Alcorão Fonte digital: Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu http://www.islam.com.br E-mail: [email protected]Versão para RocketEdition TM LCC Publicações Eletrônicas eBooksBrasil.com Em Nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso Disse Deus, O Altíssimo: "Se tivéssemos feito descer este Alcorão sobre uma montanha, te-las-ia visto humilhar-se e fender-se , por temor a Deus. Tais exemplos propomos aos humanos, para que raciocinem" (surat Al Haxr 59:21) INTRODUÇÃO Louvado seja Deus, Senhor do Universo, e que a paz e a misericórdia estejam com o Mensageiro e toda a sua estirpe, seus companheiros e seus seguidores!
1. AlcoroFonte digital:Centro Cultural Beneficente rabe Islmico
de Foz do Iguauhttp://www.islam.com.br E-mail:[email protected] Verso
para RocketEditionTM LCC Publicaes EletrnicaseBooksBrasil.comEm
Nome de Deus, O Clemente, O MisericordiosoDisse Deus, O Altssimo:
"Se tivssemos feito descer este Alcorosobre uma montanha, te-las-ia
vistohumilhar-se e fender-se , por temor a Deus.Tais exemplos
propomos aos humanos, para que raciocinem"(surat Al Haxr
59:21)INTRODUO Louvado seja Deus, Senhor do Universo, e que a paz
ea misericrdia estejam com o Mensageiro e toda a suaestirpe, seus
companheiros e seus seguidores!
2. O Alcoro a palavra de Deus, revelada a Mohammad,desde a
Surata da Abertura at a Surata dos Humanos,constituindo o
derradeiro dos livros revelados humanidade. Ele encerra, em sua
totalidade, diversificadasnuanas, tais como: a felicidade, a
reforma entre oshomens, a concrdia no presente e no futuro; ele
foirevelado, versculo por versculo, surata por surata, deacordo com
as situaes e os acontecimentos, no decorrerdos vente e trs ltimos
anos da vida do ProfetaMohammad. Uma parte foi revelada antes da
Hgira, emMakka, e outra depois, em Madina. Os versculos e assuratas
revelados em Makka abrangem as normas dacrena em Deus, em Seus
Anjos, em Seus Livros, emSeus mensageiros e no Dia do Juzo Final.
Os versculos eas suratas revelados em Madina dizem respeito aos
rituaise jurisprudncia.Nele h narrativas sobre os nossos
antecessores esobre os nossos sucessores, e um rbitro entre ns.
Hnarrativas de povos anteriores, de sculos passados; hhistrias dos
profetas, dos Mensageiros, dos povos, dosgrupos, das pessoas, dos
acontecimentos e do desenrolarda histria da civilizao; nele h
explicaes e exemplospara aqueles que por ele queiram pautar suas
vidas, eexortao para quem tem corao e est disposto a aceit-la, e a
prestar testemunho. Ele revela a Lei imutvel deDeus, quer seja na
perdio dos extraviados, quer seja nasalvao dos encaminhados. Ele
ensina que o mundo doshomens, no decorrer dos sculos, s benfico com
areligio de Deus; que a humanidade, o que quer que faa,no alcanar a
almejada felicidade se no se iluminar,guiando-se com a Mensagem
Divina.Nele h revelaes do futuro sobre o dia daRessurreio, sobre a
vida futura, no dia em que oshomens se congregaro junto ao Senhor
do Universo."Aquele que fizer um bem, quer seja do peso de umtomo.,
v-lo-; e aquele que fizer um mal, quer seja dopeso de um tomo,
v-lo-."(99 Surata, versculos 7 e 8)Nele h o julgamento dos
problemas e das questesonde premente uma explicao e uma diretriz
docaminho a seguir, no que diz respeito s questes da
3. crena e do pensamento, do carter e do comportamento,das
relaes econmicas, dos ramos doutrinrios, dosjulgamentos pessoais ou
no: " humanos, j vos chegouuma prova convincente de vosso Senhor e
vos enviamosuma translcida Luz."(4 Surata, versculo 174)
"Recorda-lhes o dia em que faremos surgir uma testemunha de
cadapovo para testemunhar contra os seus, e teapresentaremos por
testemunha contra os teus. Temos-terevelado, pois, o Livro que uma
explanao de tudo, guia, misericrdia e auspcio para os
muulmanos."(16Surata, versculo 89) No h lei religiosa ou um
problema,no que diz respeito ao mundo e vida dos homens, queno
tenha nele uma soluo; ele um auxlio aoinesgotvel, guia, explicao e
orientao para todos, querseja em partes ou no todo: "J vos chegou
de Deus umaLuz e um Livro Lcido."(5 Surata, versculo 15)Sim, este
fabuloso Alcoro a luz orientadora para ahumanidade. Ele arrancou-a
das trevas e transportou-apara luz, para a verdade e para a
verdadeira senda. Foi oponto de transformao na sua longa histria,
tirando-a davida atroz de corrupo e levando-a para a vida
deliberdade, de religio e de orientao, e instituiu, no mundotodo, o
direito e a compreenso, elevando a humanidadedo mais baixo degrau
os pncaros da perfeio, de maneirasobranceira.As evidncias e os
significados que o Alcoro abrange,j citados, s podem ser entendidos
atravs deexplicaes do texto alcornico e de seus versculos.
Talexplicao uma pesquisa sobre a vontade de Deus,sobre o
conhecimento dessa vontade atravs de Suaspalavras no Alcoro, de
acordo com a capacidade humana.A cincia da exegese nasceu dbil e
cresceupaulatinamente at alcanar a maturidade, e
seguirformidavelmente neste diapaso que conhecemos hoje. Napoca da
revelao do Alcoro, enquanto o Profeta vivia,no havia necessidade
para a explicao dos versculos,nem a regulamentao dessa cincia,
porque o texto, nasua totalidade, era claro, compreensvel para o
Profeta eseus Companheiros. Apesar disso, o Profeta explicavaalguns
versculos e algumas pronncias que podiam
4. causar ambigidades; tambm os Companheiros doProfeta e alguns
adeptos assim o fizeram. Isto porquepoderia haver m interpretao,
quaisquer que fossem asrazes que teriam de se desenrolar na
alvorada de umpovo progressista, em formao, que iria se
expandiratravs de conquistas, enriquecendo sua existncia
comacontecimentos histricos, discusses doutrinrias epesquisas em
jurisprudncia e poltica.O Alcoro era e continua sendo o centro da
culturaislmica, dos movimentos filosficos e de todas as
suasatividades intelectuais; seus versculos estimulam a
nelepensarmos. Disse o Altssimo: "Eis o Livro que terevelamos, para
que os sensatos recordem seus versculose neles meditem."(38 Surata,
versculo 29) Disse mais:"No meditam, acaso, no Alcoro? Se fosse de
outraorigem que no de Deus, haveria nele muitasdiscrepncias."(4
Surata, versculo 82) E disse ainda:"No meditam, acaso, no Alcoro,
ou que seus coraesso insensveis?"(47 Surata, versculo 24.)Sua
explicao nada mais do que o resultado demeditao e de deliberao. O
ponto de vista dos doutosna matria, bem como seus mtodos, so
diversificados.Alguns, levados pela simpatia doutrinria,
apegaram-se explicao dos versculos, nesse sentido. Outros,
levadospela simpatia lingstica, eloqente, estilstica e
literria,enredaram-se tambm, nesse particular; o mesmoaconteceu com
os simpatizantes da jurisprudncia. Outros,ainda, apegaram-se
explicao das narrativas. Nesseparticular, houve aqueles que se
prolongaram naexplicao, at a prolixidade estafante, e
outrosrestringiram-na sucintez chocante, e outros,
ainda,quedaram-se no meio-termo. Deles, houve quem tendessepara a
explicao pessoal, e outros ainda no estiloesdrxulo; outros em
estilo claro. De tudo isso resultouuma grande riqueza cientfica e
um movimento intelectualconsidervel, que elevam glorificam um povo
que serve aoLivro de seu Senhor, quer seja em decor-lo,
preserv-loexplic-lo, quer seja em examin-lo, elev-lo e consagr-loao
longo de catorze sculos, que sero seguidos pormuitos outros, at que
tudo que h no universo comparea
5. perante o Criador: "Ns revelamos a Mensagem e somosSeu
Preservador"(15 Surata, versculo 9) "Este o Livro(o Alcoro) veraz
por excelncia. A falsidade no seaproxima dele nem pela frente, nem
por trs, porque arevelao do Prudente, Laudabilssimo."(41
Surata,versculo 41-42)Todas as importantes religies do mundo so
baseadasnos seus Livros Sagrados, os quais so
freqentementeatribudos a revelaes divinas. Seria pattico se,
poralgum infortnio, uma delas viesse a perder o texto originalda
revelao; a substituio jamais poderia estar em inteiraconformidade
com o que fora perdido. Os brmanes, osbudistas, os judeus, os
masdestas e os cristos podemcomparar o mtodo empregado para a
preservao dosensinamentos bsicos de suas respectivas religies com
omtodo dos muulmanos. Quem lhes escreveu os livros?Quem lhos
transmitiu de gerao a gerao? Ser atransmisso provinda de textos
originais ou apenastraduo? No haveriam as guerras fratricidas
causadodano s cpias dos textos? No haver contradiesinternas ou
lacunas cujas referencias so encontradas emoutro lugar? Estas so
algumas das questes que poderoser aventadas, e isso requer
respostas satisfatrias.No tempo em que emergiam o que ns chamamos
deas Grandes Religies, os homens no apenas confiaramem suas
memrias, mas tambm inventaram a arte deescrever, para preservarem
sues pensamentos,assinalando, de modo mais premente do que fariam
asmemrias individuais dos serres humanos que, afinal decontas, tm
um limitado ciclo de vida.Mesmo assim, nenhum destes dois meios
infalvelquando tomados separadamente. uma questo deexperincia
cotidiana o ato de que, quando se escreve algoe ento se o revisa,
encontram-se mais ou menos errosinadvertidos, omisso de letras ou
mesmo de palavras,repetio de relatos, uso de palavras contrrias
quelaspretendidas, erros gramaticais etc., sem falar nasmudanas de
opinio do escritor, que tambm corrige seuestilo, seus pensamentos,
seus argumentos e, s vezes,reescreve todo o documento. O mesmo
acontece quanto
6. faculdade da memria. Aqueles que tm obrigao ouhabilidade em
aprender de cor algum texto, para recit-lomais tarde, especialmente
quando isso envolvelongussimas passagens, sabem que s vezes
suasmemrias falham durante a recitao: pulam passagens,misturam umas
com as outras, ou no se lembram de todaa seqncia; s vezes o texto
correto permanece nasubconscincia e relembrado no ltimo momento, ou
norebuscamento da memria por indicao de outrem, ou aoser consultado
o texto em documento escrito.O Profeta do Islam, Mohammad, de
memriaprivilegiada, empregava ambos os mtodossimultaneamente, um
ajudando o outro, reforando aintegridade do texto e diminuindo ao
mnimo aspossibilidades de erro.Os ensinamentos islmicos so baseados
no que oProfeta Mohammad disse ou fez. Ele prprio ditou
certostextos a seus escribas, o que chamamos de Alcoro;outros
textos foram compilados por seus companheiros, namaioria das vezes
por iniciativa prpria; e a esses escritoschamamos de Tradio.A
palavra Alcoro literalmente significa "leitura porexcelncia" ou
"recitao". Enquanto o ditava a seusCompanheiros, o Profeta lhes
assegurava que era aRevelao Divina que ele havia recebido. Ele no
ditoutudo de uma s vez: as revelaes chegavam-lhe emfragmentos, de
tempos em tempos. To logo ele recebiauma, costumava comunic-la a
seus companheiros epedir-lhes no somente que a prendessem de cor
paraque a recitassem durante a prtica das oraes -, mastambm que a
escrevessem e que multiplicassem ascpias. Em tais ocasies, ele
indicava o lugar preciso danova revelao no texto; no era dele a
compilaocronolgica. No de admirar a precauo e o cuidadotomados para
a preciso, levando-se em considerao opadro da cultura dos rabes
daquele tempo. razovel acreditarmos que as primeirssimasrevelaes
recebidas pelo Profeta no foramimediatamente submetidas escrita,
pela simples razo deque no havia, ainda, companheiro algum ou
aderentes.
