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5.4 EXEMPLO5.4 EXEMPLODimensionar um trocador de calor para resfriar 110.668 de gasolina de
219°F até 100°F com água a 86°F aquecendo até 100°F. A pressão de operação da gasolina é 162 psi e a da água 88 psi.Solução:
5.4.1 Dados iniciais
( )hlbm )(1 FT o )(2 FT o ( )psiPop ( )psiP∆
Fluido Vazão
Gasolina 110.668 219 100 162 20
Água ? 86 100 88 15
5.4.2 Localização dos fluidoságua de resfriamento ⇒ no lado dos tubosgasolina ⇒ no lado do casco
5.4.3 propriedades térmicas dos fluidosObs: Como os dados iniciais fornecem as temperaturas de entrada e saída dos dois fluidos é possível determinar a temperatura média de cada fluido e as propriedades, caso contrário seria necessário realizar primeiro o balanço de calor.
Fluido Gasolina Água
Temperatura média 159,6 93
Massa específica 46,85 62,24
Calor específico 0,52 0,998
Condutividade térmica 0,07 0,34
Viscosidade dinâmica 0,91 (0,38 cp) 1,69 (0,7 cp)
Fator de incrustação 0,002 0,002
)( Co
3ftlbm
FlbmBTU
o.
FfthBTU
o..
hftlbm
.
BTUFfth o.. 2
5.4.4 Balanço de calor
ttttcccc TCpmQTCpmQ ∆==∆= .... &&&&
( )10021952,0668110 −××=cQ&
hBTUQc 1368486=&
( ) ( ) hlbm
ttCpQm
t
tt 132490
86100998,01368486
. 12
=−×
=−
=&
&
5.4.5 Pressões e temperaturas de projetoCasco
%20=pP psi1941622,1 =×=
FT op 50= maior do que a maior temperatura de operação
maior do que a pressão de operação
Fo26950219 =+=Tubos
%20=pP psi105882,1 =×=
maior do que a maior temperatura de operação maior do que a pressão de operação
FT op 50=
Fo15050100 =+=
5.4.6 Cálculo da ∆ mT
5.4.6.1 Média logarítmica das diferenças de temperatura (MLDT)
100
Gasolina219
FTa o119=∆100
FTb o14=∆86
Água
F
TbTa
TbTaMLDT o49
14119ln
14119
ln=
−=
∆∆∆−∆
=
5.4.6.2 Escolha do tipo de trocador1,0
8621986100
11
12 =−−
=−−
=tTttP5,8
86100100219
12
21 =−−
=−−
=ttTTR
⇒ 1 trajeto no casco e 2,4,6 ou mais nos tubos. 83,0=F
5.4.6.3 Cálculo da diferença de temperatura médiamT∆
FMLDTFT om 7,404983,0 =×=×=∆
5.4.6.4 Verificação da necessidade de cabeçote flutuante
⇒<=+
−=+
− FFTTT ooctc 503,33
26,159936,159
2
002,0≥deR
não é necessário o uso de cabeçote flutuante devido à diferença de temperatura, mas como
então usar cabeçote flutuanteTipo construtivo AES
Trocador de calor tipo Trocador de calor tipo AESAES
1 passagem no casco2 passagens nos tubos
5.4.7 Dimensionamento dos bocaisTubos
sftVmáx 10=
polpésVmD
máxt
tmínb 33,6528,0
36001024,621324904
...4
==×××
×==
ππρ&
polDD btbt 1021 ==
Cascos
pésVc
máx 885,46
30003000===
ρ
polpésV
mDmáxc
cmínb 88,332,0
3600885,466681104
...4
==×××
×==
ππρ&
polDD bcbc 621 ==
5.4.8 Estimativa da área de troca térmica
5.4.8.1 U estimadoO valor de U é estimado de acordo com a Tabela 5.7.
Líquido orgânico leve e água ⇒ U = 125 a 175 FfthBTU
o.. 2
∑ = BTUFfthR
o
d..0015,0
2
e
84,1530015,01
1125 =⇒+
== l
l
U
U
U
FfthBTUU o..87
002,0003,084,153
11
2=++
=
5.4.8.2 Área estimada
293417,4087
1368486.
péTU
QAm
=×
=∆
=&
5.4.8.3 Geometria adotada para o lado dos tubos
pésL 20= polde 75,043 == poldi 584,0=BWG 14
como usar arranjo (quadrado) com passo s = 1 pol002,0≥deRMaterial dos tubos = latão.
