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C O N T A B I L I D A D E G O V E R N A M E N T A L 1 Contabilidade Governamental 3° Período - 2013 Aluno: _____________________________________________ Professor: Wadson Silva Camargo

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C O N T A B I L I D A D E G O V E R N A M E N T A L

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Contabilidade Governamental

3° Período - 2013

Aluno: _____________________________________________

Professor: Wadson Silva Camargo

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA :

- SILVA. Valmir Leôncio da. A nova contabilidade aplicada ao setor público – uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2012. - ROSA, Maria Berenice. Contabilidade do setor público . São Paulo: Atlas, 2011. - QUINTANA, Alexandre Costa et al. Contabilidade Pública . São Paulo: Atlas, 2011.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

- CRC/RS. PROCESSO LICITATÓRIO E A LEI COMPLEMENTAR N.º 123-2006 MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE: TEORIA E PRÁTICA. 2012. Disponível em http://www.crcrs.org.br/arquivos/livros/livro_manual_licitacoes_2012.pdf - STN – Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 5ª Edição (válido para 2013). Disponível em: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/responsabilidade-fiscal/contabilidade-publica/manuais-de-contabilidade-publica - CFC – Conselho Federal de Contabilidade. Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Disponível em: https://www.cfc.org.br/sisweb/sre/defaut.asp - BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal. - BRASIL. Lei Complementar n.º 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Brasília, DF: Senado Federal. - BRASIL. Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Brasília, DF: Senado Federal.

DDOOSS PPRRIINNCCÍÍPPIIOOSS DDAA AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO PPÚÚBBLLIICCAA NNAA CCOONNSSTTIITTUUIIÇÇÃÃOO FFEEDDEERRAALL

A administração pública pode ser definida objetivamente como a atividade concreta

e imediata que o Estado desenvolve para assegurar os interesses coletivos e

subjetivamente como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a Lei atribui o

exercício da função administrativa do Estado.

Sob o aspecto operacional, administração pública é o desempenho perene e

sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado, em benefício da coletividade.

A administração pública pode ser direta, quando composta pelos entes federados

(União, Estados, Municípios e DF), ou indireta, quando composta por entidades

autárquicas e fundacionais.

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Administração Pública tem como principal objetivo o interesse público, seguindo os

princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e

eficiência.

Legalidade

O primeiro dos princípios que a regra jurídica constitucional enuncia como

informador da Administração Pública direta, indireta ou fundacional, é o principio da

Legalidade.

Proposição mandamental adotada em todo o mundo e pelo direito constitucional

positivo brasileiro:

Constituição do Império de 1824, art. 179, §1º - “Nenhum cidadão pode ser

obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei”.

Constituição de 1891, art. 72, §1º - “Ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar

de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei”.

Constituição de 1934, art. 113, II - “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de

fazer alguma coisa, senão em virtude de lei”.

Constituição de 1946, art. 141, §2º - “Ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar

de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.”

Emenda Constitucional de 1969, art. 153, §2º - “Ninguém será obrigado a fazer ou

deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

Constituição de 1988, art. 5º, II – “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de

fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

Assim, toda autoridade é vinculada a seus próprios regulamentos, não podendo,

então, numa dada decisão ou de meio particular, transgredir a regra geral já editada.

Mesmo a mais alta autoridade deve suportar a lei que editou.

Atualmente, o princípio da legalidade é concebido em uma perspectiva distinta da

de outrora, época em que a atividade estatal não tinha como pressuposto a previsão

normativa, mas unicamente a ausência de limitação por ela imposta.

Nada dispondo a lei, ou sendo ela obscura, reconhecia-se ao agente público uma

larga margem de liberdade para a apreciação dos fatos e conseqüente definição de sua

esfera de atuação. De acordo com essa concepção, majoritária até o século XIX, a

administração pública podia fazer tudo o que não lhe fosse proibido por lei. A liberdade

era a regra, sendo a vinculação a exceção, o que tornava exigível que existisse

unicamente uma relação de compatibilidade entre o ato e a lei, vale dizer, o ato era válido

sempre que não a contrariasse, ainda que na lei não encontrasse amparo mediato.

(GARCIA, 2002, p.33)

Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na

administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, na Administração Pública

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só é permitido fazer o que a lei autoriza. A lei para o particular significa pode fazer assim.

Para o administrador público deve fazer assim.

Impessoalidade

A atividade administrativa deve ser destinada a todos os administrados, dirigida aos

cidadãos em geral, sem a determinação de pessoa ou discriminação de qualquer

natureza. É o que impõe ao poder público este princípio.

Com ele quer-se quebrar o velho costume de atendimento do administrado em

razão de seu prestígio ou porque a ele o agente público deve alguma obrigação. No

direito privado prevalece à vontade, no direito administrativo prepondera a finalidade.

Moralidade

A moralidade administrativa está intimamente ligada ao conceito do “bom

administrador”. A moralidade administrativa não se confunde com a moralidade comum;

ela é sim uma moralidade jurídica. O agente administrativo, dotado da capacidade de

atuar, deve distinguir o Bem e o Mal, o honesto do desonesto. Assim, além de decidir

entre o legal e o ilegal, o justo do injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o

importuno, etc.

A moral comum é imposta ao homem para sua conduta externa; a moral

administrativa é imposta ao homem para sua conduta interna de acordo com as

exigências da instituição e a finalidade de sua ação: o bem comum.

