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Alcorão Fonte digital: Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu http://www.islam.com.br E-mail: [email protected] Versão para RocketEdition TM LCC Publicações Eletrônicas eBooksBrasil.com Em Nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso Disse Deus, O Altíssimo: "Se tivéssemos feito descer este Alcorão sobre uma montanha, te-las-ia visto humilhar-se e fender-se , por temor a Deus. Tais exemplos propomos aos humanos, para que raciocinem" (surat Al Haxr 59:21) INTRODUÇÃO Louvado seja Deus, Senhor do Universo, e que a paz e a misericórdia estejam com o Mensageiro e toda a sua estirpe, seus companheiros e seus seguidores!

Alcorao

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  1. 1. AlcoroFonte digital:Centro Cultural Beneficente rabe Islmico de Foz do Iguauhttp://www.islam.com.br E-mail:[email protected] Verso para RocketEditionTM LCC Publicaes EletrnicaseBooksBrasil.comEm Nome de Deus, O Clemente, O MisericordiosoDisse Deus, O Altssimo: "Se tivssemos feito descer este Alcorosobre uma montanha, te-las-ia vistohumilhar-se e fender-se , por temor a Deus.Tais exemplos propomos aos humanos, para que raciocinem"(surat Al Haxr 59:21)INTRODUO Louvado seja Deus, Senhor do Universo, e que a paz ea misericrdia estejam com o Mensageiro e toda a suaestirpe, seus companheiros e seus seguidores!
  2. 2. O Alcoro a palavra de Deus, revelada a Mohammad,desde a Surata da Abertura at a Surata dos Humanos,constituindo o derradeiro dos livros revelados humanidade. Ele encerra, em sua totalidade, diversificadasnuanas, tais como: a felicidade, a reforma entre oshomens, a concrdia no presente e no futuro; ele foirevelado, versculo por versculo, surata por surata, deacordo com as situaes e os acontecimentos, no decorrerdos vente e trs ltimos anos da vida do ProfetaMohammad. Uma parte foi revelada antes da Hgira, emMakka, e outra depois, em Madina. Os versculos e assuratas revelados em Makka abrangem as normas dacrena em Deus, em Seus Anjos, em Seus Livros, emSeus mensageiros e no Dia do Juzo Final. Os versculos eas suratas revelados em Madina dizem respeito aos rituaise jurisprudncia.Nele h narrativas sobre os nossos antecessores esobre os nossos sucessores, e um rbitro entre ns. Hnarrativas de povos anteriores, de sculos passados; hhistrias dos profetas, dos Mensageiros, dos povos, dosgrupos, das pessoas, dos acontecimentos e do desenrolarda histria da civilizao; nele h explicaes e exemplospara aqueles que por ele queiram pautar suas vidas, eexortao para quem tem corao e est disposto a aceit-la, e a prestar testemunho. Ele revela a Lei imutvel deDeus, quer seja na perdio dos extraviados, quer seja nasalvao dos encaminhados. Ele ensina que o mundo doshomens, no decorrer dos sculos, s benfico com areligio de Deus; que a humanidade, o que quer que faa,no alcanar a almejada felicidade se no se iluminar,guiando-se com a Mensagem Divina.Nele h revelaes do futuro sobre o dia daRessurreio, sobre a vida futura, no dia em que oshomens se congregaro junto ao Senhor do Universo."Aquele que fizer um bem, quer seja do peso de umtomo., v-lo-; e aquele que fizer um mal, quer seja dopeso de um tomo, v-lo-."(99 Surata, versculos 7 e 8)Nele h o julgamento dos problemas e das questesonde premente uma explicao e uma diretriz docaminho a seguir, no que diz respeito s questes da
  3. 3. crena e do pensamento, do carter e do comportamento,das relaes econmicas, dos ramos doutrinrios, dosjulgamentos pessoais ou no: " humanos, j vos chegouuma prova convincente de vosso Senhor e vos enviamosuma translcida Luz."(4 Surata, versculo 174) "Recorda-lhes o dia em que faremos surgir uma testemunha de cadapovo para testemunhar contra os seus, e teapresentaremos por testemunha contra os teus. Temos-terevelado, pois, o Livro que uma explanao de tudo, guia, misericrdia e auspcio para os muulmanos."(16Surata, versculo 89) No h lei religiosa ou um problema,no que diz respeito ao mundo e vida dos homens, queno tenha nele uma soluo; ele um auxlio aoinesgotvel, guia, explicao e orientao para todos, querseja em partes ou no todo: "J vos chegou de Deus umaLuz e um Livro Lcido."(5 Surata, versculo 15)Sim, este fabuloso Alcoro a luz orientadora para ahumanidade. Ele arrancou-a das trevas e transportou-apara luz, para a verdade e para a verdadeira senda. Foi oponto de transformao na sua longa histria, tirando-a davida atroz de corrupo e levando-a para a vida deliberdade, de religio e de orientao, e instituiu, no mundotodo, o direito e a compreenso, elevando a humanidadedo mais baixo degrau os pncaros da perfeio, de maneirasobranceira.As evidncias e os significados que o Alcoro abrange,j citados, s podem ser entendidos atravs deexplicaes do texto alcornico e de seus versculos. Talexplicao uma pesquisa sobre a vontade de Deus,sobre o conhecimento dessa vontade atravs de Suaspalavras no Alcoro, de acordo com a capacidade humana.A cincia da exegese nasceu dbil e cresceupaulatinamente at alcanar a maturidade, e seguirformidavelmente neste diapaso que conhecemos hoje. Napoca da revelao do Alcoro, enquanto o Profeta vivia,no havia necessidade para a explicao dos versculos,nem a regulamentao dessa cincia, porque o texto, nasua totalidade, era claro, compreensvel para o Profeta eseus Companheiros. Apesar disso, o Profeta explicavaalguns versculos e algumas pronncias que podiam
  4. 4. causar ambigidades; tambm os Companheiros doProfeta e alguns adeptos assim o fizeram. Isto porquepoderia haver m interpretao, quaisquer que fossem asrazes que teriam de se desenrolar na alvorada de umpovo progressista, em formao, que iria se expandiratravs de conquistas, enriquecendo sua existncia comacontecimentos histricos, discusses doutrinrias epesquisas em jurisprudncia e poltica.O Alcoro era e continua sendo o centro da culturaislmica, dos movimentos filosficos e de todas as suasatividades intelectuais; seus versculos estimulam a nelepensarmos. Disse o Altssimo: "Eis o Livro que terevelamos, para que os sensatos recordem seus versculose neles meditem."(38 Surata, versculo 29) Disse mais:"No meditam, acaso, no Alcoro? Se fosse de outraorigem que no de Deus, haveria nele muitasdiscrepncias."(4 Surata, versculo 82) E disse ainda:"No meditam, acaso, no Alcoro, ou que seus coraesso insensveis?"(47 Surata, versculo 24.)Sua explicao nada mais do que o resultado demeditao e de deliberao. O ponto de vista dos doutosna matria, bem como seus mtodos, so diversificados.Alguns, levados pela simpatia doutrinria, apegaram-se explicao dos versculos, nesse sentido. Outros, levadospela simpatia lingstica, eloqente, estilstica e literria,enredaram-se tambm, nesse particular; o mesmoaconteceu com os simpatizantes da jurisprudncia. Outros,ainda, apegaram-se explicao das narrativas. Nesseparticular, houve aqueles que se prolongaram naexplicao, at a prolixidade estafante, e outrosrestringiram-na sucintez chocante, e outros, ainda,quedaram-se no meio-termo. Deles, houve quem tendessepara a explicao pessoal, e outros ainda no estiloesdrxulo; outros em estilo claro. De tudo isso resultouuma grande riqueza cientfica e um movimento intelectualconsidervel, que elevam glorificam um povo que serve aoLivro de seu Senhor, quer seja em decor-lo, preserv-loexplic-lo, quer seja em examin-lo, elev-lo e consagr-loao longo de catorze sculos, que sero seguidos pormuitos outros, at que tudo que h no universo comparea
  5. 5. perante o Criador: "Ns revelamos a Mensagem e somosSeu Preservador"(15 Surata, versculo 9) "Este o Livro(o Alcoro) veraz por excelncia. A falsidade no seaproxima dele nem pela frente, nem por trs, porque arevelao do Prudente, Laudabilssimo."(41 Surata,versculo 41-42)Todas as importantes religies do mundo so baseadasnos seus Livros Sagrados, os quais so freqentementeatribudos a revelaes divinas. Seria pattico se, poralgum infortnio, uma delas viesse a perder o texto originalda revelao; a substituio jamais poderia estar em inteiraconformidade com o que fora perdido. Os brmanes, osbudistas, os judeus, os masdestas e os cristos podemcomparar o mtodo empregado para a preservao dosensinamentos bsicos de suas respectivas religies com omtodo dos muulmanos. Quem lhes escreveu os livros?Quem lhos transmitiu de gerao a gerao? Ser atransmisso provinda de textos originais ou apenastraduo? No haveriam as guerras fratricidas causadodano s cpias dos textos? No haver contradiesinternas ou lacunas cujas referencias so encontradas emoutro lugar? Estas so algumas das questes que poderoser aventadas, e isso requer respostas satisfatrias.No tempo em que emergiam o que ns chamamos deas Grandes Religies, os homens no apenas confiaramem suas memrias, mas tambm inventaram a arte deescrever, para preservarem sues pensamentos,assinalando, de modo mais premente do que fariam asmemrias individuais dos serres humanos que, afinal decontas, tm um limitado ciclo de vida.Mesmo assim, nenhum destes dois meios infalvelquando tomados separadamente. uma questo deexperincia cotidiana o ato de que, quando se escreve algoe ento se o revisa, encontram-se mais ou menos errosinadvertidos, omisso de letras ou mesmo de palavras,repetio de relatos, uso de palavras contrrias quelaspretendidas, erros gramaticais etc., sem falar nasmudanas de opinio do escritor, que tambm corrige seuestilo, seus pensamentos, seus argumentos e, s vezes,reescreve todo o documento. O mesmo acontece quanto
  6. 6. faculdade da memria. Aqueles que tm obrigao ouhabilidade em aprender de cor algum texto, para recit-lomais tarde, especialmente quando isso envolvelongussimas passagens, sabem que s vezes suasmemrias falham durante a recitao: pulam passagens,misturam umas com as outras, ou no se lembram de todaa seqncia; s vezes o texto correto permanece nasubconscincia e relembrado no ltimo momento, ou norebuscamento da memria por indicao de outrem, ou aoser consultado o texto em documento escrito.O Profeta do Islam, Mohammad, de memriaprivilegiada, empregava ambos os mtodossimultaneamente, um ajudando o outro, reforando aintegridade do texto e diminuindo ao mnimo aspossibilidades de erro.Os ensinamentos islmicos so baseados no que oProfeta Mohammad disse ou fez. Ele prprio ditou certostextos a seus escribas, o que chamamos de Alcoro;outros textos foram compilados por seus companheiros, namaioria das vezes por iniciativa prpria; e a esses escritoschamamos de Tradio.A palavra Alcoro literalmente significa "leitura porexcelncia" ou "recitao". Enquanto o ditava a seusCompanheiros, o Profeta lhes assegurava que era aRevelao Divina que ele havia recebido. Ele no ditoutudo de uma s vez: as revelaes chegavam-lhe emfragmentos, de tempos em tempos. To logo ele recebiauma, costumava comunic-la a seus companheiros epedir-lhes no somente que a prendessem de cor paraque a recitassem durante a prtica das oraes -, mastambm que a escrevessem e que multiplicassem ascpias. Em tais ocasies, ele indicava o lugar preciso danova revelao no texto; no era dele a compilaocronolgica. No de admirar a precauo e o cuidadotomados para a preciso, levando-se em considerao opadro da cultura dos rabes daquele tempo. razovel acreditarmos que as primeirssimasrevelaes recebidas pelo Profeta no foramimediatamente submetidas escrita, pela simples razo deque no havia, ainda, companheiro algum ou aderentes.