7. Estas primeiras partes no eram nem longas, nemnumerosas. No
havia risco de que o Profeta pudesseesquec-las, umas vez que ele as
recitava freqentementeem suas oraes e em conversar
proselticas.Alguns fatos da histria do-nos a idia do queaconteceu.
mar Ibn al Khattab considerado aquadragsima pessoa a abraar o
Islam. Isso se refere aoano quinto da Misso (oito antes da Hgira).
Mesmo emuma data primordial existiam cpias escritas de
certassuratas do Alcoro e, como Ibn Hicham relata, foi devidoao
profundo efeito produzido pela leitura acurada de algunsversculos
da vigsima Surata que mar abraou o Islam.No sabemos precisamente o
tempo em que a prtica deescrever o Alcoro comeou; contudo, h
informaesprecisas de que durante os remanescentes dezoito anosda
vida do Profeta, o nmeros dos muulmanos, comotambm das cpias do
texto Sagrado, continuouaumentando dia a dia. Como o Profeta
recebia asrevelaes em fragmentos, era natural que o textorevelado
se referisse aos problemas do dia. Seacontecesse um de seus
companheiros morrer, arevelao consistiria em promulgar a lei da
herana; noseria de lei penal, tratando de roubo, por exemplo, a
serrevelada no momento. As revelaes continuaram durantea inteira
vida missionria de Mohammad, treze anos emMakka e dez em Madina.
Uma revelao consistia svezes de uma inteira Surata, curta ou longa,
e s vezes deapenas uns poucos versculos.A natureza das revelaes
impunha ao Profeta repeti-las constantemente em suas recitaes, e
revisarcontinuamente a forma que as colees dos fragmentosteria que
tomar. Todos os doutos afirmam, com autoridade,que o Profeta
recitava todos os anos, no ms de Ramadan,perante o anjo Gabriel,
aparte do Alcoro at entorevelada, e que no ltimo ano de sua vida
Gabriel pediu-lhe que o recitasse inteiro duas vezes. O Profeta
concluiu,desde ento, que iria, em breve, despedir-se da vida.
OProfeta costumava revisar, nos meses do jejum, osversculos e as
suratas, e coloc-las em sua seqnciaadequada. Isto era necessrio por
causa da continuidade
8. das novas revelaes. tambm sabido que o Profetatinha o hbito
de celebrar uma prtica adicional de oraodurante os meses do jejum,
todas as noites, s vezesmesmo em congregao, na qual ele recitava o
Alcoro doprincpio ao fim, tarefa esta que era completada ao cabo
deum ms. Esta prtica, chamada de Tarawih, continua a serobservada
com grande devoo at estes nossos dias.Quando o Profeta deu seu
ltimo suspiro, uma rebelioestava tomando vulto em certas partes do
pas. Tentandodebel-la, vrias pessoas que conheciam o Alcoro de
cortombaram. O Califa Abu Bakr sentiu a urgncia dacodificao do
Alcoro, e a tarefa foi cumprida um msdepois da morte do
Profeta.Durante seus ltimos anos de vida, o Profetacostumava usar
Zaid Ibn Sbet como principal amanuense,para tomar em ditado as
revelaes recentementerecebidas. Abu Bakr encarregou a mesma pessoa
datarefa de preparao de uma cpia condizente de todo otexto, em
forma de livro. Havia ento em Madina vriosHuffaz (aqueles que
sabiam todo o Alcoro de cor), e Zaidera um deles. Sob a direo do
Califa, Zaid transcreveu otexto escrito em pergaminhos ou pedaos de
couro, nasomoplatas das reses, nos ossos, nas pedras polidas emesmo
em pedaos de porcelana.A cpia condizente, assim preparada, foi
chamada deMusshaf (encadernao). Esta foi conservada sob aprpria
custdia do Califa Abu Bakr e, depois dele, por seusucessor, mar Ibn
al Khattab. Nesse meio tempo oestudo do Alcoro foi encorajado em
toda parte do ImprioMuulmano. O Califa mar sentiu a necessidade de
enviarcpias do texto autntico aos centros provincianos a fim
deevitar as divergncias; mas foi deixado a seu sucessor,Otman,
continuar com a tarefa. Um de seus comandantes,Huzaifa Aliaman,
havendo voltado de uma viagem pelasvastas terras conquistadas pelos
muulmanos, relatou quehavia encontrado divergentes cpias do Alcoro
e quehavia, s vezes, desentendimento entre os diferentesmestres do
Livro, concernente a isso. Otman fezimediatamente com que a cpia
preparada para Abu Bakrfosse confiada a uma comisso presidida pelo
acima
9. mensionado Zaid Ibn Sbet, para a reproduo de setecpias; ele
autorizou-lhes a reviso da pronncia, senecessrio. Quando a tarefa
foi concluda, o Califa efetuouuma recitao pblica da nova edio
perante os doutospresentes na capital, perante os companheiros do
Profeta,e ento enviou estas cpias aos diferentes centros dovasto
mundo islmico, ordenando que dali por diante todasas cpias fossem
baseadas na edio autntica. Eleordenou a destruio das cpias que, de
algum modo, sedesviassem do texto assim oficialmente estabelecido.
concebvel que as grandes conquistas militares dosprimeiros
muulmanos induzissem alguns espritoshipcritas a proclamarem sua
impulsiva converso aoIslam por motivos materiais, e para tentar
danific-lo demaneira clandestina. Eles fabricaram verses do
Alcorocom interpolaes. As "lgrimas de crocodilo", que
foramderramadas pela destruio das cpias no autenticadasdo Alcoro,
por ordem do Califa Otman, somente poderiamTer sido de tais
hipcritas. sabido que o Profeta s vezesab-rogava certos versculos
que haviam sido comunicadospreviamente ao povo, e isso era feito
para fortificar asnovas Revelaes Divinas. Houve Companheiros
queaprenderam a primeira verso, sem contudo estaremcientes das
ltimas modificaes, tanto por causa da mortedo Profeta como por suas
residncias fora de Madina.Estes devem Ter deixado cpias a seus
descendentes, asquais, embora autnticas, estavam ultrapassadas.
Ainda,alguns muulmanos tinham o hbito de pedir ao Profetaque
explicasse certos termos empregados no textosagrado e anotar tais
explicaes nas margens de suascpias do Alcoro, a fim de no
esquecerem delas. Ascpias feitas mais tarde, com base nesses
textosanotados, causariam s vezes confuses na questo dotexto e do
glossrio. A despeito da ordem do Califa Otman,para que se
destrussem os textos inexatos, existia, nossculos III e IV da
Hgira, assunto bastante para acompilao de volumosas obras,
constituindo as"variaes do Alcoro". Estas chegaram at ns, mas
umapurado estudo mostra-nos que tais variantes eramarbica, que no
possua vogais, nem se podia distinguir
10. entre as letras semelhantes, nem davam idia dasmesmas,
sendo meros pontos, como feito agora. Almdisso existiam diferentes
dialetos em diferentes regies, eo Profeta havia permitido aos
muulmanos de tais regiesrecitarem de acordo com suas algaravias, e
mesmosubstituir as palavras que estavam alm de sua argcia,por
sinnimos que conhecessem melhor. Esta foi umamedida imergente de
graa e clemncia. No tempo doCalifa Otman, contudo, a instruo pblica
havia-sedesenvolvido suficientemente, e fez-se necessrio queaquelas
concesses no fossem mais toleradas, pois oTexto Sagrado seria
afetado e as variantes da leitura seradicariam.As cpias do Alcoro
enviadas por Otman aos chefesdas provncias gradualmente
desapareceram nos sculossubseqentes; apenas uma delas, que
presentemente seencontra em Tashkent, chegou at ns. O governo
czaristada Rssia havia publicado em uma reproduo
fac-smile;constata-se haver uma completa identidade entre essacpia
e o texto em uso noutras ocasies. A mesma cpiafiel do manuscrito
existente do Alcoro, tanto completocomo fragmentado, datando do
primeiro sculo da Hgira.O Alcoro dirigido a toda humanidade, sem
distinode raa, cor, religio ou tempo. Ainda mais, ele procuraguiar
a humanidade em todas as sendas da vida:espirituais, materiais,
individuais e coletivas. Ele contmdiretrizes para a conduta do
chefe do Estado, bem comodo homem comum; do rico, bem como do
pobre; diretrizespara a paz, bem como para a guerra; tanto para a
culturaespiritual como para o comrcio e bem-estar material. OAlcoro
busca principalmente desenvolver a personalidadedo indivduo: Cada
ser ser pessoalmente responsvelperante seu Criador. Para tal
propsito, o Alcoro nosomente fornece ordens, porm tenta ainda
convencer. Eleapela para a razo do homem e relata histrias,
parbolase metforas. Descreve os atributos de Deus, que Um,Criador
de tudo, Onisciente, Onipotente, Ressuscitador dosmortos e
Observador de nosso comportamento terreno; Justo, Clemente.(vide
nota da 7 Surata, versculo 180) OAlcoro indica ainda o modo de
aprazermos a Deus,
11. apontando quais as melhores oraes, quais os deveresdo homem
com respeito a Ele, a seus semelhantes e a seuprprio ser; ele d
destaque ao fato de que no nospertencemos, outrossim, pertencemos a
Deus. O Alcorofala das melhores normas relacionadas com a vida
social,comercial, matrimonial, com a herana, com o direitopenal,
com o direito internacional, e assim por diante.Todavia, o Alcoro
no um livro, no senso comum; acoleo das palavras de Deus, reveladas
de tempos emtempos, durante vinte e trs anos, a Seu
Mensageiro,escolhido entre os seres humanos. O Soberano d
Suasinstrues a Seu vassalo; portanto, h certas nuanascompreendidas
e implcitas; h repeties, e mesmomudanas nas formas de expresso.
Deste modo, Deusfala s vezes na primeira pessoa e s vezes na
terceira.Ele diz "Eu", bem como "Ns" e "Ele", porm, jamais"Eles".
uma coleo de revelaes enviadas de ocasiesem ocasies; e devemos, por
isso, l-lo mais e mais, a fimde melhor aquilatarmos os seus
significados. Ele possuidiretrizes para todos, em todos os lugares
e para todos ostempos.O estilo e a dico do Alcoro so magnficos
eapropriados para a sua qualidade Divina. Sua recitaocomove o
esprito at daqueles que apenas o ouvem sementend-lo. Com o passar
do tempo, o Alcoro tem, emvirtude de sua reivindicao de origem
divina, desafiado atodos a criarem, conjuntamente, mesmo uns
poucosversculos iguais aos que ele contm. Tal desafio pormtem
permanecido sem resposta at os nossos dias.H algumas diferenas
intrnsecas entre o Alcoro e oslivros precedentes. Tais diferenas
podem sersucintamente estipuladas, como segue:1. Os textos
originais da maior parte dos primitivosLivros Divinos foram em sua
quase totalidade perdidos,sendo que somente as suas tradues existem
hoje. OAlcoro, por outro lado, existe hoje exatamente como
foirevelado ao Profeta; nem uma palavra mais ainda, nemuma letra
sequer foi trocada. Encontra-se disposio,em seu texto original,
fazendo com que a Palavra de Deusseja preservada agora, bem como
por todo o porvir.