5.4.8.4 Número de tubos
( ) 500
122220
1275,0
19342..
=
×
−=
−=
ππ eLdeAn
Obs: e = espessura dos espelhos, foi estimado 2 pol e deve ser verificado no projeto mecânico.
5.4.8.5 Número de tubos adotado e área disponível
Adotando, inicialmente, um trocador com um número de trajetos nos tubos igual a 2 (Nt = 2), da tabela de distribuição de tubos de Perry (1980), com:
( )eLdenA 2... −= π
de =0,75 pol, s = 1 pol ,cabeçote TEMA S, Nt = 2,resulta:
2054212
22201275,0..532 pésA =
⋅
−= π
n = 532 tubos e Di = 29 pol
VERIFICAÇÃO DA GEOMETRIA PROPOSTA
5.4.9 Coeficiente de película dentro dos tubos
( ) spés
diNnmV
tt
tt 42,4
36001444584,0
253224,62
132490
4. 22 =
⋅
==ππρ
&
⇒=⋅
⋅⋅⋅== 51928
1269,13600584,042,424,62..
t
ttt
diVeRµ
ρescoamento turbulento
para o coeficiente de película interno ao tubo será utilizada a equação de Dittus-Boelter.
96,434,0
998,069,1.=
⋅==
t
ttt k
CprP µ
( ) ( ) 16096,451928023,0023,0 4,08,04,08,0 =⋅=⋅⋅= rPeRNut
FfthBTU
dikNuhi o
tt
..8,1171584,0
1234,01602=
⋅⋅=
⋅=
5.4.10 Perda de carga no lado dos tubos
5.4.10.1 ∆P nos bocais
pésD
mVbtt
tbt 01,4
1024,621441324904
..4
22 =⋅⋅⋅⋅
=⋅
=ππρ
&
psiVP bttbt 193,0
1442,32201,424,628,1
28,1
22
=⋅⋅
⋅=
⋅=∆
ρ
5.4.10.2 ∆P na contração, expansão e retorno no cabeçote
psiVNP tttcer 848,02
1442,32242,424,6226,1
26,1
22
=⋅⋅⋅⋅
=⋅⋅
=∆ρ
5.4.10.3 ∆P linearObs: Tubos de cobre e ligas ⇒ E=0,000005 pé
Fator de atrito de Churchill
20
16
9,0
16
9,0 10532,1
12584,0
000005,027,028519
71ln457,2
27,07
1ln457,2 ⋅=
⋅+
=
+
=
diE
eR
A
89,8028519
5303753037 1616
=
=
=
eRB
( ) ( )003,0
89,8010532,1
128519
81812
112
1
2320
12
23
12
=
+⋅+
=
++
=
BAeRfC
5.4.10.3.1 Correção do fator de atrito devido ao escoamento não isotérmico
( ) ( ) FTTdide
hiRUTT o
tcditti 5,114935,159584,075,0
8,11171002,087931
=−
++=−
++=
5.4.10.3.2 Viscosidade da água na Tti ⇒ µti = 0,97
925,069,197,0
14,014,0
=
=
=
t
ti
µµα
5.4.10.3.3 Fator de atrito corrigido
00278,0003,0925,0' =⋅=⋅= ff α5.4.10.3.4 Cálculo da perda de carga linear
( ) psiNVdiLfP t
ttDl 4,22
1442,32242,424,62
584,0122000278,08
2
22
=⋅⋅
⋅⋅⋅==∆
ρ
5.4.10.3.5 Correção da perda de carga devido à formação de depósitos (Tabela 5.11)
psiPl 88,240,220,1 =⋅=∆
5.4.10.3.6 Perda de carga total nos tubos( ) 88,2848,0193,0,, ++=∆+∆+∆=∆ fcabeçpexcontrbocaisct PPPNP
92,3=∆ tP
Obs: neste ponto deveria ser alterada a geometria no lado dos tubos para elevar o valor da perda de carga que tem como limite o valor de 10 psi. Mas como o coeficiente de película nos tubos está elevado, prosseguiremas o cálculo.