  7. 7. Estas primeiras partes no eram nem longas, nemnumerosas. No havia risco de que o Profeta pudesseesquec-las, umas vez que ele as recitava freqentementeem suas oraes e em conversar proselticas.Alguns fatos da histria do-nos a idia do queaconteceu. mar Ibn al Khattab considerado aquadragsima pessoa a abraar o Islam. Isso se refere aoano quinto da Misso (oito antes da Hgira). Mesmo emuma data primordial existiam cpias escritas de certassuratas do Alcoro e, como Ibn Hicham relata, foi devidoao profundo efeito produzido pela leitura acurada de algunsversculos da vigsima Surata que mar abraou o Islam.No sabemos precisamente o tempo em que a prtica deescrever o Alcoro comeou; contudo, h informaesprecisas de que durante os remanescentes dezoito anosda vida do Profeta, o nmeros dos muulmanos, comotambm das cpias do texto Sagrado, continuouaumentando dia a dia. Como o Profeta recebia asrevelaes em fragmentos, era natural que o textorevelado se referisse aos problemas do dia. Seacontecesse um de seus companheiros morrer, arevelao consistiria em promulgar a lei da herana; noseria de lei penal, tratando de roubo, por exemplo, a serrevelada no momento. As revelaes continuaram durantea inteira vida missionria de Mohammad, treze anos emMakka e dez em Madina. Uma revelao consistia svezes de uma inteira Surata, curta ou longa, e s vezes deapenas uns poucos versculos.A natureza das revelaes impunha ao Profeta repeti-las constantemente em suas recitaes, e revisarcontinuamente a forma que as colees dos fragmentosteria que tomar. Todos os doutos afirmam, com autoridade,que o Profeta recitava todos os anos, no ms de Ramadan,perante o anjo Gabriel, aparte do Alcoro at entorevelada, e que no ltimo ano de sua vida Gabriel pediu-lhe que o recitasse inteiro duas vezes. O Profeta concluiu,desde ento, que iria, em breve, despedir-se da vida. OProfeta costumava revisar, nos meses do jejum, osversculos e as suratas, e coloc-las em sua seqnciaadequada. Isto era necessrio por causa da continuidade
  8. 8. das novas revelaes. tambm sabido que o Profetatinha o hbito de celebrar uma prtica adicional de oraodurante os meses do jejum, todas as noites, s vezesmesmo em congregao, na qual ele recitava o Alcoro doprincpio ao fim, tarefa esta que era completada ao cabo deum ms. Esta prtica, chamada de Tarawih, continua a serobservada com grande devoo at estes nossos dias.Quando o Profeta deu seu ltimo suspiro, uma rebelioestava tomando vulto em certas partes do pas. Tentandodebel-la, vrias pessoas que conheciam o Alcoro de cortombaram. O Califa Abu Bakr sentiu a urgncia dacodificao do Alcoro, e a tarefa foi cumprida um msdepois da morte do Profeta.Durante seus ltimos anos de vida, o Profetacostumava usar Zaid Ibn Sbet como principal amanuense,para tomar em ditado as revelaes recentementerecebidas. Abu Bakr encarregou a mesma pessoa datarefa de preparao de uma cpia condizente de todo otexto, em forma de livro. Havia ento em Madina vriosHuffaz (aqueles que sabiam todo o Alcoro de cor), e Zaidera um deles. Sob a direo do Califa, Zaid transcreveu otexto escrito em pergaminhos ou pedaos de couro, nasomoplatas das reses, nos ossos, nas pedras polidas emesmo em pedaos de porcelana.A cpia condizente, assim preparada, foi chamada deMusshaf (encadernao). Esta foi conservada sob aprpria custdia do Califa Abu Bakr e, depois dele, por seusucessor, mar Ibn al Khattab. Nesse meio tempo oestudo do Alcoro foi encorajado em toda parte do ImprioMuulmano. O Califa mar sentiu a necessidade de enviarcpias do texto autntico aos centros provincianos a fim deevitar as divergncias; mas foi deixado a seu sucessor,Otman, continuar com a tarefa. Um de seus comandantes,Huzaifa Aliaman, havendo voltado de uma viagem pelasvastas terras conquistadas pelos muulmanos, relatou quehavia encontrado divergentes cpias do Alcoro e quehavia, s vezes, desentendimento entre os diferentesmestres do Livro, concernente a isso. Otman fezimediatamente com que a cpia preparada para Abu Bakrfosse confiada a uma comisso presidida pelo acima
  9. 9. mensionado Zaid Ibn Sbet, para a reproduo de setecpias; ele autorizou-lhes a reviso da pronncia, senecessrio. Quando a tarefa foi concluda, o Califa efetuouuma recitao pblica da nova edio perante os doutospresentes na capital, perante os companheiros do Profeta,e ento enviou estas cpias aos diferentes centros dovasto mundo islmico, ordenando que dali por diante todasas cpias fossem baseadas na edio autntica. Eleordenou a destruio das cpias que, de algum modo, sedesviassem do texto assim oficialmente estabelecido. concebvel que as grandes conquistas militares dosprimeiros muulmanos induzissem alguns espritoshipcritas a proclamarem sua impulsiva converso aoIslam por motivos materiais, e para tentar danific-lo demaneira clandestina. Eles fabricaram verses do Alcorocom interpolaes. As "lgrimas de crocodilo", que foramderramadas pela destruio das cpias no autenticadasdo Alcoro, por ordem do Califa Otman, somente poderiamTer sido de tais hipcritas. sabido que o Profeta s vezesab-rogava certos versculos que haviam sido comunicadospreviamente ao povo, e isso era feito para fortificar asnovas Revelaes Divinas. Houve Companheiros queaprenderam a primeira verso, sem contudo estaremcientes das ltimas modificaes, tanto por causa da mortedo Profeta como por suas residncias fora de Madina.Estes devem Ter deixado cpias a seus descendentes, asquais, embora autnticas, estavam ultrapassadas. Ainda,alguns muulmanos tinham o hbito de pedir ao Profetaque explicasse certos termos empregados no textosagrado e anotar tais explicaes nas margens de suascpias do Alcoro, a fim de no esquecerem delas. Ascpias feitas mais tarde, com base nesses textosanotados, causariam s vezes confuses na questo dotexto e do glossrio. A despeito da ordem do Califa Otman,para que se destrussem os textos inexatos, existia, nossculos III e IV da Hgira, assunto bastante para acompilao de volumosas obras, constituindo as"variaes do Alcoro". Estas chegaram at ns, mas umapurado estudo mostra-nos que tais variantes eramarbica, que no possua vogais, nem se podia distinguir
  10. 10. entre as letras semelhantes, nem davam idia dasmesmas, sendo meros pontos, como feito agora. Almdisso existiam diferentes dialetos em diferentes regies, eo Profeta havia permitido aos muulmanos de tais regiesrecitarem de acordo com suas algaravias, e mesmosubstituir as palavras que estavam alm de sua argcia,por sinnimos que conhecessem melhor. Esta foi umamedida imergente de graa e clemncia. No tempo doCalifa Otman, contudo, a instruo pblica havia-sedesenvolvido suficientemente, e fez-se necessrio queaquelas concesses no fossem mais toleradas, pois oTexto Sagrado seria afetado e as variantes da leitura seradicariam.As cpias do Alcoro enviadas por Otman aos chefesdas provncias gradualmente desapareceram nos sculossubseqentes; apenas uma delas, que presentemente seencontra em Tashkent, chegou at ns. O governo czaristada Rssia havia publicado em uma reproduo fac-smile;constata-se haver uma completa identidade entre essacpia e o texto em uso noutras ocasies. A mesma cpiafiel do manuscrito existente do Alcoro, tanto completocomo fragmentado, datando do primeiro sculo da Hgira.O Alcoro dirigido a toda humanidade, sem distinode raa, cor, religio ou tempo. Ainda mais, ele procuraguiar a humanidade em todas as sendas da vida:espirituais, materiais, individuais e coletivas. Ele contmdiretrizes para a conduta do chefe do Estado, bem comodo homem comum; do rico, bem como do pobre; diretrizespara a paz, bem como para a guerra; tanto para a culturaespiritual como para o comrcio e bem-estar material. OAlcoro busca principalmente desenvolver a personalidadedo indivduo: Cada ser ser pessoalmente responsvelperante seu Criador. Para tal propsito, o Alcoro nosomente fornece ordens, porm tenta ainda convencer. Eleapela para a razo do homem e relata histrias, parbolase metforas. Descreve os atributos de Deus, que Um,Criador de tudo, Onisciente, Onipotente, Ressuscitador dosmortos e Observador de nosso comportamento terreno; Justo, Clemente.(vide nota da 7 Surata, versculo 180) OAlcoro indica ainda o modo de aprazermos a Deus,
  11. 11. apontando quais as melhores oraes, quais os deveresdo homem com respeito a Ele, a seus semelhantes e a seuprprio ser; ele d destaque ao fato de que no nospertencemos, outrossim, pertencemos a Deus. O Alcorofala das melhores normas relacionadas com a vida social,comercial, matrimonial, com a herana, com o direitopenal, com o direito internacional, e assim por diante.Todavia, o Alcoro no um livro, no senso comum; acoleo das palavras de Deus, reveladas de tempos emtempos, durante vinte e trs anos, a Seu Mensageiro,escolhido entre os seres humanos. O Soberano d Suasinstrues a Seu vassalo; portanto, h certas nuanascompreendidas e implcitas; h repeties, e mesmomudanas nas formas de expresso. Deste modo, Deusfala s vezes na primeira pessoa e s vezes na terceira.Ele diz "Eu", bem como "Ns" e "Ele", porm, jamais"Eles". uma coleo de revelaes enviadas de ocasiesem ocasies; e devemos, por isso, l-lo mais e mais, a fimde melhor aquilatarmos os seus significados. Ele possuidiretrizes para todos, em todos os lugares e para todos ostempos.O estilo e a dico do Alcoro so magnficos eapropriados para a sua qualidade Divina. Sua recitaocomove o esprito at daqueles que apenas o ouvem sementend-lo. Com o passar do tempo, o Alcoro tem, emvirtude de sua reivindicao de origem divina, desafiado atodos a criarem, conjuntamente, mesmo uns poucosversculos iguais aos que ele contm. Tal desafio pormtem permanecido sem resposta at os nossos dias.H algumas diferenas intrnsecas entre o Alcoro e oslivros precedentes. Tais diferenas podem sersucintamente estipuladas, como segue:1. Os textos originais da maior parte dos primitivosLivros Divinos foram em sua quase totalidade perdidos,sendo que somente as suas tradues existem hoje. OAlcoro, por outro lado, existe hoje exatamente como foirevelado ao Profeta; nem uma palavra mais ainda, nemuma letra sequer foi trocada. Encontra-se disposio,em seu texto original, fazendo com que a Palavra de Deusseja preservada agora, bem como por todo o porvir.