12. 2. Nos primitivos Livros Divinos os homens mesclaramsuas
palavras com as palavras de Deus; porm, noAlcoro encontra-se
to-somente as palavras de Deus em suas prstinas purezas. Isto
admitido, mesmo pelosoponentes ao Islam.3. No se pode dizer, com
base na autntica evidnciahistrica, em relao a nenhum outro Livro
Sagradopossudo por diferentes povos, que ele realmente pertenceao
mesmo profeta a quem atribudo. No caso de algunsdeles, mesmo isto
no sabido. Em que poca e a queprofeta eles foram revelados? Quanto
ao Alcoro, asevidncias que existem de que foi revelado a Mohammadso
to vultosas, to convincentes, to slidas ecompletivas, que mesmo o
mais ferrenho crtico do Islamno pode lanar dvidas sobre isso. Tais
evidncias soto vastas e detalhadas, que sobre muitos versculos
doAlcoro, mesmo a ocasio e o local de suas revelaes,podem ser
conhecidos com exatido.4. Os primitivos Livros Divinos foram
revelados emlnguas que esto mortas desde h muito tempo. Na
erapresente, nao ou comunidade alguma fala tais lnguas eh apenas
umas poucas pessoas que se jactam decompreend-las. Destarte, mesmo
que tais Livrosexistissem hoje em suas formas originais e
inadulteradas,seria virtualmente impossvel, em nossa era,
compreendere interpretar corretamente suas injunes, bem como p-las
em prtica em sua forma requerida. A lngua doAlcoro, por outro lado,
uma lngua viva; milhes depessoas falam-na e outro tanto a
compreende. Ela estsendo ensinada e aprendida em quase todas
asuniversidades do mundo; todas as pessoas podemaprend-la, e aquele
que no tem tempo para isso pode,em qualquer parte, deparar com quem
conhea a lngua,que lhe explique o significado do Alcoro.5. Cada um
dos Livros Sagrados existentes,encontrados entre as diferentes naes
do mundo, foidirigido a um povo em particular. Cada um deles
contmum nmero de ditames que parece Ter sido dirigido a umperodo da
histria em particular e que supria to-somenteas necessidades
daquela era. Tais necessidades no so
13. vlidas hoje, nem tampouco podem ser aplainadas
epropiciamente vertidas para a prtica. Depreende-se distoque tais
livros eram dirigidos queles povos em particular enenhum deles para
o mundo. Ademais, eles no foramrevelados para serem seguidos
permanentemente, mesmopelo povo para o qual foram revelados;
restringiam-se ainfluenciar somente sobre um certo perodo. Em
contrastea isso, o Alcoro dirigido a toda humanidade; no sepode
suspeitar que injuno alguma tenha sido dirigida aum povo em
especial. Do mesmo modo, todos os ditamese injunes no Alcoro so os
mesmos que podem seraplicados em todos os lugares e em todas as
pocas. Estefato vem provar que o Alcoro dirigido ao mundo
inteiro,constituindo-se em eterno cdigo para a vida humana.6. No h
negar o fato de que os precedentes LivrosDivinos cultuavam o bem e
a virtude, ensinavam tambmos princpios da moralidade e da
veracidade, eapresentavam uma maneira de viver consentnea com
avontade de Deus. Contudo, nenhum deles erasuficientemente
compreensivo para englobar tudo quantofosse necessrio para uma vida
humana virtuosa, semnada suprfluo, sem nada carente. Alguns deles
excediamem um aspecto, alguns em outros. o Alcoro, e to-somente o
Alcoro, que cultua no apenas tudo o quehavia de magnfico nos livros
precedentes, porm, ainda,aperfeioa os desgnios de Deus e os
apresenta em suatotalidade, delineando uma norma de vida que
compreendetudo o que necessrio para o homem nesta terra.Os
pensamentos se renovam e as culturas seproliferam; a vida evolui e
a colheita intelectual dahumanidade aumenta a cada dia, e quanto
mais ahumanidade evolui, mais unida e mais mesclada fica. Osveculos
de comunicao em muito ajudam nisso, como sequisessem corroborar as
palavras do Alcoro:" humanos, em verdade, Ns vos criamos de macho
efmea e vos dividimos em povos e tribos parareconhecerdes uns aos
outros."(49 Surata, versculo 13)No que diz respeito traduo do
Alcoro para outrosidiomas, dando oportunidade a que outros povos,
napluralidade de suas lnguas e cores, possam conhecer a
14. Mensagem de Mohammad, os doutos na matria dizem: "aMensagem
de Mohammad para a humanidade em geral,e, sendo ele rabe, essa
mensagem pode alcanar os no-rabes, atravs de tradues que
substituiro o original.Todavia, deve ser uma traduo impecvel,
correta,concordante, para que se possa coibir a trajetria demuitas
tradues incorretas e preambuladas de fbulasirreais".Como o Livro de
Deus um mar sem porto, comprofundeza ignorada, esforamo-nos em Ter
como basepara a nossa verso uma explicao em estilocontemporneo,
fcil, simples, clara, solerte, sucinta, livredas divergncias
doutrinrias, dos aparatos artsticos, dosprembulos e dos problemas
lingsticos, para que issonos facilitasse e auxiliasse de uma
maneira satisfatria, atraduo.E foi a paixo pelo Islam, o grande
desejo de lhe til ns que somos um de seus adeptos -, que nos levou
aenfrentar a empresa de traduzir o Alcoro Sagrado. Depoisde muito
trabalho, de muita perseverana, e de termosvencido o desnimo que
chegou a nos invadir pordificuldades vrias, sai este, g raas ao
Altssimo. Imbudode fora de fora de vontade, seguimos
avante,derrubando obstculos, vencendo etapas, auxiliado pelagraa
Divina. Para tanto, tivemos de recorrer vrias fontes,consultar
vrias interpretaes, antigas e modernas.Estivemos trabalhando frente
a obras como: "Ahcam alCoran" (As Mximas do Alcoro), de Abu Bakr ar
Razi;"Ahcam al Coran (As Mximas do Alcoro), de Abu Bakr alArabi;
"Muntakhab Ahcam al Coran" (Coletnea deMximas do Alcoro), de Abu
Abdullah al Kurtubi; "Ahcamal Coran ( As Mximas do Alcoro), de Abul
Hassan atTabari; "At Tafsir al Wdhih" (A Exegese Inteligvel),
deMohammad Mahmud Hijazi; "Al Coran al Mufassar" (OAlcoro
Explicado), de Mohammad Farid Wajdi; "Tafsir alManar" (A Exegese da
Luz), de Mohammad Rachid Rida;"Al Muntakhab fi Tafsir al Coran al
Carim" ( O Seleto naExegese do Sagrado Alcoro), publicado pelo
ConselhoSuperior dos Assuntos Islmicos do Cairo; "The HolyKuran" (O
Alcoro Sagrado), traduo de Maulana Abdur-
15. Rahim Tariq; "Safwat al Bayan li Maani al Coran (Gemado
Discernimento das Exegeses do Alcoro), de HassanainMohammad Makhluf
; "The Meaning of the Glorius Koran"(O Alcoro Glorioso), uma traduo
explanatria deMohammad Marmuduke Pickthall; "Al Mujan al
Mufahrassli Alfaz al Coran al Carim" ( ndice dos termos do
SagradoAlcoro), de Mohammad Fuad Abdel Baqui, "The HolyKoran,
Translation and Commentary" ( O Alcoro Sagrado,Traduo e
Comentrios), de A. Youssef Ali.Na maioria dos casos seguimos as
exegeses doConselho Superior dos Assuntos Islmicos e do
ProfessorMohammad Mahmud Hijazi, por se situarem entre as quemais
se coadunavam com os requisitos necessrios. Porfim, quando ainda na
permanncia de dvida a respeito dosignificado de algum termo,
recorremos ajuda inestimvelde S. E. Dr. Abdalla Abdel Chakur Kamel,
Diretor doCentro Islmico do Brasil e Coordenador dos
AssuntosIslmicos da Amrica Latina, que muito nos auxiliou
nestesentido; a ele vo aqui nossos agradecimentos.Queremos render
os nossos mais sincerosagradecimentos ao Sr. Jorge Boucher, que
lutou conosco,pesquisando, consultando, comparando e
encontrandotermos que ia ao encontro do sentido preciso,
participandotambm conosco das cinco revises que efetuamos
dosoriginais. Finalmente, agradecemos a todos aqueles que,de uma
maneira ou de outra, participaram na compilaodeste livro, desde
datilgrafos, digitadores, atimpressores.O nosso muito obrigado a
todos. Samir El Hayek So Paulo, 1415 H. 1994 d.C. NDICEN da
SurataNomeTraduo1AL-FTIHA
24. AL CAUARA Abundncia109AL CFIRUNOs Incrdulos110AN NASRO
Socorro111AL MASSADO Esparto112AL IKHLSSA Unicidade113AL FALACA
Alvorada114AN NSOs HumanosO SIGNIFICADO DOS VERSCULOS DO
ALCOROSAGRADO"AL-FTIHA"(A ABERTURA) (1)1 SURATARevelada em Makka; 7
versculos.1 Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.(2)2
Louvado seja Deus, Senhor(3) do Universo,3 Clemente, o
Misericordioso,4 Soberano do Dia do Juzo.5 S a Ti adoramos e s de
Ti imploramos ajuda!6 Guia-nos senda reta,7 senda dos que
agraciaste, no dos abominados, nem dos extraviados(4).
25. "AL BCARA"(A VACA)Revelada em Madina, 286 versculos.2
SURATAEm nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.1 Alef, Lam,
Mim(5).2 Eis o livro que indubitavelmente a orientao dostemente a
Deus;3 Que crem no incognoscvel, observam a orao egastam daquilo
com que os agraciamos;4 Que crem no que te foi revelado (
Mohammad), no quefoi revelado antes de ti e esto persuadidos da
outra vida.5 Estes possuem a orientao do seu Senhor e estessero os
bem-aventurados.6 Quanto aos incrdulos, tento se lhes d que
osadmoestes ou no os admoestes; no crero.7 Deus selou os seus
coraes e os seus ouvidos; seusolhos esto velados e sofrero um
severo castigo.8 Entre os humanos h os que dizem: Cremos em Deus
eno Dia do Juzo Final. Contudo, no so fiis(6).9 Pretendem enganar
Deus e os fiis, quando s enganama si mesmos, sem se aperceberem
disso.10 Em seus coraes h morbidez, e Deus os aumentouem morbidez,
e sofrero um castigo doloroso por suasmentiras.11 Se lhes dito: No
causeis corrupo na terra,afirmaram: Ao contrrio, somos
conciliadores.12 Acaso, no so eles os corruptores? Mas no o
sentem.13 Se lhes dito: Crede, como crem os demais humanos,dizem:
Temos de crer como crem os nscios? Emverdade, eles sos os nscios,
porm no o sabem.14 Em quando se deparam com os fiis,
asseveram:Cremos. Porm, quando a ss com os seus sedutores,dizem: Ns
estamos convosco; apenas zombamos deles.
26. 15 Mas Deus escarnecer deles e os abandonar,vacilantes, em
suas transgresses.16 So os que trocaram a orientao pelo extravio;
mas taltroca no lhes trouxe proveito, nem foram iluminados.17
Parecem-se com aqueles que fez arder um fogo; mas,quando este
iluminou tudo que o rodeava, Deus extinguiu-lhes a luz, deixando-os
sem ver, nas trevas.18 So surdos, mudos, cegos e no se retraem (do
erro).19 Ou como (aquele que, surpreendidos por) nuvens docu,
carregadas de chuva, causando trevas, troves erelmpagos, tapam os
seus ouvidos com os dedos, devidoaos estrondos, por temor morte;
mas Deus est inteiradodos incrdulos.20 Pouco falta para que o
relmpago lhes ofusque a vista.Todas as vezes que brilha, andam merc
do seu fulgor e,quando some, nas trevas se detm e, se Deus
quisesse,priv-los-ia da audio e da viso, porque Onipotente.21
humanos, adorai o vosso Senhor, Que vos criou, bemcomo aos vossos
antepassados, qui assim tornar-vos-eis virtuosos(7).22 Ele fez-vos
da terra um leito, e do cu um teto, e enviado cu a gua, com a qual
faz brotar os frutos para o vossosustento. No atribuais rivais(8) a
Deus, conscientemente.23 E se tendes dvidas a respeito do que
revelamos aoNosso servo (Mohammad), componde uma suratasemelhante
dele (o Alcoro), e apresentai as vossastestemunhas,
independentemente de Deus, se estiverdescertos.24 Porm, se no o
dizerdes e certamente no podereisfaz-lo temei, ento, o fogo
infernal cujo combustvelsero os idlatras e os dolos; fogo que est
preparadopara os incrdulos.25 Anuncia ( Mohammad) os fiis que
praticam o bemque obtero jardins, abaixo dos quais correm os rios.
Todavez que forem agraciados com os seus frutos, diro: Eisaqui o
que nos fora concedido antes! Porm, s o ser na
27. aparncia. Ali tero companheiros imaculados e alimoraro
eternamente(9).26 Deus no Se furta em exemplificar com
uminsignificante mosquito(10) ou com algo maior ou menor doque ele.
E os fiis sabem que esta a verdade emanadade seu Senhor. Quanto aos
incrdulos, asseveram: Quequerer significar Deus com tal exemplo?
Com isso desviamuitos e encaminha muitos outros. Mas, com isso,
sdesvia os depravados.27 Que violam o pacto com Deus, depois de o
teremconcludo; separam o que Deus tem ordenado manterunido e fazem
corrupo na terra. Estes serodesventurados.28 Como ousais negar a
Deus, uma vez que reis inertes eEle vos deu a vida, depois vos far
morrer, depois vosressuscitar e ento retornais a Ele?29 Ele foi
Quem vos criou tudo quando existe na terra;ento, dirigiu Sua
vontade at o firmamento do qual fez,ordenadamente, sete cus, porque
Onisciente.30 (Recorda-te Profeta) de quando teu Senhor disse
aosanjos: Vou instituir um legatrio na terra!