5.4.11 Geometria do lado do cascoDi = 29 pol de = 0,75 pol s =1 pol TEMA – AES
A relação próximo aos valores recomendados.1:3,81220=
⋅=
L29Di
5.4.11.1 Número aproximado de tubos na fileira central
45,2753219,119,1 =⋅== nnc5.4.11.2 Diâmetro do feixe de tubos Df
( ) poldesnD cf 2,2775,01)145,27(1 =+⋅−=+−=
5.4.11.3 Espaçamento das chicanas na entrada e saída (Figuras 5.17 e 5.18)
l1f e l2f
Pressão de projeto no cascofbcmín lDl 111 +=
psipprj 194=fbcmín lDl 222 +=
l1f = 8 pol
fbcmín lDl 111 +=
861 +=mínl
poll mín 141 =
fbcmín lDl 222 +=
9,1462 +=mínl
poll mín 9,202 =
l2f = 14,9 pol
5.4.11.4 Corte da chicana
Escolhendo o corte da chicana corresponde a , logo: ⇒= %25H2=
DiDi l
polDil 5,14229
2===
5.4.11.5 Número de chicanas
Adotando l1 = 23,75 pol e l2 = 23,75 pol, para que o número de chicanas resulte um número inteiro.
( ) 1415,14
75,2375,23221220121 =+−−⋅−⋅
=+−−
=l
llLNB
5.4.12 Cálculo da perda de carga do lado do casco
5.4.12.1 Variáveis auxiliaress 1,5= 23,0=pNDa Figura 5.14, com e , se obtém:%25=
DiH 33,1
75,01
==de Y e
5.4.12 Cálculo da perda de carga do lado do casco
5.4.12.1 Variáveis auxiliares
0,1=CxDa Tabela 5.10,
97,0=bC (seção 5.3.2.1)
2425,01
75,0197,0 =−
=−
=sdesCC ba
264,952,275,142425,0 polDlCS fac =⋅⋅==
49,0
12923,08,0
1
8,0
1=
+=
+=
sDN
Fi
p
p
5.4.12.2 Área de escoamento no casco
219,19549,064,95 pol
FSS
p
ccf ===
5.4.12.3 Vazão mássica no casco
2.5,6448119,195
144668110péh
lbmSmG
cf
ccf =
⋅==
&
5.4.12.4 Número de Reynolds no casco
4,60751291,0
75,05,64481=
⋅⋅
==c
cfp
deGeR
µ
5.4.12.5 Fator de atrito no cascoDa Figura 5.14, em função de Re=5607 e 47,0=cf33,1=de
s
47,0=cf
5.4.12.6 Correção do fator de atrito no casco para escoamento não isotérmico.Considerando a temperatura da parede interna do tubo aproximadamente igual a temperatura da superfície externa
FT ote 5,114=
027,191,01,1
14,014,0
=
=
c
te
µµ
5.4.12.7 Perda de carga no casco14,0
'2
112
4
+
−=∆
c
teB
c
cfcc Di
sYNs
DiDiHCx
GfP
µµ
ρ
( ) ( ) psiPc 88,0027,129
11,5111412925,011
36001442,3285,4625,81644
47,04 2
2
=
⋅++−⋅
⋅⋅⋅⋅⋅=∆
5.4.12.8 Perda de carga nos bocais do casco
spé
DmV
cc
cbc 34,3
360012685,46
6681104
4
22 =
⋅
⋅⋅
⋅==
ππρ
&
00013,0685.46
42,291,0
≅=⋅
=⋅ bcc
c
Dρµ
da figura 5.22, obtém-se Z = 0,34
psigZP cbocal 111,01442,32
34,02,3285,46=
⋅⋅⋅
==∆ ρ
00013,0 ≅=⋅ bcc
c
Dρµ
spéVbc 34,3=
Z = 0,34 ft
gZP cbocal ρ=∆
1442,3234,02,3285,46
⋅⋅⋅
=∆ bocalP
psiPbocal 111,0=∆
5.4.12.9 Perda de carga total no casco
( ) ( ) 102,11111,0111,088,021 =⋅++=∆+∆+∆=∆ cbbctotalc NPPPP
Obs: A perda de carga está muito abaixo da permitida (20 psi). Devemos alterar a geometria do casco. Continuaremos o cálculo e faremos as alterações necessárias na segunda iteração.
