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Apostila complementar módulo 1. ação 1 vs. história do Brasil

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Apostila complementar ao módulo 1 de História do Brasil - pré vestibular.

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Page 1: Apostila complementar módulo 1. ação 1 vs. história do Brasil

História do Brasil:

Prof. Lamarão

A Europa Feudal –

Características Econômicas:

Feudo como centro da economia e sociedade:

Autossuficiente, agrária, relação compulsória

de trabalho dos servos.

Talha: parte da produção do servo era

destinada ao senhor feudal (em torno de 1/3)

Corveia: O servo era obrigado a trabalhar

parte dos dias da semana nas terras do Senhor

Feudal.

Banalidade: Quando precisasse usar alguma

máquina (moinho, debulhador, caldeirão, etc.)

o servo deveria pagar um tributo ao senhor

feudal.

Características sociais:

. Não há mobilidade social

. O feudo é o núcleo da sociedade Europeia

Os três Estados e suas funções:

1. ESTADO: O Clero – tinha como função

primordial a relação homens- Deus.

2. ESTADO: A Nobreza – Tinha como

função guerrear, protegendo não só a

fé católica de outras religiões, mas os

feudos que dominavam.

3. ESTADO: os demais trabalhadores- As

demais pessoas que não eram nobres,

nem do alto clero, eram

trabalhadoras. Os servos são os

trabalhadores camponeses que estão

presos à terra, eles são a maior parte

do 3º Estado. (dar outros exemplos:

camponeses livres, e principalmente

depois do século XII: artesãos e

comerciantes)

Pirâmide social:

Quando um nobre mais poderoso doava a um

nobre menos poderoso um pedaço de terra,

este último se tornava Vassalo do primeiro,

enquanto o segundo se tornaria o seu

Suserano. Esta é a relação de suserania e

vassalagem.

Características políticas:

Devido à relação de suserania e vassalagem

que distribuía o poder pelas mãos dos diversos

Senhores Feudais não havia uma figura que

concentrasse poder em suas mãos. Embora

houvesse reis eles, até o século XIV e XV, na

maior parte da Europa, não detinham grandes

poderes. Podendo-se afirmar que o poder era

fragmentado (dividido) entre os Senhores

Feudais. A única instituição que conseguia

concentrar em si poderes além dos senhores

feudais era a Igreja Católica.

A Formação de Portugal.

. A guerra da Reconquista: Mouros

(mulçumanos) ocupam a quase totalidade da

Península Ibérica. Exércitos católicos se

organizam para reconquistá-la, sob a liderança

de Leão, Aragão, Navarra e Castela. Parte do

Reino de Leão passa a se chamar Condado

Portucalense. Quando D. Henriques morre,

seu filho declara a independência de Portugal.

Agora, o recém-criado reino precisa batalhar

em duas frentes, contra os mulçumanos e

contra os demais reinos católicos.

MULÇUMANOS X PORTUGUESES X Reinos CATÓLICOS

Page 2: Apostila complementar módulo 1. ação 1 vs. história do Brasil

A CRISE DO Século XIV: (A Grande fome, a

peste negra, e as Guerras) Tem dois efeitos

principais para Portugal:

1) A ação do poder centralizado do Rei

foi importante para minimizar os

efeitos desta crise na população

portuguesa.

2) Com a devastação de diversas áreas e

guerras em outras foi necessário

reorganizar as rotas comerciais

europeias. Os portos portugueses

passam a ser entrepostos comerciais,

entre o comércio genovês com o

Oriente e o norte da Europa, se

privilegiando desta condição não só os

comerciantes (burgueses) como o

próprio rei, pois que com o aumento

do comércio, poderia arrecadar mais

impostos para a Coroa.

A REVOLTA DE AVIS: Com a morte de

D. Fernando, que não deixa sucessor,

o trono de Portugal passa a ser

disputado por um lado por sua filha e

por outro pelo seu irmão bastardo.

Como a filha de D. Fernando é casada

com o Príncipe Herdeiro de Castela, o

temor que Portugal perdesse sua

autonomia leva os comerciantes e a

apoiarem o irmão do rei enquanto os

nobres apoiam a pretensão do

Príncipe de Castela de ser o Rei de

Portugal. As forças favoráveis ao

irmão vencem a batalha de

Aljubarrota, dando origem à dinastia

de Avis.

A EXPANSÃO MARÌTIMA

PORTUGUESA: Em 1415, Portugal

inicia uma série de viagens marítimas

objetivando chegarem às Índias e

estabelecerem uma rota alternativa

ao Mar Mediterrâneo, pois que a rota

de lá era monopolizada pelas cidades

de Genova e Veneza.