Perguntaram-Lhe:Estabelecers nela quem al far corrupo,
derramandosangue, enquanto ns celebramos Teus
louvores,glorificando-Te? Disse (o Senhor): Eu sei o que
vsignorais.31 Ele ensinou a Ado todos os nomes e
depoisapresentou-os aos anjos e lhes falou: Nomeai-os para Mime
estiverdes certos(11).32 Disseram: Glorificado sejas! No possumos
maisconhecimentos alm do que Tu nos proporcionaste, porquesomente
Tu s Prudente, Sapientssimo.33 Ele ordenou: Ado, revela-lhes os
seus nomes. Equando ele lhes revelou os seus nomes, asseverou
(Deus):No vos disse que conheo o mistrio dos cus e da terra,assim
como o que manifestais e o que ocultais?
28. 34 E quando dissemos aos anjos: Prostrai-vos ante Ado!Todos
se prostraram, exceto Lcifer(12) que,ensoberbecido, se negou, e
incluiu-se entre os incrdulos.35 Determinamos: Ado, habita o
Paraso(13) com a tuaesposa e desfrutai dele com a prodigalidade que
vosaprouver; porm, no vos aproximeis desta rvore, porquevos
contareis entre os inquos.36 Todavia, Sat os seduziu, fazendo com
que sassem doestado (de felicidade) em que se encontravam.
Entodissemos: Descei!(14) Sereis inimigos uns dos outros, e,
naterra, tereis residncia e gozo transitrios.37 Ado obteve do seu
Senhor algumas palavras deinspirao(15), e Ele o perdoou, porque o
Remissrio, oMisericordioso.38 E ordenamos: Descei todos aqui!
Quando vos chegarde Mim a orientao, aqueles que seguirem a
Minha(16)orientao no sero presas do temor, nem se atribularo.39
Aqueles que descrerem e desmentirem os Nossosversculos sero os
condenados ao inferno, ondepermanecero eternamente.40 israelitas,
recordai-vos das Minhas mercs, com asquais vos agraciei. Cumpri o
vosso compromisso, quecumprirei o Meu compromisso, e temei somente
a Mim.41 E crede no que revelei, e que corrobora a revelao quevs
tendes; no sejais os primeiros a neg-lo, nemnegocieis as Minhas
leis a vil preo, e temei a Mim,somente,42 E no disfarceis a verdade
com a falsidade, nem aoculteis, sabendo-a.43 Praticai a orao pagai
o zakat(17) e genuflecti,juntamente com os que genuflectem.44
Ordenais, acaso, s pessoas a prtica do bem eesqueceis, vs mesmos,
de faz-lo, apesar de lerdes oLivro? No raciocinais?45 Amparai-vos
na perseverana e na orao. Sabei queela (a orao) carga pesada, salvo
para os humildes,
29. 46 Que sabem que encontraro o seu Senhor e a
Eleretornaro.47 Israelitas, recordai-vos das Minhas mercs, com
asquais vos agraciei, e de que vos preferi aos
vossoscontemporneos.48 E temei o dia em que nenhuma alma poder
advogarpor outra, nem lhe ser admitida intercesso alguma, nemlhe
ser aceita compensao, nem ningum sersocorrido!49 Recordai-vos de
quando vos livramos do povo doFara, que vos infligia o mais cruel
castigo, degolando osvossos filhos e deixando com vida as vossas
mulheres.Naquilo tivestes uma grande prova do vosso Senhor.50 E de
quando dividimos o mar e vos salvamos, eafogamos o povo do Fara,
enquanto olhveis.51 E de quando institumos o pacto das quarenta
noites deMoiss(18) e que vs, em sua ausncia, adorastes dobezerro,
condenando-vos.42 Ento, indultamo-vos, depois disso, para que
ficsseisagradecidos.53 E de quando concedemos a Moiss o Livro e
oDiscernimento, para que vos orientsseis!54 E de quando Moiss disse
ao seu povo: povo meu,por certo que vos condenastes, ao adorardes o
bezerro.Voltai, portanto, contritos, penitenciando-vos para o
vossoCriador, e imolai-vos mutuamente(19). Isso ser prefervel,aos
olhos do vosso Criador. Ele vos absolver, porque oRemissrio, o
Misericordioso.55 E de quando dissestes: Moiss, no creremos em tiat
que vejamos Deus claramente! E a centelha vosfulminou, enquanto
olhveis.56 Ento, vos ressuscitamos, aps a vossa morte, paraque
assim, talvez, Nos agradecsseis.57 E vos agraciamos, com as sombras
das nuvens e vosenviamos o man(20) e as codornizes, dizendo-vos:
Comeide todas as coisas boas com que vos agraciamos! (Porm,
30. o desagradeceram) e, com isso, no Nos prejudicaram,mas
prejudicaram a si mesmos.58 E quando vos dissemos: Entrai nessa
cidade(21) e comeicom prodigalidade do que vos aprouver, mas entrai
pelaporta, prostrando-vos, e dizei: Remisso! Ento,perdoaremos as
vossas faltas e aumentaremos arecompensa dos benfeitores.59 Os
inquos permutaram as palavras por outras que nolhe haviam sido
ditas, pelo que enviamos sobre eles umcastigo do cu, por sua
depravao.60 E de quando Moiss Nos implorou gua para o seupovo, e
lhe dissemos: Golpeia a rocha com o teu cajado! Ede pronto brotaram
dela doze(22) mananciais, e cada gruporeconheceu o seu. Assim,
comei e bebei da graa deDeus, e no cismeis na terra, causando
corrupo.61 E de quando dissestes: Moiss, jamais nosconformaremos
com um s tipo de alimento! Roga ao teuSenhor que nos proporcione
tudo quanto a terra produz:suas hortalias, seus pepinos, seus
alhos, suas lentilhas esuas cebolas! Perguntou-lhes: Quereis trocar
o melhor pelopior? Pois bem: Voltai para o Egito(23), onde terei
queimplorais! E foram condenados humilhao e indigncia, e incorreram
na abominao de Deus; isso,porque negaram os versculos os versculos
de Deus eassassinaram injustamente os profetas. E tambm porquese
rebelaram e foram agressores.62 Os fiis, os judeus, os cristos, e
os sabeus, enfimtodos os que crem em Deus, no Dia do Juzo Final,
epraticam o bem, recebero a sua recompensa do seuSenhor e no sero
presas do temor, nem se atribuiro.63 E de quando exigimos o vosso
compromisso elevantamos acima de vs o Monte(24), dizendo-vos:
Apegai-vos com firmeza ao que vos concedemos e observai-lhe
ocontedo, qui (Me) temais.64 Apesar disso, recusaste-lo depois e,
se no fosse pelagraa de Deus e pela Sua misericrdia para
convosco,contar-vos-eis entre os desventurados.
31. 65 J sabeis o que ocorreu queles, dentre vs, queprofanaram
o sbado; a esses dissemos: "Sede smiosdesprezveis!"(25)66 E disso
fizemos um exemplo para os seuscontemporneos e para os seus
descendentes, e umaexortao para os tementes a Deus.67 E de quando
Moiss disse ao seu povo: Deus vosordena sacrificar uma vaca.
Disseram: Zombas, acaso, dens? Respondeu: Guarda-me Deus de
contar-me entre osinsipientes!68 Disseram: Roga ao teu Senhor para
que nos indiquecomo ela deve ser. Explicou-lhes: Ele afirma que h
de seruma vaca que no seja nem velha, nem nova, de meia-idade.
Fazei, pois, o que vos ordenado.69 Disseram: Roga ao teu Senhor,
para que nos indique acor dela. Tornou a explicar: Ele diz que tem
de ser umavaca de cor jalne que agrade os observadores.70 Disseram:
Roga ao teu Senhor para que nos indiquecomo deve ser, uma vez que
todo bovino nos parece iguale, se a Deus aprouver, seremos
guiados.71 Disse-lhes: Ele diz que tem de ser uma vaca mansa,no
treinada para labor da terra ou para rega dos campos;sem defeitos,
sem manchas. Disseram: Agora falaste averdade. E a sacrificaram,
ainda que pouco faltasse paraque no o fizessem.72 E de quando
assassinastes um ser e disputastes arespeito disso; mas Deus
revelou tudo quantoocultveis.(26)73 Ento ordenamos: Golpeai-o (o
morto), com um pedaodela (rs sacrificada). Assim Deus ressuscita os
mortosvos manifesta os seu sinais, para que raciocineis.(27)74
Apesar disso os vossos coraes se endurecem; socomo as rochas, ou
ainda mais duros. De algumas rochasbrotam rios e outras se fendem e
delas mana a gua, e hainda outras que desmoronam, por temor a Deus.
MasDeus no est desatento a tudo quanto fazeis.
32. 75 Aspirais, acaso, a que os judeus creiam em vs, sendoque
alguns deles escutavam as palavras de Deus e, depoisde as terem
compreendido, alteravam-nasconscientemente?76 Quando se
encontram(28) com os fiis, declaram:Cremos! Porm, quando se renem
entre si, dizem:Relatar-lhes-eis o que Deus vos revelou para que,
comisso, vos refutem perante o vosso Senhor? Noraciocinais?77
Ignoram, acaso, que Deus sabe tanto o que ocultam,como o que
manifestam?78 Entre eles h iletrados que no compreendem o Livro,
ano ser segundo os seus desejos, e no fazem mais doque
conjecturar.79 Ai daqueles que copiam o Livro, (alterando-o) com
assuas mos, e ento dizem: Isto emana de Deus, paranegoci-lo a vil
preo. Ai deles, pelo que as suas mosescreveram! E ai deles, pelo
que lucraram!80 E asseveram: O fogo no vos atormentar, seno pordias
contados. Pergunta-lhes: Recebestes, acaso, de Deusum compromisso?
Pois sabei que Deus jamais quebra oSeu compromisso. Ou dizeis de
Deus o que ignorais?81 Qual! Aqueles que lucram por meio de um mal
e estoenvolvidos por suas faltas sero os condenados ao inferno,no
qual permanecero eternamente.82 Os fiis, que praticam o bem, sero
os diletos doParaso, onde moraro eternamente.83 E de quando
exigimos o compromisso dos israelitas(29),ordenando-lhes: No
adoreis seno a Deus; tratai combenevolncia vossos pais e parentes,
os rfos e osnecessitados; falai ao prximo com doura; observai aorao
e pagai o zakat. Porm, vs renegastesdesdenhosamente, salvo um
pequeno nmero entre vs.84 E de quando exigimos nosso compromisso,
ordenando-vos: No derrameis o vosso sangue, nem vos
expulseisreciprocamente de vossas casas; logo o confirmastes
etestemunhastes.
33. 85 No entanto, vede o que fazeis: estais vos
matando;expulsais das vossas casas alguns de vs, contra
quemdemonstrais injustia e transgresso; e quando os
fazeisprisioneiros, pedis resgate por eles, apesar de saberdesque
vos era proibido bani-los. Credes, acaso, em umaparte do Livro e
negais a outra? Aqueles que, dentre vs,tal cometem, no recebero, em
troca, seno aviltamento,na vida terrena e, no Dia da Ressurreio,
serosubmetidos ao mais severo dos castigo. E Deus no estdesatento
em relao a tudo quanto fazeis.86 So aqueles que negociaram a vida
futura pela vidaterrena; a esses no lhes ser atenuado o castigo,
nemsero socorridos.87 Concedemos o Livro a Moiss, e depois dele
enviamosmuitos mensageiros, e concedemos a Jesus, filho deMaria, as
evidncias, e o fortalecemos com o Esprito daSantidade(30). Cada vez
que vos era apresentado ummensageiro, contrrio aos vossos
interesses, vs vosensoberbeceis! Desmenteis uns e assassinveis
outros.88 Disseram: Nossos coraes so insensveis!(31) Qual!Deus os
amaldioou por sua incredulidade. Quo poucoacreditam!89 Quando, da
parte de Deus, lhes chegou um Livro(Alcoro), corroborante do seu
apesar de antes teremimplorado a vitria sobre os incrdulos quando
lheschegou o que sabiam, negaram-no. Que a maldio deDeus caia sobre
os mpios!90 A que vil preo se venderam, ao renegarem o que
Deustinha revelado! Fizeram-no injustamente, inconformados deque
Deus revelasse a Sua graa a quem Lhe aprouvesse,dentre os Seus
servos. Assim, atraram sobre siabominao aps abominao. Os incrdulos
sofrero umcastigo afrontoso.91 Quando lhes dito: Crede no que Deus
revelou! Dizem:Cremos no que nos foi revelado. E rejeitam o que
estalm disso (Alcoro), embora seja a verdade corroboranteda que j
tinham. Dize-lhes: Por que, ento, assassinastesos profetas de Deus,
se reis fiis?