5.4.13 Coeficiente de película do lado do casco5.4.13.1 Variáveis auxiliares
Em função de e , se obtém na Figura 5.14%25=DiH 333,1
75,01
==des
96,0=M
41,0=hN
5.4.13 Coeficiente de película do lado do casco
5.4.13.1 Variáveis auxiliares
96,0=M
41,0=hN
311,0
12941,01
1
1
1=
+=
+=
sDN
Fi
h
h
5.4.13.2 Área de escoamento no casco
222,295311,0
96,064,95 polF
MSSh
cch =
⋅==
5.4.13.3 Vazão mássica no casco
2.73,9805322,295
144668110péh
lbmSmG
ch
cch =
⋅==
&
5.4.13.4 Número de Reynolds no casco
5,37071291,0
75,073,53980=
⋅⋅
==c
chh
deGeRµ
5.4.13.5 Coeficiente de película no casco
Da Figura 5.14
Re = 3707
jH=40
4014,0
31
=
⋅
=
te
c
h
rP
Nuj
µµ
76,607,0
52,091,0=
⋅=
⋅=
c
cc
kCprP µ
36,731,191,076,640
14,0
31
=
⋅⋅=Nu
FpéhBTU
dekNuh
kdehNu o
ceb
c
eb
..16,8212
75,007,036,73
2=⋅
=⋅
=⇒⋅
=
Fator de correção devido ao efeito de entrada no casco:
( ) ( )[ ]989,0
2362032365,142203221220203
2 6,0
'
6,0'
=
−⋅
−⋅−⋅+=
−
−+=
LlLllLl
E BBB
c
FpéhBTUEhh ocebe ..26,81989,016,82 2=⋅=⋅=
5.4.14 Coeficiente global de troca térmicaConsiderando a temperatura da parede do tubo na temperatura média entre as temperaturas médias dos fluidos , temos ( )Ft o25,126=
FpéhBTUk ot ..40=
e
de
t
di
i hR
dide
kde
dideR
dihdeU 1ln
2
1
++++=
5.4.14 Coeficiente global de troca térmica
FpéhBTUk ot ..40=
poldi 584,0=
polde 75,0= BTUFfthRd
o
e..002,0
2=
BTUFfthRd
o
i..002,0
2=
FfthBTUhi o..8,1171 2= Ffth
BTUhe o..26,81 2=
e
de
t
di
i hR
dide
kde
dideR
dihdeU 1ln
2
1
++++=
26,811002,0
584,075,0ln
40.12.275,0
584,075,0.002,0
584,0.8,111775,0
1
++++=U
FfthBTUU o..88,54 2=
5.4.15 Área de troca térmica necessária
2' 95,30657,4088,54
1368486 péTU
QAm
=⋅
=∆×
=&
5.4.16 Desvio em rela5.4.16 Desvio em relaçãção a o a áárea disponrea disponíívelvel
%3,491000542
054295,0653100%'
=×−
=×−
=A
AADesvio
O significado de um desvio positivo é que, em relação à área disponível, falta 49,3% de área de troca térmica, pois em função da geometria adotada o trocador necessita 3065 pé2 de área de troca térmica e só dispõe de 2054 pé2.
Como passo seguinte pode-se modificar a geometria para aumentar a perda de carga, e o coeficiente de película no casco, ou substituir a área necessária no lugar da estimada no passo 8 e propor nova geometria, até que o desvio seja inferior a 5%.