Publicidade

É o princípio informador da administração pública direta, indireta e fundacional.

Deverá assim a Administração obedecer a este princípio, que se contrapõe à

clandestinidade, o sigilo, o segredo.

Esse princípio torna obrigatória a divulgação oficial dos atos praticados pela

administração. Todo ato administrativo deve ser publicado, porque pública é a

administração que o pratica.

Deve-se ressaltar o disposto no art. 37, §1º da Constituição Federal, que a

publicidade não deve ter caráter pessoal, constando nomes, símbolos ou imagens que

caracterizem promoção pessoal.

§1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos

públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não

podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de

autoridades ou servidores públicos.

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Eficiência

Eficiência é a minimização de custos; a entidade deve revelar um desempenho

satisfatório capaz de produzir serviços com qualidade a custos operacionais reduzidos. A

eficácia é a maximização dos resultados, até que ponto os bens e serviços estão dentro

das metas estabelecidas para os programas de governo, ou se a entidade cumpre

realmente os objetivos.

A Emenda Constitucional nº 19 de 1998 incluiu o princípio da eficiência no “caput”

do art. 37 da Constituição Federal.

A gestão administrativa na administração pública di reta ou indireta, de

qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Dist rito Federal e dos Municípios,

além do dever tradicional de manter-se pela ética, impessoalidade, transparência e

sujeição ao ordenamento jurídico, tem que se ater à eficiência, ou seja, deve ser

direcionada sempre ao atendimento mais adequado, ra zoável ou eficaz possível, do

interesse público.

Lei nº 8.078/90 – Código de Defesa do Consumidor: Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.

Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações

referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os

danos causados, na forma prevista neste código.

Razoabilidade

Constituição Mineira art.13, §1º:

Art.13. A atividade de administração pública dos Poderes do Estado e da entidade

descentralizada se sujeitarão aos princípios de legalidade, impessoalidade,

moralidade, publicidade e razoabilidade.

§1º. A moralidade e a razoabilidade dos atos do Poder Público serão apuradas,

para efeito de controle e invalidação, em face dos dados objetivos de cada caso.

Motivação

Fundamentado no art. 93, IX da CF e art. 13, §2º da Constituição Estadual, enuncia que o administrador deve justificar, prévia ou contemporaneamente, as razões de fato e de direito que o levaram a praticar tal conduta.

Apesar da Constituição Federal ou Mineira não contemplar explicitamente este

princípio, como faz a Constituição Paulista, a motivação é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo.

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Pressuposto de direito é o disposto legal em que se baseia o ato; pressuposto de

fato como o próprio nome indica corresponde ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situações que levam a Administração a praticar o ato.

Constituição Estadual, art. 13, §2º: “§2º. O agente público motivará o ato

administrativo que praticar, explicitando lhe o fundamento legal, o fático e a finalidade.”

Poder-Dever de Agir

Helly Lopes Meirelles conceitua os poderes da Administração como poder-dever. A

Administração não pode omitir-se nem excluir, numa interpretação que encoraje a inobservância dos princípios da moralidade e eficiência.

“O poder-dever de agir da autoridade pública é hoje reconhecido pacificamente

pela jurisprudência e pela doutrina. O poder tem para o agente público o significado de dever para com a comunidade e para com os indivíduos, no sentido de que quem o detém está sempre na obrigação de exercitá-lo. Nem sempre se compreenderia que uma autoridade pública – um Governador, p.ex. – abrisse mão de seus poderes administrativos, deixando de praticar atos de seu dever funcional. O poder do administrador público, revestindo ao mesmo tempo o caráter de dever para a comunidade, é insuscetível de renúncia pelo seu titular. Tal atitude importaria fazer liberdades com o direito alheio, e o Poder Público não é, nem pode ser, instrumento de cortesias administrativas.

Se para o particular o poder de agir é uma faculdade, para o administrador público é uma obrigação de atuar, desde que se apresente o ensejo de exercitá-lo em benefício da comunidade. É que o Direito Público ajunta ao poder do administrador o dever de administrar.”

CCOONNCCEEIITTOO

A Contabilidade Pública (Governamental) é o conhecimento especializado da

Ciência Contábil que aplica no processo gerador de informações os conceitos, princípios

e normas contábeis na gestão patrimonial das entidades governamentais, de sorte a

oferecer à sociedade informações amplas e acessíveis sobre a gestão da coisa pública.

BASE LEGAL

Lei 4.320/64 é a carta magna da legislação financeira do País. Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da união, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

CCAAMMPPOO DDEE AATTUUAAÇÇÃÃOO

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A Contabilidade Governamental é aplicada às Pessoas Jurídicas de Direito Público

(União, Estados, Distrito Federal, Municípios), suas respectivas autarquias e fundações

criadas ou mantidas pelo Poder Público, e, excepcionalmente, às empresas públicas e às

sociedades de economia mista, quando estas fizerem emprego de recursos públicos

constantes dos orçamentos anuais.

Lei nº 10.406/2002 – Código Civil.

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

I - a União;

II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

III - os Municípios;

IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;

V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

Decreto Lei nº 200/67.

Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:

I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade

jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades

típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor

funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica

de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da

União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que

o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de

conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das

formas admitidas em direito.