34. 92 J Moiss vos havia apresentado as evidncias e, emsua
ausncia, adorastes o bezerro, condenando-vos.93 E quando aceitamos
o vosso compromisso e elevamoso Monte acima de vs, dizendo-vos:
Recebei com firmezatudo quanto vos concedermos e escutai!,
disseram: Jescutamos, porm nos rebelamos! E, por suaincredulidade,
imburam(32) os seus coraes com aadorao do bezerro. Dize-lhes: Quo
detestveis o quevossa crena vos inspira, se que sois fiis!94
Dize-lhes: "Se a ltima morada, ao lado de Deus, exclusivamente
vossa em detrimento dos demais, desejaiento a morte, se estiverdes
certos."95 Porm, jamais a desejariam, por causa do quecometeram as
suas mos; e Deu bem conhece os inquos.96 Tu os achars mais vidos de
viver do que ningum,muito mais do que os idlatras, pois cada um
delesdesejaria viver mil anos; porm, ainda que vivessem tanto,isso
no os livraria do castigo, porque Deus bem v tudoquanto fazem.97
Dize-lhes Quem for inimigo(33) de Gabriel, saiba que ele,com o
beneplcito de Deus, impregnou-te (o Alcoro) nocorao, para
corroborar o que foi revelado antes; orientao e alvssaras de boas
novas para os fiis.98 Quem for inimigo de Deus, de Seus anjos, dos
Seusmensageiros, de Gabriel e de Miguel, saiba que Deus adversrio
dos incrdulos.99 Revelamos-te lcidos versculos e ningum
ousarneg-los, seno os depravados.100 Ser possvel que, cada vez que
contraem umcompromisso, haja entre eles um grupo que o quebre?
Emverdade, a maioria no cr.101 E quando lhes foi apresentado um
Mensageiro(Mohammad) de Deus, que corroborou o que j possuam,alguns
dos adeptos do Livro (os judeus) atiraram s costaso Livro de Deus,
como se no o conhecessem.102 E seguiram o que os demnios
apregoavam, acercado Reinado de Salomo. Porm, Salomo nunca foi
35. incrdulo, outrossim foram os demnios que incorreram
naincredulidade. Ensinaram aos homens a magia e o que foirevelado
aos dois anjos, Harut e Marut(34), na Babilnia.Ambos, a ningum
instruram, se quem dissessem: Somosto somente uma prova; no vos
torneis incrdulos!Porm, os homens aprendiam de ambos como desunir
omarido da sua esposa. Mas, com isso no podiamprejudicar ningum, a
no ser com a anuncia de Deus. Oshomens aprendiam o que lhes era
prejudicial e no o quelhes era benfico, sabendo que aquele que
assim agisse,jamais participaria da ventura da outra vida. A que
vil preose venderam! Se soubessem...103 Todavia, se tivessem
acreditado, e temido, teriamobtido a melhor recompensa de Deus. Se
o soubessem!...104 fiis, no digais (ao Profeta Mohammad):
"Raina"(35),outrossim dizei: "Arzurna" e escutai. Sabei que
osincrdulos sofrero um doloroso castigo.105 Aos incrdulos, dentre
os adeptos do Livro, e aosidlatras, agradaria que no vos fosse
enviada nenhumamerc do vosso Senhor; mas Deus outorga a SuaClemncia
exclusivamente a quem Lhe apraz, porque Agraciante por
excelncia.106 No ab-rogamos nenhum versculo(36), nem fazemoscom que
seja esquecido (por ti), sem substitu-lo por outromelhor ou
semelhante. Ignoras, por acaso, que Deus Onipotente?107 Porventura,
no sabes que a Deus pertence o reinodos cus e da terra e que, alm
de Deus, (vs) no tereisoutro protetor, nem defensor?108 Pretendeis
interrogar o vosso Mensageiro, comoanteriormente foi interrogado
Moiss? (Sabei que) aqueleque permuta a f pela incredulidade
desvia-se daverdadeira senda.109 Muitos dos adeptos do Livro, por
inveja, desejariamfazer-vos voltar incredulidade, depois de
terdesacreditado, apesar de lhes ter sido evidenciada a
verdade.Tolerai e perdoai,(37) at que Deus faa cumprir os
Seusdesgnios, porque Deus Onipotente.
36. 110 Observai a orao, pagai o zakat e sabei que todo obem
que apresentardes para vs mesmo, encontrareis emDeus, porque Ele
bem v tudo quando fazeis.111 Disseram: Ningum entrar no Paraso, a
no ser queseja judeu ou cristo. Tais so as suas idias
fictcias.Dize-lhes: Mostrai vossa prova se estiverdes certos.112
Qual! Aqueles que se submeteram a Deus e socaritativos obtero
recompensa, em seu Senhor, e nosero presas do temor, nem se
atribularo.113 Os judeus dizem: Os cristos no tm em que seapoiar! E
os cristos dizem: O judeus no tm em que seapoiar!, apesar de ambos
lerem o Livro. Assim tambm osnscios dizem coisas semelhantes. Porm,
Deus julgarentre eles, quanto s suas divergncias, no Dia
daRessurreio.114 Haver algum mais inquo do que aquele queimpede(38)
que o nome de Deus seja celebrado emsanturios e se esfora por
destru-los? Estes nodeveriam adentr-los seno, temerosos; sobre eles
recair,pois, o aviltamento deste mundo e, no outro, sofrero
umsevero castigo.115 Tanto o levante como o poente pertencem a Deus
e,aonde quer que vos dirijais, notareis o Seus Rosto(39),porque
Deus Munificente, Sapientssimo.116 Dizem (os cristos): Deus adotou
um filho! Glorificadoseja! Pois a Deus pertence tudo quanto existe
nos cus ena terra, e tudo est consagrado a Ele(40).117 Ele o
Originador dos cus e da terra e, quandodecreta algo, basta-Lhe
dizer: "Seja!" e ele .118 Os nscios dizem: "Por que Deus no fala
conosco, ounos apresenta um sinal?" Assim falaram, com as
mesmaspalavras, os seus antepassados, porque os seus coraesse
assemelham aos deles. Temos elucidado os versculospara a gente
persuadida.119 Por certo ( Mensageiro) que te enviamos com
averdade, como alvissareiro e admoestador, e que nosers
responsabilizado pelos rprobos.
37. 120 Nem os judeus, nem os cristos, jamais estosatisfeitos
contigo, a menos que abraces os seus credos.Dize-lhes: "Por certo
que a orientao de Deus aOrientao!" Se te renderes aos seus desejos,
depois de teTer chegado o conhecimento, fica sabendo que no ters,em
Deus, Protetor, nem Defensor.121 Aqueles a quem concedemos o Livro
recitam-no comoele deve ser recitado. So os que acreditam nele;
porm,aqueles que o negarem sero desventurados.122 israelitas,
recordai-vos das Minhas mercs com asquais vos agraciei, e de que
vos preferi aos vossoscontemporneos.123 E temei o dia em que
nenhuma alma poder advogarpor outra alma, nem lhe ser aceita
compensao, nem lheser admitida intercesso alguma, nem ningum
sersocorrido.124 E quando o seu Senhor ps prova Abrao, comcertos
mandamentos, que ele observou, disse-lhe:"Designar-te-ei Imam(41)
dos homens." (Abrao) perguntou:E tambm o sero os meus descendentes?
Respondeu-lhe: Minha promessa no alcanar os inquos.125 Lembrai-vos
que estabelecemos a Casa(42), para ocongresso e local de segurana
para a humanidade: Adotaia Estncia de Abrao por oratrio. E
estipulamos a Abraoe a Ismael, dizendo-lhes: "Purificai Minha Casa,
para oscircundantes (da Caaba), os retrados, os que genuflecteme se
prostram(43).126 E quando Abrao implorou: senhor meu, faze comque
esta cidade seja de paz, e agracia com frutos(44) osseus habitantes
que crem em Deus e no Dia do JuzoFinal! Deus respondeu: Quanto aos
incrdulos dar-lhe-eium desfrutar transitrio e depois os condenarei
aotormento infernal. Que funesto destino!127 E quando Abrao e
Ismael levantaram os alicerces daCasa, exclamaram: Senhor nosso,
aceita-a de ns poisTu s Oniouvinte, Sapientssimo.
38. 128 Senhor nosso, permite que nos submetamos a Ti eque
surja, da nossa descendncia, uma nao submissa Tua vontade.
Ensina-nos os nossos ritos e absolve-nos,pois Tu o Remissrio, o
Misericordiosssimo.129 Senhor nosso, faze surgir, dentre eles,
umMensageiro, que lhes transmita as Tuas leis e lhes ensineo Livro,
e a sabedoria, e os purifique, pois Tu s oPoderoso, o
Prudentssimo.130 E quem rejeitaria o credo de Abrao, a no ser
oinsensato? J o escolhemos (Abrao), neste mundo e, nooutro,
contrar-se- entre os virtuosos.131 E quando o seu Senhor lhe disse:
Submete-te a Mim!,respondeu: Eis que me submeto ao Senhor do
Universo!132 Abrao legou esta crena aos seus filhos, e Jac aosseus,
dizendo-lhes: filhos meus, Deus vos legou estareligio; apegai-nos a
ela, e no morrais sem serdessubmissos (a Deus).133 Estveis, acaso,
presentes,(45) quando a morte seapresentou a Jac, que perguntou aos
seus filhos: Queadorareis aps a minha morte?
Responderam-lhe:Adoraremos a teu Deus e o de teus pais: Abrao,
Ismael eIsaac; o Deus nico, a Quem nos submetemos.134 Aquela uma
nao que j passou; colher o quemereceu e vs colhereis o que
merecerdes, e no sereisresponsabilizados pelo que fizeram.135
Disseram: Sede judeus ou cristos, que estareis bemiluminados.
Responde-lhes: Qual! Seguimos o credo deAbrao, o monotesta(46), que
jamais se contou entre osidlatras.136 Dizei: Cremos em Deus, no que
nos tem sidorevelado, no que foi revelado a Abrao, a Ismael, a
Isaac,a Jac e s tribos; no que foi concedido a Moiss e aJesus e no
que foi dado aos profetas por seu Senhor; nofazemos distino alguma
entre eles, e nos submetemos(47)a Ele.
39. 137 Se crerem no que vs credes, iluminar-se-o; se
serecusarem, estaro em cisma(48). Deus ser-vos- suficientecontra
eles, e Ele o Oniouvinte, o Sapientssimo.138 Eis aqui a religio(49)
de Deus! Quem melhor que Deuspara designar uma religio? Somente a
Ele adoramos!139 Pergunta-lhes: Discutireis conosco sobre
Deus.Apesar de ser o nosso e o vosso Senhor? Somosresponsveis por
nossas aes assim como vs porvossas, e somos sinceros para com
Ele.140 Podeis acaso, afirmar que Abrao, Ismael, Isaac, Jace as
tribos eram judeus ou cristos? Dize: Acaso, sois maissbios do que
Deus o ? Haver algum mais inquo doque aquele que oculta um
testemunho recebido de Deus?Sabei que Deus no est desatento a
quanto fazeis.141 Aquela uma nao que j passou; colher o quemereceu
vs colhereis o que merecerdes, e no sereisresponsabilizados pelo
que fizeram.142 Os nscios dentre os humanos perguntaro: Que foique
os desviou de sua tradicional quibla(50)? Dize-lhes: Sa Deus
pertencem o levante e o poente. Ele encaminhar senda reta a quem
Lhe apraz.143 E, deste modo, ( muulmanos), contribumo-vos emuma nao
de centro(51), para que sejais, testemunhas dahumanidade, assim
como o Mensageiro e ser para vs.Ns no estabelecemos a quibla que tu
( Mohammad)seguis, seno para distinguir aqueles que seguem
oMensageiro, daqueles que desertam, ainda que talmudana seja
penosa, salvo para os que Deus orienta. EDeus jamais anularia vossa
obra, porque Compassivo eMisericordiosssimo para a humanidade.144
Vimos-te ( Mensageiro) orientar o rosto para o cu(52);portanto,
orientar-te-emos at a quibla que te satisfaa.Orienta teu rosto (ao
cumprir a orao) para a SagradaMesquita (de Makka)! E vs (crentes),
onde quer que vosencontreis, orientai vossos rosto at ela. Aqueles
quereceberam o Livro, bem sabem que isto a verdade deseu Senhor; e
Deus no est desatento a quanto fazem.
