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Ano 4 | Edição nº 25 | Outubro de 2012 www.sinter-mg.org.br Alcaçuz ( Glycyrrhiza Glabra): conheça mais essa planta e saiba tudo o que ela pode oferecer. págs. 03 e 04 DESTAQUE OUTRAS NOTÍCIAS Informativo Técnico do Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Ruraldo Estado de Minas Gerais Alcaçuz ou Glycyrrhiza Glabra Fotografia da internet Bio Dicas: Conheça um pouco mais o Agrião e suas propriedades 02

Agroecológico Outubro 2012

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Page 1: Agroecológico Outubro 2012

Ano 4 | Edição nº 25 | Outubro de 2012

www.sinter-mg.org.br

Alcaçuz (Glycyrrhiza Glabra): conheça mais essa planta e saiba tudo o que ela pode oferecer.

págs. 03 e 04

DESTAQUE

OUTRAS NOTÍCIAS

Informativo Técnico do Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Ruraldo Estado de Minas Gerais

Alcaçuz ou Glycyrrhiza GlabraFotografia da internet

Bio Dicas: Conheça um pouco mais o Agrião e suas propriedades02

Page 2: Agroecológico Outubro 2012

O alcaçuz é utilizado a vários séculos, e possui também um histórico e tanto:

“O valor medicinal do alcaçuz foi de-fendido por Alexandre Magno (356-323 a.C.). Se dizia que suas tropas mascavam raizes de alcaçuz antes das batalhas afim de obter energias para a luta, coisa que adquiriam graças a seu efeito do açúcar no sangue e nas glân-dulas adrenais. Os soldados também a utilizava para aplacar a sede quando marchavam e se cria que os ajudavam a deixar de temer o medo durante as ba-talhas”. Neste caso, percebe-se que o conhecimento adquirido através da ob-servação se comprovou em pesquisas atuais. Fato este, comum em muitos casos da fitoterapia. O alcaçuz e suas substâncias é encontrado em muitos produtos e é fonte de pesquisas.

Também temos algumas informações sobre a importância de se ingerir o agrião, principalmente para os fuman-tes ativos e passivos, além de dar au-xiliar no problema da caspa, a verdura ainda possui inúmeros outros benefí-cios. Por isso, se possível, coloque o agrião no seu cardápio.

Chega de enrolação.

PCSC e PDV JÁ!!!

Antônio DominguesDiretor de Comunicação do Sinter-MG

Agrião | Nasturtium officinale R. Br.

Nomes populares: agrião, agrião-d’água, agrião-da-europa, mastruço dos rios, saúde-do-corpo.Família: Cruciferaceae (Brassicaceae)Origem: EuropaPorte: HerbáceoParte utilizada: Folha e caule

Indicação: Estimulante dos órgãos digestivos, cicatrizante, descon-gestionante nasal, antiinflamatório, diurético e vermífugo. Combate o raquitismo, a caspa e a queda de cabelo.

Modo de usar: Salada das folhas - Fricções das folhas no couro cabe-ludo estimula a circulação, diminuindo a queda de cabelo. Suco das folhas e talos - 3 a 4 colheres de sopa por dia.

Decocção: Ferver por 3 minutos, em fogo moderado 3 a 5 folhas fres-cas em uma xícara de água, beber 2 xícaras ao dia.

Curiosidades: Seus caules e folhas frescos são comestíveis e pos-suem cheiro característico e sabor amargo, levemente picante. Pela grande quantidade de enxofre é especifico para o tratamento anti-cas-pa sem produzir efeitos colaterais. Possui propriedades dissolventes da nicotina combatendo seus efeitos no organismo.

Pessoas com inflamações das vias urinárias e úlceras gástricas não devem usar. Crianças menores de 4 anos também não. Seu uso ainda não é recomendado para mulheres que estejam em período de gesta-ção e/ou lactação.

Cultivo: Propaga-se através de sementes ou mudas e prefere solos úmidos e com muita matéria orgânica e clima ameno. Ao cultivar em solos secos, deve-se irrigar pelo menos

Fonte: TESKE, M.; Trentini, A, M, M 1995. Compéndio de Fitoterapia Herba-rium Laboratório Botânico Curitiba Pr.