III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de

personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a

exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade

anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria

à União ou a entidade da Administração Indireta. IV - Fundação

Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito

privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização

legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam

execução por órgãos ou entidades de direito público, com

autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos

respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por

recursos da União e de outras fontes.

OOBBJJEETTOO

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O objeto da Contabilidade Pública é o patrimônio público, entendido como o

conjunto de bens e direitos onerados pelas obrigações que o integram e que a entidade

governamental utiliza como meio para concretização de seus fins.

Os bens públicos de uso comum não integram o patrimônio dos órgãos e entidades

da Administração Pública e, por isso, não são objeto de relevação contábil.

CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDOOSS BBEENNSS PPÚÚBBLLIICCOOSS

- De uso comum do povo. Mares, rios, estradas, ruas, parques, praças, etc.

- De uso especial (administrativo). Edifícios ou terrenos destinados a serviço ou

estabelecimento da administração pública.

- Dominicais. Bens de propriedade do Estado, mas que não possuem uma

destinação específicas, como as terras devolutas.

Lei nº 10.406 – Código Civil

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e

praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a

serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual,

territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas

de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada

uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se

dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito

público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso

especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação,

na forma que a lei determinar.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados,

observadas as exigências da lei.

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou

retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja

administração pertencerem.

OOBBJJEETTIIVVOOSS

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- Registrar a previsão das receitas e a fixação das despesas constantes dos

orçamentos públicos anuais;

- Registrar todos os ativos, como os créditos, aquisições para revenda,

empréstimos concedidos, etc. e todos os Passivos, como precatórios, provisões,

empréstimos contratados, etc.

- Escriturar e efetuar o acompanhamento da execução orçamentária.

- Disponibilizar informações que auxiliem a medir o desempenho das estruturas e

programas de governo.

- Controle é a aplicação dos métodos de acompanhamento e fiscalização dos atos

e fatos, buscando o aperfeiçoamento e a integridade do processo de planejamento com a

execução e em relação ao fim pretendido.

- Análise é o exame de cada parte e do todo contábil, mediante a aplicação de

procedimentos próprios ou externos, buscando o conhecimento da natureza dos fatos,

das proporções, propiciando a tomada de decisões.

RREEGGIIMMEE CCOONNTTÁÁBBIILL

RReeggiimmee ddee CCaaiixxaa

- Regime contábil de caixa é aquele que destaca como receitas e despesas todas

as entradas e saídas de recursos financeiros ou não, recebidos, pagos, arrecadados ou

recolhidos, efetivamente durante o exercício financeiro, independentemente de referir-se a

créditos ou a débitos de outros exercícios.

RReeggiimmee ddee CCoommppeettêênncciiaa

-- RReeggiimmee ccoonnttáábbiill qquuee ssee ddeessttaaccaa ccoomm aass mmoovviimmeennttaaççõõeess oorrççaammeennttáárriiaass

ppeerrtteenncceenntteess aa ffaattooss ggeerraaddoorreess eeffeettiivvaammeennttee rreeaalliizzaaddooss ddeennttrroo ddee uumm eexxeerrccíícciioo,, ccoomm oo

rreeccoonnhheecciimmeennttoo ee aapprroopprriiaaççããoo ddeessssee eexxeerrccíícciioo,, rreeppeerrccuuttiinnddoo ffiinnaanncceeiirraammeennttee nnoo eexxeerrccíícciioo

sseegguuiinnttee..

Regime Misto

- Conforme o disposto no art. 35 da Lei nº 4.320/64, a Contabilidade Pública adota

o Regime Misto, ou seja, de caixa para as receitas, e de competência, para as despesas.

O texto diz:

“Pertencem ao exercício financeiro”

I – as receitas nele arrecadadas;

II – as despesas nele legalmente empenhadas

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- No entanto, há de se destacar que o art. 35 refere-se ao regime orçamentário e

não ao regime contábil (patrimonial), pois a contabilidade é tratada em título específico

da citada lei, no qual se determina que as variações patrimoniais devam ser

evidenciadas, sejam elas independentes ou resultantes da execução orçamentária.

“Título IX – Da Contabilidade [...] Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária , o conhecimento da composição patrimonial , a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais , a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros . [...] Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.

OORRÇÇAAMMEENNTTOOSS PPÚÚBBLLIICCOOSS

CCOONNCCEEIITTOO EE DDEEFFIINNIIÇÇÃÃOO

Conceito:

O Orçamento Público é, fundamentalmente, um instrumento de que

o administrador dispõe para equacionar o futuro em termos

realistas, como um curso de ação, um programa operacional. O

orçamento é uma ferramenta de ligação entre os sistemas de

planejamento e de finanças e com isto torna possível a

operacionalização dos planos, porque os monetariza, isto é, coloca

os planos em função dos recursos financeiros disponíveis. (apud,

ANGÉLICO, 1994, p. 19)

Definição:

É um ato contendo a aprovação prévia das receitas e autorização das despesas

públicas; isto é, uma lei que contém a discriminação da receita e da despesa,

evidenciando a política econômico-financeira e o programa de trabalho do Governo.

