democracia e a unidade. Crocodilos Siameses. O estômago siamês une os crocodilos, contudo eles lutam pelo alimento excedente. Este símbolo popular lembra

que a guerra e o tribalismo são prejudiciais a tudo que acomplam neles.

Eban

Símbolo do amor e da segurança. A residência ao Akan é um lugar especial. Uma residência que tenha uma cerca em torno dela é considerada uma residência ideal. A

cerca simbolicamente separa e fixa a família da parte externa. Por causa da segurança e da proteção que uma cerca tem, o símbolo é associado também com o encontro no

amor.

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Nyame nti

Simboliza a fé e a confiança em deus. Pela graça de deus.

Adôbe de owo foro

Serpente que escala a árvore. Simboliza as pessoas que fazem coisas extraordinárias ou muito difíceis de se realizar

Nyame biribi wo soro

Deus está no céu. Simboliza a esperança.

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Dwennimmen

Símbolo da humanidade com a Força. Chifre de Ram.

Denkyem

Simboliza a adaptabilidade. Crocodilo.

Akoben

Simboliza a vigilância. O Chifre da Guerra.

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Adinkrahene

Simboliza a liderança, o carisma e a grandiosidade. É o chefe dos símbolos adinkra.

Sankofa

Simboliza a importância de se aprender com o passado. A busca das origens, das raízes

e da ancestralidade.

Aya

Simboliza a samambaia, que representa a superação de quem sofreu adversidades.

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Masie Mate Simboliza a sabedoria e a prudência de se levar em consideração o que outra pessoa

diz.

Bi Do Bi Inka

Simboliza a paz e harmonia. Ninguém deve morder os outros.

Akoma Ntoso

Simboliza a compreensão e o acordo. Corações ligados.

Akoma

Simboliza a paciência e a tolerância. O coração.

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Akoko Nan

Simboliza o pé de uma galinha que protege seus filhotes embaixo de sua asa.

Comissão de Educação para Relações Étnico-Raciais