  12. 12. 2. Nos primitivos Livros Divinos os homens mesclaramsuas palavras com as palavras de Deus; porm, noAlcoro encontra-se to-somente as palavras de Deus em suas prstinas purezas. Isto admitido, mesmo pelosoponentes ao Islam.3. No se pode dizer, com base na autntica evidnciahistrica, em relao a nenhum outro Livro Sagradopossudo por diferentes povos, que ele realmente pertenceao mesmo profeta a quem atribudo. No caso de algunsdeles, mesmo isto no sabido. Em que poca e a queprofeta eles foram revelados? Quanto ao Alcoro, asevidncias que existem de que foi revelado a Mohammadso to vultosas, to convincentes, to slidas ecompletivas, que mesmo o mais ferrenho crtico do Islamno pode lanar dvidas sobre isso. Tais evidncias soto vastas e detalhadas, que sobre muitos versculos doAlcoro, mesmo a ocasio e o local de suas revelaes,podem ser conhecidos com exatido.4. Os primitivos Livros Divinos foram revelados emlnguas que esto mortas desde h muito tempo. Na erapresente, nao ou comunidade alguma fala tais lnguas eh apenas umas poucas pessoas que se jactam decompreend-las. Destarte, mesmo que tais Livrosexistissem hoje em suas formas originais e inadulteradas,seria virtualmente impossvel, em nossa era, compreendere interpretar corretamente suas injunes, bem como p-las em prtica em sua forma requerida. A lngua doAlcoro, por outro lado, uma lngua viva; milhes depessoas falam-na e outro tanto a compreende. Ela estsendo ensinada e aprendida em quase todas asuniversidades do mundo; todas as pessoas podemaprend-la, e aquele que no tem tempo para isso pode,em qualquer parte, deparar com quem conhea a lngua,que lhe explique o significado do Alcoro.5. Cada um dos Livros Sagrados existentes,encontrados entre as diferentes naes do mundo, foidirigido a um povo em particular. Cada um deles contmum nmero de ditames que parece Ter sido dirigido a umperodo da histria em particular e que supria to-somenteas necessidades daquela era. Tais necessidades no so
  13. 13. vlidas hoje, nem tampouco podem ser aplainadas epropiciamente vertidas para a prtica. Depreende-se distoque tais livros eram dirigidos queles povos em particular enenhum deles para o mundo. Ademais, eles no foramrevelados para serem seguidos permanentemente, mesmopelo povo para o qual foram revelados; restringiam-se ainfluenciar somente sobre um certo perodo. Em contrastea isso, o Alcoro dirigido a toda humanidade; no sepode suspeitar que injuno alguma tenha sido dirigida aum povo em especial. Do mesmo modo, todos os ditamese injunes no Alcoro so os mesmos que podem seraplicados em todos os lugares e em todas as pocas. Estefato vem provar que o Alcoro dirigido ao mundo inteiro,constituindo-se em eterno cdigo para a vida humana.6. No h negar o fato de que os precedentes LivrosDivinos cultuavam o bem e a virtude, ensinavam tambmos princpios da moralidade e da veracidade, eapresentavam uma maneira de viver consentnea com avontade de Deus. Contudo, nenhum deles erasuficientemente compreensivo para englobar tudo quantofosse necessrio para uma vida humana virtuosa, semnada suprfluo, sem nada carente. Alguns deles excediamem um aspecto, alguns em outros. o Alcoro, e to-somente o Alcoro, que cultua no apenas tudo o quehavia de magnfico nos livros precedentes, porm, ainda,aperfeioa os desgnios de Deus e os apresenta em suatotalidade, delineando uma norma de vida que compreendetudo o que necessrio para o homem nesta terra.Os pensamentos se renovam e as culturas seproliferam; a vida evolui e a colheita intelectual dahumanidade aumenta a cada dia, e quanto mais ahumanidade evolui, mais unida e mais mesclada fica. Osveculos de comunicao em muito ajudam nisso, como sequisessem corroborar as palavras do Alcoro:" humanos, em verdade, Ns vos criamos de macho efmea e vos dividimos em povos e tribos parareconhecerdes uns aos outros."(49 Surata, versculo 13)No que diz respeito traduo do Alcoro para outrosidiomas, dando oportunidade a que outros povos, napluralidade de suas lnguas e cores, possam conhecer a
  14. 14. Mensagem de Mohammad, os doutos na matria dizem: "aMensagem de Mohammad para a humanidade em geral,e, sendo ele rabe, essa mensagem pode alcanar os no-rabes, atravs de tradues que substituiro o original.Todavia, deve ser uma traduo impecvel, correta,concordante, para que se possa coibir a trajetria demuitas tradues incorretas e preambuladas de fbulasirreais".Como o Livro de Deus um mar sem porto, comprofundeza ignorada, esforamo-nos em Ter como basepara a nossa verso uma explicao em estilocontemporneo, fcil, simples, clara, solerte, sucinta, livredas divergncias doutrinrias, dos aparatos artsticos, dosprembulos e dos problemas lingsticos, para que issonos facilitasse e auxiliasse de uma maneira satisfatria, atraduo.E foi a paixo pelo Islam, o grande desejo de lhe til ns que somos um de seus adeptos -, que nos levou aenfrentar a empresa de traduzir o Alcoro Sagrado. Depoisde muito trabalho, de muita perseverana, e de termosvencido o desnimo que chegou a nos invadir pordificuldades vrias, sai este, g raas ao Altssimo. Imbudode fora de fora de vontade, seguimos avante,derrubando obstculos, vencendo etapas, auxiliado pelagraa Divina. Para tanto, tivemos de recorrer vrias fontes,consultar vrias interpretaes, antigas e modernas.Estivemos trabalhando frente a obras como: "Ahcam alCoran" (As Mximas do Alcoro), de Abu Bakr ar Razi;"Ahcam al Coran (As Mximas do Alcoro), de Abu Bakr alArabi; "Muntakhab Ahcam al Coran" (Coletnea deMximas do Alcoro), de Abu Abdullah al Kurtubi; "Ahcamal Coran ( As Mximas do Alcoro), de Abul Hassan atTabari; "At Tafsir al Wdhih" (A Exegese Inteligvel), deMohammad Mahmud Hijazi; "Al Coran al Mufassar" (OAlcoro Explicado), de Mohammad Farid Wajdi; "Tafsir alManar" (A Exegese da Luz), de Mohammad Rachid Rida;"Al Muntakhab fi Tafsir al Coran al Carim" ( O Seleto naExegese do Sagrado Alcoro), publicado pelo ConselhoSuperior dos Assuntos Islmicos do Cairo; "The HolyKuran" (O Alcoro Sagrado), traduo de Maulana Abdur-
  15. 15. Rahim Tariq; "Safwat al Bayan li Maani al Coran (Gemado Discernimento das Exegeses do Alcoro), de HassanainMohammad Makhluf ; "The Meaning of the Glorius Koran"(O Alcoro Glorioso), uma traduo explanatria deMohammad Marmuduke Pickthall; "Al Mujan al Mufahrassli Alfaz al Coran al Carim" ( ndice dos termos do SagradoAlcoro), de Mohammad Fuad Abdel Baqui, "The HolyKoran, Translation and Commentary" ( O Alcoro Sagrado,Traduo e Comentrios), de A. Youssef Ali.Na maioria dos casos seguimos as exegeses doConselho Superior dos Assuntos Islmicos e do ProfessorMohammad Mahmud Hijazi, por se situarem entre as quemais se coadunavam com os requisitos necessrios. Porfim, quando ainda na permanncia de dvida a respeito dosignificado de algum termo, recorremos ajuda inestimvelde S. E. Dr. Abdalla Abdel Chakur Kamel, Diretor doCentro Islmico do Brasil e Coordenador dos AssuntosIslmicos da Amrica Latina, que muito nos auxiliou nestesentido; a ele vo aqui nossos agradecimentos.Queremos render os nossos mais sincerosagradecimentos ao Sr. Jorge Boucher, que lutou conosco,pesquisando, consultando, comparando e encontrandotermos que ia ao encontro do sentido preciso, participandotambm conosco das cinco revises que efetuamos dosoriginais. Finalmente, agradecemos a todos aqueles que,de uma maneira ou de outra, participaram na compilaodeste livro, desde datilgrafos, digitadores, atimpressores.O nosso muito obrigado a todos. Samir El Hayek So Paulo, 1415 H. 1994 d.C. NDICEN da SurataNomeTraduo1AL-FTIHA
  16. 16. Abertura2AL BCARAA Vaca3AL IMRANA Famlia de Imran4AN NISSAs Mulheres5AL MIDAA Mesa Servida6AL ANAMO Gado7AL ARAFOs Cimos8AL ANFALOs Esplios9AT TAUBAHO Arrependimento10YUNISJonas11HUDHud12YOUSSIFJos13AR RADO Trovo14IBRAHIMAbrao
  17. 17. 15AL HIJRAlhijr16AN NAHLAs Abelhas17AL ISRA Viagem Noturna18AL CAHFA Caverna19MRIAMMaria20TAHATaha21AL ANBIYOs Profetas22AL HAJJA Peregrinao23AL MUMINUNOs Fiis24AN NURA Luz25AL FURCANO Discernimento26ACH CHUAROs Poetas27AN NAMLAs Formigas28
  18. 18. AL CASSASAs Narrativas29AL ANKABUTA Aranha30AR RUMOs Bizantinos31LUCMANLucman32AS SAJDAA Prostao33AL AHZBOs Partidos34SABSab35FTERO Criador36YA SINY Sin37AS SFATOs Enfileirados38SADA Letra Sad39AZ ZMAROs Grupos40GHFERO Remissrio41FSSILAT
  19. 19. Os Detalhados42AX XURAA Consulta43AZ ZKHRUFOs Ornamentos44AD DUKHANA Fumaa45AL JSSIYAO Genuflexo46AL AHCAFAs Dunas47MOHAMMADMohammad48AL FATHO Triunfo49AL HUJJURATOs Aposentos50CAFA Letra Caf51AZ ZRIATOs Ventos Disseminadores52AT TURO Monte53AN NAJMA Estrela54AL CAMARA Lua
  20. 20. 55AR RAHMANO Clemente56AL WQUIAO Eventos Inevitvel57AL HADIDO Ferro58AL MUJDALAA Discusso59AL HAXRO Desterro60AL MUMTAHANAA Examinada61AS SAFAs Fileiras62AL JUMUAA Sexta-Feira63AL MUNFICUNOs Hipcritas64AT TAGHBUNAs Defraudaes Recprocas65AT TALACO Divrcio66AT TAHRIMAs Proibies67AL MULKA Soberania68
  21. 21. AL CALAMO Clamo69AL HCCAA Realidade70AL MAARIJAs Vias de Ascenso71NUHNo72AL JINOs Gnios73AL MUZAMILO Acobertado74AL MUDASSIRO Emantado75AL QUIMAA Ressurreio76AL INSANO Homem77AL MURSALATOs Enviados78AN NABAA Notcia79AN NZIATOs Arrebatadores80BAAO Austero81AT TAQIR
  22. 22. O Enrolamento82AL INFITARO Fendimento83AL MUTAFFIFINOs Fraudadores84AL INXICACA Fenda85AL BURUJAs Constelaes86AL TRICO Visitante Noturno87AL ALAO Altssimo88AL GHXIYAO Evento Assolador89AL FAJRA Aurora90AL BALADA Metrpole91AX XAMSO Sol92AL LAILA Noite93ADH DHUHAs Horas da Manh94AX XARHO Conforto
  23. 23. 95AT TINO Figo96AL ALACO Cogulo97AL CADRO Decreto98AL BAYINATA Evidncia99AZ ZALZALAO Terremoto100AL ADYATOs Corcis101AL CRIAA Calamidade102AT TACURA Cobia103AL ASRA Era104AL HMAZAO Difamador105AL FILO Elefante106CORAIXOs Coraixitas107AL MUNOs Obsquios108
  24. 24. AL CAUARA Abundncia109AL CFIRUNOs Incrdulos110AN NASRO Socorro111AL MASSADO Esparto112AL IKHLSSA Unicidade113AL FALACA Alvorada114AN NSOs HumanosO SIGNIFICADO DOS VERSCULOS DO ALCOROSAGRADO"AL-FTIHA"(A ABERTURA) (1)1 SURATARevelada em Makka; 7 versculos.1 Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.(2)2 Louvado seja Deus, Senhor(3) do Universo,3 Clemente, o Misericordioso,4 Soberano do Dia do Juzo.5 S a Ti adoramos e s de Ti imploramos ajuda!6 Guia-nos senda reta,7 senda dos que agraciaste, no dos abominados, nem dos extraviados(4).
  25. 25. "AL BCARA"(A VACA)Revelada em Madina, 286 versculos.2 SURATAEm nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.1 Alef, Lam, Mim(5).2 Eis o livro que indubitavelmente a orientao dostemente a Deus;3 Que crem no incognoscvel, observam a orao egastam daquilo com que os agraciamos;4 Que crem no que te foi revelado ( Mohammad), no quefoi revelado antes de ti e esto persuadidos da outra vida.5 Estes possuem a orientao do seu Senhor e estessero os bem-aventurados.6 Quanto aos incrdulos, tento se lhes d que osadmoestes ou no os admoestes; no crero.7 Deus selou os seus coraes e os seus ouvidos; seusolhos esto velados e sofrero um severo castigo.8 Entre os humanos h os que dizem: Cremos em Deus eno Dia do Juzo Final. Contudo, no so fiis(6).9 Pretendem enganar Deus e os fiis, quando s enganama si mesmos, sem se aperceberem disso.10 Em seus coraes h morbidez, e Deus os aumentouem morbidez, e sofrero um castigo doloroso por suasmentiras.11 Se lhes dito: No causeis corrupo na terra,afirmaram: Ao contrrio, somos conciliadores.12 Acaso, no so eles os corruptores? Mas no o sentem.13 Se lhes dito: Crede, como crem os demais humanos,dizem: Temos de crer como crem os nscios? Emverdade, eles sos os nscios, porm no o sabem.14 Em quando se deparam com os fiis, asseveram:Cremos. Porm, quando a ss com os seus sedutores,dizem: Ns estamos convosco; apenas zombamos deles.