TTIIPPOOSS DDEE OORRÇÇAAMMEENNTTOO

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É a característica que determina a maneira pela qual o orçamento é elaborado,

dependendo do regime político vigente; daí dizer-se que os orçamentos variam segundo a

forma de Governo e podem ser classificados em três tipos:

Legislativo – é o orçamento cuja elaboração, votação e aprovação são da

competência do Poder Legislativo, cabendo ao Executivo a sua execução. Este tipo é

utilizado em países parlamentaristas;

Executivo – é o orçamento cuja elaboração, execução e controle são da

competência do Poder Executivo. É utilizado em países onde impera o poder absoluto;

Misto – é o orçamento elaborado e executado pelo Poder Executivo, cabendo ao

Poder Legislativo a sua votação e controle. Utilizado pelos países em que as funções

legislativas são exercidas pelo Congresso ou Parlamento, sendo sancionado pelo Chefe

do Poder Executivo. Este tipo é utilizado no Brasil.

PPLLAANNEEJJAAMMEENNTTOO EE PPRROOGGRRAAMMAAÇÇÃÃOO

O planejamento se impõe cada vez mais como norma de ação, tanto no setor

privado como no setor público.

O setor privado, sempre com o objetivo de lucro e o setor público buscando a

eficiência dos serviços que prestam ao bem estar social. Mas como perseguir este

objetivo adequando as necessidades às disponibilidades?

Através de duas palavras de ordem: planejar e programar.

As três esferas de governo sentem a necessidade de planejar e programar, por

força de dispositivos legais. O Município, estando mais perto do cidadão tem a

incumbência de prover serviços essenciais à vida urbana e prever sua expansão, em

função do crescimento das cidades.

Qual seria então o conceito de planejar?

Toda organização se depara com diversas alternativas para determinar seus fins e

objetivos, assim como vários tipos de ações para atingir tais objetivos.

Este dilema implica em determinar, claramente, através da análise e da decisão, os

objetivos que devem ser conseguidos e a sua prioridade, as políticas que deverão seguir

as ações para o desenvolvimento dessas ações.

A ação de planejar será mais ou menos complexa, conforme o grau de

complexidade do objetivo do planejamento. A situação mais simples surge em nível de

pessoa considerada individualmente, pois neste caso as ações de planejar são fundadas

nela própria. Já no caso do setor público, em que a função de planejar já não é realizada

por uma pessoa, devido à divisão de funções, a situação é mais complexa, pois alguém

efetuará as análises e fará propostas e as decisões serão tomadas no mais alto nível da

entidade.

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Qual o conceito de programar?

É um método racional que permite tomar as decisões a fim de fixar metas

quantitativas para os objetivos que devem ser cumpridos por cada programa.

Definir e selecionar a alternativa tecnológica mais convincente, fixar a qualidade e

quantidade em que devem ser utilizados os recursos humanos, materiais e tecnológicos,

a localização das atividades e das obras, fixar a seqüência ou o cronograma para a

execução das atividades ou das obras, a fim de atingir as metas nas datas previstas.

O conceito de orçar.

Uma vez que a ação esteja planejada e programada, avalia-se o montante de

recurso financeiro, estabelecendo-o a correlação entre os fluxos das receitas e despesas,

em função da época em que se produzirão, a fim de se estabelecer às situações de

equilíbrio financeiro.

O conceito de controlar.

Estando a ação já planejada, programada e orçada, deve ser executada e

conseqüentemente, controlada para verificar o cumprimento dos objetivos e metas

estabelecidos nos referidos planos, programas e orçamentos.

EETTAAPPAASS DDAA EELLAABBOORRAAÇÇÃÃOO DDOO OORRÇÇAAMMEENNTTOO PPRROOGGRRAAMMAA

1ª. Análise da situação: Envolve o estudo das principais necessidades, das

demandas em torno de bens e serviços. Diagnóstico.

2ª. Formulação de políticas: Como os recursos humanos e materiais disponíveis

são, em geral, insuficientes face ao volume de problemas e demandas a serem atingidos,

a administração estabelece um quadro de priorização para a sua atuação.

3ª. Levantamento das alternativas: Para cada objetivo definido, verificam-se as

alternativas possíveis.

4ª. Levantamento dos custos: Verificadas as alternativas possíveis, levantam-se os

custos de cada uma delas.

5ª. Estudo das alternativas: Levantados os custos das alternativas, deve-se

proceder à avaliação de cada uma delas, levando-se em consideração diversos

elementos, tais como: viabilidade técnica, comparação de custos e benefícios.

6ª. Alocação de recursos: Escolhida a melhor alternativa, aloca-se os recursos

materiais, humanos e financeiros necessários à consecução dos objetivos.

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7ª. Programação: As unidades transformam os objetivos gerais em metas

quantificadas expressas em programas, projetos, atividades e operações especiais.

Tal procedimento será levado a efeito com base na definição dos seguintes

elementos:

Que – atividade em que se desdobra o programa;

Quanto – produção em termos físicos e custos;

Quando – início e fim;

Como – normas de execução;

Onde – local de execução;

Quem – encarregado da execução.

8ª. Controle e Avaliação: A adoção de mecanismos de informação e controle para

confrontar o estabelecido e o executado.

9ª. Reformulação: Estabelecimento de medidas corretivas, reorientando o processo

de planejamento.

PPLLAANNOO PPLLUURRIIAANNUUAALL

A Constituição de 1988 pormenoriza mais o Plano Plurianual, já tratado na

Constituição anterior.

O Plano Plurianual é um instrumento de programação em médio prazo. Assemelha-

se ao orçamento anual, porquanto evidencia os recursos disponíveis e os planos que

devam ser executados no período.