Editorial

DIRETORIA COLEGIADA DO SINTER-MGDiretor Geral | Carlos Augusto de Carvalho Diretor Secretário | Ronaldo Vieira de Aquino Diretor de Administração e Finanças | Darci Roberti Diretor de Comunicação e Cultura | Antônio Domingues de Souza Diretor De Assuntos Jurídicos | Pascoal Pereira de Almeida Diretor de Formação Política e Sindical | Lúcio Passos Ferreira Diretor de Assuntos de Agricultura Familiar e Reforma Agrária | Leni Alves de Souza Diretor De Assuntos Dos Aposentados | Elizabete Soares de Andrade

DIRETORES DE BASE Norte | Maria de Lourdes V. Leopoldo Centro | Afrânio Otávio Nogueira Triângulo | Walter Lúcio de Brito Leste | Adilson Lopes Barros Zona Da Mata | Margareth do Carmo C. Guimarães Sul | André Martins FerreiraAlto Paranaíba e Noroeste | Paulo César Thompson

REPRESENTANTES DAS SEçõES SINDICAISJanaúba | Raimundo Mendes de Souza Júnior Januária | Renato Alves Lopes Montes Claros | Onias Guedes Batista Salinas | José dos Reis Francisco da Rocha Barbacena | Tadeu César Gomes de Azevedo Belo Horizonte | Silmara Aparecida C. Campos Curvelo | Marcelino Teixeira da Silva Divinópolis | Júlio César Maia Uberaba | Oeder Pedro Ferreira Uberlândia | Carlos Miguel Rodrigues Couto Patos De Minas | Dener Henrique de Castro Unaí | Dalila Moreira da Cunha Almenara | Ronilson Martins Nascimento Capelinha | Vilivaldo Alves da Rocha Governador Valadares | Maurílio Andrade Dornelas Teófilo Otoni | Luiz Mário Leite Júnior Cataguases | Janya Aparecida de Paula Costa

Manhuaçu | Célio Alexandre de O. Barros Juiz de Fora | Deyler Nelson Maia Souto Viçosa | Luciano Saraiva Gonçalves de Souza Alfenas | Sávio dos Reis Dutra Lavras | Júlio César Silva Pouso Alegre | Sérgio Bras Regina

CONSELHO FISCAL Ilka Alves Santana | Francisco Paiva de Rezende | Marlene da Conceição A. Pereira | Noé de Oliveira Fernandes Filho | Reinaldo Bortone

CONExãO SINTERCoordenação | Antônio Domingues Participação | Diretoria Sinter-MG | André Henriques Edição | Mauro Morais Diagramação | Somanyideas Projeto Gráfico | Somanyideas Jornalista Responsável | Dante xavier MG-13.092 Circulação | Online

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Na Grécia antiga, o alcaçuz usava-se para acalmar a tosse e aliviar indisposições do estômago; na China, pensa-se que promove a longevidade. Estudos moder-nos mostram que esta planta estimula a imunidade, re-duz a inflamação e alivia o eczema.

Cultivada em alguns países do Sul da Europa, a planta do alcaçuz é um arbusto alto de flores azuladas. As suas propriedades medicinais residem na raiz, que contém glicirrizina. O alcaçuz é ainda fonte de muitas outras substâncias benéficas, incluindo os fitoestrogénios e os flavonóides. Existem à venda em cápsulas, comprimidos, tinturas e cremes para uso terapêutico. Possui um sabor doce, razão por que é frequentemente combinada com outras plantas medicinais para lhes disfarçar o amargo. Outra forma, o alcaçuz deglicirrizinado (ADG), sofreu a remoção da glicirrizina; vende-se em cápsulas ou em bolachinhas mastigáveis. Os dois tipos de alcaçuz têm utilizações diferentes e provocam reações diferentes no organismo.

Um dos mais largamente utilizados remédios vegetais, o alcaçuz possui uma longa história médica. Na década de 1970, foi um dos primeiros alimentos a ser investi-gado pelo programa alimentar experimental do Instituto Nacional do Cancro dos Estados Unidos.

COMO ATUA O ALCAÇUZ:

O alcaçuz deglicirrizinado (DGL) estimula a produção de um muco protetor favorece a cura das membranas mucosas e combate os microrganismos que podem pro-vocar úlceras na boca.

A glicirrizina do alcaçuz estimula as cápsulas supra-re-nais a segregarem certos hormônios, reduz a inflama-ção e aumenta os níveis de interferon, substância que combate os vírus e é produzida pelo sistema imunitário. Outros componentes do alcaçuz são antioxidantes po-tentes que podem, além disso, imitar os efeitos dos es-trogênios no sangue. O ADG produz efeitos benéficos no trato digestivo.

BENEFÍCIOS PRINCIPAIS:

O alcaçuz é útil nos problemas respiratórios porque combate os vírus que atacam o trato respiratório, ali-via sintomas como a tosse e as dores de garganta e ajuda a tornar mais fluida a expectoração. O seu efeito sobre as glândulas supra-renais torna-o útil no tratamen-to da síndrome da fadiga crônica, da fibromialgia e de outros distúrbios afetados pelos níveis de cortisol — o principal hormônio supra-renal — no sangue. Pode ain-da tomar–se a planta em todos os casos que envolvam inflamação. É especialmente benéfica contra hepatites, pois combate a inflamação do fígado e ataca o vírus que frequentemente desencadeia a doença.