  26. 26. 15 Mas Deus escarnecer deles e os abandonar,vacilantes, em suas transgresses.16 So os que trocaram a orientao pelo extravio; mas taltroca no lhes trouxe proveito, nem foram iluminados.17 Parecem-se com aqueles que fez arder um fogo; mas,quando este iluminou tudo que o rodeava, Deus extinguiu-lhes a luz, deixando-os sem ver, nas trevas.18 So surdos, mudos, cegos e no se retraem (do erro).19 Ou como (aquele que, surpreendidos por) nuvens docu, carregadas de chuva, causando trevas, troves erelmpagos, tapam os seus ouvidos com os dedos, devidoaos estrondos, por temor morte; mas Deus est inteiradodos incrdulos.20 Pouco falta para que o relmpago lhes ofusque a vista.Todas as vezes que brilha, andam merc do seu fulgor e,quando some, nas trevas se detm e, se Deus quisesse,priv-los-ia da audio e da viso, porque Onipotente.21 humanos, adorai o vosso Senhor, Que vos criou, bemcomo aos vossos antepassados, qui assim tornar-vos-eis virtuosos(7).22 Ele fez-vos da terra um leito, e do cu um teto, e enviado cu a gua, com a qual faz brotar os frutos para o vossosustento. No atribuais rivais(8) a Deus, conscientemente.23 E se tendes dvidas a respeito do que revelamos aoNosso servo (Mohammad), componde uma suratasemelhante dele (o Alcoro), e apresentai as vossastestemunhas, independentemente de Deus, se estiverdescertos.24 Porm, se no o dizerdes e certamente no podereisfaz-lo temei, ento, o fogo infernal cujo combustvelsero os idlatras e os dolos; fogo que est preparadopara os incrdulos.25 Anuncia ( Mohammad) os fiis que praticam o bemque obtero jardins, abaixo dos quais correm os rios. Todavez que forem agraciados com os seus frutos, diro: Eisaqui o que nos fora concedido antes! Porm, s o ser na
  27. 27. aparncia. Ali tero companheiros imaculados e alimoraro eternamente(9).26 Deus no Se furta em exemplificar com uminsignificante mosquito(10) ou com algo maior ou menor doque ele. E os fiis sabem que esta a verdade emanadade seu Senhor. Quanto aos incrdulos, asseveram: Quequerer significar Deus com tal exemplo? Com isso desviamuitos e encaminha muitos outros. Mas, com isso, sdesvia os depravados.27 Que violam o pacto com Deus, depois de o teremconcludo; separam o que Deus tem ordenado manterunido e fazem corrupo na terra. Estes serodesventurados.28 Como ousais negar a Deus, uma vez que reis inertes eEle vos deu a vida, depois vos far morrer, depois vosressuscitar e ento retornais a Ele?29 Ele foi Quem vos criou tudo quando existe na terra;ento, dirigiu Sua vontade at o firmamento do qual fez,ordenadamente, sete cus, porque Onisciente.30 (Recorda-te Profeta) de quando teu Senhor disse aosanjos: Vou instituir um legatrio na terra! Perguntaram-Lhe:Estabelecers nela quem al far corrupo, derramandosangue, enquanto ns celebramos Teus louvores,glorificando-Te? Disse (o Senhor): Eu sei o que vsignorais.31 Ele ensinou a Ado todos os nomes e depoisapresentou-os aos anjos e lhes falou: Nomeai-os para Mime estiverdes certos(11).32 Disseram: Glorificado sejas! No possumos maisconhecimentos alm do que Tu nos proporcionaste, porquesomente Tu s Prudente, Sapientssimo.33 Ele ordenou: Ado, revela-lhes os seus nomes. Equando ele lhes revelou os seus nomes, asseverou (Deus):No vos disse que conheo o mistrio dos cus e da terra,assim como o que manifestais e o que ocultais?
  28. 28. 34 E quando dissemos aos anjos: Prostrai-vos ante Ado!Todos se prostraram, exceto Lcifer(12) que,ensoberbecido, se negou, e incluiu-se entre os incrdulos.35 Determinamos: Ado, habita o Paraso(13) com a tuaesposa e desfrutai dele com a prodigalidade que vosaprouver; porm, no vos aproximeis desta rvore, porquevos contareis entre os inquos.36 Todavia, Sat os seduziu, fazendo com que sassem doestado (de felicidade) em que se encontravam. Entodissemos: Descei!(14) Sereis inimigos uns dos outros, e, naterra, tereis residncia e gozo transitrios.37 Ado obteve do seu Senhor algumas palavras deinspirao(15), e Ele o perdoou, porque o Remissrio, oMisericordioso.38 E ordenamos: Descei todos aqui! Quando vos chegarde Mim a orientao, aqueles que seguirem a Minha(16)orientao no sero presas do temor, nem se atribularo.39 Aqueles que descrerem e desmentirem os Nossosversculos sero os condenados ao inferno, ondepermanecero eternamente.40 israelitas, recordai-vos das Minhas mercs, com asquais vos agraciei. Cumpri o vosso compromisso, quecumprirei o Meu compromisso, e temei somente a Mim.41 E crede no que revelei, e que corrobora a revelao quevs tendes; no sejais os primeiros a neg-lo, nemnegocieis as Minhas leis a vil preo, e temei a Mim,somente,42 E no disfarceis a verdade com a falsidade, nem aoculteis, sabendo-a.43 Praticai a orao pagai o zakat(17) e genuflecti,juntamente com os que genuflectem.44 Ordenais, acaso, s pessoas a prtica do bem eesqueceis, vs mesmos, de faz-lo, apesar de lerdes oLivro? No raciocinais?45 Amparai-vos na perseverana e na orao. Sabei queela (a orao) carga pesada, salvo para os humildes,
  29. 29. 46 Que sabem que encontraro o seu Senhor e a Eleretornaro.47 Israelitas, recordai-vos das Minhas mercs, com asquais vos agraciei, e de que vos preferi aos vossoscontemporneos.48 E temei o dia em que nenhuma alma poder advogarpor outra, nem lhe ser admitida intercesso alguma, nemlhe ser aceita compensao, nem ningum sersocorrido!49 Recordai-vos de quando vos livramos do povo doFara, que vos infligia o mais cruel castigo, degolando osvossos filhos e deixando com vida as vossas mulheres.Naquilo tivestes uma grande prova do vosso Senhor.50 E de quando dividimos o mar e vos salvamos, eafogamos o povo do Fara, enquanto olhveis.51 E de quando institumos o pacto das quarenta noites deMoiss(18) e que vs, em sua ausncia, adorastes dobezerro, condenando-vos.42 Ento, indultamo-vos, depois disso, para que ficsseisagradecidos.53 E de quando concedemos a Moiss o Livro e oDiscernimento, para que vos orientsseis!54 E de quando Moiss disse ao seu povo: povo meu,por certo que vos condenastes, ao adorardes o bezerro.Voltai, portanto, contritos, penitenciando-vos para o vossoCriador, e imolai-vos mutuamente(19). Isso ser prefervel,aos olhos do vosso Criador. Ele vos absolver, porque oRemissrio, o Misericordioso.55 E de quando dissestes: Moiss, no creremos em tiat que vejamos Deus claramente! E a centelha vosfulminou, enquanto olhveis.56 Ento, vos ressuscitamos, aps a vossa morte, paraque assim, talvez, Nos agradecsseis.57 E vos agraciamos, com as sombras das nuvens e vosenviamos o man(20) e as codornizes, dizendo-vos: Comeide todas as coisas boas com que vos agraciamos! (Porm,
  30. 30. o desagradeceram) e, com isso, no Nos prejudicaram,mas prejudicaram a si mesmos.58 E quando vos dissemos: Entrai nessa cidade(21) e comeicom prodigalidade do que vos aprouver, mas entrai pelaporta, prostrando-vos, e dizei: Remisso! Ento,perdoaremos as vossas faltas e aumentaremos arecompensa dos benfeitores.59 Os inquos permutaram as palavras por outras que nolhe haviam sido ditas, pelo que enviamos sobre eles umcastigo do cu, por sua depravao.60 E de quando Moiss Nos implorou gua para o seupovo, e lhe dissemos: Golpeia a rocha com o teu cajado! Ede pronto brotaram dela doze(22) mananciais, e cada gruporeconheceu o seu. Assim, comei e bebei da graa deDeus, e no cismeis na terra, causando corrupo.61 E de quando dissestes: Moiss, jamais nosconformaremos com um s tipo de alimento! Roga ao teuSenhor que nos proporcione tudo quanto a terra produz:suas hortalias, seus pepinos, seus alhos, suas lentilhas esuas cebolas! Perguntou-lhes: Quereis trocar o melhor pelopior? Pois bem: Voltai para o Egito(23), onde terei queimplorais! E foram condenados humilhao e indigncia, e incorreram na abominao de Deus; isso,porque negaram os versculos os versculos de Deus eassassinaram injustamente os profetas. E tambm porquese rebelaram e foram agressores.62 Os fiis, os judeus, os cristos, e os sabeus, enfimtodos os que crem em Deus, no Dia do Juzo Final, epraticam o bem, recebero a sua recompensa do seuSenhor e no sero presas do temor, nem se atribuiro.63 E de quando exigimos o vosso compromisso elevantamos acima de vs o Monte(24), dizendo-vos: Apegai-vos com firmeza ao que vos concedemos e observai-lhe ocontedo, qui (Me) temais.64 Apesar disso, recusaste-lo depois e, se no fosse pelagraa de Deus e pela Sua misericrdia para convosco,contar-vos-eis entre os desventurados.
  31. 31. 65 J sabeis o que ocorreu queles, dentre vs, queprofanaram o sbado; a esses dissemos: "Sede smiosdesprezveis!"(25)66 E disso fizemos um exemplo para os seuscontemporneos e para os seus descendentes, e umaexortao para os tementes a Deus.67 E de quando Moiss disse ao seu povo: Deus vosordena sacrificar uma vaca. Disseram: Zombas, acaso, dens? Respondeu: Guarda-me Deus de contar-me entre osinsipientes!68 Disseram: Roga ao teu Senhor para que nos indiquecomo ela deve ser. Explicou-lhes: Ele afirma que h de seruma vaca que no seja nem velha, nem nova, de meia-idade. Fazei, pois, o que vos ordenado.69 Disseram: Roga ao teu Senhor, para que nos indique acor dela. Tornou a explicar: Ele diz que tem de ser umavaca de cor jalne que agrade os observadores.70 Disseram: Roga ao teu Senhor para que nos indiquecomo deve ser, uma vez que todo bovino nos parece iguale, se a Deus aprouver, seremos guiados.71 Disse-lhes: Ele diz que tem de ser uma vaca mansa,no treinada para labor da terra ou para rega dos campos;sem defeitos, sem manchas. Disseram: Agora falaste averdade. E a sacrificaram, ainda que pouco faltasse paraque no o fizessem.72 E de quando assassinastes um ser e disputastes arespeito disso; mas Deus revelou tudo quantoocultveis.(26)73 Ento ordenamos: Golpeai-o (o morto), com um pedaodela (rs sacrificada). Assim Deus ressuscita os mortosvos manifesta os seu sinais, para que raciocineis.(27)74 Apesar disso os vossos coraes se endurecem; socomo as rochas, ou ainda mais duros. De algumas rochasbrotam rios e outras se fendem e delas mana a gua, e hainda outras que desmoronam, por temor a Deus. MasDeus no est desatento a tudo quanto fazeis.
  32. 32. 75 Aspirais, acaso, a que os judeus creiam em vs, sendoque alguns deles escutavam as palavras de Deus e, depoisde as terem compreendido, alteravam-nasconscientemente?76 Quando se encontram(28) com os fiis, declaram:Cremos! Porm, quando se renem entre si, dizem:Relatar-lhes-eis o que Deus vos revelou para que, comisso, vos refutem perante o vosso Senhor? Noraciocinais?77 Ignoram, acaso, que Deus sabe tanto o que ocultam,como o que manifestam?78 Entre eles h iletrados que no compreendem o Livro, ano ser segundo os seus desejos, e no fazem mais doque conjecturar.79 Ai daqueles que copiam o Livro, (alterando-o) com assuas mos, e ento dizem: Isto emana de Deus, paranegoci-lo a vil preo. Ai deles, pelo que as suas mosescreveram! E ai deles, pelo que lucraram!80 E asseveram: O fogo no vos atormentar, seno pordias contados. Pergunta-lhes: Recebestes, acaso, de Deusum compromisso? Pois sabei que Deus jamais quebra oSeu compromisso. Ou dizeis de Deus o que ignorais?81 Qual! Aqueles que lucram por meio de um mal e estoenvolvidos por suas faltas sero os condenados ao inferno,no qual permanecero eternamente.82 Os fiis, que praticam o bem, sero os diletos doParaso, onde moraro eternamente.83 E de quando exigimos o compromisso dos israelitas(29),ordenando-lhes: No adoreis seno a Deus; tratai combenevolncia vossos pais e parentes, os rfos e osnecessitados; falai ao prximo com doura; observai aorao e pagai o zakat. Porm, vs renegastesdesdenhosamente, salvo um pequeno nmero entre vs.84 E de quando exigimos nosso compromisso, ordenando-vos: No derrameis o vosso sangue, nem vos expulseisreciprocamente de vossas casas; logo o confirmastes etestemunhastes.