É um valioso instrumento de comando administrativo, no que se refere a

formulações de decisões e sua implementação.

A sua exigência torna-se maior quando analisamos o §1º do art. 167 da

Constituição Federal:

“§1º. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro

poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a

inclusão, sob pena de responsabilidade.”

Essa regra constitui poderoso elemento jurídico para forçar a continuidade do

cumprimento dos planos, evitando-se que as obras públicas sejam iniciadas ou

abandonadas por contingência do Poder.

Cabe, portanto, aos administradores (Presidente, Governadores, Prefeitos)

prepararem, para um período mínimo de quatro anos, um Plano Plurianual, que conterá

basicamente as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas

de capital e outras dela decorrentes.

LLEEII DDEE DDIIRREETTRRIIZZEESS OORRÇÇAAMMEENNTTÁÁRRIIAASS

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A Lei de Diretrizes Orçamentárias precede também a elaboração dos orçamentos

anuais. Ela deve conter as regras orçamentárias a serem seguidas pelo Governo.

Ao apresentar a proposta de diretrizes orçamentárias, o Executivo busca ofertar

respaldo à discussão de conveniência de adotar-se este ou aquele projeto orçamentário

para o exercício subseqüente.

Pelo art. 165 da Constituição, são finalidades da LDO:

- Compreender as metas e prioridades da administração pública, incluindo as

despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente;

- Orientar a elaboração da lei orçamentária anual;

- Dispor sobre as alterações na legislação tributária;

A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/00) define com maior

especificidade, a saber:

- Disporá sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, critérios e forma de limitação

de empenho, parâmetros para as despesas em relação a RCL (Receita Corrente Líquida),

destinação de recursos provenientes das operações de crédito, normas para o controle de

custos e avaliação dos recursos dos programas e condições para transferências de

recursos a entidades públicas e privadas;

- Conterá o Anexo de Metas Fiscais (Plano Trienal) que:

a) fixará metas anuais para receitas, despesas, resultados nominal e primário e

montante de dívida para o exercício a que se referirem os dois seguintes;

b) fará avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

c) conterá demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e

metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as

fixadas nos três exercícios anteriores e evidenciando a consistência delas com as

premissas e os objetivos da política econômica nacional;

d) apresentará a evolução do patrimônio líquido nos últimos três exercícios,

destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

e) fará a avaliação financeira e atuarial de todos fundos e programas estatais de

natureza atuarial;

f) fará o demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e

da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

- Conterá o Anexo de Riscos Ficais, onde serão avaliados os passivos contingentes

e outros riscos capazes de afetar as contas, informando as providências, caso se

concretizem. Exemplo disso é o aumento das despesas de pessoal por força de possível

decisão desfavorável à Prefeitura em processo movido por parcela do funcionalismo

reivindicando reajuste salarial não concedido em desrespeito à lei salarial em vigor.

- Determinará a forma de utilização e montante, com base na RCL, dos

pagamentos de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais previstos.

- Determinará as despesas que não serão objeto de limitação, respeitados os

limites para aquelas definidas na Lei de Responsabilidade Fiscal.

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C O N T A B I L I D A D E G O V E R N A M E N T A L

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LLEEII OORRÇÇAAMMEENNTTÁÁRRIIAA AANNUUAALL

O parágrafo 5º do art. 165 da Constituição Federal elenca o que o orçamento anual

deve conter:

- O orçamento fiscal, corresponde às receitas e as despesas. A expressão fiscal

não abrange somente a receita tributária, mas as ordinárias, as originárias e as derivadas,

assim como as despesas da administração direta quanto à indireta. Portanto, o orçamento

deverá conter as receitas e as despesas dos Poderes, de seus fundos, órgãos e

entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas

pelo poder público, assim como o orçamento da seguridade social (fundo de previdência)

O orçamento anual apresenta a proposta de receitas e despesas que o Governo

pretende executar no exercício seguinte.

Esta é a fase em que se estima, estabelecem-se as prioridades, e calcula-se os

quantitativos de gastos.

O art. 2º da Lei nº 4.320/64, foi o primeiro marco em termos de orçamento-

programa, apesar de não utilizar esta terminologia.

“Art. 2º. A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e da despesa, de

forma a evidenciar a política econômica-financeira e o programa de trabalho do Governo,

obedecido aos princípios de unidade, universalidade e anualidade.”

Já a Lei Complementar nº 101/00 (art.5º) ampliou o conceito de Lei Orçamentária e

passou a exigir, na sua elaboração, além de ser elaborada em consonância com o Plano

Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a inserção dos seguintes documentos:

A LOA deverá ser elaborada de forma compatível com o PPA, LDO e LRF, sendo

que:

- Conterá demonstrativo da compatibilidade de programação dos orçamentos com

os objetivos e metas constantes da LDO;

- Será acompanhada do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e

despesas, decorrente de renúncia de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de

caráter continuado;

- Conterá reserva de contingência, definida com base na RCL, destinada ao

pagamento de passivos contingentes;

- Não consignará dotação para investimento com duração superior a um exercício

financeiro que não esteja previsto no PPA ou em lei que autorize a sua inclusão. A

realização desse tipo de investimento, sem prévia inclusão no PPA, caracterizará crime

de responsabilidade, nos termos do §1º do art. 167 da Constituição Federal.