A forma ADG não atua do mesmo modo que a raiz. O ADG promove a produção, pelo organismo, de subs-tâncias que revestem o esôfago e o estômago, prote-gendo-os dos efeitos corrosivos dos ácidos gástricos, sendo, portanto útil em casos de indigestão, úlceras e cólon irritável. Vários estudos mostraram que o ADG era mais eficaz do que certos fármacos normalmente prescritos para aliviar os sintomas das úlceras. Só atua, porém, quando misturado com a saliva, razão por que a

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forma de ADG em bolacha mastigável é preferível às cápsulas nos casos de problemas digestivos. As bola-chas podem ainda ser úteis para acelerar o tratamento das aftas.

OUTROS BENEFÍCIOS:

O alcaçuz pode ser útil nos problemas menstruais e da menopausa, pois possui propriedades estrogênicas moderadas, podendo combinar-se com os receptores de estrogênios. Assim, quando há quantidades exces-sivas de estrogênios no organismo (como na síndrome pré-menstrual), a glicirrizina bloqueia o seu acesso e reduz os seus efeitos; quando o nível de estrogênio é baixo (como acontece depois da menopausa), ela atua como substituto, mais fraco, mas eficaz. Os cremes tó-picos de alcaçuz acalmam a irritação da pele causada por situações como o eczema.

CURIOSIDADES:

Estudos laboratoriais preliminares feitos em animais sugerem um possível efeito antican-cerígeno do alcaçuz, principalmente na pre-venção dos cancros do cólon e da mama. A glicirrizina, seu principal componente, pode ser a responsável por este efeito, uma vez que aumenta a atividade do sistema imunitário. Podem também estar envolvidos os fitoes-trogénios presentes na raiz, pelo menos no que respei-ta ao combate ao cancro da mama.

Segundo um estudo recente, o alcaçuz pode ajudar a manter as artérias limpas, logo a prevenir a doença cardíaca. Os investigadores verificaram que a ingestão diária de 100 mg de raiz de alcaçuz era suficiente para reduzir os danos do colesterol LDL (“mau”), grande responsável pela formação de placa ateromatosa.

DOSAGEM:

Para estados inflamatórios, fadiga e outros distúrbios. Tomar extrato de raiz de alcaçuz três vezes por dia em cápsulas ou comprimidos de 200 mg (normalizados para conter 22% de ácido glicirrizínico ou de glicirri-zina) ou o equivalente de extrato em líquido. Para a in-digestão e problemas relacionados. Mastigar de 2 a 4 bolachas de 380 mg de ADG três vezes por dia.

Para eczema: Aplique creme sobre a área afetada três a quatro vezes por dia.

UTILIZAÇÃO:

Os suplementos de raiz de alcaçuz podem tomar-se em qualquer altura do dia. Ao tomar ADG, mastigue bem às bolachinhas cerca de 30 minutos antes das refeições. Os balas são a forma mais eficaz para tratar as dores de garganta.

A maioria das balas de alcaçuz é adoçada com óleo de anis. Mas, se fizer um consumo exagerado de balas ou de barras de alcaçuz puro, pode sofrer-se uma subida da tensão arterial.

Compre comprimidos de DGL mastigáveis em que o componente ácido glicirrízico tenha sido removido

(este ácido pode provo-car retenção de líquidos e tensão arterial alta). Tome um ou dois com-primidos de 380 mg (deixe dissolver com-pletamente na boca) três vezes por dia. Pode utilizar com a frequên-cia que desejar e pode mesmo considerar a toma de DGL a longo prazo (durante pelo me-nos três meses) se so-

frer de úlceras crônicas na boca.

POSSÍVEIS EFEITOS SECUNDÁRIOS:

A raiz de alcaçuz faz subir a tensão, pelo que não de-vem exceder-se as doses recomendadas. Se precisar tomar alcaçuz durante mais de um mês, controle a sua tensão arterial. As balas de alcaçuz puro aumentam a tensão se tomados em excesso. O ADG não provoca aumento de tensão nem apresenta outros efeitos se-cundários.

Fonte: Site Vida e Qualidade

Disponível através do link:

http://vidadequalidade.org/o-que-e-o-alcacuz-e--para-que-serve/

“Cultivada em alguns países do

Sul da Europa, a planta do alcaçuz

é um arbusto alto de flores azula-

das. As suas propriedades medici-

nais residem na raiz, que contém

glicirrizina”.