40. 145 Ainda que apresentes qualquer espcie de sinal
anteaqueles que receberam o Livro, jamais adotaro tua quiblanem tu
adotars a deles; nem tampouco eles seguiro aquibla de cada um
mutuamente. Se te rendesses aos seusdesejos, apesar do conhecimento
que tens recebido,contar-te-ias entre os inquos.146 Aqueles a quem
concedemos o Livro, conhecem-nocomo conhecem a seus prprios filhos,
se bem que algunsdeles ocultam a verdade, sabendo-a.147 (Esta a)
Verdade emanada de teu Senhor. No sejasdos que dela duvidam!148
Cada qual tem um objetivo traado por Ele. Empenhai-vos na prtica
das boas Aes, porquanto, onde quer quevos acheis, Deus vos far
comparecer, a todos, peranteEle, porque Deus Onipotente.149 Aonde
quer que te dirijas ( Mohammad), orienta teurosto para a Sagrada
Mesquita, porque isto a verdade doteu Senhor e Deus no est
desatento a quanto fazeis.150 Aonde quer que te dirijas, orienta
teu rosto para aSagrada Mesquita. Onde quer que estejais
(muulmanos), voltai vossos rostos na direo dela, paraque ningum,
salvo os inquos, tenha argumento com querefutar-vos. No temais!
Temei a Mim, a fim de que Eu vosagracie com Minhas mercs, para que
vos ilumineis.151 Assim tambm escolhemos(53), dentre vs,
umMensageiro de vossa raa para vos recitar Nossosversculos,
purificar-vos, ensinar-vos o Livro e a sabedoria,bem como tudo
quanto ignorais.152 Recordai-vos(54) de Mim, que Eu Me recordarei
de vs.Agradecei-Me e no Me sejais ingratos!153 fiis, amparai-vos na
perseverana e na orao,porque Deus est com os perseverantes.154 E no
digais que esto mortos aqueles quesucumbiram(55) pela causa de
Deus. Ao contrrio, estovivos, porm vs no percebeis isso.155
Certamente que vos poremos prova mediante otemor, a fome, a perda
dos bens, das vidas e dos frutos.
41. Mas tu ( Mensageiro), anuncia (a bem-aventurana)
aosperseverantes 156 Aqueles que, quando os aflige uma desgraa,
dizem:Somos de Deus e a Ele retornaremos 157 Estes sero cobertos
pelas bnos e pelamisericrdia de seu Senhor, e estes so os
bemencaminhados.158 As colinas de Assafa e Almarwa(56) fazem parte
dosrituais de Deus e, quem peregrinar Casa(57), ou cumprir
aumra(58), no cometer pecado algum em percorrer adistncia entre
elas. Quem fizer espontaneamente alm doque for obrigatrio, saiba
que Deus Retribuidor,Sapientssimo.159 Aqueles que ocultam as
evidncias e a Orientao querevelamos, depois de as havermos
elucidado aoshumanos, no Livro, sero malditos por Deus e
pelosimprecadores(59),160 Salvo os que se arrependeram,
emendaram-se edeclararam (a verdade); a estes absolveremos
porquesomos o Remissrio, o Misericordiosssimo.161 Sobre os
incrdulos, que morrem na incredulidade,cair a maldio de Deus, dos
anjos e de todahumanidade.162 Que pesar sobre eles eternamente(60).
O castigo nolhes ser atenuado, nem lhes ser dado prazo algum.163
Vosso Deus e Um s. No h mais divindade almdEle, o Clemente, o
Misericordiosssimo(61).164 Na criao dos cus e da terra; na alterao
do dia eda noite; nos navios que singram o mar para o benefcio
dohomem; na gua que Deus envia do cu, com a qualvivifica a terra,
depois de haver sido rida e ondedisseminou toda a espcie animal; na
mudana dosventos; nas nuvens submetidas entre o cus e a
terra,(nisso tudo) h sinais para os sensatos(62).165 Entre os
humanos h aqueles que adotam, em vez deDeus, rivais (a Ele) aos
quais professam igual amor que aEle; mas os fiis s amam
fervorosamente a Deus. Ah, se
42. os inquos pudessem ver (a situao em que estaro)quando virem
o castigo (que os espera!), concluiro que opoder pertence a Deus e
Ele Severssimo no castigo.166 Ento, os chefes negaro os seus
proslitos, viro otormento e romper-se-o os vnculos que os uniam.167
E os proslitos diro: Ah, se pudssemos voltar (terra),
repudi-los-amos como eles nos repudiaram! AssimDeus lhes demostrar
que suas aes so a causa deseus lamentos, e jamais se salvaro do
fogo infernal.168 humanos, desfrutai de todo o lcito(63) e do que
aterra contm de salutar e no sigais os passos de Satans,porque
vosso inimigo declarado.169 Ele s vos induz ao mal e obscenidade e
a quedigais de Deus o que ignorais.170 Quando lhes dito: Segui o
que Deus revelou! Dizem:Qual! S seguimos as pegadas dos nossos
pais! Segui-las-iam ainda que seus pais fossem destitudos
decompreenso e orientao?171 O exemplo de quem exorta os incrdulos
semelhante ao daquele que chama as bestas, as quais noouvem seno
gritos e vozerios. So surdos, mudos, cegos,porque so insensatos.172
fiis, desfrutai de todo o bem com que vosagraciamos e agradecei a
Deus, se s a Ele adorais.173 Ele s vos vedou a carnia(64), o
sangue, a carne desuno e tudo o que for sacrificado sob invocao de
outronome que no seja de Deus(65). Porm, quem, seminteno nem abuso,
for impelido a isso, no serrecriminado, porque Deus
Indulgente,Misericordiosssimo.174 Aqueles que ocultam o que Deus
revelou no Livro, e onegociam a vil preo, no saciaro suas entranhas
senocom fogo infernal. Deus no lhes falar no Dia daRessurreio nem
dos purificar, e sofrero um dolorosocastigo.
43. 175 So aqueles que trocam a Orientao pelo extravio, eo
perdo pelo castigo. Que resistncia havero de tersuportar o fogo
infernal!176 Isso, porque Deus revelou o Livro com a verdade
eaqueles que disputaram sobre ele incorreram em profundocisma.177 A
virtude no consiste s em que orientais vossosrostos at ao levante
ou ao poente. A verdadeira virtude a de quem cr em Deus, no Dia do
Juzo Final, nos anjos,no Livro e nos profetas; de quem distribuiu
seus bens emcaridade por amor a Deus, entre parentes,
rfos,necessitados, viajantes, mendigos e em resgate de
cativos(escravos). Aqueles que observam a orao, pagam ozakat,
cumprem os compromissos contrados, sopacientes na misria e na
adversidade, ou durante oscombates, esses so os verazes, e esses so
os tementes(a Deus).178 fiis, est-vos preceituado o talio(66) para
ohomicdio(67): livre por livre, escravo por escravo, mulherpor
mulher. Mas, se o irmo do morto perdoar oassassino,(68) devereis
indeniz-lo espontnea evoluntariamente. Isso uma mitigao e
misericrdia devosso Senhor. Mas quem vingar-se, depois disso,
sofrerum doloroso castigo.179 Tendes, no talio, a segurana da vida,
sensatos,para que vos refreeis.180 Est-vos prescrito que quando a
morte se apresentar aalgum de vs, se deixar bens, que faa
testamentoeqitativo em favor de seus pais e parentes; este umdever
dos que temem a Deus.181 E aqueles que o alterarem, depois de o
haveremouvido, estaro cometendo (grave) delito. Sabeis que Deus
Onipotente, Sapientssimo.182 Mas quem, suspeitando parcialmente ou
injustia(69) daparte do testador, emendar o testamento para
reconciliaras partes, no ser recriminado porque Deus
Indulgente,Misericordiosssimo.
44. 183 fiis, est-vos prescrito o jejum, tal como
foiprescrito(70) a vossos antepassados, para que temais aDeus.184
Jejuareis(71) determinados dias; porm, quem de vsno cumprir jejum,
por achar-se enfermo ou em viagem(72),jejuar, depois, o mesmo nmero
de dias. Mas quem, s custa de muito sacrifcio, consegue cumpri-lo,
vier aquebr-lo, redimir-se-, alimentando um necessitado;porm, quem
se empenhar em fazer alm do que forobrigatrio, ser melhor. Mas, se
jejuardes, ser prefervelpara vs, se quereis sab-lo.185 O ms de
Ramadan foi o ms em que foi revelado oAlcoro, orientao para a
humanidade e vidncia deorientao e Discernimento. Por conseguinte,
quem de vspresenciar o novilnio deste ms dever jejuar; porm,quem se
achar enfermo ou em viagem jejuar, depois, omesmo nmero de dias.
Deus vos deseja a comodidade eno a dificuldade, mas cumpri o nmero
(de dias), eglorificai a Deus por ter-vos orientado, a fim de que
(Lhe)agradeais.186 Quando Meus servos te perguntarem de Mim,
dize-lhes que estou prximo e ouvirei o rogo do suplicantequando a
Mim se dirigir. Que atendam o Meu apelo e quecreiam em Mim, a fim
de que se encaminhem.187 Est-vos permitido, nas noites de jejum,
acercar-vosde vossas mulheres, porque elas so vossasvestimentas(73)
e vs o sois delas. Deus sabe o que vsfazeis secretamente; porm,
absorveu-vos e vos indultou.Acercai-vos agora delas e desfrutai do
que Deus vosprescreveu. Comei e bebei at alvorada, quandopodereis
distinguir o fio branco do fio negro. Retornai,ento ao, jejum, at
ao anoitecer, e no vos acerqueisdelas enquanto estiverdes retrados
nas mesquitas. Taisso as normas de Deus; no as transgridais de
modoalgum. Assim Deus ilucida os Seus versculos aoshumanos, a fim
de que O temam.188 No consumais as vossas propriedades em
vaidades,nem as useis para subornar os juizes, a fim de vos
45. apropriardes ilegalmente, com conhecimento, de algo dosbens
alheios(74).189 Interrogar-te-o sobre os novilnios(75).