A LOA conterá, também, três novas regras:

- As despesas relativas à dívida pública bem como as receitas que as atenderão

deverão constar da LOA, e, separadamente, o refinanciamento da dívida;

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- A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá

superar a variação do índice de preços previstos na LDO, ou em legislação específica;

- É vedado consignar na LOA crédito com finalidade imprecisa ou com dotação

ilimitada.

CCOONNSSTTIITTUUIIÇÇÃÃOO FFEEDDEERRAALL,, AARRTT.. 2299,, XXIIII

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois

turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois

terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,

atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na

Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

XII – cooperação das associações representativas no planejamento

municipal;

PPRRIINNCCÍÍPPIIOOSS OORRÇÇAAMMEENNTTÁÁRRIIOOSS

CCOONNCCEEIITTOO

O Orçamento é dividido em duas partes ou seções separadas – Receitas e

Despesas tanto no aspecto jurídico como no aspecto contábil. Em matéria de despesa

pública as previsões contidas no Orçamento – sejam as iniciais ou a ele incorporadas em

virtude de créditos adicionais abertos durante o exercício – destacam um caráter limitativo

e imperativo, inibindo e proibindo a administração de efetuar gastos além dos créditos

concedidos.

Quanto à receita pública, ao estimar as receitas prováveis de cada fonte, o

legislador não pretende limitar as faculdades de arrecadação do poder público. O objetivo

de cálculo dos recursos é fundamentar o montante dos gastos e, por via de conseqüência,

chegar ao nivelamento entre Receitas e Despesas, Entretanto, ao contrário das

Despesas, tal previsão não constitui um limite, chegando ao qual a arrecadação deva ser

suspensa.

Dado o seu caráter de documento legislativo que autoriza e limita a ação do Poder

Público, o orçamento deve incluir todas as receitas e todas as despesas, pois esta é a

condição essencial para que o controle do Poder Legislativo seja efetivo.

PPRRIINNCCÍÍPPIIOO DDAA AANNUUAALLIIDDAADDEE

A Aplicação deste princípio estabelece que o orçamento deve ter vigência limitada

a um período anual; mas o preceito tem diferente alcance segundo se refira às despesas

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ou às receitas. Em matéria de despesa, a regra é de aplicação direta, já que as

autorizações para gastar são votadas pelo Poder Legislativo para o período de um ano.

Mas no que se refere às receitas, o princípio não tem um sentido direto e concreto,

uma vez que o cálculo dos prováveis ingressos constitui mera previsão orçamentária

dirigida à procura do equilíbrio orçamentário, pois as receitas dependem das leis

impositivas especiais de vigência permanente e sempre votadas anteriormente à Lei do

Orçamento.

PPRRIINNCCÍÍPPIIOO DDAA EESSPPEECCIIFFIICCAAÇÇÃÃOO

A regra da especificação refere-se à classificação e designação dos itens que

devem constar do orçamento. É um aspecto formal do orçamento, mas de vital

importância para que este instrumento da gestão dos negócios públicos cumpra a sua

finalidade.

Como meio de controle prévio das receitas e despesas do Estado, é natural que o

orçamento apresente estes dois grandes itens bem divididos e discriminados. A regra da

especificação vincula-se, portanto, com a classificação das receitas e despesas, sendo

que as primeiras obedecem a critérios estabelecidos no Código Tributário e as segundas

obedecem a critérios econômicos, financeiros e institucionais.

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PPRRIINNCCÍÍPPIIOO DDAA EEXXCCLLUUSSIIVVIIDDAADDEE

O princípio da Exclusividade é o que decorre do aspecto jurídico do orçamento, ou

seja, como ato-condição, significando que a lei de meios não poderá conter dispositivo

estranho à fixação das despesas e previsão das receitas, ressalvada a autorização para

abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por

antecipação da receita, bem como a autorização para destinação do superávit ou

cobertura do déficit.

PPRRIINNCCÍÍPPIIOO DDAA UUNNIIDDAADDEE

O princípio da unidade estabelece que todas as receitas e despesas devem estar

contidas numa só lei orçamentária. Os orçamentos devem, por conseguinte estar

interados num só ato político do Poder Legislativo, sempre com o objetivo maior de

satisfazer as necessidades coletivas.

PPRRIINNCCÍÍPPIIOO DDAA UUNNIIVVEERRSSAALLIIDDAADDEE

O princípio da universalidade refere-se à compreensão que devemos ter do

orçamento com o plano financeiro global, pois, para que o orçamento atinja seus objetivos

de controle da atividade econômica do Estado, não devem existir despesas ou receitas

estranhas a esse controle. Isto é, o orçamento deve compreender todas as receitas e os

gastos necessários para a manutenção dos serviços públicos. Ademais, esta regra de

centralização das despesas e receitas num só documento tem por finalidade o orçamento

equilibrado, pois este outro princípio estará seriamente ameaçado com a existência à

margem de rubricas que dele deveriam constar.

CCRRÉÉDDIITTOOSS AADDIICCIIOONNAAIISS CCOONNCCEEIITTOO

Durante a execução orçamentária, o Poder Executivo pode solicitar ao Legislativo, e este conceder, novos créditos orçamentários. Eles serão adicionados aos créditos que integram o orçamento em vigor. Por essa razão, denominam-se créditos adicionais.