  33. 33. 85 No entanto, vede o que fazeis: estais vos matando;expulsais das vossas casas alguns de vs, contra quemdemonstrais injustia e transgresso; e quando os fazeisprisioneiros, pedis resgate por eles, apesar de saberdesque vos era proibido bani-los. Credes, acaso, em umaparte do Livro e negais a outra? Aqueles que, dentre vs,tal cometem, no recebero, em troca, seno aviltamento,na vida terrena e, no Dia da Ressurreio, serosubmetidos ao mais severo dos castigo. E Deus no estdesatento em relao a tudo quanto fazeis.86 So aqueles que negociaram a vida futura pela vidaterrena; a esses no lhes ser atenuado o castigo, nemsero socorridos.87 Concedemos o Livro a Moiss, e depois dele enviamosmuitos mensageiros, e concedemos a Jesus, filho deMaria, as evidncias, e o fortalecemos com o Esprito daSantidade(30). Cada vez que vos era apresentado ummensageiro, contrrio aos vossos interesses, vs vosensoberbeceis! Desmenteis uns e assassinveis outros.88 Disseram: Nossos coraes so insensveis!(31) Qual!Deus os amaldioou por sua incredulidade. Quo poucoacreditam!89 Quando, da parte de Deus, lhes chegou um Livro(Alcoro), corroborante do seu apesar de antes teremimplorado a vitria sobre os incrdulos quando lheschegou o que sabiam, negaram-no. Que a maldio deDeus caia sobre os mpios!90 A que vil preo se venderam, ao renegarem o que Deustinha revelado! Fizeram-no injustamente, inconformados deque Deus revelasse a Sua graa a quem Lhe aprouvesse,dentre os Seus servos. Assim, atraram sobre siabominao aps abominao. Os incrdulos sofrero umcastigo afrontoso.91 Quando lhes dito: Crede no que Deus revelou! Dizem:Cremos no que nos foi revelado. E rejeitam o que estalm disso (Alcoro), embora seja a verdade corroboranteda que j tinham. Dize-lhes: Por que, ento, assassinastesos profetas de Deus, se reis fiis?
  34. 34. 92 J Moiss vos havia apresentado as evidncias e, emsua ausncia, adorastes o bezerro, condenando-vos.93 E quando aceitamos o vosso compromisso e elevamoso Monte acima de vs, dizendo-vos: Recebei com firmezatudo quanto vos concedermos e escutai!, disseram: Jescutamos, porm nos rebelamos! E, por suaincredulidade, imburam(32) os seus coraes com aadorao do bezerro. Dize-lhes: Quo detestveis o quevossa crena vos inspira, se que sois fiis!94 Dize-lhes: "Se a ltima morada, ao lado de Deus, exclusivamente vossa em detrimento dos demais, desejaiento a morte, se estiverdes certos."95 Porm, jamais a desejariam, por causa do quecometeram as suas mos; e Deu bem conhece os inquos.96 Tu os achars mais vidos de viver do que ningum,muito mais do que os idlatras, pois cada um delesdesejaria viver mil anos; porm, ainda que vivessem tanto,isso no os livraria do castigo, porque Deus bem v tudoquanto fazem.97 Dize-lhes Quem for inimigo(33) de Gabriel, saiba que ele,com o beneplcito de Deus, impregnou-te (o Alcoro) nocorao, para corroborar o que foi revelado antes; orientao e alvssaras de boas novas para os fiis.98 Quem for inimigo de Deus, de Seus anjos, dos Seusmensageiros, de Gabriel e de Miguel, saiba que Deus adversrio dos incrdulos.99 Revelamos-te lcidos versculos e ningum ousarneg-los, seno os depravados.100 Ser possvel que, cada vez que contraem umcompromisso, haja entre eles um grupo que o quebre? Emverdade, a maioria no cr.101 E quando lhes foi apresentado um Mensageiro(Mohammad) de Deus, que corroborou o que j possuam,alguns dos adeptos do Livro (os judeus) atiraram s costaso Livro de Deus, como se no o conhecessem.102 E seguiram o que os demnios apregoavam, acercado Reinado de Salomo. Porm, Salomo nunca foi
  35. 35. incrdulo, outrossim foram os demnios que incorreram naincredulidade. Ensinaram aos homens a magia e o que foirevelado aos dois anjos, Harut e Marut(34), na Babilnia.Ambos, a ningum instruram, se quem dissessem: Somosto somente uma prova; no vos torneis incrdulos!Porm, os homens aprendiam de ambos como desunir omarido da sua esposa. Mas, com isso no podiamprejudicar ningum, a no ser com a anuncia de Deus. Oshomens aprendiam o que lhes era prejudicial e no o quelhes era benfico, sabendo que aquele que assim agisse,jamais participaria da ventura da outra vida. A que vil preose venderam! Se soubessem...103 Todavia, se tivessem acreditado, e temido, teriamobtido a melhor recompensa de Deus. Se o soubessem!...104 fiis, no digais (ao Profeta Mohammad): "Raina"(35),outrossim dizei: "Arzurna" e escutai. Sabei que osincrdulos sofrero um doloroso castigo.105 Aos incrdulos, dentre os adeptos do Livro, e aosidlatras, agradaria que no vos fosse enviada nenhumamerc do vosso Senhor; mas Deus outorga a SuaClemncia exclusivamente a quem Lhe apraz, porque Agraciante por excelncia.106 No ab-rogamos nenhum versculo(36), nem fazemoscom que seja esquecido (por ti), sem substitu-lo por outromelhor ou semelhante. Ignoras, por acaso, que Deus Onipotente?107 Porventura, no sabes que a Deus pertence o reinodos cus e da terra e que, alm de Deus, (vs) no tereisoutro protetor, nem defensor?108 Pretendeis interrogar o vosso Mensageiro, comoanteriormente foi interrogado Moiss? (Sabei que) aqueleque permuta a f pela incredulidade desvia-se daverdadeira senda.109 Muitos dos adeptos do Livro, por inveja, desejariamfazer-vos voltar incredulidade, depois de terdesacreditado, apesar de lhes ter sido evidenciada a verdade.Tolerai e perdoai,(37) at que Deus faa cumprir os Seusdesgnios, porque Deus Onipotente.
  36. 36. 110 Observai a orao, pagai o zakat e sabei que todo obem que apresentardes para vs mesmo, encontrareis emDeus, porque Ele bem v tudo quando fazeis.111 Disseram: Ningum entrar no Paraso, a no ser queseja judeu ou cristo. Tais so as suas idias fictcias.Dize-lhes: Mostrai vossa prova se estiverdes certos.112 Qual! Aqueles que se submeteram a Deus e socaritativos obtero recompensa, em seu Senhor, e nosero presas do temor, nem se atribularo.113 Os judeus dizem: Os cristos no tm em que seapoiar! E os cristos dizem: O judeus no tm em que seapoiar!, apesar de ambos lerem o Livro. Assim tambm osnscios dizem coisas semelhantes. Porm, Deus julgarentre eles, quanto s suas divergncias, no Dia daRessurreio.114 Haver algum mais inquo do que aquele queimpede(38) que o nome de Deus seja celebrado emsanturios e se esfora por destru-los? Estes nodeveriam adentr-los seno, temerosos; sobre eles recair,pois, o aviltamento deste mundo e, no outro, sofrero umsevero castigo.115 Tanto o levante como o poente pertencem a Deus e,aonde quer que vos dirijais, notareis o Seus Rosto(39),porque Deus Munificente, Sapientssimo.116 Dizem (os cristos): Deus adotou um filho! Glorificadoseja! Pois a Deus pertence tudo quanto existe nos cus ena terra, e tudo est consagrado a Ele(40).117 Ele o Originador dos cus e da terra e, quandodecreta algo, basta-Lhe dizer: "Seja!" e ele .118 Os nscios dizem: "Por que Deus no fala conosco, ounos apresenta um sinal?" Assim falaram, com as mesmaspalavras, os seus antepassados, porque os seus coraesse assemelham aos deles. Temos elucidado os versculospara a gente persuadida.119 Por certo ( Mensageiro) que te enviamos com averdade, como alvissareiro e admoestador, e que nosers responsabilizado pelos rprobos.
  37. 37. 120 Nem os judeus, nem os cristos, jamais estosatisfeitos contigo, a menos que abraces os seus credos.Dize-lhes: "Por certo que a orientao de Deus aOrientao!" Se te renderes aos seus desejos, depois de teTer chegado o conhecimento, fica sabendo que no ters,em Deus, Protetor, nem Defensor.121 Aqueles a quem concedemos o Livro recitam-no comoele deve ser recitado. So os que acreditam nele; porm,aqueles que o negarem sero desventurados.122 israelitas, recordai-vos das Minhas mercs com asquais vos agraciei, e de que vos preferi aos vossoscontemporneos.123 E temei o dia em que nenhuma alma poder advogarpor outra alma, nem lhe ser aceita compensao, nem lheser admitida intercesso alguma, nem ningum sersocorrido.124 E quando o seu Senhor ps prova Abrao, comcertos mandamentos, que ele observou, disse-lhe:"Designar-te-ei Imam(41) dos homens." (Abrao) perguntou:E tambm o sero os meus descendentes? Respondeu-lhe: Minha promessa no alcanar os inquos.125 Lembrai-vos que estabelecemos a Casa(42), para ocongresso e local de segurana para a humanidade: Adotaia Estncia de Abrao por oratrio. E estipulamos a Abraoe a Ismael, dizendo-lhes: "Purificai Minha Casa, para oscircundantes (da Caaba), os retrados, os que genuflecteme se prostram(43).126 E quando Abrao implorou: senhor meu, faze comque esta cidade seja de paz, e agracia com frutos(44) osseus habitantes que crem em Deus e no Dia do JuzoFinal! Deus respondeu: Quanto aos incrdulos dar-lhe-eium desfrutar transitrio e depois os condenarei aotormento infernal. Que funesto destino!127 E quando Abrao e Ismael levantaram os alicerces daCasa, exclamaram: Senhor nosso, aceita-a de ns poisTu s Oniouvinte, Sapientssimo.
  38. 38. 128 Senhor nosso, permite que nos submetamos a Ti eque surja, da nossa descendncia, uma nao submissa Tua vontade. Ensina-nos os nossos ritos e absolve-nos,pois Tu o Remissrio, o Misericordiosssimo.129 Senhor nosso, faze surgir, dentre eles, umMensageiro, que lhes transmita as Tuas leis e lhes ensineo Livro, e a sabedoria, e os purifique, pois Tu s oPoderoso, o Prudentssimo.130 E quem rejeitaria o credo de Abrao, a no ser oinsensato? J o escolhemos (Abrao), neste mundo e, nooutro, contrar-se- entre os virtuosos.131 E quando o seu Senhor lhe disse: Submete-te a Mim!,respondeu: Eis que me submeto ao Senhor do Universo!132 Abrao legou esta crena aos seus filhos, e Jac aosseus, dizendo-lhes: filhos meus, Deus vos legou estareligio; apegai-nos a ela, e no morrais sem serdessubmissos (a Deus).133 Estveis, acaso, presentes,(45) quando a morte seapresentou a Jac, que perguntou aos seus filhos: Queadorareis aps a minha morte? Responderam-lhe:Adoraremos a teu Deus e o de teus pais: Abrao, Ismael eIsaac; o Deus nico, a Quem nos submetemos.134 Aquela uma nao que j passou; colher o quemereceu e vs colhereis o que merecerdes, e no sereisresponsabilizados pelo que fizeram.135 Disseram: Sede judeus ou cristos, que estareis bemiluminados. Responde-lhes: Qual! Seguimos o credo deAbrao, o monotesta(46), que jamais se contou entre osidlatras.136 Dizei: Cremos em Deus, no que nos tem sidorevelado, no que foi revelado a Abrao, a Ismael, a Isaac,a Jac e s tribos; no que foi concedido a Moiss e aJesus e no que foi dado aos profetas por seu Senhor; nofazemos distino alguma entre eles, e nos submetemos(47)a Ele.