Devido a sua centralização

política precoce, ao seu vasto litoral e

sua experiência em navegação,

Portugal reunia condições de se

lançarem ao mar e foram os primeiros

a faze-lo, no que chamamos de

Pioneirismo Português.

As distintas classes sociais se

viram mobilizadas pelas grandes

navegações: o rei pretendia aumentar

seu poderio e fontes de riqueza, os

nobres tinham na expansão marítima

uma forma de glorificarem o seu Rei e

Deus pois que, junto a Igreja,

realizaram um extenso processo de

cristianização de outros povos. Já a

“arraia-miúda” via nas grandes

navegações uma chance de melhorar

de vida.

A proposta portuguesa de

chegar às Índias era através do

contorno do continente africano que

foi feito de forma gradual. Entre a

conquista de Ceuta e a chegada dos

Portugueses ao extremo sul da África

(Cabo das Tormentas) passaram-se 73

anos. A este movimento dá-se o nome

de Périplo Africano.

Em 1487, Bartolomeu Dias

Consegui vencer o extremo sul do

continente africano rebatizando o

Cabo das Tormentas com o nome de

Cabo da Boa Esperança.

Em 1498, Vasco da Gama

consegue atingir as Índias e esta

empreitada é bastante lucrativa.

Em 1500 a maior armada até

então é organizada sob a liderança de

Pedro Alvares Cabral que deveria

chegar às Índias. Contudo, no meio da

viagem, Cabral aporta em “terras

novas” e com isso “descobre” o Brasil.

Page 3: Apostila complementar módulo 1. ação 1 vs. história do Brasil

Teria tido intenção ou o

descobrimento foi obra do acaso?

A TEORIA DA

INTENCIONALIDADE: Durante muito

tempo acreditou-se que a chegada de

Cabral ao Brasil teria se dado por

acaso, um “erro de rota” ocorrido por

conta dos ventos no Oceano Atlântico

que teria redirecionado as naus para

cá. Contudo, cada vez menos esta

teoria é aceita e vem se afirmando

que se Portugal não tinha certeza, ao

menos teria indícios para acreditar na

existência de terras por aqui. O

principal argumento que justifica esta

afirmação é o fato de Portugal não ter

ficado satisfeito com um tratado

assinado em 1493 que dividia as terras

descobertas entre Portugal e Espanha,

com a concordância do Papa.

Por pressão portuguesa este

tratado é redefinido dando origem ao

Tratado de Tordesilhas (1494) que

desloca esta “linha imaginária” para a

esquerda no mapa-mundi.

Os POVOS NATIVOS: Quando

aqui chegaram os portugueses tiveram

contato com povos nativos, aos quais

os espanhóis denominaram de índios,

por acreditarem terem chegado às

Índias.

No território que coube aos

portugueses encontravam-se uma

sorte variada de populações locais,

culturalmente distintas, supõe-se que

esta população –á época-

contabilizava algo entre 2 milhões a 5

milhões de pessoas. Entre os

principais troncos temos os Tupis, os

Jês, Aymorés, arawakes e Karibés.

Levavam uma vida

seminômade onde praticavam a caça,

a pesca, a agricultura e a coleta.

Tinham uma economia de subsistência

(só produziam o que iriam consumir) e

a troca entre tribos era rara.

Eram dotados de uma religião

bastante complexa onde cada ente da

natureza tinha uma representação

divina, mantinham também uma

relação pouco prejudicial ao meio

ambiente se comparado aos

europeus. Dentre os seus rituais

religiosos, destaca-se a antropofagia,

ou o consumo de carne humana.

A relação Portugueses vs.

Nativos: Se em um primeiro momento

a relação entre portugueses e

indígenas pode ser classificadas como

cordiais, este termo não é válido para

caracterizar a história do encontro

destes dois povos. O desejo lusitano

por riquezas, por mais fiéis, a

imposição aos índios de uma cultura

completamente diferente logo irá

causar tensões entre estes dois povos,

não sendo poucas as guerras e

batalhas travadas entre portugueses e

índios. Esta relação teve como

resultado o desaparecimento de

importante parte da cultura indígena

e, não menos importante, ao longo de

cinco séculos, reduziu a população

indígena para menos de 300 mil

habitantes, sendo por muitos

especialistas considerados este

encontro entre europeus e ameríndios

o maior genocídio (morte coletiva de

um determinado povo) da história da

humanidade!