Dize-lhes:Servem para auxiliar o homem no cmputo do tempo e
noconhecimento da poca da peregrinao. A virtude noconsiste em que
entreis nas casas pela porta traseira; averdadeira virtude a de
quem teme a Deus, para queprospereis(76).190 Combatei,(77) pela
causa de Deus, aqueles que voscombatem; porm, no pratiqueis
agresso, porque Deusno estima os agressores.191 Matai-os onde quer
se os encontreis e expulsai-os deonde vos expulsaram, porque a
perseguio mais gravedo que o homicdio. No os combatais nas
cercanias daMesquita Sagrada(78), a menos que vos ataquem. Mas,
seali vos combaterem, matai-os. Tal ser o castigo dosincrdulos.192
Porm, se desistirem, sabei que Deus
Indulgente,Misericordiosssimo.193 E combatei-os at terminar a
perseguio e prevalecera religio de Deus. Porm, se desistirem, no
haver maishostilidades, seno contra os inquos.194 Se vos atacarem
um ms sagrado, combatei-os nomesmo ms(79), e todas as profanaes
sero castigadascom a pena de talio. A quem vos agredir, rechaai-o,
damesma forma; porm, temei a Deus e sabei que Ele estcom os que O
temem.195 Fazei dispndios(80) pela causa de Deus, sem permitirque
as vossas mo contribuam para vossa destruio, epraticai o bem,
porque Deus aprecia os benfeitores.196 E cumpri a peregrinao e a
Umra(80-a), a servio deDeus. Porm, se fordes impedidos disso,
dedicai umaoferenda do que vos seja possvel e no corteis os
vossoscabelos at que a oferenda tenha alcanado o lugardestinado ao
seu sacrifcio. Quem de vs se encontrarenfermo, ou sofrer de alguma
infeco na cabea, e araspar, redimir-se- mediante o jejum, a
caridade ou a
46. oferenda. Entretanto, em condio de paz, aquele querealizar
a Umra antes da peregrinao, dever, terminadaesta, fazer uma
oferenda daquilo que possa. E quem noestiver em condies de faz-lo,
dever jejuar trs dias,durante a peregrinao, e sete, depois do seu
regresso,totalizando dez dias. Esta penitncia para aquele queno
reside prximo ao recinto da Mesquita Sagrada. Temeia Deus e sabei
que Severssimo no castigo.197 A peregrinao realiza em meses
determinados(81).Quem a empreender, dever abster-se das
relaessexuais, da perversidade e da polmica. Tudo o quefizerdes de
bom Deus o saber. Equipai-vos de provises,mas sabei que a melhor
proviso a devoo. Temei-Me,pois, sensatos.198 No serei censurados se
procurardes a graa dovosso Senhor (durante a peregrinao). Quando
descerdesdo monte Arafat, recordai-vos de Deus perante osMonumento
Sagrado(82) e recordai-vos de como vosiluminou, ainda quando reis,
antes disso, dos extraviados.199 Descei, tambm, de onde descem(83)
os demais, eimplorai perdo de Deus, porque
Indulgente,Misericordiosssimo.200 Quando celebrardes os vossos
ritos, recordai-vos deDeus como vos recordar dos vosso pais(84), ou
com maisfervor. Entre os humanos h aqueles que dizem: "Senhor
nosso, concede-nos o nosso bem-estar terreno!"Porm,, no participaro
da ventura da outra vida.201 Outros dizem: " Senhor nosso,
concede-nos a graadeste mundo e do futuro, e preserva-nos do
tormentoinfernal!"202 Estes, sim, lograro a poro que tiverem
merecido,porque Deus Destro em ajustar contas.203 Recordai-vos de
Deus em dias contados(85). Mas,quem se apressar em (deixar o local)
aps dois dias, noser recriminado; tampouco pecar aquele que se
atrasar,se for temente a Deus. Temei a Deus, pois, e sabei
quesereis reunidos perante Ele.
47. 204 Entre os homens h aquele que, falando da vidaterrena,
te encanta, invocando Deus por Testemunha detudo quanto encerra o
seu corao embora seja o maisencarniado dos inimigos (dEle).205 E
quando se retira, eis que a sua inteno percorrera terra para causar
a corrupo, devastar as semeaduras eo gado, mesmo sabendo que a Deus
desgosta acorrupo.206 Quando lhe dito que tema a Deus, apossa-se
dele asoberbia, induzindo-o ao pecado. Mas o inferno
ser-lhe-suficiente castigo. Que funesta morada!207 Entre os homens
h tambm aquele que se sacrificapara obter a complacncia de Deus,
porque Deus Compassivo para com os servos.208 fiis, abraai o Islam
na sua totalidade e no sigaisos passos de Satans, porque vosso
inimigo declarado.209 Porm se tropeardes, depois de vos terem
chegadoas evidncias, sabei que Deus Poderoso, Prudentssimo.210
Aguardam eles que lhes venha o Prprio Deus, nasombra dos cirros,
juntamente com os anjos e, assim, tudoesteja terminado? Sabei que
todo retornar a Deus(86).211 Pergunta aos israelitas(87) quantos
sinais evidenteslhes temos mostrado. Mas quem deturpa
conscientementeas mercs de Deus, depois de lhas terem chegado,
saibaque Deus Severssimo no castigo(88).212 Foi abrilhantada a vida
terrena aos incrdulos e, porisso, zombam dos fiis; porm, os
tementes prevalecerosobre eles no Dia da Ressurreio, porque Deus
agraciaimensuravelmente quem Lhe apraz(89).213 No princpio os povos
constituam uma s nao.Ento, Deus enviou os profetas como
alvissareiros eadmoestadores e enviou, por eles, o Livro, com a
verdade,para dirimir as divergncias a seu respeito, depois de
lhesterem chegado as evidncias, por egostica contumcia.Porm, Deus,
com a Sua graa, orientou os fiis para averdade quanto quilo que
causa das suas divergncias;Deus encaminha quem Lhe apraz senda
reta.
48. 214 Pretendeis, acaso, entrar no Paraso, sem antesterdes de
passar pelo que passaram os vossosantecessores? Aoitaram-nos a
misria e a adversidade,que os abalaram profundamente, at que, mesmo
oMensageiro e os fiis, que com ele estavam, disseram:Quando chegar
o socorro de Deus? Acaso o socorro deDeus no est prximo?215
Perguntam-te que parte devem gastar (em caridade).Dize-lhes: Toda a
caridade que fizerdes, deve ser para ospais, parentes, rfos,
necessitados e viajantes(desamparados). E sabei que todo o bem que
fizerdes,Deus dele tomar conscincia.216 Est-vos prescrita a luta
(pela causa de Deus), emborao repudieis. possvel que repudieis algo
que seja umbem para vs e, qui, gosteis de algo que vos
sejaprejudicial; todavia, Deus sabe todo o bem que fizerdes,Deus
dele tomar conscincia.217 Quando te perguntarem se lcito combater
no mssagrado(90), dize-lhes: A luta durante este ms um gravepecado;
porm, desviar os fiis da senda de Deus, neg-Lo, privar os demais da
Mesquita Sagrada e expulsar dela(Makka) os seus habitantes mais
grave ainda, aos olhosde Deus, porque a perseguio pior do que o
homicdio.Os incrdulos, enquanto puderem, no cessaro de voscombater,
at vos fazerem renunciar vossa religio;porm, aqueles dentre vs que
renegarem a sua f emorrerem incrdulos tornaro as suas obras sem
efeito,neste mundo e no outro, e sero condenados ao inferno,onde
permanecero eternamente.218 Aqueles que creram, migraram e
combateram pelacausa de Deus podero esperar de Deus a
misericrdia,porque Deus Indulgente, Misericordiosssimo.219
Interrogam-te a respeito da bebida inebriante(91) e dojogo de azar
HREF="#92">92); dize-lhes: Em ambos hbenefcios e malefcios para
o homem; porm, os seusmalefcios so maiores do que os seus
benefcios.Perguntam-te o que devem gastar (em caridade). Dize-lhes:
Gastai o que sobrar das vossas necessidades. Assim
49. Deus vos elucida os Seus versculos, a fim de
quemediteis,220 Nesta vida e na outra. Consultar-te-o a respeito
dosrfos; dize-lhes: Fazer-lhes o bem o melhor. E semisturardes
vossos assuntos com os deles, sero vossosirmos; sabei que Deus
distingue o corrupto do benfeitor.Porm, se Deus quisesse,
Ter-vos-ia afligido, porque Poderoso, Prudentssimo.221 No
desposareis as idlatras at que elas seconvertam, porque uma escrava
fiel prefervel a umaidlatra, ainda que esta vos apraza(93).
Tampoucoconsintais no matrimnio das vossas filhas com osidlatras,
at que estes se tenham convertido, porque umescravo fiel prefervel
a um livre idlatra, ainda que estevos apraza. Eles arrastam-vos
para o fogo infernal; emtroca, Deus, com Sua benevolncia,
convoca-vos aoParaso e ao perdo e elucida os Seus versculos
aoshumanos, para que Dele recordem.222 Consultar-te-o acerca da
menstruao; dize-lhes: uma impureza(94). Abstende-vos, pois, das
mulheresdurante a menstruao e no vos acerqueis delas at quese
purifiquem; quando estiverem purificadas, aproximai-vosento delas,
como Deus vos tem disposto, porque Eleestima os que arrependem e
cuidam da purificao.223 Vossas mulheres so vossas semeaduras.
Desfrutai,pois, da vossa semeadura, como vos apraz; porm,praticai
boas obras antecipadamente, temei a Deus e sabeique compareceis
perante Ele. E tu ( Mensageiro), anunciaaos fiis (a
bem-aventurana).224 No tomeis (o nome de) Deus como desculpa,
emvosso juramento, para no serdes benevolentes, devotos
ereconciliardes os homens, porque Deus Oniouvinte,Sapientssimo.225
Deus no vos recriminar por vossos juramentosinvoluntrios(95); porm,
responsabilizar-vos- pelasintenes dos vossos coraes. Sabei que Deus
Tolerante, Indulgentssimo.
50. 226 Aqueles que juram abster-se das suas mulheresdevero
aguardar um prazo de quatro meses. Porm, seento voltarem a elas,
saibam que Deus Indulgente,Misericordiosssimo.227 Mas se revolverem
divorciar-se, saibam que Deus Oniouvinte, Sapientssimo(96).227 As
divorciadas aguardaro trs menstruao e, secrem em Deus e no Dia do
Juzo Final, no deveroocultar o que Deus criou em suas entranhas. E
seusesposos tm mais direito de as readmitir, se desejarem
areconciliao(97), porque elas tem direitos equivalentes aosseus
deveres, embora os homens tenham um grau sobreelas(98), porquanto
Deus Poderoso, Prudentssimo.228 O divrcio revogvel(99) s poder ser
efetuado duasvezes. Depois, tereis de conserv-las
convoscodignamente ou separar-vos com benevolncia. Est-vosvedado
tirar-lhes algo de tudo quanto lhes haveis dotado, amenos que ambos
temam contrariar as leis de Deus(100).Se temerdes (vs juizes) que
ambos as contrariem, nosero recriminados, se ela der algo pela
vossa liberdade.Tais so os limites de Deus, no os ultrapasseis,
pois;aqueles que os ultrapassarem sero inquos.229 Porm, se ele se
divorciar irrevogavelmente dela,(101)no lhe ser permitido tom-la de
novo por esposa legalat que se tenha casado com outro e tambm se
tenhadivorciado deste; no sero censurados se sereconciliarem, desde
que sintam que podero observar asleis de Deus. Tais so os limites
de Deus, que Ele elucidapara os sensatos.230 Quando vos
divorciardes(102) das mulheres, ao teremelas cumprido o seu perodo
prefixado, tomai-as de voltaeqitativamente, ou liberta-as
eqitativamente. No astomeis de volta com o intuito de injuri-las
injustamente,porque quem tal fizer condenar-se-. No zombeis
dosversculos de Deus e recordai-vos das Suas mercs paraconvosco e
de quanto vos revelou no Livro, com sabedoria,mediante o qual vos
exorta. Temei a Deus e sabei queDeus Onisciente.
51. 231 Se vos divorciardes das mulheres, ao terem elascumprido
o seu perodo prefixado, no as impeais(103) derenovar a unio com os
seus antigos maridos, se ambos sereconciliarem voluntariamente. Com
isso se exorta a quemdentre vs cr em Deus e no Dia do Juzo Final.
Isso mais puro e mais virtuoso para vs, porque Deus sabe evs
ignorais.233 As mes (divorciadas) amamentaro os seus filhosdurante
dois anos inteiros, aos quais desejarem completara lactao, devendo
o pai mant-las e vesti-laseqitativamente. Ningum obrigado a fazer
mais do queest ao seu alcance. Nenhuma me ser prejudicada porcausa
do seu filho, nem tampouco o pai, pelo seu. Oherdeiro do pai tem as
mesmas obrigaes; porm, seambos, de comum acordo e consulta mtua,
desejarem adesmama antes do prazo estabelecido, so
serorecriminados. Se preferirdes tomar uma ama para osvossos
filhos, no sereis recriminados, sempre quepagueis, estritamente, o
que tiverdes prometido. Temei aDeus e sabe que Ele v tudo quanto
fazeis.234 Quanto queles, dentre vs, que falecerem e deixaremvivas,
estas devero aguardar quatro meses e dezdias(104). Ao cumprirem o
perodo prefixado, no sereisresponsveis por tudo quanto fizerem
honestamente dassuas pessoas, porque Deus est bem inteirado de
tudoquanto fazeis.235 Tampouco sereis censurados se fizerdes aluso
auma proposta de casamento e estas mulheres, oupensardes em faz-lo.