  39. 39. 137 Se crerem no que vs credes, iluminar-se-o; se serecusarem, estaro em cisma(48). Deus ser-vos- suficientecontra eles, e Ele o Oniouvinte, o Sapientssimo.138 Eis aqui a religio(49) de Deus! Quem melhor que Deuspara designar uma religio? Somente a Ele adoramos!139 Pergunta-lhes: Discutireis conosco sobre Deus.Apesar de ser o nosso e o vosso Senhor? Somosresponsveis por nossas aes assim como vs porvossas, e somos sinceros para com Ele.140 Podeis acaso, afirmar que Abrao, Ismael, Isaac, Jace as tribos eram judeus ou cristos? Dize: Acaso, sois maissbios do que Deus o ? Haver algum mais inquo doque aquele que oculta um testemunho recebido de Deus?Sabei que Deus no est desatento a quanto fazeis.141 Aquela uma nao que j passou; colher o quemereceu vs colhereis o que merecerdes, e no sereisresponsabilizados pelo que fizeram.142 Os nscios dentre os humanos perguntaro: Que foique os desviou de sua tradicional quibla(50)? Dize-lhes: Sa Deus pertencem o levante e o poente. Ele encaminhar senda reta a quem Lhe apraz.143 E, deste modo, ( muulmanos), contribumo-vos emuma nao de centro(51), para que sejais, testemunhas dahumanidade, assim como o Mensageiro e ser para vs.Ns no estabelecemos a quibla que tu ( Mohammad)seguis, seno para distinguir aqueles que seguem oMensageiro, daqueles que desertam, ainda que talmudana seja penosa, salvo para os que Deus orienta. EDeus jamais anularia vossa obra, porque Compassivo eMisericordiosssimo para a humanidade.144 Vimos-te ( Mensageiro) orientar o rosto para o cu(52);portanto, orientar-te-emos at a quibla que te satisfaa.Orienta teu rosto (ao cumprir a orao) para a SagradaMesquita (de Makka)! E vs (crentes), onde quer que vosencontreis, orientai vossos rosto at ela. Aqueles quereceberam o Livro, bem sabem que isto a verdade deseu Senhor; e Deus no est desatento a quanto fazem.
  40. 40. 145 Ainda que apresentes qualquer espcie de sinal anteaqueles que receberam o Livro, jamais adotaro tua quiblanem tu adotars a deles; nem tampouco eles seguiro aquibla de cada um mutuamente. Se te rendesses aos seusdesejos, apesar do conhecimento que tens recebido,contar-te-ias entre os inquos.146 Aqueles a quem concedemos o Livro, conhecem-nocomo conhecem a seus prprios filhos, se bem que algunsdeles ocultam a verdade, sabendo-a.147 (Esta a) Verdade emanada de teu Senhor. No sejasdos que dela duvidam!148 Cada qual tem um objetivo traado por Ele. Empenhai-vos na prtica das boas Aes, porquanto, onde quer quevos acheis, Deus vos far comparecer, a todos, peranteEle, porque Deus Onipotente.149 Aonde quer que te dirijas ( Mohammad), orienta teurosto para a Sagrada Mesquita, porque isto a verdade doteu Senhor e Deus no est desatento a quanto fazeis.150 Aonde quer que te dirijas, orienta teu rosto para aSagrada Mesquita. Onde quer que estejais (muulmanos), voltai vossos rostos na direo dela, paraque ningum, salvo os inquos, tenha argumento com querefutar-vos. No temais! Temei a Mim, a fim de que Eu vosagracie com Minhas mercs, para que vos ilumineis.151 Assim tambm escolhemos(53), dentre vs, umMensageiro de vossa raa para vos recitar Nossosversculos, purificar-vos, ensinar-vos o Livro e a sabedoria,bem como tudo quanto ignorais.152 Recordai-vos(54) de Mim, que Eu Me recordarei de vs.Agradecei-Me e no Me sejais ingratos!153 fiis, amparai-vos na perseverana e na orao,porque Deus est com os perseverantes.154 E no digais que esto mortos aqueles quesucumbiram(55) pela causa de Deus. Ao contrrio, estovivos, porm vs no percebeis isso.155 Certamente que vos poremos prova mediante otemor, a fome, a perda dos bens, das vidas e dos frutos.
  41. 41. Mas tu ( Mensageiro), anuncia (a bem-aventurana) aosperseverantes 156 Aqueles que, quando os aflige uma desgraa, dizem:Somos de Deus e a Ele retornaremos 157 Estes sero cobertos pelas bnos e pelamisericrdia de seu Senhor, e estes so os bemencaminhados.158 As colinas de Assafa e Almarwa(56) fazem parte dosrituais de Deus e, quem peregrinar Casa(57), ou cumprir aumra(58), no cometer pecado algum em percorrer adistncia entre elas. Quem fizer espontaneamente alm doque for obrigatrio, saiba que Deus Retribuidor,Sapientssimo.159 Aqueles que ocultam as evidncias e a Orientao querevelamos, depois de as havermos elucidado aoshumanos, no Livro, sero malditos por Deus e pelosimprecadores(59),160 Salvo os que se arrependeram, emendaram-se edeclararam (a verdade); a estes absolveremos porquesomos o Remissrio, o Misericordiosssimo.161 Sobre os incrdulos, que morrem na incredulidade,cair a maldio de Deus, dos anjos e de todahumanidade.162 Que pesar sobre eles eternamente(60). O castigo nolhes ser atenuado, nem lhes ser dado prazo algum.163 Vosso Deus e Um s. No h mais divindade almdEle, o Clemente, o Misericordiosssimo(61).164 Na criao dos cus e da terra; na alterao do dia eda noite; nos navios que singram o mar para o benefcio dohomem; na gua que Deus envia do cu, com a qualvivifica a terra, depois de haver sido rida e ondedisseminou toda a espcie animal; na mudana dosventos; nas nuvens submetidas entre o cus e a terra,(nisso tudo) h sinais para os sensatos(62).165 Entre os humanos h aqueles que adotam, em vez deDeus, rivais (a Ele) aos quais professam igual amor que aEle; mas os fiis s amam fervorosamente a Deus. Ah, se
  42. 42. os inquos pudessem ver (a situao em que estaro)quando virem o castigo (que os espera!), concluiro que opoder pertence a Deus e Ele Severssimo no castigo.166 Ento, os chefes negaro os seus proslitos, viro otormento e romper-se-o os vnculos que os uniam.167 E os proslitos diro: Ah, se pudssemos voltar (terra), repudi-los-amos como eles nos repudiaram! AssimDeus lhes demostrar que suas aes so a causa deseus lamentos, e jamais se salvaro do fogo infernal.168 humanos, desfrutai de todo o lcito(63) e do que aterra contm de salutar e no sigais os passos de Satans,porque vosso inimigo declarado.169 Ele s vos induz ao mal e obscenidade e a quedigais de Deus o que ignorais.170 Quando lhes dito: Segui o que Deus revelou! Dizem:Qual! S seguimos as pegadas dos nossos pais! Segui-las-iam ainda que seus pais fossem destitudos decompreenso e orientao?171 O exemplo de quem exorta os incrdulos semelhante ao daquele que chama as bestas, as quais noouvem seno gritos e vozerios. So surdos, mudos, cegos,porque so insensatos.172 fiis, desfrutai de todo o bem com que vosagraciamos e agradecei a Deus, se s a Ele adorais.173 Ele s vos vedou a carnia(64), o sangue, a carne desuno e tudo o que for sacrificado sob invocao de outronome que no seja de Deus(65). Porm, quem, seminteno nem abuso, for impelido a isso, no serrecriminado, porque Deus Indulgente,Misericordiosssimo.174 Aqueles que ocultam o que Deus revelou no Livro, e onegociam a vil preo, no saciaro suas entranhas senocom fogo infernal. Deus no lhes falar no Dia daRessurreio nem dos purificar, e sofrero um dolorosocastigo.
  43. 43. 175 So aqueles que trocam a Orientao pelo extravio, eo perdo pelo castigo. Que resistncia havero de tersuportar o fogo infernal!176 Isso, porque Deus revelou o Livro com a verdade eaqueles que disputaram sobre ele incorreram em profundocisma.177 A virtude no consiste s em que orientais vossosrostos at ao levante ou ao poente. A verdadeira virtude a de quem cr em Deus, no Dia do Juzo Final, nos anjos,no Livro e nos profetas; de quem distribuiu seus bens emcaridade por amor a Deus, entre parentes, rfos,necessitados, viajantes, mendigos e em resgate de cativos(escravos). Aqueles que observam a orao, pagam ozakat, cumprem os compromissos contrados, sopacientes na misria e na adversidade, ou durante oscombates, esses so os verazes, e esses so os tementes(a Deus).178 fiis, est-vos preceituado o talio(66) para ohomicdio(67): livre por livre, escravo por escravo, mulherpor mulher. Mas, se o irmo do morto perdoar oassassino,(68) devereis indeniz-lo espontnea evoluntariamente. Isso uma mitigao e misericrdia devosso Senhor. Mas quem vingar-se, depois disso, sofrerum doloroso castigo.179 Tendes, no talio, a segurana da vida, sensatos,para que vos refreeis.180 Est-vos prescrito que quando a morte se apresentar aalgum de vs, se deixar bens, que faa testamentoeqitativo em favor de seus pais e parentes; este umdever dos que temem a Deus.181 E aqueles que o alterarem, depois de o haveremouvido, estaro cometendo (grave) delito. Sabeis que Deus Onipotente, Sapientssimo.182 Mas quem, suspeitando parcialmente ou injustia(69) daparte do testador, emendar o testamento para reconciliaras partes, no ser recriminado porque Deus Indulgente,Misericordiosssimo.
  44. 44. 183 fiis, est-vos prescrito o jejum, tal como foiprescrito(70) a vossos antepassados, para que temais aDeus.184 Jejuareis(71) determinados dias; porm, quem de vsno cumprir jejum, por achar-se enfermo ou em viagem(72),jejuar, depois, o mesmo nmero de dias. Mas quem, s custa de muito sacrifcio, consegue cumpri-lo, vier aquebr-lo, redimir-se-, alimentando um necessitado;porm, quem se empenhar em fazer alm do que forobrigatrio, ser melhor. Mas, se jejuardes, ser prefervelpara vs, se quereis sab-lo.185 O ms de Ramadan foi o ms em que foi revelado oAlcoro, orientao para a humanidade e vidncia deorientao e Discernimento. Por conseguinte, quem de vspresenciar o novilnio deste ms dever jejuar; porm,quem se achar enfermo ou em viagem jejuar, depois, omesmo nmero de dias. Deus vos deseja a comodidade eno a dificuldade, mas cumpri o nmero (de dias), eglorificai a Deus por ter-vos orientado, a fim de que (Lhe)agradeais.186 Quando Meus servos te perguntarem de Mim, dize-lhes que estou prximo e ouvirei o rogo do suplicantequando a Mim se dirigir. Que atendam o Meu apelo e quecreiam em Mim, a fim de que se encaminhem.187 Est-vos permitido, nas noites de jejum, acercar-vosde vossas mulheres, porque elas so vossasvestimentas(73) e vs o sois delas. Deus sabe o que vsfazeis secretamente; porm, absorveu-vos e vos indultou.Acercai-vos agora delas e desfrutai do que Deus vosprescreveu. Comei e bebei at alvorada, quandopodereis distinguir o fio branco do fio negro. Retornai,ento ao, jejum, at ao anoitecer, e no vos acerqueisdelas enquanto estiverdes retrados nas mesquitas. Taisso as normas de Deus; no as transgridais de modoalgum. Assim Deus ilucida os Seus versculos aoshumanos, a fim de que O temam.188 No consumais as vossas propriedades em vaidades,nem as useis para subornar os juizes, a fim de vos
  45. 45. apropriardes ilegalmente, com conhecimento, de algo dosbens alheios(74).189 Interrogar-te-o sobre os novilnios(75). Dize-lhes:Servem para auxiliar o homem no cmputo do tempo e noconhecimento da poca da peregrinao. A virtude noconsiste em que entreis nas casas pela porta traseira; averdadeira virtude a de quem teme a Deus, para queprospereis(76).190 Combatei,(77) pela causa de Deus, aqueles que voscombatem; porm, no pratiqueis agresso, porque Deusno estima os agressores.191 Matai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os deonde vos expulsaram, porque a perseguio mais gravedo que o homicdio. No os combatais nas cercanias daMesquita Sagrada(78), a menos que vos ataquem. Mas, seali vos combaterem, matai-os. Tal ser o castigo dosincrdulos.192 Porm, se desistirem, sabei que Deus Indulgente,Misericordiosssimo.193 E combatei-os at terminar a perseguio e prevalecera religio de Deus. Porm, se desistirem, no haver maishostilidades, seno contra os inquos.194 Se vos atacarem um ms sagrado, combatei-os nomesmo ms(79), e todas as profanaes sero castigadascom a pena de talio. A quem vos agredir, rechaai-o, damesma forma; porm, temei a Deus e sabei que Ele estcom os que O temem.195 Fazei dispndios(80) pela causa de Deus, sem permitirque as vossas mo contribuam para vossa destruio, epraticai o bem, porque Deus aprecia os benfeitores.196 E cumpri a peregrinao e a Umra(80-a), a servio deDeus. Porm, se fordes impedidos disso, dedicai umaoferenda do que vos seja possvel e no corteis os vossoscabelos at que a oferenda tenha alcanado o lugardestinado ao seu sacrifcio. Quem de vs se encontrarenfermo, ou sofrer de alguma infeco na cabea, e araspar, redimir-se- mediante o jejum, a caridade ou a
  46. 46. oferenda. Entretanto, em condio de paz, aquele querealizar a Umra antes da peregrinao, dever, terminadaesta, fazer uma oferenda daquilo que possa. E quem noestiver em condies de faz-lo, dever jejuar trs dias,durante a peregrinao, e sete, depois do seu regresso,totalizando dez dias. Esta penitncia para aquele queno reside prximo ao recinto da Mesquita Sagrada. Temeia Deus e sabei que Severssimo no castigo.197 A peregrinao realiza em meses determinados(81).Quem a empreender, dever abster-se das relaessexuais, da perversidade e da polmica. Tudo o quefizerdes de bom Deus o saber. Equipai-vos de provises,mas sabei que a melhor proviso a devoo. Temei-Me,pois, sensatos.198 No serei censurados se procurardes a graa dovosso Senhor (durante a peregrinao). Quando descerdesdo monte Arafat, recordai-vos de Deus perante osMonumento Sagrado(82) e recordai-vos de como vosiluminou, ainda quando reis, antes disso, dos extraviados.199 Descei, tambm, de onde descem(83) os demais, eimplorai perdo de Deus, porque Indulgente,Misericordiosssimo.200 Quando celebrardes os vossos ritos, recordai-vos deDeus como vos recordar dos vosso pais(84), ou com maisfervor. Entre os humanos h aqueles que dizem: "Senhor nosso, concede-nos o nosso bem-estar terreno!"Porm,, no participaro da ventura da outra vida.201 Outros dizem: " Senhor nosso, concede-nos a graadeste mundo e do futuro, e preserva-nos do tormentoinfernal!"202 Estes, sim, lograro a poro que tiverem merecido,porque Deus Destro em ajustar contas.203 Recordai-vos de Deus em dias contados(85). Mas,quem se apressar em (deixar o local) aps dois dias, noser recriminado; tampouco pecar aquele que se atrasar,se for temente a Deus. Temei a Deus, pois, e sabei quesereis reunidos perante Ele.