Os créditos adicionais aumentam a despesa pública do exercício, já fixada no orçamento.

A fim de não prejudicar o equilíbrio do orçamento em execução, a lei determina que cada solicitação de crédito adicional será acompanhada da indicação de recursos hábeis (art. 43).

São considerados recursos hábeis: I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; II – os provenientes de excesso de arrecadação; III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos

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adicionais, autorizados em lei; IV – o produto de operações de créditos autorizadas, em forma que, juridicamente, possibilite ao Poder Executivo realizá-las (art. 43).

Sem a indicação de um ou mais recursos hábeis o Poder Legislativo não concederá o crédito solicitado. E o valor do crédito adicional deverá ser expresso, pois não será concedidos créditos ilimitados (art. 41) e artigo 167, V, VI, e VII da Constituição Federal.

Os créditos adicionais, segundo suas finalidades, classificam-se em créditos suplementares, créditos especiais e créditos extraordinários.

CCRRÉÉDDIITTOOSS SSUUPPLLEEMMEENNTTAARREESS

Os créditos suplementares destinam-se a reforçar dotação já existente no orçamento em vigor. Sua vigência acompanha a da dotação suplementada, ou seja, expira em 31 de dezembro. São autorizados por lei e abertos por decreto. A finalidade dessa processualística é a de permitir ao chefe do Poder Executivo a abertura dos créditos suplementares até o limite concedido, aos poucos, na medida exata de suas necessidades. Esse é o espírito da Lei. Todavia na prática não se observam esses procedimentos. São publicados concomitantemente, até o mesmo dia, Lei e Decreto, este abrindo desde logo a totalidade do crédito autorizado. A Lei diz: Fica o Poder Executivo autorizado a abrir...enquanto o Decreto é assim redigido: De acordo com a Lei nº ....... fica aberto um crédito ...

A lei que autoriza a abertura de um crédito adicional é uma só, mas pode existir mais de um decreto abrindo, parceladamente ,o crédito autorizado.

A fim de evitar freqüentes pedidos de suplementação, cuja tramitação normal pelo Legislativo exige algum tempo, atrasando os cronogramas físicos e financeiros, e para dar um certo dinamismo à execução orçamentária, a legislação financeira permite que a Lei Orçamentária autorize o Poder Executivo a reajustar as dotações orçamentárias suplementando e reduzindo dentro de um limite percentual estabelecido (art. 7º da Lei 4.320/64 e art. 165, §8º da Constituição Federal).

CCRRÉÉDDIITTOOSS EESSPPEECCIIAAIISS

Os créditos especiais destinam-se a amparar programas novos que não figuram no orçamento. Geralmente, a autorização para abertura de um crédito especial consta da própria lei que autoriza a inclusão no orçamento de um novo programa. O termo final de sua vigência é igual ao do orçamento, mas se for aberto dentro dos últimos quatro meses do ano, sua vigência poderá estender-se até o final do exercício seguinte. Também são autorizados por lei e abertos por decreto e exigem indicação de recursos (art. 167, §2º da Constituição Federal).

CCRRÉÉDDIITTOOSS EEXXTTRRAAOORRDDIINNÁÁRRIIOOSS

A terceira modalidade de crédito adicional é a de créditos extraordinários. Destinam-se a atender despesas imprevisíveis e urgentes como as decorrentes de guerra, subversão interna ou calamidade pública. São abertos por Decreto do Poder Executivo independentemente de prévia autorização legislativa. Aberto um crédito extraordinário, o chefe do Poder Executivo informará imediatamente o Legislativo, justificando suas causas determinantes do ato (art. 44). A vigência do crédito extraordinário expira no final do exercício, exceto se for aberto nos últimos quatro meses do ano; neste caso sua vigência poderá estender-se até 31 de dezembro do exercício seguinte, ou terminar antes, se cessarem as causas que determinaram sua abertura.

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CCOONNTTAABBIILLIIZZAAÇÇÃÃOO DDOOSS CCRRÉÉDDIITTOOSS AADDIICCIIOONNAAIISS

Os créditos adicionais são contabilizados de modo adequado em contas orçamentárias e financeiras, tanto na Contabilidade Analítica como na Contabilidade Sintética.

LLIICCIITTAAÇÇÃÃOO

A licitação obedece a dois princípios fundamentais: publicidade e igualdade de

tratamento para os vários fornecedores.

A legislação que rege a matéria estabelece seis modalidades de licitação:

concorrência, tomada de preços, convite, concurso, leilão e pregão.

- Concorrência: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na

fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de

qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.

- Tomada de preços: é a modalidade de licitação entre interessados devidamente

cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o

terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária

qualificação.

- Convite: é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu

objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela

unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento

convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que

manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da

apresentação das propostas.

- Concurso: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha

de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou

remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na

imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

- Leilão: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de

bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou

penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o

maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

- Pregão: é a modalidade de licitação em que a disputa pelo fornecimento de bens

ou serviços comuns é feita em sessão pública, por meio de propostas de preços escritas e

lances verbais. (Lei nº 10.520, de 17.7.02 – Decreto nº 3.555, de 8.8.00)

DDEESSPPEESSAA CCOOMM PPEESSSSOOAALL

Para os efeitos da Lei de Responsabilidade Fiscal, as despesas com pessoal são aquelas relacionadas a espécies remuneratórias, bem como as relativas à manutenção da

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seguridade social dos seus servidores conforme se extrai da leitura do art. 18 da LC 101/00.

Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende‑se como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência. § 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”. § 2o A despesa total com pessoal será apurada somando‑se a realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando‑se o regime de competência.

Na regra geral, a despesa total com pessoal não poderá exceder o limite de 50% na União, 60% nos Estados e 60% nos Municípios, limites estes que tem como base de cálculo a receita corrente líquida (RCL), distribuídos segundo o art. 20 da LRF, conforme quadro a seguir.

UNIÃO %

RCL

ESTADOS %

RCL

MUNICÍPIOS %

RCL

Limite Global 50 Limite Global 60 Limite Global 60

Distribuição Distribuição Distribuição

Legislativo + TCU 2,5 Legislativo + TCE

3,0 Legislativo + TCM*

6,0

Judiciário 6,0 Judiciário 6,0 -

Executivo 40,9 Executivo 49,0 Executivo 54,0

Ministério

Público

Federal

0,60 Ministério

Público

Estado

2,0 -

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Somente os municípios do Rio de Janeiro e São Paulo possuem Tribunal de Contas próprio. A criação de novos Tribunais de Contas Municipal está vedada no § 4º do art. 31 da CF/88.

CONTROLE DOS LIMITES DA DESPESA TOTAL COM PESSOAL

A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos para a Despesa Total com Pessoal será realizada ao final de cada quadrimestre, com exceção dos municípios cuja população seja inferior a 50 mil habitantes, que podem optar por fazê-lo ao final de cada semestre.

Além dos limites gerais definidos para cada ente da federação, incluindo os Poderes e Órgãos, a LRF estabelece um limite prudencial (95%), que, se for atingido, cria uma série de restrições para prática de novos atos que acarretem aumento de despesa de pessoal. Tal medida busca uma ação preventiva, objetivando que não se extrapole os limites gerais definidos. Dessa forma, o Poder ou Órgão cuja Despesa Total com pessoal exceder o patamar de 95% (noventa e cinco por cento) do limite estabelecido, ficará proibido de:

1. Concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição; 2. Criação de cargo, emprego ou função; 3. Alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; 4. Provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança; 5. Contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constituição e as situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias.

Cabe ao Tribunal de Contas de cada ente da Federação (art. 59, §§ 1º e 2º, da (LRF) verificar os cálculos dos limites da despesa com pessoal dos Poderes e Órgãos, e ainda alertar tais entes quando o seu gasto com pessoal atingir o patamar de 90% do limite legal.

É importante mencionar que esse limite-alerta de 90% trata de medida preventiva, não acarretando qualquer sanção ou vedação ao ente que atingi-lo, deferente do limite prudencial que é 95%, que impõe medidas restritivas, conforme vimos anteriormente.

PRAZO PARA ENQUADRAMENTO NOS LIMITES

Ultrapassado o limite da despesa, ficará o Poder ou Órgão obrigado, no prazo de dois quadrimestres, a eliminar o percentual excedente. Observando que pelo menos 1/3 do excesso deverá ser reduzidos no primeiro quadrimestre.

No cumprimento dessas disposições, o gestor deverá adotar as seguintes medidas, previstas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da CF/88, quais sejam:

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§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; II – exoneração dos servidores não estáveis. § 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARATER CONTINUADO

Neste grupo, temos as despesas correntes derivadas de Lei, que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por período superior a dois exercícios. Dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que: Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17. Art. 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: I – estimativa do impacto orçamentário‑financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes; II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. § 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera‑se: I – adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício; II – compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições. § 2º A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada das premissas e metodologia de cálculo utilizadas.

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§ 3º Ressalva‑se do disposto neste artigo a despesa considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. § 4º As normas do caput constituem condição prévia para: I – empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras; II – desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art. 182 da Constituição. Art. 17. Considera‑se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios. § 1º Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio. § 2º Para efeito do atendimento do § 1o, o ato será acompanhado de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1o do art. 4o, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa. § 3º Para efeito do § 2o, considera‑se aumento permanente de receita o proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. § 4º A comprovação referida no § 2º, apresentada pelo proponente, conterá as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias. § 5º A despesa de que trata este artigo não será executada antes da implementação das medidas referidas no § 2º, as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar. § 6º O disposto no § 1º não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição. § 7º Considera‑se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado.

ANTECIPAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA – ARO

Consiste em uma das modalidades de financiamento do Setor Público, que tem natureza extraorçamentária, consistindo em empréstimos bancários que visa suprir insuficiência temporária de caixa durante o exercício financeiro, para tanto devendo observar e cumprir os ditames da Lei de Responsabilidade Fiscal conforme disposto a seguir:

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DA CONTRATAÇÃO Art. 38 I I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício Art. 38 § 2° § 2º As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil. DA LIQUIDAÇÃO Art. 38 II II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano; DAS VEDAÇÕES

Art. 37 I I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7o do art. 150 da Constituição; Art. 38 III III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir; Art. 38 IV a e b a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada; b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. DO LIMITE Art. 10 da Resolução 43/01 do senado federal

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Art. 10. O saldo devedor das operações de crédito por antecipação de receita orçamentária não poderá exceder, no exercício em que estiver sendo apurado, a 7% (sete por cento) da receita corrente líquida.