Deus bem sabe que vos importaiscom elas; porm, no vos declareis a
elasindecorosamente; fazei-o em termos honestos e nodecidais sobre
o contrato matrimonial at que hajatranscorrido o perodo prescrito;
sabei que Deus conhecetudo quanto ensejais. Temei-O, pois, e sabeis
que Ele Tolerante, Indulgentssimo.236 No sereis recriminados se vos
divorciardes dasvossas mulheres antes de as haverdes tocado ou
fixado odote; porm, concedei-lhes um presente; rico, segundo
as
52. suas posses, e o pobre, segundo as suas, porqueconceder
esse presente obrigao dos benfeitores.237 E se vos divorciardes
delas antes de as haverdestocado, tendo fixado o dote,
corresponder-lhes- a metadedo que lhes tiverdes fixado, a menos
que, ou elas abrammo (disso)(105), ou faa quem tiver o contrato
matrimonialem seu poder(106). Sabei que o perdo est mais prximoda
virtude e no esqueais da liberalidade entre vs,porque Deus bem v
tudo quanto fazeis.238 Observai as oraes, especialmente
asintermedirias,(107) e consagrai-vos fervorosamente a Deus.239 Se
estiverdes em perigo, orai andando ou cavalgando;porm, quando
estiverdes seguros, invocai Deus, tal comoEle vos ensinou o que no
sabeis.240 Quanto queles, dentre vs, que faleceram e deixaremvivas,
a elas deixaro um legado para o seu sustentodurante um ano, sem que
sejam foradas a abandonarsuas casas. Porm, se elas voluntariamente
asabandonarem, no sereis responsveis pelo que
fizerem,moderadamente, de si mesmas, porque Deus
Poderoso,Prudentssimo.241 Proporcionar o necessrio s divorciadas
(para suamanuteno) um dever dos tementes.242 Assim Deus vos elucida
os Seus versculos para queraciocineis.243 No reparastes naqueles
que, aos milhares, fugiramdas suas casas por temor morte? Deus lhes
disse:Morrei! Depois os ressuscitou, porque Agraciante paracom os
humanos; contudo a maioria no Lhe agradece.244 Combatei pela causa
de Deus e sabei que Ele Oniouvinte, Sapientssimo(108).245 Quem
estaria disposto a emprestar a Deus,espontaneamente, para que Ele
se multipliqueinfinitamente? Deus restringe ou prodigaliza a Sua
graa, ea Ele retornareis.246 No reparastes ( Mohammad) nos lderes
dosisraelitas que, depois da morte de Moiss(109), disseram ao
53. seu profeta: Designa-nos um rei, para combatermos pelacausa
de Deus. E ele perguntou: Seria possvel que nocombatsseis quando
vos fosse imposta a luta? Disseram:E que escusa teramos para no
combater pela causa deDeus, j que fomos expulsos dos nossos lares e
afastadosdos nossos filhos? Porm, quando lhes foi ordenado
ocombate, quase todos o recusaram, menos uns poucosdeles. Deus bem
conhece os inquos.247 Ento, seu profeta lhes disse: Deus vos
designouTalut(110) por rei. Disseram: Como poder ele impor a
suaautoridade sobre ns, uma vez que temos mais direto doque ele
autoridade, e j que ele nem sequer foi agraciadocom bastantes
riquezas? Disse-lhes: certo que Deus oelegeu sobre vs,
concedendo-lhe superioridade fsica emoral. Deus concede a Sua
autoridade a que Lhe apraz, e Magnificente, Sapientssimo.248 E o
seu profeta voltou a dizer: O sinal da suaautoridade consistir em
que vos chegar a Arca daAliana(111), conduzida por anjos, contendo
a paz do vossoSenhor e algumas relquias, legadas pela famlia
deMoiss e de Aaro. Nisso terei um sinal, se sois fiis.249 Quando
Saul partiu com o seu exrcito, disse: certoque Deus vos provar, por
meio de um rio. Sabei quequem nele se saciar no ser dos meus; s-lo-
quem notomar de suas guas mais do que couber na concavidadeda sua
mo. Quase todos se saciaram, menos uns tantos.Quando ele e os fiis
atravessaram o rio, (alguns)disseram: Hoje no podemos com Golias e
com seuexrcito. Porm, aqueles que creram que deveriamencontrar Deus
disseram: Quantas vezes um pequenogrupo venceu outro mais numeroso,
pela vontade de Deus,porquanto Deus est com os perseverantes!250 E
quanto se defrontaram com Golias e com o seuexrcito, disseram:
Senhor nosso, infunde-nosconstncia, firma os nossos passos e
concede-nos a vitriasobre o povo incrdulo!251 E com a vontade de
Deus os derrotaram; Davi matouGolias(112) e Deus lhe outorgou o
poder e a sabedoria e lhe
54. ensinou tudo quanto Lhe aprouve. Se Deus no contivesseaos
seres humanos, uns, em relao aos outros, a terra secorromperia;
porm, Ele Agraciante para com a (Estincompleto no Alcoro)252 Tais
so os versculos de Deus que realmente teditamos, porque s um dos
mensageiros.253 De tais mensageiros preferimos uns aos outros.
Entreeles, se encontram aqueles a quem Deus falou, e aquelesque
elevou em dignidade. E concedemos a Jesus, filho deMaria, as
evidncias, e o fortalecemos com o Esprito daSantidade. Se Deus
quisesse, aqueles que os sucederamno teriam combatido entre si,
depois de lhes teremchegado as evidncias. Mas discordaram entre si;
unsacreditaram e outros negaram. Se Deus quisesse, noteriam
digladiado; porm, Deus dispe como quer.254 fiis, fazei caridade com
aquilo com que vosagraciamos, antes que chegue o dia em que no
haverbarganha, amizade, nem intercesso. Sabei que osincrdulos so
inquos.255 Deus(113)! No h mais divindade alm dEle,
Vivente,Subsistente(114), a Quem jamais alcana a inatividade ou
osono; dEle tudo quanto existe nos cus e na terra. Quempoder
interceder junto a Ele, sem a Sua anuncia? Eleconhece tanto o
passado como o futuro, e eles (humanos)nada conhecem a Sua
cincia(115), seno o que Elepermite. O Seu Trono(116) abrange os cus
e a terra, cujapreservao no O abate, porque o Ingente, o
Altssimo.256 No h imposio quanto religio(117), porque j sedestacou
a verdade do erro. Quem renegar o sedutor ecrer em Deus, Ter-se-
apegado a um firme einquebrantvel sustentculo, porque Deus
Oniouvinte,Sapientssimo.257 Deus o Protetor dos fiis; Quem os
retira dastrevas e os transportam para a luz; ao contrrio,
osincrdulos, cujos protetores so os sedutores, para que osarrastam
da luz, levando-os para as trevas, serocondenados ao inferno onde
permanecero eternamente.
55. 258 No reparaste naquele que disputava com Abrao(118)acerca
de seu Senhor, por lhe haver Deus concedido opoder? Quando Abrao
lhe disse: Meu Senhor Quem da vida e a morte! retrucou: Eu tambm
dou a vida e amorte. Abrao disse: Deus faz sair o sol do Oriente,
faze-otu sair do Ocidente. Ento o incrdulo ficou confundido,porque
Deus no ilumina os inquos.(119)259 Tampouco reparastes naquele que
passou por umacidade em runas(120) e conjecturou: Como poder
Deusressuscit-la depois de sua morte? Deus o manteve mortodurante
cem anos; depois o ressuscitou e lhe perguntou:Quanto tempo
permaneceste assim? Respondeu:Permaneci um dia ou parte dele.
Disse-lhe: Qual!Permaneceste cem anos. Observa a tua comida e a
tuabebida; constata que ainda no se deterioraram. Agoraobserva teu
asno (no resta dele mais do que a ossada);isto para fazer de ti um
exemplo para os humanos.Observa como dispomos os seus ossos e em
seguida osrevestimos de carne. Diante da evidncia,
exclamou:Reconheo que Deus Onipotente!260 E de quando Abrao
implorou: Senhor meu, mostra-me como ressuscitas os mortos;
disse-lhe Deus: Acaso,ainda no crs? Afirmou: Sim, porm, faze-o,
para atranqilidade do meu corao. Disse-lhe: Toma quatropssaros,
treina-os para que voltem a ti, e coloca umaparte deles(121) sobre
cada montanha; chama-os, emseguida, que viro, velozmente, at ti; e
sabe que Deus Poderoso, Prudentssimo.261 O exemplo daqueles que
gastam os seus bens pelacausa de Deus como o de um gro que produz
seteespigas, contendo cada espiga cem gros. Deus multiplicamais
ainda a quem Lhe apraz, porque Munificente,Sapientssimo.262 Aqueles
que gastam os bens pela causa de Deus, semacompanhar a sua caridade
com exprobao ou agravos,tero a sua recompensa ao lado do Senhor e
no seropresas do temor, nem se atribularo.
56. 263 Uma palavra cordial e uma indulgncia so preferveis
caridade seguida de agravos, porque Deus , por Si,Tolerante,
Opulentssimo.264 fiis, no desmereais as vossas caridades
comexprobao ou agravos como aquele que gasta os seusbens, por
ostentao, diante das pessoas que no cr emDeus, nem no Dia do Juzo
Final. O seu exemplo semelhante ao de uma rocha coberta por terra
que, ao seratingida por um aguaceiro,(122) fica a descoberto. Em
nadase beneficiar, de tudo quanto fizer, porque Deus noilumina os
incrdulos.265 Por outra, o exemplo de quem gasta os seus
bensespontaneamente, aspirando complacncia de Deuspara fortalecer a
sua alma, como um pomar em umacolina que, ao cair a chuva, tem os
seus frutos duplicados;quando a chuva no o atinge, basta-lhe o
orvalho. E Deusbem v tudo quanto fazeis.266 Desejaria algum de vs,
possuindo um pomar(123)cheio de tamareiras e videiras, abaixo das
quais corressemos rios, em que houvesse toda espcie de frutos,
esurpreendesse a velhice com filhos de tenra idade(124), queo
aoitasse e consumisse um furaco ignfero? AssimDeus elucida os
versculos, a fim de que mediteis.267 fiis, contribu com o que de
melhor tiverdesadquirido, assim como com o que vos temos feito
brotar daterra, e no escolhais o pior para fazerdes caridade,
sendoque vs no aceitareis para vs mesmos, a no ser comos olhos
fechados. Sabei que Deus , por Si, Opulento,Laudabilssimo.268
Satans vos atemoriza com a misria e vos induz obscenidade; por
outro lado, Deus vos promete a Suaindulgncia e a Sua graa(125),
porque Munificente,Sapientssimo.269 Ele concede sabedoria a quem
Lhe apraz, e todoaquele que for agraciado com ela, sem dvida ter
logradoum imenso bem; porm, salvo os sensatos, ningum
ocompreende.
57. 270 De cada caridade que dispensais e de cada promessaque
fazeis, Deus o sabe; sabei que os inquos jamais teroprotetores.271
Se fizerdes caridade abertamente, quo louvvel ser!Porm, se a
fizerdes, dando aos pobres dissimuladamente,ser prefervel para vs,
e isso vos absolver de algunsdos vossos pecados, porque Deus est
inteirado de tudoquanto fazeis.272 A ti ( Mensageiro) no cabe
gui-los; porm, Deusguia a quem Lhe apraz. Toda a caridade que
fizerdes serem vosso prprio benefcio, e no pratiqueis boas aesseno
com a aspirao de agradardes a Deus. Sabei quetoda caridade que
fizerdes vos ser recompensada comvantagem, e no sereis
injustiados.273 (Concedei-a) aos que empobrecerem empenhados
nacausa de Deus, que no podem se dar a negcios na terra,e que o
ignorante no os cr necessitados, porque soreservados. Tu os
reconhecers por seus aspectos, porqueno mendigam impertinentemente.
De toda a caridade quefizerdes Deus saber.274 Aqueles que gastam
dos seus bens, tanto de dia como noite, quer secreta, quer
abertamente, obtero a suarecompensa no Senhor e no sero presas do
temor, nemse atribularo.275 Os que praticam a usura(126) s sero
ressuscitadoscomo aquele que foi perturbado por Satans; isso,
porquedisseram que a usura o mesmo que o comrcio(127); noentanto,
Deus consente o comrcio e veda a usura. Mas,quem tiver recebido uma
exortao do seu Senhor e seabstiver, ser absolvido pelo passado, e
seu julgamento scaber a Deus. Por outro lado, aqueles que
reincidirem,sero condenados ao inferno, onde
permaneceroeternamente.276 Deus abomina a usura e multiplica a
recompensa aoscaritativos; Ele no aprecia nenhum incrdulo,
pecador.277 Os fiis que praticarem o bem, observarem a orao
epagarem o zakat, tero a sua recompensa no Senhor eno sero presas
do temor, nem se atribularo.