  47. 47. 204 Entre os homens h aquele que, falando da vidaterrena, te encanta, invocando Deus por Testemunha detudo quanto encerra o seu corao embora seja o maisencarniado dos inimigos (dEle).205 E quando se retira, eis que a sua inteno percorrera terra para causar a corrupo, devastar as semeaduras eo gado, mesmo sabendo que a Deus desgosta acorrupo.206 Quando lhe dito que tema a Deus, apossa-se dele asoberbia, induzindo-o ao pecado. Mas o inferno ser-lhe-suficiente castigo. Que funesta morada!207 Entre os homens h tambm aquele que se sacrificapara obter a complacncia de Deus, porque Deus Compassivo para com os servos.208 fiis, abraai o Islam na sua totalidade e no sigaisos passos de Satans, porque vosso inimigo declarado.209 Porm se tropeardes, depois de vos terem chegadoas evidncias, sabei que Deus Poderoso, Prudentssimo.210 Aguardam eles que lhes venha o Prprio Deus, nasombra dos cirros, juntamente com os anjos e, assim, tudoesteja terminado? Sabei que todo retornar a Deus(86).211 Pergunta aos israelitas(87) quantos sinais evidenteslhes temos mostrado. Mas quem deturpa conscientementeas mercs de Deus, depois de lhas terem chegado, saibaque Deus Severssimo no castigo(88).212 Foi abrilhantada a vida terrena aos incrdulos e, porisso, zombam dos fiis; porm, os tementes prevalecerosobre eles no Dia da Ressurreio, porque Deus agraciaimensuravelmente quem Lhe apraz(89).213 No princpio os povos constituam uma s nao.Ento, Deus enviou os profetas como alvissareiros eadmoestadores e enviou, por eles, o Livro, com a verdade,para dirimir as divergncias a seu respeito, depois de lhesterem chegado as evidncias, por egostica contumcia.Porm, Deus, com a Sua graa, orientou os fiis para averdade quanto quilo que causa das suas divergncias;Deus encaminha quem Lhe apraz senda reta.
  48. 48. 214 Pretendeis, acaso, entrar no Paraso, sem antesterdes de passar pelo que passaram os vossosantecessores? Aoitaram-nos a misria e a adversidade,que os abalaram profundamente, at que, mesmo oMensageiro e os fiis, que com ele estavam, disseram:Quando chegar o socorro de Deus? Acaso o socorro deDeus no est prximo?215 Perguntam-te que parte devem gastar (em caridade).Dize-lhes: Toda a caridade que fizerdes, deve ser para ospais, parentes, rfos, necessitados e viajantes(desamparados). E sabei que todo o bem que fizerdes,Deus dele tomar conscincia.216 Est-vos prescrita a luta (pela causa de Deus), emborao repudieis. possvel que repudieis algo que seja umbem para vs e, qui, gosteis de algo que vos sejaprejudicial; todavia, Deus sabe todo o bem que fizerdes,Deus dele tomar conscincia.217 Quando te perguntarem se lcito combater no mssagrado(90), dize-lhes: A luta durante este ms um gravepecado; porm, desviar os fiis da senda de Deus, neg-Lo, privar os demais da Mesquita Sagrada e expulsar dela(Makka) os seus habitantes mais grave ainda, aos olhosde Deus, porque a perseguio pior do que o homicdio.Os incrdulos, enquanto puderem, no cessaro de voscombater, at vos fazerem renunciar vossa religio;porm, aqueles dentre vs que renegarem a sua f emorrerem incrdulos tornaro as suas obras sem efeito,neste mundo e no outro, e sero condenados ao inferno,onde permanecero eternamente.218 Aqueles que creram, migraram e combateram pelacausa de Deus podero esperar de Deus a misericrdia,porque Deus Indulgente, Misericordiosssimo.219 Interrogam-te a respeito da bebida inebriante(91) e dojogo de azar HREF="#92">92); dize-lhes: Em ambos hbenefcios e malefcios para o homem; porm, os seusmalefcios so maiores do que os seus benefcios.Perguntam-te o que devem gastar (em caridade). Dize-lhes: Gastai o que sobrar das vossas necessidades. Assim
  49. 49. Deus vos elucida os Seus versculos, a fim de quemediteis,220 Nesta vida e na outra. Consultar-te-o a respeito dosrfos; dize-lhes: Fazer-lhes o bem o melhor. E semisturardes vossos assuntos com os deles, sero vossosirmos; sabei que Deus distingue o corrupto do benfeitor.Porm, se Deus quisesse, Ter-vos-ia afligido, porque Poderoso, Prudentssimo.221 No desposareis as idlatras at que elas seconvertam, porque uma escrava fiel prefervel a umaidlatra, ainda que esta vos apraza(93). Tampoucoconsintais no matrimnio das vossas filhas com osidlatras, at que estes se tenham convertido, porque umescravo fiel prefervel a um livre idlatra, ainda que estevos apraza. Eles arrastam-vos para o fogo infernal; emtroca, Deus, com Sua benevolncia, convoca-vos aoParaso e ao perdo e elucida os Seus versculos aoshumanos, para que Dele recordem.222 Consultar-te-o acerca da menstruao; dize-lhes: uma impureza(94). Abstende-vos, pois, das mulheresdurante a menstruao e no vos acerqueis delas at quese purifiquem; quando estiverem purificadas, aproximai-vosento delas, como Deus vos tem disposto, porque Eleestima os que arrependem e cuidam da purificao.223 Vossas mulheres so vossas semeaduras. Desfrutai,pois, da vossa semeadura, como vos apraz; porm,praticai boas obras antecipadamente, temei a Deus e sabeique compareceis perante Ele. E tu ( Mensageiro), anunciaaos fiis (a bem-aventurana).224 No tomeis (o nome de) Deus como desculpa, emvosso juramento, para no serdes benevolentes, devotos ereconciliardes os homens, porque Deus Oniouvinte,Sapientssimo.225 Deus no vos recriminar por vossos juramentosinvoluntrios(95); porm, responsabilizar-vos- pelasintenes dos vossos coraes. Sabei que Deus Tolerante, Indulgentssimo.
  50. 50. 226 Aqueles que juram abster-se das suas mulheresdevero aguardar um prazo de quatro meses. Porm, seento voltarem a elas, saibam que Deus Indulgente,Misericordiosssimo.227 Mas se revolverem divorciar-se, saibam que Deus Oniouvinte, Sapientssimo(96).227 As divorciadas aguardaro trs menstruao e, secrem em Deus e no Dia do Juzo Final, no deveroocultar o que Deus criou em suas entranhas. E seusesposos tm mais direito de as readmitir, se desejarem areconciliao(97), porque elas tem direitos equivalentes aosseus deveres, embora os homens tenham um grau sobreelas(98), porquanto Deus Poderoso, Prudentssimo.228 O divrcio revogvel(99) s poder ser efetuado duasvezes. Depois, tereis de conserv-las convoscodignamente ou separar-vos com benevolncia. Est-vosvedado tirar-lhes algo de tudo quanto lhes haveis dotado, amenos que ambos temam contrariar as leis de Deus(100).Se temerdes (vs juizes) que ambos as contrariem, nosero recriminados, se ela der algo pela vossa liberdade.Tais so os limites de Deus, no os ultrapasseis, pois;aqueles que os ultrapassarem sero inquos.229 Porm, se ele se divorciar irrevogavelmente dela,(101)no lhe ser permitido tom-la de novo por esposa legalat que se tenha casado com outro e tambm se tenhadivorciado deste; no sero censurados se sereconciliarem, desde que sintam que podero observar asleis de Deus. Tais so os limites de Deus, que Ele elucidapara os sensatos.230 Quando vos divorciardes(102) das mulheres, ao teremelas cumprido o seu perodo prefixado, tomai-as de voltaeqitativamente, ou liberta-as eqitativamente. No astomeis de volta com o intuito de injuri-las injustamente,porque quem tal fizer condenar-se-. No zombeis dosversculos de Deus e recordai-vos das Suas mercs paraconvosco e de quanto vos revelou no Livro, com sabedoria,mediante o qual vos exorta. Temei a Deus e sabei queDeus Onisciente.
  51. 51. 231 Se vos divorciardes das mulheres, ao terem elascumprido o seu perodo prefixado, no as impeais(103) derenovar a unio com os seus antigos maridos, se ambos sereconciliarem voluntariamente. Com isso se exorta a quemdentre vs cr em Deus e no Dia do Juzo Final. Isso mais puro e mais virtuoso para vs, porque Deus sabe evs ignorais.233 As mes (divorciadas) amamentaro os seus filhosdurante dois anos inteiros, aos quais desejarem completara lactao, devendo o pai mant-las e vesti-laseqitativamente. Ningum obrigado a fazer mais do queest ao seu alcance. Nenhuma me ser prejudicada porcausa do seu filho, nem tampouco o pai, pelo seu. Oherdeiro do pai tem as mesmas obrigaes; porm, seambos, de comum acordo e consulta mtua, desejarem adesmama antes do prazo estabelecido, so serorecriminados. Se preferirdes tomar uma ama para osvossos filhos, no sereis recriminados, sempre quepagueis, estritamente, o que tiverdes prometido. Temei aDeus e sabe que Ele v tudo quanto fazeis.234 Quanto queles, dentre vs, que falecerem e deixaremvivas, estas devero aguardar quatro meses e dezdias(104). Ao cumprirem o perodo prefixado, no sereisresponsveis por tudo quanto fizerem honestamente dassuas pessoas, porque Deus est bem inteirado de tudoquanto fazeis.235 Tampouco sereis censurados se fizerdes aluso auma proposta de casamento e estas mulheres, oupensardes em faz-lo. Deus bem sabe que vos importaiscom elas; porm, no vos declareis a elasindecorosamente; fazei-o em termos honestos e nodecidais sobre o contrato matrimonial at que hajatranscorrido o perodo prescrito; sabei que Deus conhecetudo quanto ensejais. Temei-O, pois, e sabeis que Ele Tolerante, Indulgentssimo.236 No sereis recriminados se vos divorciardes dasvossas mulheres antes de as haverdes tocado ou fixado odote; porm, concedei-lhes um presente; rico, segundo as
  52. 52. suas posses, e o pobre, segundo as suas, porqueconceder esse presente obrigao dos benfeitores.237 E se vos divorciardes delas antes de as haverdestocado, tendo fixado o dote, corresponder-lhes- a metadedo que lhes tiverdes fixado, a menos que, ou elas abrammo (disso)(105), ou faa quem tiver o contrato matrimonialem seu poder(106). Sabei que o perdo est mais prximoda virtude e no esqueais da liberalidade entre vs,porque Deus bem v tudo quanto fazeis.238 Observai as oraes, especialmente asintermedirias,(107) e consagrai-vos fervorosamente a Deus.239 Se estiverdes em perigo, orai andando ou cavalgando;porm, quando estiverdes seguros, invocai Deus, tal comoEle vos ensinou o que no sabeis.240 Quanto queles, dentre vs, que faleceram e deixaremvivas, a elas deixaro um legado para o seu sustentodurante um ano, sem que sejam foradas a abandonarsuas casas. Porm, se elas voluntariamente asabandonarem, no sereis responsveis pelo que fizerem,moderadamente, de si mesmas, porque Deus Poderoso,Prudentssimo.241 Proporcionar o necessrio s divorciadas (para suamanuteno) um dever dos tementes.242 Assim Deus vos elucida os Seus versculos para queraciocineis.243 No reparastes naqueles que, aos milhares, fugiramdas suas casas por temor morte? Deus lhes disse:Morrei! Depois os ressuscitou, porque Agraciante paracom os humanos; contudo a maioria no Lhe agradece.244 Combatei pela causa de Deus e sabei que Ele Oniouvinte, Sapientssimo(108).245 Quem estaria disposto a emprestar a Deus,espontaneamente, para que Ele se multipliqueinfinitamente? Deus restringe ou prodigaliza a Sua graa, ea Ele retornareis.246 No reparastes ( Mohammad) nos lderes dosisraelitas que, depois da morte de Moiss(109), disseram ao
  53. 53. seu profeta: Designa-nos um rei, para combatermos pelacausa de Deus. E ele perguntou: Seria possvel que nocombatsseis quando vos fosse imposta a luta? Disseram:E que escusa teramos para no combater pela causa deDeus, j que fomos expulsos dos nossos lares e afastadosdos nossos filhos? Porm, quando lhes foi ordenado ocombate, quase todos o recusaram, menos uns poucosdeles. Deus bem conhece os inquos.247 Ento, seu profeta lhes disse: Deus vos designouTalut(110) por rei. Disseram: Como poder ele impor a suaautoridade sobre ns, uma vez que temos mais direto doque ele autoridade, e j que ele nem sequer foi agraciadocom bastantes riquezas? Disse-lhes: certo que Deus oelegeu sobre vs, concedendo-lhe superioridade fsica emoral. Deus concede a Sua autoridade a que Lhe apraz, e Magnificente, Sapientssimo.248 E o seu profeta voltou a dizer: O sinal da suaautoridade consistir em que vos chegar a Arca daAliana(111), conduzida por anjos, contendo a paz do vossoSenhor e algumas relquias, legadas pela famlia deMoiss e de Aaro. Nisso terei um sinal, se sois fiis.249 Quando Saul partiu com o seu exrcito, disse: certoque Deus vos provar, por meio de um rio. Sabei quequem nele se saciar no ser dos meus; s-lo- quem notomar de suas guas mais do que couber na concavidadeda sua mo. Quase todos se saciaram, menos uns tantos.Quando ele e os fiis atravessaram o rio, (alguns)disseram: Hoje no podemos com Golias e com seuexrcito. Porm, aqueles que creram que deveriamencontrar Deus disseram: Quantas vezes um pequenogrupo venceu outro mais numeroso, pela vontade de Deus,porquanto Deus est com os perseverantes!250 E quanto se defrontaram com Golias e com o seuexrcito, disseram: Senhor nosso, infunde-nosconstncia, firma os nossos passos e concede-nos a vitriasobre o povo incrdulo!251 E com a vontade de Deus os derrotaram; Davi matouGolias(112) e Deus lhe outorgou o poder e a sabedoria e lhe
  54. 54. ensinou tudo quanto Lhe aprouve. Se Deus no contivesseaos seres humanos, uns, em relao aos outros, a terra secorromperia; porm, Ele Agraciante para com a (Estincompleto no Alcoro)252 Tais so os versculos de Deus que realmente teditamos, porque s um dos mensageiros.253 De tais mensageiros preferimos uns aos outros. Entreeles, se encontram aqueles a quem Deus falou, e aquelesque elevou em dignidade. E concedemos a Jesus, filho deMaria, as evidncias, e o fortalecemos com o Esprito daSantidade. Se Deus quisesse, aqueles que os sucederamno teriam combatido entre si, depois de lhes teremchegado as evidncias. Mas discordaram entre si; unsacreditaram e outros negaram. Se Deus quisesse, noteriam digladiado; porm, Deus dispe como quer.254 fiis, fazei caridade com aquilo com que vosagraciamos, antes que chegue o dia em que no haverbarganha, amizade, nem intercesso. Sabei que osincrdulos so inquos.255 Deus(113)! No h mais divindade alm dEle, Vivente,Subsistente(114), a Quem jamais alcana a inatividade ou osono; dEle tudo quanto existe nos cus e na terra. Quempoder interceder junto a Ele, sem a Sua anuncia? Eleconhece tanto o passado como o futuro, e eles (humanos)nada conhecem a Sua cincia(115), seno o que Elepermite. O Seu Trono(116) abrange os cus e a terra, cujapreservao no O abate, porque o Ingente, o Altssimo.256 No h imposio quanto religio(117), porque j sedestacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor ecrer em Deus, Ter-se- apegado a um firme einquebrantvel sustentculo, porque Deus Oniouvinte,Sapientssimo.257 Deus o Protetor dos fiis; Quem os retira dastrevas e os transportam para a luz; ao contrrio, osincrdulos, cujos protetores so os sedutores, para que osarrastam da luz, levando-os para as trevas, serocondenados ao inferno onde permanecero eternamente.
  55. 55. 258 No reparaste naquele que disputava com Abrao(118)acerca de seu Senhor, por lhe haver Deus concedido opoder? Quando Abrao lhe disse: Meu Senhor Quem da vida e a morte! retrucou: Eu tambm dou a vida e amorte. Abrao disse: Deus faz sair o sol do Oriente, faze-otu sair do Ocidente. Ento o incrdulo ficou confundido,porque Deus no ilumina os inquos.(119)259 Tampouco reparastes naquele que passou por umacidade em runas(120) e conjecturou: Como poder Deusressuscit-la depois de sua morte? Deus o manteve mortodurante cem anos; depois o ressuscitou e lhe perguntou:Quanto tempo permaneceste assim? Respondeu:Permaneci um dia ou parte dele. Disse-lhe: Qual!Permaneceste cem anos. Observa a tua comida e a tuabebida; constata que ainda no se deterioraram. Agoraobserva teu asno (no resta dele mais do que a ossada);isto para fazer de ti um exemplo para os humanos.Observa como dispomos os seus ossos e em seguida osrevestimos de carne. Diante da evidncia, exclamou:Reconheo que Deus Onipotente!260 E de quando Abrao implorou: Senhor meu, mostra-me como ressuscitas os mortos; disse-lhe Deus: Acaso,ainda no crs? Afirmou: Sim, porm, faze-o, para atranqilidade do meu corao. Disse-lhe: Toma quatropssaros, treina-os para que voltem a ti, e coloca umaparte deles(121) sobre cada montanha; chama-os, emseguida, que viro, velozmente, at ti; e sabe que Deus Poderoso, Prudentssimo.261 O exemplo daqueles que gastam os seus bens pelacausa de Deus como o de um gro que produz seteespigas, contendo cada espiga cem gros. Deus multiplicamais ainda a quem Lhe apraz, porque Munificente,Sapientssimo.262 Aqueles que gastam os bens pela causa de Deus, semacompanhar a sua caridade com exprobao ou agravos,tero a sua recompensa ao lado do Senhor e no seropresas do temor, nem se atribularo.
  56. 56. 263 Uma palavra cordial e uma indulgncia so preferveis caridade seguida de agravos, porque Deus , por Si,Tolerante, Opulentssimo.264 fiis, no desmereais as vossas caridades comexprobao ou agravos como aquele que gasta os seusbens, por ostentao, diante das pessoas que no cr emDeus, nem no Dia do Juzo Final. O seu exemplo semelhante ao de uma rocha coberta por terra que, ao seratingida por um aguaceiro,(122) fica a descoberto. Em nadase beneficiar, de tudo quanto fizer, porque Deus noilumina os incrdulos.265 Por outra, o exemplo de quem gasta os seus bensespontaneamente, aspirando complacncia de Deuspara fortalecer a sua alma, como um pomar em umacolina que, ao cair a chuva, tem os seus frutos duplicados;quando a chuva no o atinge, basta-lhe o orvalho. E Deusbem v tudo quanto fazeis.266 Desejaria algum de vs, possuindo um pomar(123)cheio de tamareiras e videiras, abaixo das quais corressemos rios, em que houvesse toda espcie de frutos, esurpreendesse a velhice com filhos de tenra idade(124), queo aoitasse e consumisse um furaco ignfero? AssimDeus elucida os versculos, a fim de que mediteis.267 fiis, contribu com o que de melhor tiverdesadquirido, assim como com o que vos temos feito brotar daterra, e no escolhais o pior para fazerdes caridade, sendoque vs no aceitareis para vs mesmos, a no ser comos olhos fechados. Sabei que Deus , por Si, Opulento,Laudabilssimo.268 Satans vos atemoriza com a misria e vos induz obscenidade; por outro lado, Deus vos promete a Suaindulgncia e a Sua graa(125), porque Munificente,Sapientssimo.269 Ele concede sabedoria a quem Lhe apraz, e todoaquele que for agraciado com ela, sem dvida ter logradoum imenso bem; porm, salvo os sensatos, ningum ocompreende.
  57. 57. 270 De cada caridade que dispensais e de cada promessaque fazeis, Deus o sabe; sabei que os inquos jamais teroprotetores.271 Se fizerdes caridade abertamente, quo louvvel ser!Porm, se a fizerdes, dando aos pobres dissimuladamente,ser prefervel para vs, e isso vos absolver de algunsdos vossos pecados, porque Deus est inteirado de tudoquanto fazeis.272 A ti ( Mensageiro) no cabe gui-los; porm, Deusguia a quem Lhe apraz. Toda a caridade que fizerdes serem vosso prprio benefcio, e no pratiqueis boas aesseno com a aspirao de agradardes a Deus. Sabei quetoda caridade que fizerdes vos ser recompensada comvantagem, e no sereis injustiados.273 (Concedei-a) aos que empobrecerem empenhados nacausa de Deus, que no podem se dar a negcios na terra,e que o ignorante no os cr necessitados, porque soreservados. Tu os reconhecers por seus aspectos, porqueno mendigam impertinentemente. De toda a caridade quefizerdes Deus saber.274 Aqueles que gastam dos seus bens, tanto de dia como noite, quer secreta, quer abertamente, obtero a suarecompensa no Senhor e no sero presas do temor, nemse atribularo.275 Os que praticam a usura(126) s sero ressuscitadoscomo aquele que foi perturbado por Satans; isso, porquedisseram que a usura o mesmo que o comrcio(127); noentanto, Deus consente o comrcio e veda a usura. Mas,quem tiver recebido uma exortao do seu Senhor e seabstiver, ser absolvido pelo passado, e seu julgamento scaber a Deus. Por outro lado, aqueles que reincidirem,sero condenados ao inferno, onde permaneceroeternamente.276 Deus abomina a usura e multiplica a recompensa aoscaritativos; Ele no aprecia nenhum incrdulo, pecador.277 Os fiis que praticarem o bem, observarem a orao epagarem o zakat, tero a sua recompensa no Senhor eno sero presas do temor, nem se atribularo.